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Jornal das Oficinas 144

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jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

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<strong>Jornal</strong> independente<br />

da manutenção e reparação<br />

de veículos ligeiros<br />

e pesados<br />

<strong>144</strong><br />

Novembro 2017<br />

ANO XIII | 3 euros<br />

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Perfil de clientes<br />

Conceitos de rutura<br />

Modelos de negócio<br />

TENDÊNCIAS DO AFTERMARKET<br />

Revolução em curso<br />

Pág. 8<br />

DESTAQUE Pág. 18<br />

O quarto capítulo do tema “Como<br />

abrir uma oficina”, aborda os princípios<br />

básicos de segurança a ter em conta<br />

SALÃO Pág. 24<br />

A edição de 2017 do Equip Auto<br />

superou a realizada há dois anos<br />

TECNOLOGIA Pág. 34<br />

A Mercedes-Benz regressou aos<br />

motores de seis cilindros em linha<br />

depois de duas déca<strong>das</strong> de V6<br />

PUB<br />

REPORTAGEM Pág. 44<br />

Depois da aliança histórica,<br />

estabelecida em abril, o Grupo Hella<br />

Hengst anunciou a sua estratégia<br />

comercial para Portugal e Espanha<br />

TÉCNICA Pág. 84<br />

Saiba como as baixas temperaturas<br />

têm influência na repintura automóvel<br />

ENSAIO Pág. 88<br />

O Audi A5 Sportback é um modelo<br />

que está na vanguarda da técnica<br />

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1927-2017 SKF Portugal<br />

90 anos sempre a rolar<br />

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01_Capa_<strong>144</strong>REV.indd 1 24/10/17 18:29


Novembro I 2017<br />

_PubsPagina<strong>144</strong>.indd 2 24/10/17 19:38


FOLHA DE SERVIÇO<br />

03<br />

EDITORIAL<br />

João Vieira Diretor<br />

“Dados<br />

automóveis”<br />

1.ª Conferência Internacional de Pneus<br />

DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTORES DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino – rodolfo.faustino@apcomunicacao.com | IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão<br />

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com | PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />

JORNAL DAS OFICINAS<br />

Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra<br />

Tel.: 239 499 922<br />

Edição<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Marque na agenda:<br />

25 de novembro<br />

› No próximo dia 25 de novembro, realizar-se-á a 1.ª Conferência Internacional<br />

de Pneus (CIP 2017). O evento, organizado pela Revista dos Pneus, será uma<br />

oportunidade única para debater o presente e o futuro do setor<br />

O<br />

palco deste encontro será o Auditório do Centro de<br />

Congressos da FIL, no Parque <strong>das</strong> Nações, em Lisboa,<br />

que abre as portas pelas 09h00 para os participantes<br />

fazerem a sua acreditação e visitarem o espaço onde patrocinadores<br />

e entidades liga<strong>das</strong> ao setor dos pneus irão expor<br />

as suas novidades e serviços.<br />

A conferência vai promover um amplo debate sobre o presente<br />

e o futuro do setor dos pneus, tendo como principais<br />

protagonistas oradores especialistas em diversas áreas, que<br />

irão mostrar os seus pontos de vista sobre cada um dos temas<br />

em análise. O lema da conferência, “Futuro em movimento”,<br />

evidencia o propósito do evento, que pretende mostrar as<br />

N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

Tiragem – 10.000 exemplares<br />

Propriedade João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

tendências do comércio de pneus nas diversas vertentes do<br />

negócio: distribuição, retalho e oficinas.<br />

O objetivo da CIP 2017 é criar um espaço comum onde<br />

oradores e participantes possam discutir interesses mútuos,<br />

conhecer tendências e partilhar experiências pessoais com<br />

outros profissionais presentes. Para os participantes, esta<br />

será uma oportunidade única para aprofundar os conhecimentos<br />

sobre o presente e o futuro do comércio de pneus<br />

na Europa e no mundo, bem como as ferramentas que podem<br />

ser utiliza<strong>das</strong> para garantir a longevidade <strong>das</strong> suas organizações.<br />

Para fazer a inscrição, basta entrar no site www.cip2017.<br />

com e clicar em “Inscreva-se aqui". ✱<br />

.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

Os “dados automóveis” são um tema<br />

fulcral da agenda de prioridades da<br />

indústria automóvel. Novos players<br />

da área da comunicação estão a entrar<br />

neste mercado competitivo, uma vez<br />

que estas empresas estão familiariza<strong>das</strong><br />

com a recolha de enormes quantidades<br />

de dados e com o processamento dos<br />

mesmos, combinando-os com diferentes<br />

fontes com vista a implementar funcionalidades<br />

e serviços pelos quais os<br />

clientes estão dispostos a pagar.<br />

Os “dados automóveis” detêm um valor<br />

significativo para os clientes, como<br />

tem sido evidenciado pela disponibilidade,<br />

cada vez maior, para partilhar<br />

dados e, em simultâneo, para pagar<br />

por funcionalidades e serviços de conectividade.<br />

As tendências em torno<br />

da conectividade, da autonomia e da<br />

mobilidade partilhada, vão otimizar os<br />

tempos de viagem dos clientes e serão<br />

desencadea<strong>das</strong> pelos proprietários de<br />

automóveis mais jovens. O automóvel<br />

irá tornar-se num ambiente que permite<br />

que os utilizadores realizem e desfrutem<br />

de atividades para além da condução<br />

durante as viagens. Poderão ser oferecidos<br />

serviços de mobilidade a clientes<br />

em troca da visualização de publicidade<br />

direcionada e estes poderão fornecer<br />

feedback de produtos ou efetuar compras<br />

enquanto se viaja de automóvel.<br />

Esta realidade poderá transformar o<br />

automóvel num “ponto de controlo”<br />

para inúmeras experiências de compra<br />

e expandir largamente o potencial<br />

de influência no cliente e de compras<br />

efetua<strong>das</strong> a partir do veículo.<br />

A partir de uma perspetiva comercial,<br />

os modelos de negócio ativados<br />

por “dados automóveis” poderão desencadear<br />

uma nova vaga de oportunidades,<br />

as quais serão determina<strong>das</strong><br />

por escolhas de âmbito tecnológico e<br />

comercial, que deverão ocorrer dentro<br />

dos próximos três a cinco anos. O<br />

novos players da indústria automóvel<br />

vão começar a explorar o potencial da<br />

monetização dos “dados automóveis”,<br />

principalmente através de três abordagens:<br />

gerando receitas através da venda<br />

de serviços relaciona<strong>das</strong> com automóveis<br />

aos consumidores; rentabilizando<br />

dados para reduzir custos e/ou riscos;<br />

explorando benefícios de segurança<br />

adicionais (por exemplo, melhorando<br />

a resposta de segurança a um acidente.<br />

Atualmente, muitos players já se<br />

encontram envolvidos na cadeia de<br />

valor da conectividade automóvel e<br />

é previsível que este número venha a<br />

aumentar, dada a probabilidade de as<br />

oportunidades de crescimento atraírem<br />

novas empresas. As oficinas têm de estar<br />

atentas a esta evolução e à mudança<br />

do mercado, de modo a assegurarem<br />

procedimentos económicos viáveis para<br />

os novos modelos de negócio ativados<br />

por “dados automóveis”.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

03_Editorial_Folha de serviçoREV.indd 3 23/10/17 10:22


04<br />

Grande final realiza-se a 9 de dezembro<br />

Finalistas no pódio<br />

› Já são conhecidos os três finalistas da primeira edição do Challenge <strong>Oficinas</strong>. O pódio está completo com<br />

Castelo Branco, Loulé e Lisboa. A final do concurso realiza-se a 9 de dezembro, nas instalações da Polivalor<br />

A<br />

primeira edição do Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong> caminha para o seu final,<br />

excedendo to<strong>das</strong> as expectativas<br />

iniciais, tanto em termos de número de<br />

concorrentes, como no que diz respeito<br />

à própria qualidade dos mesmos. Uma<br />

competição renhida, desde a sua fase inicial,<br />

e que, agora, conhece os três finalistas:<br />

as oficinas João Carlos Pinheiro, Lda. (de<br />

João Carlos Pinheiro), Cavaco e Pina, Lda.<br />

(de Paulo Cavaco) e Auto C. Borges, Lda.<br />

(de António Augusto Santos). Um trio de<br />

oficinas que abrange o país inteiro: Castelo<br />

Branco, Loulé e Lisboa, respetivamente.<br />

As suas localizações geográficas são o<br />

espelho da abrangência deste evento e<br />

demonstram bem a qualidade do tecido<br />

oficinal português, bem como o alcance<br />

da iniciativa, sem paralelo no setor, organizada<br />

pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria<br />

com a Polivalor, sem esquecer o apoio dos<br />

patrocinadores. No dia 9 de dezembro, nas<br />

instalações da Polivalor, ficaremos a conhecer<br />

a melhor oficina de Portugal.<br />

1.º JOSÉ CARLOS PINHEIRO, LDA.<br />

(Responsável: JOSÉ CARLOS PINHEIRO)<br />

“Não tivemos 100% por duas pequenas<br />

falhas”<br />

Há 15 anos que José Carlos Pinheiro<br />

gere uma oficina com o seu nome, em<br />

Castelo Branco. Uma casa que, desde<br />

2006, pertence à rede Bosch Car Service.<br />

Segundo o responsável, o negócio tem<br />

corrido a preceito. Começou a trabalhar a<br />

solo e, hoje, conta já com uma equipa de<br />

16 pessoas. Tal a procura dos clientes, a<br />

oficina está a laborar com duas semanas<br />

de avanço. A José Carlos Pinheiro, Lda. assegura<br />

todos os serviços auto (mais uma<br />

área dedicada aos pneus) e subcontrata<br />

tudo o que sejam trabalhos relacionados<br />

com pintura. A classificação obtida no<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong> – que o coloca em<br />

primeiro lugar – não é garantia de vitória,<br />

mas o responsável está ciente de que<br />

apenas dois pormenores o separam dos<br />

100% <strong>das</strong> regras do concurso.<br />

2.º CAVACO E PINA, LDA.<br />

(Responsável: PAULO CAVACO)<br />

“Candidatei-me por ser<br />

uma experiência nova”<br />

A Cavaco e Pina, Lda. foi fundada, em<br />

Loulé, há apenas três anos e meio, mas<br />

tem feito o seu caminho com bastante<br />

sucesso. Antes de avançar para a criação<br />

de um negócio próprio, Paulo Cavaco, 41<br />

anos, já trabalhara como mecatrónico na<br />

Opel, juntamente com aquele que seria<br />

o seu sócio na “aventura, Ricardo Pina,<br />

que, por sua vez, assegurava os serviços<br />

na receção. Até que, um dia, num jantar<br />

entre os dois, nasceu a ideia: “Porque não<br />

abrirmos uma oficina juntos?” Assim pensaram,<br />

assim concretizaram o projeto.<br />

A participação no concurso Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong> também surgiu. digamos, meio<br />

por acaso. “Por ser uma experiência nova<br />

e poder aprender alguma coisa”, afirma.<br />

E confessa que, ganhar, é difícil, mas o<br />

segundo lugar é objetivo”.<br />

3.º AUTO C. BORGES, LDA.<br />

(Responsável: ANTÓNIO A. SANTOS)<br />

“Queremos sempre ganhar, como o<br />

Cristiano Ronaldo”<br />

A Auto C. Borges, Lda. é uma oficina que<br />

opera há 21 anos, em Lisboa. Quando<br />

abriu um negócio por conta própria,<br />

numa sociedade, António Augusto Santos<br />

já trazia, na bagagem, nove anos de<br />

experiência. “O nos distingue, além do<br />

bom serviço que prestamos, é a nossa<br />

diversidade. E o facto de sermos nós a<br />

fazer tudo”, conta o responsável. Admite<br />

que não foi sua a ideia de concorrer ao<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong>, mas sim do seu sócio<br />

(filho de um antigo sócio, entretanto falecido),<br />

que avançou para a inscrição no<br />

concurso. Mas, uma vez que se encontra<br />

entre os três finalistas, não tem dúvi<strong>das</strong><br />

quando ao seu desejo. “Queremos sempre<br />

ganhar, como o Cristiano Ronaldo,<br />

embora tenhamos muito respeito pelas<br />

capacidades dos outros”. ✱<br />

Para mais informações sobre este desafio, visite o site: www.challengeoficinas.pt<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

04_challenge oficinasRTEV.indd 4 24/10/17 20:19


Prémios_Challenge.pdf 2 19/07/17 15:19<br />

PRÉMIOS<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong> 2017<br />

TecRMI<br />

C<br />

M<br />

FINALISTAS<br />

Oferta de uma muda de óleo de motor para<br />

a viatura de cada um<br />

VENCEDOR<br />

Catálogo TecDoc Online com Dados Técnicos TecRMI.<br />

O Catálogo TecDoc é a solução ideal para quem<br />

procura de forma rigorosa e rápida identificar as peças<br />

de um veículo. A versão online oferece maior flexibilidade,<br />

porque acede à sua sessão por LOGIN em<br />

qualquer computador. Pode ainda adicionar módulos<br />

extra como a pesquisa por matrícula.<br />

TecRMI é o especialista de informação à escala europeia<br />

para o mercado do pós-venda automóvel. Informação<br />

conforme OE + Qualidade + Simples + Detalhada +<br />

Apelativa. Integração modular em solução cliente ou<br />

TecDoc<br />

Valor da Oferta: 530€<br />

Validade da oferta: 365 dias após ativação<br />

6 SEMI-FINALISTAS<br />

Oferta de 1 serviço de reparação de filtro<br />

de Partículas<br />

(a ser utilizado até à Final)<br />

3 FINALISTAS<br />

Oferta de 1 serviço de reparação de filtro<br />

de Partículas + 1 Combutec 2<br />

(a ser utilizado até 31 de Dezembro 2017)<br />

VENCEDOR<br />

Oferta de um Filtro de particulas CATS &<br />

Pipes - FDF162 FORD FOCUS 1.6TDCI<br />

109CV + 1 Combutec 2 + 20 Litros de<br />

AdBlue<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

VENCEDOR<br />

Ferramenta SKF VKN para montagem e<br />

desmontagem de rolamentos de roda<br />

3ª CLASSIFICADO<br />

Oferta de portes em todos os produtos que nos adquirir durante 3<br />

meses após o resultado do concurso.<br />

2ª CLASSIFICADO<br />

Oferta dos portes e do Kit de distribuição em todos os Motores Novos<br />

e Reconstruidos com 1 ou 2 anos de Garantia durante 6 meses após o<br />

resultado do concurso.<br />

VENCEDOR<br />

Oferta de crédito em compras no valor de 500€ sem IVA na compra<br />

de Motores e Caixas de Velocidades Manuais Novas e Reconstrui<strong>das</strong><br />

para valores superiores a 2000€ sem IVA. O vale deverá ser utilizado<br />

no prazo de 12 meses.<br />

6 SEMI-FINALISTAS<br />

Software GTA EVE 100 que inclui:<br />

20 orçamentos ou 500 pesquisas de referencias;<br />

Inclui tempos da marca (Tempo e substituição, reparação e pintura).<br />

PVP 308€<br />

3 FINALISTAS<br />

Software GTA EVE 100 que inclui:<br />

100 orçamentos ou 2500 pesquisas de referencias;<br />

Inclui tempos da marca (Tempo e substituição, reparação e pintura).<br />

PVP 585€<br />

VENCEDOR<br />

Software GTA EVE limitado que inclui:<br />

Orçamentos ilimitados;<br />

Pesquisas de referências ilimita<strong>das</strong>;<br />

Modulo de Aftermarket;<br />

Modulo de Valorização;<br />

Modulo de encomenda de Peças auto;<br />

Inclui tempos da marca (Tempo e substituição, reparação e pintura).<br />

PVP 1415€<br />

3ª CLASSIFICADO<br />

Carregador de bateria CTEK 3.6<br />

2ª CLASSIFICADO<br />

Carregador de bateria CTEK 5.0<br />

VENCEDOR:<br />

Carregador de bateria CTEK start & stop<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

_PubsPagina<strong>144</strong>.indd 5 24/10/17 18:44


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business<br />

06<br />

Grande final realiza-se a 3 e 4 de novembro<br />

A hora da verdade<br />

› Quando o leitor estiver a ler a presente edição do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, já foi<br />

encontrado o vencedor da final do Concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel<br />

2017”, que se realiza a 3 e 4 de novembro, nas instalações da ATEC. Na próxima<br />

edição (dezembro), destacaremos tudo o que de mais importante se passou<br />

nos dois dias da Grande Final, bem como o nome do vencedor<br />

Durante cinco meses (de abril a<br />

agosto deste ano), cerca de três<br />

centenas de mecatrónicos responderam<br />

aos questionários publicados no<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> para poderem participar<br />

no Concurso “Melhor Mecatrónico<br />

Automóvel 2017”. O interesse suscitado<br />

por esta iniciativa excedeu, uma vez mais,<br />

as expectativas da organização, pela<br />

grande adesão e entusiasmo de todos<br />

quantos participaram. Com as respostas<br />

do 5.º (e último) questionário, chegou ao<br />

fim o processo de seleção para apurar<br />

os oito melhores profissionais que irão<br />

disputar a grande final do concurso. A<br />

seguir, indicamos as respostas corretas<br />

às questões que serviram de base para<br />

a seleção dos finalistas.<br />

Respostas corretas aos questionários do Concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel”<br />

Confira abaixo as respostas corretas aos questionários publicados nas edições do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> (abril a agosto de 2017):<br />

1 b) Marcar a posição do disco em relação<br />

ao volante do motor<br />

2 c) O perfil do bordo da jante<br />

3 b) É a oscilação lateral da roda em relação<br />

ao eixo de direção, o que provoca<br />

uma forte vibração da direção<br />

4 a) São todos aqueles sinais constantes no<br />

tempo deferindo a sua amplitude e<br />

frequência<br />

5 d) Memória ROM<br />

6 a) O sistema binário<br />

7 b) Oito<br />

8 c) Bit<br />

9 c) Evitar perturbações nas mensagens<br />

emiti<strong>das</strong><br />

10 a) ... microprocessador, controlador e<br />

transmissor-recetor<br />

11 c) Evitar que os dados transmitidos<br />

sejam afetados por fenómenos de<br />

reflexão<br />

12 b) Proporcionar informação à unidade<br />

de controlo do motor para calcular a<br />

carga do mesmo<br />

13 c) Reconhecer o PMS dos cilindros e<br />

registar as rotações do motor<br />

14 d) Introduzir os vapores do depósito de<br />

combustível no coletor de admissão<br />

15 d) Permite determinar, com maior<br />

exatidão, a quantidade de ar aspirado<br />

pelo motor ao reconhecer as<br />

correntes de refluxo<br />

16 c) Reduzir a emissão de gases poluentes<br />

durante os primeiros momentos do<br />

funcionamento do motor<br />

17 a) Controlar os elementos relacionados<br />

com a emissão dos gases de escape<br />

18 a) O circuito de alimentação de<br />

combustível está formado por uma<br />

parte de baixa pressão de combustível<br />

e por outra de alta pressão<br />

19 d) Diretamente na câmara de<br />

combustão<br />

20 b) Em caso de avaria do sistema, a árvore<br />

de cames mantém-se em posição<br />

básica e provoca uma diminuição do<br />

binário do motor<br />

21 b) Metano<br />

22 b) 130 Octanas<br />

23 d) To<strong>das</strong> as afirmações anteriores são<br />

corretas<br />

24 c) Existe o equilíbrio estático e o<br />

equilíbrio dinâmico<br />

25 b) Das moléculas de oxigénio no<br />

escape a fim de saber a mistura<br />

estequiométrica<br />

26 c) É um sistema que a pressão está<br />

sempre presente num alimentador<br />

comum e que, por via de uma<br />

excitação elétrica, permite que os<br />

injetores façam a sua abertura<br />

27 d) O aditivo AdBlue permite uma reação<br />

química no catalisador de oxidação,<br />

para redução do teor de oxigénio no<br />

escape<br />

28 c) Efetuar a recirculação dos gases<br />

escape, com o objetivo de diminuir<br />

a temperatura de combustão e,<br />

assim, reduzir a oxidação do Azoto e<br />

consequente de NOx<br />

29 c) É um sinal de onda quadrada, com<br />

frequência fixa, que servirá para obter<br />

um valor médio de tensão variável<br />

30 c) No condensador para o estado líquido,<br />

e no evaporador para estado gasoso<br />

31 d) 107,25 mm<br />

32 a) Diminuir o atrito e arrefecer as peças<br />

móveis do motor<br />

33 b) A saída dos gases resultantes da<br />

queima<br />

34 c) Densidade do eletrólito da mesma<br />

35 b) Radial ou diagonal<br />

36 c) Criam a faísca necessária para<br />

a queima da mistura de ar e<br />

combustível<br />

37 c) Cilindro mestre, disco, tambor<br />

38 c) Sim<br />

39 a) Aspira o fluido no estado gasoso e<br />

envia o fluido no estado gasoso<br />

40 b) Em série com o circuito elétrico<br />

41 c) Do pólo positivo para o negativo<br />

42 c) 0,012 A<br />

43 a) …para proteger os consumidores e<br />

os cabos contra correntes de curtocircuito<br />

44 b) 85 e 86<br />

45 a) Diminuem a tensão e a corrente no<br />

consumidor<br />

46 c) Ligando o terminal (+) ao ânodo e o<br />

terminal ( - ) ao cátodo<br />

47 c) Linhas K e L<br />

48 a) Uma resistência variável com a<br />

temperatura<br />

49 d) Uma sonda Lambda<br />

50 b) CAN-BUS, Bluetooth, Byteflight e<br />

FlexRay<br />

Classificação geral<br />

Após a publicação dos cinco questionários<br />

para apuramento dos oito finalistas<br />

ao Concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel<br />

2017”, a classificação dos 50 primeiros<br />

foi a seguinte:<br />

Class. Pts Empresa Nome<br />

1 47 Lubrigaz Davide Brito<br />

2 45 Miguel & Luísa João Luís<br />

3 45 JSRacing Jorge Simões<br />

4 44 Luís Marques Luís Marques<br />

5 44 Magalhães & Irmãos Luís Magalhães<br />

6 44 Auto Canada João Canada<br />

7 41 Particular José Araujo<br />

8 41 Garagem 21 Hélder Pereira<br />

9 40 Cândido Silva Artur Silva<br />

10 40 ISEP José Magalhães<br />

11 39 Conficar Rui Fernandes<br />

12 39 PRPeças Paulo Tomé<br />

13 38 Auto Ind. Coimbra Ricardo Albino<br />

14 37 MSCar Radu Holban<br />

15 36 Cavaco e Pina Paulo Cavaco<br />

16 35 NRS Technik Nelson Sousa<br />

17 -- Auto Industrial Gustavo Dias<br />

18 -- MCoutinho Bruno Cação<br />

19 -- Auto Espírito Santo Paulo Espírito Santo<br />

20 -- Auto Pinto Amílcar Pinto<br />

21 -- GermanCarShop Tomé Gomes<br />

22 -- Auto Rep. Guedes José Guedes<br />

23 -- Rolauto António Rolo<br />

24 -- RC Azores Travel Brian Melo<br />

25 -- Axa Assistance Ricardo Lopes<br />

26 -- Albano Pedrosa Bruno Pedrosa<br />

27 -- Auto Santos Jorge Santos<br />

28 -- Audi Jorge Soares<br />

29 -- Vítor Anastácio Filipe Nobre<br />

30 -- Ascendum Hugo Guerra<br />

31 -- ICF Reparações Marcelo Fernandes<br />

32 -- Autoeuropa Luís Marques<br />

33 -- Grelhacar João Dias<br />

34 -- Ladeira & Gregório Luís Nascimento<br />

35 -- Nuno Cristovão Nuno Cristovão<br />

36 -- Bruno Pais Bruno Pais<br />

37 -- Particular João Melo<br />

38 -- GSVI Sérgio Dias<br />

39 -- Tavarede Car Pedro Costa<br />

40 -- J3Maurício Cristian Ferreira<br />

41 -- Rodo Pereira Tiago Pereira<br />

42 -- Mi<strong>das</strong> Carlos Teixeira<br />

43 -- Paços Station Mauro Guimarâes<br />

44 -- José Henriques José Henriques<br />

45 -- C. Santos Tiago Rita<br />

46 -- MileneCar Fernando Franco<br />

47 -- Robert Bosch João Bernardo<br />

48 -- Fórmula 1 Alberto Silva<br />

49 -- Autosantos Jorgen Santos<br />

50 -- TDA Marco Alvarenga<br />

Para mais informações sobre este desafio, visite o site: www.melhormecatronico.pt<br />

soluções para o seu negócio<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

06_Melhor MecatronicoREV.indd 6 23/10/17 09:13


Prémios_mecatronico.pdf 1 19/07/17 15:18<br />

PRÉMIOS<br />

Melhor Mecatrónico 2017<br />

1º CLASSIFICADO<br />

Carro de ferramentas com 215 peças com ferramentas<br />

premium<br />

A quem respondeu aos primeiros 4 questionários:<br />

Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas<br />

(a ser utilizado até 15 de Setembro de 2017)<br />

A quem respondeu na totalidade dos questionários:<br />

Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas<br />

(a ser utilizado até 31 de Outubro de 2017)<br />

2º CLASSIFICADO<br />

Chave dinamométrica digital para Torque e Ângulo com<br />

memória, USB<br />

3º CLASSIFICADO<br />

Chave dinamométrica digital para Torque e Ângulo<br />

VALOR TOTAL 2500€<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

FINALISTAS<br />

Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas<br />

(a ser utilizado até 31 de Dezembro de 2017)<br />

VENCEDOR<br />

Oferta de um Filtro de particulas CATS & Pipes -<br />

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Combutec 2 + 2x10L Litros de AdBlue<br />

FINALISTAS<br />

Pack merchandising MEYLE<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

solutions<br />

for<br />

your<br />

business<br />

soluções para o seu negócio<br />

VENCEDOR<br />

Desenvolvimento do Web Site.<br />

Domínio e Alojamento do site por um ano.<br />

Email e Manutenção do site por um ano.<br />

VALOR 2.000€<br />

FINALISTAS<br />

Coletes e batas de trabalho<br />

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de formação Autozitânia 2017/2018<br />

Melhor Mecatrónico 2017<br />

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Ferramenta SKF VKN trancadora para distribuição<br />

1º prémio:<br />

Cheque oferta + Pack de merchandising oficina<br />

(valor 400€)<br />

2º a 7º prémios:<br />

Pack de merchandising oficina (valor de 100€/cada)<br />

VENCEDOR<br />

Cheque oferta+Pack de merchandising oficina<br />

VALOR 400€<br />

RESTANTES FINALISTAS<br />

Pack de merchandising oficina<br />

VALOR 100€ (cada)<br />

FINALISTAS<br />

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a viatura de cada um<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

_PubsPagina<strong>144</strong>.indd 7 24/10/17 18:44


08<br />

DESTAQUE<br />

Tendências do aftermarket internacional<br />

Conheça as novas<br />

oportunidades<br />

› Durante os próximos cinco a 10 anos, assistiremos a grandes mudanças no aftermarket. Para<br />

compreender o que vai realmente alterar-se e conhecer as novas oportunidades que vão surgir,<br />

aconselhamos a leitura atenta deste artigo, baseado no relatório realizado pela consultora McKinsey<br />

O<br />

mais recente relatório realizado<br />

pela McKinsey sobre o aftermarket<br />

contou com a colaboração da<br />

CLEPA (Associação Europeia de Fornecedores<br />

Automóvel) e avalia as tendências<br />

e o potencial impacto <strong>das</strong> mesmas no<br />

“equilíbrio do poder” e nos “resultados”,<br />

assim como prevê as implicações para<br />

os fornecedores do setor automóvel. No<br />

geral, é previsível que a indústria do pós-<br />

-venda, a nível global, cresça a uma média<br />

de 3% ao ano até 2030. Mas é provável que<br />

os contornos desse crescimento mudem<br />

de três formas importantes:<br />

Região. A China irá tornar-se na principal<br />

“força motriz” (8,1% ao ano), com<br />

a restante Ásia a crescer 6,5%, ao passo<br />

que o modesto contributo da Europa e da<br />

América do Norte não deverá ultrapassar<br />

os 1,5%.<br />

Modelo de negócio. É de esperar uma<br />

mudança rumo a parcerias através de empresas<br />

de comércio eletrónico e oficinas.<br />

Produtos e serviços. É previsível que<br />

os serviços e diagnósticos cresçam mais<br />

rapidamente (cerca de três pontos percentuais)<br />

comparativamente às peças sujei-<br />

tas a desgaste e às peças relevantes em<br />

acidentes. As receitas relaciona<strong>das</strong> com<br />

meios digitais vão triplicar, atingindo um<br />

volume de ven<strong>das</strong> de quase 20%.<br />

No que respeita aos fornecedores do<br />

setor automóvel (fabricantes de peças),<br />

é previsível que seis tendências principais<br />

mudem a dinâmica do mercado do<br />

pós-venda:<br />

1 Consolidação entre distribuidores de<br />

peças;<br />

2 Expansão agressiva <strong>das</strong> marcas de automóveis<br />

em direção às atividades do<br />

pós-venda;<br />

3 Digitalização de canais e interfaces;<br />

4 Acesso a dados gerados por automóveis;<br />

5 Crescimento da influência dos intermediários<br />

(digitais);<br />

6 Maior transparência nos preços e<br />

maior diversidade de fornecimento<br />

para clientes.<br />

Apesar de to<strong>das</strong> as evidências da natureza<br />

revolucionária destas tendências<br />

no mercado do pós-venda – que se manifestam,<br />

por exemplo, pelo seu impacto<br />

nas receitas, nos lucros e na estrutura da<br />

indústria – 80% dos players afirma não<br />

estar bem preparada atualmente, principalmente<br />

devido à falta de orientações e<br />

competências estratégicas e aos recursos<br />

insuficientes na área da digitalização. O<br />

derradeiro impacto destes fenómenos nos<br />

lucros dos fornecedores vai depender da<br />

forma como estes conseguirem minimizar<br />

os impactos negativos, capitalizando as<br />

oportunidades que se lhes apresentarem.<br />

Para superarem o desafio e beneficiarem<br />

<strong>das</strong> oportunidades resultantes, os fornecedores<br />

do setor automóvel terão de avaliar<br />

o impacto provável destas tendências de<br />

rutura nas suas atividades.<br />

Em especial, os fornecedores de peças<br />

terão de compreender os cenários mais<br />

prováveis para a indústria no futuro – cenários<br />

nos quais poderão ser beneficia<strong>das</strong><br />

as categorias com vários players ou nos<br />

casos mais extremos, cenários nos quais<br />

seja previsível que um tipo de player, como<br />

os OEM ou distribuidores, domine o panorama<br />

do pós-venda. Em seguida, terão<br />

de definir um caminho a seguir que tenha<br />

em conta as suas aspirações estratégicas,<br />

a forma como se apresentam no mercado,<br />

as suas parcerias e a posição na cadeia<br />

de valor, bem como as ferramentas que<br />

fomentam e aprofundam as suas relações<br />

com os consumidores.<br />

n ALTERAÇÕES DRAMÁTICAS<br />

O pós-venda no setor automóvel está<br />

a passar por alterações dramáticas com<br />

expectativas de clientes em constante<br />

evolução, inovações tecnológicas acelera<strong>das</strong><br />

e mudanças ao nível da competitividade.<br />

Estas alterações vão reformular a<br />

forma como os clientes, os fornecedores<br />

do setor automóvel e outras empresas<br />

do pós-venda encaram os automóveis e<br />

a condução, a forma como os negócios<br />

são realizados no pós-venda automóvel<br />

e a forma como o valor é criado.<br />

Além do mais, os mercados emergentes<br />

vão criar novas necessidades e aumentar<br />

a pressão na tomada de ações na indústria<br />

do pós-venda. Simultaneamente, os<br />

players da indústria vão enfrentar desafios<br />

resultantes do ritmo cada vez mais<br />

elevado de consolidação da indústria,<br />

especialmente na América do Norte e na<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

08-17_Destaque tendencias aftermarketREV.indd 8 24/10/17 17:31


09<br />

QUADRO I<br />

O mercado do pós-venda é composto por cinco grupos de partes interessa<strong>das</strong> e dois modelos de fornecedores.<br />

Este estudo analisa este mercado a partir da perspetiva dos fornecedores de automóveis<br />

OE<br />

Pós-venda<br />

independente<br />

(IAM)<br />

Fabricantes de peças Distribuidores de peças <strong>Oficinas</strong><br />

OEMs: VW, BMW,<br />

Daimler, etc<br />

Fornecedores de<br />

automóveis:<br />

Bosch, Hella, ZF<br />

Fabricantes<br />

genéricos<br />

Europa. Adicionalmente, players como os<br />

fornecedores de automóveis que há muito<br />

exercem as suas atividades num ambiente<br />

relativamente estável, vão enfrentar um<br />

novo tipo de pressão competitiva de<br />

players em diferentes etapas da cadeia<br />

de valor do pós-venda, bem como de<br />

novos players, com modelos de negócio<br />

digitalmente otimizados.<br />

Novas tecnologias e grandes mudanças<br />

na indústria do pós-venda serão fatores<br />

revolucionários aos quais todos os players<br />

terão de reagir agora de forma a assegurarem<br />

posições fortes no futuro. Para<br />

serem bem-sucedidos no novo mercado<br />

do pós-venda, os fabricantes de peças<br />

automóvel precisam de tomar medi<strong>das</strong><br />

desde já. Esta abordagem começa com<br />

uma avaliação do impacto da tendência<br />

na organização individual e com a definição<br />

da estratégia para o futuro. Neste<br />

relatório, a McKinsey tem como objetivo<br />

esclarecer o dinamismo do mercado do<br />

pós-venda e proporcionar respostas às<br />

seguintes questões chave a partir da<br />

perspetiva dos fornecedores do setor<br />

automóvel na Europa:<br />

l Qual é o panorama atual do pós-venda<br />

automóvel e qual será a sua trajetória<br />

(crescimento) até 2030?<br />

l Quais serão as tendências com maior<br />

impacto no pós-venda e de que forma<br />

poderão as movimentações estratégicas<br />

resultantes dos players envolvidos<br />

mudar a dinâmica da indústria?<br />

l Como poderão os fornecedores do setor<br />

automóvel tirar total partido <strong>das</strong> mudanças<br />

previstas e aproveitar as novas<br />

oportunidades resultantes?<br />

n ESTRUTURA DO AFTERMARKET<br />

O aftermarket é a parte do setor da indústria<br />

automóvel composta por serviços<br />

automóveis e comercialização de peças.<br />

A atividade dos serviços (manutenção<br />

e reparação de veículos), gera cerca de<br />

45% <strong>das</strong> receitas totais do pós-venda na<br />

Europa, ao passo que a venda de peças de<br />

Unidades de ven<strong>das</strong><br />

OEM e distribuidores<br />

Grupos de<br />

Compras: ATR,<br />

Temot<br />

Distribuidores<br />

Independentes:<br />

Stahlgruber, LKQ,<br />

Mekonomen<br />

Distribuidores<br />

online: Amazon,<br />

eBay, kfz-teile24<br />

<strong>Oficinas</strong> OEM<br />

e concessionários<br />

Centros automóvel<br />

e serviços rápidos:<br />

A.T.U., pitstop<br />

Redes de oficinas:<br />

AutoCrew, Meisterhaft<br />

Pequenas <strong>Oficinas</strong><br />

veículos, por grosso e a retalho, representa<br />

os restantes 55%. Em conjunto, ambas as<br />

atividades são uma parte importante da<br />

indústria automóvel em geral, uma vez<br />

que proporcionam receitas substanciais<br />

de, aproximadamente, 760 mil milhões de<br />

dólares americanos (2015) ou seja, cerca<br />

de 20% <strong>das</strong> receitas automóveis totais e<br />

uma rentabilidade superior à da maioria<br />

dos restantes subsetores da indústria.<br />

No que respeita às partes interessa<strong>das</strong>, o<br />

pós-venda divide-se, geralmente, na rede<br />

de fabricantes de equipamento original<br />

(OEM) e no pós-venda independente<br />

(IAM). Ao longo da cadeia de valor, podemos<br />

verificar interação entre os múltiplos<br />

tipos de interessados. A estrutura<br />

de mercado e o grau de consolidação<br />

variam ao longo <strong>das</strong> regiões. E embora<br />

os níveis de poder dos players variem ao<br />

longo da cadeia de valor de acordo com<br />

a geografia, o pós-venda automóvel é<br />

composto por cinco grupos distintos de<br />

interessados (Quadro I):<br />

l Fabricantes de peças tais, como OEM,<br />

fornecedores de automóveis e fabricantes<br />

genéricos que produzem peças para<br />

o pós-venda e proporcionam serviços;<br />

l Distribuidores de peças, incluindo<br />

grupos de compras, distribuidores<br />

independentes, retalhistas online e<br />

OEM com a sua rede de distribuidores<br />

afiliados;<br />

l <strong>Oficinas</strong>, incluindo as redes de oficinas<br />

OEM, centros automóvel, sistemas em<br />

cadeia e pequenas oficinas;<br />

l Intermediários, em particular seguros,<br />

clubes automóveis, empresas de leasing<br />

e portais de encaminhamento;<br />

l Clientes finais, compostos por privados,<br />

empresas e mercado de frotas;<br />

l Dimensão do mercado e perspetiva de<br />

crescimento global.<br />

O modelo de análise do pós-venda automóvel<br />

da McKinsey foi desenvolvido para<br />

projetar o crescimento da indústria global.<br />

O modelo representa valores a nível de<br />

Intermediários<br />

Seguradoras:<br />

Allianz, HUK-<br />

-Coburg<br />

Clubes<br />

automóveis:<br />

ADAC<br />

Leasing:<br />

LeasePlan<br />

Portais de<br />

Routing:<br />

FairGarage<br />

Clientes finais<br />

Particulares<br />

Empresarial<br />

Frotas<br />

Fonte: McKinsey<br />

preço do cliente final, incluindo peças,<br />

mão de obra, manutenção e receitas com<br />

peças relevantes em acidentes, com uma<br />

diferenciação por região. Engloba um valor<br />

global total para o mercado em 2015<br />

de, aproximadamente, 760 mil milhões<br />

de dólares americanos. Mais especificamente,<br />

três regiões foram responsáveis<br />

por mais de 75% deste valor: mais de um<br />

terço teve origem na América do Norte<br />

(35% ou, aproximadamente, 267 mil milhões<br />

de dólares americanos), seguindo-se<br />

QUADRO II<br />

a Europa com, aproximadamente, 237 mil<br />

milhões de dólares americanos (31%) e<br />

a China, com cerca de 72 mil milhões de<br />

dólares americanos, registando 10% do<br />

valor global.<br />

Nos últimos cinco anos, o pós-venda<br />

automóvel evidenciou um crescimento<br />

e uma rentabilidade saudáveis. É previsível<br />

que esta tendência se mantenha e<br />

que o pós-venda venha a aumentar para<br />

cerca de 1.200 mil milhões de euros até<br />

2030, com uma taxa de crescimento global<br />

subjacente de cerca de 3% ao ano. Isto<br />

representa um ligeiro decréscimo de quase<br />

um ponto percentual comparativamente a<br />

taxas de crescimentos anteriores. É interessante<br />

notar que são previsíveis mudanças<br />

nas fontes de crescimento, em particular<br />

no que respeita a região, modelo de negócio<br />

e grupos de produto e serviços.<br />

n DE REGIÃO PARA REGIÃO<br />

O crescimento não terá uma distribuição<br />

equitativa por região, apresentando<br />

diferenças significativas entre mercados<br />

consolidados e mercados emergentes<br />

(Quadro II). Impulsionada, em grande<br />

parte pela China, a Ásia será o motor<br />

de crescimento do mercado global nos<br />

próximos anos. Com a expansão económica<br />

do país por detrás do crescimento<br />

da taxa de propriedade de automóveis,<br />

é previsível que a China se aproxime do<br />

parque automóvel de veículos ligeiros da<br />

Europa até 2020, representando cerca de<br />

um quinto dos 1.196 mil milhões do pós-<br />

-venda automóvel a nível global em 2030.<br />

Em particular, o mercado dos serviços vai<br />

registar um forte crescimento na China,<br />

principalmente devido à idade média<br />

Após um período de elevado crescimento, é previsível que as receitas na<br />

Europa e na América do Norte estagnem, ao passo que as da Ásia vão<br />

aumentar significativamente<br />

Receitas totais do pós-venda em milhares de milhões de dólares americanos* Crescimento por ano<br />

Percentagem<br />

2010 - 14<br />

2015 - 30<br />

Focus do estudo<br />

América do Norte **<br />

+3,5<br />

267<br />

2015<br />

+3.9<br />

759<br />

2015<br />

Global<br />

+1.6<br />

337<br />

2030<br />

+3.1<br />

1.196<br />

2030<br />

+2.1<br />

237<br />

2015<br />

Europa<br />

+1.5<br />

295<br />

2030<br />

Resto do mundo ****<br />

+5.5<br />

106<br />

2015<br />

+1.6<br />

134<br />

2030<br />

Resto da Ásia ***<br />

+6.4<br />

77<br />

2015<br />

+6.4<br />

72<br />

2015<br />

China<br />

+6.5<br />

197<br />

2030<br />

+8.1<br />

233<br />

2030<br />

Mais de 80% dos especialistas aftermarket concordam com esta perspetiva<br />

* Incluindo peças, mão de obra, manutenção e receitas relaciona<strong>das</strong> com acidentes ** Incluindo os EUA, Canadá e México *** Incluindo<br />

Índia **** Incluindo América do Sul, África e Oceânia<br />

FONTE: Modelo de mercado McKinsey. Estudo realizado com membros CLEPA (n = 27; fevereiro de 2017)<br />

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Novembro I 2017<br />

08-17_Destaque tendencias aftermarketREV.indd 9 24/10/17 17:31


10<br />

DESTAQUE<br />

Tendências do aftermarket internacional<br />

QUADRO III<br />

As peças sujeitas a desgaste representam, atualmente, a maior quota <strong>das</strong><br />

receitas de pós-venda dos fornecedores, mas é previsível que os serviços<br />

e produtos de diagnóstico impulsionem o crescimento<br />

Peças de<br />

desgaste<br />

Peças relevantes<br />

em<br />

acidentes<br />

Seviços<br />

Produtos de<br />

diagnóstico<br />

Outro **<br />

Quota de receitas<br />

atual do aftermarket<br />

Percentagem<br />

6<br />

12<br />

9<br />

20<br />

53<br />

Crescimento<br />

vs média<br />

aftermarket *<br />

= 0 pp<br />

-1 pp<br />

+3 pp<br />

+3 pp<br />

Lógica (exemplos)<br />

* Crescimento de receitas esperado do segmento vs média total do aftermarket nos próximos 10 anos<br />

** Incluindo motores, transmissões, motopropulsores, turbos<br />

A qualidade <strong>das</strong> peças está a melhorar,<br />

mas a idade média dos veículos está a<br />

aumentar<br />

Pressão sobre o preço dos fabricantes<br />

asiáticos<br />

O aumento de segurança nos veículos<br />

e nas estra<strong>das</strong> vai diminuir as taxas de<br />

acidentes<br />

Surgimento de novos serviços, por<br />

exemplo, gestão de frotas e serviços<br />

acionados digitalmente<br />

Dados automóvel e novas tecnologias<br />

dão origem a “Diagnósticos 2.0” (um<br />

novo mercado que pode ser conquistado<br />

pelos OEM)<br />

Fonte: Estudo realizado com membros CLEPA (n = 27; fevereiro 2017). Entrevistas com 20 especialistas do mercado do pós-venda<br />

crescente do parque automóvel. Embora,<br />

atualmente, a idade média dos veículos<br />

na China seja baixa comparativamente,<br />

registando cerca de 4,5 anos, é previsível<br />

que esta aumente significativamente e<br />

em breve. Contudo, é previsível que o<br />

ritmo de crescimento da Ásia diminua<br />

no futuro, em grande medida devido a<br />

um abrandamento geral do crescimento<br />

económico da China nos próximos anos.<br />

Simultaneamente, o relatório indica apenas<br />

crescimento moderado no pós-venda<br />

automóvel em mercados consolidados<br />

apesar do aumento na densidade de veículos.<br />

Ao longo dos últimos 10 anos, os<br />

mercados consolidados da Europa e América<br />

do Norte registaram taxas de crescimento<br />

no parque automóvel inferiores<br />

a 2% ao ano. Simultaneamente, a idade<br />

média dos veículos aumentou de 10,5<br />

para 11,5 anos nos EUA e de 8,4 para 9,7<br />

anos na Europa. Estas tendências realçam<br />

a crescente necessidade de lidar com os<br />

segmentos dos veículos mais antigos. No<br />

geral, é previsível receitas do pós-venda<br />

automóvel de, aproximadamente, 337 mil<br />

milhões de euros na América do Norte e<br />

de, aproximadamente, 295 mil milhões<br />

euros na Europa em 2030 – com taxas de<br />

crescimento anual, em ambos os mercados,<br />

em torno dos 1,5% até lá.<br />

n MODELO DE NEGÓCIO<br />

O negócio do pós-venda é realizado<br />

através de vários modelos, incluindo peças<br />

originais e de qualidade equivalente,<br />

pós-venda independente, oficinas e uma<br />

variedade de outros modelos de negócio<br />

ou canais (por exemplo, comércio eletrónico).<br />

Embora a maioria dos fornecedores<br />

do pós-venda esteja, hoje, a operar no mercado<br />

do pós-venda independente através<br />

do canal de equipamento de origem<br />

e peças de substituição, é previsível que<br />

a evolução do pós-venda seja caracterizada<br />

por uma mudança rumo a parcerias<br />

e modelos de distribuição direta (particularmente<br />

negócios de comércio eletrónico<br />

e oficinas). Atualmente, apenas um em<br />

cada três players está a utilizar um dos dois<br />

últimos modelos de negócio, mas muito<br />

especialistas preveem que estes se tornem<br />

mais importantes num futuro próximo.<br />

n PRODUTOS E SERVIÇOS<br />

No lado do produto, os fabricantes de<br />

componentes indicam que, atualmente,<br />

cerca de metade <strong>das</strong> receitas provêm <strong>das</strong><br />

peças sujeitas a desgaste, seguindo-se as<br />

peças relevantes em acidente, os produtos<br />

de diagnóstico, serviços e outras peças. No<br />

futuro, é previsível que o crescimento <strong>das</strong><br />

peças sujeitas a desgaste abrande devido<br />

ao aumento da qualidade <strong>das</strong> peças, à<br />

mobilidade elétrica e à pressão exercida<br />

nos preços. De igual modo, as taxas de<br />

acidentes vão diminuir como resultado do<br />

aumento da segurança. Embora a maior<br />

utilização de sensores possa aumentar<br />

o custo médio de cada acidente isolado,<br />

no geral, é esperada uma diminuição.<br />

Por outro lado, os diagnósticos e servi-<br />

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Novembro I 2017<br />

_PubsPagina<strong>144</strong>.indd 11 24/10/17 11:04


12<br />

DESTAQUE<br />

Tendências do aftermarket internacional<br />

Fonte: Estudo realizado com membros do CLEPA (n = 27; fevereiro 2017). Entrevistas com 20 especialistas do mercado do pós-venda. McKinsey<br />

