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Geminações N 0

Um projecto que quer ir ao encontro das cidades e de todos os seus "actores".

Um projecto que quer ir ao encontro das cidades e de todos os seus "actores".

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2<br />

ESTA REVISTA<br />

FOI TRANSPORTADA<br />

PELA MRTI


éditorial<br />

editorial<br />

Miguel Rodrigues<br />

Av. D. João II 16 - 1°esquerdo<br />

1990-095 Lisboa<br />

Propriedade<br />

<strong>Geminações</strong>, Publicações, Lda<br />

Direção<br />

Ricardo José<br />

Chefe de Redação<br />

Ricardo Rodrigues<br />

Sub-Chefe de Redação<br />

Miguel Angelo<br />

Redação<br />

Ricardo Rodrigues<br />

Miguel Rodrigues<br />

Miguel Vidal<br />

Joana Moreira<br />

Clarisse de Albuquerque<br />

Serviço de tradução<br />

Isabel Costa<br />

Fotografia e Video<br />

Wilker Alves<br />

Rui Fonseca<br />

Direção Comercial<br />

Gomes de Sá<br />

Alice Temporão<br />

Serviço Financeiro<br />

VAT-COMPANHIA,LDA<br />

Realização<br />

João Cazenave<br />

Impressão<br />

Agir-Produções Gráficas<br />

Tiragem<br />

10 000 Exemplares<br />

Registo em curso<br />

www.jg.tv<br />

Sim. Tem nas mãos o número zero da Revista <strong>Geminações</strong>. E com esta<br />

primeira edição, fique a saber, que estamos a preencher um vazio editorial.<br />

As relações entre cidades portuguesas e as congéneres no mundo<br />

existem há décadas. Mas esta relação de paixão cultural, social, desportiva<br />

e económica não teve tanta visibilidade quanto o desejável. Até agora.<br />

Assumimos a responsabilidade de dar a conhecer - a uns e a outros - as<br />

cidades geminadas, os seus pontos de interesse, as suas mais valias. Temos<br />

nestas páginas a noção de que iremos mostrar o que se tem feito e o<br />

que se está a fazer nas cidades interligadas. Saberemos antecipar economicamente<br />

relações, tornando-nos um canal potenciador de contatos e<br />

de divulgação dos negócios que fazem a diferença.<br />

Mas esta “missão” irá ser cumprida, também, para lá destas páginas. As<br />

redes sociais e uma televisão on-line fazem parte deste projeto que agora<br />

surge. Mas como as cidades não são só as suas edificações, iremos também<br />

promover as geminações através de diversos eventos que permitam<br />

um maior contato entre cidadãos de vários pontos do globo.<br />

As geminações têm tido um percurso com altos e baixos e acreditámos<br />

que iremos ser responsáveis por um novo fôlego nestas relações.<br />

Porque somos mais que nós próprios. Porque somos também com os<br />

outros a que nos ligamos, seja bem-vindo a estas viagens, pelo mundo,<br />

que hoje começam.<br />

Oui. Vous avez dans vos mains le numéro 0 du Magazine ‘’Jumelages’’. Avec<br />

cette première, sachez, qu’on est en train de remplir un vide éditorial. Les relations<br />

entre des villes portugaises et ses homologues dans le monde, existent<br />

depuis des décennies. Mais cet relation de passion culturelle, sociale, sportive<br />

et économique n’a pas eu autant de visibilité qu’on pourrait le souhaiter.<br />

Jusqu’à présent.<br />

Nous assumons la responsabilité de faire connaitre — aux uns et aux autres<br />

— les villes jumelées, ses points d’intérêt, ses plus-values. On a dans ces pages<br />

la notion que on va montrer ce qu’a été fait et ce qu’est en train de faire dans<br />

les villes jumelées. On sauras anticiper économiquement les relations, en<br />

devenant un canal stimulateur de contacts et de divulgation d’affaires que<br />

font la différence.<br />

Mais, cette ‘’mission’’ sera accomplie, aussi, au-delà de ces pages. Les réseaux<br />

sociaux et une tv online font partie de ce projet. Mais comme les villes ne sont<br />

pas que leurs édifications, nous irons aussi promouvoir les jumelages à travers<br />

de plusieurs événements qui puissent un plus large contact entre citoyens de<br />

différentes parties du monde.<br />

Les jumelages ont eu un parcours avec des hauts et des bas et nous croyons<br />

que on va être responsables d’un nouveau souffle dans ces relations.<br />

Parce que nous sommes plus que nous-mêmes. Parce que on est aussi avec<br />

les autres, avec qui, nous sommes liés. Bienvenue, à ces voyages, à travers du<br />

monde, et que commencent aujourd’hui.<br />

1


Uma geminação - O que é?<br />

Un jumelage - Qu’est-ce que c’est? pág 4<br />

Chaves<br />

Uma herança da história no Alto Tâmega<br />

Un héritage de l’histoire dans l’Alto Tâmega pág 6<br />

Angoulême pág 18<br />

Boticas pág 28<br />

Gond-Pontouvre pág 32<br />

Caminha pág 40<br />

Pontault - Combault pág 56<br />

2


3


U<br />

Uma geminação<br />

- O que é?<br />

É Jean Bareth (1912-1970), primeiro Secretário-geral do Conselho da<br />

Comunas da Europa que dá uma definição do que era então a primeira<br />

forma de cooperação entre colectividades locais:<br />

“A geminação, é o encontro de duas localidades que pretendem associar-se<br />

para agir numa prespectiva europeia, para confrontar os seus<br />

problemas e para desenvolver entre elas laços de amizade cada vez<br />

mais estreitos”.<br />

UUn jumelage<br />

- Qu’est-ce que c’est?<br />

C’est Jean Bareth (1912-1970), premier Secrétaire Général du Conseil des<br />

Communes d’Europe qui donna une définition de ce qui était alors la première<br />

forme de coopération entre collectivités locales :<br />

‘’Le jumelage, c’est la rencontre de deux communes qui entendent<br />

s’associer pour agir dans une perspective européenne pour confronter<br />

leurs problèmes et pour développer entre elles des liens d’amitié de<br />

plus en plus étroits’’<br />

Uma geminação é :<br />

-Um contrato político entre duas colectividades, com a participação directa<br />

dos cidadãos<br />

-Um meio de sensibilização<br />

-Um meio de iniciação à mobilidade<br />

-Um quadro de acção e de projectos internacionais<br />

-Um espaço de trocas de experiência e de opiniões<br />

-Uma fonte de aprendizagem<br />

As geminações são locais de encontro, de diálogo, de iniciativas entre os<br />

Europeus de todos os horizontes, eles representam uma ferramenta para<br />

a tomada de consciência da cidadania e pertença europeia. Uma geminação<br />

é uma relação estabelecida entre duas cidades, maioritariamente de<br />

países diferentes, que se concretiza por trocas sócio-culturais. A maioria<br />

das cidades importantes estão geminadas com várias outras cidades.<br />

A mais velha relação conhecida entre duas aglomerações estrangeiras data<br />

de 836, com a primeira geminação Le Mans-Paderborn (França-Alemanha).<br />

O movimento federalista francês “A Federação” fundado em 1944,<br />

lança nos anos 1950, depois da Segunda Guerra mundial, a ideia da geminação<br />

de localidades na Europa. É Lucien Tharradin, presidente da<br />

Câmara de Montbéliard, antigo resistente e sobrevivente de Buchenwald<br />

que coloca as primeiras bases de uma geminação com Ludwigsburg em le<br />

Bade-Wurtemberg (Alemanha). O objectivo inicial consiste em trocar conhecimentos,<br />

experiências, o’’savoir-faire’’ em todos os domínios da vida<br />

local e levando as populações traumatizadas do pós-guerra a comprometerem-se<br />

em confraternizar entre elas, para a apaziguar os ódios e e os<br />

rancores, preservando assim a paz. Os 50 presidentes de Câmara europeus<br />

que, em janeiro de 1951, criam o Conselho das Comunas da Europa que<br />

deu lugar depois ao Conselho das Comunas e Regiões da Europa (CCRE)<br />

fazem parte dos pioneiros de uma Europa unida e portanto mais forte.<br />

Em 1957, Jean-Marie Bressand cria a Federação Mundial das Cidades<br />

Geminadas em Aix-les-Bains (França). O tratado do Eliseu em 1963<br />

acelerou as geminações franco-alemãs e em geral as cidades europeias.<br />

Depois da morte de Franco em 1975 e a queda da ditadura em Espanha,<br />

o movimento das primeiras geminações franco-espanholas acelera-se.<br />

Entre os intercâmbios culturais, em paralelo com diversas associações<br />

comunais, os colégios e liceus das localidades geminadas são interlocutores<br />

activos e ajudam a promover a aprendizagem de línguas estrangeiras.<br />

Em 2008, o CCRE lançou um novo sítio na internet sobre as geminações<br />

para as colectividades locais europeias que procuram parcerias. O<br />

sítio constitui um local de encontro virtual em mais de 20 línguas para<br />

as colectividades locais.<br />

Hoje, no continente europeu, mais de 15 000 colectividades locais estão<br />

implicadas no movimento das geminações.<br />

Un jumelage c’est :<br />

-Un contrat politique entre deux collectivités locales, avec la participation<br />

directe des citoyens<br />

-Un moyen de sensibilisation<br />

-Un moyen d’initiation à la mobilité<br />

-Un cadre d’action et de projets internationaux<br />

-Un espace d’échanges d’expériences et d’opinions<br />

-Une source d’apprentissage<br />

Les jumelages sont des lieux de rencontre, de dialogue, d’initiatives entre<br />

les Européens de tous les horizons, ils représentent un outil de la prise de<br />

conscience de la citoyenneté et l’appartenance européenne.Un jumelage est<br />

une relation établie entre deux villes, majoritairement de pays différents,<br />

que se concrétise par des échanges socio-culturels. La plupart des villes importantes<br />

sont jumelées avec plusieurs autres villes.<br />

La plus vieille relation connue entre deux communes étrangères date de<br />

836, avec le premier jumelage Le Mans-Paderborn (France-Allemagne).<br />

Le mouvement fédéraliste français « La Fédération »fondé en 1944,<br />

lance dans les années 1950, après la Seconde Guerre mondiale, l’idée<br />

du jumelage de communes en Europe. C’est Lucien Tharradin, maire<br />

de Montbéliard, ancien résistant et rescapé de Buchenwald qui pose les<br />

premières bases d’un jumelage avec Ludwigsburg dans le Bade-Wurtemberg<br />

(Allemagne). L’objectif initial consiste à échanger des connaissances,<br />

des expériences, du savoir-faire dans tous les domaines de la<br />

vie locale et engager les populations traumatisées de l’après-guerre à<br />

fraterniser, pour apaiser les haines et les rancœurs, en préservant ainsi la<br />

Paix. Les 50 maires européens qui, en janvier 1951, fondent le Conseil<br />

des communes d’Europe devenu para la suite le Conseil des communes<br />

et régions d’Europe (CCRE) font partie des pionniers d’une Europe unie<br />

et donc plus forte.<br />

En 1957, Jean-Marie Bressand crée La Fédération mondiale des villes jumelées<br />

à Aix-les-Bains (France). Le traité de l’Élysée en 1963 a accéléré<br />

les jumelages franco-allemands et plus généralement les villes européennes.<br />

Après la mort de Franco en 1975 et la chute de la dictature en Espagne le<br />

mouvement des premiers jumelages franco-espagnols s’accélère.<br />

Parmi les échanges culturels, en parallèle des diverses associations communales,<br />

les collèges et lycées des communes jumelées sont parties prenantes et<br />

aident à promouvoir ainsi l’apprentissage de langues étrangères.<br />

En 2008, le CCRE a lancé un nouveau site sur les jumelages pour les<br />

collectivités locales européennes qui cherchent des partenaires. Le site<br />

constitue un lieu de rencontre virtuel en plus de vingt langues pour les<br />

collectivités locales.<br />

Aujourd’hui, sur le continent européen, plus de 15 000 collectivités locales<br />

sont impliquées dans le mouvement des jumelages.<br />

4


5


Chaves<br />

Uma herança da história<br />

no Alto Tâmega<br />

6


Chaves<br />

Un héritage de l’histoire<br />

dans l’Alto Tâmega<br />

Sendo uma das cidades que mais proporciona o encontro com a<br />

história e a cultura do povo raiano, no Alto Tâmega, Chaves conta<br />

com cerca de 18 500 habitantes no seu perímetro urbano, sendo por<br />

isso a segunda maior cidade do Distrito de Vila Real. É sede de um<br />

município com 591,23 km² de área e 41 243 habitantes (Censos<br />

2011), subdividido em 39 freguesias.<br />

O município é limitado a norte pela Espanha, a leste pelo município<br />

de Vinhais, a sudeste por Valpaços, a sudoeste por Vila Pouca<br />

de Aguiar e a oeste por Boticas e Montalegre. A expansão do sector<br />

terciário, tanto na área dos serviços como na do comércio são razões<br />

para o crescimento registado no núcleo urbano.<br />

Este é um território de várias ocupações de povos desde a pré-história,<br />

que trouxeram culturas como a dos visigodos, muçulmanos e<br />

romanos. E é exatamente na civilização romana que se encontra, na<br />

história, o maior florescimento do território. Daqui nasce a “Aquae<br />

Flaviae”, nome romano de Chaves. Como herança ficou a monumentalidade,<br />

expressa nos seus castros, castelos, pontes, igrejas e<br />

conventos.<br />

Foi, provavelmente, por volta de 1160 que Chaves foi integrada no<br />

país que já era então Portugal sendo que, muitos séculos depois, a 12<br />

de Março de 1929 foi elevada à categoria de cidade.<br />

C’est une ville ancrée dans l’histoire et la culture du peuple «raiano»<br />

dans l’Alto Tâmega. Chaves compte environ 18 500 habitants dans son<br />

périmètre urbain — c’est la deuxième plus grande ville du district de<br />

Vila Real. La municipalité s’étend sur 591,23 Km 2 et possède 41 243<br />

habitants (Censos 2011), subdivisés en 39 paroisses.<br />

La commune de Chaves est limitrophe: au Nord, de l’Espagne; à l’est,<br />

de Vinhais; au sud-est, de Valpaços; au sud-ouest, de Vila Pouca de<br />

Aguiar et à l’ouest, de Boticas et Montalegre. L’expansion du secteur<br />

tertiaire, aussi bien dans le domaine des services que dans le domaine<br />

du commerce sont à l’origine de la croissance observée au niveau urbain.<br />

Il s’agit d’un territoire qui a subit plusieurs occupations par différents<br />

peuples, depuis la préhistoire, qui ont apporté des cultures comme celle<br />

des visigoths, musulmans et romains — et c’est justement avec la civilisation<br />

romaine que nous retrouvons, dans l’histoire, la plus grande<br />

prospérité du territoire. Cest ici que surgit l’Aquae Flaviae, nom romain<br />

attribué à Chaves. Concernant l’héritage laissé, nous retrouvons la monumentalité<br />

— à travers ses «castros», ses châteaux, ses ponts, ses églises<br />

et couvents.<br />

C’est probablement vers l’année 1160 que Chaves a été intégrée dans le<br />

pays qu’était déjà le Portugal et, quelques siècles plus tard, le 12 mars<br />

1929, Chaves a été élevée à la catégorie de ville.<br />

7


Chaves<br />

Chaves como “Eurocidade da Água”<br />

beneficia com os resultados das <strong>Geminações</strong><br />

O presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira, considera que as <strong>Geminações</strong> são válidas pelos<br />

resultados que trazem: novas abordagens, novos conhecimentos, que se refletem na qualidade de vida dos cidadãos.<br />

O que pensa das geminações?<br />

A Europa das regiões, à qual pertencermos tem contribuído de forma<br />

decisiva para o desenvolvimento e reforço da interação entre os seus<br />

países membros, reforço este através de laços de amizade, cooperação e<br />

geminação, estendidos às cidades, vilas e freguesias.<br />

Um dos principais fundadores do Conselho dos Municípios Europeus,<br />

Jean Bareth, conceptualizou da seguinte forma o conceito de geminação:<br />

“uma geminação é o encontro de dois municípios que pretendem<br />

proclamar que se associam para agir numa perspetiva europeia, para<br />

confrontar os seus problemas e para desenvolver entre eles laços de amizade<br />

cada vez mais estreitos.”<br />

Revejo-me neste conceito, por isso, no Município de Chaves temos pugnado<br />

por estreitar relações com cidades que têm sintonia connosco.<br />

Qual a importância para Chaves das geminações, concretamente<br />

com a que tem a localidade francesa e o que levou a unir-se a esta?<br />

Como está subjacente na resposta anterior, julgamos como pertinente<br />

toda a aproximação a cidades com quem nos identificamos, ou seja, naquelas<br />

em que encontramos pontos comuns e haja convergência comum<br />

nos vários domínios da governação.<br />

Ao estabelecermos laços de amizade e cooperação com outras latitudes,<br />

estamos a projetar e a promover o nosso território nos seus vários domínios.<br />

Por outro lado, ganhamos sempre muito quando entramos num<br />

processo de aproximação, nós e a população que representamos.<br />

O que é que o concelho tem beneficiado desta parceria?<br />

Em todos os processos de geminação, com exclusão das cidades africa-<br />

8


Curiosidades históricas:<br />

• Pela sua situação fronteiriça, o rei D. Dinis, como medida de<br />

proteção, mandou levantar o Castelo e a fortificação muralhada<br />

que ainda hoje dominam a cidade e a sua periferia.<br />

• Em 1253 realizou-se em Chaves, o casamento de D. Afonso III<br />

com a sua sobrinha D. Beatriz, filha de Afonso X, o Sábio; foi<br />

o Bolonhês quem concedeu à povoação o seu 1º foral, a 15 de<br />

Maio de 1258;<br />

• D. Manuel I outorgaria novo foral em 1514.<br />

• Aquando da Guerra da Independência, D. João I montou em redor<br />

de Chaves um cerco que durou 4 meses; tendo-se-lhe rendido<br />

a praça. O senhorio da vila foi então dada a D. Nuno Alvares<br />

Pereira, que o viria a ceder a D. Afonso, seu genro, fundador da<br />

Casa de Bragança.<br />

Curiosités historiques :<br />

• De par sa situation frontalière, le roi D. Dinis, comme mesure de<br />

protection, a ordonné de surélever le château et la forteresse muraillée<br />

qui dominent, encore aujourd’hui, la ville et sa périphérie.<br />

• En 1253, à Chaves, s’est réalisé le mariage de D. Afonso III avec sa<br />

nièce D. Beatriz, fille de Afonso X, le Sage; ce fut le “Bolonhês” qui<br />

concéda à la population la première charte de la ville, le 15 mai<br />

1258;<br />

• D. Manuel I a octroyé, plus tard, en 1514, une nouvelle charte.<br />

• Lors de la Guerre de l’Indépendance, D.João I a mis le siège à la ville<br />

de Chaves pendant 4 mois.<br />

Chaves comme “Euro ville de l’Eau”<br />

bénéficie avec les résultats des jumelages<br />

Le président de la Mairie de Chaves, António Cabeleira, estime que les jumelages sont valables par les résultats obtenus : nouvelles<br />

approches, nouvelles connaissances, qui se reflètent dans la qualité de vie des citoyens.<br />

Comment voyez-vous les jumelages ?<br />

L’Europe des régions, à laquelle on appartient, apporte sa contribution de<br />

façon décisive pour le développement et renfort de l’interaction entre les pays<br />

membres, a travers de liens d’amitié, coopération et jumelage, élargies aux<br />

villes et villages.<br />

Un des principaux fondateurs du Conseil des Municipalités Européennes,<br />

Jean Bareth, a conceptualisé de la manière suivante le concept du jumelage<br />

: ”un jumelage c’est le rencontre de deux villes qui veulent proclamer<br />

leur association pour agir dans une perspective européenne, pour confronter<br />

ses problèmes et pour développer entre eux les liens d’amitié plus en plus<br />

étroits.”<br />

Je me revois dans cet concept, donc, à Chaves on a plaidé pour tisser les<br />

relations avec des villes qui sont sur la même longueur d’ondes avec nous.<br />

Quelle est l’importance pour Chaves les jumelages, concrètement celle<br />

que vous avez avec la ville de Angoulême?<br />

Comme j’ai dit toute à l’heure, nous estimons comme pertinent toute approche<br />

à des villes avec qui nous nous identifions, c’est-à-dire, dans celles où<br />

on retrouvent des points en commun et qu’il y ait convergence commun dans<br />

les différents domaines de la gouvernance.<br />

Quand on établit des liens d’amitié et coopération avec d’autres latitudes, on<br />

est en train de projeter et de promouvoir notre territoire dans ses différents<br />

domaines. D’autre part, on gagne toujours quand on rentre dans un processus<br />

d’approche, nous et la population que nous représentons.<br />

La municipalité a déjà bénéficié de cette partenariat ou pas ?<br />

Dans tous les jumelages, à l’exception des villes africaines, où la relation,<br />

