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Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf

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ÁCIDO VALPRÓICO<br />

MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />

hepática, alucinações, anemia aplástica, ataxia,<br />

cefaléia, colecistite, depressão da medula óssea,<br />

diplopia, disartria, dor epigástrica, edema, gastrite,<br />

hepatotoxicidade (geralmente em crianças menores<br />

de 2 anos), icterícia, pancreatite hemorrágica,<br />

petéquias, prurido, rash cutâneo, síndrome<br />

de ovários policísticos, trombocitopenia, tonturas,<br />

vômitos.<br />

INDICAÇÕES<br />

Evidências consistentes de eficácia:<br />

• episódio de mania aguda 4-7 .<br />

Evidências incompletas de eficácia * :<br />

• profilaxia de episódios maníacos 2 ;<br />

• profilaxia de episódios depressivos bipolares 9 ;<br />

• episódio de depressão bipolar (associado a lítio<br />

ou antidepressivo) 10 ;<br />

• episódio misto 11, 12 ;<br />

• episódios do transtorno do humor bipolar<br />

quando há co-morbidade com transtorno de<br />

abuso de substâncias 13, 14 ;<br />

• THB na infância e na adolescência 15, 16 ;<br />

• mania associada à condição médica geral 17 ;<br />

• cicladores rápidos 8 ;<br />

• ciclotimia 18 ;<br />

• THB em co-morbidade com transtorno de pânico<br />

19 .<br />

CONTRA-INDICAÇÕES<br />

Absolutas<br />

• Insuficiência hepática severa;<br />

• hipersensibilidade ao fármaco;<br />

• gravidez (é teratogênico).<br />

Relativas<br />

• Hepatopatia leve.<br />

* Apesar de utilizarmos ao longo deste livro, como critério<br />

de evidência consistente de eficácia, a existência de pelo<br />

menos um ensaio clínico placebo-controlado, optamos, no<br />

caso do valproato, por definir a profilaxia de episódios maníacos<br />

como sendo ainda uma evidência incompleta de<br />

eficácia, dadas as falhas metodológicas existentes no trabalho<br />

realizado por Bowden e colaboradores 2 , as quais impedem<br />

a generalização de seus resultados.<br />

INTOXICAÇÃO<br />

O quadro de intoxicação caracteriza-se por sedação<br />

aumentada, confusão, hiper-reflexia, convulsões,<br />

depressão respiratória, coma e morte.<br />

A toxicidade do ácido valpróico é baixa (1 em<br />

49.000). 20 É mais comum em crianças com idade<br />

inferior a 2 anos. O risco mais sério é a hepatotoxicidade<br />

que, embora rara, pode ocasionar coma<br />

e óbito.<br />

Manejo<br />

Deve-se fazer lavagem gástrica nas primeiras horas,<br />

monitoramento cardíaco, medidas de suporte<br />

respiratório, hemodiálise e tratamento de convulsões.<br />

Alguns estudos têm demonstrado a eficácia<br />

da naloxona para o tratamento do coma associado<br />

à intoxicação pelo ácido valpróico.<br />

SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />

Gravidez<br />

O ácido valpróico é teratogênico em seres humanos,<br />

aumentando o risco de malformações em<br />

cerca de 5 vezes, especialmente quando usado<br />

durante o primeiro trimestre de gestação. O risco<br />

também está relacionado à dose de ácido valpróico<br />

utilizada (aumenta com doses superiores a<br />

1.000 mg/dia e com concentrações séricas acima<br />

de 70 μg/mL). Seu uso na gestação está relacionado<br />

a defeitos ósseos, em membros, pele, cabeça,<br />

pescoço e músculos do bebê. A incidência de defeitos<br />

no tubo neural em mães que usaram o ácido<br />

valpróico no primeiro trimestre é maior. Foi estimado<br />

um risco de 1 a 5% para a ocorrência de<br />

espinha bífida e de meningomielocele lombar.<br />

Também foi descrita a síndrome do valproato fetal,<br />

que inclui anomalias crânio-faciais, anomalias<br />

esqueléticas, anomalias do trato respiratório, atraso<br />

neurodesenvolvimental, meningomielocele, sofrimento<br />

perinatal e comportamento neonatal atípico.<br />

Por esses motivos, seu uso está contra-indicado<br />

na gestação (Categoria D do FDA).<br />

Lactação<br />

Essa substância é excretada em baixa concentração<br />

no leite materno e não parece ser danosa ao<br />

bebê. É excretada no leite materno em porcentagens<br />

de 1 a 10% dos níveis séricos. A Academia<br />

Americana de Pediatria considera o valproato<br />

compatível com a amamentação.<br />

24

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