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PME Magazine - Edição 5 - Julho 2017

António Saraiva, presidente da CIP, é a figura de destaque da 5.ª edição da PME Magazine, que marca o primeiro aniversário da empresa. Leia na íntegra aqui.

António Saraiva, presidente da CIP, é a figura de destaque da 5.ª edição da PME Magazine, que marca o primeiro aniversário da empresa. Leia na íntegra aqui.

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JULHO <strong>2017</strong><br />

WWW.<strong>PME</strong>MAGAZINE.COM<br />

O que é afinal o Médio Oriente e quais as<br />

potencialidades deste mercado, tão caracterizado<br />

pelo Islão?<br />

Investir no estrangeiro não é tarefa fácil. Para além das<br />

típicas adversidades que qualquer empreendedor tem<br />

de enfrentar nos dias que correm, somam-se as<br />

dificuldades de compreensão que o próprio tem em<br />

inteleccionar o modus operandi de uma circunscrição<br />

territorial que nada tem, por vezes, a ver com a sua<br />

herança cultural e empresarial.<br />

Como se combate este fenómeno? Já Einstein dizia que:<br />

“O único local onde o sucesso vem antes do trabalho é no<br />

dicionário”. E, portanto, a primeira arma a usar é a labuta<br />

árdua, hostilizando a ignorância, através de acções que<br />

procurem conhecer o próximo e obter o máximo de<br />

informação, tendo em vista esse propósito.<br />

É preciso não esquecer que o Dubai, por exemplo, não<br />

é um mercado caracterizado apenas pela presença dos<br />

árabes, que são os nativos, mas também por um<br />

importante e numeroso grupo de trabalhadores e<br />

imigrantes de ascendência e origem asiáticas, donde<br />

relevam sobretudo os Indianos, Chineses,<br />

Paquistaneses, Filipinos.<br />

O desafio é, hoje, compreender o mundo global e, para<br />

compreender o Médio Oriente (MO), é preciso<br />

compreender o Islão. Propendemos para a ideia de que<br />

a religião não é um óbice na criação de perspectivas de<br />

negócio com o MO, no entanto, e no âmbito<br />

agro-alimentar, por exemplo, se pretendermos vender<br />

bebidas alcoólicas ou carne de porco para estes<br />

mercados, corremos o risco da inglória e de sermos<br />

considerados blasfemos.<br />

E não basta ler meia dúzia de trípticos feitos pelas<br />

agências de turismo que, legitimamente, procuram<br />

esclarecer o seu público-alvo ou inscrever-se na<br />

próxima missão empresarial da câmara de comércio<br />

mais próxima. É preciso estar no terreno, conviver com<br />

a realidade local, observar como realmente se fazem<br />

negócios naquelas geografias.<br />

Dito isto, qualquer empreendedor, quando desenvolve<br />

uma estratégia de expansão e de internacionalização,<br />

deve ter bem claro o mercado para que vai e as<br />

tradicionais questões do “Porquê? Para quê? Como?<br />

Onde? Quando?” devem ter um esboço de resolução<br />

claro, sob pena desta jornada não lograr êxito.<br />

É verdade que, nos dias de hoje, existe uma espécie de<br />

nomadismo empresarial, ainda que involuntário, que faz<br />

com que andemos a deambular além-fronteiras. À<br />

justa aspiração de qualquer empresário em fazer crescer<br />

o seu negócio, juntam-se a imposição do crescimento<br />

no ecossistema empresarial, a pequenez do globo<br />

actual, a escassez de oportunidades locais, por vezes,<br />

e a mudança de paradigmas inclusivamente nos<br />

transportes, que nos deixam o apetecível Dubai, outrora<br />

longínquo, cada vez mais à mão de semear.<br />

Acresce a isto, do ponto de vista cultural, que<br />

os Emiratis prezam muito a confiança nos negócios e é<br />

difícil criar laços de afectividade num simples encontro,<br />

sendo por isso indispensável que se faça um follow up e<br />

estreitamento de laços constantes.<br />

Por outro lado, é preciso, naturalmente, ter boas ideias<br />

dado que o povo é atento e sensível a estas e primar pela<br />

singularidade pois tudo o que de melhor existe e se<br />

inventa já lá está, fruto da magia e espírito do povo,<br />

próprios daquele local.<br />

Se a esta ideias juntarmos a atitude de compromisso e a<br />

resiliência, qualidades inegáveis que qualquer<br />

empreendedor terá de ter, temos, pois, a receita ideal<br />

para expandir o seu negócio para o Médio Oriente, com<br />

amplo sucesso.<br />

The sky ‘s the limit! Bons negócios!<br />

**Nota: este artigo foi escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico<br />

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