9


Chaves<br />

nas, onde o relacionamento, confesso, está mais distante (não por culpa<br />

nossa, pois sempre estivemos presentes quando fomos solicitados a<br />

colaborar), com as cidades europeias, nomeadamente com Differdange<br />

(Luxemburgo), Talence (França) e mais recentemente com Angoulême<br />

(França), os benefícios têm sido bastantes para as duas partes, com vários<br />

intercâmbios entre as populações de todas as cidades. Este intercâmbio<br />

tem acontecido a nível institucional, na governação, na cultura e no desporto,<br />

sendo transversal a nível geracional, pois têm estado envolvidos<br />

não só os jovens como também os séniores.<br />

Desse intercâmbio resultam, como é evidente, novas abordagens, novos<br />

conhecimentos, refletindo-se na qualidade de vida dos cidadãos.<br />

O que tem sido feito e o que se pensa fazer a médio prazo?<br />

Como disse anteriormente, têm acontecido várias iniciativas, quer em<br />

Chaves, quer nos restantes municípios. Só para contextualizar e não recuar<br />

muito no tempo, a mais recente experiência aconteceu com Angoulême,<br />

com a visita ao nosso território de uma comitiva daquela cidade<br />

francesa, no passado mês de outubro a que se seguiu, em novembro<br />

passado, uma participação de jovens flavienses (neste caso a nossa Escola<br />

Profissional) num festival gastronómico com enormes pergaminhos que<br />

dá pelo nome de GASTRONOMADES.<br />

Futuramente, pretendemos estreitar ainda mais os nossos laços de cooperação<br />

e amizade. Por exemplo, nas festas da cidade em 8 e 9 de julho,<br />

convidámos uma escola de hotelaria de Angoulême a participar num<br />

encontro gastronómico que vai ter lugar na nossa cidade de Chaves.<br />

Salienta algum momento especial/marcante nesta parceria com a<br />

cidade francesa?<br />

Quando encetamos um processo de aproximação e se conjugam vontades<br />

entre as duas partes, todos os projetos em que ambos os parceiros<br />

se envolvem são importantes e enriquecedores reciprocamente, daí não<br />

querer distinguir este ou aquele aspeto, pois friso, reputamos de grande<br />

importância todos os projetos em que estamos envolvidos, já que os<br />

mesmos, antes de serem implementados, são alvo de muito estudo e<br />

ponderação.<br />

Na sua perspetiva o que poderá significar este projeto novo “<strong>Geminações</strong>”<br />

nesta relação com as cidades geminadas e para as geminações<br />

em geral?<br />

Como já referi anteriormente, nesta Europa das regiões, há cada vez<br />

mais necessidade de afirmarmos a nossa identidade, com algo que seja<br />

diferenciador.<br />

A nossa região assume-se como um destino estratégico. Com este conceito<br />

de Eurocidade que assumimos com Verin (Galiza, Espanha),<br />

tornamo-nos no território da Península Ibérica onde se concentram o<br />

maior número de mananciais de água mineral e de fontes termais, todas<br />

de excelente qualidade. É por esta razão que assumimos o slogan “A<br />

EUROCIDADE DA ÁGUA”.<br />

Aliado a este excelente produto, o nosso território é ainda bafejado com<br />

outros motivos de interesse. Somos servidos por três autoestradas. Temos<br />

uma vasta oferta de hotelaria, com hotéis de 4 e 5 estrelas. Uma rica<br />

e variada gastronomia. Paisagens naturais deslumbrantes, diversificadas<br />

ao longo do ano, muitos monumentos. Museus, com destaque para o recentemente<br />

inaugurado, Museu de Arte Contemporânea nadir Afonso,<br />

num edifício projetado pelo conceituado arquiteto Siza Vieira. Enfim,<br />

um manancial de atributos que fazem desta terra um destino a visitar.<br />

10


j’avoue, est plus lointaine, avec les villes européennes, notamment, avec<br />

Differdang (Luxembourg), Talence (France) et plus récemment avec Angoulême<br />

(France), les bénéfices sont assez pour les deux parties, avec plusieurs<br />

échanges entre les populations de toutes les villes. Cette échange…c’est au<br />

niveau institutionnel, dans la gouvernance, dans la culture et dans le sport,<br />

non seulement avec les jeunes mais aussi avec les séniors.<br />

De cet échange résultent, c’est évident, nouvelles approches, nouvelles<br />

connaissances, que se répercute dans la qualité de vie des citoyens.<br />

Ce qui a été fait et ce que nous avons l’intention de le faire à moyen terme?<br />

Comme j’ai dit, il y a eu plusieurs initiatives, non seulement à Chaves,<br />

comme dans les autres municipalités. La plus récente expérience fut avec<br />

Angoulême, avec la visite chez nous d’une délégation de cette ville française,<br />

octobre dernier, et après, en novembre dernier, une participation de jeunes<br />

‘’flavienses’’ (dans ce cas notre École Professionnelle) dans un festival gastronomique,<br />

‘’LES GASTRONOMADES’’.<br />

Dans le futur, on prétend tisser encore plus nos liens de coopération et d’amitié.<br />

Par exemple, pendant les fêtes de la ville les 8 et 9 de juillet, on a invité<br />

une école d’hôtellerie d’Angoulême à participer dans un rencontre gastronomique<br />

qui auras lieu chez nous.<br />

Pouvez-vous citer un moment particulier dans ce partenariat avec<br />

la ville française?<br />

Quand on commence un processus de jumelage se conjuguent des volontés<br />

entre les deux parties, tous les projets dans lesquelles les deux s’impliquent<br />

sont importants et enrichissants, donc, je veux pas distinguer tel ou tel, aspect,<br />

parce que tous les projets, dans lesquels nous sommes impliqués sont importants,<br />

parce que avant d’être appliqués, font le objet d’étude et réflexion.<br />

Selon vous ce que pourras signifier ce nouveau projet “Jumelages”<br />

dans cette relation avec les villes jumelées et pour les jumelages en<br />

général ?<br />

Dans cet Europe des régions, il y a de plus en plus le besoin d’affirmer notre<br />

identité, avec quelque chose qui soit différenciateur.<br />

Notre région est une destination stratégique. Avec ce concept d’Euroville<br />

qu’on as avec Verin (Galiza, Espagne) on devient le territoire de la Péninsule<br />

Ibérique où se concentre le plus grand nombre de sources d’eau minéral<br />

et de sources thermales de qualité. C’est pour cette raison qu’on as le slogan<br />

“L’ EUROVILLE DE L’EAU”.<br />

Notre territoire a encore d’autres motives d’interet. On est servis par trois<br />

autoroutes. On a une grande offre d’hôtellerie, avec des hôtels de 4 et 5<br />

étoiles. Une riche et variée gastronomie. Des paysages à couper le souffle,<br />

et beaucoup de monuments… des musées, en particulier le Musée d’Art<br />

Contemporaine, Nadir Afonso, récemment inauguré, un ouvrage du célèbre<br />

architecte Siza Vieira.<br />

Enfin, une série d’attributs qui font de cet terre une destination à visiter.<br />

11


Provar o pastel de Chaves<br />

é obrigatório e as outras<br />

iguarias também<br />

Em Chaves, ao nível gastronómico, a dificuldade esta na escolha do que<br />

levar à boca, tanta é a oferta tradicional. Pode optar por qualquer uma<br />

mas, obrigatório, obrigatório é provar o pastel de Chaves, um verdadeiro<br />

embaixador da região.<br />

O ano é o de 1862. Uma vendedora, de origem desconhecida entre no<br />

burgo flaviense. Percorre as ruas. Com ela carrega uma cesta que continha<br />

uns pasteis de uma forma estranha, nunca antes vista por aquelas bandas. A<br />

curiosidade apoderou-se dos locais que provando aqueles pasteis fizeram, rapidamente,<br />

constatar que a vendedora não tinha quantidade suficiente para<br />

tanta procura. Reza a história que, perante tal cenário, a fundadora da Casa<br />

do Antigo Pasteleiro ofereceu à vendedora desconhecida uma libra pela receita<br />

daqueles pasteis. O Pastel de Chaves tornou-se, assim, um símbolo da<br />

pastelaria do concelho de Chaves que rapidamente ganhou fama em todo o<br />

país. Estes pasteis viriam mesmo a ser referenciados, em 2004, pela Revista<br />

Unibanco, como os melhores folhados de Portugal.<br />

Esta celebridade trouxe desvantagens. A autarquia revela-o mesmo no<br />

site oficial da Câmara Municipal, onde refere a necessidade de proteger a<br />

receita original flaviense. Lê-se então que “A sua importância económica<br />

obriga-nos a ser responsáveis no sentido da preservação da receita e dos<br />

métodos tradicionais de modo a evitar usurpações da designação ―Pastel<br />

de Chaves. Aliás, a crescente notoriedade deste pastel tem originado o<br />

aparecimento no mercado de pasteis que, embora tendo a designação<br />

de Chaves, não correspondem às características físicas e sensoriais adequadas.<br />

Verifica-se, assim, o crescimento de uma produção que não é<br />

controlada e que não segue, quer a receita, quer as matérias-primas, quer<br />

ainda os métodos de produção, dos genuínos pastéis de Chaves”. Em<br />

Chaves já sabe: numa pausa durante a visita à cidade, sente-se à mesa e<br />

prove esta iguaria única. Difícil será contentar-se apenas com um pastel!<br />

Déguster le ‘’pastel<br />

de Chaves’’ (un friand<br />

en forme de demie- lune)<br />

c’est obligatoire ainsi<br />

comme toutes les friandises<br />

À Chaves, au niveau de la gastronomie, la difficulté est dans le choix, étant<br />

donné l’offre traditionnelle. Vous pouvez choisir n’importe laquelle, mais,<br />

obligatoire, obligatoire c’est déguster le ‘’pastel de Chaves’’, un vraie ambassadeur<br />

de la région.<br />

Son histoire remonte à 1862, lorsqu’un vendeur, dont l’origine n’est pas<br />

connue, parcourait la ville avec un panier contenant des friands de forme<br />

étrange, en quantité insuffisante pour répondre à l’appétit des citadins.<br />

Pour faire face à la pénurie et satisfaire la gourmandise des habitants du<br />

cru, Dona Teresa Feliz Barreira, fondatrice de la pâtisserie Casa do Antigo<br />

Pasteleiro, aurait acheté pour une livre la recette de ce délice en croûte (Revista<br />

Unibanco, édition de janvier/février 2004). “Le Pastel de Chaves” est<br />

devenu, ainsi, un symbole de la pâtisserie de la commune de Chaves que<br />

rapidement a gagné la gloire dans tous le pays. Ces friands à la viande ont<br />

été répertoriés, en 2004, par le Magazine Unibanco, comme les meilleurs<br />

feuilletés de Portugal.<br />

Cette célébrité a apporté des inconvénients. La municipalité révèle ça dans<br />

le site web officiel de la Mairie, où mentionne le besoin de protéger la recette<br />

originale ‘’flaviense’’ (de Chaves). On peut lire alors «Son importance<br />

économique nous oblige à être responsables pour la préservation de la recette<br />

et des méthodes traditionnelles à fin d’éviter des usurpations de de son label<br />

– Pastel de Chaves. D’ailleurs, la croissante notoriété de ce friand a provoqué<br />

l’irruption sur le marché des friands qui ne correspondent pas aux caractéristiques<br />

physiques et sensorielles appropriées .<br />

Tout aussi présent dans la mémoire collective qu’il est long en bouche, le<br />

«Pastel de Chaves» a fini par s’assurer une place de choix dans la gastronomie<br />

nationale. Ce statut lui a d’ailleurs valu le qualificatif de «meilleur<br />

friand du Portugal» (Revista Unibanco, édition de janvier/février 2004).<br />

À Chaves, vous savez déjà : dans une pause pendant la visite de la ville,<br />

asseyez-vous à table et dégustez ce friand unique. Ce sera difficile se satisfaire<br />

qu’avec un ‘’pastel de Chaves’’!<br />

12


Outras iguarias a provar...<br />

Folar de Chaves<br />

A ancestralidade do Folar de Chaves perde-se completamente<br />

no tempo. Deste facto é exemplo um artigo<br />

publicado no “Flaviense – Semanário Republicano<br />

Independente” de 11 de Abril de 1915,<br />

onde o autor, J. Soto Maior, de forma um<br />

pouco burlesca compara a antiguidade do<br />

folar ao da própria digestão.<br />

Presunto de Chaves<br />

Considerado pelos especialistas como o melhor presunto<br />

nacional foi um dos produtos candidatos às 7 Maravilhas da Gastronomia<br />

Portuguesa. A difusão do presunto de Chaves no mercado<br />

português teve início em 1910, quando uma família local o<br />

começou a comercializar em Lisboa. O auge de popularidade deste<br />

produto teve lugar nas décadas de 1960 e 1970.<br />

A singularidade do Presunto de Chaves reside nas características<br />

distintivas da carne do porco Bísaro, usada como matéria-prima na<br />

sua produção.<br />

Enchidos<br />

Para provar obrigatoriamente em Chaves: Alheira, Linguiça, Chouriço<br />

de Cabaça, Salpicão e Bucheira.<br />

Sopas:<br />

Destaque-se a Sopa de Couve Penca de Chaves, o Caldo de Unto e<br />

o Caldo de Feijão Vermelho.<br />

Mais para “dar ao dente”<br />

Experimente entre outros a Palhada, Bexiga e Paloio Cozidos com<br />

Espigos ou Grelos, Guisado de Míscaros ou tortulhos, os Chícharos<br />

Cozidos, o Arroz de Sanchas e claro a Feijoada à Transmontana!<br />

Autres friandises à déguster...<br />

Folar de Chaves<br />

Le folar est traditionnellement le pain<br />

de Pâques au Portugal, confectionné à<br />

base d’eau, de sel, d’œuf et de farine<br />

de blé.<br />

Le folar de Chaves est confectionné<br />

à partir de pâte à pain, levée et<br />

moelleuse, remplie de viande de porc et<br />

de veau, de presunto, de saucisse, de chevreau<br />

ou de poulet, entre autres ingrédients<br />

possibles.<br />

Presunto (jambon fumé) de Chaves<br />

Est considé par les experts comme le meilleur ‘’presunto’’ national et<br />

a étè un des produits candidats au concours “les 7 Merveilles de la<br />

Gastronomie Portugaise”.<br />

La diffusion du ’presunto de Chaves’’ sur le marché portugais a<br />

commencé en 1910, quand une famille de la région a commencé à<br />

commercialiser à Lisbonne. L’apogée de la popularité de ce produit<br />

a eu lieu dans les années 60 et 70. La particularité du ‘’Presunto de<br />

Chaves’’ réside dans les caractéristiques de la viande de porc de la race<br />

‘’Bisaro’’, utilisée comme matière première dans sa production.<br />

Saucissons<br />

Il faut aussi déguster toute une variété de saucisson à Chaves :<br />

«Alheira», «Linguiça», «Chouriço de Cabaça», «Salpicão»<br />

et «Bucheira».<br />

Il faut pas manquer de déguster tous les plats régionaux locaux.<br />

Um Museu que espelha a importância de Nadir Afonso<br />

Orçado em cerca de 8 milhões de euros, o museu, obra do arquiteto<br />

Álvaro Siza Vieira, reúne o espólio do artista da terra, Nadir Afonso,<br />

retratando-o como pintor, mas também como filósofo.<br />

Cerca de 8200 pessoas passaram pelo Museu de Arte Contemporânea<br />

Nadir Afonso, somente nos primeiros três meses de funcionamento (julho,<br />

agosto e setembro). Nadir Afonso Rodrigues nasceu em Chaves a<br />

4 de Dezembro de 1920 e faleceu em Cascais em 11 de Dezembro de<br />

2013. Em 1938 ingressou no curso de Arquitetura na Escola de Belas<br />

-Artes do Porto. Terminados os estudos partiu para Paris, em 1946, onde<br />

se inscreveu na École des Beaux-Arts para estudar Pintura, e obteve, por<br />

intermédio de Portinari, uma bolsa de estudo do governo francês. Colaborou,<br />

de 1946 até 1948 e novamente em 1951, com Le Corbusier.<br />

Foi um projeto desenvolvido sob orientação deste que esteve na base da<br />

tese “A Arquitectura não é uma Arte”, que defendeu no Porto em 1948.<br />

Un Musée que reflète l’importance de Nadir Afonso<br />

Évalué à environ 8 millions d’euros, le musée, œuvre de l’architecte Álvaro<br />

Siza Vieira, rassemble les œuvres de l’artiste natif de Chaves, Nadir Afonso,<br />

en le représentant comme le peintre, mais aussi comme philosophe.<br />

Environ 8200 personnes ont visités le Musée d’Art Contemporaine Nadir<br />

Afonso, seulement en trois mois d’ouverture (Juillet, Août et Septembre).<br />

Nadir Afonso Rodrigues est né à Chaves, le 4 de Décembre de 1920, et<br />

est décédé à Cascais, le 11 de Décembre de 2013. En 1938 il a intégré le<br />

cours d’Architecture à l’École de Beaux- Arts à Porto. Après avoir finis les<br />

études, il est parti pour Paris, en 1946, où il s’inscrit à l’École de Beaux-Arts,<br />

pour étudier la peinture, et obtient, grâce à Portinari, une bourse d’étude<br />

du gouvernement français. Il a collaboré avec Le Corbusier, entre 1946 et<br />

1948, ainsi qu’en 1951. C’était un projet développé sous l’orientation de Le<br />

Corbusier qu’a été la base de sa thèse “L’Architecture n’est pas un Art”, qu’il<br />

a défendu à Porto en 1948.<br />

13


Chaves<br />

14


O Esplendor do Vidago Palace<br />

No princípio do século passado, durante o reinado de D. Carlos<br />

I dá-se início ao projeto do Vidago Palace Hotel. A região<br />

norte de Portugal possui numerosas fontes naturais, sendo as<br />

curas termais e os espaços de bem-estar muito apreciados pela<br />

sociedade aristocrática da Belle Époque. Com o assassinato do<br />

Rei D. Carlos I e o início da revolução, a realeza acaba por não<br />

conhecer o hotel. O Vidago Palace Hotel prossegue a sua história<br />

e abre a 6 de Outubro de 1910, altura em que é instaurada<br />

a Primeira República Portuguesa.<br />

Em 1936, o Vidago Palace Hotel passa a usufruir de um percurso<br />

de golfe de 9 buracos, desenhado pelo célebre arquiteto<br />

Philip Mackenzie Ross (o novo golfe do Vidago Palace oferece<br />

um percurso de 18 buracos, com um comprimento de 6 308<br />

metros e o antigo e belíssimo edifício em pedra, outrora utilizado<br />

para engarrafar a água de Vidago, serve agora de Club<br />

House). A combinação de um palácio com cuidados termais e<br />

um campo de golfe de luxo, acaba por colocar o hotel entre as<br />

estâncias europeias de maior prestígio no período da 2a Guerra<br />

Mundial. A reabertura do hotel em 2010, cem anos após a sua<br />

primeira inauguração em 1910, é um golpe de mestre, uma<br />

reviravolta inesperada.<br />

Localizado a cerca de uma hora de distância da cidade do Porto,<br />

o Vidago Palace oferece 70 quartos e suites, assim como<br />

vários espaços de receção de dimensões generosas: salas de reunião,<br />

bares, sala de fumo, salões para eventos. Uma escala de<br />

sonho onde a noção da arte de viver faz todo o sentido com os<br />

sabores requintados da gastronomia local, os cuidados do novo<br />

Spa da autoria de Siza Vieira, os salões confortáveis e elegantes<br />

e o ambiente sereno do espaço.<br />

Entouré par de magnifiques parcs verdoyants, le majestueux Vidago Palace allie<br />

le style Belle Époque au luxe moderne. Il dispose d’une piscine, d’un spa et d’un<br />

parcours de golf de 18 trous. Niché dans une vallée pittoresque, le golf du Vidago<br />

Palace, est un parcours que les passionnés apprécieront quel que soit leur niveau.<br />

La réouverture du hôtel en 2010, cent ans depuis sa première inauguration(1910),est<br />

un coup de maitre, une tournure inattendue.<br />

Le Vidago Palace situé à seulement 5 minutes de route du centre de Vidago et à<br />

une heure de Porto, offre 70 chambres et suites,4 restaurants, le bar du spa et le bar<br />

restaurant/grill au bord de la piscine, et un spa ,où les soins d’hydrothérapie sont<br />

