You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Mercado<br />
Laboratórios ampliam investimento<br />
em medicamentos sem prescrição<br />
Empresas como Aché e EMS têm intenção <strong>de</strong> aumentar portfólio <strong>de</strong>sses<br />
produtos para os quais é liberada a realização <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no Brasil<br />
Suzi Cavalari<br />
Com a possível ampliação,<br />
por parte da Anvisa (Agência<br />
Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária),<br />
da lista <strong>de</strong> medicamentos<br />
isentos <strong>de</strong> prescrição (MIP)<br />
po<strong>de</strong> haver incremento significativo<br />
na publicida<strong>de</strong> já em<br />
2018, uma vez que é permitida<br />
a propaganda <strong>de</strong>sses produtos.<br />
Laboratórios como Aché e EMS<br />
<strong>de</strong>vem focar suas estratégias<br />
<strong>de</strong> crescimento na categoria.<br />
Hoje o mercado <strong>de</strong> MIP representa<br />
22% do faturamento da<br />
indústria farmacêutica brasileira,<br />
com quase R$ 17 bilhões movimentados<br />
no ano passado, <strong>de</strong><br />
acordo com a Interfarma (Associação<br />
da Indústria Farmacêutica<br />
<strong>de</strong> Pesquisa). Um exemplo da<br />
força do segmento é o mexicano<br />
Genomma, maior anunciante do<br />
Brasil, com quase R$ 4 bilhões<br />
(tabela cheia, sem <strong>de</strong>scontos)<br />
aportados em mídia em 2016,<br />
segundo a Kantar Ibope Media.<br />
Paulo Nigro, presi<strong>de</strong>nte do<br />
Aché, uma das maiores farmacêuticas<br />
do país, assumiu o cargo<br />
em 2014 com o objetivo <strong>de</strong>,<br />
até 2020, dobrar o faturamento<br />
da companhia, que gira em torno<br />
<strong>de</strong> R$ 6 bilhões, com meta<br />
<strong>de</strong> manter esse ritmo a cada<br />
cinco anos até 2030. Para tanto,<br />
um <strong>de</strong> seus focos são os MIPs,<br />
que representam somente 5%<br />
da receita atual da fabricante,<br />
<strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> marcas como Sorine,<br />
Biofenac e Flogoral.<br />
A expectativa da indústria é<br />
<strong>de</strong> que, no próximo ano, a nova<br />
regulamentação libere mais 30<br />
categorias <strong>de</strong> medicamentos<br />
para comercialização sem receita<br />
médica. Carlos Sanchez,<br />
presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
do Grupo NC, <strong>de</strong>tentor<br />
da EMS, crê na medida<br />
para <strong>de</strong>senvolver o segmento<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua companhia, que,<br />
segundo ele, está bem aquém<br />
do potencial, com apenas 3% da<br />
receita. A projeção é <strong>de</strong> chegar a<br />
15% já em 2018.<br />
Paulo Nigro, presi<strong>de</strong>nte do laborátorio Aché e do Li<strong>de</strong> Esportes: “Nosso foco <strong>de</strong> crescimento acelerado está no MIP”<br />
A expectAtivA dA<br />
indústriA é A <strong>de</strong><br />
que, no próximo<br />
Ano, A novA<br />
regulAmentAção<br />
libere mAis 30<br />
cAtegoriAs <strong>de</strong><br />
medicAmentos<br />
pArA<br />
comerciAlizAção<br />
sem receitA médicA<br />
“Nosso foco <strong>de</strong> crescimento<br />
acelerado está no MIP, estamos<br />
investindo na complementação<br />
do nosso portfólio porque não<br />
atuamos em todas as classes terapêuticas.<br />
Além disso, vamos<br />
fortalecer a área <strong>de</strong> nutracêuticos<br />
(nutrientes que agem como<br />
remédio), cosmecêuticos, alimentos<br />
funcionais, probióticos,<br />
mais ligados à prevenção”,<br />
afirmou Nigro, em entrevista ao<br />
PROPMARK durante o Fórum<br />
da Saú<strong>de</strong> e Bem-estar, promovido<br />
pelo Li<strong>de</strong> (Grupo <strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>res<br />
Empresariais), na semana<br />
passada, em São Paulo.<br />
“O bônus <strong>de</strong>mográfico brasileiro<br />
nos fez rever nossos<br />
negócios”, afirma. No ano passado,<br />
o Aché comprou a Nortis<br />
(PR), empresa <strong>de</strong> antibióticos,<br />
além <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> isentos<br />
<strong>de</strong> prescrição e nutracêuticos.<br />
Adquiriu, ainda, o gaúcho Tiaraju,<br />
voltado à produção <strong>de</strong><br />
fitoterápicos. O Aché tem 326<br />
Divulgação<br />
marcas em 804 apresentações<br />
<strong>de</strong> medicamentos, produzidos<br />
nos três complexos industriais:<br />
Guarulhos (SP), São<br />
Paulo (SP) e Londrina (PR) e<br />
participação na Melcon e na<br />
Bionovis, joint-venture <strong>de</strong>dicada<br />
ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
biotecnológicos.<br />
Em <strong>de</strong>zembro último, a empresa<br />
anunciou aporte <strong>de</strong> R$<br />
500 milhões para construção<br />
<strong>de</strong> uma fábrica e um CD na região<br />
metropolitana <strong>de</strong> Recife<br />
(PE). De acordo com Nigro, a<br />
marca ganhou 0,7% <strong>de</strong> share<br />
em medicamento sob prescrição<br />
e cresceu 20% em 2016.<br />
Ainda segundo o executivo, no<br />
acumulado até maio <strong>de</strong>ste ano,<br />
a empresa cresceu 16% em relação<br />
ao mesmo período do ano<br />
anterior. Em janeiro, lançou<br />
o e-commerce <strong>de</strong> <strong>de</strong>rmocosméticos<br />
e funcionais. O Aché<br />
é atendido pelas agências Asa,<br />
RaeMP e TV1, entre outras.<br />
<strong>12</strong> <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> - jornal propmark