QUADRO IV<br />

Os especialistas creem que seis tendências específicas relativas aos fornecedores do setor automóvel apresentam<br />

um elevado potencial de rutura nos próximos cinco a 10 anos<br />

Avaliação de tendências com base em entrevistas e inquéritos<br />

Linha<br />

cronológica<br />

A curto prazo<br />

(0 – 5 anos)<br />

A médio prazo<br />

(5 – 10 anos)<br />

A longo prazo<br />

(> 10 anos)<br />

ços vão gerar um crescimento à medida<br />

que surgirem novas ofertas, muitas <strong>das</strong><br />

quais liga<strong>das</strong> à digitalização e aos dados<br />

automóveis. É previsível que as taxas de<br />

crescimento deste último elemento sejam,<br />

aproximadamente, três pontos percentuais<br />

mais eleva<strong>das</strong> do que a média do<br />

pós-venda na sua totalidade.<br />

Além do mais, os produtos e serviços<br />

digitalmente otimizados vão ser responsáveis<br />

por uma quota crescente do valor<br />

geral (Quadro III). É previsível que a sua<br />

quota <strong>das</strong> receitas do pós-venda triplique<br />

passando dos atuais 6% para quase<br />

20% nos próximos 10 anos. O crescimento<br />

nestas ofertas digitais vai resultar do hardware<br />

(por exemplo, dispositivos de telemática,<br />

sensores ou ecrãs), software (por<br />

exemplo, rastreio de veículos, custo total<br />

da propriedade ou software de monitorização<br />

de condutor) e dos serviços (por<br />

exemplo, gestão de frotas, proteção contra<br />

roubo ou serviços de atualização por via<br />

aérea). Em muitos casos, serão os novos<br />

players a utilizar a via digital para oferecer<br />

estas novas soluções. Contudo, algumas<br />

tendências de rutura terão influências<br />

fortes e de oposição (bem como efeitos<br />

compostos bastante complexos) no desenvolvimento<br />

deste mercado e na distribuição<br />

ao longo dos players. Com vista<br />

a proporcionar mais orientações sobre os<br />

motivos pelos quais algumas tendências<br />

específicas vão ter um elevado impacto<br />

e sobre a forma como estas tendências<br />

podem ser ti<strong>das</strong> em conta na trajetória<br />

de mercado e no planeamento estratégico<br />

dos players (acima de tudo, no caso<br />

dos fornecedores de automóveis), vamos<br />

abordar a seguir a natureza dinâmica do<br />

mercado do pós-venda.<br />

n TENDÊNCIAS REVOLUCIONAM<br />

DINÂMICA DO AFTERMARKET<br />

A indústria do pós-venda no setor automóvel<br />

no seu conjunto é afetada por<br />

7<br />

Aumento da competição entre<br />

os fabricantes de peças<br />

8<br />

Profissionalização<br />

<strong>das</strong> oficinas<br />

Decréscimo no número de automóveis<br />

adquiridos por particulares, mais<br />

soluções de mobilidade e frotas<br />

Crescimento da influência<br />

dos intermediários<br />

5<br />

Aumento da transparência nos<br />

preços e da diversidade de fornecimento<br />

para clientes<br />

Reduzido Médio Elevado<br />

6<br />

Acesso a dados gerados<br />

pelos automóveis<br />

4<br />

Mobilidade elétrica<br />

várias grandes ruturas, em particular a<br />

digitalização, a dinâmica concorrencial<br />

em transformação e as alterações nas<br />

preferências do consumidor. No que<br />

respeita à digitalização, por exemplo, a<br />

utilização de smartphones deu origem a<br />

novos serviços de mobilidade, tais como<br />

o “e-hailing”, ao passo que a pesquisa de<br />

informações relaciona<strong>das</strong> com automóveis<br />

e as compras passaram a ser realiza<strong>das</strong><br />

online. Relativamente à transformação<br />

da concorrência, estão a surgir duas dinâmicas<br />

paralelamente à consolidação<br />

dos distribuidores de peças e a outras<br />

tendências que se tornaram percetíveis<br />

há já algum tempo.<br />

Primeiramente, novos players começam<br />

a entrar no mercado automóvel e<br />

as empresas estabeleci<strong>das</strong> começaram a<br />

mudar os seus modelos de negócio – uma<br />

tendência que se continuará a verificar no<br />

futuro. No que toca às preferências dos<br />

consumidores, as gerações mais jovens<br />

estão menos interessa<strong>das</strong> na propriedade<br />

de automóveis e a implementação de<br />

regulamentações mais rigorosas está a<br />

estimular o aumento de veículos elétricos.<br />

Através de uma análise abrangente com<br />

base em dados da indústria e ao complementar<br />

estes resultados com pareceres<br />

de especialistas líderes no pós-venda, a<br />

McKinsey identificou 12 tendências específicas<br />

do pós-venda com provável impacto<br />

significativo na indústria, especialmente a<br />

partir da perspetiva dos fornecedores do<br />

setor automóvel. Em conjunto com especialistas<br />

e membros da CLEPA, classificou<br />

estas 12 tendências com base no impacto,<br />

utilizando duas dimensões:<br />

l Linha cronológica – avaliando a probabilidade<br />

da iminência do impacto de uma<br />

tendência, ou seja, a curto prazo (dentro<br />

de cinco anos), médio prazo (entre cinco<br />

a 10 anos), ou a longo prazo (mais de 10<br />

anos).<br />

9<br />

11<br />

10<br />

12<br />

3<br />

2<br />

1<br />

Principais<br />

tendências<br />

Consolidação entre os<br />

distribuidores de peças<br />

Expansão agressiva <strong>das</strong><br />

atividades no pós-venda por<br />

parte dos fabricantes OEM<br />

Digitalização dos canais / interfaces<br />

Conectividade<br />

Condução autónoma<br />

Potencial de rutura<br />

l Potencial de rutura – avaliando a<br />

dimensão do impacto da tendência nas<br />

receitas, na rentabilidade e na estrutura<br />

da indústria (Quadro IV).<br />

Entre as 12, seis tendências – consolidação,<br />

expansão OEM, digitalização, dados,<br />

intermediários e transparência – terão o<br />

maior impacto de rutura nos próximos<br />

cinco a 10 anos.<br />

Contudo, dependendo da região, do<br />

segmento de mercado e dos players, estas<br />

tendências poderão variar na sua manifestação<br />

e importância. Seguidamente,<br />

começamos por descrever estas seis<br />

tendências do pós-venda e abordamos<br />

os seus efeitos nas receitas e na rentabilidade<br />

dos principais players, bem como<br />

na estrutura do mercado.<br />

Tendo em conta este panorama, apresentamos,<br />

em seguida, três cenários do<br />

pós-venda que nos ajudam a avaliar as<br />

implicações de um conjunto complexo<br />

de potenciais medi<strong>das</strong> estratégicas e<br />

ilustramos a vasta gama de potenciais<br />

resultados.<br />

n SEIS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS<br />

DE RUTURA<br />

1 Consolidação entre distribuidores<br />

de peças<br />

À medida que o pós-venda continua a<br />

evoluir, podemos esperar uma maior consolidação.<br />

Entre os vários players do pós-<br />

-venda, são os distribuidores de peças que<br />

sentem a maior pressão no que respeita<br />

a consolidação, uma vez que precisam<br />

de atingir uma massa crítica e potencializar<br />

economias de escala (por exemplo,<br />

dimensão do acesso do consumidor e do<br />

volume de compras). Em contrapartida,<br />

os players do pós-venda automóvel estão<br />

a tomar várias medi<strong>das</strong> relaciona<strong>das</strong> com<br />

a consolidação para assegurarem e expandirem<br />

as suas posições no pós-venda.<br />

Os distribuidores de peças, bem como<br />

os grupos de compras, procuram fusões<br />

e aquisições para aumentarem a sua dimensão<br />

e estabelecerem uma presença<br />

internacional.<br />

É previsível que o nível de consolidação<br />

na Europa siga o exemplo do mercado<br />

americano, onde os quatro principais<br />

distribuidores já dispõem de uma quota<br />

de mercado de cerca de 40%. Na verdade,<br />

a consolidação na Europa já começou.<br />

Nos últimos anos, apenas o cenário de<br />

distribuição de peças na Europa assistiu<br />

a grandes transações, por exemplo, a<br />

aquisição da Trost pela Wessels + Müller<br />

em 2015. Nesse sentido, houve um forte<br />

investimento por parte de empresas de<br />

capital privado no mercado do pós-venda<br />

(Quadro V). Atualmente, os players com<br />

capital privado investiram em cinco dos<br />

10 principais distribuidores na Europa,<br />

incluindo Alliance Automotive, Euro Car<br />

Parts e Rhiag. Além do mais, os distribuidores<br />

norte-americanos procuram, de<br />

forma agressiva, novas oportunidades de<br />

crescimento na Europa, intento que, provavelmente,<br />

gerará maior consolidação<br />

na indústria. Embora a LKQ, com sede em<br />

Chicago, invista há anos em distribuidores<br />

de peças europeus, a empresa canadiana<br />

Uni-Select Inc. iniciou, recentemente, a sua<br />

expansão para a Europa com a aquisição<br />

da The Parts Alliance no RU.<br />

2 Expansão agressiva <strong>das</strong> atividades no<br />

pós-venda por parte dos fabricantes<br />

de automóveis<br />

À medida que a idade dos veículos au-<br />

Abranger a totalidade da cadeia de valor<br />

do pós-venda: o exemplo da PSA<br />

Um exemplo recente do enfoque estratégico por parte de um OEM no mercado do<br />

pós-venda é o da PSA. O fabricante de automóveis francês está a introduzir-se de forma<br />

arrojada no pós-venda independente do setor automóvel, tornando esta medida uma<br />

parte significativa da sua estratégia de crescimento a cinco anos “Push to Pass”.<br />

Além de uma série de aquisições, a PSA lançou várias marcas próprias ao longo da<br />

totalidade da cadeia de valor. O fabricante de automóveis detém participações na distribuição<br />

com as marcas Distrigo e Mister Auto e estabeleceu-se como uma cadeia de<br />

oficinas multimarca com a Euro Repar. Além do mais, com a Aramisauto e a Autobutler,<br />

a empresa francesa também está ativa no espaço dos intermediários do pós-venda.<br />

Através desta abordagem holística, a PSA pretende abranger todos os consumidores,<br />

independentemente da marca do veículo, da idade ou do canal de distribuição. Embora<br />

a PSA continue a liderar o setor OEM no que respeita à expansão <strong>das</strong> atividades no pós-<br />

-venda, outros OEM começaram a seguir-lhe o exemplo, dada a atratividade da indústria.<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

08-17_Destaque tendencias aftermarketREV.indd 12 24/10/17 17:31


13<br />

QUADRO V<br />

O cenário no setor grossista na Europa mudou devido a várias atividades<br />

relaciona<strong>das</strong> com fusões e aquisições, incluindo as de protagonistas com<br />

capital privado<br />

Ven<strong>das</strong>* dos maiores distribuidores de peças para automóveis na Europa<br />

Milhões de euros<br />

Envolvimento capital privado<br />

Wessels + Müller<br />

811<br />

679<br />

1.490<br />

W + M comprou Trost em 2015,<br />

integração a decorrer<br />

Stahlgruber<br />

859<br />

343<br />

1.202<br />

Stahlgruber comprou PV<br />

Automotive em 2013<br />

Alliance<br />

Automotive<br />

1.200<br />

Blackstone assumiu controlo da<br />

Alliance Automotive em 2014, pagando<br />

440 milhões de euros<br />

Euro Car Parts<br />

922<br />

Parte da LKQ<br />

LKQ<br />

858<br />

Player do pós-venda LKQ (EUA)<br />

comprou a Rhiag ao player de capital<br />

privado Apax<br />

Inter Cars<br />

737<br />

Inter-Sprint<br />

Banden<br />

674<br />

The Parts Alliance<br />

604<br />

Uni-Select adquiriu a HgCapital em<br />

2017<br />

Micheldever<br />

446<br />

Sumitomo adquiriu a Micheldever à<br />

Graphite Capital<br />

EUROPART<br />

405<br />

Adquirida pela Alpha Private Equity<br />

* Desde 2015 ou ano fiscal mais recente disponível, estimativas parciais<br />

Fonte: Orbis; contabilidade da empresa; imprensa; McKinsey<br />

menta, o negócio de pós-venda dos OEM<br />

é sujeito a uma pressão crescente, porque<br />

a sua quota de mercado no pós-venda<br />

em segmentos com idades mais eleva<strong>das</strong><br />

diminui e outros players reivindicam o seu<br />

quinhão. Embora mais de 50% dos veículos<br />

de passageiros norte americanos com<br />

menos de dois anos recebam manutenção<br />

na rede OEM, este número diminui para<br />

cerca de 15% no que respeita a veículos<br />

com mais de oito anos. Para os OEM nos<br />

mercados emergentes, os números são<br />

ainda menos positivos devido a uma média<br />

de idade dos veículos mais elevada.<br />

Embora o pós-venda tenha sido uma <strong>das</strong><br />

áreas de enfoque estratégico de muitos<br />

OEM durante largos anos, o nível de atividade<br />

e a ênfase no pós-venda aumentaram<br />

recentemente. Alguns OEM estão a<br />

começar a ocupar, de forma sólida, um ou<br />

mais espaços dentro da cadeia de valor do<br />

pós-venda. Por exemplo, através da criação<br />

<strong>das</strong> suas próprias redes de oficinas generalistas<br />

de reparação automóvel (ver caixa).<br />

Outros estão a responder à diminuição <strong>das</strong><br />

quotas de mercado resultantes da idade<br />

dos veículos, introduzindo formatos de<br />

segundo serviço e segun<strong>das</strong> marcas (por<br />

exemplo, VW Direkt Express) ou peças recondiciona<strong>das</strong><br />

para competir com players<br />

independentes e manter os clientes nas<br />

suas redes mais tempo.<br />

Os OEM também estão a investir na<br />

otimização da experiência do consumidor<br />

e na introdução de ofertas de serviço<br />

diferenciado, por exemplo otimizando a<br />

conectividade do veículo para “fidelizar”<br />

os seus clientes e “automatizar” a tomada<br />

de decisão relacionada com manutenção<br />

e reparação.<br />

3 Digitalização de canais e interfaces<br />

Os canais digitais vão começar a ganhar<br />

cada vez mais influência nos processos de<br />

pesquisa e compra dos clientes – tanto<br />

em mercados desenvolvidos como nos<br />

emergentes. Os clientes recorrem às comunidades<br />

e às avaliações online, entre outras<br />

plataformas digitais com o intuito de<br />

melhorarem as suas decisões de compra.<br />

Já existem múltiplas plataformas para<br />

venda de peças online. Fornecedores,<br />

OEM, distribuidores e cadeias de oficinas<br />

vão continuar a aumentar a sua participação<br />

digital e lançar novas plataformas. É<br />

previsível que a quota do comércio eletrónico<br />

no que respeita à venda de peças venha<br />

a aumentar para 20 ou 30% até 2035,<br />

nível em que, provavelmente, estabilizará.<br />

Em contrapartida, peças com logística<br />

complicada, por exemplo, para-brisas e<br />

airbags, devido às dificuldades envolvi<strong>das</strong><br />

no seu transporte ou porque fazem parte<br />

de processos de oficina complexos, vão<br />

continuar a ser vendi<strong>das</strong> principalmente<br />

através dos canais grossistas tradicionais<br />

OEM ou IAM.<br />

A digitalização vai permitir que os players<br />

do aftermarket incrementem o valor do<br />

pós-venda automóvel, uma vez que a conectividade<br />

permite que se aproximem<br />

do cliente final e gerem macrodados.<br />

Contudo, à medida que o automóvel se<br />

torna numa plataforma para software e<br />

aplicações, os lucros poderão passar para<br />

gigantes tecnológicos ou para novos parti-<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

08-17_Destaque tendencias aftermarketREV.indd 13 24/10/17 17:31


14<br />

DESTAQUE<br />

Tendências do aftermarket internacional<br />

cipantes no setor do software. Fabricantes<br />

de peças, distribuidores e oficinas tradicionais<br />

poderão potencialmente sentir<br />

alguma pressão uma vez que OEM, intermediários<br />

e fornecedores online poderão<br />

tentar aumentar a sua influência sobre os<br />

clientes finais, reduzindo as margens dos<br />

players habituados a ter a total atenção<br />

dos clientes finais.<br />

Por outro lado, dada a cadeia de valor<br />

mais curta devido à omissão de certas<br />

etapas comerciais, alguns players têm<br />

uma perspetiva otimista e esperam que<br />

as margens permaneçam estáveis ou<br />

aumentem, uma vez que a margem de<br />

distribuidores e intermediários será dividida<br />

entre clientes, fabricantes de peças e<br />

lojas online. Além do mais, distribuidores<br />

de peças e oficinas poderão aproveitar a<br />

oportunidade e aumentar a sua presença<br />

individual no mercado através da consolidação,<br />

colaboração e profissionalização.<br />

Os intermediários, que ligam clientes e<br />

serviços, vão criar novas fontes de lucro<br />

e novas oportunidades.<br />

4 Acesso a dados gerados por automóveis<br />

Estamos a assistir à formação de uma<br />

onda gigantesca de novos dados. O veículo<br />

conectado atual já dispõe de cerca<br />

de 40 microprocessadores e gera 25 GB<br />

de dados por hora, incluindo telemática<br />

e dados de comportamento do condutor.<br />

À medida que os processos para lá<br />

do automóvel forem digitalizados, esses<br />

dados adicionais serão, também, captados.<br />

Os especialistas do pós-venda preveem<br />

que os macrodados e a análise de<br />

dados avançada se tornem mais-valias<br />

indispensáveis no futuro. Contudo, atualmente<br />

prevalece a perspetiva geral de que<br />

a maioria dos players do pós-venda não<br />

está adequadamente preparada para tirar<br />

partido da oportunidade apresentada<br />

pelos macrodados. Aqueles que tiverem<br />

capacidade para agir de forma rápida e<br />

eficaz neste âmbito terão de se diferenciar<br />

da concorrência. No ponto de interseção<br />

entre os macrodados e a análise de dados<br />

avançada, existem várias oportunidades<br />

com potencial para aumentar as receitas<br />

dos fornecedores e/ou tornar as suas operações<br />

mais eficientes:<br />

l Perspetivas de clientes aprofunda<strong>das</strong>.<br />

Para beneficiarem <strong>das</strong> informações<br />

sobre comportamento, preferências e necessidades<br />

do cliente, os fornecedores precisam<br />

de assegurar o acesso aos clientes<br />

e aos dados relevantes, seja diretamente<br />

(por exemplo, por meio de tecnologia no<br />

interior do automóvel ou de plataformas<br />

CRM através de canais de comércio eletrónico)<br />

ou indiretamente (por exemplo,<br />

através de parcerias com OEM, oficinas ou<br />

intermediários, tais como as seguradoras).<br />

l Excelência operacional. A recolha digital<br />

de dados por meio de, por exemplo,<br />

um inventário de peças/armazenagem e<br />

atividade automóvel e de frota, poderá<br />

ajudar os players do pós-venda a aperfeiçoarem<br />

as suas operações, a gerarem<br />

contactos e a impulsionarem as ven<strong>das</strong>.<br />

l Recomendações de resposta e disponibilidade.<br />

A solicitação de assistência<br />

rodoviária ou a recomendação de estações<br />

de serviço através de serviços de<br />

assistência na estrada estão a tornar-se<br />

procedimentos (legais) comuns em muitos<br />

países. Com uma cadeia de fornecimento<br />

digital integrada e através da parceria com<br />

outros players envolvidos (por exemplo,<br />

oficinas, seguros, distribuidores), os fornecedores<br />

têm capacidade para fornecer<br />

peças e componentes corretos de forma<br />

atempada, reduzindo ciclos de reparação.<br />

l Manutenção preventiva e diagnóstico<br />

a bordo remoto. Os dados relativos<br />

ao estado operacional enviados continuamente<br />

pelos veículos conectados facilitam<br />

a análise e a verificação instantânea do<br />

veículo. Esta possibilidade de manutenção<br />

preventiva também permite a melhoria<br />

contínua do funcionamento do automóvel<br />

(para além de reparações agenda<strong>das</strong>) e<br />

uma melhor distribuição do volume de<br />

trabalho nas oficinas.<br />

l Novos serviços digitais. A conectividade<br />

permite uma nova gama de serviços<br />

digitais, os quais podem ser adquiridos<br />

conforme necessário pelos clientes. Embora<br />

tenhamos vindo a assistir a uma<br />

entrada de novos players neste campo,<br />

há muito potencial para fornecedores no<br />

que respeita a novos serviços, tanto a nível<br />

de hardware como de software.<br />

A conectividade permite que o automóvel<br />

se torne num sistema para os players<br />

do pós-venda. As questões que esta realidade<br />

coloca são: quem dispõe de acesso<br />

e qual o tipo de acesso concedido aos<br />

dados e recursos provenientes do veículo<br />

e quem manterá o contacto do cliente no<br />

futuro? O nível de controlo ou de acesso<br />

aos dados conferido aos diferentes players<br />

dependerá <strong>das</strong> diretrizes regulamentares<br />

cria<strong>das</strong> no futuro. Estas diretrizes ainda<br />

têm de ser desenvolvi<strong>das</strong> e será necessário<br />

determinar que tipos de dados são<br />

de utilização proprietária para um player<br />

específico e que tipos de dados podem ser<br />

utilizados por vários players do pós-venda<br />

ou, ,inclusivamente, que tipos de dados<br />

têm de ser disponibilizados publicamente.<br />

5 Crescimento da influência<br />

dos intermediários (digitais)<br />

Recentemente, assistimos ao surgimento<br />

de uma variedade de novos modelos de<br />

negócio intermediários. Por um lado,<br />

players estabelecidos – tais como as seguradoras,<br />

que há vários anos disponibilizam<br />

contratos de seguro com base na utilização<br />

nos EUA e no Reino Unido – começaram<br />

a tirar partido de novas tecnologias,<br />

tais como a telemática. Por outro, novos<br />

players principalmente com modelos de<br />

negócio ligados digitalmente, entraram<br />

no pós-venda. Fornecedores de soluções<br />

de telemática e de sistemas de gestão de<br />

frota surgiram nos polos de startu-ps desde<br />

Silicon Valley a Tel Aviv, direcionados aos<br />

negócios B2C - empresa ao consumidor<br />

(por exemplo, telemática para proprietários<br />

de automóveis, leasing ao cliente<br />

final) e aos B2B - empresa a empresa (por<br />

exemplo, frotas de partilha de automóveis,<br />

logística profissional). Tendo em conta este<br />

cenário, os especialistas acreditam que os<br />

intermediários vão expandir a sua presença<br />

na cadeia de valor tornando-se mais<br />

poderosos no futuro, uma vez que têm<br />

acesso direto aos clientes (tanto empresas<br />

como condutores) e, por conseguinte, a<br />

dados relevantes.<br />

É previsível, por exemplo, que até 2020<br />

o seguro com base na utilização obtenha<br />

uma quota de mercado de 20 a 25% nos<br />

EUA e 15 a 35% na Europa (onde existem<br />

amplas diferenças nas taxas de adoção por<br />

país). Outro tópico pertinente é a gestão<br />

de frota, tanto em contexto de empresa<br />

como na frota de um cliente. O aumento<br />

do número de utilizadores da partilha de<br />

automóvel e de frotas profissionais cria<br />

novas oportunidades para direcionar e<br />

otimizar serviços de manutenção e reparação.<br />

É provável que surjam novas parcerias<br />

entre intermediários e cadeias de oficinas,<br />

o que permitirá automatizar totalmente o<br />

fluxo de trabalho e a logística <strong>das</strong> peças.<br />

Embora exista a ameaça de que os novos<br />

players ganhem acesso direto aos clientes,<br />

os fornecedores podem formar parcerias<br />

com intermediários disponibilizando peças<br />

e serviços de elevada qualidade como<br />

análise de dados, explorando vastos números<br />

de veículos de frota e assegurando<br />

o acesso a dados relevantes de automóveis<br />

e de clientes.<br />

6 Maior transparência nos preços e<br />

maior diversidade de fornecimento<br />

para clientes<br />

Os canais digitais estão a ganhar cada<br />

vez mais influência nos processos de<br />

pesquisa e compra dos clientes – tanto<br />

em mercados desenvolvidos como nos<br />

emergentes. É provável que evolução de<br />

clientes preparados e informados pela Internet<br />

mude o pós-venda automóvel de<br />

duas formas fundamentais:<br />

n TRANSPARÊNCIA DE PREÇO<br />

Os canais online dão aos clientes acesso<br />

rápido a informação sobre os preços <strong>das</strong><br />

peças. Na Alemanha, em França e no Reino<br />

Unido, 25 a 30% dos clientes finais avaliam<br />

as oficinas utilizando canais online e 20<br />

a 30% dos clientes finais utilizam estes<br />

canais para determinar que peças automóveis<br />

devem comprar. De igual modo,<br />

os fóruns online proporcionam aos clientes<br />

opiniões dos seus pares sobre a qualidade/<br />

valor <strong>das</strong> oficinas. Atualmente, a digitalização<br />

do processo de compra é focada nas<br />

peças, mas a compra de serviços online<br />

irá tornar-se cada vez mais importante.<br />

Para os fornecedores, o efeito da transparência<br />

de preços poderá significar uma<br />

diminuição nos preços e uma maior transparência<br />

de preços através do comércio<br />

eletrónico e os macrodados poderá representar<br />

um desafio para as margens<br />

atuais. O comércio eletrónico já estimulou<br />

transações transfronteiriças no interior da<br />

Europa, o que resultou em que<strong>das</strong> de pre-<br />

Novembro I 2017<br />

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08-17_Destaque tendencias aftermarketREV.indd 14 24/10/17 17:31


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16<br />

DESTAQUE<br />

Tendências do aftermarket internacional<br />

QUADRO VI<br />

A vasta maioria dos especialistas afirma que a rentabilidade é sólida<br />

presentemente, mas 42% prevê que as margens diminuam no futuro<br />

Percentagem de respostas<br />

Quão rentável é o seu pós-venda comparativamente<br />

à atividade não pós-venda?<br />

Superior em<br />

5 pp ou mais<br />

Superior em<br />

0 a 5 pp<br />

Ao mesmo<br />

nível<br />

Inferior em<br />

0 a 5 pp<br />

6<br />

ços nos países nos quais, anteriormente,<br />

existia pouca concorrência e/ou preços<br />

geralmente elevados. Adicionalmente,<br />

a comparação de preços online proporciona<br />

às marcas priva<strong>das</strong> a oportunidade<br />

de rentabilizarem a sua vantagem ao nível<br />

dos preços relativamente aos produtos<br />

de marca.<br />

n VENDAS ONLINE<br />

Atualmente, os distribuidores tradicionais<br />

dominam as ven<strong>das</strong> a oficinas,<br />

ao passo que cerca de 85 a 95% <strong>das</strong><br />

encomen<strong>das</strong> de oficinas são realiza<strong>das</strong><br />

em plataformas B2B ou canais físicos<br />

de distribuidores tradicionais ao longo<br />

dos mercados analisados. Menos de 5%<br />

<strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> são realiza<strong>das</strong> através<br />

de players especializados ou de grandes<br />

comerciantes online na Alemanha, no<br />

Reino Unido, em França e apenas 10 a<br />

15% na Polónia e na Rússia. A quota de<br />

comércio eletrónico <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> de<br />

oficina através de plataformas B2B independentes<br />

de distribuidores também<br />

continuará a aumentar, ao passo que a<br />

quota de encomen<strong>das</strong> de oficina através<br />

dos canais puramente físicos de distribuidores<br />

de peças irá tornar-se menos importante.<br />

Até 2035, 20 a 30% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> do<br />

mercado do pós-venda serão realiza<strong>das</strong><br />

online, nível no qual a quota online deverá<br />

estabilizar devido, em parte, ao facto de os<br />

players online não conseguirem satisfazer<br />

as necessidades dos instaladores no que<br />

respeita a entregas rápi<strong>das</strong> e a condições<br />

comerciais flexíveis.<br />

A solução online poderá ser uma oportunidade<br />

para os fornecedores iniciarem<br />

a sua própria presença digital ou para<br />

estabelecerem parcerias com plataformas<br />

bem-sucedi<strong>das</strong>. Alguns players já<br />

criaram os seus próprios canais online,<br />

como, por exemplo, a Hella. Por fim, o<br />

modelo de ven<strong>das</strong> digitais poderá ser a<br />

chave para obter uma cadeia de valor mais<br />

reduzida e mais eficiente que beneficie<br />

os fornecedores. Através da eliminação<br />

da necessidade de intermediários e da<br />

otimização da cadeia de distribuição, os<br />

fornecedores poderão obter margens e<br />

Qual será o desenvolvimento da rentabilidade<br />

do pós-venda nos próximos 10 anos?<br />

53 Diminuição<br />

42<br />

29 Sem alteração<br />

29<br />

12 Aumento<br />

29<br />

Inferior em<br />

5 pp ou mais 0<br />

Fonte: Estudo com membros<br />

poupanças maiores e poderão decidir<br />

refletir as mesmas nos clientes.<br />

Implicações destas tendências nas<br />

receitas e na rentabilidade dos fornecedores<br />

e na estrutura do mercado<br />

Agora, já temos uma noção de cada<br />

uma <strong>das</strong> seis principais tendências e<br />

compreendemos por que motivo têm<br />

elevado potencial para revolucionarem<br />

o mercado do pós-venda a curto ou médio<br />

prazos. O passo seguinte consiste<br />

em compreender qual será o potencial<br />

impacto de cada tendência nas receitas<br />

e nos lucros dos fornecedores do setor<br />

automóvel, bem como na estrutura da<br />

indústria do pós-venda. Na sua maioria, os<br />

executivos do pós-venda (53%) afirmam<br />

que, presentemente, a rentabilidade dos<br />

seus negócios é muito sólida (Quadro VI).<br />

Contudo, daqui a 10 anos mais de 40%<br />

prevê que a mudança será para pior. Para<br />

investigar melhor esta perspetiva interessante,<br />

analisámos o efeito de cada uma<br />

destas seis tendências principais relativamente<br />

aos três aspetos de rutura: receitas,<br />

rentabilidade e estrutura da indústria<br />

(QUADRO VII).<br />

Analisando as receitas, o impacto <strong>das</strong><br />

seis tendências é relativamente neutro<br />

a partir da perspetiva dos fornecedores.<br />

Especificamente, a expansão agressiva<br />

dos OEM poderá provocar uma diminuição<br />

no volume para fornecedores se os<br />

fabricantes de automóveis se centrarem<br />

em competir por volume de serviços e<br />

diagnóstico e combinarem estes com a<br />

venda de peças. Para fornecedores puramente<br />

focados no mercado do pós-venda<br />

independente, isto poderá representar<br />

uma redução nas receitas. Como compensação<br />

a esta redução, novas oportunidades<br />

vão surgir a partir dos dados<br />

automóveis; novos serviços e produtos<br />

geradores de receitas já estão a surgir com<br />

base na utilização de dados de condução<br />

e condutor.<br />

No que respeita a rentabilidade, é previsível<br />

que a digitalização de canais e<br />

interfaces bem como o acesso a dados<br />

automóveis tenham um impacto positivo,<br />

revolucionando a cadeia de fornecimento<br />

e introduzindo oportunidades de negócio<br />

completamente novas. Estas duas tendências<br />

proporcionam a possibilidade<br />

de novas fontes de receitas associa<strong>das</strong><br />

a margens eleva<strong>das</strong> e, provavelmente,<br />

vão impulsionar a rentabilidade dos fornecedores<br />

a médio prazo. Serviços, tais<br />

como o diagnóstico remoto, encontram-<br />

-se entre as oportunidades com margens<br />

eleva<strong>das</strong> do que os dados gerados pelos<br />

automóveis apresentam. Naturalmente,<br />

as parcerias com novos players em várias<br />

áreas, bem como melhoramentos operacionais<br />

contínuos através da fixação de<br />

preços e da promoção de marcas, também<br />

podem elevar as margens.<br />

Por outro lado, é provável que as outras<br />

quatro principais tendências tenham<br />

um impacto negativo na rentabilidade<br />

dos fornecedores: a expansão dos OEM<br />

aumenta a concorrência; a consolidação<br />

dos distribuidores aumenta a pressão ao<br />

nível dos preços; a transparência reduz as<br />

margens; a crescente influência dos intermediários<br />

poderá resultar na agregação<br />

da procura e na diminuição dos preços.<br />

É importante notar que o efeito líquido<br />

destas tendências no fornecedor<br />

a nível individual depende da capacidade<br />

de reação às alterações discuti<strong>das</strong><br />

no mercado. Apesar da rutura, existem<br />

oportunidades para que players do pós-<br />

QUADRO VII<br />

As seis principais tendências de rutura vão ter um impacto negativo nas receitas e na rentabilidade dos fornecedores<br />

do setor automóvel e vão provocar mudanças significativas no panorama da indústria<br />

Principais tendências<br />

de rutura<br />

CONSOLIDAÇÃO ENTRE<br />

DISTRIBUIDORES DE PEÇAS<br />

EXPANSÃO AGRESSIVA DAS<br />

ATIVIDADES DO PÓS-VENDA<br />

POR PARTE DOS OEM<br />

DIGITALIZAÇÃO DOS CANAIS/<br />

DAS INTERFACES<br />

ACESSO A DADOS GERADOS<br />

POR AUTOMÓVEIS<br />

CRESCIMENTO DA INFLUÊNCIA<br />

DOS INTERMEDIÁRIOS<br />

(DIGITAIS)<br />

AUMENTO DA<br />

TRANSPARÊNCIA NOS PREÇOS<br />

E DA DIVERSIDADE DE<br />

FORNECIMENTO<br />

do CLEPA (n = 27; fevereiro 2017). Entrevistas<br />

com 20 especialistas do mercado do pós-venda<br />

Receitas<br />

Sem efeito na dimensão da<br />

procura<br />

As receitas provenientes<br />

de serviços e diagnósticos<br />

poderão ser capta<strong>das</strong> por<br />

OEM<br />

Sem efeito na dimensão da<br />

procura<br />

Os dados automóveis são<br />

cruciais para a venda de serviços<br />

existentes e proporcionam<br />

potencial para novas<br />

Sem efeito na dimensão da<br />

procura<br />

Sem efeito na dimensão da<br />

procura<br />

IMPACTO A PARTIR DA PERSPETIVA DO FORNECEDOR AUTOMÓVEL<br />

Rentabilidade<br />

Distribuidores têm capacidade<br />

para alterar preços alavancando<br />

o poder de negociação<br />

OEM têm capacidade para<br />

controlar muitas etapas na<br />

cadeia de valor e alterar<br />

margens<br />

Margens mais eleva<strong>das</strong> devido<br />

a cadeias de valor mais curtas<br />

(ven<strong>das</strong> diretas)<br />

Receitas acresci<strong>das</strong> com<br />

margens mais eleva<strong>das</strong><br />

Intermediários têm<br />

capacidade para alterar preços<br />

rentabilizando o poder de<br />

negociação<br />

O aumento da concorrência<br />

e a transparência de preço<br />

reduzem as margens<br />

Médio<br />

Médio<br />

Elevado<br />

Elevado<br />

Médio<br />

Médio<br />

* Indica mudanças no poder de mercado ao longo de diferentes players ou rutura de atividades da cadeia de valor tradicional<br />

Fonte: McKinsey<br />

Estrutura do mercado *<br />

O poder do mercado de distribuidores<br />

aumenta<br />

Os OEM introduzem-se nos IAM e noutras<br />

áreas da cadeia de valor<br />

As cadeias de valor tornam-se mais<br />

curtas, alguns protagonistas poderão ser<br />

excluídos<br />

Novos produtos e serviços podem ser<br />

oferecidos por todos os players<br />

O poder de mercado dos intermediários<br />

aumenta através do acesso direto aos<br />

clientes<br />

O poder de mercado dos consumidores e<br />

dos intermediários aumenta para clientes<br />

Novembro I 2017<br />

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17<br />

QUADRO VIII<br />

São vários os fatores com efeitos positivos ou negativos na rentabilidade dos fornecedores. O efeito líquido<br />

dependerá da capacidade de reação dos protagonistas<br />

Rentabilidade atual (EBIT) ~ 5 - 10%<br />

Consolidação de<br />

distribuidores<br />

Aumento da transparência<br />

de preço<br />

Intensidade concorrencial de<br />

players existentes e de novos<br />

Serviços digitais<br />

Excelência da cadeia de valor<br />

Potencial de parcerias<br />

Outros fatores operacionais<br />

Rentabilidade no futuro ?<br />

-venda – fornecedores em particular –<br />

sejam bem-sucedidos na obtenção de<br />

rentabilidade. Tal como indicado anteriormente,<br />

o pós-venda continuará a ser<br />

uma indústria atrativa no seu conjunto,<br />

com um crescimento sólido e uma rentabilidade<br />

positiva.<br />

Contudo, é evidente que as empresas<br />

que não se adaptarem às mudanças no<br />

mercado vão perder terreno rapidamente.<br />

Para ilustrar este facto, resumimos os<br />

principais efeitos que poderão influenciar<br />

as margens de forma positiva ou negativa<br />

(Quadro VIII). Como é natural, é previsível<br />

que tendências como uma maior consolidação<br />

dos distribuidores ou a entrada<br />

de novos players reduzam as margens.<br />

Não obstante, existem várias oportunidades<br />

que poderão ser vantajosas para os<br />

fornecedores e que ajudarão a melhorar<br />

a rentabilidade. Além de novos serviços<br />

digitais, há muito potencial nas melhorias<br />

operacionais ao longo da cadeia de<br />

valor, incluindo a fixação de preços e a<br />

otimização operacional. De igual modo,<br />

as parcerias com novos participantes ou<br />

players de outras atividades da cadeia de<br />

valor poderão proporcionar oportunidades<br />

atrativas para melhoria <strong>das</strong> margens.<br />

Ao observar a estrutura da indústria, a<br />

digitalização dos canais irá revolucionar<br />

a cadeia de fornecimento com potencial<br />

para reduzir a sua dimensão e para excluir<br />

players específicos que, atualmente,<br />

lidam com o transporte de bens (principalmente)<br />

dos fabricantes aos clientes.<br />

Ao abordar uma cadeia de fornecimento<br />

totalmente digital e interligada, o papel e<br />

o valor acrescentado de algumas funções<br />

grossistas terão de ser completamente<br />

repensados.<br />

Tal como referido anteriormente, o aumento<br />

e o maior acesso a dados gerados<br />

por automóveis irá fomentar a surgimento<br />

de serviços e produtos completamente<br />

novos. E a digitalização irá permitir<br />

que novos participantes ou players de<br />

setores adjacentes desenvolvam e ofereçam<br />

estes produtos e serviços. Por exemplo,<br />

o diagnóstico automóvel remoto e o<br />

planeamento de rota não estão necessariamente<br />

ligados a empresas que tenham<br />

efetivamente produzido uma peça física<br />

de um automóvel, tais como os OEM ou<br />

os fornecedores. Poderão surgir novos<br />

modelos de negócio que mudem completamente<br />

a lógica da cadeia de valor<br />

tradicional do pós-venda. As restantes<br />

quatro tendências estão to<strong>das</strong> liga<strong>das</strong><br />

a players específicos na cadeia de valor.<br />

Por conseguinte, cada uma delas poderá<br />

mudar a indústria à medida que o papel<br />

de cada desses players mudar.<br />

Três cenários do aftermarket apresentam<br />

futuros altamente divergentes<br />

Durante as entrevistas aprofunda<strong>das</strong><br />

que a McKinsey fez a líderes da indústria<br />

e especialistas, foram debati<strong>das</strong> as potenciais<br />

movimentações estratégias de cada<br />

Exemplos (também de outras indústrias)<br />

Fonte: Estudo com membros do CLEPA (n = 27; fevereiro de 2017). Capital IQ; Relatório anual da Apple 2016. Inquérito Consumidor 2015 McKinsey, Piper Jaffray, RIAA<br />

Um aumento de 16 pp na quota de mercado dos quatro principais<br />

distribuidores na AN melhorou as suas margens em 3 pp<br />

As receitas na indústria musical caíram > 60% devido a MP3 e à<br />

tecnologia de streaming<br />

Os serviços da Apple equivalem a 11% <strong>das</strong> receitas e estima-se que<br />

tenham uma margem bruta de 60%<br />

É previsível que a Amazon tenha margens superiores 1 - 2 pp<br />

comparativamente a outros retalhistas online devido a uma excelente<br />

cadeia de fornecimento<br />

O efeito líquido na rentabilidade dependerá da dimensão do impacto<br />

dos desenvolvimentos negativos no negócio e da capacidade da<br />

empresa para beneficiar <strong>das</strong> novas oportunidades<br />

um dos cinco tipos de players ao longo<br />

da cadeia de valor. Com base na visão<br />

geral detalhada mas não exaustiva de<br />

potenciais movimentações estratégicas,<br />

desenvolveu três cenários do futuro da<br />

indústria para apresentar o vasto espectro<br />

de como o pós-venda poderá mudar<br />

dependendo, principalmente, <strong>das</strong> movimentações<br />

estratégicas de cada um dos<br />

players envolvidos (Quadro IX).<br />

Em seguida, apresentamos uma breve<br />

descrição dos três cenários: uma perspetiva<br />

“equilibrada” e dois cenários mais<br />

extremos, com consequências bastante<br />

sérias para os fornecedores do setor automóvel.<br />

QUADRO IX<br />

Dos três cenários possíveis do futuro da indústria, dois apresentam um<br />

resultado desfavorável para os fornecedores do setor automóvel<br />

EXTREMO<br />

“Os distribuidores<br />

assumem o controlo”<br />

Os distribuidores<br />

expandem-se de forma<br />

agressiva, abrangendo muitas<br />

áreas da cadeia de valor e<br />

captam quotas de mercado<br />

EQUILIBRADO<br />

“O mundo do pós-venda<br />

digital equilibrado”<br />

Muitos players lucram com<br />

a digitalização à medida que<br />

os processos e as interfaces<br />

de cliente se tornam<br />

completamente digitais<br />

EXTREMO<br />

“Os OEM conquistam<br />

o pós-venda”<br />

Os OEM expandem atividades<br />

e ganham poder no mercado<br />

através do acesso a dados dos<br />

proprietários<br />

Fonte: McKinsey<br />

n “MUNDO DO PÓS-VENDA<br />

DIGITAL EQUILIBRADO”<br />

Nesta perspetiva relativamente otimista,<br />

em 2030 os players nos diversos<br />

níveis da cadeia de valor do pós-venda<br />

automóvel lucram com a digitalização<br />

de processos e de interfaces de cliente:<br />

l OEM, fornecedores e distribuidores<br />

colhem os benefícios de digitalizarem<br />

os processos internos, adicionando valor<br />

através dos dados automóveis e do<br />

enfoque no comércio eletrónico.<br />

l Intermediários ganham visibilidade<br />

à medida que se tornam no “rosto do<br />

pós-venda” para os clientes da indústria.<br />

Neste cenário, o poder do mercado permanece<br />

relativamente equilibrado uma<br />

vez que as categorias dos players mantêm<br />

as suas posições no mercado.<br />

Apesar de novos participantes se estabelecerem,<br />

os players estabelecidos mantêm<br />

o controlo <strong>das</strong> maiores parcelas do<br />

pós-venda. Como é natural, apesar destas<br />

situações, relativamente equilibra<strong>das</strong>,<br />

nem todos os players ficam a ganhar. À<br />

medida que os intermediários ascendem,<br />

as oficinas vão perdendo, gradualmente,<br />

a sua ligação direta ao cliente.<br />

n “DISTRIBUIDORES<br />

ASSUMEM CONTROLO”<br />

Em 2030, poderemos assistir a uma<br />

expansão agressiva dos distribuidores,<br />

semelhante ao que aconteceu na América<br />

do Norte, abrangendo muitas áreas<br />

da cadeia de valor e captando novas quotas<br />

de mercado, através de três recursos<br />

principais:<br />

l O acesso direto ao cliente e o acesso<br />

aos dados através de colaborações<br />

com oficinas otimizam as capacidades<br />

de análise de dados dos distribuidores<br />

e as competências ao nível gestão da<br />

relação com os clientes.<br />

l Uma forte consolidação na Europa<br />

permite que os cinco principais distribuidores<br />

controlem a maioria do mercado.<br />

l O controlo do negócio relacionado<br />

com as frotas torna-se numa mais-valia<br />

devido às capacidades de logística superiores<br />

dos distribuidores e estes beneficiam<br />

de uma cadeia de valor interligada<br />

do início ao fim.<br />

n “OEM CONQUISTAM<br />

PÓS-VENDA”<br />

Esta perspetiva prevê que os OEM expandam<br />

as suas atividades e aumentem o<br />

seu poder no mercado em 2030 – através<br />

do acesso aos clientes e da capacidades<br />

de análise de dados:<br />

l Interface de cliente no automóvel.<br />

Os OEM controlam a interação com os<br />

clientes cara a cara através da sua rede<br />

de oficinas de serviço e têm capacidade<br />

para excluir outros players de uma grande<br />

parte da interação direta com o cliente.<br />

l Análise de dados. Os OEM têm capacidade<br />

para desenvolver excelentes<br />

capacidades de análise de dados, introduzindo-se<br />

cada vez mais na cadeia de<br />

valor dos diagnósticos remotos e otimizando<br />

a cadeia de valor. Muitos OEM seguem<br />

o exemplo da PSA e introduzem-se<br />

rapidamente noutras etapas da cadeia<br />

de valor através de parcerias e novas iniciativas.<br />

Se abordarmos estes cenários a<br />

partir da perspetiva de um fornecedor,<br />

torna-se evidente que é necessário agir.<br />

Não só nos dois cenários mais extremos<br />

mas, também, no exemplo que descreve<br />

um mundo mais equilibrado, a posição<br />

dos distribuidores de peças no futuro é<br />

muito diferente daquela que ocupam<br />

atualmente, incluindo novos modelos<br />

de negócio, competências e parcerias. ✱<br />

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18<br />

DESTAQUE<br />

Como abrir uma oficina (Capítulo IV)<br />

Conselhos de segurança<br />

› O trabalho oficinal acarreta vários riscos para a saúde dos funcionários. No quarto capítulo de “Como<br />

abrir uma oficina”, revelamos os maiores perigos e quais os princípios básicos de segurança a reter<br />

