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Jornal Paraná Setembro 2017

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OPINIÃO<br />

Setor sucroenergético<br />

gera empregos e renda<br />

Brasil é o país que mais proporciona postos de trabalho na<br />

indústria de biocombustíveis, com aproximadamente 1,7 milhão<br />

Welson Gasparini (*)<br />

Levantamento mostra o<br />

Brasil como o país<br />

que mais proporciona<br />

empregos na indústria<br />

de biocombustíveis. Com<br />

aproximadamente 1,7 milhão<br />

de postos de trabalho gerados<br />

em 2016, mais de um terço<br />

deles (613 mil) no setor sucroenergético<br />

brasileiro. A indústria<br />

de biocombustíveis<br />

líquidos fica atrás somente da<br />

energia solar, que registrou<br />

3,1 milhões de empregados,<br />

e supera as fontes hidrelétricas<br />

(1,5 milhão nas grandes<br />

usinas), eólica (1,1 milhão),<br />

biogás (333 mil) e geotérmica<br />

(182 mil).<br />

Em declarações recentes, o<br />

diretor Executivo da União da<br />

Indústria de Cana-de-Açúcar<br />

(Unica), Eduardo Leão de<br />

Sousa - comentando esse<br />

dado específico - cita os benefícios<br />

sociais oriundos da<br />

produção de etanol no País,<br />

destacando o compromisso<br />

da indústria canavieira com a<br />

melhoria da qualidade do emprego<br />

no setor.<br />

“Dados da Relação Anual de<br />

Informações Sociais do Ministério<br />

do Trabalho demonstram<br />

que nos últimos dez<br />

anos houve um incremento<br />

de 70% nos salários pagos<br />

aos trabalhadores do segmento,<br />

descontando a inflação.<br />

Já a taxa de analfabetismo<br />

caiu 63,6%, enquanto<br />

o índice de pessoas<br />

formadas no ensino médio<br />

cresceu 472,1%”, afirma o<br />

executivo.<br />

Já a IRENA, agência internacional<br />

para as energias renováveis,<br />

em seu relatório, registra<br />

um aumento na contratação<br />

de mão de obra para o<br />

mercado de energias renováveis,<br />

principalmente desde<br />

2012. De lá para cá, cerca de<br />

2,8 milhões de novos trabalhadores<br />

foram admitidos<br />

neste mercado. Segundo análise<br />

da agência, a “redução<br />

dos custos e adoção de políticas<br />

favoráveis estimularam<br />

os investimentos e o emprego”.<br />

Para 2030, a projeção<br />

é de que as fontes alternativas<br />

empreguem até 24 milhões de<br />

pessoas.<br />

Nos últimos dez anos houve<br />

um incremento de 70% nos<br />

salários pagos aos<br />

trabalhadores do segmento,<br />

descontando a inflação.”<br />

Segundo esse documento, o<br />

Brasil é o país que mais proporciona<br />

empregos na indústria<br />

mundial de biocombustíveis,<br />

com 783 mil vagas<br />

geradas no ano passado<br />

sendo seguido, nesse ranking,<br />

pelos EUA (283 mil trabalhadores),<br />

União Europeia<br />

(93 mil), Indonésia (154,3<br />

mil), Tailândia (97 mil), Colômbia<br />

(85 mil), Malásia<br />

(52,5 mil), China (51 mil), Filipinas<br />

(42,4 mil) e Índia (35<br />

mil).<br />

Grande parte das vagas vem<br />

da atividade agrícola, especificamente<br />

dos processos de<br />

plantio à colheita das matérias<br />

primas usadas na produção<br />

de etanol e biodiesel: o restante<br />

se encontra na fabricação<br />

propriamente dita dos<br />

biocombustíveis ou em serviços<br />

de construção/manutenção<br />

de instalações industriais.<br />

Trata-se, numa época tão difícil<br />

quanto a atualmente enfrentada<br />

pelo Brasil, com o<br />

desemprego sendo um fardo<br />

indesejável para mais de 14<br />

milhões de brasileiros, de<br />

um fato positivo porque<br />

mostra a pujança de um setor<br />

que gera emprego, renda<br />

e ajuda a promover a paz<br />

social.<br />

Além, claro, dos benefícios<br />

para o próprio meio ambiente<br />

gerados por uma energia renovável<br />

e não poluente, de<br />

origem biológica e não fóssil<br />

fabricada, em escala comercial,<br />

a partir de produtos agrícolas<br />

como cana-de-açúcar,<br />

mamona, soja, canola, babaçu,<br />

mandioca, milho e beterraba.<br />

(*) Welson Gasparini é deputado<br />

estadual (PSDB), advogado<br />

e ex-prefeito de Ribeirão<br />

Preto<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


SAFRA<br />

Colheita avança,<br />

mas ainda está atrasada<br />

Sem chuvas nas três últimas quinzenas, as usinas trabalham sem paradas<br />

e já se aproximam da metade do volume total esperado para o ano<br />

MARLY AIRES<br />

Com a safra paranaense<br />

praticamente<br />

chegando à metade,<br />

com 46,9% dos<br />

36.762.900 toneladas de<br />

cana-de-açúcar esperadas<br />

para este ano, a colheita acelera<br />

com a falta de chuva nas<br />

últimas três quinzenas, segundo<br />

o presidente da Alcopar,<br />

Miguel Tranin. Pela primeira<br />

vez nesta safra, o volume total<br />

esmagado no último mês foi<br />

maior do que no mesmo período<br />

do ano passado, mas no<br />

acumulado da safra os números<br />

ainda são menores do que<br />

os do ano passado na mesma<br />

época.<br />

Até o dia 1 de agosto tinham<br />

sido esmagadas 17,255 milhões<br />

de toneladas de cana-deaçúcar,<br />

16,6% a menos do que<br />

no dia 1 de agosto do ano passado,<br />

quando as usinas paranaenses<br />

já tinham processado<br />

20,681 milhões de toneladas.<br />

Na última quinzena foram esmagados<br />

3,520 milhões de toneladas<br />

9,7% a mais do que na<br />

mesma quinzena no ano passado,<br />

quando chegou a 3,209<br />

milhões.<br />

As chuvas no início da safra<br />

atrapalharam o ritmo de colheita<br />

de cana-de-açúcar no<br />

<strong>Paraná</strong>, sendo que a diferença<br />

entre a safra atual e a anterior,<br />

no mesmo período, chegou a<br />

58,4% a menos em maio. Também,<br />

a colheita este ano começou<br />

mais tarde do que normalmente<br />

ocorre no Estado,<br />

com cerca de 20 dias de atraso,<br />

no final de fevereiro, e a<br />

maior parte das unidades só<br />

iniciou o processamento a partir<br />

de abril, daí o atraso no andamento<br />

das operações, explica<br />

Tranin.<br />

PRODUTOS - Foram industrializadas,<br />

até o dia 1 de<br />

agosto, 1,296 milhão de toneladas<br />

de açúcar, 10,8% a<br />

menos que no mesmo período<br />

da safra passada, quando<br />

tinham sido produzidas 1,453<br />

milhões de toneladas, afirma<br />

o presidente da Alcopar. A expectativa<br />

é fechar a safra com<br />

2,848 milhões de toneladas<br />

de açúcar, utilizando 59,46%<br />

da cana disponível para a sua<br />

fabricação.<br />

Como normalmente acontece<br />

no <strong>Paraná</strong>, as usinas aproveitaram<br />

o período mais seco, que<br />

favorece um maior acúmulo de<br />

açúcar na matéria-prima, para<br />

produzir açúcar, visando também<br />

atender aos contratos já<br />

firmados. Foram destinados até<br />

o momento 59,25% da matéria<br />

prima para a produção da commodity.<br />

A média obtida na segunda<br />

quinzena de julho foi de<br />

142,57 kg de ATR (Açúcar Total<br />

Recuperável) por tonelada de<br />

cana, enquanto a média anual<br />

espera-se que feche em<br />

136,20 kg ATR/t cana.<br />

ETANOL - Já no caso da produção<br />

de etanol total, diz Tranin,<br />

esta soma 539,39 milhões<br />

de litros no período, 21,9% a<br />

menos que mesma data do ano<br />

anterior (691 milhões de litros).<br />

Deste total, 264,8 milhões de litros<br />

são de etanol anidro e<br />

274,56 milhões são de hidratado.<br />

A previsão é de fechar a safra<br />

com 1,176 bilhão de litros,<br />

sendo 630,540 milhões de hidratado<br />

e 545,794 milhões de<br />

anidro. O percentual destinado<br />

à produção de anidro tem sido<br />

maior do que normalmente<br />

ocorre, por conta de compromissos<br />

assumidos e por apresentar<br />

melhor remuneração.<br />

46,9%<br />

é o percentual<br />

de cana<br />

esmagado até o<br />

dia 1 de agosto<br />

16,6%<br />

é quanto o<br />

Estado colheu a<br />

menos em relação<br />

ao ano anterior<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 3


PARANÁ<br />

Escassez de trabalhadores<br />

acelera mecanização<br />

Setor está capacitando a mão de obra para absorvê-la em outros setores das indústrias<br />