à base de l’eau minérale de Vidago et d’huiles des plantes provenant du domaine<br />

du Palace.<br />

15


Chaves<br />

A natureza e o relaxamento do Pedras Salgadas Spa & Nature Park<br />

No PEDRAS SALGADAS spa & nature park, surgem agora, por entre as copas das árvores deste emblemático parque natural, duas novas casas. As<br />

casas da árvore remetem para o imaginário infantil e para cenários românticos. Esta é a segunda fase de implementação do projecto que surpreendeu<br />

com o novo conceito de Eco Houses, já distinguidas em 2013 pelo prestigiado site ArchDaily que as elegeu por entre os melhores edifícios do mundo,<br />

destacando o sistema modelar que permite criar diferentes combinações por entre as casas que se encontram espalhadas pelo interior do parque.<br />

Esta nova fase do projecto também contemplou a renovação de espaços emblemáticos existentes no parque, como é o caso do antigo edifício do Casino<br />

das Termas que retomou a sua anterior funcionalidade de salão de festas e conferências.<br />

Desde 2012, a vila termal de Pedras Salgadas, que em tempos fez parte do destino de férias da realeza, está a ganhar um novo encanto graças a este<br />

projecto hoteleiro inovador orientado para famílias e amigos que gostam de disfrutar de atividades ao ar livre. Trata-se de um turismo de natureza,<br />

com conforto e ambiente de luxo, integrado num parque centenário com 20 hectares de flora natural.<br />

16


La nature et la relaxation<br />

du Pedras Salgadas Spa<br />

& Nature Park<br />

Le Pedras Salgadas Spa & Nature Park propose des bungalows<br />

indépendants et respectueux de l’environnement<br />

qui présentent un cadre moderne.<br />

Au PEDRAS SALGADAS spa & nature parque, apparaissent<br />

à présent, entre les cimes des arbres de ce parc<br />

naturel emblématique, deux nouvelles maisons. Les<br />

maisons de l’arbre renvoient à l’imaginaire infantile et<br />

aux scénarios romantiques. Le spa du Pedras Salgadas<br />

propose une variété de soins relaxants et de massages. Il<br />

est équipé d’une piscine intérieure, d’un sauna et d’un<br />

bain à vapeur.<br />

Depuis 2012, la ville thermale de Pedras Salgadas,<br />

qu’autre fois a fait partie de la destination de vacances de<br />

la royauté , est en train de devenir plus charmante grâce<br />

à ce nouveau projet hôtelier tourné pour les familles et<br />

amis qu’aiment les activités en plein air. Le Park se situe<br />

à 15 minutes en voiture du centre de Vidago.<br />

Porque poderá ser o momento de investir em Chaves?<br />

Neste momento a Câmara Municipal está a alienar lotes de terrenos<br />

nos diversos parques empresariais a um preço apelativo de um euro<br />

por metro quadrado. Saiba mais aqui:<br />

http://www.chaves.pt/frontoffice/pages/118<br />

Por outro lado, Chaves beneficia da medida nacional para reformados<br />

de outros países que queiram ter aqui uma habitação. Estes cidadãos<br />

ficam isentos de IRS durante 10 anos.<br />

Pourquoi ça peut être le moment d’investir à Chaves?<br />

En ce moment la Mairie de Chaves est en train d’aliéner lots de terrains<br />

dans les divers parques d’activités entrepreneuriales à un prix attractif<br />

d’un euro par mètre carré. Sachez plus ici :<br />

http://www.chaves.pt/frontoffice/pages/118<br />

Par ailleurs, Chaves bénéficie d’avantage fiscal pour les retraités d’autres<br />

pays qui veulent avoir ici une habitation. Ces citoyens ne payent pas le<br />

IRS (impôt sur le revenu) pendant 10 ans.<br />

17


Angoulême<br />

Angoulême é uma cidade do sudoeste da França, prefeitura do departamento<br />

da Charente, na região Nova-Aquitaine. A cidade é atravessada<br />

pelo rio Charente e conta com perto de 50 000 habitantes e é o centro<br />

de uma aglomeração com mais de 110 000 habitantes. Ela é reconhecida<br />

cidade de arte e de história, de origem romana herdou um património histórico,<br />

religioso e urbano notável que atrai numerosos visitantes e turistas.<br />

Hoje, Angoulême, ocupa o centro de uma aglomeração permanecendo<br />

entre as mais industrializadas na Loire e Garonne, com a indústria do<br />

papel estabelecida no século XVI, oficina de fundição e electromecânica<br />

desenvolvidas num período mais recente. É também uma cidade comercial<br />

e administrativa, dotada de um centro universitário, e de uma vida<br />

cultural notável. Esta é dominada pelo célebre Festival Internacional de<br />

Banda Desenhada que contribui amplamente ao renome internacional<br />

da cidade, assim como o Festival do filme francófono.<br />

Um obelisco em homenagem a René Goscinny, um argumentista de BD<br />

e à nona Arte, foi inaugurado no dia 25 de janeiro de 2017 por Xavier<br />

Bonnefont, Presidente da Câmara de Angoulême, com o apoio de Festival<br />

Internacional de BD.<br />

Angoulême, entre passado e futuro, propõe aos visitantes uma oferta<br />

variada... património, museus, artesanato.<br />

É preciso imperativamente visitar a Catedral de São Pedro, de estilo<br />

romano-bizantino, que é o culminar de 4 catedrais sucessivas, cuja primeira<br />

foi construída no ano 413 e dedicada ao Apóstolo Pedro.<br />

Não podemos esquecer em visitar também a Cité Internacional da BD<br />

e da Imagem, o museu de Angoulême,o museu do papel “O Nilo” e o<br />

Memorial da Resistência e da Deportação.<br />

18


Angoulême est une commune du Sud-Ouest de la France, préfecture du département<br />

de la Charente, en région Nouvelle-Aquitaine. La commune est<br />

traversée par le fleuve Charente et compte près de 50 000 habitants et est<br />

le centre d’une agglomération rassemblant plus de 110 000 habitants. Elle<br />

est reconnue ville d’art et d’histoire, d’origine romaine, a hérité d’un patrimoine<br />

historique, religieux et urbain remarquable qui attire de nombreux<br />

visiteurs et touristes de passage.<br />

Aujourd’hui, Angoulême occupe le centre d’une agglomération demeurant<br />

parmi les plus industrialisées entre Loire et Garonne avec<br />

industrie papetière établie au XVIème siècle, fonderie et électromécanique<br />

développées à une période plus récente. C’est aussi une ville<br />

commerciale et administrative, dotée d’un centre universitaire, et<br />

d’une vie culturelle remarquable. Celle-ci est dominée par le célèbre<br />

Festival International de la BD qui contribue largement au renom<br />

international de la cité, ainsi que par le Festival du film francophone.<br />

Un obélisque en hommage a René Goscinny, un scénariste de bande dessinée,<br />

et à la 9éme Art a été inauguré le 25 janvier 2017 par Xavier Bonnefont,<br />

Maire d’Angoulême, avec l’appui du Festival International de BD.<br />

Angoulême entre passé et futur, propose aux visiteurs une offre variée... patrimoine,<br />

musées, artisanat.<br />

Il faut impérativement visiter la Cathédrale St.Pierre, de style romano-byzantin,<br />

qui est l’aboutissement de 4 cathédrales sucessives, dont la première<br />

fut construite en l’an 413 et dédiée à l’Apôtre Pierre.<br />

Il faut pas non plus oublier une visite à La Cité Inernationale de la Bande<br />

Dessinée et de l’Image, le Musée d’Angoulême, le Musée du Papier «Le Nil»<br />

et l’Espace Mémoriel de la Résistance et de la Déportation.<br />

19


Angoulême<br />

Entrevista com o Maire<br />

(presidente de Câmara) de Angoulême,<br />

Xavier Bonnefont<br />

Como concebe uma geminação?<br />

Antes de mais, como uma vontade de aproximar os povos, e é também<br />

por isso que a cidade de Angoulême desejou construir uma nova geminação,<br />

nomeadamente, com Portugal e a cidade de Chaves, para poder<br />

aproximar o nosso território aqui, em Angoulême, e na Charente, com<br />

uma região de onde são oriundos muitos membros da comunidade portuguesa<br />

que vivem em Angoulême.<br />

É a principal razão ou existem outros objectivos na vossa escolha?<br />

É a razão principal-corresponde também a um pedido dos membros<br />

desta comunidade que são organizados numa associação, aqui, na cidade-eles<br />

são muito dinâmicos e fazem também a promoção da cultura<br />

portuguesa. Portanto, Angoulême é uma cidade de cultura e é igualmente<br />

uma maneira de aproximar os nossos povos, as nossas cuturas,<br />

por vezes também com as nossas diferenças, mas também de desenvolver<br />

cooperações, no ensino, nas actividades desportivas, porque nós temos<br />

coisas em preparação para depois eventualmente pôr em prática – é o<br />

desejo da municipalidade de Angoulême-trabalhar em pontes viradas<br />

para o mundo económico, para o emprego e para os chefes de empresas<br />

de Angoulême e de Chaves.<br />

Vocês têm outras geminações?<br />

Sim. Existem oito. Angoulême é uma cidade que, desde sempre, abriuse<br />

ao exterior, a outras culturas, a outras cidades e portanto Chaves é a<br />

nossa última geminação que está em construção - é a nona.<br />

O senhor falou da notoriedade de Angoulême. É uma cidade conhecida<br />

internacionalmente pelo seu Festival de Banda Desenhada- já<br />

houve artistas portugueses que participaram neste Festival ou não?<br />

Certamente, mas talvez de maneira menos enquadrada, porque desde há alguns<br />

anos que tentámos renovar e reativar algumas geminações que podiam<br />

estar um pouco adormecidas. Este Festival de BD era também a ocasião,<br />

para nós, trazer desenhadores, de autores das cidades com as quais estamos<br />

geminados; nós tivemos nomeadamente, em janeiro passado, durante o último<br />

Festival, a participação de autores norte-americanos, porque estamos<br />

geminados com a cidade de Hoffman Estates,ao lado de Chicago.<br />

No início da sua resposta, falou da importância desta geminação<br />

com a cidade de Chaves – que mais valia pode trazer esta relação<br />

com a cidade portuguesa?<br />

Antes de mais, fazer de modo a que os habitantes de Angoulême conheçam<br />

ainda mais a cultura portuguesa, a história portuguesa e particularmente,<br />

o que se passa na região de Chaves, porque muitas famílias são<br />

oriundas desta região e, na ocorrência, quando tomei um compromisso<br />

com a comunidade franco-portuguesa, aqui, naturalmente, os portugueses<br />

disseram-me que se uma geminação deveria existir, era preciso<br />

que fosse uma geminação com esta região de Chaves, porque muitas<br />

famílias são oriundas do Norte de Portugal e vieram instalar-se aqui, em<br />

Angoulême e na Charente.<br />

Então, é uma geminação recente... Houve um protocolo, houve<br />

a “charte” que foi assinada no mês de fevereiro deste ano, não é<br />

verdade?<br />

Sim, e que foi também votada em Chaves pelo Conselho Municipal e<br />

nós vamos a Chaves brevemente para poder assinar de maneira oficial<br />

esta geminação.<br />

20


Interview avec Mr. le Maire d’Angoulême,<br />

Xavier Bonnefont<br />

Mr. le Maire, comment concevez-vous un jumelage ?<br />

D’abord, comme une volonté de rapprocher les peuples, ensemble, et c’est<br />

aussi pour ça que la ville d’Angoulême a souhaité construire un nouveau<br />

jumelage, notamment, avec le Portugal et la ville de Chaves, pour pouvoir<br />

rapprocher notre territoire ici, à Angoulême, et en Charente, avec une région<br />

dont sont issus beaucoup de membres de la communauté portugaise qui sont<br />

présents ici à Angoulême.<br />

C’est la principale raison où il y a d’autres objectifs dans votre choix ?<br />

C’est la raison principale, la raison de départ — ça répond aussi à une<br />

demande des membres de cette communauté qui sont organisés en association,<br />

ici, sur la ville — ils sont très dynamiques et font, aussi, la promotion<br />

de la culture portugaise. Donc, Angoulême est une ville de culture et c’est<br />

une façon également de rapprocher nos peuples, nos cultures, avec parfois<br />

aussi nos différences, mais de développer aussi des coopérations, en termes<br />

d’enseignements, en termes de collaborations sportives, parce que nous avons<br />

des choses en préparation, puis éventuellement travailler - c’est le souhait de<br />

la municipalité d’Angoulême - de travailler à des passerelles tournées vers le<br />

monde économique, vers l’emploi et vers les chefs d’entreprise d’Angoulême<br />

et les chefs d’entreprise de Chaves.<br />

Vous avez d’autres jumelages ?<br />

Oui. On en a beaucoup d’autres. On en a huit. Angoulême est une ville qui,<br />

de tout temps, s’est ouverte à l’extérieur, à d’autres cultures, à d’autres villes<br />

et donc Chaves c’est notre dernier jumelage qui est en construction - c’est le<br />

neuvième.<br />

Vous avez parlé de la notoriété d’Angoulême. C’est une ville connue<br />

internationalement pour son Festival de Bande Dessinée _ est-ce qu’il<br />

y a déjà eu des artistes portugais qui sont venus à ce festival ou pas ?<br />

Certainement, mais peut-être de manière moins encadrée, parce que depuis<br />

maintenant quelques années nous essayons de renouer et de faire revivre<br />

certains jumelages qui pouvaient être un peu “endormis”. Ce festival de BD<br />

était aussi l’occasion, pour nous, de faire venir des dessinateurs, des auteurs<br />

des villes avec lesquelles nous sommes jumelées; nous avions notamment, en<br />

janvier dernier, lors du dernier festival international de BD, des auteurs<br />

américains car nous sommes jumelés avec la ville de Hoffman Estates, à<br />

côté de Chicago, et donc nous avions des auteurs américains des environs de<br />

Chicago qui sont venus pour le festival.<br />

Au début de votre réponse, vous m’avez parlé, en quelque sorte, de<br />

l’importance de ce jumelage avec la ville portugaise _ quelle plus-value<br />

peut apporter cette relation avec la ville portugaise ?<br />

D’abord, faire en sorte que les habitants d’Angoulême connaissent encore<br />

d’avantage la culture portugaise, l’histoire portugaise et puis aussi, particulièrement,<br />

ce qui se passe dans la région de Chaves parce que beaucoup<br />

de familles sont issus de cette région et, en l’occurence, quand j’avais pris un<br />

engagement vis-à-vis de la communauté franco-portugaise, ici, naturellement,<br />

les portugais m’ont dit que si un jumelage devrait exister, il fallait que<br />

ce soit un jumelage avec cette région de Chaves, car beaucoup de familles<br />

21


Angoulême<br />

sont issues du Nord du Portugal et sont venues s’installer ici, à Angoulême<br />

et en Charente.<br />

Alors, c’est plutôt un jumelage récent. Il y a eu un protocole, il y a eu<br />

une charte qui a été signée au mois de février, n’est-ce pas ?<br />

Oui, et qui a été votée aussi à Chaves par le Conseil Municipal et nous allons<br />

nous déplacer prochainement à Chaves pour pouvoir signer de manière<br />

officielle ce jumelage.<br />

Isto significa, também, que as primeiras iniciativas desta parceria já<br />

estão em preparação?<br />

Eu desloquei-me há algumas semanas a Chaves e, imediatamente, construímos<br />

relações, ações, com a cidade portuguesa, nomeadamente em<br />

novembro passado, tivemos um grande festival sobre a gastronomia,<br />

que se chama “Les Gastronomades” e, nessa altura, estudantes de um<br />

estabelecimento escolar vieram até Angoulême. Por outro lado, no final<br />

do mês de março deste ano, estudantes e um professor do liceu Saint<br />

Joseph-L’Amandier, uma escola hoteleira, deslocaram-se a Chaves. Nós<br />

recebemos igualmente outras pessoas de Portugal por ocasião de uma<br />

festa e de um mercado sobre a gastronomia portuguesa que foi iniciado<br />

por uma senhora franco-portuguesa. Nós estamos já a trabalhar e não<br />

esperamos pela assinatura oficial, porque, o que faz também uma boa<br />

geminação-é antes de mais uma grande vontade política e depois da nossa<br />

deslocação a Chaves, sentimos um acolhimento positiva, favorável,<br />

assim como uma vontade politica para que esta parceria não seja apenas<br />

uma estreita relação de amizade, mas também uma relação de projecto.<br />

Como vê muitas coisas já estão a realizar-se. Nós vamos receber, no mês<br />

de julho, uma delegação flaviense, para os 40 anos do Comité de Geminação<br />

da cidade de Angoulême que anima e trabalha nas nove parcerias<br />

existentes e, há também uma vontade, do nosso lado, tecer laços entre os<br />

museus, porque existem muitos museus interessantes que foram construídos<br />

recentemente em Chaves. Somos também uma cidade cheia de<br />

história. Não há apenas a BD em Angoulême.<br />

Acha que uma revista como esta pode criar mais laços entre as cidades?<br />

É evidente, porque é verdade que em França, como em outro lado, imagino,<br />

há falta de meios mas a União Europeia é uma instituição que<br />

pode também pôr à nossa disposição muitos meios e isso creio que é<br />

desconhecido para muita gente. Por isso, há necessidade de muita comunicação<br />

entre todos.<br />

Cela veut dire, aussi, que vous êtes déjà en préparation des premières<br />

initiatives dans ce partenariat ?<br />

Tout simplement, je me suis déplacé il y a quelques semaines à Chaves et,<br />

immédiatement, nous avons déjà construit des relations, des actions, avec<br />

la ville portugaise, notamment au mois de novembre dernier nous avons eu<br />

un grand festival tourné vers la gastronomie, qui s’appelle “Les Gastronomades”<br />

et, à cette occasion, des étudiants d’un établissement scolaire se sont<br />

déplacés et sont venus ici, à Angoulême. Par ailleurs, il y a quelques jours,<br />

en fin mars, nous avions également des élèves et un professeur du lycée Saint<br />

Joseph-L’Amandier, un lycée hôtelier, qui sont allés à Chaves. Nous avons<br />

reçu, également, d’autres personnes du Portugal à l’occasion d’une autre fête<br />

et d’un marché autour de la gastronomie portugaise qui a été initié par une<br />

dame franco-portugaise. Nous sommes déjà au travail et nous n’avons pas<br />

forcément attendu la signature officielle, parce que, ce qui fait aussi un<br />

bon jumelage - c’est d’abord une volonté politique forte et, en l’occurence,<br />

à l’issue du déplacement que nous avons fait, nous avons senti d’abord un<br />

accueil positif, favorable, ainsi qu’une volonté politique, à Chaves, de faire<br />

en sorte que ce partenariat ne soit pas une stricte relation d’amitié mais soit,<br />