Por: Jorge Flores<br />

Uma oficina de mecânica automóvel,<br />

pelas suas características intrínsecas,<br />

é um espaço de trabalho<br />

onde os funcionários estão em constante<br />

contacto com equipamentos complexos,<br />

pesados, substâncias químicas, peças<br />

cortantes e maquinaria diversa que, facilmente,<br />

poderão provocar queimaduras<br />

ou feri<strong>das</strong>. Algo semelhante a um teatro<br />

de guerra, quando não são assimilados e<br />

colocados em prática alguns princípios<br />

básicos de controlo de riscos. Não será<br />

necessário um “Concelho de Segurança”,<br />

mas importa respeitar alguns “conselhos<br />

de segurança”.<br />

Antes de mais, os funcionários devem<br />

ser especializados no manuseamento dos<br />

instrumentos e equipamentos com que<br />

lidam diariamente, de modo a garantir a<br />

sua própria segurança. Esta será a regra<br />

número um. Depois, a oficina também<br />

deverá proporcionar ao colaborador todos<br />

os elementos de segurança necessários.<br />

Neste quarto capítulo de “Como<br />

abrir uma oficina”, procuraremos abordar<br />

os muitos fatores que podem afetar a<br />

saúde e as medi<strong>das</strong> de segurança existentes,<br />

com vista a minimizar os riscos de<br />

ocorrência de acidentes (ver caixa, nestas<br />

páginas). Por vezes, a solução poderá será<br />

algo tão simples como a disposição dos<br />

elementos, o equipamento utilizado ou<br />

mesmo a própria higiene no local.<br />

n ELEMENTOS DE SEGURANÇA<br />

Os responsáveis de uma oficina têm<br />

a obrigação de proporcionar to<strong>das</strong> as<br />

condições necessárias para garantir tanto<br />

a saúde dos funcionários como a segurança<br />

e o bom funcionamento dos seus<br />

equipamentos e ferramentas. Existem<br />

vários requisitos a cumprir, em diversas<br />

vertentes. Desde logo, em relação ao<br />

ambiente, importa reter que a oficina<br />

deverá tê-lo apto para o desempenho<br />

<strong>das</strong> funções dos funcionários. Nesse sentido,<br />

terá de proporcionar determina<strong>das</strong><br />

condições de temperatura, humidade e<br />

luminosidade. Começando pela primeira,<br />

a oficina deverá mantê-la entre os 17 e<br />

os 27° C. Já a humidade, deverá oscilar<br />

entre os 30 e os 70%. Em relação às condições<br />

de luminosidade mínimas para a<br />

zona de reparação, estas deverão ter 500<br />

lux - medida da intensidade da iluminação,<br />

sabendo-se que 400 lux equivalem<br />

a um dia de céu limpo e 1.000 lux a um<br />

estúdio fotográfico ou de televisão – ao<br />

passo que, na zona de pintura da oficina,<br />

é obrigatório ter 1.000 lux.<br />

Significa isto que não poderão existir<br />

condições que perturbem a saúde ou o<br />

conforto do funcionário. Exemplos? Maus<br />

odores, deficiências na ventilação, exposi<br />

mudanças bruscas de temperatura, entre<br />

outras. Todos os equipamentos de<br />

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19<br />

trabalho e maquinarias disponíveis na<br />

oficina deverão estar homologados e<br />

ter a declaração de conformidade CE,<br />

segundo o disposto no Decreto-Lei<br />

12/15/97, de 18 de julho. Uma declaração<br />

que confirma que a maquinaria cumpre<br />

as condiExiste outro aspeto fundamental<br />

a ter em consideração. A manipulação e<br />

conservação de produtos químicos, que<br />

poderá ser prejudicial para a saúde ou,<br />

inclusivamente, inflamável em contacto<br />

com outros produtos. Devem, por isso,<br />

ser usados por quem conheça os diferentes<br />

tipos de produtos químicos que<br />

possam existir numa oficina, conforme<br />

disposto no Regulamento CRE, que podem<br />

ser divididos em nove categorias,<br />

cada uma delas correspondente a um<br />

pictograma que o profissional deverá<br />

conhecer: gás comprimido, explosivos,<br />

corrosivos, comburentes, irritantes, inflamáveis,<br />

cancerígenos, tóxicos e perigosos<br />

para o meio ambiente.<br />

Os resíduos, de resto, têm de estar corretamente<br />

armazenados. Para o efeito, é<br />

necessário criar um inventário com todos<br />

os produtos tóxicos e conhecer as suas<br />

entra<strong>das</strong> e saí<strong>das</strong> do armazém. As regras<br />

de segurança ditam ainda que se separe<br />

os ditos produtos em diferentes zonas e<br />

ter um controlo rigoroso sobre todos, de<br />

modo a minimizar os riscos de fugas ou<br />

de incêndios e para detetar a origem do<br />

problema com mais rapidez, caso ocorra<br />

algum incidente na oficina.<br />

De modo a garantir a segurança no<br />

trabalho e a assegurar que cada funcionário<br />

dispunha do equipamento e <strong>das</strong><br />

ferramentas necessárias para realizar a<br />

sua função específica, é necessário organizar<br />

a oficina de acordo com as respetivas<br />

áreas de trabalho. Desta forma,<br />

é possível evitar que os profissionais se<br />

atrapalhem entre si e se confundam ao<br />

utilizar alguma ferramenta. Ou ainda que<br />

sofram algum acidente inesperado. As<br />

áreas que a oficina deverá ter são as<br />

seguintes: mecânica; carroçaria; armazém;<br />

acessos; atendimento ao cliente. E<br />

ainda sinalização variada: advertência de<br />

um perigo; obrigação (de proteção, por<br />

exemplo); proibição (como a de fumar) e<br />

prevenção de incêndios (local onde está<br />

o extintor).<br />

n EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO<br />

Os principais equipamentos que os<br />

funcionários de uma oficina deverão<br />

utilizar para sua própria segurança<br />

são vários. Antes de mais, os óculos de<br />

proteçcoberturas laterais para evitar o<br />

impacto de aparas nos olhos durante<br />

as operações de limpeza, lixamento ou<br />

polimento de metais. As máscaras de proteção<br />

são, também, imprescindíveis. São<br />

semelhantes aos óculos, mas consistem<br />

numa máscara transparente, que, além<br />

dos olhos, protege o resto da cara.<br />

Ass de soldar são essenciais para evitar<br />

lesões nos olhos, provenientes <strong>das</strong><br />

faúlhas e reflexos produzidos durante<br />

essa operação. Trata-se de um capacete<br />

escruto de uma peça que incorpora um<br />

visor transparente. Podem ser fixas ou<br />

de segurar com a mão. A propósito de<br />

máscaras, refira-se ainda que estas são<br />

elementos que protegem as vias respiratórias<br />

durante os trabalhos de lixamento,<br />

pintura ou mascaramento, bem como<br />

dos pós ou vapores. Mas há mais. Os auriculares<br />

protetores, por seu turno, são<br />

importantes para respeitar as exigências<br />

relativas ao ruído na oficina e proteger<br />

o sistema auditivo dos funcionários. A<br />

propósito, o n nas oficinas é de 140 com<br />

auriculares protetores e 87 sem os mesmos.<br />

As luvas são parte indispensável do<br />

equipamento nos serviços de soldadura,<br />

decapagem com pistolas de areia, bem<br />

como quando o funcionário utiliza produtos<br />

químicos ou corrosivos ou manipula<br />

metais a eleva<strong>das</strong> temperaturas. Ainda<br />

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Novembro I 2017<br />

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20<br />

DESTAQUE<br />

Como abrir uma oficina (Capítulo IV)<br />

nos trabalhos de soldadura: o peitilho!<br />

Trata-se de uma espécie de avental de<br />

couro que protege o funcionário de faúlhas<br />

ou radiação durante esta tarefa. A<br />

bata ou fato-de-macaco têm como<br />

função a limpeza e a higiene, evitando<br />

que a roupa fique suja. Já o capacete de<br />

segurança, esse, é obrigatório quando se<br />

trata de trabalho em fossos, para evitar<br />

panca<strong>das</strong> na cabeça provoca<strong>das</strong> pela<br />

queda de peças ou de ferramentas de<br />

trabalho. Por fim, as botas servem para<br />

minimizar os danos por queda de peças<br />

e diminuir os riscos de escorregões ou<br />

cortes nos pés. Devem ser constituí<strong>das</strong><br />

por materiais resistentes, como o couro,<br />

impermeáveis e com boa transpiração.<br />

Idealmente, as solas <strong>das</strong> botas devem<br />

ser anti-deslizantes e as palmilhas anti-<br />

-perfuração.<br />

Por outro lado, existem elementos que<br />

nunca devem marcar presença numa oficina:<br />

anéis, pulseiras, colares e qualquer<br />

tipo de acessório que fique “pendente”. O<br />

mesmo acontece com o cabelo comprido,<br />

que deverá estar apanhado ou coberto<br />

por um chapéu para evitar complicações.<br />

Porquê? Porque os acessórios (e o cabelo)<br />

podem cair ou prender-se em mecanismos<br />

ou fazer com que o funcionário fique<br />

preso em algum equipamento. Em última<br />

instância, se outros prejuízos mais graves<br />

não ocorrerem, poderá “apenas” atrasar<br />

o serviço.<br />

n HIGIENE NO TRABALHO<br />

A falta de higiene numa oficina pode<br />

provocar o aparecimento de infeções<br />

respiratórias resultantes da inalação de<br />

gases e partículas - ou problemas de pele<br />

Riscos para a saúde<br />

9 perigos à espreita<br />

numa oficina<br />

A lista de processos e tarefas que representam riscos para a saúde, numa oficina,<br />

é ampla. Eis as principais ameaças.<br />

l Operações com ferramentas não portáteis para tratar metais a frio: máquinas<br />

como fresadoras, tornos ou mandris. São suscetíveis de provocar cortes, lesões<br />

por esmagamento ou outras consequências para o estado físico do funcionário.<br />

l Operações com ferramentas para tratar metais através da aplicação de<br />

calor: instrumentos como maçaricos, que representam risco de queimaduras na<br />

roupa e na pele ou danos nos olhos.<br />

l Operação com instrumentos destinados ao lixamento, limpeza na selagem<br />

ou selagem de peças metálicas: por exemplo, as pistolas de areia de silício. Sem<br />

a proteção adequada, provocam problemas respiratórios e podem dar origem à<br />

incrustação de partículas nos olhos.<br />

l Operações com instrumentos que trabalham com substâncias químicas:<br />

podem danificar o aparelho respiratório, por exemplo, durante as operações de<br />

pintura nas estufas da oficina.<br />

l Manuseamento de instrumentos pesados: pode criar lesões musculares ou<br />

ósseas, devido a esforço excessivo ou outros riscos para a saúde, em caso de queda<br />

ou desmontagem acidental dos instrumentos.<br />

l Manuseamento de instrumentos/instalações elétricas: suscetíveis de provocar<br />

eletrocussões e/ou queimaduras no corpo.<br />

l Tarefas em banca<strong>das</strong> de trabalho com motores térmicos: neste caso, os riscos<br />

são muito variados, já que consiste num espaço de trabalho mais complexo, no<br />

qual existe contacto direto com cabos, instalações elétricas, baterias, ruído, gases<br />

produzidos pela combustão ou líquidos refrigerantes.<br />

Operações que geram ruído: uma tarefa em concreta, ou a própria atividade da<br />

oficina, também pode causar riscos para o sistema auditivo, pelo que é necessário<br />

cumprir a norma relativa aos decibéis máximos permitidos na área de trabalho.<br />

Outros riscos derivados da atividade na oficina: A inalação contínua de gases<br />

produzidos pela combustão de motores devido a uma má ventilação, panca<strong>das</strong><br />

e que<strong>das</strong>.<br />

– ao entrar em contacto com substâncias<br />

corrosivas, entre outros efeitos adversos.<br />

Para evitar estes riscos de saúde, importa<br />

ter a oficina bem organizada e atentar em<br />

algumas condições básicas de higiene.<br />

Em primeiro lugar, o posto de trabalho<br />

deve permanecer limpo. Não devem<br />

existir vestígios de sujidade, pó ou partículas<br />

nas áreas de trabalho, nem objetos<br />

esquecidos no chão ou amontoados em<br />

locais inadequados. O piso deverá estar<br />

limpo (e ser anti-deslizante), uma vez que<br />

as manchas de óleo e outros produtos<br />

são suscetíveis de provocar escorregões<br />

e que<strong>das</strong>.<br />

As ferramentas deverão estar arruma<strong>das</strong><br />

no seu devido lugar e em perfeito<br />

estado de conservação, conforme o<br />

estabelecido na norma 12/15/97, de 18<br />

de julho. O armazém deve ainda estar<br />

organizado. A limpeza e a organização<br />

andam de mãos da<strong>das</strong>. Por isso, é fundamental<br />

guardar cada elemento no local<br />

certo e não sobrecarregar as estantes,<br />

evitando, deste modo, fugas, derrames<br />

ou a presença de produtos tóxicos fora<br />

de validade e longe da vista. Por último,<br />

por motivos de higiene, é proibido comer,<br />

beber ou fumar na área destinada<br />

ao trabalho.<br />

n EFICIÊNCIA ENERGÉTICA<br />

O armazenamento e tratamento de<br />

óleos e lubrificantes obriga a oficina a<br />

dispor de um sistema integrado de gestão<br />

de resíduos para a recolha e reciclagem<br />

de óleos usados. O mesmo sucede<br />

com o anticongelante, líquido de travões,<br />

baterias usa<strong>das</strong>, embalagens vazias de<br />

pintura, dissolvente, entre outros.<br />

A oficina é uma organização que gera<br />

diferentes tipos de resíduos, sejam eles<br />

sólidos, líquidos, gases e resíduos sólidos<br />

urbanos, como embalagens, sacos,<br />

papel e cartão. Para a reciclagem destes<br />

resíduos urbanos, a oficina deve usar as<br />

mesmas vias do que qualquer cidadão<br />

comum (contentores fixos ou móveis,<br />

pontos de recolha). Mas, para os restantes<br />

resíduos, a própria oficina deverá<br />

responsabilizar-se pela contratação de<br />

uma empresa de gestão de resíduos<br />

licenciada.<br />

n PLANO DE EMERGÊNCIA<br />

A oficina ainda deve dispor de um plano<br />

de emergência elaborado para implementação<br />

em caso de incêndio, um dos<br />

principais riscos desta área. Além disso,<br />

tem de dispor de todos os elementos<br />

necessários para a extinção do fogo e<br />

todos os trabalhadores devem conhecer<br />

o procedimento a seguir.<br />

É essencial que existam saí<strong>das</strong> de emergência<br />

visíveis e que se encontrem livres<br />

de obstáculos. Além do plano, em caso<br />

de incêndio, os funcionários devem conhecer<br />

os diferentes tipos de fogos que<br />

existem (de sólidos, líquidos, gases ou<br />

metais) e como atuar perante cada um<br />

deles. Outra <strong>das</strong> obrigações da oficina<br />

em matéria de segurança é proporcionar<br />

as ferramentas necessárias para prestar<br />

cuidados básicos ao funcionário em caso<br />

de acidente. Entre os instrumentos necessários,<br />

encontra-se o estojo de primeiros<br />

socorros, produto para lavagem de<br />

olhos, desfibrilhador portátil e duches<br />

de emergência.<br />

Os trabalhadores devem ter conhecimentos<br />

mínimos de primeiros socorros<br />

para saber como atuar em caso<br />

de hemorragias, fraturas, intoxicações,<br />

queimaduras, feri<strong>das</strong> ou outras lesões<br />

ou acidentes que possam ocorrer na<br />

oficina. ✱<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

18-20_Destaque_Como_abrir_uma_oficina_Capítulo IVREV.indd 20 23/10/17 14:05


AF_IMPRENSA_PECAS_EUROREPAR_220X320_JO.indd 1<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

9/21/17 4:38 PM<br />

_PubsPagina<strong>144</strong>.indd 21 24/10/17 11:04


22<br />

SALÃO<br />

MECÂNICA 2017<br />

Sinal de vitalidade<br />

› Se dúvi<strong>das</strong> houvesse acerca da vitalidade do Salão MECÂNICA, atente-se na sétima edição, que decorrerá,<br />

de 24 a 26 de novembro, na FIL, em Lisboa. Mais de 170 expositores marcarão presença no certame da<br />

ExpoSalão, que contará com a 1.ª Conferência Internacional de Pneus, organizada pela Revista dos Pneus<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Este ano, a 7.ª edição da MECÂNICA<br />

- Salão de Equipamento Oficinal,<br />

Peças, Mecânica, Lubrificantes,<br />

Componentes e Acessórios para Veículos<br />

Ligeiros e Pesados, não só estreará<br />

uma localização como decorrerá, em simultâneo,<br />

com a Expotransporte - Salão<br />

Ibérico de Veículos Pesados e Ligeiros de<br />

Mercadorias e de Passageiros e Logística.<br />

De 24 a 26 de novembro, o aftermarket<br />

nacional (e ibérico) estará “reunido” na<br />

capital portuguesa. Por outras palavras,<br />

todos os caminhos irão dar à FIL, no Parque<br />

<strong>das</strong> Nações.<br />

A cerca de um mês da realização<br />

deste(s) certame(s), o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

revela-lhe a lista de expositores e o mapa<br />

onde os mesmos estarão localizados. No<br />

passado dia 26 de junho, em comunicado<br />

enviado à nossa redação, a ExpoSalão<br />

dava conta que o espaço de exposição<br />

estava praticamente ocupado na sua<br />

totalidade, contando, até então, com<br />

132 expositores. Hoje, sabe-se que são<br />

mais de 170 as empresas que aderiram<br />

à sétima edição, que foi deslocalizada<br />

da Batalha para Lisboa. “Com esta nova<br />

localização, ao longo de 10.000 m² de<br />

espaço irá ser possível encontrar na ME-<br />

CÂNICA e na Expotransporte/Logística<br />

mais expositores, que respondem a to<strong>das</strong><br />

as áreas de interesse dos visitantes profissionais”,<br />

pôde ler-se na mesma nota<br />

de imprensa. ✱<br />

CIP 2017 será a 25 de novembro<br />

Evento sem paralelo<br />

no setor dos pneus<br />

A data de 25 de novembro de 2017 ficará para sempre “gravada na memória”<br />

do setor dos pneus como o dia em que representantes do mercado português<br />

e internacional debateram, em conjunto, temas comuns da atualidade. O palco<br />

deste megaencontro será o auditório do Centro de Congressos da FIL, no Parque<br />

<strong>das</strong> Nações, em Lisboa, que abrirá as suas portas às 09h00 para acolher os participantes,<br />

que farão a sua acreditação e visitarão o espaço onde patrocinadores<br />

e entidades liga<strong>das</strong> ao setor dos pneus irão expor as suas novidades e serviços.<br />

Durante todo o dia, diversos oradores e mais de 300 participantes irão encher o<br />

auditório do Centro de Congressos da FIL.<br />

A par da 1.ª Conferência Internacional de Pneus (CIP 2017), o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

e a Revista dos Pneus, os principais títulos da AP Comunicação, serão media<br />

partners da 7.ª edição da MECÂNICA - Salão de Equipamento Oficinal, Peças,<br />

Mecânica, Lubrificantes, Componentes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados,<br />

bem como da Expotransporte - Salão Ibérico de Veículos Pesados e Ligeiros<br />

de Mercadorias e de Passageiros e Logística. Para consultar o programa e<br />

inscrever-se na 1.ª Conferência Internacional de Pneus, deverá visitar o site www.<br />

cip2017.com.<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

22-23_Antevisão Salão MECÂNICAREV.indd 22 23/10/17 15:07


23<br />

3A01<br />

ALECARPEÇAS<br />

3D02<br />

TRIAUTO<br />

3G06<br />

TACOFROTA<br />

3G14<br />

JCM<br />

3A13<br />

ALIDATA<br />

3D02A<br />

LD AUTO<br />

3G07<br />

ARAN<br />

3G15<br />

H. INVEN GROUP XXI<br />

3A02A<br />

ANECRA<br />

3D03<br />

AUTOZITÂNIA<br />

3G08<br />

STRATIO<br />

3G16<br />

PLUSKEY<br />

3A08<br />

BERNER<br />

3D04<br />

F. DESIGN<br />

3G09<br />

MAXOLIT<br />

3G17<br />

LYNXPORT<br />

3A05<br />

CETRUS<br />

3D05<br />

JAP PARTS<br />

3G10<br />

JVP<br />

3G18<br />

SPANJAARD<br />

3A20<br />

3A16<br />

3A15<br />

3A17<br />

3A21<br />

GRUPO SD<br />

IVEPEÇAS<br />

JAO<br />

KOGEL<br />

LOGIDADOS<br />

3D05A<br />

3D06<br />

3D07<br />

3D08<br />

3D09<br />

MG EQUIPAMENTOS<br />

COM TT<br />

WD-40<br />

TECNIAMPER<br />

EQUIWASH<br />

3G11<br />

3G12<br />

3G13<br />

3G13A<br />

CASA - CENTRO DE ARBITRAGEM<br />

SECTOR AUTOMOVEL<br />

NEOPARTS<br />

CARF<br />

BRAY MARTINS<br />

3G19<br />

3G21<br />

3G22<br />

3G23<br />

3G24<br />

KRONE - KEYTRAILER<br />

TRACK IT<br />

EUROWAG<br />

GESFROTA<br />

FCSI CARD<br />

3A09<br />

MCNUR<br />

3D10<br />

LUSILECTRA<br />

3A10<br />

MORAIS & CAMARA<br />

3D11<br />

FEDIMA TYRES<br />

3A18<br />

NISSENS PORTUGAL<br />

3D12<br />

MANITOU<br />

3A06<br />

RETA<br />

3D13<br />

ANTRAM<br />

3A04<br />

RPL CLIMA<br />

3D14<br />

TOTAL PORTUGAL<br />

3A14<br />

3A07<br />

3A02<br />

3A11<br />

3A12<br />

3A19<br />

3A03<br />

3A04A<br />

3B01<br />

3B02<br />

3B03<br />

3B03A<br />

3B04<br />

3B05<br />

3B06<br />

3B07<br />

3B08<br />

3B09<br />

3B10<br />

3B11<br />

3B12<br />

3B12<br />

3B13<br />

3B14<br />

3B15<br />

3B16<br />

3B17<br />

3B18<br />

3B19<br />

3B20<br />

3B21<br />

3B22<br />

3B23<br />

3B24<br />

3B25<br />

3C01<br />

3C02<br />

3C03<br />

3C04<br />

3C04A<br />

3C05<br />

3C06<br />

3C07<br />

3C08<br />

3C09<br />

3C10<br />

3C11<br />

3C12<br />

3C13<br />

3C14<br />

3C15<br />

3C16<br />

3C17<br />

3C18<br />

3C19<br />

3D01<br />

S. JOSÉ PNEUS<br />

SAMIPARTS<br />

SOSI COMB.<br />

LINE EXTRAS<br />

TELEPEÇAS<br />

TENTE RUEDAS<br />

TURBOCLINIC<br />

URBANKEY<br />

COMETIL<br />

PRO4MATIC<br />

M.F. PINTO<br />

NEOCOM<br />

TECWASH<br />

RODRIBENCH<br />

IMPORFASE<br />

PÓVOA HIDRÁULICA<br />

JESUS & BAPTISTA<br />

HP TURBO<br />

LANCAR PORTUGAL<br />

SUSPARTES<br />

GT MOTIVE<br />

ETICADATA<br />

LUSOFILTROS<br />

TECNOPARTES<br />

LOCAL ÚNICO<br />

GRADOIL LUBRIFICANTES<br />

MAEIL<br />

EUROCORREIAS<br />

RECAUCHUTAGEM S. MAMEDE<br />

SOS BATTERY<br />

ROSETE<br />

RFR SYSTEMS<br />

NCH PORTUGAL<br />

AASMVAZ, LDA<br />

ARFIL TRUCKS<br />

JMCS<br />

SOULIMA<br />

MOTOR PORTUGAL<br />

VERTICE INTERNACIONAL<br />

NORSIDER<br />

HISPANOR<br />

EUROTRANSMISSÃO<br />

CONVERSA DE MÃOS<br />

M. COUTINHO<br />

AZ AUTO<br />

MERPEÇAS<br />

BAHCO OBERG FERRAMENTAS<br />

PNEURAMA<br />

QUASAR<br />

CAP MONETIQUE<br />

CARLOS SOUSA<br />

INGRALUB<br />

RES ASSISTANCE<br />

ENDAL<br />

JORGE PIRES CARROÇARIAS<br />

Q&F<br />

3D15<br />

3 E01 GONÇALTEAM<br />

3 E02 MOTRIO -RENAULT PORTUGAL<br />

3 E03 JAPOPEÇAS<br />

3 E04 PBS - BATERIAS<br />

3 E05 PEÇAS LAND ROVER<br />

3 E06 SARRAIPA<br />

3 E07 NELSON TRIPA<br />

3 E08 SOUSA RADIADORES<br />

3 E09 MANUEL GUEDES MARTINS<br />

3 E10 NATUREZA VERDE<br />

3 E11 DIMLASER<br />

3 E12 GESTLUB<br />

3 E13 BP PORTUGAL<br />

3 E14 MACOS<br />

3 E15 LISPARTS<br />

3 E16 MOTORMÁQUINA<br />

3 E17 LUSILECTRA<br />

3 E18 EUROCOFEMA<br />

3 E19 CEPSA<br />

3 E21 REPSOL<br />

3 E22 KEMTHAR<br />

3 E23 AS24<br />

3 E24 RETA<br />

3 E25 APG<br />

3 E26 SEEPMODE<br />

3 E27 ICONTRANS<br />

3 E28 OPEL<br />

3 E29 REPSOL<br />

3F01 INTERMACO<br />

3F02 SPARKES & SPARKES<br />

3F03 POLIBATERIAS<br />

3F04 VALLUX<br />

3F05 GRAVITY PAINT<br />

3F06 SPINERG<br />

3F07 FERBASA<br />

3F08 CRPB, LDA<br />

3F09 VIEIRA & FREITAS<br />

3F10 TURBODISCOVER<br />

3F11 WÜRTH PORTUGAL<br />

3F12 INTERESCAPE<br />

3F13 PROVMEC<br />

3F14 FAHER - MUNDIALUB<br />

3F15 ROTAIR<br />

3F16 GESTGLASS<br />

3F17 SOBRALPNEUS<br />

3F18 PRIO ENERGY<br />

3F19 READAPT PORTUGAL<br />

3F20 PNEUS ALCAIDE<br />

3G01 BREDA LORETT<br />

3G01 CLEAN FILTERS<br />

3G01 OCAP<br />

3G02 MESTO PORTUGAL<br />

3G03 MEMO DERIVA<br />

3G04 JPSF<br />

3G05 PACEC<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

22-23_Antevisão Salão MECÂNICAREV.indd 23 23/10/17 09:29


24<br />

SALÃO<br />

Equip Auto 2017<br />

Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Savoir-faire<br />

› Durante cinco dias, Paris não foi apenas a capital de França, mas a “meca” do aftermarket internacional.<br />

Com uma nova localização e um novo layout, a edição de 2017 do Salão Equip Auto contou com mais<br />

de 1.400 expositores e rondou os 100.000 visitantes profissionais, demonstrando todo o savoir-faire da<br />

entidade organizadora: Comexposium<br />

Por: Bruno Castanheira e João Vieira<br />

Ainda que se tenha realizado num<br />

ano onde ocorrem três importantes<br />

feiras europeias dedica<strong>das</strong> ao<br />

aftermarket internacional, uma vez que,<br />

em março, teve lugar a Motortec Automechanika<br />

Madrid e, em maio, a Autopromotec,<br />

em Bolonha, a edição de 2017<br />

do Salão Equip Auto, que decorreu de<br />

17 a 21 de outubro, em Paris, superou a<br />

edição de há dois anos e demonstrou<br />

todo o savoir-faire da organização: Comexposium.<br />

As razões para tal, são diversas.<br />

Desde logo, a localização do<br />

certame, que deixou o Parc des Expositions<br />

de Paris (Nord Villepinte) e passou<br />

para o Paris Expo (Porte de Versailles).<br />

Uma zona mais central, com mais glamour<br />

e bem servida por uma eficaz rede<br />

de transportes. O facto de estar bem no<br />

coração da capital francesa ajudou, também,<br />

a criar uma atmosfera de maior<br />

convívio durante os cinco dias do evento,<br />

tendo facilitado tanto expositores como<br />

visitantes na realização de atividades<br />

paralelas no centro da cidade, como foi<br />

disso exemplo a Gala de entrega dos<br />

Grandes Prémios Internacionais de Inovação<br />

Automóvel, que decorreu no majestoso<br />

Espace Cambon perante uma<br />

plateia de 300 profissionais da indústria<br />

automóvel, jornalistas e líderes de opinião<br />

(ver caixa, nestas páginas). Depois,<br />

o novo layout. Para esta 24.ª edição, depois<br />

de recolhi<strong>das</strong> as opiniões de expositores<br />

e visitantes profissionais, bem<br />

como da imprensa e de várias persona-<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

24-30_Salão Equip AutoREV.indd 24 24/10/17 21:04


25<br />

Mario Fiems, Equip Auto<br />

“A decisão de mudarmos a localização<br />

do certame revelou-se<br />

acertada. O Salão Equip Auto<br />

2017 esteve muito dinâmico e<br />

assistimos, com agrado, à estreia<br />

de vários expositores e ao regresso<br />

de outros tantos, o que<br />

muito contribuiu para o sucesso.<br />

O balanço é extremamente positivo.<br />

Até porque tivemos um<br />

programa muito diversificado,<br />

com conferências, debates e<br />

demonstrações, sempre com a<br />

inovação como pano de fundo”.<br />

Lars Peters, MEYLE<br />

n ATIVIDADES PARALELAS<br />

O Salão Equip Auto 2017 foi projetado<br />

em torno de quatro prioridades: manter,<br />

de forma rentável, o parque automóvel<br />

existente; diversificar as atividades colidades<br />

influentes no mercado, a FIEV<br />

(Fédération des Industries des Equipements<br />

pour Véhicules) e a FFC (Fédération<br />

Française de Carrosserie Industries et<br />

Services), em conjunto com a entidade<br />

organizadora (Comexposium), removeram<br />

“algumas barreiras” relaciona<strong>das</strong> com<br />

as atividades comerciais e facilitaram os<br />

contactos entre expositores e visitantes,<br />

oferecendo uma nova experiência na<br />

feira.<br />

n NÚMEROS ELUCIDATIVOS<br />

Se dúvi<strong>das</strong> houvesse quanto à importância<br />

do Salão Equip Auto na rota do<br />

aftermarket internacional, atente-se nos<br />

números da edição deste ano. Com cerca<br />

de 100.000 visitantes profissionais, 35%<br />

dos quais internacionais e oriundos, essencialmente,<br />

da Europa e do Norte da<br />

África (a região do Magrebe esteve em<br />

evidência, ou não tivesse ela grande<br />

importância para o mercado francês),<br />

encontraram-se com mais de 1.400 expositores<br />

e empresas representa<strong>das</strong>.<br />

Curiosa foi, também, a presença, em<br />

número elevado, de players de origem<br />

asiática (com a China à cabeça, sem es-<br />

quecer Coreia do Sul e Taiwan) e de organizações<br />

provenientes de Marrocos e<br />

da Turquia. Ou a partilha de um stand<br />

por parte de cinco empresas holandesas,<br />

naquela que foi apelidada como o “Pavilhão<br />

da Holanda”. Também no aftermarket<br />

a “laranja mecânica” se faz<br />

representar. E bem, diga-se em abono<br />

da verdade.<br />

Estando o pós-venda automóvel e os<br />

serviços de mobilidade a atravessar uma<br />

autêntica revolução, impulsionada pela<br />

massificação da era digital e pela disrupção<br />

tecnológica que afeta toda a indústria,<br />

o Salão Equip Auto 2017 apostou<br />

num novo slogan, “Reparar hoje, preparar<br />

o amanhã”, que resumiu, no fundo,<br />

todo o propósito desta feira. A organização<br />

elaborou o certame deste ano com<br />

uma mentalidade orientada para o<br />

cliente, numa nova localização e com um<br />

novo layout de atividades, criando novos<br />

serviços e preparando novas formas de<br />

celebrar a inovação e de incentivar quer<br />

o networking quer o ambiente de convívio.<br />

Objetivos que foram, saliente-se,<br />

plenamente atingidos.<br />

Com uma área de exposição de 100.000<br />

m² dividida por três pavilhões, a distribuição<br />

dos diferentes setores de atividade<br />

representados no Salão Equip Auto<br />

2017 foi concebida para aumentar a<br />

afluência em qualquer uma <strong>das</strong> zonas,<br />

potenciando o número de contactos<br />

entre expositores e visitantes profissionais.<br />

As peças para veículos dividiram o<br />

Pavilhão 1 com equipamentos e produtos<br />

para repintura e carroçaria, ferramentas,<br />

estações de lavagem, equipamentos<br />

de área de serviço, lubrificantes e aditivos,<br />

serviços para profissionais, sistemas de<br />

tecnologia de informação e redes de<br />

distribuição. Já o Pavilhão 2, reuniu peças<br />

para veículos, pneus, jantes, acessórios,<br />

serviços rápidos e redes de centros auto.<br />

Quanto ao Pavilhão 3, esteve dedicado<br />

aos fornecedores de peças para veículos,<br />

equipamentos oficinais, ferramentas,<br />

oficinas de mecânica, equipamentos e<br />

serviços de diagnóstico.<br />

“Temos tido uma presença assídua<br />

nesta feira, que, este ano,<br />

ocupou um novo espaço, situado<br />

bem no centro de Paris.<br />

Sendo o mercado francês bastante<br />

importante para nós, quisemos<br />

realçar as competências<br />

produtivas de que dispomos<br />

(direção e suspensão), além <strong>das</strong><br />

linhas HD, PD e Original. Outro<br />

dos objetivos foi mostrar a nossa<br />

gama, que está em constante<br />

crescimento”.<br />

Julie Sterkens, Wolf Oil<br />

“Desde 1999 que participamos<br />

no Salão Equip Auto. Temos<br />

vindo a aumentar o nosso espaço,<br />

ano após ano, o que é, sem<br />

dúvida, elucidativo. Conhecer<br />

parceiros e mostrar novos produtos,<br />

além de aumentar a notoriedade<br />

da marca, foram os<br />

principais objetivos para a edição<br />

deste ano, que foram plenamente<br />

atingidos. A nossa<br />

marca tem vindo a alcançar bons<br />

resultados, sendo Portugal um<br />

dos melhores exemplos”.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

24-30_Salão Equip AutoREV.indd 25 24/10/17 21:04


26<br />

SALÃO<br />

Equip Auto 2017<br />

LÍDERES<br />

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que a Micro-V ® seja a marca de eleição em substituições com<br />

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© Gates Corporation 2017 - Todos os direitos reservados.<br />

merciais para desenvolver volume de<br />

negócios e manter clientes; adaptar a<br />

empresa e a oficina a um mercado que<br />

está a ser transformado pelo digital; preparar<br />

as oficinas para a chegada dos<br />

veículos conectados e autónomos. E de<br />

modo a ilustrar estas prioridades e transformá-las<br />

em atividades práticas, a organização<br />

criou novos hotspots para<br />

visitantes e expositores. No autêntico<br />

mundo de iniciativas paralelas, expositores<br />

e visitantes puderam descobrir o<br />

Parque de Inovação e Start-up. Localizado<br />

no Pavilhão 1, reuniu diversas start-ups<br />

francesas e internacionais, bem como<br />

empresas inovadoras que trabalham no<br />

campo da mobilidade de bens e pessoas.<br />

O objetivo deste espaço foi apoiar os<br />

profissionais da reparação nesta fase de<br />

mudança e facilitar contactos entre os<br />

“tradicionais” profissionais do pós-venda<br />

e as jovens e inovadoras empresas, que<br />

estão já a antecipar o futuro do pós-<br />

-venda automóvel. O Salão Equip Auto<br />

2017 criou, aliás, um fórum interativo,<br />

no qual cada start-up foi convidada a<br />

lançar o seu projeto e a responder a perguntas<br />

coloca<strong>das</strong> pela plateia.<br />

Grande adesão e impacto teve, também,<br />

o Plateau TV, estúdio de televisão localizado<br />

no Pavilhão 2 que concentrou a<br />

maioria do programa de conferências e<br />

workshops do certame. Em funcionamento<br />

todos os dias, <strong>das</strong> 09h30 às 18h00,<br />

foi o lugar onde visitantes e expositores<br />

puderam descobrir novas tendências e<br />

discutir questões estratégicas para os<br />

seus negócios, ouvindo diversos especialistas.<br />

Já no Pavilhão 3, a área de demonstrações<br />

ao vivo e a academia,<br />

designada Tuto(rials), deram aos visitan-<br />

tes a oportunidade de descobrir novas<br />

tecnologias e adquirir ou desenvolver<br />

novas habilidades e competências em<br />

vários domínios, como a oficina conectada<br />

que opera nas áreas da carroçaria<br />

e pintura, a melhoria do conforto e segurança,<br />

os sistemas ativos de segurança<br />

que utilizam sensores, os veículos autónomos,<br />

a redução de emissões poluentes,<br />

os novos grupos motopropulsores<br />

e a redução da resistência ao rolamento<br />

de pneus.<br />

Com o objetivo de oferecer aos visitantes<br />

e expositores uma nova experiência,<br />

o Salão Equip Auto 2017 criou um serviço<br />

especial, oferecendo roteiros de visitas<br />

guia<strong>das</strong> para grupos e visitas individuais<br />

ou “à la carte”. Estas visitas guia<strong>das</strong> e “à<br />

la carte” foram prepara<strong>das</strong> por especialistas<br />

da indústria, depois de consultados<br />

expositores e visitantes. A descrição <strong>das</strong><br />

novas iniciativas do certame parisiense<br />

não ficaria completa sem referir as “Happy<br />

Hours Equip Auto”, que foram cocktails<br />

oferecidos todos os dias, de terça a sexta,<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

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28<br />

SALÃO<br />

Equip Auto 2017<br />

Pedro Azevedo, Bahco<br />

tacto para networking tradicional entre<br />

fabricantes, distribuidores e a indústria<br />

da reparação na procura de novos produtos,<br />

serviços ou parceiros. Foi, também,<br />

uma montra de inovação, reconhecida<br />

“O Equip Auto é um certame<br />

de dimensão internacional, pela<br />

quantidade de países que o visitam.<br />

As novidades que apresentámos<br />

em solo francês são,<br />

no fundo, aquelas que levaremos<br />

à 7.ª edição da MECÂNICA, em<br />

Portugal, onde será feito o lançamento<br />

oficial no nosso mercado.<br />

A nova gama de carros de<br />

ferramentas esteve em evidência,<br />

tal como os produtos para<br />

assistência a baterias e as áreas<br />

de travões e pneus”.<br />

Paulo Jesus, In<strong>das</strong>a<br />

às 17h00, para favorecer o networking e<br />

criar uma atmosfera de convívio. O que<br />

acabou por resultar em pleno.<br />

n PARIS NO CENTRO DO MUNDO<br />

O Salão Equip Auto 2017 atraiu, sobretudo,<br />

profissionais do pós-venda automóvel<br />

e profissionais de serviços que<br />

representaram os diferentes setores desta<br />

indústria, incluindo importadores, distribuidores,<br />

proprietários de oficinas,<br />

redes de serviços rápidos e de centros<br />

auto. Mas, também, fabricantes de veículos<br />

e fornecedores de peças, que procuraram<br />

capacidades de produção em<br />

regime de outsourcing. As atividades<br />

relaciona<strong>das</strong> com a distribuição e importação<br />

representaram apenas cerca de<br />

30% <strong>das</strong> diferentes atividades exibi<strong>das</strong>.<br />

Sendo uma <strong>das</strong> localizações chave da<br />

indústria automóvel na Europa, dispondo<br />

de vários fabricantes de automóveis e<br />

fornecedores de primeira linha, França<br />

também concentra um enorme número<br />

de start-ups e empresas inovadoras, que,<br />

agora, operam na indústria automóvel.<br />

Portanto, Paris foi, durante cinco dias, a<br />

“meca” do aftermarket internacional. Foi<br />

em Paris que se discutiram questões<br />

essenciais que permitirão enfrentar os<br />

novos desafios que afetam a indústria,<br />

mas, também, o mercado de reposição<br />

e os serviços relacionados com o automóvel.<br />

O Salão Equip Auto não foi apenas um<br />

dos principais pontos europeus de con-<br />

como tal pelos profissionais do setor<br />

automóvel. A edição de 2017 foi projetada<br />

em consonância com esta evolução<br />

e colocou-se no centro desses desafios.<br />

Até 2019!<br />

“A In<strong>das</strong>a tinha feito uma interrupção<br />

estratégica na participação<br />

nesta feira, mas, este<br />

ano, com a nova localização, a<br />

aposta está ganha. No nosso<br />

stand, expusemos um pouco da<br />

nossa gama de produtos, que<br />

tem vindo a aumentar, demos<br />

ênfase à parceria que estabelecemos<br />

em França com a Farécla<br />

e apostámos em duas áreas de<br />

demonstração dos nossos produtos.<br />

A avalição é positiva”.<br />

Paulo Pinto, DTS<br />

“Foi a primeira vez que estivemos<br />

presentes como expositores<br />

no Salão Equip Auto, no seguimento<br />

da nossa política de internacionalização.<br />

O mercado<br />

francês é bastante apetecível e<br />

nós poucos clientes temos neste<br />

país. Por isso, a nossa vinda teve<br />

a ver, essencialmente, com a<br />

conquista de quota de mercado.<br />

Temos um marca própria para<br />

produtos novos e somos especialistas<br />

em Diesel e turbos”.<br />

Novembro I 2017<br />

5<br />

dias<br />

de feira<br />

100.000 m 2<br />

4elementos do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>/Revista<br />

dos Pneus<br />

presentes<br />

Equip Auto em números<br />

35 3<br />

debates em direto<br />

área total de exposição<br />

35%<br />

percentagem de visitantes<br />

internacionais<br />

40<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

números de<br />

pavilhões<br />

alocados ao<br />

certame<br />

100.000 número<br />

aproximado<br />

de visitantes<br />

reportagens em<br />

vídeo realiza<strong>das</strong><br />

pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong><br />

9horas diárias de<br />

encontros<br />

profissionais<br />

número de expositores<br />

ultrapassou esta barreira<br />

1.400<br />

24-30_Salão Equip AutoREV.indd 28 24/10/17 21:04


29<br />

Pierre Lootens, Japanparts<br />

“O Japanparts Group faz questão<br />

de estar sempre presente nas<br />

feiras mais importantes dedica<strong>das</strong><br />

ao aftermarket. Este ano, em<br />

Paris, não foi exceção. Sendo a<br />

Europa bastante importante<br />

para nós, onde temos ainda<br />

muita margem para crescer, viemos<br />

aumentar a notoriedade <strong>das</strong><br />

três marcas de que dispomos.<br />

No caso do mercado francês, em<br />

particular, é nossa intenção alargar<br />

o leque de distribuidores e<br />

conquistar clientes”.<br />

Rodrigo Rocha, SKF<br />

Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel<br />

E os vencedores são...<br />

Numa gala cheia de charme e glamour, realizada no imponente Espace Cambon, localizado no centro de Paris, foram<br />

entregues os troféus aos vencedores dos Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel Equip Auto 2017<br />