ROGÉRIO RECCO<br />

Aredução da oferta de<br />

trabalhadores, observada<br />

nos últimos anos<br />

em praticamente todas<br />

as atividades rurais no <strong>Paraná</strong>,<br />

impulsionou a colheita<br />

mecanizada de cana-de-açúcar.<br />

Segundo a Associação de Produtores<br />

de Bioenergia do <strong>Paraná</strong><br />

(Alcopar), que congrega<br />

26 indústrias, o percentual médio<br />

atual de lavouras colhidas<br />

com máquinas varia de 60 a<br />

65%. Em regiões planas, mais<br />

propícias a operação dos equipamentos,<br />

o índice chega a<br />

80%. Já em áreas acidentadas,<br />

o emprego de máquinas ainda<br />

enfrenta limitações.<br />

De acordo com a entidade, a<br />

cana está presente na economia<br />

de cerca de 140 municípios<br />

paranaenses, havendo a<br />

maior concentração de lavouras<br />

na região de Umuarama,<br />

noroeste do estado. No total,<br />

são 645 mil hectares de cana<br />

no <strong>Paraná</strong>, dos quais cerca de<br />

415 mil mecanizáveis. Somando<br />

o efetivo empregado no<br />

campo e nas indústrias, o segmento<br />

responde por aproximadamente<br />

40 mil postos de<br />

trabalho diretos.<br />

ATÉ DO NORDESTE - Com a<br />

diminuição da mão de obra, a<br />

2030<br />

é o prazo para<br />

que todas as<br />

áreas de cana<br />

sejam colhidas<br />

sem despalha<br />

única solução para as empresas<br />

tem sido a mecanização,<br />

explica o presidente da Alcopar,<br />

Miguel Rubens Tranin. “As<br />

empresas se obrigam a recorrer<br />

a cidades cada vez mais<br />

distantes, no seu entorno, para<br />

conseguir a quantidade de<br />

trabalhadores que necessitam<br />

e, para algumas, se faz necessário<br />

continuar contratando<br />

mão de obra trazida do<br />

Nordeste brasileiro, o que<br />

acaba ficando muito oneroso<br />

e insustentável”, afirma.<br />

CAPACITAÇÃO - Tranin acrescenta<br />

que diante da diminuição<br />

da mão de obra e o processo<br />

irreversível de mecanização, o<br />

setor passou a capacitar essa<br />

mão de obra para absorvê-la<br />

O percentual médio atual de lavouras colhidas com máquinas varia de 60 a 65% no <strong>Paraná</strong><br />

tanto na operação de máquinas<br />

quanto em outras atividades, no<br />

interior das indústrias.<br />

Por outro lado, ressalta o presidente,<br />

mesmo que não houvesse<br />

a falta de trabalhadores,<br />

o setor determinou-se a investir<br />

na capacitação desse pessoal,<br />

preparando-o para aproveitar<br />

oportunidades que surgem nas<br />

empresas “e possibilitar que<br />

eles e suas famílias busquem<br />

melhor qualidade de vida”.<br />

Como reflexo disso, atualmente<br />

já é comum encontrar<br />

ex-cortadores trabalhando – e<br />

construindo uma carreira profissional<br />

– nos mais diferentes<br />

setores das indústrias bioenergéticas.<br />

Corte manual<br />

é inviável<br />

O cortador de cana é uma categoria com data para expirar<br />

no <strong>Paraná</strong>. O decreto estadual 10068/14 editado em<br />

6 de fevereiro de 2014, estabeleceu prazos e procedimentos<br />

para a adequação ambiental de usinas, no qual,<br />

entre outros itens, foi fixado um cronograma para o término<br />

gradativo da queima controlada da cana. A chamada<br />

despalha - a eliminação, pelo fogo, da quantidade<br />

natural de palha que reveste as plantas - é praticada para<br />

facilitar o corte manual.<br />

Desde o final de 2015, de acordo com o decreto, 20%<br />

dos canaviais já não podem ser queimados e, até 31 de<br />

dezembro de 2020, o percentual deverá subir para 60%,<br />

completando ao término de 2025 a totalidade da área mecanizável<br />

plantada com a lavoura e, em 2030, a não-mecanizável.<br />

4<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


USINA<br />

Santa Terezinha recebe prêmio<br />

Cidade Gaúcha é reconhecida por projeto que otimiza a captação<br />

e tratamento da água usada em processos industriais<br />

DA ASSESSORIA<br />

DE COMUNICAÇÃO<br />

AUnidade Cidade Gaúcha<br />

da Usina Santa<br />

Terezinha foi reconhecida<br />

com os prêmios<br />

ROE (Return on Environment)<br />

e PNP (Proof not<br />

Promises), concedidos pela<br />

GE Water & Process Technologies,<br />

divisão da General<br />

Electric, empresa especializada<br />

em tratamento de águas<br />

e processos industriais.<br />

A premiação valida projetos<br />

que geram economia por<br />

meio de soluções inovadoras<br />

e homenageia parceiros<br />

que atingem um equilíbrio<br />

positivo entre os desafios<br />

ambientais e as demandas<br />

industriais.<br />

O PNP foca no cumprimento<br />

de metas e melhorias que trazem<br />

benefícios financeiros e<br />

operacionais. Já o ROE, reconhece<br />

a redução do uso de<br />

recursos hídricos e do consumo<br />

de produtos químicos<br />

no tratamento de água, que<br />

consequentemente levam a<br />

diminuição dos impactos ambientais<br />

nos processos industriais.<br />

A premiação, valida projetos que geram ganhos financeiros e ambientais por meio de soluções inovadoras<br />

Entre 2014 e 2016, foram realizadas<br />

mudanças nos processos<br />

de captação e tratamento<br />

hídrico, que geraram<br />

uma economia de 6.676.868<br />

m³ de água captada de poços<br />

e rios, além de uma redução<br />

de 6.109.102 m³ no volume<br />

de águas residuárias. A otimização<br />

desses processos levou<br />

ainda a redução do consumo<br />

de energia de cogeração<br />

utilizada nas operações<br />

industriais.<br />

Os dois prêmios certificam o<br />

ótimo trabalho da equipe da<br />

unidade, além de endossar o<br />

compromisso da Usina Santa<br />

Terezinha com o desenvolvimento<br />

de estratégias sustentáveis.<br />

Com essa conquista,<br />

o projeto desenvolvido pela<br />

Unidade Cidade Gaúcha se<br />

habilita para concorrer ao<br />

Ecomagination Leadership<br />

Award, um reconhecimento a<br />

projetos com elevado impacto<br />

financeiro, ambiental e<br />

estratégico em nível mundial,<br />

também concedido pela GE<br />

Water & Process Technologies.<br />

A premiação ROE e PNP já foi<br />

concedida, em anos anteriores,<br />

para projetos das unidades<br />

de Tapejara e de Paranacity,<br />

sendo esta última também<br />

ganhadora do Ecomagination<br />

Leadership Award.<br />

A Usina Santa Terezinha é<br />

composta pelo corporativo e<br />

o terminal logístico – em Maringá,<br />

o terminal rodoferroviário<br />

em Paranaguá, e as onze<br />

unidades produtivas em Iguatemi,<br />

Paranacity, Tapejara,<br />

Ivaté, Terra Rica, São Tomé,<br />

Cidade Gaúcha, Rondon,<br />

Umuarama e Moreira Sales,<br />

no <strong>Paraná</strong>, e Usina Rio <strong>Paraná</strong>,<br />

no Mato Grosso do Sul.<br />

A empresa conta com mais<br />

de 16 mil colaboradores nos<br />

setores agrícola, industrial e<br />

administrativo.<br />

6<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Relatório de Sustentabilidade é publicado<br />

Usina Santa Terezinha lançou o seu Relatório<br />

de Sustentabilidade 2016, produzido<br />

de acordo com as diretrizes G4 da<br />

organização holandesa GRI (Global Reporting<br />

Initiative) e os Princípios do<br />

Pacto Global e Metas do Milênio - ODS<br />

(Objetivos de Desenvolvimento Sustentável),<br />

ambas iniciativas da ONU (Organização<br />

das Nações Unidas).<br />

O objetivo é apresentar, de forma transparente,<br />

o desempenho gradativo da<br />

empresa na gestão para a sustentabilidade.<br />

O primeiro relatório da usina foi<br />

publicado em 2010, no qual prestou<br />

contas publicamente sobre as suas práticas<br />

de gestão socioeconômica e ambiental<br />

em uma visão integrada, agregando<br />

mais credibilidade junto aos seus<br />

públicos de relacionamento.<br />

A empresa continuou compartilhando<br />

seus desafios na consolidação da sustentabilidade<br />

de seu negócio. Dois anos<br />

depois, a Santa Terezinha evoluiu seus<br />

processos de governança corporativa<br />

e publicou o seu primeiro relatório baseado<br />

também nos 10 Princípios do<br />

Pacto Global, tornando o relatório anual<br />

uma Comunicação de Progresso, publicado<br />

no site internacional do Pacto<br />

Global.<br />

Em 2015, a empresa lançou o seu Relatório<br />

de Sustentabilidade já focado na<br />

transição para a versão G4 das diretrizes<br />

GRI e nas Metas do Milênio - ODM (Objetivos<br />

de Desenvolvimento do Milênio).<br />

Em 2016, a Santa Terezinha atualizou as<br />

Metas do Milênio para ODS, de acordo<br />

com o seu processo de materialidade<br />

por meio de consultas dos públicos: interno<br />

e externo. Esses ODS constituem<br />

num plano de ação mundial a favor de<br />

cinco grandes áreas: Pessoas, Planeta,<br />

Paz, Prosperidade e Parcerias.<br />

O relato reúne dados das 10 unidades<br />

produtivas no <strong>Paraná</strong> e uma no Mato<br />

Grosso do Sul, Corporativo e terminais<br />

logísticos da empresa, concentrando os<br />

impactos econômicos, sociais e ambientais.<br />

Com versões online e impressa,<br />

em português e inglês, esse documento<br />

é uma das principais ferramentas<br />

de posicionamento da empresa<br />

no mercado, comunicando sua performance<br />

aos seus públicos de relacionamento,<br />

como parceiros de negócios e<br />

comunidades de entorno.<br />

Os relatórios digitais de sustentabilidade<br />

da usina (2010 a 2016) foram acessados<br />

mais de 50 mil vezes durante o período<br />

de sete anos, por meio do site www.usacucar.com.br.<br />

E o relatório 2015 recebeu<br />

leitores de 55 países diferentes, sendo os<br />

mais visitantes: Brasil, Estados Unidos da<br />

América, Índia e Reino Unido.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 7


INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA<br />

O PELT é um projeto<br />

estratégico de estado<br />

Plano apresenta 99 importantes obras e ações para o <strong>Paraná</strong> até 2035,<br />

tendo o objetivo de mostrar os gargalos e indicar possíveis soluções<br />

OPlano Estadual de<br />

Infraestrutura e<br />

Transportes (PELT),<br />

que lista 99 importantes<br />

obras e ações para o<br />

<strong>Paraná</strong> até 2035, foi lançado<br />

oficialmente pela Fiep no mês<br />

de julho e apresentado em todas<br />

as regiões do estado, a<br />

seguir. A iniciativa foi realizada<br />

em parceria com outras<br />

19 entidades paranaenses da<br />

sociedade civil com o objetivo<br />

de mostrar os gargalos<br />

dos setores de transporte, logística<br />

e infraestrutura e indicar<br />

possíveis soluções. O documento<br />

contém obras prioritárias<br />

nos modais rodoviário,<br />

hidroviário, aeroviário e<br />

ferroviário. Em Maringá, o<br />

lançamento contou com a<br />

presença do vice-presidente<br />

do Sistema Fiep e presidente<br />

da Alcopar, Miguel Rubens<br />

Tranin.<br />

“Historicamente, o <strong>Paraná</strong><br />

não tem feito este planejamento<br />

a longo prazo. O PELT<br />

2035 é uma contribuição da<br />

sociedade civil organizada<br />

Monitoramento<br />

Após o lançamento do PELT 2035, a Fiep e as demais<br />

entidades envolvidas na iniciativa vão monitorar<br />

a realização e o andamento das obras previstas no documento.<br />

As informações serão divulgadas nos sites<br />

de cada instituição.<br />

O plano também será entregue para parlamentares paranaenses<br />

e órgãos públicos estaduais e federais, como<br />

Secretarias Estaduais, Ministérios dos Transportes, Portos<br />

e Aviação Civil, Agências Reguladoras, DER, DNIT,<br />

órgãos de licenciamento ambiental, Ministério Público,<br />

Tribunal de Contas do Estado do <strong>Paraná</strong> e Tribunal de<br />

Contas da União, entre outros.<br />

neste sentido. O trabalho contou<br />

com a contribuição de<br />

mais de 500 pessoas, incluindo<br />

representantes dos<br />

governos estadual e federal”,<br />

explica secretário executivo<br />

do Conselho de Infraestrutura<br />

da Fiep, João Arthur Mohr.<br />

Das 99 obras citadas no PELT<br />

2035, 60% estão no modal<br />

rodoviário; 15% no Porto de<br />

Paranaguá; 15% no modal<br />

aeroviário; e 10% em ferrovias.<br />

São 61 obras no modal rodoviário,<br />

visando melhorar o<br />

escoamento das cargas,<br />

adequar a capacidade das<br />

estradas e aumentar a segurança<br />

nas rodovias. As obras<br />

contemplam diferentes<br />

áreas, como duplicação,<br />

criação de terceiras faixas e<br />

separação dos tráfegos nos<br />

A ferrovia existente é antiga e está no seu limite de capacidade<br />

trechos urbanos, entre outras.<br />

A listagem abrange obras em<br />

rodovias federais que cortam<br />

o <strong>Paraná</strong> (9 ações), rodovias<br />

estaduais (18), trechos urbanos<br />

(15) e trechos já concessionados<br />

(19). O documento<br />

mostra que existe uma necessidade<br />

de não apenas melhorar<br />

o fluxo tradicional no<br />

estado, entre oeste e leste,<br />

mas também favorecer o<br />

fluxo norte e sul. Uma das<br />

consequências disto seria,<br />

por exemplo, uma facilitação<br />

para ampliar a atuação paranaense<br />

no mercado interno e<br />

em regiões compradoras.<br />

“No caso das rodovias, a<br />

proposta é executar as obras<br />

a partir de Parcerias Público-<br />

Privadas (PPPs) especialmente<br />

em trechos onde o<br />

baixo fluxo de veículos não<br />

permite uma concessão pura<br />

(sem a participação da contrapartida<br />

do Estado). Trechos<br />

rodoviários que tenham<br />

fluxo suficiente de veículos<br />

poderão ser licitados no modelo<br />

de concessões puras,<br />

nos quais apenas a tarifa cobrada<br />

é suficiente para a realização<br />

das obras de ampliação.<br />

Após o lançamento<br />

do PELT, vamos promover<br />

encontros em todas as regiões<br />

do <strong>Paraná</strong> para mostrar<br />

aos empresários como podem<br />

participar das PPPs”,<br />

afirma Mohr.<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


O que será feito<br />

Para o Porto de Paranaguá são<br />

listadas 17 obras e ações prioritárias.<br />

Entre elas estão o lançamento<br />

do edital de arrendamentos<br />

e licitações em<br />

áreas públicas no Porto de Paranaguá<br />

e a ampliação no número<br />

de berços de atracação.<br />

Dois itens no PELT 2035 já<br />

foram realizados: a assinatura<br />

da autorização para ampliação<br />

do Terminal de Contêineres de<br />

Paranaguá e a alteração do poligonal<br />

para viabilizar a instalação<br />

de novos terminais privados.<br />

No eixo ferroviário, o PELT<br />

2035 chama atenção para oito<br />

intervenções. Um dos objetivos<br />

é facilitar o escoamento da<br />

produção - principalmente<br />

agrícola e de cargas conteinerizadas-<br />

do interior do estado<br />

para o Porto de Paranaguá e o<br />

transporte de cargas que chegam<br />

ao terminal portuário para<br />

outras regiões do estado.<br />

“Temos uma ferrovia antiga,<br />

que está no seu limite de capacidade.<br />

Hoje, os trens precisam<br />

ser menores e circular<br />

com baixa velocidade em função<br />

do seu traçado. É necessária<br />

uma nova ferrovia, mais<br />

moderna e com maior capacidade.<br />

Hoje temos dois gargalos:<br />

a Serra do Mar e a Serra<br />

da Esperança, entre Guarapuava<br />

e Ponta Grossa”, esclarece<br />

Mohr. Neste caso, a Fiep<br />

e outras entidades estão trabalhando<br />

para buscar possíveis<br />

investidores.<br />

As obras citadas no PELT<br />

2035 compreendem os aeroportos<br />

administrados pela Infraero<br />

(Afonso Pena, Londrina<br />

e Foz do Iguaçu) e os municipais.<br />

No caso dos terminais da<br />

Infraero, são prioridades: a segunda<br />

pista no Aeroporto Internacional<br />

Afonso Pena, em<br />

São José dos Pinhais, para aumentar<br />

o transporte de cargas<br />

e receber aviões de passageiros<br />

de grande porte; a instalação<br />

do equipamento ILS I para<br />

aproximação em condições<br />

climáticas adversas em Londrina<br />

e a ampliação do terminal<br />

em Foz. Na aviação regional, a<br />

prioridade é a ampliação dos<br />

aeroportos de Maringá e Cascavel,<br />

assim como a implantação<br />

de voos comerciais regulares<br />

para a região de Campos<br />

Gerais e para o Sudoeste do<br />

<strong>Paraná</strong>.<br />

Além das obras citadas acima,<br />

o PELT 2035 prevê intervenções<br />

em ampliação da malha<br />

de dutovias, especialmente<br />

para o transporte de gás natural;<br />

investimentos em hidrovias<br />

no Rio <strong>Paraná</strong>; e uma obra de<br />

transporte ferroviário de passageiros:<br />

o denominado “Trem<br />

O presidente da Alcopar, Miguel Rubens Tranin, também<br />

vice-presidente do Sistema Fiep, em atendimento<br />

à imprensa na Casa da Indústria em Maringá<br />

Pé Vermelho”, que interligará<br />

as principais cidades do eixo<br />

Maringá-Londrina. O PELT sugere<br />

ainda a criação de um<br />

banco de projetos para que investidores<br />

internacionais tenham<br />

diversas obras para analisarem<br />

por meio de projetos<br />

de engenharia com o necessário<br />

detalhamento técnico.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 9


BIODIESEL<br />

BSBIOS vai aumentar<br />

produção no <strong>Paraná</strong><br />

Fábrica localizada em Marialva, no Norte do Estado vai expandir a<br />

capacidade para 288 milhões de litros por ano<br />

DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />

Oestado do <strong>Paraná</strong><br />

vai ampliar sua capacidade<br />

de produção<br />

de biodiesel. A<br />

fábrica de Marialva da<br />

BSBIOS recebeu no final de<br />

julho a autorização da Agência<br />

Nacional de Petróleo, Gás<br />

Natural e Biocombustíveis<br />

(ANP) para ampliar as operações.<br />

Em nota, a empresa informou<br />

que o aumento de capacidade<br />

será de 38%, passando<br />

a produzir 288 milhões<br />

de litros de biodiesel<br />

por ano, contra 208,4 milhões<br />

de litros atualmente. As<br />

obras devem acontecer no<br />

mês de agosto, para posteriormente<br />

receber autorização<br />

de operação pela ANP.<br />

O investimento em equipamentos<br />

e tecnologia na planta<br />

de Marialva gira em torno de<br />

R$ 20 milhões. Com a ampliação<br />

será otimizado o uso de<br />

insumos e mão de obra, e haverá<br />

uma maior demanda por<br />

matéria-prima – óleo de soja e<br />

gordura animal –, para atender<br />

a essa nova capacidade.<br />

“Com isso, estaremos gerando<br />

um faturamento adicional<br />

de R$ 230 milhões por ano<br />

e um acréscimo de R$ 27 milhões<br />

em ICMS ao município.<br />

A empresa já é a maior arrecadadora<br />

de impostos de Marialva”,<br />

informa nota da empresa.<br />

A maior parte da equipe de trabalho<br />

será a mesma, devido<br />

aos novos equipamentos estarem<br />

sendo instalados na mesma<br />

planta industrial, mas serão<br />

gerados alguns empregos<br />

diretos, principalmente, na<br />

área de logística, informa a<br />

BSBIOS. Já empregos indiretos<br />

estima-se algo em torno de<br />

150, movimentando a economia<br />

local.<br />

Após a conclusão das obras,<br />

o que deve ocorrer até o fim de<br />

agosto, será necessária ainda<br />

uma aprovação de nova licença<br />

de operação por parte<br />

da ANP.<br />

