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4 Jornal da Bairrada
3 | agosto | 2017
praçapública
Jornal da Bairrada vai de férias
À semelhança dos anos anteriores,
a redação do Jornal da Bairrada estará
de férias na última quinzena de agosto,
pelo que, este mês, só haverá jornal nos
dias 3 e 10 de agosto. Depois disso, retomaremos
no dia 31 de agosto.
Esta é uma altura do ano que muito
nos apraz, pela visita sempre agradável
dos nossos emigrantes. Passam
pela nossa redação, aproveitando também
a ocasião para pôr em dia o pagamento
da sua assinatura do Jornal da
Bairrada. Aproveitamos para lhes desejar,
bem como a todos os nossos assinantes,
anunciantes, leitores e amigos,
umas ótimas férias.
Convidamos também os nossos leitores
e amigos a marcar presença na III
Gala de Mérito do Concelho de Oliveira
do Bairro. No próximo dia 26 de agosto,
Dia da Cidade, voltamos a reconhecer o
mérito, o talento, o esforço, o empreendedorismo,
a solidariedade no concelho
onde estamos sediados. Pelo terceiro
ano consecutivo, iremos premiar dez
personalidades ou entidades do concelho
(naturais, residentes ou que, não
sendo daqui, tenham feito algo meritório
por este concelho), naquela que
será a III Gala de Mérito do Concelho
de Oliveira do Bairro, organizada pelo
Jornal da Bairrada. Uma iniciativa possível
também graças ao apoio da Câmara
Municipal.
Vamos entregar dez galardões, nas
categorias de Cultura, Educação e Ciência,
Desporto, Jovem Talento, Cidadania,
Carreira, Associativismo, Empreendedorismo,
Inovação e Made in
Oliveira do Bairro.
Os galardoados vão subir ao palco do
Quartel das Artes Dr. Alípio Sol no dia
26 de agosto, a partir das 21h.
A entrada é livre, mas sujeita a confirmação.
Poderá fazê-lo até 22 de agosto, através
do telefone 234 732 123 ou do e-mail
quarteldasartes@cm-olb.pt. Até lá!
Opinião
Não há campeões antecipados
Manuel Armando
Padre
Não havendo campeões
antecipados, e também
não podendo sê-lo todos
ao mesmo tempo, há
que activar as forças
da responsabilidade e
da vontade que correspondam
ao esforço e
coragem de alguém que
assume o encargo de
apresentar os frutos da
sua entrega à comunidade,
mesmo que alcançados
por intermédio
do empenho essencial
daqueles a quem justamente
paga um salário.
Bem entendemos que, para alguém
chegar ao topo de qualquer empreendimento
na vida, é preciso partir-se
sempre de uma base sólida e consistente.
E esse alicerce fundamental é a vontade,
devendo ser ela forte e conscientemente
teimosa a fim de, assim, alcançar
os objectivos sonhados
A garra da convicção remove uma
grande gama de obstáculos e supera,
em muito, as circunstâncias das deficiências
humanas naturais.
E não vale a pena apregoar-se um
triunfo como certo, se ainda o prélio
nem sequer começou.
Habitualmente, vitórias pré-anunciadas
redundam, quase sempre, em
rotundos fracassos sem hipóteses de
regressão.
Todos ouvimos, estou ciente disso,
dos nossos pais e professores que,
para “sermos” homens (ou mulheres)
num estado adulto produtivo, deveríamos,
desde cedo, cavar as fundações
com o estudo, a interajuda, o respeito
recíproco e objectivos práticos ou
concretamente delineados sobre metas
possíveis e executáveis.
É que a vida, ainda que pareça, não
se compadece em assemelhar-se a um
jogo de azar ou de cruzes em quadrículas,
onde se depositam as esperanças
de acertar.
O cume da escada supõe a subida
dos degraus iniciais e ainda dos intermédios.
Não há saltos quantitativos
nem qualitativos. Exige-se, sim, o
escalar das sucessões gradativas que
presumem um conhecimento adiantado
sobre as dificuldades a aceitar
e a ultrapassar com trabalho tenaz e
promissor.
Os molengas ou os antecipadamente
convencidos jamais chegarão ao
cume.
Uma bazófia carrega mais que toda
a humildade. Esta despoja-se de tudo
e torna-se mais ágil, enquanto a prosápia
se enche de vaidades que, facilmente,
fazem tropeçar as ditas boas
intenções.
“Quem não trabuca não manduca”,
diz a sabedoria sentenciosa popular,
isto é, aquele que espera que os êxitos
de vida sejam meteoritos caídos do
céu, omitindo o empenhamento pessoal
dinâmico, deve dar-se por derrotado
e inapelavelmente falhado.
É um dado comprovado que as
grandes empresas, e mesmo as pequenas,
foram gizadas com muitas
meditações, prudência e adequada
governação das economias de uma
inteligência ponderada.
Como aconselha a Sagrada Escritura:
«Quem dentre vós, querendo construir
uma torre, não se senta primeiro
para calcular a despesa e ver se tem
com que a concluir? (…)
Ou qual é o rei que parte para a
guerra contra outro rei e não se senta
primeiro para examinar se lhe é possível
com dez mil homens opor-se àquele
que vem contra ele com vinte mil?»
(Lc.14/28.31)
Estas são como que orientações claras,
certamente já experimentadas
por todos aqueles que porfiam atingir
o auge das suas carreiras e boas
ambições.
Parece-me bastante oportuno ajuizar
determinadas afirmações de responsáveis
dalgumas agremiações
desportivas, com a pronúncia de um
clubismo exacerbado, verdadeiro – ou
até não – que anunciam convictamente
– ou também não – a auréola final
sobre a cabeça dos seus súbditos, sem
que estes tenham, sequer, iniciado a
caminhada longa e difícil da competição
cujo resultado último é sempre
uma incógnita.
Com tal atitude, no término da caminhada
infrutífera, não lhes resta outra
alternativa diferente do que sejam
as desculpas esfarrapadas pelos azares
e afins, esquecendo que teria sido
preciso e melhor ensinar, exigindo,
uma noção das responsabilidades na
entrega ao trabalho abnegado e grato.
Não havendo campeões antecipados,
e também não podendo sê-lo
todos ao mesmo tempo, há que activar
as forças da responsabilidade e da
vontade que correspondam ao esforço
e coragem de alguém que assume o
encargo de apresentar os frutos da sua
entrega à comunidade, mesmo que alcançados
por intermédio do empenho
essencial daqueles a quem justamente
paga um salário.
E mais não se irá reclamar.
Texto escrito ao abrigo do anterior acordo
ortográfico, por vontade expressa do autor
Fundadores
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Manuel O. Silvestre, Manuel Caetano da
Rosa, Manuel F.B. Sousa, Manuel Santos
Vieira, Manuel dos Santos Pereira,
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