Para a 17.ª edição dos Grandes Prémios<br />

Internacionais de Inovação<br />

Equip Auto, o júri, constituído por<br />

mais de 50 jornalistas, entre os quais se<br />

inclui o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, de 15 países,<br />

escolheram os Troféus de Ouro entre oito<br />

categorias a concurso. Esta iniciativa foi<br />

criada com o objetivo de selecionar e<br />

premiar os conceitos, produtos e serviços<br />

mais inovadores apresentados pelos expositores<br />

do Salão Equip Auto 2017. Este<br />

ano, o veredicto do júri foi bastante claro<br />

quanto às tendências que estão a definir<br />

o futuro do pós-venda. A primeira, é a conectividade,<br />

aplicada tanto aos automobilistas<br />

como às oficinas de reparação. A<br />

segunda, é a mobilidade sustentável, com<br />

inovações que nos ajudarão a consumir<br />

menos ou a consumir melhor. Estão de<br />

parabéns todos os participantes e, em<br />

especial, os vencedores.<br />

“Ao fim de 10 anos, a SKF regressou<br />

ao Salão Equip Auto<br />

com um stand de 100 m 2 para<br />

mostrar aos distribuidores e oficinas<br />

de França (sendo estas<br />

mais de 36 mil) as novidades que<br />

temos. São elas as bombas de<br />

água para camiões e as peças<br />

de direção e suspensão, que<br />

disponibilizarão 900 referências<br />

em janeiro de 2018, esperando<br />

que atinjam as 3.000 no final do<br />

próximo ano”.<br />

Sergi Blanc, Sinnek<br />

Carroçaria e pintura<br />

Mixplast: pistola anti-estática<br />

Star Finish<br />

Áreas de lavagem e serviço<br />

Heurtaux : robot de lavagem<br />

Easy Jet<br />

Equipamentos para pneus<br />

Bosch: scanner pneus<br />

TTM 2104 e 2204<br />

Comercializada pela empresa francesa<br />

MixPlast, elimina por ionização a eletricidade<br />

estática que existe nos painéis de<br />

carroçaria durante a operação de repintura,<br />

que criam sombras e reflexão de luz<br />

irregular. Ao neutralizar as peças a serem<br />

pinta<strong>das</strong>, a pistola Star Finish oferece uma<br />

multiplicidade de benefícios: diminuição<br />

importante ou mesmo o desaparecimento<br />

total de poeira; diminuição da espessura<br />

extra da tinta devido ao posicionamento<br />

ideal da base; perfeita uniformidade de<br />

cor entre diferentes materiais, como para-<br />

-choques de plástico e guarda lamas de<br />

metal, graças ao reflexo homogéneo da<br />

luz sobre as partículas metálicas.<br />

O novo robot Easy Jet está equipado com<br />

um braço de balanço automático, controlado<br />

pelo sistema “Detect-Profil”. Este braço<br />

oscilante move-se de forma contínua e está<br />

equipado com três conjuntos de jatos planos.<br />

O primeiro, move-se da direita para<br />

a esquerda para lavar capot, para-brisas,<br />

tejadilho e traseira do veículo. Os segundo e<br />

terceiro conjuntos, estão instalados um em<br />

cada lado do braço, movendo-se de cima<br />

para baixo para lavar as secções laterais do<br />

veículo, jantes e janelas. Em comparação<br />

com os jatos rotativos redondos, os jatos<br />

rotativos planos garantem uma lavagem<br />

rápida, eficiente e uniforme, mesmo nas<br />

maiores superfícies.<br />

Para saber em que estado se encontram<br />

os pneus da viatura, este equipamento<br />

permite uma medição automática da profundidade<br />

do piso em apenas alguns segundos.<br />

Com este processo automático, o<br />

operador não precisa de efetuar qualquer<br />

tipo de medição manual. Os resultados<br />

podem ser exibidos ao cliente num PC,<br />

tablet (iOS ou Android), TV ou smartphone.<br />

A tecnologia de medição recorre a uma<br />

luz codificada por cores, combinada com<br />

câmaras HD 3D 2x2. Projetado para ser<br />

resistente à água e a cargas este equipamento<br />

está previsto suportar a passagem<br />

de mais de 150.000 veículos durante a<br />

sua vida útil.<br />

“Viemos a esta feira lançar a<br />

nossa marca a nível internacional,<br />

depois de o termos feito, no<br />

passado mês de março, em Madrid,<br />

para a Península Ibérica.<br />

Encontrar distribuidores para a<br />

Europa Ocidental foi, pois, um<br />

dos objetivos da nossa presença<br />

em Paris. Além disso, viemos dar<br />

a conhecer os produtos à base<br />

de água que disponibilizamos<br />

para o setor da repintura automóvel.<br />

A Sinnek é uma marca<br />

feita por e para o pintor”.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

24-30_Salão Equip AutoREV.indd 29 24/10/17 21:04


30<br />

SALÃO<br />

Equip Auto 2017<br />

03_RPL_meia_alto_2017.pdf 3 17/05/17 14:38<br />

Equipamento de oficina<br />

SportSystem: unidade de limpeza<br />

automática TechniFap<br />

funcionam com um novo design e um módulo<br />

de LED de alta resolução. Equipado<br />

com 84 luzes de LED de elevado desempenho,<br />

o módulo reage dinamicamente.<br />

O que permite que as áreas individuais da<br />

superfície da estrada sejam ilumina<strong>das</strong> de<br />

forma muito específica. Cada um desses<br />

LED é, individualmente, controlado de<br />

forma eletrónica, permitindo que a distribuição<br />

da luz a partir dos faróis direito<br />

e esquerdo seja totalmente adaptada às<br />

condições de trânsito.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Publicidade<br />

Qualidade e Rapidez<br />

Nós fazemos a diferença<br />

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Compressores Filtros<br />

Condensadores<br />

Motores de arranque<br />

Alternadores<br />

Bombas de gasóleo<br />

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O TechniFap assegura a limpeza completa<br />

dos filtros de partículas e catalisadores<br />

numa unidade totalmente automática,<br />

fechada e livre de químicos. To<strong>das</strong> as cinzas<br />

e fuligem provenientes da limpeza são<br />

filtra<strong>das</strong> (10 ppm) e coleta<strong>das</strong> antes de<br />

serem recicla<strong>das</strong> por uma empresa especializada<br />

no tratamento de resíduos.<br />

Nenhuma é lançada para o ambiente.<br />

Este processo inovador ocorre em várias<br />

etapas: inspeção visual do filtro antes da<br />

instalação na máquina; teste do fluxo de<br />

ar e dos valores de contrapressão antes<br />

da limpeza; limpeza do filtro; preparação<br />

de um relatório completo para validar a<br />

qualidade da operação.<br />

Lubrificantes e produtos<br />

de manutenção<br />

Bosch: fluidos de travão ENV4<br />

e ENV6<br />

A Robert Bosch lançou duas gerações<br />

inovadoras de fluidos de travão para atender<br />

às necessidades dos novos sistemas<br />

de travagem: ENV4 e ENV6. Estes fluidos<br />

cumprem os requisitos: SAE J, ISO 4925,<br />

DOT3, DOT4 e DOT5.1 e são aprovados<br />

de acordo com os padrões OEM de Audi,<br />

VW, Seat e Skoda. A vida útil é o dobro<br />

do DOT (60 vs 30 meses) e o intervalo de<br />

serviço alargado para três anos em vez de<br />

dois para produtos clássicos compatíveis<br />

com DOT. O ENV6 pode substituir todos os<br />

DOT existentes atualmente no mercado.<br />

Peças e componentes<br />

Hella: farol de LED digital multifeixe<br />

O farol digital inteligente de LED multifeixe<br />

da Hella, que já equipa o último<br />

Classe E da Mercedes-Benz, foi projetado<br />

para aumentar a segurança dos utilizadores<br />

da estrada. Para isso, o farol de LED<br />

multifeixe utiliza fontes de luz que, agora,<br />

Serviços de mobilidade conectados<br />

Autodistribution: caixa<br />

conectada AD<br />

A caixa conectada AD é um aplicativo<br />

móvel que permite ao automobilista<br />

conectar o seu veículo ao smartphone e<br />

desfrutar de serviços personalizados diariamente.<br />

O dispositivo também oferece a<br />

to<strong>das</strong> as oficinas AD uma poderosa ferramenta<br />

de fidelidade para se conectar aos<br />

veículos dos seus clientes e oferecer-lhes<br />

os melhores serviços no melhor momento.<br />

Para o automobilista, esta solução oferece<br />

várias vantagens: conselhos de condução<br />

ecológica; geolocalização do veículo; registos<br />

de serviços digitalizados; informações<br />

de check-up e alertas sobre a manutenção<br />

de peças-chave; Diagnósticos com suporte<br />

especializado.<br />

Serviços para profissionais<br />

Bosch: tecnologia Bosch<br />

Connected Repair<br />

Nas oficinas, existem muitos pacotes<br />

de software e muitos equipamentos que<br />

precisam de informações sobre o cliente,<br />

o veículo, a falha ou a manutenção necessária.<br />

O Bosch Connected Repair interliga<br />

com sistemas de software (DMS, Catalogação<br />

e Diagnóstico), equipamentos de<br />

teste e dados do veículo, permitindo a<br />

troca bem sucedida de informações e<br />

protocolos de serviços ou reparação. A<br />

identificação do veículo é realizada apenas<br />

uma vez e, depois, distribuída para todos<br />

os equipamentos de teste conectados. Os<br />

erros de digitação são evitados e o mecânico<br />

pode concentrar-se no essencial,<br />

que é a reparação. ✱<br />

Novembro I 2017<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

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32<br />

OBSERVATÓRIO<br />

Condução Autónoma (Parte XI)<br />

Guerra dos sensores<br />

› Os veículos autónomos estão a provocar uma guerra entre as empresas tecnológicas.<br />

A Intel acaba de adquirir, por valores astronómicos, a Mobileye, uma pequena empresa<br />

israelita líder no fornecimento de sensores para evitar a colisão de viaturas<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

iminência da revolução dos<br />

veículos autónomos continua a<br />

agitar, fortemente, a indústria automóvel,<br />

bem como a dos componentes<br />

tecnológicos a estes associados. Nesta<br />

fase, as empresas do setor procuram<br />

conquistar o seu próprio espaço dentro<br />

de um novo universo. Muitas vezes,<br />

através da aquisição de outras de cariz<br />

tecnológico. É o caso da Intel, que<br />

chegou, recentemente, a acordo para<br />

a compra da israelita Mobileye, uma<br />

empresa especialista em tecnologia<br />

de veículos autónomos, por 15,3 mil<br />

milhões de dólares (cerca de 14,3 mil<br />

milhões de euros).<br />

Neste negócio, a norte-americana Intel<br />

oferece 63,54 dólares por cada ação<br />

da Mobileye, provocando uma subida<br />

de 32% nas ações da tecnológica, que<br />

está cotada no Nasdaq desde 2014, onde<br />

apresenta já uma capitalização bolsista<br />

superior a 10 mil milhões de dólares. A<br />

empresa israelita, de um momento para<br />

o outro, ganhou um “poder” nunca antes<br />

imaginado. Estamos, portanto, perante<br />

o maior negócio de sempre a envolver<br />

a compra de uma empresa de Israel por<br />

uma companhia fora do país. Israel já é<br />

n CENTRO DE DADOS<br />

A Mobileye foi criada em 1999, precisamente<br />

com o intuito de reduzir os<br />

acidentes de viação e baixar o número<br />

de vítimas mortais com eles relacionados.<br />

“Juntas, poderemos acelerar o futuro da<br />

condução autónoma com uma prestamercado<br />

fundamental para a Intel, onde<br />

emprega 10.000 pessoas, sobretudo na<br />

investigação e desenvolvimento, tendo<br />

em curso um plano de investimento de<br />

seis mil milhões de dólares no país.<br />

De acordo com a Reuters, a Mobileye é<br />

líder mundial no fornecimento de sensores<br />

para evitar a colisão de veículos. Um<br />

componente que não será um mero detalhe<br />

nos equipamentos dos automóveis<br />

numa indústria dominada, a médio ou a<br />

longo prazos, pelos veículos autónomos.<br />

ção superior e um menor custo para os<br />

fabricantes de automóveis”, disse o CEO<br />

da Intel, Brian Krzanich, em comunicado<br />

oficial sobre a aquisição.<br />

Graças a esta “jogada de antecipação”, a<br />

Intel posiciona-se na pole position de um<br />

mercado que estima ter um valor de 70<br />

mil milhões de dólares, em meados de<br />

2030. “Com os automóveis a progredirem<br />

de condução assistida para totalmente<br />

autónomos, estes estão a tornar-se cada<br />

vez mais num centro de dados sob ro<strong>das</strong>”,<br />

reforça a Intel no mesmo comunicado à<br />

imprensa, onde calcula ainda que, em<br />

2020, os veículos autónomos conseguirão<br />

gerar 4.000 GB de dados por dia. Há<br />

que estar devidamente preparado.<br />

A Mobileye, de resto, já é parceira da<br />

Intel, que tem no fabrico de chips para<br />

computadores a sua principal atividade.<br />

Juntamente com a BMW, ambas as empresas<br />

anunciaram, em junho passado,<br />

uma parceria estratégica, que tem como<br />

objetivo assumido introduzir no mercado<br />

uma gama de veículos autónomos dentro<br />

de quatro anos. O referido acordo estipula,<br />

mais concretamente, que a primeira<br />

frota de 40 veículos de teste se encontre<br />

a circular na estrada em finais de 2017. ✱<br />

Novembro I 2017<br />

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32_Observatório Condução autónoma XIREV.indd 32 23/10/17 09:31


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34<br />

TECNOLOGIA<br />

Motores Mercedes-Benz<br />

Seis em linha<br />

› A Mercedes-Benz tem uma nova família de<br />

motores, gasolina e Diesel, com construção modular<br />

e muitas novidades, que cruzam os domínios<br />

térmicos e elétricos. É o regresso da marca alemã à<br />

configuração de seis cilindros em linha<br />

Por: José Silva<br />

A<br />

Mercedes-Benz, apesar <strong>das</strong> muitas<br />

indicações que se vão ouvindo e<br />

sentindo nos últimos tempos, até<br />

de dentro da própria marca, não acredita<br />

no fim dos motores térmicos de combustão<br />

interna. De acordo com altos responsáveis<br />

da Mercedes-Benz, a visão a médio<br />

prazo é que, por um lado, as várias formas<br />

de mobilidade coexistirão e serão usa<strong>das</strong><br />

em função do que for mais vantajoso no<br />

local ou na aplicação em causa. Por outro, a<br />

integração de novas tecnologias e a junção<br />

<strong>das</strong> virtudes dos motores térmicos e elétricos<br />

vão permitir reduzir bastante os consumos<br />

e as emissões dos primeiros com melhor<br />

performance. Por exemplo, o novo motor de<br />

seis em linha a gasolina, que recebe o nome<br />

de código M256, é o primeiro motor da<br />

Mercedes-Benz desenhado para ser “eletrificado”,<br />

contando com ISG (alternador e<br />

motor de arranque integrado no local do<br />

volante motor), sistema elétrico de 48V e um<br />

pequeno compressor elétrico para ajudar<br />

na resposta a baixos regimes.<br />

Já o motor de quatro cilindros a gasolina de<br />

380 cv que anima a versão AMG dos modelos<br />

A, CLA, CLA Shooting Brake e GLA, cuja potência<br />

específica é superior a 136 cv/l, tem um<br />

alternador/motor de arranque mais barato,<br />

de 48V, movido por correia. Mas voltemos aos<br />

novos motores com o nome de código M256.<br />

Outra novidade está na própria arquitetura<br />

do bloco, com o regresso da Mercedes-Benz<br />

à configuração de seis cilindros em linha, depois<br />

de mais de duas déca<strong>das</strong> a apostar nos<br />

V6. Além <strong>das</strong> conheci<strong>das</strong> vantagens dos “seis<br />

em linha” em termos de refinamento, parte da<br />

justificação para esta nova (ou quase nova)<br />

filosofia, reside na referida “hibridização” do<br />

motor, pois o ISG permite obter uma unidade<br />

muito compacta, passando a existir, dos lados<br />

do bloco, imenso espaço para arrumar<br />

uma série de periféricos. Por fim, depois<br />

do downsizing, a Mercedes-Benz aposta,<br />

agora, na estratégia da qual fazem parte os<br />

sistemas de desativação dos cilindros, que<br />

algumas marcas já utilizam (com resultados<br />

positivos). ✱<br />

Principais componentes do sistema Camtronic<br />

Excêntricos com dois perfis distintos,<br />

um de baixo levantamento e outro de<br />

alto levantamento<br />

Variador hidráulico do<br />

ângulo de abertura <strong>das</strong><br />

válvulas, com muita<br />

amplitude de ajustamento<br />

Sistema que move<br />

a árvore de cames<br />

Árvore de cames oca e<br />

bipartida, com um veio<br />

de guiamento interior<br />

Distribuição variável<br />

O sistema de distribuição variável,<br />

Camtronic, estreado nos motores a<br />

gasolina dos Classes A 180 e A 200,<br />

também é comum aos dois novos<br />

blocos de seis cilindros em linha, sendo<br />

novidade absoluta no Diesel. Neste<br />

último, o Camtronic, que combina<br />

a variação do momento/ângulo<br />

de abertura <strong>das</strong> válvulas com duas<br />

amplitudes de abertura diferentes (uma<br />

baixa e outra alta), é aplicado apenas<br />

na árvore de cames de escape, pois<br />

ajuda a melhorar a resposta do turbo e<br />

o aquecimento do catalisador. O sistema<br />

combina o tradicional variador de fase<br />

hidráulico com uma árvore de cames<br />

bipartida, em que cada válvula dispõe<br />

de dois perfis de excêntricos.<br />

Novembro I 2017<br />

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35<br />

Compressor elétrico<br />

O eZV é uma <strong>das</strong> soluções adota<strong>das</strong> pela Mercedes-Benz para tornar o novo<br />

motor de seis cilindros em linha a gasolina tão dinâmico a baixo regime como se<br />

de um V8 se tratasse. Na prática, tirando partido da potência do sistema elétrico,<br />

de 48V, o motor M256 tem o primeiro compressor elétrico (o marketing da marca<br />

alemã chama-lhe turbo sem turbina) aplicado num motor a gasolina: acelera de<br />

0 a 70.000 rpm em 300 milissegundos e elimina o chamado efeito turbo lag.<br />

Aço em vez de alumínio<br />

A tecnologia faz um ciclo completo em termos de materiais.<br />

A evolução destes permite que o aço volte a ser competitivo<br />

para os êmbolos, sobretudo nos motores Diesel. O êmbolo de<br />

aço (à direita na imagem), pode ser mais pequeno, reduzindo<br />

a vantagem de peso do alumínio, e tem um coeficiente de<br />

dilatação muito menor, permitindo uma união com a superfície<br />

e uma redução do atrito, mantendo mais calor dentro do motor.<br />

Nanoslide no acabamento<br />

O acabamento dos cilindros, com tecnologia Nanoslide (que<br />

foi usada, pela primeira vez, no motor AMG 6.3 V8, em 2006), é<br />

partilhado pelos motores Diesel e gasolina, permitindo reduzir<br />

o peso, o desgaste e o atrito dos cilindros. Esta tecnologia consiste<br />

numa deposição por plasma de ferro cinzento nas paredes<br />

dos cilindros de alumínio. Esta derrete e deposita fios de ferro e<br />

carbono, por meio de uma espécie de soldadura de arco elétrico<br />

soprada por um gás inerte. O revestimento microcristalino<br />

de ferro resultante tem um acabamento parecido ao de uma<br />

superfície espelhada, contendo microporosidades que ajudam<br />

a fixar a película de óleo e a reduzir atrito e desgaste.<br />

Integrated Starter<br />

Generator (ISG)<br />

A integração do ISG (alternador motor de arranque) no local<br />

do volante motor é a peça fulcral do sistema de 48V. Este faz<br />

de alternador, de motor de arranque, de gerador e fornece<br />

um boost de potência e binário: 20 cv e 220 Nm. Permite<br />

reduzir consumos, funcionar a regimes mais baixos e amplia<br />

o modo “velejar”, pois consegue fazer arrancar o motor a<br />

cargas e regimes mais elevados.<br />

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Novembro I 2017<br />

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36<br />

MÁQUINAdoTEMPO<br />

RICARDO BARROS<br />

“Orgulho-me do que<br />

construí a nível profissional<br />

e familiar”<br />

› Com 53 anos de experiência no setor, Ricardo Barros é uma figura incontornável<br />

no mercado <strong>das</strong> peças. A Auto Barros, que fundou em 1985, é uma <strong>das</strong><br />

referências nacionais em motores de arranque e alternadores<br />

Por: Jorge Flores<br />

Mais de meio século de experiência<br />

profissional não é possível resumir<br />

numa “simples” conversa ou<br />

em duas páginas do jornal. Será sempre<br />

uma tarefa ingrata para um jornalista escrever<br />

a longa história de Ricardo Barros<br />

no mercado <strong>das</strong> peças auto. Tudo começou<br />

no ano de 1964. Mais concretamente,<br />

há 53 anos. “Quem me trouxe para este<br />

meio foi um irmão meu, que já cá não está,<br />

infelizmente. O meu pai queria muito que<br />

eu continuasse a estudar, mas eu queria<br />

trabalhar. Já era a minha paixão. Como<br />

o meu irmão era mecânico, conseguiu<br />

arranjar-me trabalho numa casa de peças<br />

e acessórios”, conta. Com uma particularidade:<br />

“Ele não queria que eu fosse<br />

mecânico, talvez por achar que era um<br />

serviço mais sujo”. Assim aconteceu. E o<br />

certo é que Ricardo Barros entrou para o<br />

ramo e não mais saiu.<br />

Durante 21 anos, exerceu a atividade em<br />

três empresas do setor, antes de começar<br />

a pensar em voar mais alto. Por conta<br />

própria. “Tenho um vasto conhecimento<br />

na área, até porque nunca fiz outra coisa”,<br />

afirma. Por esse motivo, em 1985, encheu-<br />

-se de coragem e foi falar com o seu patrão<br />

da altura. “Queria tentar a minha sorte.<br />

Pensava que tinha capacidade para ir mais<br />

longe”, explica. Na conversa, “disse-lhe que<br />

pretendia deixar o trabalho e estabelecer-<br />

-me de forma independente. Abrir uma<br />

empresa”. Era o início da criação da Auto<br />

Barros. De início, o ex-patrão ficou surpreso.<br />

Ainda tentou demovê-lo da ideia,<br />

alegando a falta que faria à estrutura da<br />

sua empresa. Mas era impossível. O processo<br />

estava já em andamento. Ricardo<br />

Barros demorara o seu tempo a ponderar,<br />

mas quando avançou para a conversa,<br />

estava já decidido. Não mais voltaria para<br />

trás. Como prova da amizade que os unia,<br />

prontificou-se a ajudá-lo nesta nova fase<br />

da sua carreira que abraçou, contando<br />

apenas com o apoio da sua mulher, que,<br />

para mais, não tinha qualquer contacto<br />

com o meio <strong>das</strong> peças automóvel. “O meu<br />

ex-patrão colaborou comigo. Forneceu-<br />

-me muitos artigos. Comecei mesmo do<br />

nada, do zero”, sublinha ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>.<br />

Novembro I 2017<br />

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Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

37<br />

n PRIMEIROS PASSOS<br />

A forma como encontrou o primeiro espaço<br />

para a Auto Barros é, também, digna<br />

de registo. Um pouco por acaso. Ou por<br />

intervenção divina. “Certo dia, vinha com<br />

a minha esposa da igreja dos Carvalhos e<br />

passámos por um stand de automóveis,<br />

que ainda existe. Vimos uma placa a dizer:<br />

vende-se. Fomos ver, tomei nota do<br />

telefone, cheguei a casa e liguei. Ainda<br />

não havia telemóveis. Atendeu-me o proprietário,<br />

que, embora eu não conhecesse,<br />

era um ex-presidente de junta local. Ele<br />

queria vender o espaço, mas eu disse-<br />

-lhe que não tinha nem dinheiro para o<br />

aluguer – mas garanti-lhe que o arranjava.<br />

Na altura não tinha mesmo! Tudo dependia,<br />

claro, do preço. Sempre procurei ser<br />

muito realista”, recorda Ricardo Barros.<br />

A verdade é que, mesmo pretendendo<br />

fazer a venda, o proprietário acabou por<br />

ceder e, depois de se informar sobre a<br />

natureza idónea do nosso interlocutor,<br />

chegou a acordo para um contrato de<br />

arrendamento do espaço. E fez mais do<br />

que isso. “Não me pediu nenhuma renda<br />

adiantada. Paguei apenas no final do mês”,<br />

garante. A Auto Barros por lá permaneceu,<br />

durante longos (10) anos, a escassos 500<br />

metros <strong>das</strong> instalações atuais, com 1.300<br />

m 2 , na zona de Seixezelo, Vila Nova de<br />

Gaia. De resto, é ainda neste mesmo local,<br />

comprado e construído inteiramente de<br />

raiz para a prática da atividade, dotado<br />

de um armazém com uma enorme capacidade<br />

de stock, que a empresa serve as<br />

suas filiais de Lisboa e do Porto, cria<strong>das</strong>,<br />

respetivamente, há 16 e 20 anos.<br />

n TEMPOS DISTINTOS<br />

Com o passar dos anos, a Auto Barros foi<br />

assimilando processos, conquistando<br />

clientes e crescendo. Sempre. Um sucesso<br />

que não está envolto em nenhum<br />

grande “mistério”, segundo a opinião de<br />

Ricardo Barros. Tudo é translúcido. “Não<br />

há segredos. É como uma paixão. Ingressei<br />

numa atividade e gostei. Empenhei-me<br />

e dei continuidade ao negócio. Há quem<br />

desista facilmente. É preciso gostar e eu<br />

gostei até hoje e continuo a gostar muito”,<br />

reforça. Para o fundador da Auto Barros,<br />

“não há nada de substancial que a distinga<br />

da concorrência”, adianta, de forma<br />

muito humilde. “O que sempre procurei<br />

que nos distinguisse foi a seriedade e a<br />

honestidade. Sempre as tive e procurei no<br />

setor. Para com os clientes e vice-versa.<br />

Uma grande parte dos clientes que tenho,<br />

daqueles que fizeram a casa, os iniciais,<br />

além de clientes, são amigos. Criei muitas<br />

amizades que ainda hoje perduram. São<br />

sempre fiéis, desde os primeiros tempos”,<br />

assegura Ricardo Barros, que estima em<br />

perto de 1.000 os clientes/amigos da<br />

empresa.<br />

Quando olha para trás, o responsável recorda<br />

uma realidade do setor muito distinta<br />

da atual. “Era totalmente diferente.<br />

O setor auto estava reduzido a 5 ou 10%<br />

do que é hoje. As casas de peças também<br />

eram muito menos e as que existiam eram<br />

de muito menor dimensão. A procura era<br />

outra. Havia meia dúzia de artigos, comparado<br />

com a atualidade. Hoje, existe uma<br />

diversidade louca. A mesma viatura, seja<br />

automóvel ou camião, a mesma máquina,<br />

contempla muitos artigos diferentes. Há<br />

uma evolução grande e constante no setor.<br />

E, cada vez mais, as novas tecnologias<br />

a isso obrigarão”, salienta Ricardo Barros.<br />

No seu entender, a evolução dos tempos<br />

tornou o mercado mais difícil do que<br />

outrora. “Está mais complicado. Hoje, é<br />

preciso um esforço muito maior. Existe<br />

uma preocupação muito grande. É preciso<br />

estar sempre em cima dos novos<br />

produtos, porque, caso contrário, somos<br />

ultrapassados por aqueles que se dedicam<br />

profundamente ao negócio”, avisa. “Antigamente<br />

não, havia meia dúzia de coisas<br />

e os anos passavam-se sem que nada mu<strong>das</strong>se.<br />

Hoje, é preciso um empenho muito<br />

grande. Não só na comercialização, como,<br />

também, financeiramente”, acrescenta.<br />

n CONTINUAR O LEGADO<br />

Ao longo da sua história, a Auto Barros já<br />

passou por muito. Com o esforço e empenho<br />

de Ricardo Barros e da sua equipa, os<br />

números continuam positivos. Mas tal não<br />

significa que a empresa não tenha sentido<br />

os efeitos da crise financeira que assolou<br />

o país nos últimos anos. Até porque<br />

muitos dos seus clientes também foram<br />

“atingidos”, em cheio, pela queda brutal<br />

da economia. No mundo dos negócios,<br />

e neste meio em particular, to<strong>das</strong> as empresas<br />

estão liga<strong>das</strong>. “A crise não passou<br />

ao nosso lado, nem de ninguém, penso.<br />

Afetou-nos bastante. Fomos vítimas de<br />

várias falências e insolvências de outras<br />

empresas com quem trabalhávamos”,<br />

esclarece.<br />

Poucas empresas, em Portugal, se podem<br />

orgulhar de ter tanta procura em matéria<br />

de motores de arranque e alternadores,<br />

uma área onde a Auto Barros é especialista.<br />

Ricardo Barros prefere não se assumir<br />

como líder nacional na comercialização<br />

destes componentes. “Pensamos isso, mas<br />

não sabemos exatamente o que se passa<br />

em casa dos outros”, diz. Depois, tem uma<br />

forma distinta de designar estes produtos.<br />

“Chamo-lhe órgãos completos. Peças<br />

completas. Somos muito procurados por<br />

isso. O corpo do alternador e do motor<br />

completos. Embora tenhamos todos os<br />

componentes desses mesmos alternadores.<br />

E não só. Tudo o que está ligado ao<br />

setor elétrico para o automóvel. Há muitas<br />

casas que trabalham o alternador e o motor<br />

de arranque, mas é mais aquilo que<br />

se vende todos os dias. E nós vamos mais<br />

longe. Somos muito fortes nos pesados,<br />

nas máquinas”, afirma.<br />

Pergunta de resposta mais complexa e<br />

que obriga Ricardo Barros a ponderar mais<br />

alguns segundos, é a de como gostava<br />

de ver a empresa que criou num futuro<br />

longínquo. Qual gostaria que fosse o seu<br />

legado na Auto Barros? “Daqui a 10, 15,<br />

20, ou até mesmo 50 anos, gostava que<br />

um vindouro meu (ou mais do que um...)<br />

pudesse ter orgulho naquilo que eu fiz.<br />

Porque eu orgulho-me muito do que<br />

construí. Não apenas na empresa como<br />

na família. Gostava que dessem continuidade<br />

ao que está feito. Penso que poderá<br />

acontecer. Acredito nisso, Não sei como<br />

nem quando, mas as minhas expectativas<br />

vão nesse sentido”, conclui o nosso<br />

interlocutor. ✱<br />

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38<br />

ENTREVISTA<br />

ALESSANDRO PIAZZA<br />

Diretor-geral do Japanparts Group<br />

“Ainda temos<br />

espaço para crescer<br />

de forma estável”<br />

› Criada, em 1988, como especialista em peças<br />

de reposição para veículos asiáticos e europeus no<br />

mercado automóvel italiano, a Japanparts é, hoje, um<br />

player de renome no aftermarket. Alessandro Piazza,<br />

diretor-geral do grupo, explica ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

como pode a empresa crescer de forma estável<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Com sete distribuidores em Portugal<br />

(três Japanparts; três Japko;<br />

dois Ashika), o Japanparts Group<br />

fechará 2017, segundo as suas próprias<br />

previsões, com um crescimento de 30%<br />

no nosso país. Razão mais do que suficiente<br />

para que tivéssemos entrevistado<br />

Alessandro Piazza, diretor-geral do grupo<br />

transalpino.<br />

tes instalações logísticas. Em 2007, foi<br />

inaugurado o centro logístico de Verona,<br />

que trouxe maior rapidez nas entregas,<br />

mesmo para clientes fora da Itália. Hoje,<br />

o Japanparts Group está presente em 70<br />

Como nasceu a Japanparts e qual foi o<br />

caminho percorrido até agora?<br />

A Japanparts foi criada em 1988 como<br />

especialista em peças de reposição para<br />

veículos asiáticos e europeus no mercado<br />

automóvel italiano. Após o sucesso<br />

alcançado na primeira década, foi estabelecida<br />

a marca Ashika, a segunda linha<br />

de produtos concebida para ampliar as<br />

possibilidades de distribuição para o<br />

aftermarket, seguindo-se, poucos anos<br />

depois, a marca Japko, a mais recente<br />

adição à Japanparts, que veio reforçar<br />

a internacionalização da empresa ao<br />

abrir novos mercados e subsequenpaíses<br />

de cinco continentes, contando<br />

com 30 mil referências para cada uma<br />

<strong>das</strong> três marcas de que dispõe.<br />

O que diferencia o Japanparts Group<br />

da concorrência?<br />

Rapidez de entrega, qualidade elevada<br />

e preço competitivo. Têm sido estes os<br />

nossos valores chave. Há mais de 30 anos.<br />

O Japanparts Group gere todos os fluxos<br />

logísticos no seu armazém digital, o que<br />

lhe permite gerir a importação de mais<br />

de 1.700 contentores por ano e processar<br />

até 12.000 linhas seleciona<strong>das</strong> por dia, de<br />

modo a que possa entregar cada encomenda<br />

individualmente num prazo de<br />

24 a 48 horas. Oferecemos aos clientes<br />

soluções tecnologicamente avança<strong>das</strong>,<br />

que cumprem os mais recentes requisitos<br />

em termos de qualidade e performance.<br />

Além de preços competitivos<br />

para to<strong>das</strong> as gamas, que incluem 140<br />

grupos de produtos diferentes para todos<br />

os tipos de peças de reposição, desde<br />

embraiagens até suspensões, passando<br />

por peças elétricas. Cada referência no<br />

Japanparts Group é gerada de acordo<br />

com os padrões OEM, de modo a cumprir<br />

os parâmetros de eficiência e qualidade.<br />

Quais os produtos que têm maior procura<br />

por parte dos clientes? Houve alguma<br />

espécie de evolução de um tipo<br />

de produto para outro?<br />

Os travões tem sido, por razões históricas,<br />

os produtos mais populares do<br />

Japanparts Group. Contudo, nos últimos<br />

anos, a empresa tem investido no desenvolvimento<br />

de amortecedores, que se<br />

tornaram num produto fast mover muito<br />

rapidamente. Por essa razão, este ano,<br />

a empresa expandiu a área de armazenamento,<br />

através de 13.000 m 2 dedicados,<br />

exclusivamente, aos amortecedores.<br />

Além disso, existem, atualmente, 1.600<br />

referências disponíveis em stock no armazém<br />

de Verona, que permite, não só, entregas<br />

rápi<strong>das</strong> em Itália, como, também,<br />

em todos os países onde grupo dispõe de<br />

escritórios. A implementação contínua<br />

desses itens segue o caminho traçado<br />

através do departamento de marketing<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

38-39_Entrevista JapanpartsREV.indd 38 23/10/17 09:40


39<br />

meia_alto_Jaba.pdf 1 04/10/17 15:21<br />

de produtos, com a constante adição<br />

de novas aplicações. Nos últimos dois<br />

meses, a empresa, ao adicionar 300 novas<br />

referências, aumentou a cobertura<br />

dos veículos europeus em circulação,<br />

alcançando os 95%. A gama de produtos<br />

não inclui apenas artigos utilizados<br />

em veículos de marcas asiáticas, onde o<br />

Japanparts Group tem-se especializado,<br />

mas, também, em modelos europeus e<br />

americanos: Grupo VAG Grupo FCA,<br />

Grupo Renault (Renault-Nissan-Dacia),<br />

Grupo PSA, BMW, GM, Mercedes-Benz,<br />

Subaru, Toyota e Volvo. Entre as adições<br />

mais recentes, estão Cadillac, Hummer,<br />

Land Rover, smart, Piaggio e DR. Para o<br />

fabrico, são utilizados unicamente componentes<br />

e materiais de alta qualidade,<br />

com processamentos muito detalhados.<br />

Qual foi a novidade mais sonante ou a<br />

maior notícia/produto que a empresa<br />

apresentou neste último ano?<br />

Amortecedores.<br />

O mercado português é uma aposta<br />

segura para o Japanparts Group. Para<br />

quando uma entrada com representação<br />

própria?<br />

Continuamos a adotar uma estratégia<br />

de distribuição clara para atingir um crescimento<br />

que aumente a nossa quota de<br />

mercado e, ao mesmo tempo, ajude os<br />

nossos parceiros a expandir os seus negócios.<br />

A pedra angular da nossa estratégia<br />

é a expansão contínua e a melhoria do<br />

sucesso do nosso modelo de negócio.<br />

Quais são as perspetivas de crescimento<br />

na Europa e, em particular,<br />

em Portugal?<br />

Entre 2014 e 2016, o Japanparts Group<br />

alcançou um crescimento de dois dígitos,<br />

tanto em Itália como nos mercados<br />

de exportação. E confirmou a tendência<br />

positiva dos anos anteriores, que o posiciona<br />

nas posições cimeiras do aftermarket,<br />

processando encomen<strong>das</strong> para mais<br />

de 70% de crescimento nos últimos cinco<br />

anos. Ainda temos espaço no mercado<br />

europeu de peças de reposição para permitir<br />

à nossa empresa um crescimento<br />

estável. Sobretudo, em Portugal, onde a<br />

empresa registou um aumento de 33%<br />

nos primeiros quatro meses deste ano<br />

em relação ao período homólogo do<br />

ano anterior.<br />

O aparecimento de cada vez mais<br />

players constitui motivo de preocupação?<br />

Estará o Japanparts Group<br />

preparado para o “choque”?<br />

A força <strong>das</strong> peças japonesas está na flexibilidade,<br />

na velocidade de adaptação a<br />

um mercado global dinâmico e acelerado,<br />

no aumento cada vez mais significativo<br />

de stocks e nos custos limitados. Melhorar<br />

estas qualidades é o nosso principal objetivo<br />

para o futuro. Além disso, a habilidade,<br />

a capacidade e a aptidão em responder<br />

C<br />

às solicitações de um mercado mundial<br />

M<br />

em constante mudança sempre foram os<br />

traços que nos diferenciaram. Nos vários Y<br />

campos em que trabalhamos, temos as<br />

CM<br />

MY<br />

Nós damos uma mãozinha<br />

Não fazemos<br />

manutenção automóvel,<br />

mas fazemos a manutenção<br />

da sua terminologia!<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />

Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />

relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />

profissionais especializados em várias áreas da<br />

indústria e uma tecnologia que nos permite criar<br />

projetos à medida de cada cliente.<br />

Seguimos o que fazemos, fazendo mais<br />

do mesmo. De forma mais eficiente.<br />

Conseguimo-lo através do crescimento<br />

alcançado nos mercados por intermédio<br />

da expansão do negócio dos nossos<br />

clientes. Fortalecemos e expandimos a<br />

nossa oferta de produtos e serviços em<br />

toda a cadeia de valor. Para assegurar o<br />

sucesso a longo prazo dos nossos parceiros,<br />

desenvolvemos, constantemente,<br />

soluções de valor acrescentado, que lhes<br />

proporcionam vantagem competitiva. A<br />

qualidade dos nossos produtos, acompanhada<br />

por uma estratégia de preços<br />

competitiva, baseia-se nos melhores padrões<br />

que existem na nossa organização.<br />

qualificações, o know-how e a motivação<br />

necessárias para alcançarmos sucesso,<br />

mesmos nos desafios mais difíceis.<br />

O que reserva o futuro para o Japanparts<br />

Group?<br />

Em 2018, para consolidar a pegada da<br />

empresa, esperamos inaugurar a nova<br />

área do polo logístico: 53.000 m2 de<br />

área para armazenamento de produtos,<br />

projetados de acordo com os mais<br />

recentes sistemas logísticos. Estamos a<br />

ampliar a nossa gama de produtos em<br />

aplicações europeias, de modo a ir ao<br />

encontro <strong>das</strong> necessidades dos clientes<br />

em setores chave. ✱<br />

CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />

Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />

as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />

uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong> as<br />

repetições em novos projetos e baixar consideravelmente<br />

o valor final do documento, mantendo<br />

a terminilogia e o estilo de comunicação já<br />

existentes. Um programa criado a pensar em si!<br />

Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />

Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt<br />

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38-39_Entrevista JapanpartsREV.indd 39 24/10/17 09:41


40<br />

ENTREVISTA<br />

PEDRO CARVALHO<br />

Diretor-geral da Lisparts<br />

“Sermos um<br />

distribuidor de<br />

referência, deixa-nos<br />

extremamente<br />

orgulhosos”<br />

› Presente no mercado há ano e meio, a Lisparts está a conseguir impor<br />

o seu nome como distribuidor de referência. Uma estratégia assumida, de<br />

resto, pela empresa de Odivelas, que é liderada por Pedro Carvalho<br />

Contando com menos de dois anos<br />

de atividade, a Lisparts começa a ser<br />

reconhecida como um dos principais<br />

distribuidores de componentes para<br />

automóveis na gama de direção. Num<br />

momento em que a concorrência apresenta<br />

uma oferta cada vez mais agressiva,<br />

Pedro Carvalho, diretor-geral da empresa<br />

de Odivelas, faz um balanço da estratégia<br />

que tem norteado a empresa que lidera.<br />

Que análise faz do mercado, tendo em<br />

conta a relação qualidade/preço dos<br />

produtos?<br />

O mercado atingiu um ponto de maturação<br />

tal, que apenas as entidades com<br />

uma organização de excelência conseguirão<br />

manter-se e, eventualmente, crescer.<br />

Em relação às outras organizações,<br />

parece-me que terão um destino “mais<br />

ou menos” previsível, dado ser incomportável<br />

continuarem a esmagar margens<br />

mantendo a qualidade, desperdiçando<br />

recursos em estruturas pesa<strong>das</strong>, obsoletas<br />

e desadequa<strong>das</strong> à realidade atual. Atualmente,<br />

determinados players cortam na<br />

qualidade dos produtos como forma de<br />

reduzir custos e manter as margens, em<br />

vez de realizarem os ajustes devidos. É<br />

frequente observar-se no setor a redução<br />

<strong>das</strong> margens ter como consequência<br />

direta a renegociação de contratos de<br />

fornecimento e a pressão sobre parceiros,<br />

como forma de reduzir o preço de<br />

custo. Sendo que, na maioria dos casos,<br />

não é nesse ponto que reside o principal<br />

problema. Atingindo determinados<br />

limites mínimos, não é possível reduzir<br />

os preços de custo sem comprometer a<br />

qualidade do produto. Mas alguns atores<br />

entendem que o fabrico tem de dispor<br />

exatamente da mesma qualidade. Quer<br />

o produto tenha, por exemplo, um custo<br />

de produção de €50 por unidade, quer<br />

tenha um custo de produção de €100 por<br />

unidade, entendendo que, cada vez que<br />

obtêm condições mais vantajosas, o que<br />

o fabricante está a fazer é a reduzir a sua<br />

própria margem.<br />

A Lisparts tem menos de dois anos no<br />

mercado. E se, até para nós, é óbvio que,<br />

no aspeto da produção, após atingir o limite<br />

do custo mínimo, só existe margem<br />

para reduzir ainda mais os preços, reduzindo,<br />

também, a qualidade do produto,<br />

quer seja através de uma menor qualidade<br />

dos componentes utilizados na fabricação<br />

quer seja através de processos menos rigorosos,<br />

parece-me que tal situação devia ser<br />

ainda mais clara para quem de direito. Ou,<br />

Se todos os profissionais<br />

desempenhassem a<br />

sua função de forma<br />

mais competente e<br />

“consciente”, tínhamos<br />

um mercado mais salutar<br />

então, até é, mas, no final, o que importa<br />

continua a ser a manutenção do número<br />

final. As questões inerentes, não passam<br />

de meros detalhes.<br />

Mas não é a pressão exercida pelo<br />

cliente que, ao exigir cada vez menores<br />

preços de custo, cria constrangimentos<br />

aos diversos atores do mercado?<br />

Em parte, sim, dentro dos limites daquilo<br />

que é razoável e possível. No entanto, e<br />

correndo o risco de gerar alguma polémica,<br />

devolvo-lhe a pergunta de outra<br />

forma. Quem é o cliente que exerce essa<br />

pressão que refere? O mecânico, que vai<br />

comprar a peça à loja, ou o dono do carro<br />

que deixou a viatura na oficina a reparar?<br />

Todos querem salvaguardar a sua parte,<br />

maximizar o lucro no caso de uns e minimizar<br />

o custo no caso de outros. Mas se o<br />

carro fosse seu e fosse a sua segurança (e<br />

a segurança da sua família que estivesse<br />

em risco), entre um produto muito económico<br />

e um produto com uma boa relação<br />

qualidade/preço, bem aconselhado por<br />

quem de direito, qual seria a sua escolha?<br />

Se todos os profissionais desempenhassem<br />

a sua função de forma competente e<br />

“consciente” tínhamos um mercado mais<br />

salutar, mais seguro para o consumidor<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