Os produtores de biodiesel no<br />

Brasil buscam aumentar a<br />

mistura de biodiesel ao óleo<br />

diesel, de 8% para 10% em<br />

março de 2018. Isso deve<br />

criar uma demanda adicional<br />

de esmagamento de 4 milhões<br />

de toneladas de soja - além<br />

das 15 milhões de toneladas já<br />

utilizadas anualmente.<br />

Com as novidades, segundo a<br />

BSBIOS, “a companhia reafirma<br />

sua crença no Programa<br />

Nacional de Produção e Uso<br />

do Biodiesel e se capacita<br />

ainda mais para atender ao<br />

mercado de biodiesel que está<br />

em expansão, além do aumento<br />

orgânico de combustíveis<br />

esperado com o retorno<br />

do crescimento da economia,”<br />

afirma o diretor industrial Ézio<br />

Slongo.<br />

A autorização aconteceu no<br />

mesmo dia em que foi publicada<br />

no Diário Oficial da União<br />

a aprovação de licença de<br />

operações da unidade matriz<br />

da BSBIOS, em Passo Fundo<br />

(RS). O custo da ampliação no<br />

Rio Grande do Sul foi de R$ 10<br />

milhões.<br />

230<br />

milhões de reais<br />

por ano é o<br />

faturamento<br />

adicional<br />

20<br />

milhões de reais<br />

é o investimento<br />

em equipamentos e<br />

tecnologia na planta<br />

10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


EMPRESA<br />

Trabalhar com segurança<br />

A Ribeiro, que oferece soluções em automação, é especialista em drives,<br />

motores e trabalha com venda e assistência técnica de toda linha de Drives ABB<br />

Para manter a segurança<br />

nas usinas, a empresa<br />

Ribeiro, que é especialista<br />

em drives, motores e trabalha<br />

com venda e assistência<br />

técnica de toda a linha<br />

de Drives ABB, oferece soluções<br />

em automação.<br />

Um dos produtos de sua<br />

linha, a Magne, é uma trava<br />

eletromagnética que foi concebida<br />

para travar eletricamente<br />

portas e escotilhas,<br />

com uma força de retenção<br />

de até 1500N. Normalmente<br />

é usada em áreas de acesso<br />

à zona de perigo e quando a<br />

parada da máquina só pode<br />

ocorrer em condições específicas,<br />

como no final do<br />

ciclo.<br />

Os modelos de Magne 1<br />

e 3 são travas sem segurança,<br />

que devem ser associadas<br />

a um dispositivo<br />

de intertravamento<br />

seguro, para as aplicações<br />

de segurança. A<br />

Magne 2 integra um sensor<br />

de segurança Eden e<br />

sua função de intertravamento<br />

pode atingir os padrões<br />

PLe/SIL 3. E as Magne<br />

1B, 2B e 3B contam com imã<br />

permanente incorporado, responsável<br />

por manter a porta<br />

fechada na ausência de alimentação.<br />

Dentre os principais benefícios<br />

estão a maior tolerância<br />

de montagem em relação às<br />

travas mecânicas, facilitando<br />

a instalação; a redução no<br />

tempo de parada devido às<br />

extensivas indicações e o<br />

menor desgaste do que<br />

nas travas mecânicas,<br />

dada a ausência de partes<br />

móveis.<br />

Outro produto, a Knox, é<br />

uma trava robusta para<br />

ambientes agressivos<br />

que pode ser usada<br />

como trava de segurança<br />

para uma célula<br />

ou linha com longo<br />

tempo de parada, ou como<br />

trava de processo, para prevenir<br />

paradas desnecessárias.<br />

A função de trava tem<br />

controle elétrico e mantém<br />

sua posição (destravada/<br />

travada), em caso de queda<br />

de energia.<br />

As maçanetas funcionam como<br />

as de uma porta normal,<br />

mas a maçaneta externa<br />

apresenta, também, uma função<br />

de reset, eliminando a<br />

necessidade de um botão de<br />

reinicialização separado.<br />

Sempre é possível abrir a<br />

porta por dentro, usando a<br />

maçaneta de liberação de<br />

emergência.<br />

A trava é toda em aço inoxidável,<br />

tem conexão serial dos<br />

sensores de segurança, integrados<br />

em conformidade<br />

com a categoria 4, e possui<br />

modelos para diversos tipos<br />

de porta, incluindo portões<br />

rolantes.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 11


FUNRURAL<br />

Prazo para refinanciar<br />

vai até 29 de setembro<br />

Bancada ruralista corre contra o tempo para, antes do prazo, aprovar<br />

no Congresso o texto com as emendas à MP propostas por parlamentares<br />

DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />

Na Medida Provisória<br />

793, do dia 31 de julho<br />

último, o governo<br />

federal deu prazo até<br />

o dia 29 de setembro para os<br />

contribuintes aderirem ao programa<br />

de regularização que refinancia<br />

o passivo do Funrural<br />

(Fundo de Assistência ao Trabalhador<br />

Rural). Após essa data,<br />

não será mais possível o<br />

parcelamento, tendo o produtor<br />

que aceitar o feito pela Receita<br />

Federal, com pagamento em<br />

60 vezes, sem descontos. A<br />

bancada ruralista corre contra<br />

o tempo para, antes deste prazo,<br />

aprovar no Congresso Nacional<br />

o texto com as emendas<br />

à Medida Provisória, propostas<br />

por parlamentares.<br />

Na esperança de ter a dívida<br />

perdoada na Justiça, lideranças<br />

de produtores têm recomendado<br />

aos agricultores e<br />

pecuaristas que esperem um<br />

pouco para tomar uma decisão<br />

quanto à adesão ao programa.<br />

Elas alertam que se o produtor<br />

aderir da forma que está a Medida<br />

Provisória estará confessando<br />

a dívida que o setor entende<br />

que não é devida, e estará<br />

abrindo mão de outras decisões<br />

que podem ser tomadas<br />

depois. Mas especialistas<br />

alertam que é praticamente impossível<br />

o Supremo Tribunal<br />

Federal (STF) suspender os débitos<br />

de quem tinha liminar.<br />

O momento ainda é de incertezas,<br />

avalia o presidente da Frente<br />

Parlamentar da Agropecuária,<br />

deputado federal Nilson<br />

Leitão. “Eu não oriento ninguém<br />

a não aderir ao programa.<br />

Quem não aderiu, quem entrou<br />

com liminares, hoje está pagando<br />

uma conta caríssima. É<br />

muito importante poder aderir<br />

ao programa, mas é preciso esperar<br />

as mudanças que o Congresso<br />

está fazendo”, falou.<br />

Uma das emendas sugere<br />

prolongar de 29 de setembro<br />

para até 29 de dezembro o período<br />

de adesão ao refinanciamento.<br />

Os parlamentares<br />

também querem a redução do<br />

percentual de entrada, à vista,<br />

da dívida, que deve ser paga<br />

ainda neste ano: o governo<br />

pediu 4% em quatro parcelas,<br />

mas a proposta é de que a entrada<br />

seja de 1% do valor do<br />

passivo, dividida em quatro<br />

parcelas.<br />

Outro pedido tem a ver com o<br />

limite de endividamento de indústrias<br />

que compram a produção<br />

do agricultor ou pecuarista.<br />

A ideia é que empresas<br />

que tenham dívidas acima de<br />

R$ 15 milhões possam parcelar<br />

em mais vezes. Há ainda o<br />

questionamento sobre a taxa<br />

que vai ser cobrada em caso<br />

de atraso nos pagamentos. O<br />

governo fixou a taxa básica de<br />

juros, a Selic, mas deputados<br />

querem outra opção.<br />

As entidades representativas<br />

apresentaram ao Instituto Pensar<br />

Agro (IPA), as propostas de<br />

Emendas que serão encaminhadas<br />

à Frente Parlamentar da<br />

Agropecuária (FPA). “Temos,<br />

juntamente com a FAEP, participado<br />

de todos os fóruns de<br />

discussão de interesse do produtor<br />

rural no IPA” afirma o presidente<br />

da Alcopar Miguel Tranin,<br />

que integra o instituto. A<br />

Confederação da Agricultura e<br />

Pecuária (CNA), representando<br />

as federações, também elaborou<br />

suas sugestões.<br />

O que diz a Medida Provisória<br />

Empregadores<br />

rurais já recolhem<br />

20% sobre a folha<br />

de pagamento<br />

A Medida Provisória lançou<br />

o Programa de Regularização<br />

Tributária Rural que permite<br />

o parcelamento das dívidas<br />

do Funrural e reduziu<br />

a alíquota, a partir de 2018,<br />

de 2,1% para 1,3%, sendo<br />

1,2% ao INSS e 0,1% ao<br />

Riscos Ambientais do Trabalho.<br />

Os 0,2% do Senar<br />

permanecem sem alteração,<br />

o que totaliza 1,5%.<br />

No caso dos débitos contraídos<br />

até 30 de abril deste<br />

ano, 4% da dívida consolidada<br />

devem ser pagos em<br />

até quatro parcelas iguais<br />

até dezembro de <strong>2017</strong>. O<br />

restante será dividido em até<br />

176 parcelas mensais a partir<br />

de janeiro de 2018, desde<br />

que a parcela não seja inferior<br />

a R$ 100, sem juros e<br />

com desconto de 25% nas<br />

multas e encargos.<br />

As indústrias que compram a<br />

produção do agricultor ou pecuarista,<br />

que têm dívidas de<br />

até R$ 15 milhões vão poder<br />

financiar o débito da mesma<br />

forma que o produtor rural<br />

pessoa física. Quem deve<br />

mais do que isso, no entanto,<br />

não pode parcelar o valor,<br />

tendo como base 0,8% do<br />

que faturou no ano anterior.<br />

Essas pessoas são obrigadas<br />

a dividir o passivo em 176<br />

vezes, com descontos, dando<br />

uma entrada de 4% em <strong>2017</strong>.<br />

Os que não conseguirem<br />

pagar no prazo podem refinanciar<br />

o restante em 60 parcelas<br />

sem descontos.<br />

Os interessados devem fazer<br />

um requerimento de<br />

adesão junto a Receita Federal.<br />

Para incluir no refinanciamento<br />

dívidas que<br />

estão em disputa judicial, o<br />

contribuinte precisa desistir<br />

das ações na justiça.<br />

12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Fundo foi criado há 45 anos<br />

