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PUBLICACAO_GENERO_FINAL

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36<br />

¹A soma das porcentagens<br />

resulta em mais de 100% porque<br />

as/os entrevistadas/os puderam<br />

escolher mais de uma opção.<br />

²Pessoa que foi biologicamente<br />

designada mulher ao nascer,<br />

mas se identifica como sendo<br />

do gênero masculino. Passam<br />

por mudanças físicas (como<br />

a ingestão de hormônios<br />

“masculinos” e a retirada<br />

dos seios e do útero) para se<br />

“adequarem” à percepção que<br />

têm de si mesmos.<br />

³Pessoa que foi biologicamente<br />

designada homem ao nascer,<br />

mas se identifica como sendo<br />

do gênero feminino. Passam<br />

por mudanças físicas para se<br />

“adequarem” à percepção que<br />

têm de si mesmas.<br />

Perguntamos sobre a sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais<br />

e transgêneros). 81,6% respondeu que sabe o que a sigla significa, 14,5% não<br />

sabe e 3,9% não respondeu. Essa população possui demandas específicas, seja<br />

no ambiente escolar, na esfera da assistência social ou em questões de saúde,<br />

e ter um olhar atento e empático para isso é fundamental para o acolhimento e<br />

atendimento dessas pessoas. Pensando nesse contexto, questionamos se as/os<br />

entrevistadas/os se sentem preparadas/os para atender as demandas específicas<br />

dessa população: 63,1% das pessoas responderam que se sentem preparadas/os;<br />

28,3% disseram que não se sentem preparadas/os e 8,6% não responderam.<br />

É interessante destacar essa questão, pois mesmo as pessoas que disseram que<br />

se sentem preparadas para atender essa população justificaram sua resposta<br />

com argumentos do tipo: “eles também são seres humanos”, “são iguais a todo<br />

mundo”, “não vejo diferença”, ou seja, não conseguem legitimar as diferenças de<br />

modo que não é possível problematizar as demandas específicas e lutas políticas<br />

a fim de construir a equidade na diversidade. Já as pessoas que responderam<br />

que não se sentem preparadas justificaram sua resposta destacando a falta de<br />

esclarecimento e formação sobre o assunto. Nesse sentido, fica claro que há uma<br />

demanda reprimida das/os técnicas/os dos serviços públicos de formações sobre<br />

tema, o que mostra a extrema importância de iniciativas como a deste projeto.<br />

Através da pesquisa, pode-se perceber a grande confusão das pessoas no que<br />

diz respeito às diversas identidades de gênero. Perguntamos quais identidades<br />

já haviam sido atendidas no serviço em que trabalham 1 : 50,6% disseram que já<br />

atenderam gays; 46,7% que lésbicas já foram atendidas; 23% travestis; 27,6%<br />

bissexuais; 15,1% homens/meninos transexuais 2 ; 11,2% mulheres/meninas<br />

transexuais 3 . Embora afirmem que sabem o que significa a sigla LGBT, a grande<br />

presença de travestis, bissexuais e principalmente homens/meninos transexuais<br />

e mulheres/meninas transexuais nas respostas acima nos levam a crer que essa

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