également, une relation de projet.<br />

Je me dis que beaucoup de choses sont déjà en cours. Nous allons recevoir,<br />

au mois de juillet, une délégation de Chaves, pour les 40 ans du Comité<br />

de Jumelage de la ville d’Angoulême qui anime et qui travaille sur ces 9<br />

partenariats et, il y a aussi une volonté, du côté d’Angoulême, de tisser des<br />

liens entre nos musées, car il y a beaucoup de musées intéressants qui ont<br />

été construits récemment, à Chaves. Nous sommes aussi une ville chargée<br />

d’histoire. Il n’y a pas que la BD à Angoulême.<br />

Selon vous, un magazine comme celui-là peut créer plus de liens entre<br />

les villes ou pas ?<br />

Je crois que c’est évident, parce que c’est vrai qu’en France, comme ailleurs<br />

j’imagine, on manque peut-être de moyens mais, à l’inverse, l’Union Européenne<br />

est une institution qui peut aussi déployer beaucoup de moyens sur<br />

notre territoire et je pense que cela est méconnu. Donc, il y a ce besoin de<br />

faire beaucoup de communication.<br />

22


23


Angoulême<br />

Entrevista com Elisabeth Lasbugues,<br />

conselheira municipal, delegada à ação<br />

internacional e geminações<br />

na Mairie (Câmara) de Angoulême<br />

Senhora Lasbugues, como vê esta geminação com a cidade portuguesa?<br />

Acho que é apaixonante para uma eleita lançar-se numa nova geminação.<br />

É uma ação que foi decidida durante as eleições. Era um projecto<br />

que tínhamos e que agora chega à sua conclusão. Foi um trabalho realizado<br />

naturalmente, porque os portugueses de Angoulême estão aqui<br />

muito implicados, quer dizer não passa um mês sem que haja um evento<br />

realizado pela associação dos portugueses. Por isso, era natural. O Consulado<br />

tinha pedido uma permanência na Mairie, todos os dois meses,<br />

para os cidadãos portugueses, evitando-lhes a deslocação a Bordéus, para<br />

obter todos os documentos administrativos e o “Maire” (Presidente da<br />

Câmara) aceitou. Para concluir, é uma sucessão de factos que nos leva a<br />

assinar esta geminação com Chaves.<br />

Apesar das dificuldades existentes, acredita que os intercâmbios podem<br />

desenvolver-se, não só com a cidade portuguesa, mas também<br />

com as outras cidades geminadas?<br />

Com efeito, os intercâmbios desde que não sejam longínquos, são possíveis,<br />

porque de carro em algumas horas, podemos ir a Vitoria, nossa<br />

cidade espanhola geminada, ou ir a Chaves, em Portugal, ou ainda a<br />

Hildesheim na Alemanha. Não estamos longe de ninguém, por isso,<br />

permite-nos fazer contactos muito facilmente. Ao nível escolar é igual…<br />

com um autocarro, podemos muito facilmente encontrar o “nosso vizinho”.<br />

Acredito plenamente que a paz na Europa passará por todas estas<br />

geminações.<br />

Aliás as geminações foram criadas depois da 2a Guerra mundial<br />

para manter a paz...<br />

Concerteza, foi um eixo muito forte, e a cidade de Angoulême teve uma<br />

das primeiras com a Alemanha e isso foi muito significativo. Temos agora<br />

53 anos de geminação e raras são as geminações que têm uma parceria<br />

que funcione tão bem. Com a cidade de Vitoria, em Espanha, passa-se<br />

igualmente muito bem, e com Chaves tenho a certeza que vamos construir<br />

verdadeiramente qualquer coisa… aliás já aconteceu… na altura de<br />

incêndios no Norte de Portugal, os bombeiros de Angoulême foram lá<br />

ajudar no combate às chamas. Não se trata da vontade de dois homens,<br />

é toda uma população que se une e que tem ações no quotidiano.<br />

Cyrille Suire, Xavier Bonnefont e Elisabeth Lasbugues — Mr. Cyrille Suire, Xavier Bonnefont et Elisabeth Lasbugues<br />

24


Interview avec<br />

Mme. Elisabeth Lasbugues,<br />

Conseillère municipale,<br />

déléguée à l’action<br />

internationale et aux<br />

jumelages à la mairie<br />

d’Angoulême<br />

Mme. Lasbugues, comment voyez-vous ce jumelage<br />

avec la ville portugaise?<br />

Je trouve que c’est passionnant pour une élue que de se<br />

lancer dans un nouveau jumelage. C’est une action qui<br />

a été décidée dans l’équipe pendant les élections. C’était<br />

un projet que l’on avait - donc ce projet maintenant<br />

arrive à son terme. C’est un travail qui s’est fait tout<br />

naturellement, parce que les portugais d’Angoulême<br />

sont très impliqués dans la cité, c’est-à-dire qu’il ne se<br />

passe pas un mois sans qu’il y ait une animation réalisée<br />

par l’Association des portugais. Donc, c’était tout<br />

naturel. Le Consulat avait demandé une permanence,<br />

tous les deux mois, à la Mairie pour les ressortissants<br />

du Portugal, afin qu’ils n’aillent pas à Bordeaux, mais<br />

qu’ils puissent avoir à proximité la possibilité de faire<br />

tous leurs papiers administratifs, et Mr. le Maire l’a<br />

accepté volontiers. Pour conclure, c’est un enchaînement<br />

de faits qui nous amène à signer cette charte avec la<br />

ville de Chaves.<br />

Malgré les difficultés d’aujourd’hui, vous croyez<br />

que les échanges peuvent se développer, non seulement<br />

avec la ville portugaise, mais aussi avec les<br />

autres villes ?<br />

En fait, les échanges, du moment que l’on est pas très loin,<br />

c’est très faisable, parce qu’en voiture, dans la journée, on<br />

est à Vitoria, notre ville jumelle espagnole, soit on va sur<br />

Chaves, au Portugal, ou on peut aller à Hildesheim, en<br />

Allemagne. On est loin de personne, donc, ça nous permet<br />

de faire des contacts très facilement. Au niveau des<br />

scolaires c’est pareil. Avec un bus, on peut très facilement<br />

rencontrer notre “voisin”. Je crois que, justement, la paix<br />

dans l’Europe passera par tous ces jumelages car si nous<br />

ne nous connaissons pas c’est évident que c’est compliqué.<br />

D’ailleurs le jumelage a été créé après la 2ème.<br />

Guerre Mondiale pour maintenir la paix,<br />

n’est-ce-pas ?<br />

Bien sûr, c’était un axe très fort, et la ville d’Angoulême<br />

a eu un des premiers avec l’Allemagne et ça a été quand<br />

même significatif. On a 53 ans de jumelage maintenant<br />

et rares sont les villes qui ont un jumelage qui marche<br />

aussi bien. Avec la ville de Vitoria, en Espagne, ça se<br />

passe très bien également, et Chaves je suis persuadée que<br />

nous allons écrire vraiment quelque chose; d’ailleurs cela<br />

s’est déjà engagé lorsqu’il y a eu les incendies au Nord<br />

du Portugal, les pompiers angoumoisins s’y sont rendus.<br />

Il ne s’agit pas de la volonté de deux hommes, c’est toute<br />

une population qui se regroupe et qui a des actions au<br />

quotidien.<br />

25


Angoulême<br />

Entrevista com Cyrille Suire<br />

- Direcção do Desenvolvimento<br />

das Artes e da Cultura na Mairie<br />

(Câmara) de Angoulême<br />

Pode descrever a sua função?<br />

Eu trabalho na direcção do desenvolvimento das artes e da cultura à qual<br />

o Comité de geminações é vinculado.<br />

Ao nível cultural, quais são as suas expectativas em relação a esta<br />

nova geminação?<br />

Os laços que possamos tecer com a cidade de Chaves podem apoiar-se um<br />

pouco sobre os festivais, porque Angoulême é uma cidade bastante rica em<br />

festivais. Temos a BD, a gastronomia, a música… podemos encontrar muitos<br />

pontos em comum, motivos de laços entre estas duas cidades.<br />

Falamos de cultura, podemos também falar de educação. Faz parte<br />

dos vossos projectos realizar viagens de estudo para os jovens?<br />

Então, todos os projectos são iniciados pelos eleitos, antes de mais, mas<br />

porque não…podemos imaginar viagens de intercâmbios para as crianças<br />

e os jovens das duas cidades, para assim melhor se conhecerem.<br />

Em relação ao histórico das outras geminações – acha que vai ser<br />

mais fácil ou mais difícil com a cidade portuguesa?<br />

Não sei…o Comité de Geminação tem o hábito de gerir as ações e os<br />

laços entre as diferentes cidades geminadas. Temos já intercâmbios com<br />

os jovens, por exemplo, houve já uma iniciativa com os alunos do liceu<br />

Saint Joseph-L’Amandier e jovens oriundos de uma cidade geminada.<br />

É talvez utópico dizer isto…mas através de todas estas geminações,<br />

será possível criar iniciativas em comum entre as nove cidades?<br />

Por ocasião dos 40 anos do Comité de <strong>Geminações</strong>, vai realizar-se uma<br />

semana de festividades à volta de actividades desportivas pois que cada<br />

cidade geminada enviará a Angoulême uma delegação com uma dezena<br />

de jovens para encontros desportivos.<br />

Interview avec Mr. Cyrille Suire<br />

- Direction du développement des arts<br />

et de la culture à la mairie d’Angoulême<br />

Pouvez-vous nous décrire votre fonction ?<br />

Je travaille à la direction du développement des arts et de la culture - c’est à<br />

cette direction que le Comité des Jumelages est rattaché.<br />

Au niveau culturel, quelles sont vos attentes vis-à-vis de ce nouveau<br />

jumelage ?<br />

Les liens que l’on peut tisser avec la ville de Chaves peut s’appuyer un peu sur<br />

les festivals, car Angoulême est une ville assez riche en festivals. On touche<br />

à la BD, à la gastronomie, à la musique ... on peut trouver tout un tas de<br />

points communs, des motifs de liens, entre ces deux villes.<br />

On parle culture, on peut aussi parler éducation. Est-ce que cela figure<br />

dans vos projets d’envisager des voyages d’études pour les jeunes ?<br />

Alors, tous les projets sont initiés par les élus, avant tout, mais pourquoi<br />

pas... on peut imaginer des voyages d’échanges pour que les enfants et les<br />

jeunes des deux villes apprennent à se connaître.<br />

Vis-à-vis de l’acquis par rapport aux autres jumelages - vous pensez<br />

que ça va être plus facile ou plus difficile avec la ville portugaise ?<br />

Plus facile ou plus difficile, je ne sais pas. Le Comité de Jumelages a l’habitude<br />

de gérer les actions et les liens entre les différentes villes jumelles. On a<br />

déjà des échanges qui se font avec des jeunes, par exemple il y a déjà eu une<br />

action avec des élèves du lycée Saint Joseph-L’Amandier et des jeunes venant<br />

d’une ville jumelle.<br />

C’est peut-être utopique de dire cela, mais, à travers tous ces jumelages<br />

est-ce qu’il est possible de créer des initiatives en commun entre<br />

les 9 villes ?<br />

À l’occasion des 40 ans du Comité de Jumelage, il va y avoir toute une semaine<br />

de festivités autour d’activités sportives puisque chaque ville jumelle<br />

enverra à Angoulême une délégation d’une dizaine de jeunes environ et ils<br />

auront toute la semaine des petits défis sportifs.<br />

26


SABOREIE A NOSSA<br />

GASTRONOMIA<br />

NOS SEGUINTES<br />

ESPAÇOS<br />

PEDRA PONTAULT-COMBAULT<br />

Lieudit La Tête du Buis, RN 4<br />

77340 PONTAULT-COMBAULT<br />

TEL. 01 60 34 65 59<br />

PEDRA ALTA ORLY<br />

5 Voie Paul Demange<br />

91200 ATHIS-MONS<br />

Tel. 01 69 38 54 63<br />

PEDRA ALTA VALENTON<br />

4, rue de la Sablonnière<br />

94460 VALENTON<br />

Tel. 01 43 82 10 85<br />

PEDRA ALTA<br />

BOULOGNE-BILLANCOURT<br />

6, avenue du Général Leclerc<br />

92100 BOULOGNE-BILLANCOURT<br />

Tel. 01 46 03 54 04<br />

PEDRA ALTA MOISSY CRAMAYEL<br />

71, avenue Henri Poincaré<br />

77550 MOISSY CRAMAYEL<br />

Tel. 01 60 34 02 48<br />

PEDRA ALTA ORLEANS<br />

152, rue Charles Beauhaire<br />

45140 SAINT JEAN<br />

DE LA RUELLE-ORLEANS<br />

Tel. 02 38 88 66 06<br />

PEDRA ALTA ORGEVAL<br />

589, av. Pasteur<br />

78639 ORGEVAL<br />

Tel. 01 39 75 48 03<br />

PEDRA ALTA THIAIS<br />

8, rue des Alouettes<br />

Zone Senia · 94320 THIAIS<br />

Tel. 01 41 76 11 69<br />

PEDRA ALTA BERCY<br />

13-15 Place Lachambeaudie<br />

75012 BERCY<br />

Tel. 01 44 68 02 50<br />

PEDRA ALTA HARDRICOURT<br />

10, rue Bignon<br />

78250 HARDRICOURT<br />

Tel. 01 30 90 89 30<br />

PEDRA ALTA AUBERVILLIERS<br />

Centre Commercial Le Millénaire<br />

23, rue Madeleine Vionnet<br />

93330 AUBERVILLIERS<br />

Tel. 01 41 61 71 02<br />

PEDRA ALTA IVRY SUR SEINE<br />

64, rue Marcel Cachin<br />

94200 IVRY SUR SEINE<br />

Tel. 01 46 71 13 89<br />

PEDRA ALTA PARIS<br />

25, rue Marbeuf<br />

75008 Paris<br />

Tel. 01 40 70 09 99<br />

PEDRA ALTA PARIS<br />

11/13, boulevard Beaumarchais<br />

75004 Paris<br />

Tel. 01 40 24 04 73<br />

PORTUGAL<br />

PEDRA ALTA VIANA DO CASTELO<br />

Praia Fluvial do Barco do Porto<br />

4905-598 SERRELEIS - Viana do Castelo<br />

Tel. 258 871 463<br />

PEDRA ALTA APÚLIA - ESPOSENDE<br />

Av. da Praia<br />

4730-030 APÚLIA - Esposende<br />

Tel. 253 967 511<br />

SAL E BRASA - MATOSINHOS<br />

Rua da Agudela<br />

1035 - LAVRA - MATOSINHOS - Esposende<br />

Tel. 229 964 730<br />

PEDRA ALTA ESPOSENDE<br />

Rua da Marginal<br />

APÚLIA - Esposende<br />

Tel. 253 982 017<br />

27


28<br />

Boticas


Obrigue-se a viver o bem estar de Boticas<br />

Boticas pertencente ao Distrito de Vila Real, à Região Norte, à sub-região<br />

do Alto Trás-os-Montes e conta com 1 280 habitantes. É sede de<br />

um município com 321,96 km² de área e 5 750 habitantes, subdividido<br />

em 10 freguesias.<br />

Parque Arqueológico do Vale do Terva, o Museu Rural de Boticas, o<br />

Centro de Artes Nadir Afonso, o Parque de Campismo, as Piscinas Municipais<br />

e os hotéis e unidades de Turismo Rural fazem de Boticas um<br />

espaço para usufruir da paz e tranquilidade.<br />

Percorra a pequena localidade e disfrute das iguarias locais tanto nas<br />

“tabernas” coo nos restaurantes que têm o bom hábito de servir com<br />

qualidade como no Barroso ou no Marialva. Uma boa alternativa são os<br />

petiscos da Loja da Avó, onde se usufrui da vantagem de estar à “beira<br />

rio” enquanto se degusta e se bebe o bom vinho da região.<br />

Boticas encontra-se claramente numa posição privilegiada no que toca<br />

a possibilidade de receber investimento estrangeiro. As excelentes acessibilidades,<br />

aliadas à disponibilidade de mão-de-obra na região e à existência<br />

de dois parques empresariais completamente infraestruturados,<br />

constituem fatores fundamentais para a competitividade e o sucesso das<br />

empresas que aqui se pretendam instalar. A facilidade com que podem<br />

fluir os produtos e serviços para o estrangeiro (nomeadamente para Espanha<br />

e toda a Europa) é sem dúvida, um fator que joga a favor do<br />

Concelho de Boticas.<br />

29


Boticas<br />

Forcez-vous à vivre le bien-être de Boticas<br />

Boticas est une commune du district de Vila Real,région Nord, sub-région du<br />

Alto Trás-os-Montes et avec 1 280 habitants,et est le siége d’une municipalité<br />

avec 321,96 km carrées de superficie et 5750 habitants.<br />

Parc Archéologique du Vale do Terva, le Musée Rural de Boticas,le Centre<br />

d’Arts Nadir Afonso,le parc de camping,les Piscines Municipales et les hôtels<br />

et unités du Tourisme Rural font de Boticas un espace pour profiter de paix<br />

et tranquilité.<br />

Il faut parcourir le petit village et profiter des spécialités locales dans les<br />

‘’tabernas’’ ou restaurants, qui ont l’habitude de bien accueillir comme au<br />

Barroso ou au Marialva. Une bonne alternative…les ‘’petiscos’’de la « Loja<br />

da Avó »(boutique de la Grand-mère), où on peut profiter de l’environnement<br />

près de la rivière,pendant la dégustation d’un bon vin de la région.<br />

Boticas se trouve nettement dans une position privilégié par rapport à la<br />

possibilité de recevoir des investissements étrangers. Les excellents accessibilités,alliées<br />

à la disponibilité de main d’œuvre dans la région et à l’existence<br />

de deux zones d’activités modernes, sont des facteurs fondamentaux pour la<br />

competivité et le succès des entreprises que veulent s’installer ici. La facilité<br />

d’exporter les produits et services pour l’étranger(notament pour l’Espagne<br />

et toute l’Europe) est sans doute un facteur que bénificie la commune de<br />

Boticas.<br />

30


31


Gond-Pontouvre é uma cidade do Sudoeste da França,situada no departamento<br />

da Charente (região Nova-Aquitaine).<br />

Está situada a norte da cidade de Angoulême e faz parte da aglomeração.<br />

A cidade é formada de duas aldeias antigas: Gond,no confluente do rio<br />

Touvre e do rio Charente, e Pontouvre,situada a montante do Touvre.O<br />

rio Charente limita a comuna a oeste e o rio Touvre atravessa a comuna,<br />

passando em primeiro lugar em Pontouvre, como fornos e depois no<br />

Gond onde se situa o seu confluente.<br />

A ocupação humana é antiga e foram encontrados vestígios pré-históricos<br />

no século XIX.<br />

Nos séculos XIX e XX, foram instaladas indústrias na comuna, como<br />

fornos de cal em Fontenelles perto de Pontouvre, a fábrica de feltros em<br />

Gond, etc.<br />

Com mais de 6 mil habitantes e uma superfície de perto de 745 hectares,<br />

Gond-Pontouvre beneficia de uma situação privilegiada no seio da<br />

aglomeração Grande Angoulême.<br />

Conservando as vantagens da vida rural, com o seu património natural<br />

muito desenvolvido e os seus serviços de proximidade, Gond-Pontouvre<br />

orgulha-se de uma actividade económica e industrial em pleno crescimento.<br />

Situada às portas de Angoulême, a comuna soube preservar durante o<br />

seu desenvolvimento os seus espaços naturais verdejantes, graças à sua<br />

proximidade com a água.<br />

A cidade conheceu igualmente um desenvolvimento acrescido de pequenos<br />

comércios e de serviços de proximidade, participando num forte<br />

dinamismo local.<br />

A particularidade de Gond-Pontouvre é de não ter um centro da cidade<br />

único, aquele do centro comunal, verdadeiro polo administrativo, mas<br />

de ter sido construída à volta de vários sectores urbanizados e dinâmicos.<br />

A actividade económica da cidade e dinamizada por três zonas principais<br />

tais como a Zona Industrial n°3 partilhada com a localidade de Isle<br />

d’Espagnac, a Zona de emprego de Savis ou ainda a de Avenaux. Assim,<br />

desde os pequenos comércios de proximidade às empresas industriais,<br />

todos os sectores de actividades estão representados.<br />

Ao longo do ano, a municipalidade propõe aos seus habitantes várias<br />

manifestações culturais: «Les Musicales»,o Salão do Livro e das Artes;<br />

e festivas: o folclore ou ainda a tradicional festa do 13 de julho. Graças<br />

a equipamentos modernos, Gond-Pontouvre tem desenvolvido numerosas<br />

actividades desportivas: ténis, futebol, canoagem e andebol… e a<br />

favorecer uma actividade associativa rica, como confirma o dinamismo<br />

do seu centro social cultural e desportivo(CSCS).<br />

32


Gond-Pontouvre<br />

Gond-Pontouvre est une ville du Sud-Ouest de France, située dans le département<br />

de la Charente (région Nouvelle-Aquitaine).<br />

Elle est située au nord de la ville d’Angoulême dont elle fait partie de l’agglomération.<br />

La ville est formée de deux villages anciens : Le Gond, au<br />

confluent de la Touvre et de la Charente, située sur la route de Vars, et le<br />

Pontouvre, située plus en amont de la Touvre.La Charente limite la commune<br />

à l’oueste et la Touvre traverse la commune, en passant d’abord au<br />

Pontouvre puis au Gond où se situe son confluent.<br />

L’occupation humaine est ancienne et des vestiges ont été trouvés au siécle<br />

XIX. Aux XIXème et XXéme siécles, des industries se sont implantées dans<br />

la commune, comme des fours à chaux aux Fontenelles près du Pontouvre,<br />

l’usine de feutres au Gond,etc.<br />

Avec plus de 6 000 habitants et une superficie de près de 745 hectares,<br />

Gond-Pontouvre bénéficie d’une situation privilégiée au sein de l’agglomération<br />

Grand Angoulême.<br />

Tout en conservant les avantages de la vie rurale, avec son patrimoine naturel<br />

très développé et ses nombreux services de proximité, Gond-Pontouvre<br />

s’enorgueillit également d’une activité économique et industrielle en pleine<br />

croissance.<br />

Située aux portes d’Angoulême, la commune, forte de sa proximité avec<br />

l’eau, a su préserver au cours de son développement ses nombreux espaces<br />

naturels verdoyants.<br />

La ville a également connu un développement accru de petits commerces et<br />

de services de proximité participant à un fort dynamisme local.<br />

La particularité de Gond-Pontouvre est de ne pas avoir un centre-ville<br />

unique, si ce n’est celui du centre communal, véritable pôle administratif<br />

de la commune, mais d’être construit autour de plusieurs secteurs urbanisées<br />

et dynamiques.<br />

L’activité économique de Gond-Pontouvre est ainsi dynamisée par tris zones<br />

principales d’activités telles que la Zone Industrielle n°3 partagée avec la<br />

commune de l’Isle d’Espagnac, la Zone d’emploi des Savis ou encore celle des<br />