O Supremo Tribunal Federal<br />

(STF) em 30 de março último<br />

declarou constitucional a cobrança<br />

do fundo ao empregador<br />

rural pessoa física. A<br />

cobrança tem mais de 45 anos<br />

e já passou por diversas modificações<br />

ao longo das décadas,<br />

gerando uma série de<br />

discussões no setor. O Funrural<br />

foi criado em 1971, por<br />

meio de uma lei que determinou<br />

a cobrança de 2% sobre a<br />

comercialização do produtor<br />

com a finalidade de arrecadar<br />

dinheiro para financiar a previdência<br />

rural.<br />

Em 1988, com a nova Constituição<br />

Federal, o termo Funrural<br />

foi extinto e foi criado o<br />

Regime Geral de Previdência<br />

Social, com regras diferenciadas<br />

para o campo e para a cidade.<br />

Mas só em 1991 foi regulamentada<br />

a contribuição do<br />

meio rural com a lei 8.212, definindo<br />

que o agricultor familiar<br />

deveria recolher a alíquota de<br />

2,1% sobre tudo que vendesse,<br />

aposentando-se com um<br />

salário mínimo. O empregador<br />

rural, no entanto, não foi contemplado<br />

nesta lei e, por isso,<br />

ficou recolhendo a contribuição<br />

previdenciária da mesma<br />

forma que os empresários urbanos,<br />

com uma taxa de 20%<br />

sobre a folha de pagamento do<br />

funcionário.<br />

Em 1992 veio a lei 8.540, que<br />

regulamentou a contribuição<br />

do produtor rural que tem empregados,<br />

determinando que a<br />

cobrança fosse feita sobre a<br />

receita, em substituição aos<br />

20% que ele pagava sobre a<br />

folha. O empregador rural pessoa<br />

física passou a recolher<br />

2,1% sobre a produção e o<br />

empregador rural pessoa jurídica,<br />

2,6%. Mas, assim como<br />

um empresário urbano, para se<br />

aposentar o produtor precisa<br />

fazer um recolhimento individual<br />

sobre o que ele fatura.<br />

“O empregador rural é equiparado<br />

a um empresário no setor<br />

rural, mas não difere de outras<br />

características do empresário,<br />

no setor urbano. A contribuição<br />

sobre a receita substitui a<br />

contribuição patronal, no entanto,<br />

o produtor rural, empregador,<br />

deve continuar descontando<br />

dos empregados a contribuição<br />

devida pelo empregado,<br />

que varia de 8% a 11%.<br />

Não contribui sobre a receita e<br />

a folha. A contribuição sobre a<br />

receita é a contribuição patronal<br />

e ele tem que reter e recolher<br />

a contribuição do empregado<br />

que é descontada do<br />

salário do empregado”, disse a<br />

imprensa a chefe da divisão de<br />

contribuições sociais, previdenciárias<br />

e de terceiros da<br />

Receita Federal, Carmen<br />

Araújo.<br />

Em 2010, uma decisão do<br />

Supremo Tribunal Federal que<br />

suspendeu a cobrança, julgando<br />

que a lei que a regulamentava<br />

era inconstitucional, abriu<br />

precedentes para produtores<br />

de todo o país pedirem o mesmo,<br />

na Justiça, obtendo decisões<br />

liminares de tribunais<br />

de primeira instância. A Justiça<br />

recomendava que o valor fosse<br />

depositado em contas judiciais<br />

para o caso do supremo mudar<br />

de opinião, mas muita gente<br />

deixou de recolher, mesmo<br />

quem não tinha liminar. Em<br />

1998, no entanto, houve uma<br />

emenda que incluiu na Constituição<br />

a determinação de que<br />

essa cobrança deveria ser,<br />

realmente, feita pela comercialização,<br />

sendo regulamentada<br />

em 2001. Esta lei serviu de<br />

embasamento para o novo<br />

posicionamento do STF.<br />

“Se há um déficit na previdência<br />

rural não é por causa do<br />

empregador rural, porque os<br />

recolhimentos continuaram<br />

sendo feitos da mesma forma<br />

que pelo empresário urbano.<br />

Ao contrário do que se tem<br />

dado a entender, de que o produtor<br />

quer que o governo perdoe<br />

uma dívida, o que se pede<br />

é que não fosse feita essa cobrança<br />

extra que penaliza o<br />

setor, que tanto contribui para<br />

a economia do País. Com a<br />

nova decisão do STF, o que se<br />

pede é que os termos levem<br />

em conta o cenário econômico<br />

atual”, comentou Miguel Tranin,<br />

presidente da Alcopar.<br />

1971 - Foi criado o Funrural<br />

1988 - Nova Constituição o extinguiu e criou<br />

o Regime Geral de Previdência Social<br />

1991 - Lei determina que agricultor familiar<br />

recolha a alíquota de 2,1% sobre vendas<br />

1992 - Empregador rural deixa de pagar<br />

20% sobre a folha e passa a recolher<br />

2,6% sobre vendas<br />

2010 - Decisão do Supremo Tribunal Federal<br />

suspende a cobrança julgando<br />

inconstitucional<br />

<strong>2017</strong> - STF declara constitucional a<br />

cobrança do fundo<br />

14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


EVENTO<br />

Datagro discute novo começo<br />

Conferência do setor sucroenergético<br />

reúne grandes líderes e leva<br />

informação para toda cadeia<br />

produtiva nos dias 6 e 7 de novembro<br />

DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />

A17ª Conferência Internacional<br />

sobre Açúcar<br />

e Etanol, que será realizada<br />

nos dias 6 e 7<br />

de novembro, das 8 às 18 horas,<br />

no Hotel Grand Hyatt, em<br />

São Paulo (SP), é um dos mais<br />

relevantes eventos do calendário<br />

mundial do açúcar e etanol<br />

e reúne grandes líderes do setor.<br />

O foco continuará sendo<br />

valorizar conteúdo de qualidade,<br />

disseminar conhecimento<br />

e novas tecnologias, e estimular<br />

networking entre os<br />

participantes.<br />

O objetivo da Conferência é<br />

reunir especialistas da área e<br />

promover debates sobre as<br />

perspectivas do mercado, planejamento<br />

estratégico e comercial<br />

para os diferentes elos<br />

da cadeia de produção e comercialização<br />

do setor sucroenergético<br />

mundial. Estarão em<br />

pauta, também, temas como<br />

bioeletricidade, políticas públicas,<br />

financiamento, tecnologias<br />

do setor, etanol e mercado<br />

de combustíveis, além do balanço<br />

da safra <strong>2017</strong>/18.<br />

Grandes personalidades do setor<br />

já participaram da Conferência<br />

Internacional: Marconi<br />

Perillo, governador de Goiás;<br />

Pedro Taques, governador de<br />

Mato Grosso; Ministro Fernando<br />

Bezerra Coelho Filho; José<br />

Orive, Diretor Executivo da ISO<br />

- International Sugar Organization;<br />

Martin Todd, Diretor Executivo<br />

da LMC - Oxford; Midwest<br />

AgEnergy Group; Joseph<br />

Harroun, Corretor Advance Trading<br />

Inc.; Pedro Mizutani, Raizen;<br />

Jacques Gillaux, Chefe<br />

Sênior da Plataforma de Açucar<br />

da Louis Dreyfus Commodities;<br />

dentre outros.<br />

“A DATAGRO reforça seu compromisso<br />

de reunir os principais<br />

líderes e representantes de<br />

toda a cadeia do setor sucroenergético<br />

internacional para estreitar<br />

relacionamento e debater<br />

as principais questões de mercado<br />

e de estratégia setorial",<br />

destaca Luiz Felipe Nastari, diretor<br />

da DATAGRO Consultoria<br />

e responsável pela organização<br />

do evento.<br />

Na edição passada, a Conferência<br />

Internacional contou<br />

com a presença de mais de<br />

750 participantes de 30 países,<br />

além de 60 palestrantes que<br />

debateram por mais de 15<br />

horas formas de superar os<br />

desafios e aproveitar as oportunidades<br />

do mercado brasileiro<br />

e internacional. O evento<br />

tem tradução simultânea para<br />

o inglês, português e espanhol.<br />

Programação e inscrições pelo<br />

site: http://www.conferenciadatagro.com.br/<br />

Edição passada contou com mais de 750<br />

participantes de 30 países e 60 palestrantes<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 15