40-41_Entrevista Pedro Carvalho-LispartsREV.indd 40 23/10/17 09:43


41<br />

final e o setor não trabalhava sobre o preço<br />

de custo e com base no rappel. Mas continuamos<br />

num país de “chicos-espertos”,<br />

onde a falta de formação e competência<br />

é alarmante. Não me refiro apenas à base<br />

da hierarquia.<br />

Não lhe parece estranho que uma empresa<br />

com apenas ano e meio de atividade<br />

no setor seja reconhecida pelo<br />

mercado como a empresa de referência<br />

e a consultar, quando os seus próprios<br />

clientes pretendem qualidade?<br />

Não! Esse reconhecimento é fruto da<br />

nossa estratégia, da imagem que criámos,<br />

dos conceitos que sempre defendemos,<br />

da forma como estruturámos o nosso negócio<br />

e dos padrões que nos obrigamos<br />

a cumprir. Oferecer maior qualidade ao<br />

mercado, foi uma <strong>das</strong> principais premissas<br />

que esteve na origem do surgimento<br />

da Lisparts. Se outros players com mais<br />

tempo de atividade não são o primeiro<br />

nome que surge na cabeça dos clientes<br />

quando recebem um pedido de cotação<br />

e o seu próprio cliente lhes pede um<br />

produto de qualidade será, certamente,<br />

porque terão outras características que<br />

fazem o cliente recordar-se deles em<br />

primeira instância e que não passam<br />

pela aposta na manutenção de uma<br />

oferta de marcas premium, certifica<strong>das</strong>,<br />

num serviço pós-venda de excelência e<br />

muito menos na atenção que dedicam ao<br />

cliente. Entenda-se que a Lisparts é dos<br />

especialistas em steering. A empresa mais<br />

recente do mercado e exatamente por<br />

esse motivo e muitos outros relacionados<br />

com a sua origem e conceitos próprios,<br />

somos o único imune aos vícios que a<br />

falta de alternativas permitiu durante<br />

anos. Foi essa diferença que viemos trazer<br />

ao mercado. Quando assinamos acordos<br />

de representação com marcas que produzem<br />

produtos recondicionados e reforço<br />

a condição de “recondicionados”, que nos<br />

permitem dar dois anos de garantia ao<br />

cliente, para que exista essa manutenção<br />

de qualidade e confiança de que, pelo<br />

menos durante esse período, dificilmente<br />

ocorrerão problemas com defeitos de<br />

fabrico (ou recondicionamento), existem<br />

também obrigações do lado do<br />

distribuidor, que tem de implementar<br />

e cumprir vários procedimentos com o<br />

objetivo de levar até ao cliente final to<strong>das</strong><br />

as características de origem e mais-valias<br />

associa<strong>das</strong> à marca e ao fabricante em<br />

questão, de modo a garantir que não<br />

se perde valor no decorrer do processo.<br />

Num exemplo frequente do que acontece<br />

no mercado, todos os dias, significa<br />

que, ao trabalharmos marcas TecDoc certifica<strong>das</strong><br />

e sendo este tipo de produtos<br />

sujeito a processos de verificação extremamente<br />

rigorosos, não podemos<br />

entregar ao nosso cliente um produto<br />

A Lisparts mantém as<br />

marcas premium com<br />

que iniciou a atividade<br />

e alargou a sua oferta<br />

com a aquisição de<br />

outras representações<br />

de qualidade elevada que envolva, ao<br />

nível da reconstrução, os melhores e<br />

mais avançados processos de triagem,<br />

limpeza, recondicionamento, testes e embalagem,<br />

juntamente com a utilização<br />

dos componentes aplicados como óleos,<br />

massas, foles e abraçadeiras, entre outros<br />

de elevada qualidade. Fazer a melhor otimização<br />

possível que permita obter um<br />

produto final ao menor preço de custo,<br />

sem descurar a qualidade e segurança<br />

e, em contrapartida, devolvermos cores<br />

“chineses” ao fabricante para voltarmos<br />

a encomendar o mesmo produto, com<br />

a mesma qualidade e a mesma garantia.<br />

É simplesmente insustentável para o fabricante<br />

a manutenção de uma relação<br />

onde o compromisso com os pressupostos<br />

do negócio sejam apenas cumpridos<br />

por uma <strong>das</strong> partes envolvi<strong>das</strong> na relação.<br />

Se observarem com alguma atenção,<br />

percebem que a Lisparts mantém as marcas<br />

premium com que iniciou a atividade<br />

e alargou a sua oferta com a aquisição<br />

de outras representações, que permitem<br />

os mesmos pressupostos essenciais, mas<br />

com custos cada vez mais baixos para<br />

o cliente, com uma oferta tão ou mais<br />

competitiva do que as alternativas no<br />

mercado. No entanto, sempre dentro<br />

da mesma visão estratégica que defendemos<br />

e compromisso assumido com<br />

todos os stakeholders (clientes e fornecedores),<br />

este é um percurso exatamente<br />

inverso ao que se observa nos players<br />

tradicionais.<br />

Deixo-vos o seguinte desafio: pensem<br />

nas marcas que já foram trabalha<strong>das</strong> no<br />

mercado e, entretanto, desapareceram.<br />

Pensem nas marcas trabalha<strong>das</strong>, atualmente.<br />

E pensem e observem o que se<br />

passa ao nível do seu volume de garantias,<br />

comparativamente com as marcas<br />

trabalha<strong>das</strong> pela Lisparts. Interpretem<br />

devidamente o significado do que referi<br />

antes e vou ser ainda mais explícito<br />

para que não fiquem quaisquer dúvi<strong>das</strong>.<br />

Naturalmente, pelo menor volume de negócios<br />

da Lisparts, dado que tem pouco<br />

mais de ano e meio de atividade face a<br />

outras entidades com dezenas de anos<br />

no mercado, é natural o nosso número<br />

de garantias ser, “por si só”, muito menor.<br />

No entanto, verifiquem percentualmente<br />

a relação direta “ven<strong>das</strong> vs garantias” e o<br />

resultado só surpreende os mais desatentos.<br />

Quando os compromissos assumidos<br />

apenas são respeitados por uma<br />

<strong>das</strong> partes da relação, os problemas têm,<br />

obrigatoriamente, de aparecer.<br />

Trabalhamos um produto muito específico<br />

(reconstruído) e, como tal, podemos<br />

considerar que “ocorrerem garantias”.<br />

Pode ser entendido de certa forma e<br />

dentro de determinados valores como<br />

normal. No nosso caso, pelos motivos antes<br />

indicados, o nosso volume de garantias<br />

(reais) é insignificante e está ao nível <strong>das</strong><br />

garantias nos produtos de origem, ou seja,<br />

é a exceção à regra. Parece-nos um fator<br />

inequívoco de diferenciação de postura,<br />

valores e intenções no mercado.<br />

Mas o facto de a Lisparts ser reconhecida,<br />

sobretudo, como uma empresa<br />

que distribui qualidade, não lhe causa<br />

preocupação quanto ao futuro?<br />

Não me preocupa mesmo nada. E passo<br />

a explicar. Como referiu, o facto de a Lisparts<br />

ser, hoje, com pouco mais de ano<br />

e meio de atividade, o distribuidor de<br />

referência quando o cliente pretende<br />

qualidade, deixa-nos extremamente orgulhosos<br />

do nosso percurso e creio que<br />

nos augura um excelente futuro. Cada vez<br />

mais, o mercado é constituído por pessoas<br />

qualifica<strong>das</strong>, por técnicos com formação<br />

superior, por vendedores cada vez mais<br />

especializados, por novas gerações de<br />

gestores que assumem cargos de chefia<br />

e com poder de decisão, que recebem de<br />

herança todo o know-how e experiência<br />

dos fundadores e empresários que cresceram<br />

sozinhos à custa do seu esforço e que,<br />

gradualmente, vão cedendo o seu lugar<br />

aos seus descendentes, que, no caso, já se<br />

licenciam com um objetivo bem definido:<br />

dar seguimento ao negócio de família.<br />

Estas novas gerações dificilmente comprarão<br />

“gato por lebre”, o acesso à informação<br />

técnica através <strong>das</strong> novas tecnologias é,<br />

também hoje, muito facilitado e contribui<br />

para um cliente mais informado e<br />

exigente. Deste modo, parece-nos que<br />

a estratégia adequada é criar a melhor<br />

oferta possível, fidelizando o cliente através<br />

da disponibilização de uma panóplia<br />

de soluções e ferramentas que lhe permitam<br />

garantir a venda, seja pela relação<br />

qualidade/preço do produto, seja pela<br />

prestação de um suporte pós-venda de<br />

excelência ou por qualquer outra mais-<br />

-valia que lhe possamos disponibilizar.<br />

Depreendo pelas suas palavras que a<br />

Lisparts aspira a ser líder de mercado,<br />

no setor da distribuição de componentes<br />

automóveis, na gama de direção?<br />

Os nossos objetivos estão perfeitamente<br />

definidos. Sabemos que temos um longo<br />

caminho pela frente, mas contamos com<br />

uma equipa muito competente, empenhada<br />

e que veste a camisola, sabendo<br />

que todo o seu esforço e dedicação são<br />

reconhecidos sempre que as condições<br />

o permitam. É uma questão de foco, de<br />

liderança e de reconhecimento de méritos.<br />

O resto é uma consequência natural de<br />

quem somos, do que fazemos e de como<br />

fazemos. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

40-41_Entrevista Pedro Carvalho-LispartsREV.indd 41 23/10/17 09:44


42<br />

FORMAÇÃO<br />

Cursos de Mecatrónica Automóvel do INETE<br />

Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Paixão pelo automóvel,<br />

gosto pela profissão<br />

› E porque a formação em mecatrónica automóvel está na “moda”, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> visitou o<br />

INETE (Instituto de Educação Técnica) para perceber como funciona um dos mais recentes cursos<br />

desta instituição, que conta já com 28 anos de atividade ao serviço do ensino em Portugal<br />

Por: José Silva<br />

sos têm equivalência a cursos superiores”,<br />

explica. Com um corpo docente formado<br />

por pessoas de carreira, foi fácil conseguir<br />

formadores e pessoas liga<strong>das</strong> às empresas<br />

que permitem transmitir aos alunos a sua<br />

vasta experiência profissional.<br />

O<br />

INETE nasceu em 1989. No dia 21<br />

de setembro. Fez, recentemente,<br />

28 anos e foi criado para ser uma<br />

Escola Profissional. Ministrava cursos na<br />

área dos serviços, arquivo, biblioteca. Mais<br />

tarde, enveredou pela gestão. Quando mudou<br />

para as instalações onde se encontra<br />

atualmente, seguiu um percurso mais tecnológico.<br />

Todavia, sempre foi uma escola<br />

de áreas muito abrangente. O programa<br />

curricular atual oferece desde cursos de<br />

gestão à mecatrónica automóvel, sendo<br />

este o mais recente, passando pela ótica,<br />

pela informática, pela eletrónica e pela<br />

mecatrónica não automóvel. Portanto,<br />

tem uma panóplia muito variada de cursos.<br />

Em termos de modalidades, começou<br />

por cursos profissionais. Neste momento,<br />

há profissionais e de aprendizagem. Tem<br />

tutela no Ministério da Educação e no IFP.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> deslocou-se até ao<br />

INETE para perceber o sucesso dos cursos<br />

de mecatrónica automóvel e o porquê de<br />

serem dos mais procurados dentro de um<br />

leque tão abrangente de soluções. Para<br />

perceber esta opção tomada por muitos<br />

alunos, estivemos à conversa com a diretora<br />

da escola, Fernanda Torres, e com o<br />

responsável pelo curso de mecatrónica<br />

automóvel, João Pelado, que nos explicou<br />

o funcionamento, os objetivos dos alunos,<br />

as garantias de sucesso e o futuro do programa<br />

pedagógico. O curso de mecatrónica<br />

automóvel abriu em 2012 e, desde<br />

então, tem vindo sempre a crescer.<br />

Mas a história da escola, de acordo com<br />

as palavras de Fernanda Torres, pauta-se<br />

por transmitir aos alunos conceitos básicos<br />

de saber estar nas várias profissões.<br />

“Enquanto escola, o que nos diferencia é<br />

o facto de dispormos de uma formação<br />

técnica atualizada, uma formação científica<br />

que é sólida e uma formação humana<br />

que responde às necessidades do século<br />

XXI. Aquilo que queremos equilibrar é a<br />

formação técnica que damos aos nossos<br />

alunos e a formação pessoal que têm de<br />

ter. Também fazemos um acompanhamento<br />

muito próximo. A faixa etária dos<br />

alunos tem vindo a diminuir ao longo do<br />

tempo. Quando eu comecei neste projeto,<br />

há vinte e poucos anos, os alunos<br />

eram mais velhos, alunos que tinham<br />

um percurso de insucesso no ensino secundário.<br />

Neste momento, já há muitos<br />

alunos que entram na escola com 14 ou<br />

15 anos e que fazem do ensino profissional<br />

e do curso profissional uma primeira<br />

escolha. Valorizamos a formação pessoal<br />

e a formação técnica dos nossos alunos.<br />

Também pretendemos que tenham vários<br />

tipos de experiências pedagógicas<br />

ao longo do percurso, incluindo estágios<br />

internacionais. Temos, todos os anos, um<br />

conjunto de modalidades internacionais<br />

que lhes proporcionamos. Todos estes cur-<br />

n ADESÃO TEM LISTA DE ESPERA<br />

O que trouxe o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> ao<br />

INETE foram os cursos relacionados com<br />

o setor automóvel. Neste domínio, é João<br />

Pelado, coordenador dos cursos de mecatrónica<br />

automóvel, que dá as respostas,<br />

ainda que Fernanda Torres continue<br />

a complementar to<strong>das</strong> as informações<br />

com mais dados sobre a escola e a qualidade<br />

do trabalho de todos os que a ela<br />

estão ligados. Cursos relacionados com o<br />

automóvel é, de facto, o de mecatrónico,<br />

que se insere na mecatrónica industrial.<br />

João Pelado começou a fazer a formação<br />

em 2012 e, desde então, tem sentido o<br />

aumento da procura. Funciona por mo<strong>das</strong>,<br />

como o próprio afirma. O curso tem vertente<br />

técnica e não técnica, pois também<br />

podem fazer formação para rececionistas<br />

de oficina, por exemplo. Ou seja, convém<br />

que quem recebe o veículo na oficina<br />

tenha alguma formação para poder interagir<br />

com o cliente, a ponto de dar-lhe<br />

informações imediatas sobre o possível<br />

“problema” do veículo.<br />

João Pelado afirma que “a paixão dos<br />

nossos alunos por automóveis é grande.<br />

Chegam aqui armados em mecânicos de<br />

F1 e, depois, acabam por perceber que se<br />

não tiverem bases, dificilmente chegam a<br />

algum lado. Um terço <strong>das</strong> entrevistas que<br />

fazemos são miúdos que já vêm encaminhados.<br />

O pai é mecânico, o tio é mecânico.<br />

São, de facto, pessoas muito foca<strong>das</strong>.<br />

Este ano, tivemos uma experiência mais<br />

abrangente, onde a matemática e até o<br />

inglês vão parar ao automóvel e até conseguimos<br />

enquadrar o Fernando Pessoa.<br />

Portanto, tudo tem de andar de carro”.<br />

Atualmente, este curso tem duas turmas<br />

anuais, o que é uma evolução extraordinária.<br />

Já houve seis turmas até 2017. Em<br />

termos de habilitações, para a inscrição no<br />

curso basta ter o 9.° Ano. A média de idade<br />

dos alunos ronda os 17 anos. Cada curso<br />

é composto por 3.200 horas, dividi<strong>das</strong><br />

em três anos. Tentam equilibrar melhor<br />

a carga horária ao longo do tempo, que<br />

termina com um estágio numa empresa<br />

do ramo aconselhada pelo INETE, porque<br />

há contingências, nomeadamente, ten-<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

42-43_Formação INETEREV.indd 42 24/10/17 08:49


43<br />

tar encontrar uma empresa na área de<br />

residência do formando e depois é que<br />

a escola oficializa o estágio, se bem que<br />

existem estágios intermédios que se vão<br />

realizando. No primeiro ano, há um estágio<br />

para os alunos cuja vocação anda não está<br />

bem enraizada. Chegam sem saber muito<br />

e, depois, vão percebendo que se trata<br />

de uma profissão física e a escola tem de<br />

fazer algumas sugestões. Por exemplo,<br />

sugerir que o aluno faça duas semanas<br />

de estágio numa oficina real. Isto é feito<br />

quando o formador sente que a paixão<br />

ainda não está dimensionada. O próprio<br />

aluno coloca a dúvida se será bem isto<br />

que quer, mas depois de duas semanas a<br />

trabalhar em ambiente de oficina, acaba<br />

por mudar de ideias e quer continuar. Nos<br />

casos em que as coisas correm bem, e<br />

são a maioria, há um estágio final de 580<br />

horas numa empresa do setor, onde cada<br />

aluno ganha, então, alguma experiência<br />

para entrar no mercado.<br />

João Pelado fez questão de deixar bem<br />

explícita uma mensagem de agradecimento<br />

aos empresários do setor, que<br />

têm ajudado o INETE sem quaisquer problemas<br />

e antipatias. “Nem sempre é uma<br />

As provas de “skills” são a melhor<br />

prova da qualidade do ensino<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> perguntou a João Pelado se têm concorrido às provas de<br />

“skills”. O coordenador dos cursos de Mecatrónica Automóvel do INETE responde:<br />

“Vamos este ano pela primeira vez, o que é bom sinal. Os alunos seniores<br />

terminaram há pouco os cursos e vamos tentar perceber se os conseguimos<br />

colocar nessas provas. Agora que temos tudo controlado, parece que sim. Temos<br />

aí alguns concursos em vista. Agora, é para valer. A responsabilidade é grande<br />

também, porque nos outros cursos já estabelecidos temos ganho prémios<br />

internacionais e não queríamos, com este, baixar as boas médias conquista<strong>das</strong><br />

pela escola. Portanto, temos de ter a certeza que vamos para ganhar. Cursos ao<br />

nível da robótica e informática, por exemplo, já são muito conceituados e, agora,<br />

é a vez da mecatrónica dar provas da sua qualidade. Os miúdos são competitivos<br />

e gostam de ser postos à prova, confrontando a experiência uns com os outros”.<br />

situação simpática aparecer na oficina um<br />

professor a ‘chatear’ por causa dos miúdos.<br />

Também porque as oficinas não recebem<br />

em quantidade, ao contrário de outros<br />

cursos. As oficinas de automóveis recebem<br />

um aluno, as estruturas são pequenas e<br />

não há espaço para mais”. O objetivo do<br />

INETE com este curso é dar uma resposta<br />

às necessidades do mercado. Têm nas provas<br />

de aptidão profissional o controlo de<br />

entidades externas, que pretendem sempre<br />

saber a opinião sobre estas provas. Na<br />

avaliação, está representado o CEPRA. As<br />

provas de aptidão profissional do INETE<br />

são amplamente elogia<strong>das</strong>, o que é muito<br />

positivo.<br />

n 100% DE EMPREGABILIDADE<br />

Existem outras escolas a apostar nesta<br />

formação. Quem termina no INETE o<br />

curso de mecatrónica, tem praticamente<br />

o posto de trabalho assegurado e esta é<br />

uma <strong>das</strong> grandes certezas de Jorge Pelado.<br />

O responsável garante que todos os<br />

que já estão a trabalhar, estão a fazê-lo<br />

exatamente no local onde estagiaram.<br />

“Temos quase 100% de empregabilidade<br />

e cerca de 30% dos alunos prossegue os<br />

estudos no ensino superior dentro da área<br />

automóvel”.<br />

Quanto a objetivos para os anos vindouros,<br />

José Pelado e Fernanda Torres estão<br />

de acordo. Obras nas instalações, basicamente<br />

na oficina que existe atualmente, e<br />

estar-se muito atento à evolução do mercado.<br />

Só faz sentido uma escola profissional<br />

promover cursos que respondam às<br />

necessidades do mercado. O automóvel<br />

é uma área em franca evolução para os<br />

híbridos e elétricos. Por isso, vai ser preciso<br />

estar alerta para perceber para onde terão<br />

de canalizar o projeto pedagógico. Uma<br />

escola profissional tem de estar atenta a<br />

tudo o que se passa à sua volta. ✱<br />

INETE<br />

Diretora Fernanda Torres | Coordenador Cursos Mecatrónica Automóvel João Pelado | Morada Travessa da Escola Araújo<br />

n.º 15, 1169 - 148 Lisboa | Telefones 213 110 991/2 | Email rumo@inete.pt | Site www.inete.pt<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

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44<br />

REPORTAGEM<br />

Hella Hengst<br />

Aliança histórica<br />

› Depois da aliança histórica, estabelecida em abril, entre os dois nomes fortes da produção de sistemas<br />

de filtração, o Grupo Hella Hengst anunciou a sua ambiciosa estratégia comercial para Portugal e Espanha<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

aliança entre os dois fabricantes de<br />

equipamento original (OE) Hella<br />

e Hengst, estabelecida ainda há<br />

poucos meses (em abril deste ano), ganhou,<br />

recentemente, novos contornos<br />

na Península Ibérica. Numa apresentação<br />

oficial, realizada em Düsseldorf, na Alemanha<br />

(o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi o único<br />

órgão de comunicação social português<br />

que esteve presente), os responsáveis<br />

desta parceria histórica anunciaram que<br />

Portugal e Espanha passam a comercializar<br />

uma gama completa e integral<br />

de sistemas de filtração de qualidade<br />

premium, provenientes do Grupo Hella<br />

Hengst. Este evento permitiu ainda uma<br />

visita às fábricas onde são produzidos os<br />

produtos do grupo.<br />

Recorde-se que esta união junta dois<br />

fabricantes com um longo percurso no<br />

mercado e com uma “filosofia de negócio<br />

comum, até pelo facto de serem ambas<br />

empresas familiares”, de acordo com a<br />

opinião de responsáveis de ambas as<br />

partes. Tanto uma como outra, de resto,<br />

são de origem alemã e têm sede no país<br />

de Angela Merkel. Enquanto a Hella foi<br />

fundada nos idos de 1899, em Lippstadt,<br />

a Hengst nasceu em 1958, em Münster.<br />

Ambos os fabricantes dedicam-se ao OE e<br />

são fornecedores globais de sistemas de<br />

filtros para a indústria automóvel, sendo<br />

reconhecidos e premiados, internacionalmente,<br />

do ponto de vista da inovação<br />

tecnológica e distinguidos, ao mesmo<br />

tempo, “pela oferta de produtos de qualidade,<br />

disponibilidade e compromisso<br />

com o mercado do pós-venda”, sublinharam<br />

ainda em nota oficial.<br />

n PORTUGAL E ESPANHA<br />

Ismael Carmena, diretor regional de<br />

IAM para a Europa Ocidental e diretor-<br />

-geral da Hella (ver caixa, nestas páginas),<br />

mostrou-se otimista com o novo projeto<br />

do grupo. “A aliança com a Hengst proporciona<br />

aos distribuidores espanhóis<br />

e portugueses uma excelente oportuni-<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

44-45_Reportagem HellaREV.indd 44 23/10/17 09:51


45<br />

dade para desenvolverem o seu negócio.<br />

A Hella Hengest Filtration Systems é a<br />

solução mais acertada para as necessidades<br />

do distribuidor e da oficina, porque<br />

combina uma excelente gama de<br />

produtos de alta qualidade com a nossa<br />

sólida organização local da Hella S.A., que<br />

inclui suporte comercial e de marketing,<br />

atendimento ao cliente, apoio técnico e<br />

uma logística versátil e fiável. Tudo de<br />

um único provedor”, disse. “A partir de<br />

hoje”, reforçou Ismael Carmena, “os filtros<br />

de óleo, de combustível, de ar e de<br />

habitáculo da marca Hella Hengst para<br />

automóveis comerciais ligeiros, só estão<br />

disponíveis através da Hella Portugal e<br />

Espanha”.<br />

Christopher Heine, CEO da Hengst,<br />

tem uma perspetiva semelhante sobre<br />

a aliança. “Participamos nesta aliança<br />

porque combina o melhor de duas empresas<br />

históricas: o Grupo Hella tem uma<br />

notável tradição em OE e um excecional<br />

nível de serviço há mais de 100 anos,<br />

com uma presença de mais de 50 anos<br />

nos mercados espanhol e português. Por<br />

outro lado, incorporamos uma gama de<br />

produto consolidada e as nossas competências<br />

em filtros nesta associação”,<br />

afirmou o responsável da Hengst.<br />

Na Península Ibérica, o grupo desenvolveu<br />

relações de parceria e de negócio<br />

duradouras com distribuidores nacionais<br />

e regionais. As seis delegações que dispõe<br />

em Portugal e Espanha facilitam o<br />

apoio logístico, comercial e de marketing,<br />

beneficiando ainda a estrutura de uma<br />

“competente equipa de especialistas<br />

de produto e de recursos centrais, documentação<br />

online, suportes técnicos e<br />

de instrução, que asseguram aos clientes<br />

um excecional nível de serviços”, referiu<br />

o grupo em comunicado oficial.<br />

n QUALIDADE PREMIUM<br />

Esta combinação de forças entre as<br />

duas empresas alemãs a nível mundial,<br />

que chega, agora, a Portugal e Espanha,<br />

destina-se a servir o mercado automóvel<br />

com produtos de elevada qualidade. Mais<br />

concretamente, nos segmentos de veículos<br />

de passageiros e comerciais ligeiros<br />

(cobre 96% deste parque, percentagem<br />

com tendência para crescer), com sistemas<br />

de filtração de óleo, de combustível,<br />

de ar e de habitáculo. Segundo realçaram<br />

os responsáveis do grupo, a qualidade<br />

premium dos produtos permanece inalterada,<br />

respondendo apenas agora pela<br />

chancela Hella Hengst.<br />

Por outras palavras, todos os produtos<br />

da nova gama de filtros da Hella Hengst<br />

estarão disponíveis no mercado ibérico,<br />

substituindo, para todos os efeitos, os<br />

produtos Hengst comercializados, até<br />

agora, em Portugal e Espanha.<br />

Com o novo plano estratégico do grupo,<br />

a gama passou a estar disponível nas<br />

principais plataformas, como é o caso<br />

da TecDoc. Uma nova ferramenta que<br />

não invalida, porém, que a Hella Hengst<br />

disponha de uma infraestrutura logística<br />

eficaz nos dois países, assegurando uma<br />

grande disponibilidade de stock.<br />

Uma inteligente relação qualidade/<br />

preço, adaptada aos contextos locais,<br />

continuará a marcar filosofia comercial<br />

do grupo nesta nova fase. “A Hella Hengst<br />

oferece um nível de preço competitivo<br />

dentro do seu segmento de primeiro<br />

equipamento de qualidade premium, que<br />

permite obter uma excelente rentabilidade<br />

em toda a cadeia de distribuição”,<br />

esclareceu o grupo em comunicado de<br />

imprensa. ✱<br />

Números<br />

da parceria<br />

Hella<br />

1899<br />

Ano da fundação<br />

38.000<br />

Número de colaboradores<br />

6.600<br />

Faturação em milhões de euros<br />

35<br />

Países onde está<br />

presente<br />

Estruturas<br />

125locais<br />

Ismael Carmena, diretor-geral da Hella<br />

“O mercado português é complicado,<br />

mas altamente profissional”<br />

Em conversa com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Ismael Carmena, diretor-geral da Hella e diretor regional de IAM para a<br />

Europa Ocidental, deu conta dos objetivos do grupo para Portugal<br />

A distribuição em Portugal e Espanha<br />

é muito distinta. O que muda com esta<br />

aliança?<br />

De facto, como disse, a distribuição em<br />

Portugal é distinta da que acontece em Espanha.<br />

Aquilo que fazemos em Portugal,<br />

assenta numa estrutura geral bastante<br />

seletiva. Cuidamos muito do distribuidor<br />

e <strong>das</strong> marcas com as quais trabalhamos.<br />

Evidentemente, agora não será diferente.<br />

O nosso objetivo é poder oferecer este<br />

produto de qualidade, de forma a que<br />

o distribuidor possa sentir prazer e ter<br />

uma rentabilidade importante, com um<br />

conjunto de novas soluções que podemos<br />

dar ao mercado, capazes de aumentar a<br />

cadeia de valor no aftermarket.<br />

Que pode dizer da parceria em Portugal?<br />

Há um distribuidor, que já trabalhava a<br />

marca Hengst, em turismo e veículos comerciais<br />

ligeiros. E esse mesmo distribuidor<br />

atuará incorporado na Hella Hengst.<br />

Como corre a atividade em Portugal? É<br />

um mercado muito complicado?<br />

É um mercado complicado, sim, mas altamente<br />

profissional. Em alguns aspetos,<br />

relacionados com os serviços e com as<br />

ferramentas comerciais e de marketing,<br />

está muito avançado. E nós estamos a<br />

crescer. Estamos a desenvolver negócio<br />

em Portugal há vários anos e o crescimento<br />

tem sido sempre linear e muito<br />

importante. E continua a ser assim. Um<br />

crescimento orgânico. Mas claro que o<br />

mercado premium é sempre complicado,<br />

com muitos altos e baixos. E muito competitivo.<br />

Temos de continuar essa tendência<br />

de crescimento e penso que estamos<br />

a conseguir.<br />

Como gerem o stock em Portugal?<br />

Em Portugal, temos um country manager,<br />

Frederico Abecassis, alguém com quem<br />

trabalhamos há muito tempo. Muito profissional<br />

e muito bem preparado. Em Lisboa,<br />

dispomos de uma oficina comercial<br />

e tudo o que é a logística temo-la centralizada<br />

nos nossos armazéns centrais de<br />

Madrid. O que fazemos é enviar o produto<br />

de Madrid ou diretamente da fábrica, em<br />

algumas ocasiões. ✱<br />

Hengst<br />

1958<br />

Ano da fundação<br />

3.000<br />

Número de colaboradores<br />

400<br />

Faturação em milhões de euros<br />

9Países onde está presente<br />

15 Estruturas locais<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

44-45_Reportagem HellaREV.indd 45 23/10/17 09:51


46<br />

REPORTAGEM<br />

Melett Day juntou parceiros de negócio<br />

Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

A crescer com<br />

os novos turbos<br />

› A Melett e a M.F. Pinto realizaram, no passado dia 14 de outubro, num hotel em Lisboa, um evento<br />

designado Melett Day, que contou com a presença de mais de 80 clientes oficinais especializados na<br />

montagem e reparação de turbocompressores<br />

Por: João Vieira<br />

Durante o encontro, foram apresenta<strong>das</strong><br />

pelos técnicos da Melett as<br />

novas tendências no aftermarket<br />

dos turbocompressores e aborda<strong>das</strong><br />

as recentes mudanças na indústria, explorando<br />

o impacto destas alterações<br />

nos reparadores e fabricantes de turbos<br />

reconstruídos. Foram, igualmente,<br />

abordados os desafios que a indústria de<br />

reparação terá de enfrentar num futuro<br />

próximo e partilhados os planos da M.F.<br />

Pinto e Melett para ajudar as oficinas parceiras<br />

a ultrapassá-los. Durante a parte<br />

da tarde, houve uma sessão de esclarecimentos<br />

pelos técnicos da Melett e o<br />

evento terminou com um jantar convívio.<br />

Daniel Centeno, responsável comercial<br />

da Melett para Portugal e Espanha, refere<br />

que “é muito importante estar perto dos<br />

reparadores e ajudá-los a terem as peças<br />

que necessitam para poderem continuar<br />

a evoluir no seu negócio. Em Portugal, a<br />

M.F. Pinto, um dos nossos maiores aliados<br />

de negócio com grande experiência<br />

e conhecimento do mercado português,<br />

tem o mais importante nesta atividade,<br />

que é o stock, com to<strong>das</strong> as peças sempre<br />

disponíveis para satisfazer o cliente no<br />

momento em que ele precisa”.<br />

Por sua vez, Paulo Pinto, gerente da<br />

M.F. Pinto, considera este evento um<br />

momento importante para a vida da<br />

empresa. “Para além de apresentarmos<br />

novos produtos da Melett, informamos<br />

os nosso clientes sobre as tendências<br />

no aftermarket dos turbocompressores<br />

e aproveitamos para passar bons momentos<br />

de convívio. O mercado dos<br />

turbocompressores vai ter uma grande<br />

evolução nos próximos anos e queremos<br />

ajudar os nossos parceiros de negócio,<br />

oferecendo-lhes as melhores ferramentas”,<br />

afirma.<br />

n TURBOS COM QUALIDADE OE<br />

A principal novidade divulgada no<br />

Melett Day foram os novos turbos Melett<br />

completos com qualidade OE, que<br />

já estão disponíveis em várias referências,<br />

incluindo de geometria variável e com<br />

válvula eletrónica.<br />

Com efeito, este produto posiciona-<br />

-se a nível de preço abaixo do produto<br />

OE mas com uma qualidade premium,<br />

diferenciando-o <strong>das</strong> restantes ofertas<br />

existentes no mercado. Estes novos turbos<br />

completos vêm preencher um vazio<br />

existente no mercado, posicionando-se<br />

entre o turbo novo OE e os turbos recondicionados<br />

e novos vindos do oriente.<br />

Outra vantagem prende-se com o facto<br />

de os turbos serem novos, não necessitando,<br />

por isso, de devolução do velho,<br />

simplificando, assim, todo o processo.<br />

Atualmente, estão disponíveis cerca de<br />

23 referências de turbos novos e a Melett<br />

prevê aumentar a oferta em cerca de 50<br />

referências por ano. Este novo produto<br />

vem complementar a oferta já existente<br />

de cores, turbinas, compressores, válvulas<br />

ou geometrias que a marca inglesa já<br />

disponibilizava.<br />

“Lançamos os turbos completos para<br />

satisfazer uma necessidade do mercado.<br />

Porque quando as peças necessárias para<br />

a reparação não estão disponíveis, ou a<br />

aquisição de um casco antigo é muito<br />

dispendioso, as reparações são inviáveis.<br />

Com este lançamento, queremos evitar<br />

que termine o ciclo da reparação, oferecendo<br />

uma solução ao reparador de<br />

modo que ele continue a reparar, que<br />

possa oferecer ao cliente um produto<br />

de qualidade e em troca receber o casco,<br />

que é a matéria-prima para o seu trabalho.<br />

O nosso interesse é que o negócio<br />

dos reparadores prospere, porque se o<br />

negócio vai bem para eles, também vai<br />

bem para nós”, reforça Daniel Centeno. ✱<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

46_Reportagem melett dayREV.indd 46 23/10/17 09:54


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Novembro I 2017<br />

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48<br />

REPORTAGEM<br />

Sociedade Comercial C. Santos reuniu clientes Petronas<br />

Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Petronas mais forte no Porto<br />

› A Petronas, em parceria com a Sociedade Comercial C. Santos, distribuidor dos lubrificantes Petronas<br />

para a zona do Porto, realizou, no passado dia 11 de outubro, um encontro com os principais clientes<br />

Por: João Vieira<br />

O<br />

objetivo do encontro foi proporcionar<br />

um dia de convívio e confraternização<br />

aos cerca de 50<br />

responsáveis de oficinas presentes. O dia<br />

começou com um passeio de autocarro<br />

panorâmico pela cidade do Porto, seguindo-se<br />

o almoço num barco, que<br />

levou os participantes numa agradável<br />

viagem pelo rio Douro.<br />

A Sociedade Comercial C. Santos é o<br />

distribuidor dos lubrificantes Petronas<br />

para a zona do Porto já há três anos. Os<br />

resultados a nível de ven<strong>das</strong> têm sido<br />

excelentes e a marca está muito satisfeita<br />

como trabalho desenvolvido até à data,<br />

conforme refere Narciso Figueiredo, diretor<br />

de ven<strong>das</strong> da Petronas Portugal: “A<br />

Sociedade Comercial C. Santos está a<br />

fazer um excelente trabalho, com uma<br />

curva de crescimento bastante interessante<br />

e, por isso, vamos continuar a ter<br />

uma forte implantação da Petronas na<br />

zona do Porto”.<br />

Já Manuel Machado, diretor de peças<br />

e lubrificantes da Sociedade Comercial<br />

C. Santos, está muito contente com a<br />

distribuição da marca Petronas, “cujos<br />

produtos estão a ser muito bem aceites<br />

pelo clientes. É um produto de qualidade<br />

e a parceria com a Fórmula 1 também<br />

lhe dá grande notoriedade. Estamos a<br />

gostar do caminho que estamos a<br />

percorrer com a Petronas e esperamos<br />

ter um futuro promissor com a marca”.<br />

Foi um dia bem passado, em que se<br />

aprofundaram laços e se proporcionaram<br />

a todos os clientes momentos de descontração<br />

e divertimento. No final do<br />

encontro, Narciso Figueiredo e Manuel<br />

Machado estavam muito satisfeitos pela<br />

boa recetividade que a iniciativa teve<br />

junto dos clientes, sendo de prever a<br />

realização de mais ações como esta.<br />

Questionado sobre o desempenho da<br />

Petronas este ano, Narciso Figueiredo<br />

afirma estar a ser um ano “bastante bom<br />

a nível de ven<strong>das</strong>, acima dos dois dígitos.<br />

Mas, para 2018, temos objetivos mais<br />

ambiciosos, pois a estratégia da marca<br />

a nível europeu passa por duplicar as<br />

ven<strong>das</strong> nos próximos anos. Vamos fortalecer<br />

os acordos que temos com as<br />

marcas Mercedes-Benz, Grupo Fiat, New<br />

Holland, Case e Iveco, assim como consolidar<br />

a rede de distribuidores, fornecendo-lhes<br />

serviços que vão ao encontro<br />

<strong>das</strong> suas necessidades”.<br />

Para o responsável o mercado de lubrificantes<br />

tem tendência para crescer,<br />

pois “as ven<strong>das</strong> de automóveis têm aumentado<br />

e o intervalo <strong>das</strong> mudanças de<br />

óleo, devido à utilização dos filtros de<br />

partículas têm diminuído, estando, neste<br />

momento, entre 25.000 e 40.000 km”. ✱<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

48_Reportagem PetronasREV.indd 48 23/10/17 10:03


Este é o Mike Bellaby, Engenheiro de<br />

Desenvolvimento de Produtos na TRW.<br />

Quer esteja a aprovar peças de<br />

direção para a TRW ou a preparar<br />

a sua próxima corrida de sidecar,<br />

o Mike certifica-se de que cada<br />

componente foi testado até ao limite.<br />

E é por isso que a TRW foi a única<br />

marca que passou em todos os sete<br />

testes de segurança independentes a<br />

componentes de direção.<br />

Para um desempenho realmente<br />

excecional, confie nos<br />

Verdadeiros Originais.<br />

Veja a história do Mike em<br />

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A TRW SYSTEM<br />

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Parte da ZF Aftermarket, cada peça TRW é concebida para superar desafios, tal<br />

como os colaboradores dedicados de todo o mundo que as fazem chegar até<br />

si. Apoiados por uma rede global de especialistas no mercado de pós-venda,<br />

os produtos TRW ditam os padrões da segurança e da qualidade.<br />

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Novembro I 2017<br />

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50<br />

NOTÍCIAS<br />

Pesados<br />

Luís Simões renova equipamentos<br />

de carga com Toyota<br />

Diesel Technic Iberia cresce em Portugal<br />

Desde 1972 que os distribuidores em Portugal <strong>das</strong> marcas de produtos DT Spare Parts e SIEGEL Automotive,<br />

eram, tradicionalmente, apoiados e fornecidos pela sede da empresa Diesel Technic Group, em<br />

Kirchdorf, na Alemanha. No âmbito da estratégia de crescimento do grupo, deu-se, no ano de 2005, a<br />

fundação da filial Diesel Technic Iberia, no ponto central logístico de Madrid-Barajas, com a finalidade<br />

de garantir um fornecimento ideal de peças de substituição para toda a Península Ibérica. Inicialmente, o objetivo<br />

principal era aumentar a quota de mercado em Espanha. Após quatro anos de crescimento contínuo, à responsabilidade<br />

de Carlos Gomes, houve uma mudança na administração, com a entrada do diretor atual, Martin Ratón.<br />

Marcos importantes do seu desenvolvimento estratégico para a empresa foram a centralização dos processos<br />

de encomenda na plataforma de fornecimento online, a agilização da rede de distribuição e cooperação com<br />

grandes grupos de aquisição e de distribuição, bem como a mudança da empresa para uma sede maior, com<br />

superior capacidade de armazenamento, possibilitando, assim, aumentar a disponibilidade de produtos.<br />

Em 2013, durante a Motortec Automechanika Madrid, foram convidados os distribuidores de Portugal para<br />

lhes dar a conhecer a Diesel Technic Iberia na nova sede, em Alcalá de Henares, perto de Madrid. Foi-lhes<br />

demonstrado como era fácil e descomplicado encomendar os produtos necessários diretamente à filial. Para<br />

tal, a intralogística da Diesel Technic teve de ser remodelada, de forma a que o armazém de Alcalá de Henares<br />

fosse regularmente abastecido, no mínimo, duas vezes por semana. As vantagens para os distribuidores em<br />

Portugal eram claras: serviços melhorados, maior disponibilidade e tempos de entrega mais rápidos. Pedidos<br />

de reposição de stock de grande volume por parte de distribuidores portugueses podiam continuar a ser feitos<br />

através da Diesel Technic AG na Alemanha.<br />

Durante os últimos quatro anos, o volume total de negócios em Portugal aumentou e, atualmente, quase<br />

todos os pedidos de Portugal são enviados online diretamente para a Diesel Technic Iberia. Os distribuidores<br />

da Península Ibérica habituaram-se ao serviço fiável e de qualidade fornecido pelos colaboradores da filial<br />

e os seus clientes nas oficinas sabem que os produtos <strong>das</strong> marcas DT Spare Parts e SIEGEL Automotive têm<br />

qualidade garantida. Através do Partner Portal, os distribuidores podem, eles próprios, gerir to<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong>.<br />

Desta forma, foi possível automatizar ainda mais o processo de fornecimento de ambas as partes,<br />

tanto dos distribuidores como, também, da Diesel Technic Iberia.<br />

Esta história de sucesso deve continuar e, para tal, os distribuidores em Portugal são, desde outubro de 2017,<br />

apoiados e fornecidos completamente através da Diesel Technic Iberia. A filial está a preparar-se para o próximo<br />

passo de crescimento e está, atualmente, à procura de uma sede ainda maior. A mudança está planeada para<br />

o próximo ano. Assim, o Diesel Technic Group cria to<strong>das</strong> as condições necessárias para mais crescimento e,<br />

especialmente, também para o sucesso local dos distribuidores por todo o mundo, sem descurar o fornecimento<br />

ideal dos clientes nas oficinas, como acontece, hoje, em toda a Península Ibérica.<br />

Wabco deu formação<br />

aos clientes da Motorbus<br />

Decorreu, de forma extremamente<br />

positiva, mais uma formação dada pela<br />

Wabco aos clientes da Motorbus, nos<br />

passados dias 3 e 4 de outubro. A formação<br />

incidiu sobre caixas de velocidade<br />

automáticas Volvo e Renault, kits de reparação<br />

e sua instalação, tendo contado<br />

com a presença de cerca de 12 profissionais<br />

nas instalações da Motorbus em<br />

cada um dos dias. É a segunda formação<br />

dada pela Wabco durante o ano de 2017,<br />

estando previstas mais para o próximo<br />

ano, numa parceria com a Motorbus para<br />

manter e desenvolver.<br />

O operador logístico Luís Simões acaba de renovar,<br />

em Portugal, a sua frota de veículos de movimentação<br />

de carga, com 300 novos equipamentos da<br />

marca Toyota. No que diz respeito à quantidade<br />

de equipamentos alugados e tipologia de viaturas,<br />

significou um investimento de cinco milhões de<br />

euros, que tem como objetivo o aumento da segurança<br />

e da produtividade, bem como a redução<br />

de custos. Esta renovação incidiu diretamente em<br />

14 centros de operações da LS a nível nacional e<br />

contempla a renovação de cerca de 95% da frota<br />

até final deste ano, sendo que 90% já se encontra<br />

em funcionamento. Com esta operação, a frota<br />

da Luís Simões teve um crescimento de cerca de<br />

15% comparativamente a 2016, em grande parte<br />

motivado pela entrada de novos clientes e do incremento<br />

da atividade nos clientes atuais. Os novos<br />

equipamentos - porta-paletes, empilhadores frontais,<br />

retráteis e order pickers - são todos elétricos e<br />

vão substituir, sobretudo, a frota fixa, destinando-se<br />

às diferentes operações logísticas da Luís Simões e<br />

da Espaçotrans, mas, também, à Reta, cuja atividade<br />

consiste na manutenção, reparação e venda de peças<br />

para pesados, venda e aluguer de semirreboques<br />

e aluguer de tratores.<br />

Auto Diesel assinou parceria<br />

com BPW Trapaco<br />

Com a comemoração dos 50 anos de existência,<br />

a Auto Diesel, especialista na reparação de veículos<br />

pesados e reboques, continua a criar parcerias de<br />

acordo com os valores éticos que sempre conduziram<br />

a empresa. Assim, assinou mais um acordo<br />

com o Grupo BPW, através da sua representante,<br />

BPW Trapaco. Abrangendo uma enorme quantidade<br />

de marcas próprias, a parceria entre a Auto Diesel<br />

e a BPW Trapaco coloca ao serviço dos seus clientes<br />

todo um conjunto de produtos, que incluem<br />

material para camiões e reboques da PE Parts, sistemas<br />

elétricos da Ermax, carroçarias e coberturas<br />

da Hestal, acessórios da Edscha e da HBN-Tecnik<br />

A/S, sistemas de engate da Ringfeder, sistemas de<br />

telemática da Idem Telematics e jantes de alumínio<br />

da Fuchs, além de eixos e sistemas pneumáticos da<br />

BPW e da Sumig. Com o objetivo de dar a conhecer<br />

aos parceiros to<strong>das</strong> estas novidades, esteve presente<br />

nas instalações, no dia 9 de outubro, o Road Show<br />

da BPW, com representantes de to<strong>das</strong> as vertentes.<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