Avenaux. Ainsi, des petits commerces de proximité aux entreprises industrielles,<br />

tous les secteurs d’activités y sont représentés.<br />

Tout au long de l’année, la municipalité propose à ses habitants plusieurs<br />

manifestations culturelles : Les Musicales, le Salon du Livre et des Arts; et<br />

festives : le folklore ou encore la traditionnelle fête du 13 juillet. Grâce à<br />

des équipements modernes, Gond-Pontouvre s’est aussi attaché à développer<br />

de nombreuses activités sportives : tennis, football, canoe et handball...et à<br />

favoriser une activité associative riche, comme en atteste le dynamisme de<br />

son centre social culturel et sportif.<br />

33


Gond-Pontouvre<br />

Entrevista com o Maire<br />

de Gond-Pontouvre, Gérard Dezier<br />

Como concebe uma geminação?<br />

Há vários anos que verificamos que Gond Pontouvre tinha uma numerosa<br />

comunidade portuguesa e que participava amplamente na vida<br />

da nossa cidade. Por isso, várias pessoas desejaram que os nossos dois<br />

povos se aproximassem e, para mim,é a ocasião de misturar as culturas,<br />

misturar práticas, fazer intercâmbios desde os mais jovens até aos mais<br />

velhos... creio que é o que faz a riqueza de uma geminação.<br />

Qual é a importância desta geminação com a cidade de Boticas?<br />

Precisamente, se esta geminação se fêz com a vila de Boticas é porque havia<br />

aqui uma comunidade oriunda da região de Portugal e que desejou<br />

contractualizar com as nossas localidades: Boticas e Gond-Pontouvre.<br />

Têm outras geminações?<br />

Actualmente não temos outras geminações, somente com a vila de<br />

Boticas.<br />

Que mais-valia poderá trazer esta relação a Gond-Pontouvre?<br />

Eu creio que a mais-valia mais importante é a dos jovens. As nossas<br />

duas juventudes que podemos reunir através de encontros culturais ou<br />

desportivos puderam desfrutar e partilhar a um dado momento as suas<br />

maneiras de viver nos dois países.<br />

Para terminar, como vê este novo projecto de comunicação social<br />

para as geminações e intercâmbios entre estas cidades francesas e<br />

portuguesas?<br />

Eu acredito que tudo o que puder ser feito mediaticamente para facilitar<br />

os intercâmbios entre os povos, é bom... é preciso tentar...eu penso que<br />

hoje a nossa geminação vive à volta de um pequeno grupo mas não há<br />

nenhuma razão para que este grupo não possa aumentar, desenvolver-se,<br />

porque haverá um melhor conhecimento da parceria... será ir ao encontro<br />

das populações, de um lado como do outro, tanto em Portugal como<br />

em França — será ir ao encontro das populações que ainda não perceberam<br />

o interesse que pode haver na discussão entre os nossos dois povos.<br />

34


Interview avec Mr. le Maire<br />

de Gond-Pontouvre, Mr. Gérard Dezier<br />

Mr. le Maire, comment concevez-vous un jumelage ?<br />

Alors, depuis plusieurs années on avait pu constater que la commune de<br />

Gond-Pontouvre était forte d’une colonie portugaise, qui participait très largement<br />

à la vie de notre cité. Donc, plusieurs acteurs ont souhaité qu’il y ait<br />

un rapprochement entre nos deux peuples et, pour moi, c’est l’occasion de mêler<br />

des cultures, mêler des pratiques, échanger depuis les plus jeunes jusqu’aux<br />

plus anciens ... je crois que c’est ce qui fait la richesse d’un jumelage.<br />

Quelle est l’importance de ce jumelage avec la ville de Boticas pour vous ?<br />

Justement, si ce partenariat s’est fait avec la ville de Boticas c’est qu’il y avait<br />

une colonie sur Gond-Pontouvre qui était de cette région du Portugal et qui<br />

a souhaité contractualiser avec nos deux cités : Boticas et Gond-Pontouvre.<br />

C’est l’affaire de plusieurs personnes tant de notre commune, que du côté de<br />

la colonie portugaise.<br />

Avez-vous d’autres jumelages ou pas ?<br />

Alors, actuellement, nous n’avons pas d’autres jumelages. Seulement avec la<br />

ville de Boticas.<br />

Quelle plus-value pourra apporter cette relation à Gond-Pontouvre ?<br />

Je crois que la plus-value la plus importante c’est avec les jeunes. Nos deux<br />

jeunesses, que l’on a pu réunir à travers soit des rencontres culturelles, soit des<br />

rencontres sportives et faire vivre ces deux jeunesses ensemble à un moment<br />

donné, là aussi, pour partager leurs façons de vivre dans les deux pays.<br />

Pour terminer, Mr. le Maire, comment voyez-vous ce nouveau projet<br />

de communication sociale pour les jumelages et les échanges entre ces<br />

villes françaises et portugaises ?<br />

Je crois que tout ce qui peut être fait médiatiquement pour faciliter l’échange<br />

entre les peuples, il faut l’essayer. Je pense qu’aujourd’hui notre jumelage vit<br />

autour d’un petit groupe mais il n’y a aucune raison pour que ce groupe ne<br />

puisse pas s’élargir, se développer, parce qu’il aura une meilleure connaissance<br />

du partenariat, il sera allé vers des populations, d’un côté comme de l’autre,<br />

tant au Portugal qu’en France - sera allé vers des populations qui n’ont pas<br />

encore touché ou qui n’ont pas encore mesuré l’intérêt qu’il peut y avoir de<br />

discuter entre nos deux peuples.<br />

35


Gond-Pontouvre<br />

Entrevista com Sylvie Lehenanff, presidente do Comité de geminação e o Maire-adjoint<br />

(Vice-Presidente da Câmara), Bertrand Magnan – Cidade de Gond-Pontouvre<br />

Como surgiu a ideia de fazer uma geminação,o único até agora, com<br />

uma cidade portuguesa?<br />

Sylvie Lehenanff - Como disse o Maire,foi por ocasião da junção de<br />

uma familia portuguesa que veio aqui e que fez todas as diligências necessárias<br />

com a Mairie (Câmara) para criar este Comité — desde outubro<br />

de 2008 — e, portanto, esta aproximação nós a vivemos relativamente<br />

muito bem, com vários intercâmbios.<br />

No início, qual foi o vosso objectivo para começar esta geminação?<br />

Le Maire-adjoint Bertrand Magnan - Então, com efeito, isto começou<br />

com um grupo folclórico português de Gond-Pontouvre, com uma<br />

maioria de pessoas oriundas de Boticas, e a Presidente do grupo folclórico<br />

que é, ela também de Boticas e que solicitou a Mairie perguntando se havia<br />

um interesse em realizar uma parceria entre Gond-Pontouvre e Boticas<br />

— portanto, a Presidente e eu próprio fomos designados para desenvolver<br />

este projecto. Construímos esta geminação com diferentes intercâmbios,<br />

várias visitas e assim os laços criaram-se muito rapidamente.<br />

Contratualizamos esta parceria em Gond-Pontouvre, a 11 de outubro<br />

de 2008, e fomos assinar a Carta de compromisso da geminação alguns<br />

meses depois, em maio de 2009, em Boticas — onde selamos estes laços<br />

culturais entre Gond-Pontouvre e Boticas. Os primeiros intercâmbios<br />

fizeram-se através das actividades artesanais e folclóricas com Boticas a<br />

vir participar num salão em Gond-Pontouvre e, depois, muito rapidamente,<br />

criaram-se projectos de intercâmbios com jovens, projectos que<br />

foram financiados pela União Europeia que nos ajuda a construir este<br />

projecto – intercâmbios de jovens da nossa cidade em Boticas e de jovens<br />

vindos da cidade portuguesa até Gond-Pontouvre. Durante uma semana<br />

organizamos diferentes actividades culturais, desportivas, também turísticas,<br />

para descobrir as duas regiões e, de cada vez, foi um verdadeiro<br />

sucesso que chegou até a criar laços entre adultos, associando adultos e<br />

jovens, tanto mais que as pessoas são alojadas pelas famílias.<br />

O último intercâmbio realizou-se com jovens de Boticas que vieram<br />

até à nossa cidade. Desde então Boticas trabalha sobre projectos para<br />

acolher os nossos jovens, mas a União Europeia faz arbitragens sobre<br />

os projectos e, por isso, até agora já faz 2 anos que Boticas não pode<br />

ser eleita para beneficiar dos financiamentos, no entanto continuamos a<br />

manter os laços existentes.<br />

No que respeita aos próximos projectos, a 30 de abril, o nosso clube<br />

de futebol organiza um torneio com jovens e uma equipa de Boticas<br />

foi convidada a participar. Esperamos que tenham boas recordações do<br />

torneio e do convívio com as famílias de Gond-Pontouvre.<br />

Tem receios em relação à duração desta geminação, para que ela<br />

possa continuar viva, para que perdure, porque há geminações que<br />

diminuíram bastante as suas actividades?<br />

Maire Gérard Dezier - Sim, eu creio que uma geminação é como tudo,<br />

passa pelo empenho, a vontade de cada um em querer os intercâmbios.<br />

Falava à uns momentos atrás, dos diferentes meios de trocar. Não está<br />

ligado à geminação, está também ligado à nossa sociedade, mesmo local,<br />

onde temos, por vezes, necessidade de relançaras trocas. Eu penso que<br />

aquilo que diz é está certo — é que nós temos, curiosamente, meios<br />

de trocas mediáticas através da tecnologia que fazem com que sejamos<br />

nitidamente mais modernos que antigamente e temos, talvez, mais dificuldades<br />

em trocar na proximidade.<br />

36


Interview avec Mme. Sylvie Lehenanff, présidente du Comité de Jumelage et Mr. le Maire-adjoint<br />

Bertrand Magnan - Ville de Gond-Pontouvre<br />

Comment surgit l’idée de faire un jumelage, le seul jusqu’à présent,<br />

avec une ville portugaise ?<br />

Madame Sylvie Lehenanff - Comme l’a dit Mr. le Maire, c’est à l’occasion<br />

du rassemblement d’une famille portugaise qui est venue ici et qui a fait<br />

toutes les démarches nécessaires avec la Mairie pour créer ce Comité - depuis<br />

octobre 2008 - et, donc, ce rapprochement nous le vivons relativement très<br />

bien, avec plusieurs échanges.<br />

Au début, quel a été votre objectif pour commencer ce jumelage ?<br />

M.le maire-adjoint Bertrand Magnan - Alors, en fait, cela a commencé<br />

avec un groupe folklorique portugais qui est basé à Gond-Pontouvre, avec<br />

une majorité de gens issus de Boticas, et la présidente du groupe folklorique<br />

qui est, elle aussi, de Boticas et qui a sollicité la Mairie en demandant s’il<br />

y aurait un intérêt à faire un partenariat entre Boticas et Gond-Pontouvre<br />

- donc, ce sont ces deux acteurs-là, la présidente et moi-même qui avons été<br />

désignés pour porter un peu ce projet. On a construit ce jumelage par différents<br />

échanges, différentes visites et donc les liens se sont créés très rapidement.<br />

On a contractualisé ce partenariat à Gond-Pontouvre, le 11 octobre 2008,<br />

et on est allé signer la charte quelques mois après, au mois de mai 2009, à<br />

Boticas - donc on a scellé ces liens culturels entre Gond-Pontouvre et Boticas.<br />

Les premiers échanges se sont fait à travers des activités artisanales et folkloriques<br />

où Boticas était venue participer à un salon à Gond-Pontouvre et,<br />

par la suite, très rapidement, la montée des projets d’échanges avec les jeunes.<br />

Des projets jeunes qui ont été financés, bien sûr, par l’Europe qui nous aide<br />

à construire ce projet - des échanges de jeunes de notre ville à Boticas et de<br />

jeunes venant de la ville portugaise jusqu’à Gond-Pontouvre. Là pendant<br />

une semaine, on a organisé différents types d’activités culturelles, sportives,<br />

un peu touristiques également, pour découvrir l’environnement de chaque<br />

région et, à chaque fois, ça a été un vrai succès, qui a même créé des liens<br />

entre adultes parce qu’on associe un groupe d’adultes et un groupe de jeunes<br />

et des liens se créent d’autant plus lorsque les adultes sont hebergés dans les<br />

familles.<br />

Le dernier échange s’est réalisé avec les jeunes de Boticas qui sont venus à<br />

Gond-Pontouvre. Depuis, Boticas travaille sur des projets pour accueillir des<br />

jeunes de notre ville, mais l’Europe fait des arbitrages sur les projets et, donc,<br />

jusqu’à présent cela fait déjà deux ans que Boticas n’a pas pu être élue pour<br />

bénéficier des financements, néanmoins nous continuons à entretenir des liens.<br />

Concernant les prochains projets, il se réalisera dans les jours qui viennent,<br />

car le 30 avril notre club de football organise un tournoi avec des jeunes<br />

et une équipe de Boticas est invitée à venir participer. Nous allons, donc,<br />

les accueillir le samedi 29, le soir à la Mairie, où, avec Mr. le Maire, on<br />

organise une réception pour ces jeunes et les entraîneurs. Le lendemain, ils<br />

participent au tournoi de football. Ils seront hébergés dans des familles de<br />

joueurs du club de foot, donc, recréant ces liens très forts entre les habitants<br />

des deux villes jumelées. Le lundi, vu que c’est férié, les jeunes de Boticas<br />

pourront retourner dans leur ville, au Portugal, et on espère, avec plein de<br />

bons souvenirs de cet échange sportif, au départ, mais aussi culturel par un<br />

échange avec les familles.<br />

Avez-vous des craintes par rapport à la durée de ce jumelage, qu’il<br />

puisse continuer vivant, pour qu’il perdure, car il y a des jumelages<br />

qui ont baissé énormément leurs activités ?<br />

M. le maire Gérard Dezier - Oui, je crois que le jumelage c’est comme<br />

tout, ça passe par l’engagement, la volonté de chacun de vouloir échanger.<br />

Vous parliez, tout à l’heure, des différents moyens d’échanger. C’est pas lié au<br />

jumelage, c’est aussi lié à notre société, même locale, où l’on a besoin parfois<br />

de relancer l’échange. Je pense que ce que vous dîtes est très juste - c’est que<br />

nous avons, curieusement, des moyens d’échanges médiatiques à travers la<br />

technologie qui font que l’on est nettement plus modernes qu’autrefois et on<br />

a, peut-être, plus de difficultés d’échanger dans la proximité.<br />

37


Gond-Pontouvre<br />

A gastronomia ocupa um grande<br />

lugar na vida de todos os dias<br />

em Gond-Pontouvre...<br />

Os restaurantes «O Galo» e o «Le Moulin<br />

Neuf» são referências neste sector.<br />

La gastronomie a une grande place dans<br />

la vie de tous les jours à Gond-Pontouvre…<br />

Les restaurants « O Galo » et « Le Moulin<br />

Neuf » sont des références dans ce secteur.<br />

O «Le Moulin Neuf» é um restaurante gastronómico num soberbo quadro<br />

ambiental à beira do ribeiro La Touvre, com uma esplanada, parque<br />

de estacionamento privado, acolhimento caloroso,100 lugares na sala e<br />

80 na esplanada.<br />

Preços: menu ao almoço durante a semana a 18,50 euros. Menus de<br />

25,50 a 63 euros e menu para crianças a 10 euros. Fecha ao domingo à<br />

noite e segunda-feira.<br />

Morada: 34 rue du Moulin Neuf, 16160 Gond-Pontouvre.<br />

« Le Moulin Neuf » est un restaurant gastronomique dans un superbe cadre<br />

au bord de la Touvre avec une terrasse,parking privé,accueil chaleureux,100<br />

couverts en salle et 80 couverts en terrasse.<br />

Tarifs : menu le midi en semaine à 18,50 euros. Menus de 25,50à 63 euros<br />

et menu enfant à 10 euros. Fermeture dimanche soir et lundi.<br />

Adresse : 34 rue du Moulin Neuf,16160 Gond-Pontouvre.<br />

38


«O Galo» é o nome deste estabelecimento dirigido por Celeste da Silva<br />

Maciel, uma sorridente portuguesa, com a ajuda de António seu marido,<br />

que valoriza a gastronomia portuguesa.<br />

Com um bom acolhimento, bom ambiente e serviço simpático, a refeição<br />

é boa e em quantidade. O restaurante tem 85 lugares distribuídos<br />

pela sala principal, um pátio e algumas mesas no jardim acessível pelo<br />

parque de estacionamento junto ao ribeiro “la Touvre”’.<br />

Celeste nasceu em Montalegre, vive em França, desde os 12 anos de<br />

idade. Ela abriu o seu restaurante em Gond-Pontouvre em 2010.<br />

Naturalmente que os pratos cozinhados portugueses estão bem presentes,<br />

explica-nos Celeste: “temos o churrasco, o bacalhau, polvo, o arroz<br />

de marisco... entre outros”.<br />

Celeste confia-nos que antes não acreditava que os franceses gostassem<br />

tanto de bacalhau... e tem muita saída, diz ela com um sorriso nos seus<br />

lábios.<br />

Com preços entre os 12 euros (buffet de entradas, carne ou peixe queijo,<br />

sobremesa e bebida) e os 19 euros o ‘’take way’’. «O Galo» merece bem<br />

uma degustação. «O Galo» está aberto de segunda a quinta das 11h30 às<br />

15h00. Sexta e sábado à noite. Domingo até ao meio-dia.<br />

Morada: 99 route de Vars-Gond-Pontouvre - 0033 545692803.<br />

«O Galo» est l’enseigne de cet établissement dirigé par Celeste da Silva Maciel,une<br />

souriante portugaise,avec le concours d’Antonio son mari,qui met<br />

en valeur la gastronomie portugaise.<br />

Avec un très bon accueil,bonne ambiance,et service simpathique,le repas est<br />

bon et en quantité.<br />

85 couverts répartis dans la salle principale,un patio et quelques tables dans<br />

le jardin acessible par le parking voisin et donnant sur la Touvre.<br />

Celeste est née à Montalegre,vivant en France depuis l’âge de 12 ans.Elle a<br />

ouvert son restaurant à Gond-Pontouvre,en 2010.<br />

Naturellement que les plats portugais sont bien présents,nous explique Celeste<br />

: « on a le ‘’churrasco’’(poulet grillée),la morue,pulpe,le riz aux fruits<br />

de mer... entre outres.<br />

Celeste nous a confié que avant ne croyais pas que les français aimaient autant<br />

la morue…et ça marche très bien,dit-elle avec un sourire sur ses lévres.<br />

Avec des prix allant de 12 euros(buffet de hors d’œuvres,viande ou poisson,fromage,dessert<br />

et boisson) à 19 euros « O Galo » mérite bien une dégustation.<br />

«O Galo» est ouvert de lundi au jeudi de 11h30 à 15h00. Vendredi et<br />

samedi en soirée. Dimanche à midi.<br />

Adresse : 99 route de Vars-Gond-Pontouvre-0033 545692803.<br />

39


Caminha<br />

Caminha situa-se na região do Alto Minho, no norte de Portugal, entre<br />

a serra, o mar e o rio. É sede de município com mais de 16 mil residentes<br />

num território com a área total de 136,52 km².<br />

Geograficamente, localiza-se num ponto estratégico, a 90 km do Porto,<br />

a 45 minutos do aeroporto Francisco Sá Carneiro, e a cerca de 80 km<br />

de Vigo, na Galiza (Espanha) e do seu aeroporto, a que se acede em<br />

40 minutos. Sobre a sua história pode se ver “na organização paroquial<br />

suévia do séc. V, os topónimos “Camenae” ou “Camina” e quase todas<br />

as freguesias do concelho, mercê da sua situação geográfica, terão sido<br />

pontos fundamentais ao controlo do comércio dos metais que tinham<br />

de percorrer as águas do Rio Minho”.<br />

Em 1060 I. Magno de Leão designa Caminha como sede de um condado<br />

que denominou “Caput Mini” e cerca de meio século depois, Edereci<br />

localiza “um forte castelo em ilha a montante da foz do Minho” e outro<br />

“acima do precedente em terra firme e eminente”. A 24 de julho de<br />

1284, outorgou aos habitantes do concelho a primeira Carta Foral.<br />

Durante a 2ª Invasão francesa, em fevereiro de 1809, Caminha foi atacada<br />

pelas tropas do Marechal Soult. A ajuda do povo às poucas tropas do tenente-coronel<br />

