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MIOLO ELA POR ELAS Nº 8

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15<br />

Pela primeira vez,<br />

SAAEMG tem<br />

uma mulher na<br />

presidência<br />

O Sindicato dos Auxiliares de Administração<br />

Escolar (SAAEMG), com<br />

33 anos de existência e 60% de mulheres<br />

na base, nunca havia sido presidido<br />

por uma mulher. No dia 13 de<br />

dezembro de 2014, o SAAEMG começou<br />

a escrever uma nova história<br />

com a posse da advogada Rogerlan<br />

Augusta de Morais (foto).<br />

Rogerlan, 46 anos, é a quinta presidente<br />

do sindicato. Antes de assumir a<br />

presidência, coordenou o Departamento<br />

Jurídico durante 12 anos. Rogerlan<br />

também fez parte da diretoria da Central<br />

dos Trabalhadores e Trabalhadoras do<br />

Brasil (CTB/MG) como secretária geral<br />

até 2013. Hoje ocupa o cargo na diretoria<br />

plena da CTB Nacional.<br />

Elas por Elas - Como você vê a<br />

atuação das mulheres no movimento<br />

sindical dos Auxiliares de Administração<br />

Escolar?<br />

Somos a maioria da população, somos<br />

a maioria de trabalhadores nas<br />

instituições de ensino (em torno de<br />

60%) e, para o mandato de 2014/2018<br />

a categoria elegeu pela primeira vez<br />

uma mulher para presidir o SAAEMG.<br />

Neste mandato representamos percentual<br />

de 42% de mulheres na diretoria e<br />

conselho fiscal. A pretensão é que a<br />

representação de gênero seja de 50%<br />

o que, entendemos, confere maior legitimidade<br />

e equidade na condução da<br />

entidade sindical.<br />

O SAAEMG, em várias oportunidades,<br />

tem ressaltado a importância da<br />

mulher para a categoria e incentivado<br />

sua participação nas demandas do sindicato<br />

e registrado que é um direito dela<br />

assumir essa bandeira, que a sociedade<br />

(machista) não faz nenhum favor em<br />

apoiá-las. Aliás, é um dever já que lutamos<br />

por direitos iguais em todas as<br />

áreas e sabemos da dedicação e influência<br />

da mulher na formação da<br />

sociedade em todos os níveis, familiar e<br />

profissional.<br />

Você acredita que há preconceito<br />

de gênero, mesmo numa categoria<br />

majoritariamente feminina?<br />

O aumento da participação feminina<br />

nos postos de trabalho viabilizou<br />

as demandas de igualdade de gênero<br />

também no meio sindical, que antes<br />

era predominantemente masculino.<br />

Infelizmente, ainda há preconceito que<br />

não se manifesta abertamente (já que<br />

se tornou politicamente incorreto pormenorizar<br />

a mulher). Isso ainda ocorre<br />

por meio de piadinhas que ao serem<br />

contestadas pelas mulheres, são justificadas<br />

como uma brincadeira inocente<br />

pelos homens. Sabemos que, no<br />

fundo, é preconceito sim. Na nossa ca -<br />

te goria esse preconceito não é tão<br />

acentuado, pois a maioria são mulheres<br />

que, a cada dia, mais se apoderam<br />

do seu espaço de forma natural e<br />

consciente.<br />

A pretensão é que, agora, com<br />

maior número de mulheres na diretoria,<br />

possamos criar uma secretaria ou diretoria<br />

de políticas para mulheres. Dessa<br />

forma, teremos condições de pensar a<br />

mulher no mundo do trabalho e no<br />

meio sindical, discutindo e desenvolvendo<br />

atividades que valorizem e defendam<br />

ainda mais sua importância na<br />

sociedade.<br />

FOTO CRÉDITO<br />

Revista Elas por Elas - Abril 2015

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