FEIRA<br />

Fenasucro espera movimentar<br />

R$ 3 bilhões em negócios<br />

Além da expectativa de crescimento da movimentação financeira, edição<br />

histórica amplia eventos de conteúdo. São esperados 35 mil visitantes<br />

DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />

Realizada em Sertãozinho,<br />

um dos principais<br />

polos produtores<br />

de cana-de-açúcar<br />

no Brasil, a Fenasucro & Agrocana<br />

- Feira Internacional de<br />

Tecnologia Sucroenergética<br />

completa nesta edição 25 anos<br />

de realização. O evento acontece<br />

de 22 a 25 de agosto, no<br />

Centro de Eventos Zanini, numa<br />

área de 70 mil metros quadrados.<br />

As expectativas da organização<br />

confirmam o posicionamento<br />

da feira como a maior e principal<br />

do setor no mundo: R$ 3,1<br />

bilhões em negócios devem<br />

ser gerados pelos 35 mil visitantes<br />

compradores brasileiros<br />

e de outros 43 países.<br />

A movimentação financeira<br />

também é estimulada pelas rodadas<br />

de negócios internacionais<br />

e nacionais que acontecem<br />

ao longo dos quatro dias<br />

de programação. Plataforma<br />

de tecnologias, revelando alternativas<br />

e soluções para toda<br />

cadeia produtiva açucareira, o<br />

evento concentrará mais de mil<br />

marcas em exposição.<br />

Além de impulsionar os negócios<br />

no setor, a Fenasucro &<br />

Agrocana também traz como<br />

os principais destaques desta<br />

edição o aumento da carga horária<br />

dos eventos de conteúdo.<br />

São mais de 300 horas, distribuídas<br />

em palestras, reuniões,<br />

workshops, encontros, que<br />

acontecerão no Espaço de<br />

Conferências. Para receber um<br />

público cada vez maior, o número<br />

de auditórios passou de<br />

quatro para seis, onde acontecerá<br />

a difusão de conhecimento<br />

entre os profissionais e especialistas<br />

do setor sucroenergético.<br />

Entre as principais novidades<br />

em <strong>2017</strong>, o Fórum de Produtores<br />

de Agroenergia - organizado<br />

pela Orplana (Organização<br />

de Plantadores de Cana),<br />

pela Datagro e pela Reed Exhibitions<br />

Alcantara Machado -<br />

promoverá na feira debates e<br />

reflexões entre os mais de 500<br />

produtores de cana, beterraba<br />

açucareira e milho de 40 países.<br />

O evento acontece no dia<br />

23 de agosto.<br />

A feira ainda terá a Ilha do Conhecimento,<br />

um modelo europeu<br />

de exposição em que dois<br />

miniauditórios estarão disponíveis<br />

para expositores realizarem<br />

palestras para pequenos<br />

grupos sobre seus produtos.<br />

Já o Estande de Inovações<br />

deve ter o mesmo sucesso do<br />

ano passado, atraindo o público<br />

para conferir as novidades<br />

em produtos e soluções<br />

procedentes da cana-de-açúcar<br />

e seus subprodutos.<br />

São parceiras desta edição 37<br />

associações ligadas aos setores<br />

agrícola e industrial. A Fenasucro<br />

& Agrocana é uma<br />

realização do CEISE Br (Centro<br />

Nacional das Indústrias do<br />

Setor Sucroenergético e Biocombustíveis)<br />

e organizada<br />

pela Reed Exhibitions Alcantara<br />

Machado.<br />

300<br />

horas de palestras<br />

e workshops<br />

estão programados<br />

25ª edição acontece de 22 a 25 de agosto em Sertãozinho<br />

Organizadores estão otimistas<br />

Nesta edição comemorativa, Elizabeth Farina,<br />

presidente da Unica, é a presidente<br />

de honra Fenasucro, representando a área<br />

industrial do evento e sendo a primeira<br />

mulher a receber esta homenagem. Já<br />

Antonio Eduardo Tonielo, presidente da<br />

Copercana, é o presidente de honra da<br />

Agrocana, o setor agrícola da feira.<br />

O gerente geral da Fenasucro<br />

& Agrocana, Paulo Montabone,<br />

expressa otimismo<br />

neste ano comemorativo.<br />

“São 25 anos dedicados a<br />

apresentar tecnologias, fomentar<br />

negócios e gerar conhecimentos<br />

para o avanço e<br />

a modernização do setor sucroenergético.<br />

Além dos visitantes<br />

internacionais, receberemos<br />

no evento representantes<br />

de todas as usinas<br />

brasileiras”, diz.<br />

Montabone destaca também<br />

que o evento reúne em um só<br />

local as áreas Agrícola e Industrial<br />

do segmento. “Acreditamos<br />

que juntos somos melhores”,<br />

afirma. Ele cita ainda o<br />

Espaço de Conferências, que a<br />

cada ano cresce e recebe<br />

eventos de grande relevância<br />

Homenagem<br />

para a cadeia produtiva da<br />

cana se atualizar, ganhando<br />

competitividade.<br />

“Por isso, apostamos no compartilhamento<br />

das novas informações<br />

e tendências, promovendo<br />

um intercâmbio de<br />

conhecimentos entre profissionais<br />

e especialistas. Sem dúvidas,<br />

esta edição será histórica”,<br />

aponta.<br />

O presidente da Alcopar, Miguel Tranin,<br />

também será um dos homenageados na<br />

feira, no dia 22 de agosto, durante a cerimônia<br />

de abertura a partir das 13h, na<br />

Arena do Conhecimento Agrícola. Na edição<br />

histórica e comemorativa do evento,<br />

representantes dos principais estados<br />

produtores de cana serão prestigiados.<br />

16<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Espaço de Conferência<br />