Champalimaud, impediu os franceses de entrar em Caminha.<br />

Uma defesa que constitui uma página brilhante de estratégia militar.<br />

Com magníficas praias, paisagens de rara beleza, serra e rios, num<br />

verdadeiro ‘mosaico de paisagens’, estas terras são ricas em temos ambientais,<br />

paisagísticos, recursos naturais, patrimoniais, culturais e gastronómicos,<br />

o que possibilita a todos uma qualidade de vida sem par,<br />

recheada de um conjunto alargado de atividades, adaptadas às diversas<br />

épocas do ano.<br />

40


Caminha est une ville située dans l’Alto Minho, région qui se trouve au<br />

nord du Portugal, entre la montagne, la mer et le fleuve. C’est une municipalité<br />

qui compte plus de 16 000 habitants dont le territoire s’étend sur<br />

136,52 km 2 .<br />

Géographiquement, la ville est située à un point stratégique, à 90 Km de la<br />

ville de Porto, à 45 minutes de l’aéroport Francisco Sá Carneiro et à environ<br />

80 Km de Vigo, en Galice (Espagne) et de son aéroport, auquel on accède<br />

en 40 minutes.<br />

Concernant son histoire, on observe dans «l’organisation paroissiale suève<br />

du 5ème siècle, les toponymes « Camenae » ou « Camina » et presque toutes<br />

les paroisses de la commune, dû à leur situation géographique, auraient été<br />

des points stratégiques au contrôle du commerce des métaux qui devaient<br />

parcourir les eaux du fleuve Minho».<br />

Pendant la deuxième Invasion française, en février 1809, Caminha a été<br />

attaquée par les troupes du Maréchal Soult. L’aide apportée par le peuple<br />

aux troupes peu nombreuses du Lieutenant-colonel Champalimaud a empêché<br />

les français d’entrer à Caminha. Une défense qui constitue une page<br />

brillante de stratégie militaire.<br />

Avec des plages magnifiques, des paysages d’une rare beauté, montagne et<br />

fleuves, dans une véritable mosaïque de paysages, ces terres sont riches dans<br />

les domaines : environnemental, paysager, ressources naturelles, patrimonial,<br />

culturel et gastronomique, ce qui permet d’offrir à tout le monde une qualité<br />

de vie inégalable, remplie d’activités diverses, adaptées aux différentes<br />

périodes de l’année.<br />

41


Caminha<br />

Temos agora de seguir o caminho do pensamento nesta relação<br />

que nasceu com o coração<br />

Com uma ligação de quase 40 anos, o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, considera que depois duma relação que se uniu a partir do<br />

coração, a geminação com Pontault-Combault, enfrenta novos desafios, entre os quais a promoção do investimento nos dois territórios. Assim, nesta<br />

entrevista, Miguel Alves viajou pelo passado, analisa o presente e antevê o futuro com uma ligação que responderá às novas necessidades. Sobre a revista<br />

“<strong>Geminações</strong>” considera que é muito importante que surja este projeto, que acaba por ser um projeto chapéu de todos os projetos de geminações<br />

que temos em Portugal.<br />

Qual a importância desta geminação com Pontault-Combault?<br />

Esta é uma geminação com praticamente 40 anos - que serão celebrados<br />

no próximo ano - e é um encontro de culturas, de gentes, feito a partir<br />

do coração pois, é este, que une a nossa gente que está em Pontault-<br />

Combault. Por isso começou por fundar-se na parte mais educativa e<br />

cultural, numa ligação entre os povos, através, muitas vezes, dos nossos<br />

jovens.<br />

Teve altos e baixos, mas não perdeu a sua importância para nós. Desde<br />

que sou presidente tenho procurado, todos os anos, ir a Pontault-Combault<br />

para assinalar a importância que eu dou a esta geminação e, principalmente,<br />

ao futuro desta.<br />

Tivemos vários momentos distintos, em que muitos autarcas passaram<br />

com ideias e metodologias diferentes. Tivemos bastantes intercâmbios<br />

ao nível da educação e da cultura. Durante algum tempo perdemos um<br />

pouco este contato. Uma exceção continua a ser a dos alunos da escola<br />

profissional ETAP que ainda hoje vão estagiar na área da restauração na<br />

zona de Pontault-Combault. Creio eu isto aconteceu porque o mundo<br />

mudou, mas estamos a tentar recuperar estes laços, tentando, por exemplo,<br />

capitalizar uma relação entre empresas.<br />

Embora o passado seja o passado de gentes que quis este encontro, enquanto<br />

autarca o que me interessa é o futuro e este passa pelo reforço dos<br />

laços culturais, por conseguirmos perceber que há um conjunto de cidadãos<br />

de primeira que estão em Pontault-Combault - e na zona de Paris -<br />

que querem manter uma ligação estreita com Caminha e Portugal. Ligar<br />

isto à potencialização das relações empresariais, é o nosso objetivo para<br />

os próximos anos. Queremos ir, agora, pelo caminho do pensamento<br />

depois de termos começado pelo caminho do coração.<br />

O que Caminha beneficia desta relação?<br />

Sempre que vou a Pontault-Combault vou com uma representação portuguesa<br />

que inclui sempre com as empresas do concelho para que, alémfronteiras,<br />

percebam o nosso potencial de investimento, mas também<br />

para as nossas empresas verem o potencial de Pontault-Combault para<br />

investimento. É nisto que estamos a trabalhar.<br />

Temos a plena consciência que não é só apenas com uma boa ligação<br />

e uma boa amizade que podemos desenvolver esta relação. Precisamos<br />

de algo mais para estreitar laços. Temos vindo a criar condições para<br />

que possa gostar de nós. Temos levado as nossas empresas, que querem<br />

42


Nous devons maintenant suivre<br />

le chemin de la raison dans cette relation<br />

qui est née d’amitié réciproque<br />

Dans le cadre de cette coopération qui dure depuis plus de 40 ans, Monsieur<br />

le Maire de Caminha, Miguel Alves, considère qu’au stade actuel, suite à<br />

une coopération qui a démarré par une amitié profonde, le jumelage avec la<br />

ville de Pontault-Combault est confronté à de nouveaux défis, notamment la<br />

promotion de l’investissement sur les deux territoires. Lors de cette interview,<br />

Miguel Alves a voyagé dans le passé, il a analysé le présent et prévoit le futur<br />

avec des liens pouvant répondre aux nouveaux besoins. Concernant le magazine<br />

“<strong>Geminações</strong>”/ “Jumelages”, il considère que la création de ce projet<br />

est très importante et qu’il constitue un projet phare parmi tous les projets<br />

relatifs aux jumelages existants au Portugal.<br />

Quelle est l’importance de ce jumelage avec la ville de Pontault-Combault?<br />

Il s’agit d’un jumelage de 40 ans déjà l’année prochaine et qui se traduit par<br />

une rencontre culturelle, de gens, dans le cadre d’une profonde amitié car<br />

c’est ce lien affectif qui nous unit. C’est pour cela que ce jumelage a démarré<br />

sur la base des projets éducatifs et culturels de la ville, dans un cadre coopératif<br />

impliquant très souvent les jeunes.<br />

Celui-ci a eu des hauts et des bas, mais il n’a jamais perdu d’importance à<br />

nos yeux. Depuis que je suis Maire, tous les ans, je fais de mon mieux pour<br />

aller à Pontault-Combault afin de manifester mon vif intérêt pour ce jumelage<br />

et, principalement, quant à son futur.<br />

Nous avons suivi différents parcours, où plusieurs maires sont passés avec différentes<br />

idées et méthodologies. Nous avons réalisé plusieurs échanges culturels<br />

et éducatifs. Néanmoins, pendant un certain temps, nous nous sommes<br />

un peu éloignés. Une exception persiste, celle qui concerne les élèves de l’école<br />

professionnelle ETAP qui, aujourd’hui encore, continuent à réaliser leurs<br />

stages dans le domaine de la restauration, dans la région de Pontault-Combault.<br />

Je pense que cela est arrivé parce que le monde a changé, mais nous<br />

essayons de faire renaître ces liens, par exemple, en essayant de capitaliser nos<br />

relations entreprises. Même si le passé se traduit par un passé où les gens ont<br />

souhaité cette rencontre, moi-même, en tant que maire, ce qui me paraît être<br />

essentiel c’est le futur et celui-ci passe par le renforcement des liens culturels,<br />

par le simple fait qu’il existe un nombre considérable de citoyens qui vivent à<br />

Pontault-Combault — et dans la région parisienne — qui veulent maintenir<br />

une relation étroite avec la ville de Caminha et le Portugal. Ajouter cela<br />

43


Caminha<br />

crescer, a França para que percebam a qualidade que temos ao nível da<br />

construção civil, da hotelaria, do imobiliário.<br />

Em segundo lugar estamos a criar um ambiente favorável para as empresas<br />

e para as pessoas. E o que fizemos nos últimos três anos? Baixamos<br />

duas vezes o IMI que se paga pelos imóveis. Achamos que devemos criar<br />

condições para que as pessoas possam investir na compra de imóveis,<br />

casas, apartamentos terrenos sem estarem a sacrificar muito das suas<br />

poupanças. Temos um dos IMI mais baixos do distrito e é nisso que<br />

apostamos para que as pessoas aqui invistam e se fixem.<br />

Agora temos também um novo Plano Diretor Municipal (PDM) que<br />

cria a estratégia de intervenção no concelho de Caminha. Conseguimos<br />

finalmente abandonar um PDM que tinha 21 anos e cujas premissas<br />

eram diferentes das atuais. Agora o novo documento permite duas coisas:<br />

duplicar a área de intervenção industrial no concelho, e vamos alargar<br />

a área do parque industrial da Gelfa (que fica a 15k do porto de ar<br />

de Viana do Castelo e a 50 minutos do aeroporto) para o dobro. Alem<br />

disso criamos condições em zonas extraordinárias do ponto de vista paisagístico<br />

e ambiental para poder haver investimento, do ponto de vista<br />

do turismo e da saúde, que possa ser potenciado para podermos atrair<br />

mais gente ao concelho. Estamos a trabalhar nestas vertentes criando um<br />

concelho mais convidativo mas também para termos empresários mais<br />

preparados para irem ao estrangeiro, para investirem no estrangeiro e<br />

para poderem potenciar a sua empresa.<br />

O que se perspetiva fazer, em termos de iniciativas, nos próximos<br />

tempos com Pontault-Combault?<br />

Temos agendado, do ponto de vista cultural, nos próximos meses fazermos<br />

um concurso de fotografia vocacionado para fotógrafos amadores<br />

au potentiel du tissu entrepreneur local — constitue notre objectif pour les<br />

prochaines années. Ayant démarré ce jumelage sur les bases d’une profonde<br />

amitié, nous voulons maintenant suivre le chemin de la raison.<br />

Quels sont les bénéfices de ce jumelage pour la ville de Caminha ?<br />

Lors de mes déplacements à Pontault-Combault je suis accompagné par une<br />

représentation portugaise, notamment des entreprises de la municipalité,<br />

pour améliorer l’attractivité du territoire , mais pour que, nos entreprises<br />

remarquent, également, le potentiel d’investissement de la ville de Pontault-Combault.<br />

C’est là dessus que nous travaillons.<br />

Nous avons pleinement conscience qu’une bonne relation d’amitié historique<br />

ne suffit pas pour renforcer notre coopération. Il nous faut aller plus<br />

loin dans cette collaboration pour renforcer nos liens. Nous avons réussi à<br />

créer des conditions pour améliorer notre image. Nos entreprises portugaises<br />

à haut potentiel envisageant de pénétrer le marché français vont jusqu’en<br />

France afin de démontrer la qualité que nous possédons dans les domaines<br />

du bâtiment, de l’hôtellerie, de l’immobilier.<br />

Deuxièmement, nous sommes en train de créer un environnement favorable<br />

aux entreprises et aux personnes. Et qu’avons nous fait ces trois dernières<br />

années? Nous avons baissé deux fois la taxe foncière. Nous pensons que nous<br />

devons créer les conditions pour que les gens puissent investir dans l’achat<br />

d’immeubles, de maisons, d’appartements, de terrains, à moindre coût.<br />

Nous avons une des taxes foncières les plus basses de la région et nous espérons<br />

en faire un élément d’attractivité fiscale pour que les gens investissent<br />

et se fixent ici.<br />

Nous avons maintenant un nouveau Plan d’Urbanisme Directeur qui crée<br />

la stratégie d’intervention de la municipalité de Caminha. Nous avons réussi<br />

à abandonner un Plan d’Urbanisme Directeur qui avait 21 ans et dont<br />

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Caminha<br />

les prérogatives étaient différentes. À présent, le nouveau document permet<br />

deux choses : doubler le domaine d’intervention de la zone industrielle dans<br />

la ville et l’élargissement du domaine du Parc Industriel de Gelfa ( qui se<br />

situe à 15 Km du Port de la mer de Viana do Castelo et à 50 minutes de<br />

l’aéroport ) _ qui va être doublé. Par ailleurs, nous créons des conditions sur<br />

des endroits exceptionnels du point de vue paysager et environnemental, afin<br />

qu’il y ait des investissements, aussi bien dans les domaines du tourisme que<br />

de la santé, pour attirer plus de monde dans notre ville. Nous travaillons sur<br />

ces aspects pour créer une ville plus accueillante mais également pour avoir<br />

des chefs d’entreprises mieux préparés pour conquérir l’étranger, y investir et<br />

pouvoir renforcer l’expansion de leurs entreprises.<br />

dos dois lados desta geminação, de modo a que possam mostrar, mais,<br />

o que são os dois territórios. Temos a certeza que se nos mostrarmos<br />

às pessoas o quão bonito é o concelho, o potencial que temos - com o<br />

rio, o mar e a serra nós agarrámos as pessoas. É isso que fazemos, com<br />

os grandes eventos, como por exemplo, o Rali de Portugal, pois traz<br />

muita gente depois. A candidatura do estuário do Minho à Unesco - em<br />

conjunto com o município espanhol de La Guardia, potencia Caminha<br />

já no ponto de vista universal. E isto fazemos também através deste<br />

concurso que vai mobilizar as comunidades, pondo-nos a trabalhar em<br />

conjunto em parceria.<br />

Teremos, também, representação na festa que costuma existir em Pontault-Combault,<br />

em Junho onde levamos a nossa paisagem, a nossa<br />

gastronomia, a nossa doçaria, mas onde levamos, sobretudo, o nosso<br />

interesse de querer investir lá e congregar investimento na nossa terra<br />

Neste mandato, já tivemos uma representação do nosso imobiliário nos<br />

grandes eventos franceses, tanto sozinhos como em conjunto com os<br />

outros municípios do Alto-Minho.<br />

Temos também as ligações com as escolas e a partilha de experiencias de<br />

alunos que vão a Pontault-Combault.<br />

Celebramos há poucos meses, com o Governo de Portugal, a criação de<br />

um gabinete de apoio ao emigrante que não se limita a ser para questões<br />

sociais, que tipicamente nos eram colocadas. Hoje também acompanha<br />

os nossos cidadãos mas quer mais que isso: encontrar soluções para facilitar<br />

a entrada de empresas francesas em Portugal e também potenciar<br />

a possibilidade das nossas empresas irem com a sua atividade até ao<br />

estrangeiro.<br />

O que poderá significar para a Geminação, este novo projeto que vai<br />

para lá duma revista?<br />

Este projeto é fundamental pois acho que as geminações vivem em<br />

pequenos casulos, e que há uma dificuldade em transformar cada favo<br />

numa colmeia. Esquecemos que podemos ser muito mais eficazes. Este<br />

projeto, não só dá visibilidade às geminações como cria relações entre<br />

elas e vai contribuir para que todos entendam que estamos no mesmo<br />

“corpo”. Vai dar uma dinâmica completamente nova e uma visão<br />

panorâmica destas geminações que nos pode ajudar a criar canais de<br />

comunicação e de soluções. Conseguimos perceber que este projeto<br />

pode funcionar a favor das comunidades e provavelmente a partir deste<br />

projeto vamos encontrar motivos para nos focarmos noutro tipo de ligações,<br />

criando esta corrente, criando uma colmeia. Neste ponto de vista<br />

é muito importante que surja este projeto, que acaba por ser um projeto<br />

chapéu de todos os projetos de geminações que temos em Portugal.<br />

Quelles sont les initiatives possibles à venir pour la ville<br />

de Pontault-Combault?<br />

Il est prévu, du point de vue culturel, au cours des prochains mois, de réaliser<br />

un concours de photographie dédié aux photographes amateurs participants<br />

aux jumelages, qu’ils soient de Pontault-Combault ou de Caminha,<br />

afin de mettre en avant la qualité de chacun des territoires. Nous avons<br />

la certitude que si nous arrivons à mettre en valeur la ville, à montrer sa<br />

beauté, son potentiel _ avec la rivière, le fleuve, la mer et la montagne,<br />

nous allons rendre ce territoire attractif. C’est ce que nous faisons avec les<br />

grands évènements comme par exemple le rallye du Portugal, car il ramène<br />

beaucoup de monde par la suite. La candidature de l’estuaire du Minho à<br />

L’UNESCO – avec la municipalité espagnole de La Guardia, renforce la<br />

position de la ville de Caminha à l’échelle universelle. Nous faisons actuellement<br />

la même chose avec ce concours, qui mobilisera les communautés, en<br />

nous faisant travailler ensemble.<br />

On aura, également, une représentation lors de la fête qui a lieu tous les ans<br />

à Pontault-Combault, au mois de Juin, où nous emmenons notre paysage,<br />

notre gastronomie, notre pâtisserie, mais nous emmenons surtout “les clés” de<br />

l’intérêt et de la volonté d’investir là-bas et de réunir les investissements nécessaires<br />

pour notre ville. Pendant ce mandat, notre immobilier a été représenté<br />

lors de grands évènements français, non seulement notre ville, mais aussi<br />

conjointement avec les autres municipalités de la région de l’Alto-Minho.<br />

Nous sommes également associés aux écoles en partageant les expériences des<br />

élèves qui se rendent à Pontault-Combault.<br />

Nous avons célébré il y a quelques mois, avec le Gouvernement du Portugal,<br />

la création d’un bureau d’aide aux émigrants, qui ne se limite pas<br />

à répondre aux questions sociales, habituellement posées. Aujourd’hui,<br />

il accompagne aussi nos citoyens mais avec le souhait d’aller encore plus<br />

loin : trouver des solutions pour faciliter l’entrée d’entreprises françaises<br />

au Portugal et, renforcer, également, la possibilité d’implantation de nos<br />

entreprises à l’étranger.<br />

Quel sens peut apporter au Jumelage ce nouveau projet qui va au-delà<br />

d’un simple magazine ?<br />

Ce projet est fondamental, car je pense que les jumelages vivent dans des<br />

petits cocons et qu’il y a une difficulté à transformer chaque “alvéole” en une<br />

“ruche”. Nous oublions que nous pouvons être beaucoup plus efficaces. Ce<br />

magazine permet, non seulement, d’apporter plus de visibilité aux jumelages<br />

comme la création de relations entre eux et contribuera à ce que tout le<br />

monde comprenne que nous faisons tous parti d’un même “corps”. Il va permettre<br />

une dynamique complètement nouvelle et une vision panoramique de<br />

ces jumelages qui peuvent nous aider à créer plus de communication, nous<br />

permettant ainsi de trouver plus de solutions aux problèmes. Nous avons<br />

compris que ce magazine peut fonctionner dans l’intérêt des communautés<br />

et, très probablement, à partir de celui-ci nous trouverons de nouveaux enjeux<br />

pour créer d’autres partenariats, en créant cette chaîne, en créant cette<br />

“ruche”. De ce point de vue, la création de cette idée est très importante,<br />

car elle se traduit par un projet phare parmi tous les projets de jumelages<br />

existants au Portugal.<br />

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Caminha<br />

Depois da primeira vez<br />

é impossível não regressar!<br />

Sente-se preparado para uns dias vividos entre a eloquência da serra,<br />

dum olhar sobre Espanha na margem do rio Minho ou para se banhar<br />

nas águas do atlântico numa das belas praias de Caminha? E juntar isto<br />

a percursos pelos, património acompanhado, por uma gastronomia de<br />

excelência em que o peixe é degustação obrigatória? Sim? Então bemvindo<br />

a Caminha.<br />

Banhado pelo Estuário do Rio Minho, o centro histórico da vila de<br />

Caminha proporciona um passeio agradável nas ruas “carregadas” de<br />

património e de ponto de interesse para visitar.<br />

A igreja Matriz de Caminha ou as muralhas seiscentistas são presenças<br />

marcantes em quem viaja na calma da localidade alto-minhota. A Torre<br />

do Relógio, a Casa dos Pitas, o Salão Nobre da Antiga Câmara Municipal,<br />

a rua Direita com as suas casas manuelinas e renascentistas ou ainda<br />

o Museu Municipal, são pontos de passagem obrigatórios.<br />

Mas Caminha provoca outras sensações. Saindo da vila e percorrendo<br />

as redondezas encontrará locais únicos como Vilar de Mouros, pequena<br />

aldeia que acolheu o primeiro festival de música de verão em Portugal<br />

ou as cascatas do Pincho, onde o som da natureza faz esquecer o rebuliço<br />

da rotina diária.<br />

Mas não se pode ir a Caminha sem subir à Serra de Arga, que imponentemente<br />

recebe os visitantes que percorrem as pequenas aldeias de<br />

montanha e as suas gentes e tradições. Ali o mosteiro é para ser visto.<br />

Normalmente “escondido” e em silêncio durante o ano, é destino par a<br />

milhares de romeiros oriundos de toda a região, para uma das romarias<br />

mais populares do Norte de Portugal, em que a fé e o pagão se juntam<br />

“num casamento” de vivências únicas. As procissões até ao mosteiro são<br />

feitas em grupo e ouve-se o cantar das gentes encosta acima. A “festa”<br />

tem uma característica: toda a animação é feita sem sons eletrificados,<br />

sendo as concertinas e as orquestras sinfónicas a fonte de animação, noite<br />

dentro.<br />

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Mosteiro S. João D’Arga | monastère S. João D’Arga<br />