50-70_NoticiasREV.indd 50 23/10/17 14:06


www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2017<br />

_PubsPagina<strong>144</strong>.indd 51 24/10/17 11:04


52<br />

NOTÍCIAS<br />

Produto<br />

pagina_Autopecas_cab.pdf 2 31/08/17 10:11<br />

Preços Sempre Baixos<br />

DICA DE REPARAÇÃO<br />

Desmontagem do motor de arranque CDTI<br />

Uma solução simples e rápida<br />

TEM TUDO<br />

Grande variedade de peças para todos os modelos<br />

Venda de peças a particulares, oficinas e revenda<br />

Durante muitos anos, a operação de desmontagem de um<br />

motor de arranque não apresentava maior dificuldade do que<br />

desapertar dois ou três parafusos fixadores roscados na clutch.<br />

Se recuarmos um pouco mais, ainda conseguimos vislumbrar<br />

modelos em que, na mesma operação, se retirava o motor de<br />

arranque e o dínamo, normalmente realizada por eletricistas<br />

auto. Também aos técnicos de mecânica poderia caber a tarefa<br />

de desmontar este componente quando, por exemplo, fosse<br />

necessário alguma intervenção mecânica. Nos modelos da Opel<br />

que aparecem equipados com um motor italiano da Fiat, esta<br />

operação pode tornar-se num quebra-cabeças se não forem<br />

toma<strong>das</strong> algumas precauções. A operação resume-se à desmontagem<br />

do motor de arranque. O início é comum relativamente<br />

a outros modelos. Passa, primeiro, por observar os locais de<br />

aperto e a acessibilidade dos mesmos. Um dos parafusos no<br />

caso fica situado num local de fácil acesso e é desapertado sem<br />

dificuldade. O passo dois consiste em procurar o outro (ou os<br />

outros) que fixam o componente elétrico. A partir daqui, já sem<br />

comunicação visual, tateamos e conseguimos descobrir que só<br />

existe mais um ponto de fixação. Chegamos à conclusão que o<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Horário de Funcionamento:<br />

Segunda a Sexta - 09h00 às 13h00 / 14h30 às 18h30<br />

Estamos abertos ao Sábado - 09h00 às 13h00<br />

LOJAS: SEIXAL (SEDE) - ALMADA - FARO<br />

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Loja 1: (Sede Seixal) - Tel.: 212 110 400 - Tlm: 925 984 014 - Fax: 212 110 406<br />

Loja 2: (Almada) - Tel.: 212 739 330 - Tlm.: 925 984 015 - Fax: 212 739 338<br />

Loja 3: (Faro) - Tel.: 289 898 050 - Tlm.: 925 984 028 - Fax: 289 898 059<br />

Publicidade<br />

que descobrimos foi a ponta da rosca de um parafuso possivelmente<br />

apertado de dentro para fora. Ainda perplexos, damos a<br />

volta e reparamos na existência de uma janela. Nesse instante,<br />

somos invadidos por uma certa confiança e avançamos. Destapamos<br />

a janela e apercebemo-nos de que existe acesso a um<br />

parafuso. Apesar da grande expectativa, devemos parar. A janela<br />

dá acesso ao desaperto do motor de arranque mas atravessa a<br />

clutch sem qualquer túnel de proteção contra a queda. Na prática,<br />

se deixarmos cair o segundo parafuso ao desapertar, temos de<br />

desmontar a caixa de velocidades para resgatá-lo. Aconselha-<br />

-se para que a desmontagem do motor de arranque não passe<br />

pela desmontagem do charriot e da caixa de velocidades, fixar<br />

a ponta da chave à cabeça do parafuso recorrendo a uma cola<br />

ou massa que o prenda na viagem da rosca até ao exterior. Uma<br />

solução simples e rápida, contrariamente ao que, geralmente,<br />

acontece com a queda do mesmo dentro da clutch.<br />

Por: João Paulo Lima<br />

Tlm: 919 779 303 | Email: jp_lima1@hotmail.com<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

50-70_NoticiasREV.indd 52 23/10/17 14:06


53<br />

MANN+HUMMEL<br />

lançou filtro combinado CUK<br />

O especialista em filtragem MANN+HUMMEL desenvolveu uma<br />

proteção efetiva contra os gases prejudiciais e as partículas, como<br />

os seus filtros de ar de habitáculo com carvão ativo. O carvão ativo<br />

presente nos filtros combinados da MANN-FILTER e os filtros de<br />

ar de habitáculo FreciousPlus reduzem a concentração de óxidos<br />

de azoto no interior do veículo a quase zero. O filtro combinado<br />

MANN-FILTER CU31 003, por exemplo, elimina 95% do gás tóxico,<br />

garantindo, assim, uma enorme redução da concentração de óxidos<br />

de azoto no interior do veículo. O filtro combinado está disponível<br />

para vários modelos Audi.<br />

Kits de distribuição Bosch<br />

com bomba de água<br />

No seu portefólio, a Bosch conta com kits completos de correias de distribuição,<br />

incluídos num único número de ordem, além da correia de distribuição, dos rolos de<br />

tensor e de guia, da bomba de água e de todos os elementos de montagem, bem como<br />

<strong>das</strong> suas instruções de instalação. Ao substituir, através de uma única intervenção, a<br />

correia de distribuição e a bomba de água de uma só vez, é possível poupar tempo e<br />

dinheiro, mantendo a qualidade do equipamento original e uma cobertura de mais de<br />

90% do parque automóvel europeu e asiático. As correias de distribuição transmitem<br />

a energia gerada pelo motor para os grupos secundários do veículo e, em quase 70%<br />

dos motores, a correia de distribuição também é responsável por impulsionar a bomba<br />

de água. Desta forma, consegue-se um fluxo constante de líquido refrigerador através<br />

do radiador e do motor. A correia de distribuição, o rolo tensor, os elementos guia e a<br />

bomba de água, devem estar perfeitamente ajustados para assegurar um funcionamento<br />

fiável e uma longa vida útil.<br />

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Novembro I 2017<br />

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54<br />

NOTÍCIAS<br />

Produto<br />

Isto não vai lá com:<br />

-ultra-sons<br />

-aditivos de limpeza<br />

-maquinetas<br />

Bosch lançou injetores Diesel<br />

para veículos industriais CRIN4.2<br />

Com o lançamento dos novos sistemas de injeção CRIN4.2, a Bosch<br />

cumpre as normas mais recentes <strong>das</strong> restrições de emissões de gases<br />

poluentes. Recentemente, a marca criou uma gama específica com novas<br />

referências dentro do programa eXchange, incluindo os modelos de<br />

injetores de veículos industriais que fazem parte do motor do Mercedes-<br />

-Benz OM 471 com duas válvulas solenóides. Uma delas atua como um<br />

amplificador de pressão, através da qual é possível atingir até 2.200<br />

bar. A Bosch dispõe de mais de 75 anos de experiência em sistemas de<br />

injeção Diesel e mais de 20 anos em injetores common rail. Cobre mais de<br />

97% do aftermarket, o que a coloca como líder em sistemas de injeção.<br />

Hoje, a Bosch oferece uma gama completa de injetores de substituição<br />

(Bosch eXchange) a baixo custo e com elevados padrões de qualidade.<br />

Mas sim com a nossa tecnologia de<br />

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TÜVRheinland®!<br />

Gates tem nova gama<br />

de correias multiestrias<br />

Um novo visual, uma nova construção e uma nova família de quatro<br />

elementos serão os principais tópicos de conversa quando a Gates<br />

apresentar a sua última geração de correias multiestrias para sistemas<br />

de correias de acessórios. Com data de implementação marcada para<br />

o segundo trimestre deste ano, associações mais fortes com a gama<br />

de produtos OE serão proeminentes quando a gama Micro-V for introduzida<br />

na cadeia de distribuição europeia. Algumas <strong>das</strong> associações<br />

OE mais surpreendentes incluem o mesmo padrão distintivo no verso<br />

da maioria <strong>das</strong> correias, texturas da correia que correspondem ao desempenho<br />

dos produtos OE da Gates e maior flexibilidade associada<br />

ao desenho e construção OE. A qualidade dos compostos de borracha<br />

EPDM utilizados para fabricar as correias OE da Gates foi essencial para<br />

alcançar uma maior resistência a fissuras e fiabilidade nas variações de<br />

temperaturas mais extremas. A Gates utiliza os mesmos compostos e as<br />

mesmas tecnologias de desenho OE na construção da última geração<br />

de correias Micro-V. Os materiais do cabo avançados oferecem a força<br />

e a durabilidade necessárias.<br />

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Novembro I 2017<br />

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56<br />

NOTÍCIAS<br />

Produto<br />

Winntec apresentou<br />

novos toalhetes de mãos<br />

A Winntec apresentou os novos toalhetes de mãos para os profissionais<br />

do setor automóvel, que se revelam muito úteis em oficina<br />

e não só. Removem gordura e sujidade graças a uma fórmula hidratante<br />

e natural de óleo de limão <strong>das</strong> toalhitas (S-Wipes). Este produto<br />

previne mãos secas e greta<strong>das</strong>, reduzindo a utilização de solventes<br />

tóxicos e corrosivos, sem esfregar. Limpam de forma eficaz graças a<br />

agentes que impedem a sujidade de passar da toalhita para as mãos<br />

novamente. Estão em conformidade com a norma EU ECHA do CLP.<br />

A embalagem, do tipo saqueta, com folha de alumínio, impede a<br />

entrada de ar e assegura a qualidade <strong>das</strong> toalhitas. Quantidade: 33.<br />

Validade: três anos.<br />

Novidade!<br />

Deksel S_Wipes.pdf 1 21-04-17 09:49<br />

A Winntec apresenta os novos<br />

toalhetes para mãos para os<br />

profissionais do setor automóvel.<br />

Porquê as toalhitas S-Wipes?<br />

• Remova gordura e sujidade com a<br />

fórmula hidratante e natural de óleo de<br />

limão <strong>das</strong> toalhitas S-Wipes<br />

• Previna mãos secas e greta<strong>das</strong><br />

reduzindo a utilização de solventes<br />

tóxicos e corrosivos e sem esfregar.<br />

• Limpeza eficaz graças a agentes que<br />

impedem a sujidade de passar da<br />

toalhita para as mãos novamente.<br />

• Proteja o ambiente com as toalhitas S-<br />

Wipes - reduza a poluição e o consumo<br />

de água.<br />

Outras características:<br />

• Em conformidade com as normas EU<br />

ECHA do CLP.<br />

• Embalagem tipo saqueta com folha de<br />

alumínio impede a entrada de ar e<br />

assegura a qualidade <strong>das</strong> toalhitas<br />

• Tamanho <strong>das</strong> toalhitas: 24.1 cm x 20.3<br />

cm<br />

• Quantidade: 336<br />

• Validade: 3 anos<br />

BOLAS S.A.<br />

Rua Sebastião Mendes Bolas, nº 7 Zona<br />

Industrial de Almeirim Norte 7005-872 ÉVORA<br />

Telefone: 266 749 300<br />

Fax: 266 749 309<br />

E-Mail: geral@bolas.pt<br />

Nova aprovação Wolf para BMW<br />

O Vitaltech 5W40 é um dos óleos de motor da Wolf destinado a automóveis de<br />

passageiros com motores turbo com injeção direta de combustível. Com especificações<br />

ACEA, API, MB, Opel, Porsche, PSA, Renault e VW, era já um lubrificante<br />

para utilização em automóveis de vários fabricantes. Agora, a marca adicionou mais<br />

outra especificação ao Vitaltech 5W40: BMW Longlife-01 (também BMW LL-01). A<br />

BMW Longlife-01 é, normalmente, exigida para automóveis da BMW construídos<br />

depois do modelo do ano 2002. A especificação é compatível com especificações<br />

antigas, pelo que pode, também, ser utilizado quando o BMW Longlife-98 é recomendado.<br />

Esta aprovação comprova ainda que este lubrificante se trata de um<br />

produto de alta qualidade. O Vitaltech 5W40 está disponível em embalagens de<br />

1, 4, 5, 20, 60, 205 e 1.000 litros.<br />

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58<br />

NOTÍCIAS<br />

Produto<br />

Novas especificações Fuchs<br />

para óleos de motor Ford<br />

A Fuchs introduziu uma nova especificação de óleo do<br />

motor para a nova geração de motores TDCI da Ford. Esta<br />

especificação é baseada na norma ACEA C2 na classe SAE<br />

0W-30 e contém os requisitos mais elevados no que diz<br />

respeito à economia de combustível. O novo lubrificante<br />

Fuchs TITAN Supersyn F Eco-FE SAE 0W-30 cumpre, na<br />

íntegra, os elevados requisitos da especificação Ford<br />

WSS-M2C950-A. Tem maiores requisitos de economia<br />

de combustível em comparação com as especificações<br />

Ford anteriores, é adequado para veículos a gasóleo com<br />

filtro de partículas Diesel (DPF) e obrigatório nos novos<br />

motores TDCI.<br />

Ate equipa Mercedes-Benz Classe C<br />

A Ate equipa os novos Mercedes-Benz Classe C com discos de travão que cumprem os<br />

padrões europeus ECE R90. A qualidade do disco é comparável ao equipamento original<br />

(OE). Com a marca Ate, a Continental é a primeira empresa no mercado a oferecer um produto<br />

de referência para o conceito patenteado de disco de travão OE de duas peças. Com<br />

esta nova solução para o aftermarket, a Ate criou uma alternativa económica para oficinas<br />

independentes, pois o atual modelo Mercedes-Benz Classe C foi lançado em 2014 e, agora, já<br />

há um grande número de unidades a precisar de substituir os discos de travão. Os parafusos<br />

de fixação necessários para uma instalação simples e segura estão incluídos no conteúdo<br />

da embalagem. Os novos discos de travão revestidos para estes modelos alemães foram<br />

submetidos a testes rigorosos e provaram que cumprem os requisitos de qualidade OE.<br />

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são as mais rápi<strong>das</strong><br />

- com o novo, ultra-rápido HS Speed Surfacer 5500.<br />

Com o novo Permasolid ® HS Speed<br />

Surfacer 5500 e o Priomat ® Reactive<br />

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equipa, não vai apenas terminar<br />

primeiro: com uma aplicação sem<br />

Interrupção e um impressionante<br />

desempenho na secagem ao ar.<br />

Estamos a falar de velocidade<br />

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apenas 20 * minutos. Um sentimento<br />

de sucesso, que resulta também da<br />

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59<br />

Rheinmetall tem nova geração<br />

de rolamentos para híbridos<br />

Uma consequência de imposições cada vez mais restritas nos motores por<br />

causa da redução de emissões e de combustível, é o avanço da “hibridização”<br />

e o aumento da utilização de óleos de baixa viscosidade. Desta forma,<br />

a pressão de injeção e nos rolamentos do motor aumentam também. Estas<br />

permutas obrigam a material mais robusto e resistente, como é o caso dos<br />

rolamentos, pois estão expostos a fricções mistas muito agressivas. A KS<br />

Gleitlger GmbH está a lançar uma nova geração de rolamento de polímero,<br />

desenvolvida para utilização neste tipo de propulsores.<br />

Encontre sempre a<br />

solução certa com a ATE.<br />

A ATE é a marca de travões premium da Continental,<br />

um dos produtores líderes mundiais de sistemas de<br />

travagem de equipamentos originais. A tecnologia inovadora<br />

e a extensa experiência de engenharia fazem parte<br />

do património de cada produto da ATE. Confie em tudo<br />

o que tem travões da ATE.<br />

Peças de desgaste<br />

Peças hidráulicas<br />

Peças de embraiagem<br />

Componentes eletrónicos<br />

Ferramentas<br />

Líquidos dos travões<br />

Federal-Mogul apresentou<br />

nova gama Champion<br />

A Federal-Mogul apresentou, no Salão Equip Auto 2017, uma ampliação<br />

da gama da sua marca Champion, além de um carro da Nascar patrocinado<br />

pela Moog, marca de componentes de direção, chassis e rolamentos de<br />

roda. A Moog fornece todos estes componentes aos veículos da Nascar,<br />

completando a longa relação com a prova norte-americana, que conta com<br />

51 anos de trajetória. A empresa mostrou, também, o seu programa e apoio<br />

técnico F-M Campus, plataforma online de formação que tem como objetivo<br />

aumentar o conhecimento técnico de distribuidores e instaladores. Tem<br />

20 novos vídeos de instalação e montagem de travões da marca Ferodo,<br />

rolamentos de ro<strong>das</strong> Moog e juntas Payen.<br />

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ATE – A Trademark of the Continental Corporation<br />

Continental Aftermarket GmbH<br />

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60<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Japanparts é “Fabricante do Mês”<br />

na Auto Delta<br />

Durante o mês de novembro, a Auto Delta destaca o veículo asiático atribuindo<br />

a campanha “Fabricante do Mês” à Japanparts. A empresa italiana é um dos mais<br />

importantes players do mercado quando falamos em peças de reposição para veículos<br />

asiáticos. Este é um tipo de veículo preferido para uma grande fatia do mercado,<br />

sendo as suas marcas símbolos de fiabilidade. Especialmente interessada no desenvolvimento<br />

do aftermarket, tem sido interessante acompanhar o comportamento<br />

da Japanparts no que toca ao desenvolvimento de gamas e disponibilização de<br />

informação técnica. Durante este mês, serão várias as iniciativas formativas a realizar,<br />

bem como os descontos e as diversas campanhas promocionais inovadoras, tudo<br />

com o apoio proporcionado pela Japanparts. Pelo que serão de esperar iniciativas<br />

surpreendentes, como tem sido exemplo “O seu Fabricante, mais Perto”, uma ação<br />

que coloca, frente a frente, representantes da marca e pessoas que trabalham na<br />

montagem dos produtos.<br />

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Salão do Automóvel<br />

regressa a Lisboa<br />

A maior oferta do mercado nacional vai estar na FIL, Parque <strong>das</strong> Nações,<br />

entre 21 e 26 de novembro. A ACAP e a FIL reeditam o Salão do Automóvel<br />

sob o lema “To<strong>das</strong> as razões para comprar o seu próximo automóvel”, que<br />

distingue este grande acontecimento como uma oportunidade única para<br />

os potenciais compradores acederem à maior oferta do mercado automóvel<br />

nacional, numa área superior a 16.000 m 2 . Além de um olhar único sobre as<br />

principais novidades e modelos <strong>das</strong> cerca de 30 marcas presentes, entusiastas<br />

e clientes terão disponíveis experientes equipas ven<strong>das</strong>, que irão apoiá-los<br />

com serviços ajustados às expectativas e que poderão passar por test-drives,<br />

campanhas especiais, financiamentos e seguros, entre outras vantagens para<br />

facilitar a aquisição do próximo automóvel. A organização procurou, nesta<br />

edição, ampliar a já diversificada oferta, com a criação de uma nova área de<br />

exposição de veículos seminovos, que complementa a dos veículos novos,<br />

ligeiros e comerciais. O contacto entre visitantes e marcas será reforçado<br />

com o habitual cartaz de animação, estando previstos múltiplos espetáculos<br />

e surpresas destinados a miúdos e graúdos, que convidam, deste modo, à<br />

presença de toda a família. Foi a pensar nelas que a organização do Salão do<br />

Automóvel 2017 criou um bilhete especial de família.<br />

Spanjaard de luto<br />

com a morte do seu chairman<br />

Faleceu o chairman da Spanjaard, Mr. Robert J. W. Spanjaard, que esteve<br />

durante 56 anos à frente deste antigo grupo, que tem conseguido manter o<br />

nome da família fundadora na administração. Este feito manter-se-á através<br />

de uma <strong>das</strong> filhas, Mrs. Tracy Spanjaard, que será a próxima seguidora da<br />

empresa. Criada no seio empresarial, está capacitada para dar continuidade<br />

à tradicional e competitiva marca e<br />

grupo de empresas Spanjaard. Nas<br />

cerimónias fúnebres, Portugal fez<br />

representar pelo seu country manager,<br />

Amadeu Fernandes, e Rui Pedro<br />

Teixeira Fernandes, diretor da Adir-<br />

-Viseu, Lda., que importa e distribui<br />

há 41 anos a marca em Portugal.<br />

Robert Spanjaard teve seis filhos e<br />

14 netos, foi um trabalhador incansável<br />

e de uma visão empresarial que<br />

passou fronteiras. Filantropo, sofreu,<br />

conjuntamente com os seus pais, a<br />

perseguição Nazi na Holanda. Faleceu<br />

sem nunca ter largado o trabalho e a<br />

direção da empresa com o seu nome,<br />

ao fim de 80 anos de vida.<br />

Novembro I 2017<br />

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Vê as curvas? O que conta<br />

é o que está por baixo!<br />

A MEYLE transforma os condutores de veículos em clientes de oficina satisfeitos.<br />

É que devido à elevada qualidade <strong>das</strong> peças de substituição MEYLE por nós<br />

desenvolvi<strong>das</strong> e fabrica<strong>das</strong>, os veículos em todo o mundo duram mais tempo.<br />

Isso faz com que também a sua oficina funcione melhor com a MEYLE.<br />

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Novembro I 2017<br />

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62<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Faleceu António Teixeira Lopes,<br />

presidente da ARAN<br />

António Teixeira Lopes, presidente da ARAN, faleceu dia 20 de outubro, em<br />

Paris, quando se preparava para assumir a presidência da Associação Europeia<br />

de Reparadores de Automóveis. O responsável máximo da ARAN encontrava-se<br />

na capital francesa para participar na reunião da Direção do CEGAA (Conseil<br />

Européen Des Groupements D’Agents De L’Automobile), instituição da qual<br />

era vice-presidente. António Teixeira Lopes, profundo conhecedor do setor,<br />

era amigo do nosso jornal e mostrava-se sempre disponível para responder<br />

a to<strong>das</strong> as dúvi<strong>das</strong> dos nossos leitores, bem como para esclarecer temas importante<br />

para o setor. É com profundo pesar que damos conta desta notícia<br />

trágica. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> endereça à família, aos amigos e à ARAN as mais<br />

senti<strong>das</strong> condolências.<br />

Osram tem localizador<br />

de lâmpa<strong>das</strong> online<br />

A Osram dispõe de uma ferramenta online que ajuda a encontrar, de forma<br />

muito rápida e prática, a lâmpada certa para o veículo. O “Localizador de Lâmpa<strong>das</strong><br />

Automóvel” está disponível em www.osram.pt. A empresa oferece as<br />

melhores ferramentas e aplicativos para que os condutores possam encontrar a<br />

melhor solução de iluminação para o seu veículo. Acedendo ao site www.osram.<br />

pt, na secção “Serviços”, encontram-se os aplicativos e ferramentas disponíveis.<br />

Clicando no “Localizador de Lâmpa<strong>das</strong> Automóvel”, basta selecionar o tipo de<br />

veículo para o qual se procura a lâmpada, redigir a marca e o modelo. Será,<br />

depois, exibida, automaticamente, uma página com um visual muito atrativo,<br />

na qual se pode consultar as diferentes lâmpa<strong>das</strong> para o veículo selecionado.<br />

Uma vez finalizado o processo, o condutor pode criar um arquivo em PDF da<br />

lista de lâmpa<strong>das</strong> seleciona<strong>das</strong> e apresentá-lo em qualquer distribuidor Osram.<br />

Desta forma prática e rápida, assegura-se que se adquire exatamente as<br />

lâmpa<strong>das</strong> que se desejam.<br />

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64<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

TIPS 4Y disponibiliza matrículas 2017<br />

para pesquisa<br />

O pressuposto de utilizar uma solução de pesquisa por matrícula é<br />

garantir que o processo de identificação da viatura seja exato e rápido, por<br />

forma a obter maior eficácia no negócio de todos os players do pós-venda<br />

automóvel. A solução de pesquisa por matrícula da TIPS 4Y destaca-se<br />

pelo constante incremento de qualidade da sua base de dados de viaturas,<br />

assegurando um serviço de excelência. Assim, a empresa informa que<br />

já estão disponíveis as matrículas dos primeiros sete meses de 2017 <strong>das</strong><br />

principais marcas de automóveis regista<strong>das</strong> em Portugal. Até julho deste<br />

ano, foram efetuados e adicionados à base de dados da TIPS 4Y 210.545<br />

registos de veículos, dos quais 183.260 novos. Da totalidade <strong>das</strong> viaturas<br />

regista<strong>das</strong>, 70,8% são Diesel, 25,7% gasolina e as restantes 3,5% agrupam<br />

energias alternativas. É de evidenciar um significativo crescimento de<br />

viaturas híbri<strong>das</strong> e elétricas. A “dieselização” continua em queda (70,8%<br />

até julho), contra uma média de 74,5% em 2016. As viaturas particulares<br />

continuam em queda (apenas 29,5% do total de registos). Já o aumento<br />

de viaturas regista<strong>das</strong> para uso profissional, comprova a sua tendência<br />

crescente, aspeto que terá impactos futuros na manutenção preventiva<br />

e, também, nos preços da mesma.<br />

Méguin Oils comemora 170 anos de vida<br />

É preciso recuar até 1847 para chegar ao início da rica e longa história da Méguin.<br />

Foi nesse ano que Gustav Méguin fundou a sua empresa. Começou por produzir<br />

ceras para cascos de cavalos, óleos de linhaça e lubrificantes para vagões, com um<br />

grande sucesso. Ao longo dos anos e durante as grandes guerras mundiais, o papel<br />

da Méguin foi fundamental na produção de óleos minerais e lubrificantes para a<br />

reconstrução da indústria na Alemanha. Esta compreensão profunda <strong>das</strong> necessidades<br />

dos clientes continua a ser um dos pilares do sucesso da empresa. A colaboração<br />

com os muitos distribuidores em todo o mundo ajudou a que a extensa gama de<br />

produtos premium da Méguin, bem como a qualidade alemã, dessem nas vistas<br />

nos vários setores, entre grandes, médias e pequenas empresas. O investimento no<br />

conhecimento tem uma importância fundamental e revela, igualmente, a orientação<br />

da Méguin para o futuro. “Descobrir novos produtos exige pesquisa intensiva, a<br />

qual, por seu lado, requer a mais moderna tecnologia de laboratório e de produção”,<br />

sublinha o proprietário da empresa. Em Portugal, a Méguin conta com equipa<br />

comercial, técnica e de marketing, além de armazém próprio na zona de Lisboa. A<br />

marca é distribuída no nosso mercado pela Autozitânia.<br />

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Novembro I 2017<br />

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66<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Méguin deu formação aos clientes<br />

Rugempeças e M.C.D. Garcia<br />

As Rugempeças e M.C.D. Garcia juntaram alguns dos seus clientes oficinais<br />

para uma formação Méguin, que decorreu nas instalações da Autozitânia,<br />

em Odivelas. Os cerca de 20 profissionais receberam toda a informação<br />

sobre as mais recentes novidades e especificações dos lubrificantes da<br />

marca, mas, também, as oportunidades que existem na utilização de aditivos<br />

para manutenção e prevenção.<br />

A evolução dos óleos é constante e isso faz com que a atualização de<br />

conhecimentos seja, também, uma necessidade constante, algo a que a<br />

Méguin está sempre muito atenta. A gama da Méguin é muito completa<br />

e “mesmo nos aditivos, noto muita diferença nos nossos clientes. Temos<br />

feito esse esforço de explicar e de sugerir e, agora, temos o retorno desse<br />

trabalho, porque temos cada vez mais clientes a usar aditivos e a dizer-<br />

-nos que notam a diferença no carro”, explica Joana Angelino, gerente da<br />

M.C.D. Garcia e Rugempeças.<br />

A Méguin está presente de forma direta em Portugal, com equipa técnica,<br />

comercial e de marketing, que, em parceria com a Autozitânia, promove<br />

formação a todos os “Méguin Partners” e aos seus respetivos clientes. O<br />

armazém na zona de Lisboa dá, também, resposta rápida e flexível aos<br />

clientes.<br />

Tecniverca inaugurou<br />

filial no Porto<br />

Com a inauguração de uma filial no Porto, a Tecniverca expande o negócio na<br />

zona norte do país e aumenta a proximidade aos clientes. Localizada na zona industrial<br />

do Porto, perto dos principais concessionários de automóveis (Rua Eng.°<br />

Ferreira Dias, n.º 444, Armazém 4), a nova filial dispõe de 2.000 m 2 de área, que<br />

incluem um showroom, receção, armazém e serviços técnicos. “Sendo o mercado<br />

do Porto muito forte para a Tecniverca, sentimos necessidade de estar mais perto<br />

dos clientes. Hoje, as entregas são feitas no próprio dia e só estando presente com<br />

instalações próprias conseguimos ter o stock e o atendimento necessários para<br />

satisfazer os pedidos dos clientes”, diz Alexandre Corricas, gerente da Tecniverca.<br />

Para oferecer o mesmo nível de serviço que tem nas zonas centro e sul, a empresa<br />

contratou dois técnicos para a filial do Porto. Agora, to<strong>das</strong> as reparações e operações<br />

de manutenção são realiza<strong>das</strong> por técnicos próprios, que garantem um serviço mais<br />

rápido e eficiente. No amplo showroom, os clientes podem ver e experimentar os<br />

equipamentos e ferramentas, assim como conhecer novos produtos.<br />

Samiparts marcou presença<br />

no “Leiria Sobre Ro<strong>das</strong>”<br />

A empresa de distribuição de peças Samiparts marcou presença com<br />

um stand no evento “Leiria Sobre Ro<strong>das</strong>”, realizado no Estádio Municipal<br />

de Leiria, entre os dias 21 e 24 de setembro. Foi a única representada no<br />

certame ao nível <strong>das</strong> peças auto, tendo apresentado diversas novidades <strong>das</strong><br />

marcas de comercializa, nomeadamente Restagraf, eni, Blue Print, SWAG,<br />

SKF, Ate e TRW, entre outras. O “Leiria Sobre Ro<strong>das</strong>” é um dos maiores<br />

eventos nacionais de exposição de veículos clássicos – automóveis, motos<br />

e bicicletas – com áreas dedica<strong>das</strong> ao espetáculo e desporto automóvel,<br />

motorshow, conferências e um espaço comercial com mais de 7.000 m 2 . O<br />

evento contou com a visita de mais de 30.000 mil pessoas oriun<strong>das</strong> <strong>das</strong><br />

mais diversas proveniências de Portugal e Europa, sendo um ponto de<br />

encontro entre colecionadores de veículos clássicos, amantes do desporto<br />

automóvel e empresas de distribuição de peças. O tema central deste ano<br />

foi os “50 anos do Rally de Portugal”.<br />

LIQUI MOLY informa que<br />

não basta substituir a bomba de água<br />

A LIQUI MOLY alerta para a necessidade de limpar todo o circuito de refrigeração<br />

antes de substituir a bomba de água, pois a sujidade e as impurezas que se acumulam<br />

no sistema de refrigeração têm efeitos graves, como a falha da bomba de<br />

água. Além disso, as partículas atacam a vedação do eixo rotativo. A substituição<br />

da bomba de água não elimina a causa do problema e a sujidade do liquido de<br />

refrigeração vai, também, desgastar a nova bomba, que terá uma vida útil muito<br />

inferior ao normal. Por isso, é que é tão importante limpar o sistema de refrigeração<br />

a cada trabalho realizado no radiador. E isso é muito simples e barato com o produto<br />

Kühler Reiniger da LIQUI MOLY. E é, especialmente, barato, porque garante um trabalho<br />

profissional, sem riscos, com satisfação total do cliente e sem problemas de<br />

garantias. Basta adicionar o Kühler Reiniger à água de refrigeração, com o radiador<br />

ligado e o motor a trabalhar. As substâncias ativas soltam, então, os depósitos, a<br />

lama e a sujidade que, após 10 a 30 minutos, são eliminados em conjunto com a<br />

água de refrigeração usada, sendo o sistema enxaguado com água. O sistema fica,<br />

então, limpo, podendo atingir o seu desempenho máximo. Além disso, a vida útil<br />

da bomba de água aumenta e evitam-se problemas no sistema de refrigeração.<br />

O Kühler Reiniger limpa o circuito de refrigeração e deve ser usado como manutenção,<br />

especialmente em cada mudança de bomba de água. Caso contrário, uma bomba<br />

de água que poderia durar 50 mil km pode durar apenas 15 mil km ou mesmo ter<br />

um problema pouco tempo depois de ser montada. Associado à falta de limpeza<br />

do circuito e a um mau anticongelante, pode criar-se um problema imediato na<br />

bomba de água e o retalhista que vende a peça tem um problema com a garantia<br />

que não é atendida pelo fabricante. É, por isso, que a LIQUI MOLY recomenda que<br />

este aditivo seja vendido como pack com cada bomba de água.<br />

Novembro I 2017<br />

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67<br />

NGK abriu novo centro de distribuição<br />

para OEM e aftermarket<br />

A NGK Spark Plug Europe aumentou, significativamente, as suas capacidades<br />

logísticas com a deslocalização para um novo centro de distribuição em Duisburgo,<br />

na Alemanha. A partir de agora, vai passar a fornecer produtos tanto de OEM como<br />

de aftermarket para 44 países. As entregas de produtos NGK passam a ser mais<br />

rápi<strong>das</strong> e mais eficientes, principalmente os envios de grande volume. Há ainda<br />

espaço suficiente para crescer: 22 linhas de paletes, 21.000 m 2 de área de armazenamento<br />

e 44.000 lugares para guardar artigos, são mais do que suficientes<br />

para armazenar todos os grupos de produtos e garantir a disponibilidade ótima<br />

dos mesmos. Mais de 1.000 colaboradores mantêm a funcionar o novo centro de<br />

distribuição regional. Os processos automatizados e o potente software de gestão<br />

de armazéns garantem que cada pedido seja preparado e enviado no mesmo dia.<br />

Este investimento mantém a NGK na senda do êxito e com um futuro promissor.<br />

Krautli Portugal tem<br />

nova marca no seu portefólio<br />

A Krautli Portugal celebrou um acordo com a marca Schumacher para a<br />

distribuição dos seus boosters/arrancadores de baterias. A Schumacher foi<br />

fundada em 1947 nos EUA e é marca líder em produtos relacionados com a<br />

bateria, como boosters, carregadores e transformadores. Detém uma quota<br />

de mercado superior a 85% nos EUA, com um volume de negócio anual de<br />

200 milhões de dólares. Em 2015, a marca implementou-se no mercado<br />

europeu através da aquisição da empresa belga Ceteor, tendo alterado<br />

o nome desta para Schumacher Europe SPRL. Além de dois modelos de<br />

boosters convencionais (com baterias internas AGM) 12V e 12/24V, a Krautli<br />

Portugal aposta, igualmente, na distribuição de dois modelos de boosters<br />

ultracondensadores (sem bateria interna) 12V. Estão sempre operacionais,<br />

mesmo após vários anos sem utilização, e não perdem a sua potência,<br />

mesmo em condições climatéricas extremas. Apenas é necessário conectar<br />

os cabos do booster aos bornes da bateria, ligar o equipamento e, assim<br />

que o sinal verde (14V) acender, o veículo pode ser iniciado.<br />

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68<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

SantarémMOTOR<br />

reforçou equipa comercial<br />

Fundada em 2005, a SantarémMOTOR continua a<br />

aumentar a sua equipa comercial para poder acompanhar<br />

o contínuo crescimento de ven<strong>das</strong>. Sendo<br />

o core business da empresa os motores usados e<br />

caixas de velocidade recondiciona<strong>das</strong> e reconstruí<strong>das</strong>,<br />

trabalha, diariamente, com o objetivo de dar<br />

resposta na hora aos seus clientes, não descurando<br />

o profissionalismo e o rigor subjacente a este ramo.<br />

MGM é reparador autorizado Lavorwash<br />

e tem estatuto de PME Líder 2017<br />

A Manuel Guedes Martins, empresa especialista na comercialização de equipamentos e assistência técnica,<br />

foi nomeada reparador autorizado da marca Lavorwash e foi distinguida, pela primeira vez, com o<br />

estatuto de PME Líder. A marca italiana Lavorwash distinguiu a empresa MGM como reparador autorizado<br />

em Portugal para prestar assistência técnica a to<strong>das</strong> as máquinas de lavagem de alta pressão. A Manuel<br />

Guedes Martins dispõe, também, de acessórios para to<strong>das</strong> as máquinas Lavorwash. Por último, mas não<br />

menos importante: a MGM foi distinguida com o estatuto de PME Líder 2017, o que acontece, pela primeira<br />

vez, na sua história.<br />

Auto Silva Acessórios realizou<br />

ação de formação em travões<br />

No mês de outubro, a Auto Silva Acessórios realizou<br />

uma formação relacionada com produtos de<br />

travagem da Federal-Mogul, com maior incidência<br />

sobre as pastilhas de travão <strong>das</strong> marcas Ferodo e<br />

Necto. Esta ação, orientada para mecânicos e colaboradores<br />

indicados pelos clientes da Auto Silva<br />

Acessórios, realizou-se no Porto, no Hotel HF Ipanema<br />

Park. Liderada pelo técnico espanhol da<br />

Federal-Mogul Pere Banús, esta formação técnico-<br />

-comercial teve como objetivo abordar as melhores<br />

práticas relaciona<strong>das</strong> com a montagem dos artigos<br />

de travagem.<br />

ZF atingiu marca dos 100 milhões de travões elétricos<br />

A ZF atingiu um marco histórico, a nível mundial, com a produção do travão de estacionamento elétrico<br />

número 100 milhões. É a primeira companhia do mundo a atingir tal cifra. O grupo tem a tradição de se<br />

manter na vanguarda desta tecnologia: há mais de 15 anos colocou no mercado como inovação a pinça do<br />

travão, que complementa um atuador elétrico (sistema “Motor-on-Caliper”). Assim, o EPB é considerado um<br />

exemplo muito precoce dos sistemas mecânicos inteligentes, com os quais a ZF está a moldar o automóvel<br />

do futuro. A marca disponibiliza inúmeras variantes de travões de estacionamento elétricos: além do EPB,<br />

está disponível um travão de estacionamento elétrico integrado (EPBi). Aliado ao controlo de estabilidade<br />

eletrónico, este não necessita de um módulo de comando independente. Adicionalmente, existe uma versão<br />

de EPB para o eixo dianteiro, o que torna esta tecnologia acessível também para veículos mais pequenos.<br />

PCC patrocinou<br />

Auto Clássico no Porto<br />

A PCC (Pinto da Costa & Costa), especialista<br />

em equipamentos oficinais, patrocinou, uma<br />

vez mais, o evento Auto Clássico Porto/MO-<br />

TORSHOW, que se realizou entre os dias 5 a<br />

8 de outubro, na Exponor. O Guia Oficial do<br />

evento contou com uma contracapa dedicada<br />

à empresa de Vila Nova de Famalicão.<br />

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conjunto com os componentes perfeitamente harmonizados, o MAN Genuine Oil oferece protecção contra o desgaste comprovada.<br />

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70<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas<br />

Schaeffler realizou “Technical Day”<br />

na Turbo Peças<br />

No dia 9 de outubro, teve lugar, nas instalações da Turbo Peças, na Maia,<br />

mais uma jornada técnica da Schaeffler, onde foi dado a conhecer o INA<br />

FEAD KIT. O programa arrancou no mês passado de setembro. O Grupo<br />

Schaeffler, detentor <strong>das</strong> marcas INA, Luk, Fag e Ruville, está a levar a cabo<br />

diversas ações de promoção e esclarecimento do novo INA FEAD KIT nas<br />

instalações dos seus parceiros de negócio. Paulo Pinto, técnico comercial da<br />

Schaeffler para Portugal, encarregue da região norte do país, deu a conhecer<br />

as vantagens do kit de distribuição auxiliar da INA, que integra um rolamento<br />

tensor, um rolamento<br />

guia, uma correia de nervos<br />

trapezoidais e um diagrama<br />

do percurso da correia específico<br />

do veículo.<br />

Além de ser economicamente<br />

mais vantajoso (a<br />

aquisição individual <strong>das</strong><br />

peças tem um custo superior<br />

ao do kit), a substituição<br />

dos diversos componentes<br />

assegura o correto funcionamento<br />

e a elevada durabilidade<br />

do sistema de distribuição auxiliar, que é, muitas vezes, menosprezado,<br />

sendo, no entanto, tão ou mais importante do que o sistema de distribuição<br />

“principal”. Em opção, dependendo do tipo de veículo, a Schaeffler disponibiliza,<br />

também, a polia do alternador (OAP), o amortecedor de vibrações<br />

de torção, a bomba de água e diversos acessórios, como, por exemplo,<br />

parafusos.<br />

A Turbo Peças, gerida por Fátima Barbosa e Fernando Guimarães, já tem<br />

o INA FEAD KIT disponível para os clientes. Contudo, visto tratar-se de um<br />

produto novo no mercado, importa, primeiro, dá-lo a conhecer. Foi precisamente<br />

o que fez a Schaeffler ao realizar este “Technical Day”.<br />

LIQUI MOLY lançou<br />

calendário erótico para 2018<br />

A LIQUI MOLY publicou o seu calendário erótico para 2018, com fotos tira<strong>das</strong> na<br />

oficina da conhecida empresa de tuning Hamann, que garantiu que as modelos<br />

dividissem o palco com automóveis únicos. O fabricante de óleos e a empresa de<br />

tuning colaboram estreitamente há vários anos. Na verdade, as instalações <strong>das</strong><br />

duas empresas distam cerca de 30 minutos de carro uma da outra. As fotografias<br />

para o calendário realizaram-se no verão e foi necessária uma semana para obter<br />

o resultado final: um calendário particularmente “comprido”, que já começa em<br />

dezembro e, por isso, inclui 13 meses. Além do calendário erótico propriamente dito,<br />

a LIQUI MOLY publicou uma versão mais suave, com menos nudez. A particularidade<br />

desta versão é que apresenta os mesmos motivos do calendário erótico, apenas<br />

com mais vestuário. Para quem acha que a beleza feminina desvia a atenção dos<br />

automóveis, a empresa publicou, também, um calendário totalmente dedicado<br />

ao automobilismo, que mostra o desporto motorizado em to<strong>das</strong> as suas facetas,<br />

<strong>das</strong> duas às quatro ro<strong>das</strong>, passando pela água. O calendário erótico é um presente<br />

exclusivo para parceiros comerciais da LIQUI MOLY, sendo, também, possível aos<br />

particulares adquirirem um exemplar. Alguns calendários serão colocados à venda<br />

e podem ser encomendados na Teamshop: http://www.liqui-moly-teamshop.de/.<br />

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Novembro I 2017<br />

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72<br />

NOTÍCIAS<br />

Repintura<br />

Permafleet Industry<br />

da Spies Hecker reforça<br />

negócio <strong>das</strong> oficinas<br />

A Spies Hecker proporciona às oficinas que pretendam expandir<br />

os seus negócios um sistema de pintura flexível e fácil<br />

de utilizar, que abrange uma vasta gama de aplicações. Desde<br />

estruturas de máquinas até cercas de jardins, o sistema de mistura<br />

de tintas Permafleet Industry pode ser usado para pintar<br />

uma variedade de substratos. Oferece uma enorme gama de<br />

cores diferentes, efeitos texturados e níveis de brilho. Apesar<br />

<strong>das</strong> muitas combinações possíveis, este sistema é compacto<br />

e fácil de utilizar, proporcionando às oficinas os meios para<br />

responderem aos requisitos de cor, aparência e durabilidade<br />

dos clientes industriais. O sistema baseia-se nas 24 bases de<br />

mistura Permafleet para a gama de veículos comerciais. Para<br />

as necessidades em indústrias ligeiras, inclui 11 qualidades<br />

diferentes de acabamento para aplicações que têm de resistir<br />

a um nível elevado de tensões químicas ou mecânicas, bem<br />

como a condições meteorológicas extremas, incluindo elevada<br />

radiação de raios UV.<br />

Zaphiro lança promoção de secadores<br />

infravermelhos para pintura<br />

Dentro da sua aposta estratégica por se aproximar da última tecnologia em equipamento às oficinas<br />

de várias dimensões, a empresa de produtos non painting para a repintura automóvel Zaphiro, acaba<br />

de lançar uma campanha promocional de sistemas de secagem por infravermelhos da marca IRT.<br />

Através desta promoção, que estará em vigor até ao próximo dia 15 de dezembro de 2017 ou até<br />

esgotar o produto, vão ser aplicados grandes descontos nos produtos da marca sueca, mas também<br />

poderá aceder-se a vantajosas opções e financiamento especialmente adapta<strong>das</strong> às necessidades de<br />

cada oficina, incluindo o pagamento de quotas mensais. Os sistemas de secagem por infravermelhos<br />

da IRT integram a mais avançada tecnologia do fabricante Hedson Technologies, o que se traduz<br />

numa maior produtividade e eficiência para a oficina.<br />

O seu amplo catálogo permite dispor do modelo mais adequado para cada necessidade, independentemente<br />

do tamanho da oficina ou da sua carga de trabalho. Assim, o portfolio da marca sueca<br />

comercializado pela Zaphiro oferece desde equipamentos manuais mais pequenos IRT PrepCure 1<br />

e 2 (para zonas mais pequenas), os IRT PrepCure 3 e 4 (para zonas de preparação com pouco espaço<br />

de manobra), até equipamentos maiores <strong>das</strong> séries PcD e Pc Auto.<br />