Com atividades inéditas e tradicionais,<br />

a Fenasucro & Agrocana<br />

terá mais de 300 horas<br />

de eventos de conteúdo promovidos<br />

no Espaço de Conferências<br />

para expandir o conhecimento<br />

de toda cadeia<br />

produtiva da cana-de-açúcar.<br />

Serão seis auditórios exclusivos<br />

para palestras, workshops,<br />

debates, encontros e<br />

seminários. A expectativa é<br />

que 5 mil profissionais se<br />

atualizem sobre as novas tendências<br />

do mercado. A ampliação<br />

dos temas abordados<br />

reforça o papel do evento como<br />

provedor de soluções, não<br />

só trazendo novidades das<br />

empresas, mas também em<br />

conhecimento.<br />

Neste ano, a programação<br />

conta com eventos inéditos<br />

como: Fórum dos Produtores<br />

de Agroenergia, Ações de<br />

Sustentabilidade e o lançamento<br />

nacional do projeto<br />

Muda Cana; Startups da Cana:<br />

Agrossistemas, Plataformas<br />

Digitais, Agricultura de Precisão,<br />

Auditoria e Controle;<br />

Workshop de Bioeconomia;<br />

Indústria 4.0 - a quarta revolução<br />

industrial no setor sucroenergético,<br />

Encontro do<br />

Gmec (Grupo de Mecanização);<br />

Usinas de Alta Performance<br />

e Café Sucroenergético:<br />

Governo, Mercado e<br />

Investimentos.<br />

A feira ainda conta com outras<br />

programações já tradicionais<br />

como a Conferência Datagro/CEISE<br />

Br; 3º Congresso<br />

de Automação Estudantil promovida<br />

pela ISA de Sertãozinho;<br />

7º Seminário de Bioeletricidade<br />

Ceise Br/Unica, Seminário<br />

Agrícola e Industrial<br />

STAB; Encontro de Empresários<br />

do Lide; 32º Encontro<br />

GIFC- Grupo de Irrigação e<br />

Fertirrigação de Cana-de-Açúcar;<br />

Workshop do Grupo Gerhai;<br />

Seminário de Logística<br />

Esalq-Log e Abralog; seminários<br />

Gegis e Amcham; e o V<br />

Congresso de Automação e<br />

Inovação Tecnológica Sucroenergética.<br />

O Programa Renovabio<br />

também é um tema destaque,<br />

que apresentará abordagens<br />

sobre novas políticas<br />

públicas para o setor.<br />

Palestras<br />

contaram com<br />

grande público<br />

no ano passado<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 17


FEIRA<br />

Muda Cana vai capacitar produtores<br />

Com o objetivo de trazer prosperidade<br />

aos produtores de<br />

cana-de-açúcar e o fortalecimento<br />

das associações que os<br />

representa, a Orplana (Organização<br />

dos Plantadores de Cana<br />

da Região Centro-Sul do Brasil)<br />

lançou o “Muda Cana”, projeto<br />

que tem como foco a capacitação<br />

contínua.<br />

Máxima<br />

produtividade da cana<br />

A produtividade da canade-açúcar<br />

na safra <strong>2017</strong>/<br />

2018, de acordo com a estimativa<br />

da Conab (Companhia<br />

Nacional de Abastecimento),<br />

em todo País,<br />

deverá ser de 73 toneladas<br />

de cana por hectare. Mas,<br />

em um cenário de instabilidade,<br />

as unidades produtoras<br />

buscam aumentar cada<br />

vez mais a eficiência para<br />

consolidarem a retomada<br />

do setor. E como a tecnologia<br />

é aliada para melhorar<br />

resultados, o seminário<br />

“Usinas de Alta Performance<br />

- Agrícola” vai abordar<br />

técnicas e metodologias<br />

consagradas em produtividade<br />

e redução de custos.<br />

Ao apresentar cases de sucesso<br />

de unidades produtoras,<br />

o evento mostrará tecnologias<br />

que maximizam a<br />

produtividade agrícola e<br />

chegam a alcançar a marca<br />

de 150 toneladas de cana<br />

por hectare, bem acima da<br />

média nacional. O seminário<br />

discutirá também sistemas<br />

de controle e integração das<br />

operações. Realizado pelo<br />

Pró-Usinas Sinatub Tecnologia,<br />

o evento será no dia<br />

23 de agosto, e terá 4 horas<br />

de programação.<br />

Mudança de atitude, união e associativismo;<br />

desenvolvimento<br />

do negócio e aprendizado contínuo;<br />

são as diretrizes do projeto,<br />

que será tema do Painel:<br />

Ações de Sustentabilidade, durante<br />

o 17º Encontro de Produtores<br />

de Cana, no dia 24 de<br />

agosto, na Fenasucro & Agrocana.<br />

O projeto vai oferecer suporte<br />

ao produtor de cana para lidar<br />

com seus principais desafios:<br />

gestão eficaz e integrada e ter<br />

um negócio lucrativo, competitivo<br />

e sustentável. Tudo isso<br />

com o intuito de garantir a visão<br />

de agricultura do futuro:<br />

sustentável, eficaz e moderna.<br />

A expectativa inicial é que<br />

3.300 produtores participem.<br />

Outro destaque é a participação<br />

inédita do Laboratório<br />

Nacional de Ciência e Tecnologia<br />

do Bioetanol (CTBE),<br />

que integra o Centro Nacional<br />

de Pesquisa em Energia e<br />

Materiais (CNPEM), organização<br />

social vinculada ao Ministério<br />

da Ciência, Tecnologia,<br />

Inovações e Comunicações<br />

(MCTIC). O CTBE desenvolve<br />

pesquisa e inovação<br />

de nível internacional na<br />

área de biomassa voltada à<br />

produção de energia, biocombustíveis<br />

e bioprodutos,<br />

visando à transferência de<br />

processos da bancada científica<br />

para o setor produtivo.<br />

Na Fenasucro & Agrocana, o<br />

Laboratório participará de<br />

O projeto funcionará como uma<br />

“faculdade” para o produtor de<br />

cana, ao oferecer disciplinas<br />

sobre técnicas de práticas agrícolas,<br />

de riscos na parte comercial,<br />

o que é a precificação<br />

e a metodologia do Consecana,<br />

como comprar bem, gerir suprimentos,<br />

melhorar os indicadores<br />

de produtividade, conhecer<br />

a legislação trabalhista, ambiental<br />

e tributária. Algumas das<br />

disciplinas serão escolhias pelo<br />

produtor, outras são obrigatórias.<br />

Para a aplicação do Muda Cana,<br />

a Orplana conta com a participação<br />

da ONG holandesa<br />

Solidaridad e a capacitação ficará<br />

a cargo, principalmente, da<br />

Markestrat Assessoria Empresarial.<br />

As informações chegarão<br />

até os produtores por meio digital,<br />

palestras e oficinas.<br />

Participação inédita do CTBE<br />

duas formas. A primeira é<br />

com a realização, no dia 24<br />

de agosto, do Workshop de<br />

Bioeconomia, e a outra é em<br />

um estande montado especialmente<br />

na área de exposições,<br />

apresentando dois<br />

equipamentos de última geração<br />

usados nos mais avançados<br />

laboratórios do mundo.<br />

18<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Espera-se US$ 130 milhões nas rodadas de negócios<br />

Durante quatro dias, o Brasil<br />

se torna vitrine para negócios<br />

internacionais no setor sucroenergético<br />

ao aproximar compradores<br />

e fornecedores em<br />

Sertãozinho, durante a 25ª Fenasucro<br />

& Agrocana. Com expectativa<br />

de movimentar US$<br />

130 milhões, as rodadas internacionais<br />

de negócios do Projeto<br />

Brazil Sugarcane Bioenergy<br />

Solution, parceria entre<br />

o Arranjo Produtivo Local do<br />

Álcool (Apla) e Agência Brasileira<br />

de Promoção de Exportações<br />

e Investimentos (Apex-<br />

Brasil), reunião 43 países<br />

compradores com fornecedores<br />

nacionais.<br />

O evento contará com a participação<br />

de 50 empresas nacionais<br />

e 20 internacionais,<br />

que vão negociar diretamente<br />

no espaço de negócios, com<br />

o apoio da Apla e Apex-Brasil<br />

e também do BNDES, que terá<br />

agentes no local. Já estão<br />

confirmadas também as participações<br />

de Estados Unidos,<br />

Honduras, Argentina, El Salvador,<br />

Guatemala, Cuba, Equador<br />

e Nicarágua.<br />

Para as empresas que buscam<br />

negócios dentro do Brasil,<br />

a feira também abre espaço<br />

para as rodadas nacionais<br />

O evento contará com a participação de 50 empresas nacionais e 20 internacionais<br />

de negócios. Organizadas pelo<br />

Ceise Br, as rodadas já tem 60<br />

empresas confirmadas e visa<br />

aproximar grandes compradores<br />

nacionais e fornecedores.<br />

A Fenasucro & Agrocana disponibilizou<br />

o seu aplicativo<br />

mobile, disponível para os<br />

sistemas Android e iOS, uma<br />

ferramenta criada para auxiliar<br />

na fomentação dos negócios<br />

e do relacionamento entre<br />

compradores e expositores.<br />

Na prática, o aplicativo permite<br />

que o usuário encontre<br />

os produtos e expositores de<br />

seu interesse com mais facilidade<br />

e os “favorite”, tendo<br />

a oportunidade de marcar<br />

reuniões, consultar a lista<br />

das empresas expositoras,<br />

conferir atrações especiais e<br />

traçar a rota da visita antecipadamente.<br />

Além disso, é<br />

possível ver todas as informações<br />

sobre a grade dos<br />

Eventos de Conteúdo e seus<br />

palestrantes e ser alertado<br />

sobre o início de cada palestra<br />

e debate.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 19


TEMPO SECO<br />

É hora de controlar o<br />

Sphenophorus levis<br />

Em áreas com mais de 30% de infestação, a orientação é destruir as soqueiras e renovar o canavial<br />

DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />

Operíodo mais seco do<br />

ano é considerado o<br />

ideal para realizar as<br />

práticas para controle<br />

do Sphenophorus levis, uma<br />

das principais pragas que atacam<br />

os canaviais da região<br />

Centro-Sul, principalmente em<br />

São Paulo, provocando perdas<br />

de aproximadamente 30 toneladas<br />

de cana-de-açúcar por<br />

hectare ou a renovação precoce<br />

do canavial, em muitos casos,<br />

no segundo corte.<br />

A praga é de difícil controle e o<br />

pesquisador Newton Macedo<br />

aconselha que, áreas com mais<br />

de 30% de tocos atacados pela<br />

praga devem ir para a reforma<br />

imediatamente, para diminuir a<br />

pressão da população. Para<br />

isso, será necessário eliminar a<br />

soqueira, através de uma aração<br />

nas linhas de plantio, procurando<br />

revolver os restos<br />

culturais e expor as larvas à<br />

ação dos raios solares e inimigos<br />

naturais.<br />

voltada ao setor canavieiro.<br />

Pardinho explica que esse implemento<br />

foi desenvolvido com<br />

o objetivo de se eliminar simultaneamente<br />

duas linhas de soqueiras<br />

de cana quando há necessidade<br />

de se reformar o canavial.<br />

De junho a setembro<br />

é o período de<br />

pico de larvas<br />

O certo é triturar a soqueira utilizando<br />

o eliminador de soqueiras.<br />

Já há usinas que passaram<br />

a utilizar esse equipamento<br />

rotineiramente não só para o<br />

controle de Sphenophorus,<br />

mas também para nematoides.<br />

A época correta para renovar as<br />

áreas é de junho a setembro,<br />

período em que as larvas estão<br />

devorando a cana.<br />

O uso do eliminador de soqueira<br />

é cada vez maior pelo setor.<br />

“As vendas desse implemento<br />

estão aquecidas”, diz Auro Pardinho,<br />

gerente de marketing da<br />

DMB Máquinas e Implementos<br />

Agrícolas, localizada em Sertãozinho,<br />

SP, empresa com 53<br />

anos no mercado e que oferece<br />

uma linha de produtos 100%<br />

1<br />

. No caso de canaviais próximos da reforma, ou com infestações<br />

superiores a 30%, faz-se a destruição mecânica<br />

das soqueiras no período de pico de larvas (junho a<br />

setembro), não fazendo em dias de chuvas ou solo muito<br />

úmido. Tanto o eliminador como a grade deve trabalhar levantando<br />

poeira;<br />

2<br />

. Passar o eliminador em faixas alternadas, com retorno<br />

em 15 dias para o bom secamento do material vegetal<br />

e a ação de predadores (principalmente carcarás). Depois<br />

da total eliminação, passar uma grade, ainda no período<br />

seco;<br />

3- Na destruição por grade, executar no mínimo três passadas<br />

(1ª. grade de 34 ̈; 2ª e 3ª de 28 ̈) cruzadas, espaçadas<br />

em uma semana entre elas, para secamento do<br />

material vegetal e do solo, causando a mortalidade das formas<br />

biológicas por exposição ao sol e pelos predadores;<br />

Passo a passo<br />

4<br />

. Ambos os equipamentos (eliminador e grades) são eficientes<br />

na eliminação das formas jovens (ovos, larvas<br />

e pupas), mas não eliminam a maioria dos adultos;<br />

5<br />

. Rotação de culturas (amendoim e soja) reduz a população<br />

de Sphenophorus, mas áreas com altas infestações,<br />

que não terão rotação de cultura, devem receber uma<br />

aplicação de inseticida incorporado em área total na 3ª gradagem.<br />

Usar glifosato antes da destruição;<br />

6<br />

. Cerca de duas a três semanas após, complementa-se<br />

essa operação com enxada rotativa para triturar e acelerar<br />

a seca do material;<br />

7<br />

. Duas semanas depois, faz-se o preparo normal do<br />

solo;<br />

8<br />

. Após a área limpa, realiza-se o plantio com mudas sadias.<br />

20<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


DOIS<br />

Etanol de milho<br />

PONTOS<br />

Estudo<br />

Foi inaugurada a primeira<br />

usina de etanol feito exclusivamente<br />

de milho do Brasil,<br />

a FS Bioenergia. Até então, o<br />

etanol de milho produzido no<br />

País saía de usinas flex, que<br />

fabricam tanto etanol de<br />

cana, quanto do grão. A fábrica<br />

da FS é uma alternativa<br />

importante para o beneficiamento<br />

e o escoamento de<br />

safras que tendem a ficarem<br />

maiores. Joint venture entre<br />

a brasileira Fiagril e a gestora<br />

americana Summit Agricultural<br />

Group, a FS Bioenergia<br />

recebeu investimentos de R$<br />

450 milhões para ser erguida<br />

e produzirá 180 mil toneladas<br />

de farelo, 6 mil<br />

toneladas de óleo de milho,<br />

energia, e 240 milhões de litros<br />

por ano, que consumirão<br />

600 mil toneladas de<br />

milho. Essa capacidade pode<br />

ser duplicada.<br />

Que o etanol é um combustível<br />

menos poluente, uma<br />

vez que o gás carbônico emitido<br />

na sua queima é reabsorvido<br />

no crescimento da<br />

cana-de-açúcar, todo mundo<br />

já sabe. Mas um estudo calculou<br />

agora também quanto a<br />

troca de gasolina por etanol<br />

pode ser um bom negócio<br />

para a saúde - ou como a<br />

preferência pelo combustível<br />

fóssil pode ser prejudicial.<br />

Pesquisadores da Universidade<br />

de São Paulo (USP), da<br />

Universidade Northwestern<br />

(EUA) e da Universidade Nacional<br />

de Cingapura observaram<br />

um aumento de 30% na<br />

concentração de partículas<br />

ultrafinas, de menos de 50<br />

nanômetros de diâmetro (1<br />

Nanopartículas<br />

nanômetro = 1 bilionésimo<br />

de metro) em São Paulo<br />

quando altos preços do etanol<br />

levaram 2 milhões de motoristas<br />

a substituir o combustível<br />

por gasolina.<br />

Reeleição<br />

O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação<br />

de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), André<br />

Rocha (foto), e o presidente do Sindicato da Indústria do<br />

Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar),<br />

Renato Cunha, foram reeleitos, no final de julho,<br />

para os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente,<br />

do Fórum Nacional Sucroenergético. O Fórum<br />

representa as maiores entidades de vários estados produtores<br />

de açúcar, etanol e bioenergia, sendo um importante<br />

canal de interlocução do setor com o governo<br />

federal, estatais, autarquias e demais entes da federação.<br />

A principal bandeira defendida é a aprovação, por parte<br />

do Congresso Nacional, do Programa RenovaBio, através<br />

de Medida Provisória, para que possa dar maior segurança<br />

jurídica e institucional para o setor.<br />

De todos os poluentes na<br />

atmosfera, como ozônio,<br />

CO, NOx, SO2, as partículas<br />

são as que têm efeito<br />

mais danoso à saúde, pois<br />

têm acesso direto aos alvéolos<br />

pulmonares. Por isso,<br />

quando se respira essas<br />

Segundo a ANP, somente<br />

nos primeiros cinco meses<br />

deste ano, a importação de<br />

etanol foi 300% maior que<br />

no mesmo período do ano<br />

passado e 30% acima do<br />

total de 2016. Essa situação<br />

é fruto de uma combinação<br />

de fatores que tem gerado<br />

excedentes crescentes de<br />

etanol, da ordem de 4 bilhões<br />

de litros ao ano, nos<br />

Estados Unidos, principal<br />

país exportador. Com grandes<br />

excedentes de produção<br />

Por outro lado, os pesquisadores<br />

observaram que, quando<br />

os preços do etanol voltaram<br />

a cair, a concentração<br />

das nanopartículas também<br />

diminuiu na atmosfera. Medidas<br />

por esse tipo de partícula<br />

não costumam ser feitas por<br />

agências ambientais, que em<br />

geral observam gases, como<br />

monóxido de carbono e óxidos<br />

de nitrogênio, ou material<br />

Danos à saúde<br />

Importação<br />

de milho, os EUA já utilizam<br />

cerca de 40% dessa commodity<br />

para a produção do<br />

biocombustível, embora seu<br />

consumo interno esteja<br />

muito aquém do esperado.<br />

Os fechamentos dos mercados<br />

da China, cuja alíquota<br />

de importação subiu de 5%<br />

para 30%, e da Europa, que<br />

está aplicando uma tarifa antidumping<br />

para os produtores<br />

norte-americanos, fez do<br />

Brasil o principal destino<br />

desses excedentes.<br />

particulado, já bem conhecidos<br />

pelos seus malefícios à<br />

saúde. Nanopartículas, porém,<br />

justamente por seu diminuto<br />

tamanho, podem ser<br />

bastante prejudiciais.<br />

partículas elas têm forte<br />

efeito na saúde. Qualquer<br />

metal pesado que estas<br />

partículas contenham, chega<br />

a ter contato direto com<br />

o sangue através dos alvéolos<br />

pulmonares. E qualquer<br />

processo de combustão<br />

gera nanopartículas,<br />

mas em diferentes<br />

quantidades e composição.<br />

O etanol queimado emite<br />

30% menos nanopartículas<br />

que a queima de gasolina,<br />

em condições reais de atmosfera.<br />

22 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


O maior produtor mundial<br />

de biocombustível de canade-açúcar<br />

está pronto para<br />

finalmente se juntar ao mercado<br />

de negociação de títulos<br />

de emissões de carbono.<br />

O Brasil está trabalhando<br />

em uma nova legislação<br />

que abre o mercado<br />

de certificados de emissões<br />

de carbono, dentro do RenovaBio.<br />

As empresas de<br />

energia que produzem os<br />

certificados de melhor qualidade<br />

obterão o melhor<br />

acesso ao financiamento. A<br />

Carbono<br />

Reforma<br />

medida vem em um momento<br />

no qual o Brasil, o<br />

segundo maior produtor<br />

mundial de biodiesel e etanol,<br />

atrás dos EUA, tenta<br />

atingir seu objetivo de reduzir<br />

as emissões como parte<br />

do acordo climático de Paris.<br />

Ele também atende às<br />

demandas dos produtores<br />

de biocombustíveis para políticas<br />

de longo prazo de<br />

apoio à indústria após anos<br />

de intervenção pesada do<br />

governo no mercado de<br />

combustíveis e energia.<br />

Estimativa feita pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento<br />

Tributário, indica que, em 2015, 41,37% de<br />

todo o rendimento dos brasileiros foi destinado para<br />

pagar impostos, considerando os tributos incidentes<br />

sobre o consumo, os rendimentos e o patrimônio. Pela<br />

última atualização, o total de impostos do país alcançou<br />

a marca de 90, mostrando a importância de uma Reforma<br />

Tributária.<br />

Petróleo<br />

O aumento da produção<br />

em junho não evitou uma<br />

alta de preços do petróleo,<br />

pois o crescimento da demanda<br />

foi muito forte tanto<br />

nos países-membros da Organização<br />

para Cooperação<br />

e Desenvolvimento Econômico<br />

como em países emergentes.<br />

É um cenário favorável<br />

para o Brasil e, especificamente,<br />

para a Petrobrás,<br />

cuja produção é crescente.<br />

Indicadores preliminares<br />

dão conta de que o<br />

crescimento da demanda<br />

global, após cair para o nível<br />

mais baixo de 1 milhão de<br />

barris/dia (b/d) no primeiro<br />

trimestre, ricocheteou para<br />

1,5 milhão de b/d no segundo<br />

trimestre.<br />

O BNDES prepara o terreno<br />

para financiar projetos<br />

que busquem adaptar usinas<br />

sucroalcooleiras para<br />

que produzam etanol não<br />

apenas a partir da cana-deaçúcar,<br />

mas também do<br />

milho. A alternativa pode ser<br />

a solução para incrementar<br />

em até 2,7 bilhões de litros<br />

a produção de etanol no<br />

Um grande consórcio de<br />

pesquisa para a cana-deaçúcar<br />

e outras culturas ligadas<br />

ao mercado de energias<br />

renováveis vai reunir<br />

cientistas de 22 instituições<br />

públicas. Trata-se do Programa<br />

Plurianual Integrado<br />

de Pesquisa, Desenvolvimento<br />

e Inovação (PD&I) em<br />

Cana-de-açúcar (Pluricana).<br />

Liderado pela Embrapa e<br />

executado com recursos de<br />

BNDES<br />

Centro-Oeste do país, e dar<br />

destinação à crescente colheita<br />

do grão na região. A<br />

análise mostrou que agregar<br />

o grão como matéria-prima<br />

na usina de etanol ajuda a<br />

reduzir o custo fixo da<br />

planta. O cálculo mostra que<br />

esse investimento pode variar<br />

de R$ 100 milhões a R$<br />

205 milhões.<br />

Consórcio<br />

cerca de R$13 milhões da<br />

Financiadora de Estudos e<br />

Projetos (Finep), o Pluricana<br />

é o maior consórcio já criado<br />

para o estudo científico da<br />

cana-de-açúcar e agrega<br />

ações que vão desde a introdução<br />

e quarentena de plantas<br />

até o melhoramento genético<br />

convencional e assistido,<br />

passando por sistemas<br />

de produção e biologia avançada.<br />

Cautela<br />

Investimento<br />

A indústria de açúcar e<br />

etanol precisará investir<br />

um montante superior a<br />

US$ 15 bilhões para<br />

atender à demanda das<br />

próximas cinco safras. A<br />

estimativa foi feita por<br />

Arnaldo Corrêa, diretor<br />

da Archer Consulting, em<br />

um relatório sobre as<br />

projeções até a safra<br />

2022/ 23. O montante<br />

serviria para a construção<br />

de 24 usinas que<br />

processem, cada uma,<br />

pelo menos 5 milhões de<br />

toneladas de cana. É a<br />

capacidade necessária<br />

para o Brasil se ajustar à<br />

realidade do suprimento<br />

de cana-de-açúcar nos<br />

próximos anos.<br />

BSBIOS<br />

Na sede da Advanced<br />

Biofuels Association, em<br />

Washington, nos EUA<br />

ocorreu recentemente<br />

reunião para tratar do<br />

alinhamento de pautas<br />

estratégicas do Biodiesel,<br />

visando à exportação do<br />

biocombustível brasileiro<br />

aos Estados Unidos. Na<br />

oportunidade a BSBIOS<br />

foi convidada a se afiliar<br />

a Associação. A empresa<br />

tem autorização da<br />

Agência Nacional do Petróleo,<br />

Biocombustíveis e<br />

Gás Natural para exportar<br />

biodiesel desde 2008 e<br />

realizou a primeira exportação<br />

em junho de 2013,<br />

sendo a primeira do país<br />

a exportar biodiesel de<br />

forma comercial.<br />

A forte queda do açúcar e<br />

do etanol desde o início desta<br />

safra <strong>2017</strong>/18 voltou a desanimar<br />

as usinas do Centro-Sul<br />

do país. E, depois de aproveitarem<br />

os preços bem mais<br />

atraentes do ciclo passado<br />

para realizar alguns investimentos<br />

na área industrial,<br />

mesmo as maiores companhias<br />

do segmento já sinalizaram<br />

que a cautela voltará a<br />

dar o tom. A perspectiva é que<br />

os aportes de <strong>2017</strong>/18 voltem<br />

a se concentrar na área agrícola,<br />

divididos entre renovação<br />

de canaviais, tratos culturais<br />

e ampliação de áreas.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 23

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