Une fois visitée, on ne peut pas s’empêcher d’y retourner!<br />

Vous sentez-vous préparés pour un séjour vécu entre l’éloquence de la montagne, avec une vue imprenable vers l’Espagne sur les rives du Minho, ou vous baigner<br />

dans les eaux de l’Atlantique dans l’une des belles plages de Caminha ? À cela, on ajoute un parcours au sein du patrimoine, accompagné par une gastronomie<br />

d’excellence où la dégustation du poisson est obligatoire …vous êtes tentés ? Alors, soyez les bienvenus à Caminha.<br />

Bordé par l’estuaire du fleuve Minho, le centre historique de Caminha nous offre une promenade agréable au sein de ses rues chargées de patrimoine et de<br />

points d’intérêt à visiter.<br />

L’église mère de Caminha ou les murailles datant du dix-septième siècle sont des présences marquantes pour ceux qui voyagent dans le calme de cette localité<br />

de l’Alto Minho. La “Torre do Relógio” (la Tour de l’Horloge), la “Casa dos Pitas” (la Maison des Pitas), la salle noble de l’ancienne Mairie, la rue “Direita”<br />

avec ses maisons style manuélin et style Renaissance ou encore le Musée Municipal, sont des points de passages obligatoires.<br />

Néanmoins, Caminha a beaucoup d’autres atouts qui éveillent nos sens. En sortant de la ville, nous trouvons des endroits uniques tels que Vilar de Mouros,<br />

un petit village qui a reçu le premier festival de musique d’été au Portugal, ou encore les chutes d’eau de Pincho, où le son de la Nature nous fait oublier les<br />

préoccupations de la routine quotidienne.<br />

Un autre parcours incontournable à Caminha, est celui de monter sur la majestueuse montagne de Arga (Serra de Arga). À cet endroit, le monastère doit être<br />

admiré. Habituellement “caché” et en silence pendant toute l’année, c’est une destination pour des milliers de pèlerins provenant de toute la région, pour une des<br />

festivités les plus populaires du Nord du Portugal. Les processions jusqu’au monastère sont réalisées au son du chant des pèlerins. La “fête” a une particularité:<br />

l’ensemble de l’animation ne possède aucun son de source électrique, car les sources d’animation proviennent des concertinas et des orchestres symphoniques,<br />

tout au long de la nuit.<br />

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Caminha<br />

Depois da serra, desça ao mar e banhe-se nas fantásticas praias de Moledo<br />

ou de Vila Praia de Âncora e depois, quando a fome apertar, deliciese<br />

com a gastronomia local. Tanto Caminha como Âncora têm restaurantes<br />

de excelência. O Duque de Caminha, o Hamilton Frangaria, o<br />

Portão, Muralha de Caminha são alguns dos bons exemplos apontados<br />

pelo site TripAdivsor, assim como o Fortaleza que com vista para o mar<br />

oferece os “bons sabores do mar”.<br />

Cansado? Descanse então num dos hotéis da vila que proporciona qualidade<br />

e conforto a preços que o deixam descansado!<br />

Nãos se sabe quando se irá a Caminha, mas sabe-se que depois da primeira<br />

vez é impossível não lá voltar!<br />

Après la montagne, dirigez-vous vers la mer et baignez-vous dans les plages<br />

fantastiques de Moledo ou de Vila Praia de Ancora. Lorsque la faim arrive,<br />

régalez vos papilles avec la gastronomie locale. Aussi bien la ville de Caminha<br />

que la ville d’Ancora possèdent d’excellents restaurants - “O Duque de<br />

Caminha”, “O Hamilton Frangaria”, “O Portão”, “Muralha de Caminha”<br />

sont quelques bons exemples cités par le site TripAdvisor, sans oublier<br />

“O Fortaleza” qui nous offre une vue maritime très agréable ainsi que “les<br />

bonnes saveurs de la mer”.<br />

On ne sait pas à quel moment on ira visiter la ville de Caminha, mais après<br />

la première visite on ne peut s’empêcher d’y retourner!<br />

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Caminha<br />

Krisálida leva teatro<br />

às freguesias e às crianças<br />

Pode um grupo de teatro profissional nascer de um sonho? Pode. Pode<br />

um projeto nascer num momento de desemprego? Sim. Pode. Em Caminha,<br />

Maria Manuel, ambicionava há muito por uma associação dedicada<br />

às artes do palco no concelho. Convidou pessoas e assim nasceu<br />

a Krisálida - Associação Cultural do Alto Minho. Três anos depois a<br />

companhia é incontornável na cultura da região. Salas cheias, formação<br />

para crianças e o périplo pelas freguesias - das suas peças - são imagens<br />

de marca.<br />

“Já tinha estado envolvida em vários projetos onde escrevia peças e ensaiava<br />

num processo de longos anos. A associação era um sonho e numa<br />

situação de desemprego achei que era a hora de fazer aquilo que mais<br />

gosto de fazer. Lancei o desafio e tive a sorte de encontrar as pessoas certas,<br />

coo a Carla Magalhães que avançou com toda a garra neste projeto”<br />

revela, Maria Manuel, aquela que viria a ser pioneira desta ideia.<br />

Formada há cerca de três anos a Krisálida tem levado o teatro a vários<br />

palcos e agora Maria Manuel sente-se uma “mãe” orgulhosa. “Com dois<br />

anos e meio de atividades já vejo o projeto num ponto que dá bastante<br />

orgulho”. Um orgulho que vais ais além das representações da companhia<br />

profissional pois “a formação com as crianças vale ouro” e a emoção<br />

é incontrolável “quando elas nos dizem que um dia querem ser atores e<br />

vemos a sua evolução”, salienta Maria José.<br />

Este projeto que foi apresentado ao município e foi bem aceite pela<br />

autarquia, empenhou-se na ideia de “levar o teatro às freguesias”, refere<br />

por seu turno, Rui Gonçalves, um dos elementos da primeira hora da<br />

Krisálida. “Foi um desafio. Percorrer as 13 freguesias levando o teatro às<br />

pessoas dessas localidades as a satisfação veio quando percebemos que<br />

havia essa vontade - das pessoas - para ver teatro.<br />

“Quando me disseram que íamos para as freguesias atuar palcos pequenos<br />

ou mesmo sem palco fiquei um pouco assustado com a ideia, num<br />

preconceito que eu assumo”, diz por seu turno Alexandre Martins, um<br />

dos atores da companhia. Agora vejo que estava completamente errado<br />

pois o público entra na própria historia que levamos à cena. Tem sido<br />

tão interessante e tão bom estar com o público tão perto de nós”, diz o<br />

ator que regressou aos palcos depois de um interregno de 13 anos, tempo<br />

no qual se formou num curso superior de cinema.<br />

Esta “foi uma boa aposta da Krisálida. Este é o futuro, com o estilo de<br />

vida que temos as pessoas tem menos disposição para se deslocarem a<br />

sítios e nós temos que ir ter com elas. Mas o futuro passa também pela<br />

aposta forte das autarquias, nestes projetos, senão o teatro tende a ficar<br />

nas grandes cidades”, considerou ainda Alexandre Martins.<br />

Rui Gonçalves, por seu turno, considera que a associação está também a<br />

fazer pedagogia “Estamos a criar e a formar público. Este é um processo<br />

que se tem de fazer e começar por ai. Quando estreamos a segunda peça<br />

o teatro Valadares esgotou. Nas freguesias há mais gente e isso mostra<br />

que o caminho, também, passa por aqui”.<br />

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Algumas das iniciativas da Krisalida<br />

- Oficina de Teatro para Crianças<br />

- Oficina de Teatro para Adultos<br />

- Peça “Rei Laudamuco, Senhor de Nenhures”<br />

- Peça “Piolho e Atores”<br />

- Recital de Poesia: “Palavra e Musica, Poesia ao entardecer”<br />

- Peça Infantil: “A Drª Ricágua vai ao teatro”<br />

- Peça Infantil: «As Elfas do Pai Natal vão de férias»<br />

Quelques-unes des initiatives de Krisálida<br />

- Atelier de Théâtre pour Enfants<br />

- Atelier de Théâtre pour Adultes<br />

- Pièce de Théâtre “Rei Laudamuco, Senhor de Nenhures”<br />

« Roi Laudamuco, Seigneur de Nenhures »<br />

- Pièce de Théâtre “Piolho e Atores” / « Pou et Acteurs »<br />

- Récital de Poésie:<br />

“Palavra e Música, Poesia ao entardecer”<br />

« Mot et Musique, Poésie à la tombée du jour »<br />

- Pièce de Théâtre pour Enfants:<br />

“A Dra. Ricágua vai ao teatro”<br />

« Dr. Ricágua va au théâtre »<br />

- Pièce de Théâtre pour Enfants:<br />

“ As Elfas do Pai Natal vão de férias”<br />

« Les Elfes du Père Noël partent en vacances »<br />

Krisálida emmène le théâtre aux communes et aux enfants<br />

Est-ce qu’une compagnie théâtrale née à partir d’un rêve peut devenir une<br />

réalité? Oui, c’est possible. Est-ce qu’un projet peut être créé pendant une<br />

période de chômage ? Oui. À Caminha, Maria Manuel avait l’ambition,<br />

depuis longtemps, de créer une association dédiée aux arts de la scène dans<br />

la commune. Elle a invité plusieurs personnes et a démarré Krisálida _ Association<br />

Culturelle de l’Alto Minho. Trois ans après c’est une compagnie<br />

théâtrale incontournable dans la culture de la région. Des salles remplies, des<br />

formations pour les enfants et le périple de la troupe avec leurs pièces, dans<br />

plusieurs localités _ sont des images de marque.<br />

“J’avais déjà travaillé sur plusieurs projets où j’écrivais des pièces de théâtre<br />

et je répétais pendant de longues années. L’Association a toujours été un rêve<br />

et, lorsque je traversais une période de chômage, je me suis dit que c’était le<br />

moment de faire ce que j’aimais le plus. J’ai lancé le défi et j’ai eu la chance<br />

de rencontrer les bonnes personnes, notamment Carla Magalhães qui a eu<br />

le cran d’avancer sur ce projet” révèle Maria Manuel, cette femme qui est<br />

devenue pionnière de cette idée.<br />

Formée il y a 3 ans, Krisálida a réussi à emmener le théâtre sur plusieurs scènes<br />

et maintenant Maria Manuel reconnaît ce sentiment de “mère” très fière. “Avec<br />

2 ans et demi d’activités, je remarque que le projet se trouve à un stade qui<br />

nous honore”. Une fierté qui va au-delà des représentations de la compagnie<br />

professionnelle car “la formation auprès des enfants vaut de l’or” et l’émotion est<br />

immense “lorsqu’ils nous disent qu’un jour ils veulent devenir acteurs et que l’on<br />

observe leur évolution”, souligne Maria Manuel.<br />

Ce projet, qui a été présenté à la municipalité et bien accepté par la mairie, s’est<br />

impliqué dans cette action “d’emmener le théâtre aux communes”, explique, cette<br />

fois-ci, Rui Gonçalves, un des pionniers de Krisálida. « Ce fut un défi. Parcourir<br />

les 13 localités pour emmener le théâtre à la rencontre des gens et apercevoir leur<br />

volonté d’assister aux pièces _ cela nous a donné une énorme satisfaction ».<br />

“Lorsqu’on m’a dit que nous irions dans les villages pour jouer sur des petites<br />

scènes, voire même sans aucune scène, l’idée m’a un peu effrayé _ dont<br />

j’assume le préjugé”, nous dit, à son tour, Alexandre Martins, un acteur de<br />

la compagnie. Je comprends, maintenant, que je me trompais complètement<br />

car, en fait, le public participe à l’histoire de la pièce que nous mettons sur<br />

scène. C’est vraiment agréable et intéressant ce contact avec le public très<br />

proche de nous”, dit l’acteur qui est revenu sur la scène suite à une pause de<br />

13 ans, pendant laquelle il a fait des études supérieures de cinéma.<br />

“Cela a été un très bon choix de la part de Krisálida, car on pense au futur,<br />

avec le style de vie que nous menons. Les gens ont moins envie de se déplacer,<br />

alors c’est à nous d’aller à leur rencontre. Néanmoins, le futur dépend<br />

également des décisions des mairies par rapport à ces projets, sinon le théâtre<br />

risque de s’installer seulement dans les grandes villes”, considère Alexandre<br />

Martins.<br />

Rui Gonçalves, quant à lui, pense que l’association fait, également, de la<br />

pédagogie. « Nous sommes en train de créer et de former du public. Cela<br />

fait partie d’un processus qui doit être réalisé et nous devons commencer par<br />

là. Lorsque nous avons débuté la deuxième pièce, le théâtre “Valadares” a<br />

affiché complet. Dans les communes, il y a plus de monde et cela prouve que<br />

le chemin passe, aussi, par là”.<br />

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Caminha<br />

Vila Praia: Um clube a formar sobre rodas<br />

Foi criado em 2014 apenas. No entanto têm já tempo suficiente para recuperar uma modalidade que tem tradição em Vila Praia de Âncora, Caminha:<br />

o hóquei em patins. Se nos seniores já conseguiu o feito de subir à II Divisão Nacional, o Vila Praia está a destacar-se na área da formação de crianças<br />

e jovens. Uma curiosidade? É o clube com mais meninas a praticar a modalidade em todo o Minho.<br />

A aventura, como diz Francisco Pereira, presidente da coletividade, nasceu<br />

da vontade de um grupo de amigos, muitos deles ex-praticantes<br />

da modalidade. “Há trinta, quarenta anos, Vila Praia de Âncora tinha<br />

imensa tradição no hóquei. Ao longo dos anos a prática foi-se perdendo,<br />

mas alguns dos “antigos” ficaram com o “bichinho”, diz sorrindo o<br />

responsável pelo clube.<br />

Depois da vontade foi fácil reiniciar a modalidade, dadas as condições<br />

existentes. “Temos um pavilhão extraordinário para a prática. Temos<br />

condições que raramente encontramos nos clubes que defrontamos”,<br />

realça Francisco Pereira.<br />

Os resultados começam a dar resultados. Ao nível dos seniores, o clube<br />

conseguiu a subida à II Divisão Nacional e isto “com a prata da casa,<br />

pois apenas dois jogadores são fora do concelho, oriundos do Porto”. E<br />

este rumo é para se manter: “uma casa deve começar pelos alicerces. E<br />

por isso a nossa aposta na formação que será o futuro do clube”, garante<br />

Francisco Pereira.<br />

O Vila Praia tem, neste momento, 55 crianças a praticar a modalidade<br />

e espera vir a alcançar as 70 no próximo ano. “Estamos a semear para<br />

colher mais tarde”, analisa.<br />

Este é um clube que tem a particularidade de ser aquele que tem o maior<br />

número de meninas na região do Minho. “Têm entre sete e 11 anos e<br />

possuem muito valor, o que nos está a fazer pensar em organizar uma<br />

equipa feminina”, anuncia o presidente.<br />

A formação será sempre o sonho permanente: “a formação estará em<br />

primeiro lugar, pois queremos que daqui saiam miúdos a pensar sempre<br />

que foi o Vila Praia que os formou”.<br />

Até porque com a prática dos jovens da modalidade está-se a contribuir<br />

para a formação de melhores cidadãos. “Isto acontece nas questões práticas<br />

pois é uma disciplina em que temos de ter o raciocínio rápido, temos<br />

de ter uma boa visão e saber esperar para colocar a bola no momento<br />

certo. Algo que pode ser alicerce para muitos comportamentos posteriores.<br />

Depois a formação permite um começo de uma vida com responsabilidade,<br />

com companheirismo e a aprender a saber lidar com os outros.<br />

É um desporto nobre que lhes desenvolve estas qualidades na vida”.<br />

Francisco Pereira visiona no futuro e acredita já que este é um clube “que<br />

orgulha os ancorenses, mas, também, os nossos emigrantes que estão<br />

em França e em outros pontos do mundo. Acho que contribuímos para<br />

aquele sentimento - de quem está fora - de não perder o que é nosso.<br />

Outros clubes orgulham e dão exemplo<br />

O remo, é provavelmente um dos desportos com mais notoriedade<br />

em Caminha. O Sport Clube Caminhense, formado<br />

há 90 anos e com pouco mais de 20 atletas nos primeiros anos,<br />

tem sido, atualmente, responsável por trazer para o município<br />

vários prémios nacionais e internacionais e incluindo a participação<br />

de atletas por Portugal nos Jogos Olímpicos. Também<br />

aqui a representação feminina é garantida com valores competitivos<br />

e os jovens fazem parte da vida do clube.<br />

A apostar também na formação de jovens e crianças existem<br />

outras coletividades que têm vindo cada vez a ganhar mais visibilidade.<br />

Exemplos disso, podem-se referenciar o Clube de<br />

Andebol de Caminha, ou o Clube de Karaté de Caminha, passando<br />

pelas camadas de formação dos clubes de futebol.<br />

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Vila Praia : Un club qui forme comme sur des roulettes<br />

Le club a été créé seulement en 2014. Néanmoins, ce temps a déjà permis de récupérer une modalité qui a une tradition à Vila Praia de Ancora, Caminha :<br />

le hockey. Au niveau des seniors le club a déjà réussi à se positionner en II Division Nationale, mais c’est surtout dans le domaine de la formation des enfants<br />

et des jeunes que le Vila Praia se fait remarquer. Une curiosité ? C’est le club avec le plus grand nombre de filles à pratiquer cette modalité sportive dans toute<br />

la région du Minho.<br />

Selon nous dit Mr. Francisco Pereira, le président du club, cette aventure est<br />

née de la volonté d’un groupe d’amis, beaucoup d’entre eux des ex-joueurs<br />

de la modalité. “Il y a 30, 40 ans, Vila Praia de Ancora possédait une immense<br />

tradition dans le hockey. Au fil des années, cette pratique sportive s’est<br />

un peu perdue, mais certains anciens l’ont gardée dans la peau, nous dit le<br />

responsable du club, en souriant.<br />

Une fois la volonté bien présente, ça a été facile de redémarrer la modalité,<br />

grâce aux conditions existantes. “Nous avons un pavillon sportif extraordinaire<br />

pour la pratique de ce sport. Nous avons des conditions que nous rencontrons<br />

rarement dans les clubs que nous affrontons”, souligne Francisco Pereira.<br />

Nous commençons à voir les résultats de notre travail. Au niveau des seniors, le<br />

club a réussi à se positionner en II Division Nationale et nous avons fait avec<br />

“les moyens du bord, car seulement deux joueurs sont originaires d’une autre<br />

ville, Porto “. Et nous tenons à rester sur ce chemin : “une maison doit commencer<br />

à être construite par les bases. C’est pour cette raison que nous misons<br />

sur la formation pour garantir le futur du club “, assure Francisco Pereira.<br />

Le Vila Praia possède, actuellement, 55 enfants pratiquant la modalité et<br />

compte atteindre les 70 l’année prochaine. « Nous semons maintenant pour<br />

récolter plus tard », nous dit-il.<br />

Ce club a la particularité d’être celui qui a le plus grand nombre de filles<br />

dans la région du Minho. « Elles ont entre 7 et 11 ans et sont dotées de<br />

grandes qualités, ce qui nous mène à l’idée d’organiser une équipe féminine<br />