Estes últimos, para além de curarem superfícies maiores, podem empregar processos automatizados<br />

mediante diferentes programas pré-definidos que se adaptam a cada aplicação. Como distribuidor<br />

de 100% dos produtos Hedson Technologies em Espanha e Portugal, a Zaphiro comercializa a gama<br />

completa de equipamentos infravermelhos da IRT.<br />

41jeep_vrs_2016_12modulos.pdf 3 21/10/16 16:30<br />

Glasurit tem nova ferramenta<br />

Color Line<br />

A Glasurit oferece agora aos fabricantes de automóveis o<br />

conceito “grey shade”. A pintura na tonalidade cinza correspondente<br />

garante, não só, a uma maior precisão de cor no acabamento<br />

como permite, também, que durante a pulverização<br />

haja uma poupança de tempo e de material, uma vez que são<br />

necessárias menos demãos. Algumas cores exigem uma tonalidade<br />

cinza na primeira etapa de aplicação por forma a obter<br />

maior precisão da cor. Nesses casos, a fórmula de mistura para a<br />

sombra cinza é exibida, automaticamente, nas informações de<br />

cores da ferramenta Color Online da Glasurit. No entanto, para<br />

algumas cores, não existe um tom cinza obrigatório. Ao utilizar<br />

o tom cinza correspondente, as oficinas podem otimizar os seus<br />

processos e trabalhar de forma mais eficiente e económica.<br />

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OFICINA DO MÊS PATROCINADA POR<br />

74<br />

OFICINA DO MÊS<br />

Negócio a todo o gás...<br />

› Situada em Sintra, a AutoEcologia é uma oficina especializada em GPL, sistemas de ar condicionado e<br />

tetos de abrir. O negócio corre a todo gás e o futuro elétrico não apanhará os responsáveis desatentos<br />

Por: Jorge Flores<br />

Há nomes que não enganam. E a<br />

oficina AutoEcologia revela aquilo<br />

que propõe aos seus clientes logo<br />

no cartão de visita. A história desta empresa,<br />

nascida em 1996, confunde-se<br />

com a própria legalização do GPL em<br />

Portugal. Ou não tenha sido fundada<br />

no mesmo ano em que o Governo português,<br />

pela primeira vez, aprovou um<br />

diploma que tornasse legal esta forma<br />

de locomoção. Uma jogada de visão de<br />

António Barata e do seu filho, Ricardo Barata,<br />

responsáveis da AutoEcologia, que<br />

anteciparam o boom que o GPL viria a<br />

ter, no nosso país, nos anos seguintes a<br />

esta “luz verde”. Mais tarde, por volta de<br />

2005/2006, esta “euforia” acalmou. Mas<br />

o negócio estava montado. E a filosofia<br />

da oficina manteve-se firme, desde a sua<br />

fundação. A empresa, refira-se, começou<br />

por funcionar, inicialmente, no Alto da Bela<br />

Vista, no Cacém, passando, numa segunda<br />

fase, para Albarraque, para, já em janeiro<br />

deste ano, mudar-se, por fim, para umas<br />

instalações de 300 m2, em Sintra, para<br />

ganhar espaço.<br />

n CLIENTES FIÉIS<br />

A AutoEcologia mantém uma estrutura<br />

leve. Além de António Barata e de Ricardo<br />

Barata, conta apenas com Elisabete Ferreira,<br />

no departamento de contabilidade.<br />

E o negócio tem corrido bem. A todo o<br />

gás, pode dizer-se. Justamente graças ao<br />

GPL, que continua a ser o core business<br />

da oficina. Tem perto de 2.000 clientes em<br />

carteira, entre particulares e empresas. E<br />

Ricardo Barata orgulha-se da “organização<br />

e da fidelização dos clientes. Uma preferência<br />

que não será por mero acaso. “Os<br />

mecânicos comuns não sabem trabalhar o<br />

GPL. Nem podem”, garante Ricardo Barata.<br />

Ou seja, os clientes que têm veículos GPL<br />

sabem que, na AutoEcologia, encontram<br />

uma mão de obra especializada na área.<br />

Mas não só. “As pessoas chegam aqui e<br />

gostam da nossa organização e da forma<br />

como trabalhamos”, sublinha a mesma<br />

fonte.<br />

Além disso, a oficina é procurada, em<br />

larga escala, para reparação de sistemas<br />

de ar condicionado e de tetos de abrir. A<br />

mecânica geral e os serviços rápidos são<br />

uma novidade relativamente recente na<br />

empresa. “Já que os clientes entram nesta<br />

casa, decidimos assegurar esses trabalhos<br />

também”, conta o responsável da oficina.<br />

n FUTURO HÍBRIDO<br />

Ricardo Barata acredita que o GPL terá<br />

uma (ou mesmo muitas) palavras a dizer<br />

no futuro da indústria automóvel. Motivo<br />

pelo qual olha com otimismo para o horizonte.<br />

Contudo, não deixa de acautelar<br />

outras realidades paralelas. Por outras palavras,<br />

está devidamente preparado, até<br />

porque tem formação para tal, para uma<br />

crescente afluência de veículos elétricos<br />

e híbridos à oficina. Não há volta a dar.<br />

Tudo aponta para isso. A AutoEcologia,<br />

de resto, há quase duas déca<strong>das</strong> que se<br />

prepara para a viragem ambiental do mercado<br />

automóvel. O seu nome é disso um<br />

pequeno exemplo.<br />

AutoEcologia<br />

Gerentes António Barata e Ricardo Barata | Morada Rua Thilo Krassman, n.° 39A, Armazém 4, 2710 - 089 Sintra | Telefone 933 285 767<br />

Email autoecologia.autogas@hotmail.com | Site www.autoecologia.pt<br />

Novembro I 2017<br />

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EMPRESA<br />

Juno Racing Cars<br />

Nuno Magalhães, CEO da<br />

Juno Racing Cars, estudou<br />

Motorsport Engineering<br />

em Inglaterra, tendo como<br />

professor Ewan Baldry, antigo<br />

engenheiro da Williams F1, na<br />

disciplina de aerodinâmica<br />

Da Maia para o mundo<br />

› Situada na Maia, a Juno Racing Cars fabrica sport-protótipos para todo o mundo, exportando 100%<br />

do que produz. Nuno Magalhães, responsável da empresa que começou, há três anos, como uma<br />

start-up, quer apostar no mercado norte-americano já em 2018<br />

Por: Jorge Flores<br />

Criada em 1999 por Ewan Baldry,<br />

antigo engenheiro da Williams F1,<br />

em Inglaterra, a Juno Racing Cars<br />

depressa fez o seu caminho nas pistas. O<br />

primeiro modelo, Juno SS1, desenvolvido<br />

durante os seus tempos livres, entrou no<br />

campeonato inglês e foi campeão, logo<br />

no ano da sua estreia. Os recursos eram<br />

baixos. Tratava-se de uma equipa de<br />

uma só pessoa. Mas triunfava muito. O<br />

segundo modelo, o Juno SS2, imitou a<br />

primeira geração e obteve o primeiro lugar<br />

no campeonato inglês, também na<br />

sua estreia. Uma vitória que não apenas<br />

abriu as portas para a produção do SS3,<br />

como colocou os holofotes do mundo desportivo<br />

a incidirem sobre a Juno Racing<br />

Cars. Ewan Baldry passou a dedicar-se, em<br />

exclusivo, à empresa. E com resultados<br />

otimistas. Ou não tenha o SS3 conquistado<br />

o campeonato da Europa, sendo,<br />

ainda hoje, o modelo da Juno que mais<br />

se vendeu e que mais tempo permaneceu<br />

em produção.<br />

Foi nesta fase que Nuno Magalhães,<br />

atualmente com 32 anos, responsável<br />

pela fábrica Juno Racing Cars, começou<br />

a sua relação com a marca. Hoje, lidera<br />

uma equipa de nove pessoas, que produzem<br />

os sport-protótipos da Juno para o<br />

mercado global. Da Maia para o resto do<br />

mundo. Uma fábrica que exporta 100%<br />

da sua produção.<br />

n DE AGENTE A PRODUTOR<br />

Mas vamos por partes. Recuemos aos<br />

primeiros contactos deste jovem empreendedor<br />

com a Juno Racing Cars.<br />

“Estava a estudar Motorsport Engineering,<br />

em Inglaterra, e Ewan Baldry era o<br />

meu professor de aerodinâmica”, conta<br />

Nuno Magalhães ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Tudo começou nesta relação. “Comecei a<br />

limpar jantes e a fazer os trabalhos que<br />

ninguém queria na Juno. As coisas foram<br />

evoluindo. Acabei por dar apoio aos engenheiros<br />

de pista e, anos mais tarde, eu<br />

e outro rapaz começámos a fazer a engenharia<br />

de pista, o set up, no campeonato<br />

da Europa”, recorda. Foram cinco anos de<br />

grande aprendizagem. Quando voltou<br />

a Portugal, depois de concluído o curso,<br />

tratou de abrir, inicialmente, uma representação<br />

da Juno Racing Cars no nosso<br />

país. Decorria o ano de 2007. E ousadia não<br />

lhe faltava. “Correu muito bem. Na altura,<br />

ganhámos muitos campeonatos, entre<br />

2007 e 2012. O piloto da nossa equipa<br />

era o Pedro Salvador”, revela.<br />

Em 2014, nova mudança no rumo dos<br />

acontecimentos. A poderosa Ginetta Cars<br />

pretendia entrar no mercado dos LPM2<br />

e 3, mas como não dispunha de know-<br />

-how, recorreu à experiência de Ewan<br />

Baldry. Acabou por comprar a própria<br />

Juno Racing Cars. Não ficaria por aqui.<br />

Um ano depois, durante a apresentação<br />

do LPM3 da Ginetta Cars, “que, no fundo,<br />

era um Juno”, Nuno Magalhães não resistiu<br />

a colocar uma pertinente questão. “Vendemos<br />

Ginetta ou Juno? Decidiram que<br />

não queriam fazer nada com a Juno. E perguntaram<br />

se eu estava aberto a comprar a<br />

Juno, enquanto empresa, e progredir com<br />

esse ramo de negócio. Eles continuariam<br />

a fazer os LMP 3 e 2 e 1”, sublinha.<br />

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Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

77<br />

O acordo foi celebrado ainda em 2015. E<br />

Nuno Magalhães ficou com a Juno Racing<br />

Cars, transferindo tudo para Portugal. Alugou<br />

umas instalações com 600 m2, tratou<br />

de dar-lhe uma imagem condizente com<br />

o produtor a nível mundial que passara a<br />

ser e deu o tiro de partida para as linhas<br />

de produção. “Sempre quisera trabalhar<br />

em algo relacionado com automóveis,<br />

mas nunca pensei que teria uma fábrica<br />

de sport-protótipos para todo o mundo”,<br />

confessa Nuno Magalhães. Em todo o planeta,<br />

qualquer modelo Juno que exista,<br />

foi concebido na Maia.<br />

n PEÇAS EXCLUSIVAS<br />

A produção e a montagem são da inteira<br />

responsabilidade da Juno Racing<br />

Cars. “Procuramos o máximo de coisas<br />

para produzir aqui. Claro que algumas<br />

peças, como os travões, nunca vamos<br />

conseguir. Compramos fora. Fazemos<br />

peças exclusivas nossas. Fabricação, de<br />

chapa ou alumínio, peças maquina<strong>das</strong>,<br />

fibras”, explica. “Só trabalhamos com alumínio<br />

70-75. Podemos trabalhar com ligas<br />

mais baixas, mas, assim, temos garantia. Os<br />

nossos carros foram desenvolvidos para o<br />

mercado de endurance, fazem 12 horas. E<br />

têm um grande desgaste, temperaturas<br />

muito fortes. Negativas ou de 40° C. Tentamos<br />

que todos os componentes sejam<br />

de qualidade”, adianta.<br />

“Só os componentes concebidos por nós<br />

são feitos em Portugal. Os restantes conseguimos<br />

sempre melhores preços lá fora.<br />

Compramos diretamente às fábricas. Com<br />

as vantagens e desvantagens inerentes.<br />

Em alguns casos, temos de encomendar<br />

30 jantes OZ, quando vamos comprar<br />

apenas quatro”, afirma o responsável.<br />

Numa altura em que pretende aumentar<br />

o ritmo de produção, o responsável<br />

explicou ao nosso jornal a diversidade de<br />

preços dos modelos que concebe. “Um<br />

Fórmula Ford, que é o nosso modelo mais<br />

baixo, começa nos €32.000. Depois, temos<br />

um F1000, que é um bocadinho mais evoluído,<br />

por €55.000. A seguir, passamos para<br />

as Barchettas, versão Track Day, que começam<br />

nos €70.000 e vão até aos €162.000.<br />

Como clientes, a empresa conta com<br />

equipas e pilotos privados, bem como<br />

com algumas figuras de renome. “Forne-<br />

cemos alguns carros para o Circuito de<br />

Silverstone, para eles fazerem experiências<br />

e cursos de formação”, diz. Contudo, nem<br />

só de protótipos vive o negócio da Juno<br />

Racing Cars. A venda de peças é, hoje em<br />

dia, uma parte significativa do negócio.<br />

“No ano passado, só de peças, superámos<br />

os €300.000. Até porque as margens de<br />

lucro são muito diferentes <strong>das</strong> que temos<br />

em carros – que são muito mais baixas”,<br />

explica o nosso interlocutor.<br />

As maiores dificuldades do negócio?<br />

“Honestamente? São sempre com fornecedores.<br />

Quando se falou em mudarmos<br />

a produção para Portugal, lembro-me<br />

perfeitamente de que um dos pontos da<br />

análise swot, foi a de arranjar fornecedores<br />

que cumprissem com prazos. Mas sempre<br />

achei que fosse uma coisa que estava a<br />

escrever no business plan e que, depois,<br />

não seria assim. Mas não. Em Portugal,<br />

somos mesmo assim. E é uma cadeia. Se<br />

alguém falhar connosco, nós vamos falhar<br />

com alguém. Tudo o que mandamos vir<br />

da Holanda, Alemanha e Dinamarca, recebemos<br />

no dia anterior. Até é estranho.<br />

Damos oito dias e ao sétimo dia as peças<br />

estão cá. Não é preciso ligar para saber se<br />

chegam a tempo. Claro que também está<br />

logo cá a fatura. Em Portugal, não interessa<br />

com quem se trabalha, é raríssimo ter alguma<br />

coisa a tempo e horas. Os melhores<br />

fornecedores são aqueles que entregam<br />

na mesma semana que prometeram. E já<br />

não é mau. Neste momento, precisamos<br />

de algumas peças para o protótipo. Estamos<br />

há três meses à espera, já depois do<br />

prazo. É irreal. Não se consegue trabalhar<br />

assim”, lamenta.<br />

n PROJETO 2020<br />

O investimento realizado, há três anos,<br />

foi por conta própria. Mas Nuno Magalhães<br />

teve apoio na implementação da<br />

empresa em Portugal, através do Programa<br />

2020. “Conseguimos a aprovação<br />

de dois projetos. O primeiro, foi em<br />

empreendedorismo qualificado, que, no<br />

fundo, permitiu a construção da fábrica.<br />

E, agora, estamos com o projeto de internacionalização,<br />

que ajuda ao nível de<br />

feiras, da comunicação com o exterior e<br />

da criação do site”, revela. Durante muitos<br />

anos, a Juno Racing Cars “não teve um<br />

comercial a bater o terreno”. As ven<strong>das</strong><br />

que faziam eram apenas provenientes dos<br />

contactos internos e do nome que criaram<br />

nas competições. Nuno Magalhães<br />

pretende ir mais longe. “Este ano, investimos<br />

muito nesta vertente”. Prova disso<br />

mesmo é que, na primeira feira em que<br />

estiveram presentes, em janeiro último,<br />

na Birmingham Motorsport, ganharam o<br />

prémio de melhor stand.<br />

O objetivo para o próximo ano é crescer.<br />

E conquistar os EUA. Um mercado gigante.<br />

“Quando o produto é bom e eles gostam,<br />

os números são muito grandes”, conta.<br />

Por outras palavras, se uma equipa norte-<br />

-americana “comprar” a Juno Racing Cars<br />

e pretender renovar a frota da equipa, tal<br />

poderá significar uma encomenda de 25<br />

modelos. Ora, “a nossa produção máxima,<br />

num ano, é de 30 unidades. Representaria<br />

um ano de trabalho”, adianta.<br />

De acordo com o plano de investimentos<br />

previsto no Programa 2020, a produção<br />

deverá aumentar até aos 45 modelos por<br />

ano. “Não queríamos pensar em mais de<br />

45 carros por ano. Por uma razão muito<br />

simples: quando se cresce demasiado, começam<br />

a fazer-se asneiras. Neste tipo de<br />

modelos, muito precisos, é grave. Requerem<br />

sempre homologações da FIA. Num<br />

carro normal, um erro de produção implica<br />

um recall. No nosso caso, a FIA corta-nos a<br />

nossa homologação e acabou-se. Não há<br />

segun<strong>das</strong> hipóteses. Durante cinco anos,<br />

não faríamos carros”.<br />

O aumento da produção implicará<br />

a contratação de mais colaboradores.<br />

“Está previsto sermos 12 pessoas até final<br />

deste ano. Faz parte do Projeto 2020<br />

e precisamos. Na parte da montagem e da<br />

fábrica. Quem pede uma peça, pede 10,<br />

mas quem monta uma peça, não monta<br />

10”. Outro dos desafios futuros da Juno<br />

Racing Cars é bastante ambicioso. Queremos<br />

que qualquer cliente Juno, esteja<br />

onde estiver no mundo, seja qual for a<br />

peça que pretenda, a receba numa semana.<br />

Estamos a trabalhar para isso. Não<br />

vai ser fácil, mas é a nossa ideia”, revela.<br />

Mas não só.<br />

Queremos fazer 15 unidades de um<br />

carro de estrada, em 2020. Uma versão<br />

explosiva. Um modelo em que os componentes<br />

internos são de um carro destes,<br />

mas em que o exterior é diferente”, acrescenta.<br />

Enquanto isso, Nuno Magalhães e a<br />

sua equipa preparam o sport-protótipo da<br />

quinta geração, um modelo 100% concebido<br />

em carbono e que responderá pelo<br />

nome de Cronos, deus do tempo. “Queremos<br />

baixar o tempo no cronómetro”,<br />

brinca. A ideia é manter a tradição de<br />

associar um nome mitológico, além da<br />

designação técnica, aos modelos. Basta<br />

recordar que “Juno” significa, neste contexto,<br />

a rainha dos deuses. ✱<br />

Juno Racing Cars<br />

CEO Nuno Magalhães | Morada Rua Albino José Domingues, 75, 4470 - 034 Maia<br />

Telefone 220 967 810 | Email info@junoracingcars.com | Site www.junoracingcars.com<br />

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78<br />

EMPRESA<br />

EUROPART Portugal<br />

Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Universo em expansão<br />

› O “braço português” do grupo líder na Europa em peças de substituição para veículos pesados está<br />

a expandir o seu universo. Com a abertura, em Évora, no passado dia 18 de setembro, da sua quinta<br />

loja, a EUROPART Portugal perspetiva um crescimento de 7% em 2018<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Heitor Santos lidera<br />

os destinos da filial<br />

portuguesa do Grupo<br />

EUROPART. A empresa<br />

está de boa saúde e<br />

recomenda-se<br />

Foi graças à credibilidade da EURO-<br />

PART Portugal que a casa-mãe deu<br />

to<strong>das</strong> as condições para que a abertura<br />

de uma quinta filial no nosso país se<br />

tornasse realidade. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

sabe que o projeto, que previa a inauguração<br />

da loja em novembro, foi apresentado<br />

em março deste ano e que a Alemanha<br />

quis antecipar em dois meses a abertura<br />

do novo espaço. O que diz muito acerca<br />

da importância do “braço português” da<br />

EUROPART. A revelação foi feita por Heitor<br />

Santos, administrador da filial portuguesa<br />

do grupo líder na Europa em peças de<br />

substituição para veículos pesados.<br />

Com a abertura, em Évora, no passado<br />

dia 18 de setembro, da sua quinta loja,<br />

a EUROPART Portugal perspetiva um<br />

crescimento de 7% em 2018. De acordo<br />

com o administrador, “desde 2010, ano<br />

em que inaugurámos a loja de Leiria, que<br />

não abríamos nenhum espaço físico. Daí<br />

esta abertura ganhar ainda maior relevância.<br />

Depois de ponderarmos, decidimos<br />

expandir-nos para o interior do país”. Com<br />

o eixo Lisboa-Porto bem servido através<br />

<strong>das</strong> suas quatro lojas, o quinto espaço do<br />

Grupo EUROPART em território nacional<br />

permitir-lhe-á servir melhor os clientes<br />

da região e conquistar cerca de 200 novos.<br />

Porquê em Évora? “Além de ser uma<br />

capital de distrito, sendo muito fáceis as<br />

ligações a Sines, a Espanha e ao Algarve,<br />

não há, para nossa surpresa, nenhuma<br />

empresa concorrente a vender peças para<br />

pesados. Por isso, agora, os profissionais<br />

<strong>das</strong> oficinas que necessitem, por exemplo,<br />

de um filtro, já não precisam de se<br />

deslocar dezenas de quilómetros para<br />

adquiri-lo. Viemos colmatar um vazio<br />

em termos de oferta na região, onde já<br />

chegávamos desde abril de 2016 através<br />

de um colaborador a partir da nossa sede,<br />

no Carregado”, explica Heitor Santos.<br />

n ESPAÇO PARA CRESCER<br />

Com um espaço de 250 m 2 e uma equipa<br />

de dois colaboradores (a breve trecho,<br />

existe intenção de contratar uma terceira<br />

pessoa, facto que permitirá à loja funcionar,<br />

também, aos sábados de manhã e<br />

não apenas durante a semana), o novo<br />

espaço eborense dispõe de cerca de 2.500<br />

referências em stock na fase de arranque<br />

e conta com uma viatura para entregas<br />

urgentes. Contudo, esta loja, como, aliás,<br />

as 300 que o grupo tem nos 28 países da<br />

Europa, está ligada ao armazém central de<br />

Werl, na Alemanha, onde existem 400.000<br />

referências disponíveis. Em Portugal, existem<br />

entre 12.000 a 14.000 artigos de maior<br />

rotação anual.<br />

Novas localizações? “Ainda temos espaço<br />

para abrir, pelo menos, mais uma ou duas<br />

lojas em Portugal até 2020. Gostaria de<br />

ver uma rede de lojas bem adaptada à<br />

boa rede de estra<strong>das</strong> que temos e, também,<br />

a uma cobertura racional do nosso<br />

país”, dá conta Heitor Santos. O facto de<br />

a nova loja estar situada mesmo ao lado<br />

do centro de avaliação dos condutores de<br />

veículos pesados, é outra <strong>das</strong> mais-valias.<br />

Com cerca de 2.500 clientes ativos, a EU-<br />

ROPART Portugal abriu, em 2013, a “divisão<br />

de autocarros”. O que lhe permitiu estar<br />

presente no setor do transporte de passageiros.<br />

Por último, mas não menos importante,<br />

a gama própria EUROPART, que<br />

reúne 27% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> da filial portuguesa,<br />

tendo tendência para aumentar. “Este é um<br />

dos principais fatores que nos distingue<br />

da concorrência. No final de 2017, deverão<br />

ser 7.500 as referências em catálogo da<br />

nossa marca própria”, conclui. ✱<br />

EUROPART Portugal<br />

Administrador Heitor Santos | Morada Qta. da Ferraguda, Carambancha, Lote 8, Apartado 40, 2580 – 653 Carregado<br />

Telefone 263 860 100 | Site www.europart.net<br />

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80<br />

EMPRESA<br />

Viapesados<br />

Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Hoje, são nada menos<br />

do que 12 os colaboradores<br />

da Viapesados,<br />

que começou a sua<br />

atividade em janeiro<br />

de 2005, em Darque<br />

Política de proximidade<br />

› Localizada em Neiva, Viana do Castelo, a Viapesados tem tudo para camiões, reboques e autocarros.<br />

Desde o parafuso até ao motor completo. A política de proximidade é uma <strong>das</strong> mais-valias da empresa<br />

liderada por Albino Assembleia e Ricardo Carvalho. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi visitá-la<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

lizado na identificação do material. Chega<br />

ao país inteiro (continente e ilhas), dispõe<br />

de cerca de 1.200 clientes ativos (dos mais<br />

de 1.800 que existem em base de dados)<br />

e trabalha com perto de 8.000 referências.<br />

Num raio de 100 km, as quatro viaturas<br />

que compõem a sua frota encarregam-<br />

-se de fazer as entregas, muitas vezes<br />

em regime bi-diário. Fora de Portugal, a<br />

Viapesados é procurada por clientes de<br />

Angola, Moçambique e Cabo Verde.<br />

n ESPECIALISTAS NA IDENTIFICAÇÃO<br />

Em 2016, além de ter aumentado as<br />

instalações, a empresa vianense criou<br />

um call center, onde três pessoas se dedicam<br />

à identificação de peças, recebendo<br />

centenas de chama<strong>das</strong> e emails por dia.<br />

Loja online? “Não temos nem estamos a<br />

planear ter. Não acrescenta nada ao nosso<br />

A<br />

história da Viapesados começou<br />

a escrever-se em janeiro de 2005,<br />

quando Albino Assembleia e Ricardo<br />

Carvalho, que haviam trabalhado<br />

juntos numa empresa de pesados, abriram,<br />

em Darque, Viana do Castelo, um<br />

pequeno espaço no rés-do-chão de um<br />

prédio. O objetivo era desenvolver o negócio<br />

de peças para pesados na região do Minho,<br />

onde praticamente não existia oferta.<br />

As coisas corriam de vento em popa. Até<br />

que, no final de 2012, mudaram-se para<br />

Neiva, onde se encontram hoje. Espaço<br />

que, apesar de ter sido ampliado no ano<br />

passado, já é pequeno.<br />

Com uma equipa composta por 12 pessoas,<br />

a Viapesados comercializa todo tipo<br />

de peças para camiões, reboques e autocarros.<br />

Desde o parafuso até ao motor<br />

completo. Garantindo um serviço especianegócio,<br />

devido à dificuldade que, por<br />

vezes, se verifica com a identificação da<br />

peça”, refere Ricardo Carvalho. “O nosso<br />

trabalho é de terreno. Vamos ao cliente<br />

ajudar a identificar a peça. Gostamos de<br />

chegar ao cliente, de entrar na oficina e<br />

de ajudar o mecânico”, acrescenta Albino<br />

Assembleia. A política de proximidade é,<br />

por isso, uma <strong>das</strong> mais-valias da empresa<br />

minhota. É aqui que a Viapesados faz a<br />

diferença. Revelando que não procuram<br />

“clientes muito grandes”, embora os tenham,<br />

Ricardo Carvalho dá conta ao nosso<br />

jornal que “não é esse o objetivo”. Albino<br />

Assembleia reforça esta ideia, afirmando<br />

que “o cliente pequeno é aquele com<br />

quem temos maior proximidade. Trabalhamos<br />

com patrões e mecânicos, que<br />

sabem aquilo que pedem. Dá-nos mais<br />

prazer trabalhar com as pessoas que estão<br />

no terreno. Até porque, por vezes, detetamos<br />

algumas falhas dos fabricantes”.<br />

Este ano, mais concretamente em setembro,<br />

a Viapesados passou a disponibilizar<br />

aos clientes lubrificantes da marca<br />

Fuchs. Albino Assembleia explica porquê:<br />

“Faltava-nos uma gama à nossa oferta.<br />

O cliente pedia-nos o lubrificante para<br />

as peças que adquiria e não tínhamos.<br />

Agora, graças à parceria com a Fuchs, uma<br />

marca de topo que conhecemos bem,<br />

suprimimos essa necessidade”. E quanto<br />

ao futuro? Albino Assembleia e Ricardo<br />

Carvalho respondem quase em uníssono:<br />

“Aumentar as instalações e continuar a<br />

apostar na política de proximidade com o<br />

cliente”. Outras marcas? “Estamos a equacionar<br />

ter mais uma ou duas. Talvez em<br />

2018 possa haver novidades a este nível”,<br />

concluem. ✱<br />

Viapesados<br />

Administradores Albino Assembleia e Ricardo Carvalho | Morada Zona Industrial do Neiva, 2.ª Fase, Pavilhão 11, 4935 - 232<br />

Neiva (Viana do Castelo) | Telefone 258 332 510 | Email geral@viapesados.pt | Site www.viapesados.pt<br />

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82<br />

EMPRESA<br />

Centrocor<br />

Lançamento<br />

da primeira pedra<br />

Nova sede será<br />

em frente à atual<br />

Jornada colorida<br />

› No passado dia 14 de outubro, decorreu o XIII Convívio de Clientes Centrocor/<br />

Spies Hecker. Uma jornada colorida que reuniu cerca de 200 pessoas num<br />

ambiente descontraído, onde se comemorou o 35.° Aniversário da empresa<br />

fundada por Álvaro Magalhães e foi lançada a primeira pedra da nova sede<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

nização esteve, essencialmente, a cargo<br />

dos administradores (Álvaro e Filomena<br />

Magalhães), juntamente com os filhos (Luciana<br />

e Ângelo Magalhães) e, também,<br />

pelo genro (Agostinho Matos), elementos<br />

que integram, aliás, a equipa da Centrocor.<br />

n EMOÇÕES À FLOR DA PELE<br />

A realização de um evento de grande<br />

envergadura, como o XIII Convívio, requer<br />

grande capacidade de organização,<br />

consome muito tempo na programação<br />

<strong>das</strong> atividades, pressupõe elaboração<br />

de convites e implica ainda um planeamento<br />

do almoço, entre outras tarefas<br />

que ficaram ao encargo dos responsáveis<br />

acima mencionados, principalmente de<br />

Luciana Magalhães, cuja experiência administrativa<br />

foi decisiva para o sucesso<br />

deste evento. Como a própria revela ao<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, “o dia começou com<br />

alguma ansiedade na receção de clientes,<br />

fornecedores e entidades municipais,<br />

nomeadamente do Sr. Vereador Adolfo<br />

Amílcar e do Sr. Durval Ferreira, em re-<br />

Realizado de dois em dois anos, o<br />

encontro de 2017 juntou, no passado<br />

dia 14 de outubro, sábado, na<br />

Quinta da Igreja de Vilar, em Lousada,<br />

cerca de 200 pessoas num ambiente de<br />

festa e descontração. O XIII Convívio de<br />

Clientes Centrocor/Spies Hecker ficou<br />

marcado igualmente pela comemoração<br />

do 35.° Aniversário da empresa fundada<br />

por Álvaro Magalhães e pelo lançamento<br />

da primeira pedra para a construção da<br />

nova sede (ver caixa, nesta página).<br />

Durante a manhã, os participantes puderam<br />

desfrutar dos diversos torneios<br />

organizados do “jogo <strong>das</strong> malhas”, “jogo<br />

do prego” e “jogo da sueca”, entre outros.<br />

O almoço foi servido pela equipa da Centrocor<br />

e da Spies Hecker. Depois, durante<br />

a tarde, foram entregues os prémios aos<br />

vencedores dos respetivos jogos e sorteados<br />

42 brindes. Este evento permitiu<br />

aprofundar as relações entre todos os<br />

participantes, colocando em prática o<br />

slogan da Spies Hecker, que é partilhado<br />

pela Centrocor: “Mais perto de si”. A orgapresentação<br />

da Associação Empresarial<br />

de Penafiel, local onde vai emergir a nova<br />

sede da Centrocor”.<br />

Depois de um coffee break, os participantes<br />

deslocaram-se em “caravana” até à<br />

Quinta da Igreja de Vilar de Torno e Alentém,<br />

onde os clientes, após as inscrições,<br />

jogaram em competição e num ambiente<br />

de puro divertimento. Todo o trabalho<br />

envolvente foi realizado pela equipa da<br />

Centrocor, tanto as inscrições, os juízes dos<br />

jogos e o almoço, tendo este contado com<br />

a preciosa ajuda dos parceiros da Spies<br />

Hecker na altura de servir à mesa. A seguir,<br />

cantaram-se os parabéns à Centrocor e foi<br />

feito um discurso surpresa e emotivo por<br />

parte de Luciana Magalhães aos seus pais,<br />

tendo falado em seu nome e em nome<br />

do irmão. A Centrocor é como um terceiro<br />

filho para este casal empreendedor<br />

e como um irmão mais velho para Luciana<br />

e Ângelo, que agradeceram tudo o que<br />

os pais fizeram (e continuam a fazer) por<br />

eles, tendo-lhes atribuído uma salva de<br />

prata. ✱<br />

O crescimento e a aposta na melhoria<br />

contínua levaram a Centrocor<br />

a dar um novo passo com o<br />

lançamento da primeira pedra da<br />

sua futura sede, em São Mamede<br />

de Recezinhos, Penafiel, mesmo<br />

em frente às atuais instalações.<br />

Com a presença de Adolfo Amílcar,<br />

vereador, em representação da<br />

Câmara Municipal de Penafiel, e<br />

de Durval Ferreira, representante<br />

da Associação Empresarial de Penafiel,<br />

Álvaro Magalhães, fundador<br />

da Centrocor, perante cerca de 200<br />

convidados, entre clientes, fornecedores<br />

e colaboradores, deu a<br />

conhecer este projeto como sendo<br />

o “mais belo e ambicioso da sua<br />

vida”. Este empreendimento vai,<br />

aliás, ao encontro <strong>das</strong> necessidades<br />

presentes e futuras da empresa,<br />

com o intuito de servir cada vez<br />

melhor os clientes. O investimento<br />

na nova sede irá trazer melhores<br />

condições de trabalho para os colaboradores<br />

e permitirá, também,<br />

criar emprego. Além de amplos e<br />

funcionais armazéns, estão previstos<br />

showrooms e escritórios, sem<br />

esquecer, claro está, o centro de<br />

formação.<br />

Adolfo Amílcar, vereador em<br />

representação da Câmara<br />

Municipal de Penafiel (à esq.ª), e<br />

Álvaro Magalhães, da Centrocor<br />

Centrocor<br />

Administrador Álvaro Magalhães | Morada Av.ª S. Mamede, 237, 4560 - 800 São Mamede de Recezinhos (Penafiel)<br />

Telefone 255 730 000 | Fax 255 730 009 | Email geral@centrocor.pt | Site www.centrocor.pt<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

82_Empresa centrocorREV.indd 82 24/10/17 10:53


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Novembro I 2017<br />

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84<br />

TÉCNICA&SERVIÇO<br />

Influência <strong>das</strong> baixas temperaturas na repintura<br />

Cores frias<br />

› Com a chegada do outono e, sobretudo, do inverno, as temperaturas começam a descer e, portanto, o<br />

pintor deve ter em conta esta circunstância nos trabalhos de pintura. Neste artigo, analisamos a influência<br />

<strong>das</strong> baixas temperaturas no ambiente e na realização <strong>das</strong> operações de pintura com total garantia<br />

Após a limpeza e o desengorduramento,<br />

começa o lixamento <strong>das</strong><br />

zonas danifica<strong>das</strong>. Não há influência<br />

<strong>das</strong> baixas temperaturas, uma vez que<br />

há produção de calor que é transmitido<br />

pela superfície da peça. A temperatura<br />

que a peça atinge não deverá ser excessiva,<br />

já que a espessura <strong>das</strong> chapas nos<br />

veículos atuais é bastante fina, o que<br />

pode resultar em deformações.<br />

n PREPARAÇÃO<br />

Após o mascaramento, procede-se à<br />

aplicação de primário e aparelho. Neste<br />

passo do processo, a temperatura ambiente<br />

já começa a ter importância. Durante<br />

a preparação <strong>das</strong> misturas, poderá<br />

ser necessário aquecer, previamente, os<br />

recipientes. Isto aplica-se se as condições<br />

de temperatura da box ou da cabina de<br />

pintura em causa forem demasiado baixas,<br />

já que os fabricantes aconselham nas<br />

suas fichas técnicas os 20 - 22° C como<br />

ideais para a obtenção da viscosidade<br />

de aplicação apropriada.<br />

n APLICAÇÃO<br />

Os primários e aparelhos costumam<br />

ser aplicados nas zonas de preparação<br />

ou com planos aspirantes. Estas zonas<br />

não eram aqueci<strong>das</strong>, mas, atualmente,<br />

os fabricantes destas instalações já as<br />

disponibilizam com painéis ou cortinas.<br />

E com aquecimento.<br />

É recomendável uma temperatura de<br />

aplicação otimizada, uma vez que os aparelhos<br />

apresentam viscosidades muito<br />

baixas, com um elevado peso específico<br />

e eleva<strong>das</strong> cargas de enchimento, o que<br />

torna estes produtos muito sensíveis ao<br />

desprendimento com baixas temperaturas.<br />

n SECAGEM<br />

A secagem destas tintas pode ser realizada<br />

através de equipamentos de raios<br />

infravermelhos e, em menor medida, com<br />

o calor da estufa/ forno, exceto no caso<br />

de veículos aparelhados por completo ou<br />

com várias peças novas. O método mais<br />

utilizado é a secagem ao ar, utilizando<br />

catalisadores rápidos ou extra rápidos e<br />

diluentes acelerados. Se as temperaturas<br />

1<br />

3<br />

de secagem forem demasiado baixas,<br />

os tempos serão alargados, atrasando<br />

o processo de trabalho e aumentando<br />

tanto os tempos como os materiais de<br />

lixamento. Uma má secagem de aparelho<br />

fará com que os discos de lixa fiquem<br />

saturados e trabalhem abaixo <strong>das</strong> suas<br />

possibilidades de corte, aumentando os<br />

tempos de lixamento e os consumos de<br />

discos de lixa.<br />

n EMBELEZAMENTO FINAL<br />

Aqui, as baixas temperaturas afetam, de<br />

forma mais negativa, tanto o processo de<br />

trabalho como a qualidade final.<br />

1 Trabalhos de lixamento 2 Box de pintura ou sala de misturas 3 Zonas de<br />

preparação e aplicação<br />

2<br />

l Preparação<br />

Os primeiros problemas <strong>das</strong> baixas temperaturas<br />

começam no armazenamento<br />

e na obtenção de uma boa estabilidade<br />

nos diferentes produtos de tinta à base<br />

de água. Algumas marcas de tinta disponibilizam<br />

à oficina um armário fechado e<br />

aquecido, que, além de servir de sistema<br />

tintométrico, também é utilizado como<br />

armazém, evitando problemas de estabilidade<br />

na pintura.<br />

Os produtos de base aquosa serão afetados<br />

por uma temperatura excessivamente<br />

baixa e por uma humidade elevada, podendo<br />

ficar inutilizados para a realização<br />

<strong>das</strong> misturas. Na preparação da cor monocamada<br />

ou verniz acrílico HS e UHS com<br />

dissolvente, acontece o mesmo que com<br />

os aparelhos. Dependendo <strong>das</strong> viscosidades<br />

de aplicação, as misturas deverão ser<br />

realiza<strong>das</strong> às temperaturas ideais indica<strong>das</strong><br />

na ficha técnica. As oficinas devem<br />

acondicionar as salas de mistura ou boxes<br />

de pintura com vista a assegurarem as<br />

ditas temperaturas. Ou devem aquecer as<br />

embalagens previamente à mistura sobre<br />

uma fonte de calor.<br />

l APLICAÇÃO DA COR<br />

A temperatura de aplicação da base<br />

bicamada à base de água depende de<br />

vários fatores:<br />

l Número de peças a pintar<br />

Para a pintura de um veículo por completo,<br />

as temperaturas ideais de aplicação<br />

oscilam entre 20-23° C para a maioria <strong>das</strong><br />

marcas. Ao pintar de uma a três peças, a<br />

Novembro I 2017<br />

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84-85_Tecnica e servico cores friasREV.indd 84 23/10/17 14:12


Colaboração<br />

CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

85<br />

1<br />

3<br />

2<br />

4<br />

calor. Para o efeito, são utilizados os mesmos<br />

equipamentos e ferramentas que<br />

para secar as tintas de fundo. As tintas<br />

de embelezamento, além de cobrirem<br />

com a cor e tonalidade apropria<strong>das</strong> para<br />

o veículo, conferem a dureza e resistência<br />

finais, através de calor, aproximadamente,<br />

45 minutos a 60° C, com calor de forno;<br />

20-25 minutos de secagem, por infravermelhos;<br />

ou 30-35 minutos, com painéis<br />

endotérmicos. Se as temperaturas de<br />

secagem forem mais baixas e além do<br />

mais este fator for combinado com uma<br />

diminuição nos tempos, o acabamento<br />

final pode apresentar um número assinalável<br />

de defeitos:<br />

l Falta de secagem<br />

A superfície apresentará um estado viscoso<br />

ao toque, como se não estivesse<br />

bem seca.<br />

l Menor dureza e resistência<br />

As pinturas ou vernizes terão menor resistência<br />

face a riscos e agentes químicos,<br />

chuva ácida, gordura e óleo do asfalto,<br />

gravilha solta, gelo, sal, raios ultravioletas.<br />

l Risco de pintura baça<br />

Perda de brilho por uma secagem lenta<br />

com acumulação de vapores de dissol-<br />

polimento e abrilhantamento da zona<br />

afetada para solucionar o problema. Se<br />

a tinta secou a baixas temperaturas, o<br />

polimento não poderá ser realizado de<br />

imediato, sendo necessário esperar um<br />

tempo extra, o que reduz a produtividade<br />

da oficina. A influência <strong>das</strong> baixas temperaturas<br />

afetará, negativamente, to<strong>das</strong> as<br />

fases de pintura e praticamente todos os<br />

produtos que o pintor utiliza na preparação,<br />

na pintura e na secagem dos veículos.<br />

A boa utilização <strong>das</strong> fichas técnicas<br />

forneci<strong>das</strong> pelos fabricantes de tinta,<br />

com referência às temperaturas de preparação,<br />

aplicação e secagem, serão de<br />

grande importância para a obtenção<br />

de trabalhos de qualidade, reduzindo<br />

o aparecimento de alguns dos defeitos<br />

de pintura analisados.<br />

Atualmente, o mercado da repintura de<br />

automóveis conta com um bom número<br />

de novas instalações e equipamentos<br />

que contribuem para a obtenção de<br />

temperaturas ideais de trabalho: estufas/<br />

forno de chama direta, arcos e pontes<br />

de infravermelhos, colunas de fornecimento<br />

auxiliar de ar (Venturi), zonas de<br />

preparação (pleno) com cortinas ou pai-<br />

1 Secagem com infravermelhos 2 Armário aquecido 3 Aplicação da base água<br />

4 Medição da temperatura ideal da mistura<br />

5 6<br />

temperatura pode subir até aos 25-26° C,<br />

evitando que os tempos de evaporação<br />

se prolonguem demasiado.<br />

l Humidade relativa do ar<br />

Se a humidade relativa do ar for de 40-<br />

60%, a temperatura de aplicação ideal<br />

será de 20-22° C, ao passo que se a humidade<br />

subir para os 80-90%, a temperatura<br />

deverá situar-se nos 25-26° C para reduzir<br />

a humidade do ar e obter uma melhor<br />

evaporação da base água.<br />

l Acabamento de cor<br />

Em cores metaliza<strong>das</strong> com uma grande<br />

percentagem de pigmento prata ou alumínio,<br />

é aconselhável que a evaporação<br />

da base água seja lenta, já que é necessária<br />

uma correta colocação <strong>das</strong> lâminas<br />

ou dos flocos de alumínio, evitando<br />

defeitos como sombras ou clarões. Os<br />

acabamentos lisos e perlados não serão<br />

tão afetados por estes defeitos. Portanto,<br />

a temperatura de aplicação pode ser um<br />

pouco mais elevada.<br />

l EVAPORAÇÃO DA BASE ÁGUA<br />

Antes de passar à fase de envernizamento,<br />

o pintor deverá certificar-se que a<br />

pintura bicamada base água está seca e<br />

isenta de humidade. Se a temperatura for<br />

demasiado baixa, os tempos de evaporação<br />

são alargados, criando constrições na<br />

estufa e influenciando, negativamente, a<br />

produtividade da área de pintura.<br />

l APLICAÇÃO DO VERNIZ<br />

Durante a aplicação dos vernizes acrílicos,<br />

a temperatura de aplicação ideal<br />

pode variar entre os 20-22° C. Uma<br />

temperatura demasiado baixa poderá<br />

contribuir para o surgimento de defeitos<br />

como escorrimentos e pele de laranja.<br />

l SECAGEM<br />

Para a secagem e endurecimento <strong>das</strong><br />

tintas de última geração – acabamentos<br />

acrílicos HS, UHS, VHS, vernizes cerâmicos<br />

– é muito importante proporcionar<br />

5 Aplicação do verniz 6 Condições ideais de temperatura e humidade 7 Polimento e<br />

abrilhantamento<br />

ventes e humidade.<br />

l Dificuldade no polimento<br />

Para concluir os trabalhos de pintura,<br />

por vezes é necessário eliminar pequenas<br />

manchas de sujidade e saliências. É necessário<br />

realizar um pequeno lixamento,<br />

néis e aquecimentos, equipamentos de<br />

filtragem e aquecimento do ar ou estufas<br />

elétricas com painéis endotérmicos. Com<br />

estes equipamentos, é possível realizar<br />

trabalhos corretamente, independentemente<br />

da temperatura. ✱<br />

7<br />

Publicidade<br />

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84-85_Tecnica e servico cores friasREV.indd 85 23/10/17 14:12


