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CAPITÃO-MOR JOSÉ JOAQUIM DA ROCHA<br />
O Capitão-mor José Joaquim da Rocha,<br />
do conselho de Sua Majestade o<br />
Imperador, dignitário da ordem imperial<br />
do Cruzeiro, nasceu na cidade de<br />
Mariana, em Minas Gerais, em 19 de<br />
outubro de 1777; fez seus estudos no<br />
Seminário Nossa Senhora da Boa Morte e<br />
com tanto aproveitamento, que com 16<br />
anos de idade, por escolha de seu mestre<br />
o padre Pascoal Bernardino de Matos,<br />
tornou-se professor de latim. Casou-se<br />
em 25 de abril de 1798.<br />
Serviu vários cargos da governança e<br />
ofícios de justiça, únicos empregos que<br />
então havia em sua cidade natal, e com tal<br />
perícia e bom desempenho que , foi<br />
promovido ao posto de capitão-mor.<br />
Em 1808, quando a família real portuguesa<br />
chegou ao Rio de Janeiro, estabeleceu<br />
como advogado na então capital; logo<br />
se destacou como um dos mais hábeis<br />
advogados de seu tempo, mesmo não<br />
tendo a formação completa, tanto no cível<br />
como no eclesiástico, o seu trabalho foi<br />
sempre prestado gratuitamente aos<br />
homens do foro, aos pobres, e às viúvas<br />
desvalidas; e aos ricos mesmo só exigia o<br />
pagamento de seu trabalho antes pelo<br />
valor da causa do que pelo valor do<br />
mesmo trabalho.<br />
Em 1821, quando se proclamou no Rio de<br />
Janeiro a Constituição de Portugal, o<br />
capitão-mor Rocha aderiu a ela como o<br />
meio mais seguro de manter-se a união<br />
das províncias do Brasil, que por vezes<br />
tinham dado mostras de quererem-se<br />
separar uma das outras; nas primeiras<br />
reuniões para a escolha dos eleitores que<br />
deviam nomear os deputados às Cortes<br />
Constituintes de Portugal foi ele sempre<br />
contemplado; já para compromissário<br />
paroquial, já para eleitor de comarca, e já<br />
para eleitor de província; a província de<br />
Minas o elegeu deputado suplente às<br />
Cortes de Portugal.<br />
No momento que antecedeu o 7 de<br />
setembro 1822, fundou em sua casa o<br />
Clube da Resistência, mais tarde chamado<br />
de Clube da Independência, do qual<br />
tomam parte alguns dos articuladores do<br />
movimento no Rio de Janeiro, como José<br />
Clemente Pereira, Luís Pereira da<br />
Nóbrega de Sousa Coutinho, Luís de<br />
Menezes Vasconcelos de Drummond,<br />
entre<br />
O clube liderado pr o José Joaquim da<br />
Rocha começou a luta pela permanência<br />
do príncipe Dom Pedro no Brasil . A de<br />
José Joaquim da Rocha era conquista o<br />
príncipe na causa da independência e<br />
conseguir o apoio das províncias de<br />
Minas , Rio e São Paulo.<br />
"Agindo, conspirando, falando em clubes<br />
políticos, secretos e até em reuniões, de<br />
público; escrevendo em jornais e panfletos,<br />
ou mantendo-se em constante<br />
entendimento com seus amigos mineiros,<br />
fluminenses e paulistas; estimulando<br />
a formação da consciência nacional e<br />
preparando ambiente favorável ao golpe<br />
final, José Joaquim da Rocha se<br />
multiplicou nessa época numa assombrosa<br />
atividade e teve a seu lado outros<br />
preciosos e destemidos colaboradores<br />
de tão grata causa". Rocha Pombo:<br />
Seu Clube da rua da Ajuda na cidade do<br />
Rio de janeiro, fundado especialmente<br />
para a propaganda da Independência, foi<br />
efetivamente o centro indicador e propulsor,<br />
de toda a ação libertária, e onde tudo<br />
se tramou e movimentou, com segurança<br />
de êxito, desde o regresso da Família<br />
Imperial até a eclosão memorável do DIA<br />
do FICO em 9 de janeiro, e mais tarde,<br />
ainda, para o 7 de setembro de1822.<br />
Após o fechamento da Constituinte por d.<br />
Pedro I, em 1823, acompanha Bonifácio<br />
em seu exílio na França. Eles mantêm<br />
longa e sincera amizade. Morreu em 28<br />
de janeiro de 1868, no Rio de Janeiro.<br />
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