», annonce le président.<br />

La formation restera toujours le rêve permanent : « la formation doit primer,<br />

car nous voulons que les jeunes quittent le club en gardant toujours à l’esprit<br />

que le Vila Praia a été le club où ils ont été formés ».<br />

D’ailleurs, grâce à la pratique de cette discipline sportive chez les jeunes,<br />

nous contribuons à la formation de citoyens meilleurs. « C’est ce qui se passe<br />

au niveau pratique car c’est un sport où il se doit d’avoir un raisonnement<br />

rapide ainsi qu’une bonne vision et savoir attendre le meilleur moment<br />

avant de mettre la balle ». Cela peut fonctionner comme un modèle de<br />

comportement pour des situations futures. La formation permet également<br />

d’affronter la vie ayant le sens des responsabilités et de la camaraderie, en sachant<br />

vivre avec les autres. C’est un sport noble qui permet le développement<br />

de ces qualités dans la vie ».<br />

Francisco Pereira envisage le futur avec la conviction que ce club est déjà une<br />

source de fierté pour les « ancorenses », les habitants de Vila Praia d’Ancora,<br />

mais, également, pour nos émigrants en France et ailleurs. Je pense que nous<br />

contribuons à renforcer ce sentiment d’appartenance ( surtout pour ceux qui<br />

se trouvent à l’étranger), de ne pas perdre ses racines.<br />

Il y a d’autres clubs qui donnent l’exemple<br />

et dont les « ancorenses » sont fiers<br />

L’aviron est probablement un des sports les plus remarquables à Caminha.<br />

Le « Sport Clube Caminhense », formé il y a 90 ans avec une vingtaine<br />

d’athlètes lors des premières années, est devenu, actuellement, une source de<br />

succès. Grâce au club, plusieurs prix nationaux et internationaux sont arrivés<br />

à la ville, sans oublier la participation d’athlètes représentant le Portugal<br />

aux Jeux Olympiques. Une fois de plus la représentation féminine est garantie<br />

par des valeurs compétitives et les jeunes font partie de la vie du club.<br />

Il y a d’autres collectivités qui misent également sur la formation des jeunes<br />

et des enfants, qui augmentent de plus en plus leur visibilité. Par exemple:<br />

le Club d’Handball de Caminha, le club de Karaté de Caminha, en passant<br />

par les groupes de formation des clubs de football.<br />

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Pontault -<br />

Pontault-Combault é uma cidade situada a 23 km<br />

a sudeste de Paris. A cidade é atravessada pelo rio<br />

Morbras afluente do rio Marne. Ela está situada no<br />

departamento Seine-et-Marne, na região de Ile-de-<br />

France. A comuna foi formada em 1839 por fusão<br />

das comunas de Pontault e de Combault. Pontault-<br />

Combault contava 35 013 habitantes em 2012 sobre<br />

uma superfície de 13,6 km 2 e situa-se a cerca de 107<br />

metros de altitude.<br />

Locais e monumentos:<br />

A Igreja Saint-Denis (século XIII). Esta igreja tem um<br />

enorme sino chamado Santa Maria.<br />

O Castelo de Combault (actualmente sede da Câmara)<br />

datando do século XVIII. Ele alojou depois da<br />

segunda grande guerra e até aos anos 60 o Oficio de<br />

proteção das crianças judias.<br />

O Castelo do Bois La Croix, finais do século XIX.<br />

O Centro fotográfico de Ile-de-France, centro de arte<br />

consagrado à fotografia e à imagem contemporânea.<br />

É um local muito agradável com exposições regularmente<br />

renovadas, e sobretudo com uma equipa acolhedora.<br />

Não é necessário ser um perito em fotografia<br />

para passar aqui um excelente momento.<br />

O andebol é um dos desportos vedeta da cidade que<br />

tem uma equipa profissional, o UMS Pontault-Combault<br />

HB.<br />

Anualmente a Associação Portuguesa cultural e social<br />

organiza com o apoio da comissão de festas e da municipalidade<br />

de Pontault-Combault, a Festa franco<br />

-portuguesa, reagrupando um desfile, e um concerto<br />

de artistas franceses e portugueses.<br />

Pontault-Combault está geminada com Caminha<br />

desde 1978, Beilstein na Alemanha, desde1984,<br />

Anyama na Costa do Marfim, desde 1988 e Radauti<br />

na Roménia, desde1990.<br />

Pontault-Combault est située à 23 Km Paris. La ville est traversée par<br />

le Morbras affluent de la Marne. Elle est située dans le département Seineet-Marne<br />

lui-même situé en région Ile-de-France.<br />

La commune fut formée en 1839 par fusion des communes de Pontault<br />

et de Combault. Pontault-Combault comptait 35013 habitants en 2012<br />

sur une superficie d’environ 13.6 Km carrés et se situe à peu près à 107<br />

mètres d’altitude.<br />

Lieux et monuments :<br />

Église Saint-Denis (XIIIème siècle).Cette église a une énorme cloche appelée<br />

Sainte Marie.<br />

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Combault<br />

Château de Combault (actuellement siège de la Mairie), datant du<br />

XVIIIème siècle. Il a abrité après la guerre et jusque dans les années 1960,<br />

l’Office de protection des enfants juifs.<br />

Château de Bois la Croix, fin du XIXème siècle.<br />

Centre photographique d’Ile-de-France, centre d’art consacré à la photographie<br />

et à l’image contemporaine. C’est un lieu très agréable avec des expositions<br />

régulièrement renouvelées, et surtout avec une équipe très accueillante.<br />

Pas besoin d’être un expert de la photographie pour y passer un excellent<br />

moment.<br />

Le handball est l’un des sports vedettes de la commune avec une<br />

équipe professionnelle, l’UMS Pontault-Combault HB.<br />

Chaque année l’Association portugaise culturelle et sociale organise<br />

avec le soutien du comité des fêtes et de la municipalité de<br />

Pontault-Combault, la Fête franco-portugaise regroupant défilé<br />

et concert d’artistes français et portugais.<br />

La ville est jumelé avec Caminha, depuis 1978, Beilstein (Alemagne)<br />

depuis 1984, Anyama (Côte d’Ivoire) depuis 1988 e<br />

Radauti (Roumanie)depuis 1990.<br />

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Pontault-Combault<br />

Associação Portuguesa Cultural e Social de Pontault-Combault<br />

Entrevista com Cipriano Rodrigues, Presidente da Associação<br />

Esta Associação é uma das mais antigas da região de Ile de France…<br />

Sim, é verdade, é uma das mais antigas. Ela foi criada depois da revolução<br />

dos cravos, o 25 de abril em Portugal, com o objectivo de ajudar<br />

os portugueses que encontravam muitas dificuldades, naquela época, na<br />

vida do dia-a-dia ao nível dos documentos administrativos ou na procura<br />

de um trabalho e de alojamento.<br />

E, infelizmente, ainda hoje, nós constatamos que essas dificuldades<br />

continuam a ser de actualidade, não é?<br />

Efectivamente, essas dificuldades persistem porque aquilo que aconteceu<br />

nos anos 60 e 70, voltou a acontecer depois de 2011, com<br />

a crise na Europa, nomeadamente em Portugal. Aqui, no seio da<br />

Associação, tivemos de criar um novo espaço para tratar de certas<br />

situações a nível social de pessoas que vieram, até nós, pedir ajuda.<br />

A Associação não tem dinheiro. Nós não temos ajudas financeiras.<br />

Nós ajudamos as pessoas ao nível de documentos administrativos<br />

e outros documentos para preencher, em francês, como por exemplo,<br />

os formulários para a Segurança Social, ou para os subsídios,<br />

ou ainda preencher o Curriculum Vitae. Actualmente é um trabalho<br />

diferente mas sempre de actualidade, infelizmente… no ano passado<br />

recebemos 240 famílias. Este ano até ao mês de março recebemos<br />

83 famílias.<br />

Defender e ensinar a língua portuguesa foi sempre um grande desafio<br />

para a Associação?<br />

Sim, com certeza. Quando criamos a Associação, tínhamos como<br />

objectivo ajudar os portugueses de uma maneira geral, mas também,<br />

transmitir o ensino da nossa cultura e da nossa língua aos<br />

mais jovens. Nós concretizámos o nosso desejo — o Instítuto Lusófono<br />

foi criado no seio da Associação onde temos 4 professores,<br />

170 alunos e a escolaridade do nível primário até ao último ano.<br />

Há também cursos para os adultos, não só portugueses, mas também<br />

franceses e de outras nacionalidades que desejam aprender a<br />

nossa língua. Por exemplo, este ano nós tivemos um aluno oriundo<br />

do Zaire.<br />

É uma grande honra para a nossa Associação receber pessoas de nacionalidades<br />

diferentes, com o desejo de aprender o Português.<br />

O Instituto Lusófono ensina outras línguas ?<br />

Não. Nós ensinamos apenas o Português, contudo, voltando à crise<br />

ocorrida depois de 2011 em Portugal, nós criamos cursos para ensinar o<br />

francês… o francês falado e não escrito, para que as pessoas que chegam<br />

a França possam dar os seus primeiros passos e consigam resolver os seus<br />

problemas.<br />

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Association Portugaise Culturelle et Sociale de Pontault-Combault<br />

Interview avec Mr. Cipriano Rodrigues, président de l’Association<br />

Cette association est l’une des plus anciennes de la région Ile de<br />

France, n’est-ce pas ?<br />

Oui, c’est exact, c’est l’une des plus anciennes. Elle a été créée juste après la<br />

révolution des oeillets, le 25 avril au Portugal, dans le but d’aider les portugais<br />

qui rencontraient beaucoup de difficultés, à cette époque-là, dans la<br />

vie quotidienne au niveau des papiers administratifs, ou dans la recherche<br />

de travail et de logement.<br />

Et, malheureusement, encore aujourd’hui, nous constatons que ces<br />

difficultés sont toujours d’actualité, c’est exact ?<br />

Effectivement, ces difficultés persistent parce que ce qu’il s’est passé lors des<br />

années 60 et 70, s’est reproduit récemment après 2011, avec la crise en Europe,<br />

notamment au Portugal. Ici, au sein de l’association, on a dû créer un<br />

nouvel espace pour traiter certaines situations du domaine social, car des<br />

dizaines de familles sont venus nous voir. L’association n’a pas d’argent.<br />

Nous n’avons pas d’aide financière. Nous aidons les gens au niveau des papiers<br />

administratifs et autres documents à remplir, en français, comme par<br />

exemple les formulaires pour la Sécurité Sociale, ou pour les allocations,<br />

ou encore la création des Curriculum Vitae. À présent c’est un travail<br />

différent mais toujours d’actualité et, malheureusement, l’année dernière<br />

nous avons reçu 240 familles. Cette année, jusqu’au mois de mars nous<br />

avons reçu 83 familles.<br />

Soutenir et enseigner la langue portugaise a toujours été un grand<br />

défi pour l’association ?<br />

Oui, tout à fait. Lorsque nous avons créé l’association, nous avions pour<br />

but d’aider les portugais d’une façon générale mais, également, transmettre<br />

l’enseignement de notre culture et de notre langue aux plus jeunes. Nous<br />

avons concrétisé notre souhait - L’Institut Lusophone a été créé au sein de<br />

l’association où nous avons 4 professeurs, 170 élèves et la scolarité du niveau<br />

primaire jusqu’en terminale. Il y a aussi des cours pour les adultes, non seulement<br />

portugais, mais aussi français, et d’autres nationalités qui souhaitent<br />

apprendre le Portugais. Par exemple, cette année nous avons un élève qui<br />

vient du Zaïre.<br />

C’est un grand honneur pour notre association de recevoir des gens de nationalités<br />

différentes, avec l’envie d’apprendre le Portugais.<br />

Est-ce que l’Institut Lusophone enseigne d’autres langues ?<br />

Non. Nous enseignons seulement le Portugais, néanmoins, revenant à la<br />

crise survenue après l’année 2011 au Portugal, nous avons créé des cours<br />

pour enseigner le Français_ nous enseignons le Français parlé, pas le Français<br />

écrit, afin que les personnes qui viennent du Portugal puissent faire leurs<br />

premiers pas sur le territoire français et parvenir à résoudre les problèmes<br />

par eux-mêmes.<br />

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Pontault-Combault<br />

Desde o início da Associação vocês mantêm relações estreitas<br />

com a municipalidade de Pontault-Combault e têm um grande<br />

evento anual, em colaboração com a Mairie – é a grande festa<br />

franco-portuguesa…<br />

Sim, a festa franco-portuguesa é sempre realizada durante o fimde-semana<br />

de Pentecostes. Este ano, o fim-de-semana do Pentecostes<br />

será a 3 e 4 de junho. É preciso dizer que esta colaboração<br />

mútua é fundamental, porque sem a ajuda da Mairie não poderíamos<br />

realizar tudo isso. Actualmente, a Mairie ajuda-nos cada<br />

vez mais e esta festa é uma realidade da cidade de Pontault-Combault<br />

e da região parisiense, graças à Mairie e ao nosso trabalho<br />

igualmente.<br />

Esta festa decorre durante dois dias, com vários artistas…<br />

Sim, a festa começa no sábado, por volta das 18 horas e dura<br />

até à 1 hora da madrugada de domingo. No domingo começa<br />

às 10 horas e dura até às 20 horas. No sábado recebemos artistas<br />

que agradarão aos jovens e no domingo temos artistas que<br />

agradam mais aos mais velhos. Nós tentamos sempre receber<br />

1 ou 2 artistas franceses, porque trata-se não só de uma festa<br />

franco-portuguesa, mas pronta a receber as outras comunidades<br />

que vivem em Pontault-Combault e região de Paris.<br />

Qual é a média da afluência do público durante esta festa?<br />

A média do sábado à noite e do domingo, é de 20 000 a 25 000<br />

pessoas. Esta festa ao ar livre representa uma lufada de ar fresco,<br />

a nível financeiro, para a Associação, porque ela permite a sua<br />

sobrevivência, dado que temos vários encargos — 4 professores,<br />

1 animador cultural e outras despesas, uma parte paga pela<br />

Associação e outra paga pelos pais.<br />

Esta festa tem a particularidade de ter o acesso gratuito, não é?<br />

Exactamente, esta festa é gratuita desde 1985.<br />

De 1975 à 1985, a entrada para a festa era a pagar, mas depois<br />

fizemos um acordo com a Mairie, porque não queriam fechar o<br />

Parque, tratando-se de um Parque público e que deve permanecer<br />

aberto a toda a gente. A festa acolhe artistas formidáveis. Para<br />

os 40 anos da Associação, nós recebemos os “Xutos & Pontapés”,<br />

Tony Carreira, Zé Amaro, entre outros, porque a nossa festa recebe<br />

cerca de 10 artistas durante os dois dias.<br />

Para terminar, vamos falar deste protocolo de geminação que<br />

existe há alguns anos entre a cidade de Pontault-Combault e<br />

Caminha, em relação à qual a vossa Associação empenhou-se<br />

para que ela possa existir…<br />

Sim, é verdade. A nossa geminação com Caminha foi criada em<br />

1977. A nossa cidade foi a primeira cidade francesa a efectuar<br />

uma geminação com uma localidade portuguesa. Esta parceria foi<br />

possível porque os Presidentes de Câmara fizeram o seu trabalho,<br />

evidentemente, mas a nossa Associação foi a instigadora desta<br />

realidade. Depois da criação desta geminação, já tivemos vários<br />

intercâmbios e de maneiras diferentes. No principio, eram mais<br />

frequentes, e actualmente essas trocas diminuíram um pouco, porque<br />

as Câmaras mudam de Presidentes e outros contactos devem<br />

ser postos em prática, assim como novos métodos de trabalho.<br />

Ao nível dos intercâmbios, não há que cheguem, nomeadamente<br />

no que diz respeito às relações internacionais… deveriam ser<br />

mais numerosas. Este ano, só houve um intercâmbio – um atelier<br />

de fotografia, que foi posto em prática, mas com algumas<br />

dificuldades.<br />

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Pontault-Combault<br />

Depuis le début de l’association, vous maintenez des relations<br />

étroites avec la Mairie de Pontault-Combault et vous avez un grand<br />

évènement annuel, en collaboration avec la Mairie - c’est la grande<br />

fête franco-portugaise, n’est-ce pas?<br />

Oui, la fête franco-portugaise est toujours réalisée pendant le week-end de<br />

Pentecôte. Cette année, le week-end de Pentecôte sera le 3 et le 4 juin. Il faut<br />

dire que la collaboration mutuelle entre la Mairie de Pontault-Combault<br />

et notre association est fondamentale car sans la collaboration de la Mairie<br />

nous ne pourrions pas réaliser tout cela. Dès le début nous avons toujours eu<br />

le soutien de la Mairie et il y a des dizaines d’années c’était encore plus dur<br />

parce qu’il fallait tout faire. Actuellement, la Mairie nous aide de plus en<br />

plus et cette fête est une réalité dans la ville de Pontault-Combault et de la<br />

région parisienne, grâce à la Mairie et à notre travail, également.<br />

Cette fête se déroule pendant deux jours, lors du week-end de Pentecôte,<br />

avec plusieurs artistes, c’est bien cela ?<br />

Oui, la fête débute le samedi, vers 18h00 jusqu’à 01h00 du matin. Le dimanche,<br />

elle débute à 10h00 jusqu’à 20h00. Le samedi nous recevons des<br />

artistes qui plaîront plutôt aux jeunes et le dimanche, nous avons des artistes<br />

qui plaîront aux familles, du plus jeune au plus âgé. Nous essayons, aussi, de<br />

recevoir 1 ou 2 artistes français, car il s’agit non seulement d’une fête franco-portugaise,<br />

mais prête à recevoir les autres communautés, également, qui se<br />

trouvent dans la ville de Pontault-Combault et région parisienne.<br />

Quelle est l’affluence moyenne du public lors de la fête franco-portugaise<br />

de Pontault-Combault ?<br />

La moyenne du samedi soir et du dimanche après-midi tourne autour des 30<br />

000 personnes. Cette fête en plein air représente une bouffée d’air frais dans<br />

l’association, car elle nous permet de faire vivre l’association, parce que nous<br />

avons plusieurs charges — 4 professeurs, 1 animateur culturel et d’autres frais,<br />

dont une partie est payée par l’association et une autre par les parents. Cette<br />

fête est une bouffée d’air frais pour notre association au niveau financier.<br />

Cette fête a la particularité d’avoir l’accès gratuit, n’est-ce pas ?<br />

Exactement, cette fête est gratuite. Elle a toujours été gratuite depuis 1985.<br />

De 1975 à 1985, la fête était payante, mais ensuite nous avons fait un<br />

accord avec la Mairie car elle ne voulait pas fermer le Parc de la Mairie de<br />

Pontault-Combault, vu qu’il s’agit d’un parc public et qu’il doit rester ouvert<br />

à tout le monde. Donc, nous avons réalisé un accord avec celle-ci, qui s’est<br />

investi beaucoup plus pour notre fête, et depuis 1985 l’entrée est gratuite.<br />

Elle accueille des artistes formidables. Pour les 40 ans de l’association, nous<br />

avons reçu les “Xutos & Pontapés”, Tony Carreira, Zé Amaro, entre autres,<br />

car notre fête reçoit environ 10 artistes pendant les deux jours.<br />

Pour terminer, nous allons parler de ce protocole de jumelage qui<br />

existe depuis quelques années entre la ville de Pontault-Combault et<br />

la ville de Caminha, par rapport auquel votre association s’est engagée<br />

pour qu’il puisse exister, c’est bien cela ?<br />

Oui, c’est vrai. Notre jumelage avec la ville de Caminha a été créé en 1977.<br />

Notre ville a été la première ville française à effectuer un jumelage avec<br />

une ville portugaise. Ce partenariat a été possible car les Mairies des deux<br />

villes ont fait leur travail, bien évidemment, mais notre association a été<br />

l’instigatrice de cette réalité. Depuis la création de ce jumelage, nous avons<br />

déjà eu plusieurs échanges, de manières différentes. Au début, ils étaient plus<br />

fréquents, et actuellement ces échanges se sont un peu perdus car les Mairies<br />

changent de présidents et d’autres contacts doivent êtres mis en place, ainsi<br />

que les méthodes de travail.<br />

Le président de la Mairie de Caminha vient à la fête de Pontault-Combault<br />

et, lorsqu’il est sur la scène, il a devant lui environ 20/ 25 000 personnes qui<br />

viennent, pour la plupart, de la région du Minho, au Portugal.<br />

Au niveau des échanges, il n’y en a pas assez, notamment en ce qui concerne<br />

les relations institutionnelles...ils devraient être plus nombreux. Cette année,<br />

il y a eu seulement un échange - un atelier de photographie, qui a été mis en<br />

place, mais avec certaines difficultés.<br />

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