86<br />

TÉCNICA&SERVIÇO<br />

Remoção de mossas em chapa<br />

Danos em painéis<br />

› Os danos em painéis devem ser analisados previamente com vista a<br />

determinar qual a técnica de reparação mais indicada para facilitar o<br />

trabalho do bate-chapa. A competência e a experiência do profissional,<br />

alia<strong>das</strong> a um conjunto adequado de equipamentos e ferramentas,<br />

permitem rentabilizar as reparações<br />

Como ferramentas de impacto, são<br />

utilizados diferentes tipos de martelos,<br />

colheres ou alavancas. E como ferramentas<br />

de apoio, os tais ou encontradores.<br />

To<strong>das</strong> elas com diferentes formas para<br />

uma melhor adaptação ao tipo de impacto<br />

e à forma da superfície trabalhada.<br />

As técnicas de impacto também podem<br />

ser diferentes:<br />

l Impacto sobre o encontrador ou<br />

tais, de forma que o martelo e o tais<br />

se encontrem alinhados, mas cada um<br />

apoiado num lado diferente da chapa.<br />

Cada vez que se bate com o martelo<br />

sobre a chapa, o tais que se encontra<br />

no lado contrário ressalta acabando por<br />

embater nesse lado da chapa.<br />

l Impacto fora do encontrador ou<br />

tais. Utilizado para deformações nas<br />

quais existe uma depressão central entre<br />

duas elevações relativamente ao nível<br />

original da chapa. O martelo embate nas<br />

zonas eleva<strong>das</strong> e o tais situado no lado<br />

contrário e apoiado sobre a depressão,<br />

embate por ressalto, removendo esta.<br />

Os painéis exteriores do veículo sofrem<br />

habitualmente impactos que<br />

causam mossas de diferentes tamanhos<br />

e formas. Estes danos meramente<br />

estéticos podem ser reparados utilizando<br />

diferentes técnicas. A escolha entre uma<br />

ou outra deve ser feita tendo em conta<br />

vários aspetos que podem influenciar a<br />

rapidez e a rentabilidade da união.<br />

n SUBSTITUIÇÃO OU REPARAÇÃO<br />

A primeira decisão a tomar pelo bate-<br />

-chapa, é a possibilidade da reparação<br />

da peça face à sua substituição. Para o<br />

efeito, é necessário realizar uma análise<br />

de diferentes fatores que podem afetar<br />

o dano, o acabamento final obtido e a<br />

própria rentabilidade da reparação. Os<br />

fatores fundamentais são os seguintes:<br />

l Dimensão e a forma da área danificada.<br />

l Linhas iniciais da superfície antes da<br />

deformação.<br />

l Acesso para realizar os trabalhos de<br />

reparação tendo em conta as diferentes<br />

técnicas aplicáveis.<br />

l Disponibilidade de ferramentas e<br />

equipamentos de trabalho adequados.<br />

1<br />

l Função e responsabilidade estrutural<br />

da peça danificada.<br />

l Sistema de união da peça danificada<br />

à restante carroçaria.<br />

l Rentabilidade económica da operação<br />

de reparação da peça face à sua substituição.<br />

O bate-chapa deve analisar as características<br />

do dano e as possíveis ferramentas<br />

a utilizar na remoção de mossas. Em<br />

qualquer caso, a decisão tomada sobre<br />

o processo de trabalho a seguir deve<br />

manter a estética original do veículo e<br />

a segurança do mesmo.<br />

n REPARAÇÃO DE PAINÉIS<br />

A forma tradicional para a remoção<br />

de mossas ou recuperação de chapas é<br />

a reparação de painéis com tais e martelo.<br />

Este método consiste em bater na<br />

depressão da superfície deformada até<br />

conseguir levá-la à sua posição original.<br />

Para esta técnica, é necessário dispor de<br />

acesso ao dano por ambos os lados da<br />

superfície e permite remover qualquer<br />

tipo e tamanho de dano.<br />

2<br />

Estas ferramentas são combina<strong>das</strong> com<br />

a utilização da lima de bate-chapa para<br />

realizar as verificações da evolução da<br />

reparação. Após o trabalho de impacto,<br />

são realiza<strong>das</strong> passagens de lima sobrepostas<br />

e longitudinalmente em relação<br />

à peça, que revelarão se existem zonas<br />

com pequenas deformações residuais.<br />

O bom resultado dos trabalhos de reparação<br />

verifica-se alternando cada<br />

passagem de tais-martelo com uma de<br />

controlo de lima.<br />

n EXTRAÇÃO EXTERIOR<br />

Em muitas ocasiões, o acesso pela zona<br />

interior <strong>das</strong> peças é limitado ou pode<br />

implicar a desmontagem de outras peças,<br />

guarnições ou acessórios que aumentam,<br />

significativamente, os tempos de<br />

trabalho, bem como as áreas. Para evitar<br />

estes inconvenientes, existe um conjunto<br />

variado de ferramentas desenha<strong>das</strong> para<br />

trabalhar a partir do lado exterior do painel<br />

a reparar. A essência destas ferramentas<br />

consiste em ancorar uma ferramenta<br />

nas zonas profun<strong>das</strong> do lado exterior do<br />

dano, através da qual são aplicados os<br />

esforços de tração à superfície para remoção<br />

da mossa. Dentro destas ferramentas,<br />

encontram-se aquelas desenha<strong>das</strong> para<br />

serem solda<strong>das</strong> à superfície da chapa e<br />

1 Ferramentas para a reparação de painéis 2 Controlo de lima 3 Levantamento<br />

de chapa<br />

3<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

86-87_Tecnica e servico - danos em paineisREV.indd 86 24/10/17 12:44


Colaboração<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

87<br />

1 2<br />

pintura posterior. O processo baseia-se<br />

na aplicação de ligeiras pressões ou impulsos<br />

em redor do dano (face interna)<br />

através <strong>das</strong> pontas <strong>das</strong> varetas. O equipamento<br />

deve ser composto por diferentes<br />

varetas com pontas de formas<br />

(arredonda<strong>das</strong>, pontiagu<strong>das</strong>) e medi<strong>das</strong><br />

diferentes para adaptação ao dano. São<br />

fabrica<strong>das</strong> em aços especiais e, também,<br />

existem algumas em nylon e teflon. Esta<br />

técnica requer grande competência e<br />

experiência por parte do bate-chapa. O<br />

equipamento é composto por um conjunto<br />

de varetas e uma fonte luminosa<br />

fluorescente, que permita a visualização<br />

do estado e o acompanhamento do dano.<br />

3<br />

aquelas que se colam através de adesivo.<br />

A utilização <strong>das</strong> primeiras, permite a remoção<br />

de mossas em danos de qualquer<br />

tamanho, mas a chapa necessita de um<br />

processo de pintura posterior. As segun<strong>das</strong>,<br />

destinam-se à extração de pequenos<br />

danos, sem necessidade de realizar nova<br />

pintura.<br />

l Equipamentos de soldadura<br />

para a remoção de mossas<br />

Estes equipamentos dispõem de uma<br />

máquina de soldadura por resistência<br />

elétrica, que é utilizada para soldar as<br />

ferramentas à superfície da chapa. As<br />

ferramentas são varia<strong>das</strong>, desde as anilhas<br />

de pontas com diferentes formas (estrelas,<br />

rebites) a elétrodos com pontas. Uma<br />

vez solda<strong>das</strong> as ferramentas à chapa, a<br />

ferramenta extratora é acoplada a estas<br />

e são realizados os esforços de extração<br />

para o exterior para remoção <strong>das</strong> mossas.<br />

É possível soldar uma única ferramenta<br />

ou várias para distribuir os esforços. As<br />

ferramentas são solda<strong>das</strong> na parte mais<br />

profunda da chapa deformada. Através<br />

de um martelo de inércia ou de outras<br />

ferramentas de extração, são realizados os<br />

esforços de tração para o exterior. As ferramentas<br />

solda<strong>das</strong> são retira<strong>das</strong> facilmente,<br />

realizando uma rotação <strong>das</strong> mesmas.<br />

A remoção de mossas com ferramentas<br />

1 Remoção de mossas através de ventosas 2 e 3 Remoção<br />

de mossas através de ferramentas com soldadura 4 Remoção de<br />

mossas através de colagem 5 Remoção de mossas por indução<br />

extratoras a partir do exterior, permite<br />

reduzir o tempo de trabalho, evitando<br />

a desmontagem e montagem de peças<br />

e guarnições.<br />

Para extrair qualquer tipo de mossas,<br />

independentemente do seu tamanho,<br />

são utilizados equipamentos de soldadura<br />

com cerca de 2500-3000 amperes<br />

de potência. Estes incorporam vários<br />

tipos de elétrodos: os específicos para<br />

soldar as ferramentas de estiramento e<br />

outros de ponta arredondada de cobre<br />

e grafite para realizar os trabalhos de recolha<br />

da chapa quando há estiramento<br />

do material.<br />

Também existem no mercado pequenos<br />

soldadores destinados a danos de<br />

tipo granizo ou semelhantes, nos quais<br />

se solda a ponta de um elétrodo que,<br />

posteriormente, é deslocado para trás<br />

extraindo a depressão do dano.<br />

l Equipamentos de remoção<br />

de mossas através de colagem<br />

Estes equipamentos servem para remover<br />

pequenas mossas sem danificar a<br />

pintura. As ferramentas são cola<strong>das</strong> à superfície<br />

deformada e depois de acoplado<br />

o equipamento extrator à ferramenta,<br />

são realizados os estiramentos de tração<br />

para o exterior. Após a extração do dano,<br />

as ferramentas de colagem são retira<strong>das</strong><br />

aplicando produtos adequados para eliminar<br />

o adesivo. A remoção de mossas<br />

de pequenos danos sem necessidade<br />

de pintura posterior é possível com as<br />

ferramentas e a experiência adequa<strong>das</strong>.<br />

l Equipamentos de remoção<br />

de mossas por indução<br />

Estes equipamentos também são utilizados<br />

para remover pequenas mossas<br />

sem danificar a pintura. São baseados<br />

num aquecimento por indução da chapa<br />

e na aplicação de uma força magnética<br />

que exerce as forças de tração para o exterior.<br />

São equipamentos automáticos<br />

de utilização muito simples, nos quais<br />

basta, simplesmente, selecionar a potência,<br />

colocar a cabeça magnética sobre o<br />

dano e pressionar o botão.<br />

n SISTEMA DE VARETAS METÁLICAS<br />

As varetas são utiliza<strong>das</strong> para pequenos<br />

danos por impacto de granizo ou pedras<br />

que não tenham afetado a pintura original<br />

e nos quais a chapa não tenha sofrido<br />

um estiramento excessivo do material.<br />

Neste sistema, é necessário o acesso pelo<br />

lado interno da chapa deformada, pelo<br />

que, neste caso, é necessário realizar a<br />

desmontagem de guarnições e peças que<br />

impeçam o acesso. A grande vantagem<br />

que apresenta é não ser necessária uma<br />

n CONCLUSÃO<br />

Para a reparação de painéis exteriores<br />

<strong>das</strong> carroçarias, existe um variado leque<br />

de ferramentas desenha<strong>das</strong> para facilitar<br />

os trabalhos do bate-chapa e reduzir<br />

os tempos de trabalho. Não obstante, a<br />

experiência e a competência do técnico<br />

são fundamentais para a obtenção de<br />

resultados excelentes. ✱<br />

4<br />

5<br />

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88<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA<br />

Senhor dos anéis<br />

› Nasceu como coupé, mais tarde virou cabrio e, a seguir, transformou-se num<br />

elegante modelo de cinco portas. Seja qual for a sua carroçaria, o Audi A5 não deixa<br />

ninguém indiferente. Senhor de um desempenho dinâmico eficaz, custa, na versão<br />

Sportback 2.0 TDI S tronic Sport de 190 cv, sem extras, €53.650<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Audi A5 Sportback 2.0 TDI S tronic Sport<br />

É<br />

difícil eleger o A5 mais elegante. Se<br />

o coupé pertence à coleção outono/<br />

inverno e o cabrio à coleção primavera/verão,<br />

onde posicionar, então, o<br />

Sportback? Bem, pode dizer-se que é a<br />

variante mais familiar de to<strong>das</strong>. Primeiro,<br />

por ter cinco portas. Depois, por oferecer<br />

uma versatilidade de utilização superior.<br />

E ainda importa mencionar a bagageira,<br />

que cumpre perfeitamente as exigências<br />

relaciona<strong>das</strong> com o transporte de pessoas<br />

e bens. Não sendo a versão mais acessível<br />

da gama, nem a mais elitista, a 2.0 TDI S<br />

tronic Sport de 190 cv oferece uma boa<br />

relação qualidade/preço. Custa apenas<br />

menos €300 do que o coupé e menos,<br />

imagine-se, €7.800 do que o cabrio. Os<br />

conceitos são diferentes, mas o encanto<br />

visual, esse, permanece.<br />

■ VESTIDO DE AZUL<br />

É <strong>das</strong> cores que melhor assentam no A5<br />

Sportback, embora obrigue ao dispêndio<br />

de uns adicionais €1.050, visto o “azul<br />

lua” tratar-se de uma pintura metalizada.<br />

Face ao coupé, o Sportback distingue-se,<br />

sobretudo, pelo facto de ter mais duas<br />

portas e de exibir uma secção traseira ligeiramente<br />

diferente. A silhueta continua<br />

fiel à da carroçaria “original”, as cavas <strong>das</strong><br />

ro<strong>das</strong> pronuncia<strong>das</strong> atribuem-lhe um ar<br />

musculado e as luzes de LED conferem-lhe<br />

uma inconfundível assinatura luminosa.<br />

A grelha, cujas lamelas horizontais fazem<br />

Com 190 cv, o motor 2.0 TDI é<br />

o responsável pelas prestações<br />

de grande nível, sempre com<br />

consumos comedidos<br />

sobressair os quatro anéis cromados, as<br />

jantes de 18” com cinco raios específicas<br />

do nível Sport e o facto de os vidros não<br />

estarem envolvidos por molduras, detalhe<br />

que apenas é percetível quando se abrem<br />

as portas, contribuem para a elevada atração<br />

visual deste Audi.<br />

À parte o acesso bem mais facilitado<br />

quer aos (três) lugares traseiros quer à<br />

bagageira (tem um volume 15 litros superior<br />

à do coupé, podendo ser ampliada<br />

através do rebatimento dos bancos posteriores,<br />

na proporção 40:20:40), nada mais<br />

distingue as duas carroçarias. Segundo a<br />

Audi, este modelo de cinco portas reúne<br />

a elegância de um coupé com o conforto<br />

de uma berlina e a versatilidade de uma<br />

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carrinha. Realidade ou ficção, a verdade é o que o A5<br />

Sportback é deveras apetecível. Até porque, além de<br />

propor uma qualidade de construção muito boa, dispositivos<br />

de segurança presentes em número elevado<br />

e nível de equipamento de série recheado, oferece um<br />

posto de condução ótimo. Tudo está no lugar certo. O<br />

volante tem uma pega perfeita e o banco proporciona<br />

um bom encaixe lateral.<br />

Embora preto, o habitáculo sobressai pelos inúmeros<br />

detalhes cintilantes e, sobretudo, pelo virtual cockpit,<br />

uma <strong>das</strong> características mais inovadoras do A5 Sportback.<br />

A agradável estadia a bordo deve-se, também, à<br />

presença de extras. A saber: pacote Advance (estofos<br />

com combinação de couro/couro sintético; bancos<br />

dianteiros com regulação elétrica; sensores de esta-<br />

Sport 4, de medida 245/40ZR18 93Y, e a direção precisa<br />

contribuem para a elevada eficácia e para a grande<br />

agilidade do A5 Sportback, a verdade é que o chassis<br />

equilibrado, os travões resistentes à fadiga e a rapidez<br />

de atuação da caixa automática de dupla embraiagem<br />

(S tronic) com sete velocidades, tornam este familiar<br />

de cinco portas num dos melhores e mais envolventes<br />

automóveis de tração dianteira que ensaiámos. Para<br />

mais, dispõe de cinco modos de condução, selecionáveis<br />

pelo condutor através do botão “drive select”<br />

existente na consola central: “efficiency”; “comfort”;<br />

“auto”; “dynamic”; “individual”. O conforto é razoável.<br />

O motor de quatro cilindros 2.0 TDI de 190 cv que<br />

anima o A5 Sportback que figura nestas páginas oferece<br />

prestações de grande nível com consumos comedidos<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha<br />

Diesel, transv., dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1968<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

81,0x95,5<br />

Taxa de compressão 15,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 190/3800-4200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-3000<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção common rail<br />

Sobrealimentação<br />

turbo VTG + intercooler<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

TRANSMISSÃO<br />

DIREÇÃO<br />

dianteira com ESP<br />

automática de 7+ma<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,7<br />

Dianteiros (ø mm)<br />

Traseiros (ø mm)<br />

ABS<br />

TRAVÕES<br />

discos ventilados (n.d.)<br />

discos maciços (n.d.)<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

Five link<br />

Multilink<br />

sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 235<br />

0-100 km/h (s) 7,9<br />

cionamento dianteiros e traseiros, tudo por €1.485)<br />

e pacote High Tech (cruise control; pacote MMI de navegação<br />

plus; volante desportivo multifunções plus,<br />

em couro; Audi Virtual Cockpit; Audi Connect, tudo<br />

por €1.790).<br />

■ EFICIÊNCIA MODULAR<br />

Além de manter intactas as prestações e a acutilância<br />

dinâmica <strong>das</strong> restantes carroçarias da gama, que,<br />

recorde-se, apareceram primeiro do que esta, a Audi<br />

aplicou no A5 Sportback as tecnologias provenientes<br />

do programa de eficiência modular por si elaborado,<br />

sendo a função start/stop (desliga o motor quando o<br />

seu funcionamento não está a ser necessário, como,<br />

por exemplo, num semáforo vermelho ou numa fila de<br />

trânsito) apenas uma delas. Se a suspensão de amortecimento<br />

firme, os excelentes pneus Michelin Pilot<br />

O Audi Virtual Cockpit é um dos ex-líbris do<br />

A5 Sportback. Os acabamentos prateados<br />

contribuem para o ambiente cintilante que se<br />

vive a bordo deste executivo germânico<br />

em to<strong>das</strong> as circunstâncias. Para um modelo que tem<br />

4,73 metros de comprimento e 1.595 kg de peso, este<br />

conhecido bloco Diesel common rail (que foi conhecendo<br />

um aumento gradual de potência ao longo do<br />

tempo, ainda que disponibilize uma variante de 150<br />

cv) cumpre a sua missão com elevada competência,<br />

acabando por imprimir à condução um ritmo que se<br />

coaduna totalmente com os pergaminhos da marca<br />

alemã. Sente-se que se está ao volante de um modelo a<br />

gasóleo (a insonorização, ainda que cuidada, não consegue<br />

disfarçar o tipo de combustível que passa pelos<br />

cilindros deste A5 Sportback), mas nada que mereça<br />

comentários depreciativos. Embora, lá está, existam<br />

situações em que uma mudança é “muito baixa” e outras<br />

em que a seguinte é “muito alta”, o que não acontece<br />

nas versões a gasolina, onde os motores dispõem de um<br />

regime de utilização superior até ao corte de injeção. ✱<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extraurbano/combinado/urbano 4,0/4,3/4,9<br />

Emissões de CO2 (g/km) 112<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,28<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4733/1843/1386<br />

Distância entre eixos (mm) 2824<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1587/1568<br />

Capacidade do depósito (l) 40<br />

Capacidade da mala (l) 480<br />

Peso (kg) 1595<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 8,39<br />

Jantes de série<br />

8 1/2Jx18”<br />

Pneus de série 245/40R18<br />

Pneus teste Michelin Pilot Sport 4<br />

245/40ZR18 93Y<br />

Mecânica<br />

Pintura<br />

Anticorrosão<br />

GARANTIAS<br />

ASSISTÊNCIA<br />

4 anos ou 80.000 km<br />

3 anos<br />

12 anos<br />

1.ª revisão 2 anos ou 30.000 km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €383<br />

Intervalos<br />

2 anos ou 30.000 km<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €192,99<br />

Preço (s/ despesas) €53.650<br />

Unidade testada €57.975<br />

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MUNDO AUTOMÓVEL<br />

NOTÍCIAS<br />

Porsche 718 GTS:<br />

Boxster e Cayman com 365 cv<br />

A Porsche expandiu a gama dos modelos 718 Boxster e Cayman com<br />

as novas versões GTS. A potência de ambos foi aumentada para 365<br />

cv graças a aplicação de uma nova conduta de admissão e de um<br />

turbo otimizado para o motor Boxer de 2,5 litros, com quatro cilindros.<br />

Equipado com motor central, que pode trazer acoplada caixa<br />

manual de seis velocidades ou, em opção, transmissão automática<br />

de dupla embraiagem (PDK), os novos GTS contam, de série, com<br />

Pacote Sport Chrono, Porsche Torque Vecoting (PTV) com diferencial<br />

autoblocante mecânico e Porsche Active Suspension Management<br />

(PASM), que diminui a altura da carroçaria ao solo em 10 mm. Quando<br />

combinados com caixa PDK e pacote Sport Chrono, os novos 718<br />

GTS cumprem o arranque dos 0 aos 100 km/h em 4,1 segundos,<br />

anunciando uma velocidade máxima de 290 km/h. Visualmente,<br />

diferenciam-se pelas jantes de 20” em preto brilhante, spoiler dianteiro<br />

SportDesign, faróis bi-Xénon com pormenores escurecidos,<br />

saí<strong>das</strong> de escape desportivas e logótipos específicos. Com chegada<br />

prevista a Portugal para meados do próximo mês de dezembro, os<br />

novos 718 GTS estão disponíveis a partir de €98.341 (Boxster) e de<br />

€100.432 (Cayman). ✱<br />

Mercedes-Benz junta-se à Liga da Justiça<br />

No próximo dia 16 de novembro, chegará às salas de cinema portuguesas um dos<br />

mais aguardados filmes de super-heróis da Warner Bros. Pictures. A Mercedes-Benz<br />

irá juntar-se à Liga da Justiça, juntamente com Batman, Wonder Woman, Aquaman,<br />

Cyborg e The Flash, na corrida para salvar o planeta de uma invasão alienígena. A<br />

acompanhar os icónicos super-heróis, estarão três modelos da marca alemã: Classe E<br />

Cabriolet, AMG Vision Gran Turismo e Classe G 4x4². A Mercedes-Benz lançará vários<br />

teasers pouco antes do lançamento do filme, além de comunicação nas redes sociais<br />

e de seis exclusivas histórias de banda desenhada digital nos canais do Instagram.<br />

O anúncio de TV, “Hard To Resist”, foi lançado no passado dia 6 de outubro nos EUA,<br />

Europa e China. A primeira banda desenhada digital será lançada a 20 de outubro no<br />

Instagram, seguida do lançamento de to<strong>das</strong> as restantes histórias num curto espaço de<br />

tempo. Previsto para ser lançado em 3D e 2D, nas salas de cinema seleciona<strong>das</strong> e em<br />

IMAX, a partir de 16 de novembro em Portugal, o filme Liga da Justiça será distribuído<br />

pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment. ✱<br />

Range Rover Sport P400e<br />

disponível desde €92.018<br />

A tecnologia transformou o novo Range Rover Sport, que passou<br />

a contar com uma versão híbrida plug-in (motor elétrico+motor a<br />

gasolina), disponibilizando incomparáveis níveis de eficiência, capacidade<br />

e performance. A nova variante P400e, que anuncia uma<br />

potência combinada de 404 cv, consiste no primeiro modelo híbrido<br />

plug-in da Land Rover. Equipado com sistema de tração integral,<br />

este autêntico compêndio de tecnologia atinge uma velocidade<br />

máxima de 220 km/h e cumpre o arranque dos 0 aos 100 km/h em<br />

6,7 segundos. As emissões de CO2 são de apenas 64 g/km em ciclo<br />

combinado e a autonomia anunciada é de 51 km em modo 100%<br />

elétrico. A bateria de iões de Lítio de alta tensão, a caixa automática<br />

ZF de oito velocidades, os faróis com tecnologia LED Pixel Laser e a<br />

panóplia de sistemas de ajuda à condução, são outros ex-líbris do<br />

novo Range Rover Sport P400e, que chegará ao mercado português<br />

no início de 2018 com preços a partir de €92.018.✱<br />

Opel Insignia GSi<br />

destaca-se em Nürburgring<br />

A Opel define o novo Insignia GSi como um instrumento de precisão. 10 milímetros<br />

mais baixo face a um Insignia “normal”, este desportivo alemão pesa menos cerca<br />

de 160 kg por comparação com o Insignia OPC da anterior geração. Disponível nas<br />

variantes Grand Sport (berlina) e Sports Tourer (carrinha), o novo Insignia GSi dispõe<br />

de um sistema inteligente de tração integral com vetorização de binário, capaz de<br />

dosear com grande precisão a potência que é entregue a cada roda. Equipado com<br />

jantes de 20”, monta<strong>das</strong> em pneus Michelin Pilot Sport 4 S, travões Brembo, direção<br />

direta, amortecedores especiais com controlo eletrónico e caixa automática de oito<br />

velocidades com patilhas no volante, este modelo foi 12 segundos mais rápido no<br />

circuito de Nürburgring face ao anterior Insignia OPC. São dois os motores à escolha<br />

no novo Insignia GSi: 2.0 Turbo a gasolina de 260 cv; 2.0 Diesel bi-turbo de 210 cv. ✱<br />

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APRESENTAÇÃO<br />

91<br />

Seat Arona<br />

A última tentação<br />

› O Arona é a última aposta da Seat no tentador segmento dos SUV compactos. Um mercado<br />

que multiplicou quatro vezes nos últimos dois anos. Já está disponível em Portugal a partir<br />

dos €17.805 da versão 1.0 TSI de 95 cv<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

“febre” dos fabricantes pelos SUV<br />

compactos continua alta e com<br />

tendência para crescer. O novo<br />

Seat Arona, que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

foi conhecer a Barcelona, é a mais recente<br />

proposta neste segmento. Uma<br />

nova aposta da marca espanhola que,<br />

de resto, poderá ser facilmente explicada<br />

pelos números: desde 2015, o segmento<br />

dos SUV compactos multiplicou-se por<br />

quatro. Como resistir à tentação de<br />

continuar a investir nesta categoria de<br />

modelos polivalentes com um visual de<br />

aventureiro crossover?<br />

O Seat Arona tem como apelido, mais<br />

uma vez, o nome de um município espanhol,<br />

situado na província de Santa Cruz<br />

de Tenerife, comunidade autónoma <strong>das</strong><br />

Canárias. E promete manter a marca nos<br />

trilhos de sucesso que tem granjeado. A<br />

fórmula? Manter o equilíbrio entre os objetivos<br />

com que se apresenta no mercado<br />

e as suas próprias características. Depois<br />

do Ateca, o Arona. E a marca espanhola<br />

já fez saber que lançará um terceiro SUV,<br />

cujo nome será Alboran, Aranda, Avila<br />

ou Tarraco.<br />

■ PLATAFORMA MQB<br />

O novo Arona é o segundo modelo da<br />

Seat a recorrer à plataforma MQB do Grupo<br />

VW, seguindo o exemplo do Ibiza, que a<br />

estreou. Trata-se de um modelo com medi<strong>das</strong><br />

compactas: 1.780 mm de largura,<br />

1.543 de altura e com uma altura ao solo<br />

de 190 mm, que “casam” muito bem com a<br />

sua natureza de crossover. A apresentação<br />

foi estática, ou seja, ainda não houve lugar<br />

aos primeiros contactos dinâmicos com<br />

o Arona. Mas podemos afirmar que, em<br />

termos estéticos, é um modelo que causa<br />

forte impacto visual logo ao primeiro<br />

olhar. Muito graças à grelha expressiva<br />

e aos faróis triangulares, de LED, que o<br />

distinguem logo dos demais. As barras de<br />

tejadilho, de resto, remetem o imaginário<br />

para o universo dos todo-o-terreno. E para<br />

os adeptos da personalização, que não<br />

gostam que o seu automóvel seja igual a<br />

nenhum outro, a Seat disponibiliza nada<br />

mais nada menos do que 68 combinações<br />

de cores possíveis.<br />

O habitáculo é espaçoso e poderá,<br />

também ele, ser adaptado aos gostos<br />

individuais, dispondo <strong>das</strong> mais recentes<br />

novidades em matéria de tecnologia de segurança,<br />

de conforto e de conectividade.<br />

São muitos os sistemas de assistência<br />

à condução: front assist, função hill hold,<br />

detetor de fadiga, sensores de chuva e<br />

luz, travagem multi-colisão, alerta de<br />

trânsito na traseira, cruise control adaptativo<br />

(ACC) com função stop&go, aviso<br />

de ângulo morto e park assist, sistema<br />

que atua tanto numa manobra de estacionamento<br />

paralela como longitudinal.<br />

Seat Arona 1.0 TSI<br />

MOTOR<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 95/5000-5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 175/2000-3500<br />

Velocidade máxima (km/h) 173<br />

0-100 km/h (s) 11,6<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,9<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 112<br />

Preço desde €17.805*<br />

IUC €92,05<br />

*Nível de equipamento Reference<br />

Quanto à conectividade, sublinhe-se a<br />

inclusão dos sistemas Apple Car Play,<br />

Android Auto, MirrorLink e Seat DriveApp.<br />

■ PRIMEIRO, A GASOLINA<br />

No mercado português, a estratégia comercial<br />

da Seat costuma centrar-se, numa<br />

primeira fase, nos motores a gasolina.<br />

Com o Arona, a tradição mantém-se: estarão<br />

à venda já em novembro. A versão de<br />

acesso, equipada com o motor 1.0 TSI de<br />

95 cv (nível de equipamento Reference)<br />

custará €17.805, sendo que a variante de<br />

115 cv do mesmo motor eleva o preço<br />

para €20.420 (apenas disponível no nível<br />

Style). Em ambos os casos, a opção pela<br />

caixa de velocidades automática (DSG)<br />

implicará um investimento adicional de<br />

€1.400. Existe ainda uma versão mais potente,<br />

que recorre ao motor 1.5 TSI de 150<br />

cv, mas esta estará apenas disponível no<br />

nível Evo FR (€26.045).<br />

Os interessados nas versões Diesel do<br />

Seat Arona terão de ter um pouco mais<br />

de paciência e aguardar até final deste<br />

ano. Os preços permanecem uma incógnita,<br />

mas pode adiantar-se, desde já, que,<br />

neste capítulo, a gama será composta<br />

por dois níveis de potência (95 e 115 cv),<br />

extraídos do motor 1.6 TDI. ✱<br />

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92<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

EM ESTRADA<br />

Novos modelos lançados no mercado<br />

Por: Jorge Flores<br />

Audi Q5 2.0 TDI quattro S tronic<br />

Presença forte<br />

Honda Civic 1.5i-VTEC Turbo<br />

Ícone samurai<br />

Hyundai Santa Fe 2.2 CRDi 4x2<br />

Mercado da fé<br />

Mazda6 Wagon 2.2 Skyactiv-D<br />

Familiar elegante<br />

O Q5 dispensa grandes apresentações<br />

no mercado. De porte altivo e de personalidade<br />

forte, pode dizer-se que o SUV<br />

da Audi encontra no motor 2.0 TDI, associado<br />

à especificação Design, à tração<br />

quattro e à caixa S tronic, o casamento<br />

perfeito. Estamos perante um motor que<br />

não pede licença na estrada. Com 190 cv<br />

de potência e um impressionante binário<br />

máximo de 400 Nm, constante entre as<br />

1750 e as 3000 rpm, o Q5 move-se com<br />

uma leveza notável para um modelo que<br />

pesa 1770 kg.<br />

Segundo a marca alemã, a velocidade<br />

máxima é de 218 km/h e a aceleração dos<br />

0 aos 100 km/h é de apenas 7,9 segundos.<br />

Uma marca ao nível de propostas de<br />

outros segmentos de vocação bem mais<br />

desportiva. Os consumos são outros dos<br />

trunfos: 4,9 l/100 km em regime misto<br />

Se há algo que ninguém poderá apontar<br />

aos engenheiros da Honda, é de se<br />

conterem nas linhas da última geração<br />

do Civic, modelo emblemático <strong>das</strong> suas<br />

fileiras, há já 44 anos. Um dos ícones samurais<br />

do construtor nipónico. Nesta<br />

evolução, o Civic mantém-se fiel às<br />

suas tradições, mas procura, ao mesmo<br />

tempo, equilibrar o seu carácter assumidamente<br />

agressivo com uma silhueta<br />

Não se trata, propriamente, de uma<br />

aposta de fé, cega, mas quando uma<br />

marca, como a Hyundai, lança um SUV,<br />

como o Santa Fe 2.2 CRDi Premium 4x2,<br />

equipado com caixa automática de seis<br />

velocidades, por um preço que ascende<br />

aos €59.788, terá sempre de depositar<br />

alguma esperança no mercado. E tem<br />

sólidos argumentos para alimentar esta<br />

expectativa. Desde logo, porque o modelo<br />

tem virtudes inegáveis. Depois, e<br />

não menos importante, os SUV têm, hoje<br />

em dia, inúmeros devotos entre o público<br />

europeu. E Portugal não contraria esta<br />

tendência de forma alguma.<br />

Não são precisos muitos minutos para<br />

o motor 2.2 CRDi, escalado para dar alma<br />

ao Santa Fe, conquistar quem vai ao volante.<br />

Com 200 cv de potência às 3800<br />

O Mazda6 Wagon 2.2 Skyactiv-D 2.2 é<br />

uma proposta pensada e melhor concebida<br />

para as famílias que não dispensam<br />

uma boa dose de elegância, conforto e<br />

espaço, predicados esses temperados<br />

com um motor competente e económico,<br />

bem como com uma generosa<br />

mão de tecnologia. Famílias essas, claro<br />

está, que dispensam os emblemas de<br />

marcas germânicas, que proliferam<br />

são apenas os valores oficiais. O Q5 não é<br />

um modelo propriamente acessível para<br />

to<strong>das</strong> as bolsas. É possível comprar um a<br />

partir de pouco mais de €50.000, mas esta<br />

versão em particular, custa €61.530. E, no<br />

caso desta unidade, é preciso despender<br />

€80.950, devido aos inúmeros extras.<br />

Entre eles, destaque para o Pacote City,<br />

o Audi Virtual Cockpit, o Audi Connect,<br />

a suspensão pneumática adaptável, as<br />

jantes de 19” com cinco raios, o Pacote<br />

MMI Navegação Plus e os bancos dianteiros<br />

desportivos, só para citarmos alguns.<br />

distinta. Mais longo (136 mm), mais largo<br />

(30 mm) e mais baixo (20 mm) do que<br />

o modelo da anterior geração, trata-se<br />

de um familiar compacto que impõe a<br />

sua presença. Visto do exterior, tanto à<br />

frente como atrás, as vistosas entra<strong>das</strong><br />

de ar marcam a sua personalidade. Mas<br />

também por dentro, o Civic goza de uma<br />

criteriosa seleção de materiais e por uma<br />

irrepreensível atenção aos detalhes.<br />

A unidade ensaiada dispunha do motor<br />

a gasolina 1.5i-VTEC Turbo com 182 cv<br />

de potência, que trazia acoplada uma<br />

caixa automática de variação contínua.<br />

Uma proposta que cumpre os requisitos<br />

da adrenalina e que chega a mostrar<br />

apetite de asfalto, ainda que tal obrigue<br />

a “beber” um pouco acima dos consumos<br />

médios anunciados pela marca: 5,8<br />

l/100 km. Com o nível de equipamento<br />

Prestige, o mais elitista da gama, onde<br />

nada de essencial falta, custa €36.010. Um<br />

preço que, não sendo deveras apelativo,<br />

é certo, aceita-se face a tudo aquilo que<br />

é proposto (a começar pelo desempenho<br />

dinâmico).<br />

rpm, sempre disponíveis em manobras<br />

de aceleração e de recuperação, este SUV<br />

oferece um binário máximo de 440 Nm,<br />

constante entre as 1750 e as 2750 Nm,<br />

alcançando uma velocidade máxima na<br />

ordem dos 203 km/h. Menos aprazíveis,<br />

são os consumos de gasóleo. Segundo<br />

valores da marca, em regime combinado,<br />

o Santa Fe gasta 6,6 l/100 km, mas, durante<br />

os dias de convívio com o <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, os números foram muito<br />

superiores aos apresentados oficialmente.<br />

A dinâmica deste SUV ressente-<br />

-se do elevado porte da carroçaria e do<br />

setting pouco firme da suspensão.<br />

neste segmento premium e se deixam<br />

seduzir por um modelo nipónico. Esta<br />

nova geração surge mais requintada<br />

do que nunca na sua história. Exemplos<br />

não faltam: detalhes bem pensados;<br />

equipamento completo; espaço<br />

à descrição. O posto de condução é outros<br />

dos argumentos de peso. Quanto<br />

ao motor Diesel Skyactiv-D 2.2, é um velho<br />

conhecido que regressa ao serviço<br />

da Mazda nesta variante carrinha. Um<br />

bloco de competências comprova<strong>das</strong>,<br />

sobretudo, neste patamar com 175 cv<br />

de potência 420 Nm de binário às 2000<br />

rpm, que “queima” 4,5 l/100 km em regime<br />

combinado.<br />

Graças aos trabalhos de otimização da<br />

marca, o motor mostra-se isento de ruídos<br />

parasitas e de vibrações de qualquer<br />

espécie. O novo Mazda6 Wagon conhece<br />

outros patamares em matéria de segurança:<br />

nova câmara de monitorização<br />

dianteira e dispositivos ativos, como a<br />

travagem automática, são disso o melhor<br />

exemplo.<br />

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1968<br />

Potência máxima (cv/rpm) 190/3800-4200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 218<br />

0-100 km/h (s) 7,9<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,9<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 129<br />

Preço €61.530<br />

IUC €222,16<br />

MOTOR<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1498<br />

Potência máxima (cv/rpm) 182/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 240/2250<br />

Velocidade máxima (km/h) 220<br />

0-100 km/h (s) 8,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,8<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 139<br />

Preço €36.010<br />

IUC €154,98<br />

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2199<br />

Potência máxima (cv/rpm) 200/3800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 440/1750-2750<br />

Velocidade máxima (km/h) 203<br />

0-100 km/h (s) n.d..<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,6<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 174<br />

Preço €59.788<br />

IUC €222,16<br />

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2191<br />

Potência máxima (cv/rpm) 175/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 420/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 223<br />

0-100 km/h (s) 7,9<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,5<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 119<br />

Preço €51.412<br />

IUC €192,99<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

88-94_Mundo_AutomóvelREV.indd 92 24/10/17 21:16


USO PROFISSIONAL<br />

93<br />

MAN reforça gama para 2018<br />

Oferta completa<br />

› Não é com um modelo inédito, mas a verdade é que a MAN passa a ter uma gama completíssima.<br />

Agora, dispõe de veículos entre as três e as 44 tonela<strong>das</strong>, sendo que, na base, surge um TGE de enorme<br />

versatilidade, repleto de versões, de equipamentos de segurança e com quatro motores diferentes. Mas<br />

também há novidades nas gamas mais pesa<strong>das</strong><br />

Por: José Silva<br />

O<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi tentar perceber<br />

o que irá distinguir o novo<br />

MAN TGE, o primeiro furgão da<br />

marca especializada em veículos comerciais<br />

pesados, dos outros que se vendem<br />

no mercado. Para começar, o TGE é uma<br />

reinterpretação do Volkswagen Crafter.<br />

Por mais indelicada e ingrata que a frase<br />

pareça, é a mais pura <strong>das</strong> verdades. Ainda<br />

assim, a MAN desenvolve a gama a seu<br />

bel-prazer. O programa TGE começa nas<br />

três tonela<strong>das</strong> e chega às 5,5, sendo proposta<br />

em múltiplas variantes, desde furgões<br />

fechados ao de passageiros com<br />

vidros. Existirão versões de cabina simples<br />

e dupla. O TGE dá a possibilidade de escolher<br />

entre duas distâncias entre eixos,<br />

três alturas de teto e três comprimentos.<br />

Para a locomoção, as opções não podiam<br />

ser melhores. O bloco 2.0 TDI, único na<br />

gama e de proveniência Volkswagen, pode<br />

ter quatro variantes de potência: 102, 122,<br />

140 e 177 cv. Dependendo do peso bruto,<br />

é possível optar por tração dianteira, traseira<br />

ou integral, que podem ser combina<strong>das</strong><br />

com uma caixa manual de seis<br />

velocidades ou automática de oito relações.<br />

No capítulo segurança, o TGE conta,<br />

de série, com sistema de travagem de<br />

emergência (EBA) e aviso de colisão frontal,<br />

permitindo este reduzir a distância<br />

para o veículo que circula à frente. No<br />

habitáculo (ou na cabina), encontramos<br />

um ambiente de trabalho confortável e<br />

Motor D08 recebeu diversas alterações<br />

MENORES CONSUMOS, INTERVALOS ALARGADOS<br />

Para as gamas TGL e TGM, a MAN preparou um novo motor. Disponível em quatro<br />

e seis cilindros, distingue-se por incluir um sistema de pós-tratamento de gases<br />

de escape (SCR). Em combinação com vários componentes melhorados, o D08<br />

passa a poder ser utilizado em mais aplicações, com um consumo de combustível<br />

mais reduzido. Em função do nível de potência, o peso do motor pode baixar<br />

até 103 kg, o que tem um reflexo positivo na capacidade de carga. A fiabilidade<br />

e a durabilidade ficam a ganhar com a construção menos complexa. Todos os<br />

novos motores D08 podem funcionar com parafina, óleos vegetais hidrogenados<br />

e biodiesel sintético. Mais-valia são, também, os intervalos de assistência, que<br />

passam de 60 para 80 mil km no caso de serem utilizados óleos autorizados pelo<br />

fabricante. A mudança do filtro de partículas ocorre a cada 450 mil km. Ainda<br />

nos TGL e TGM, os interiores <strong>das</strong> cabinas foram melhorados e estão, agora, mais<br />

ergonómicos. Já as caixas de velocidade TipMatic, produzi<strong>das</strong> pela ZF, foram<br />

melhora<strong>das</strong> de forma a poderem “casar” na perfeição com este renovado motor.<br />

Novas relações de caixa e suavidade nas passagens são os trunfos.<br />

D0834<br />

D0836<br />

4 em linha<br />

6 em linha<br />

160 cv às 2300 rpm<br />

190 cv às 2300 rpm<br />

220 cv às 2300 rpm<br />

250 cv às 2200 rpm<br />

290 cv às 2200 rpm<br />

320 cv às 2200 rpm<br />

ergonómico. Os espaços de arrumação<br />

são generosos e o banco do condutor está<br />

disponível em quatro versões.<br />

■ PRIMEIRAS (BOAS) IMPRESSÕES<br />

No primeiro contacto dinâmico com<br />

várias versões do TGE, aquela que mais<br />

convenceu foi a de 180 cv. Todavia, o<br />

motor de 140 cv pareceu ser uma boa<br />

opção. Na versão furgão, a mais elevada<br />

de to<strong>das</strong>, foi notória a maior sensibilidade<br />

aos ventos laterais, que fizeram o furgão<br />

“deambular”. Apesar disso, a resposta do<br />

motor, com 410 Nm, acabou por ser mais<br />

do que suficiente para criar uma desenvoltura<br />

de movimentos digna de registo.<br />

O percurso seguinte deu para “sentir”<br />

o motor de 140 cv, associado a tração<br />

traseira. O ruído da transmissão invade<br />

o habitáculo, é certo, mas nada que interfira<br />

com o conforto a bordo. Destaque<br />

para a facilidade de condução e para o<br />

conforto evidenciado por cada uma <strong>das</strong><br />

cabinas, dependendo do nível de equipamento,<br />

sempre muito espaçosa e<br />

versátil. Em Portugal, o MAN TGE já está<br />

disponível. Com todos os tipos de cabina<br />

e as mais varia<strong>das</strong> soluções. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2017<br />

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94<br />

MUNDO AUTOMÓVEL<br />

PESOS-PESADOS<br />

Daimler Trucks em celebração<br />

na América do Norte<br />

A Daimler Trucks North America (DTNA) está em dupla celebração, pois<br />

duas <strong>das</strong> suas marcas fazem anos. A Freightliner comemora 75 anos,<br />

efeméride que coincide com a apresentação de uma nova geração do<br />

Cascadia, enquanto a Western Star alcança meio século de existência.<br />

Nestes anos, a soma de camiões produzidos por ambas as empresas<br />

chega às 32 milhões de unidades. No período que já passou deste ano,<br />

a DTNA vendeu, na América do Norte, um total de 42.300 camiões <strong>das</strong><br />

classes 6 e 8, o que pressupõe uma quota de mercado de 40,2%. ✱<br />

DAF tem novos motores na gama LF<br />

Schmitz Cargobull<br />

apresentou gama Executive<br />

A Schmitz Cargobull iniciou a comercialização dos novos pacotes de<br />

serviços Executive e Executive Plus para as suas plataformas frigoríficas<br />

S.KO Cool. O “pack” Executive inclui semirreboque com equipamento de<br />

frio Schmitz Cargobull, manutenção, unidade telemática TrailerConnect<br />

e serviço 24 horas. No caso da extensão Plus, soma ao anterior pneus,<br />

telemática com sensores integrais e tops traseiros de proteção. Financiamento<br />

e seguro são opcionais em ambos os casos. Com um investimento<br />

de um milhão de euros, a Schmitz Cargobull começou, em setembro, a<br />

produzir semirreboques frigoríficos na sua fábrica de Figueruelas (Saragoça),<br />

que vai criar 60 novos postos de trabalho. ✱<br />

A gama LF representa a oferta da DAF no segmento dos camiões ligeiros de 7,5 a<br />

19 tonela<strong>das</strong>. É precisamente nesta categoria que o fabricante holandês acaba de<br />

incorporar várias novidades. A mais importante é um novo motor Paccar PX-4 de 3,8<br />

litros com quatro cilindros, que disponibiliza potências de 156 e 172 cv. Este motor<br />

vai marcar presença nos LF City de 7.500 kg. Para maiores tonelagens, a DAF conta<br />

com os motores PX-5 (184 e 213 cv) e PX-7 (234 e 325 cv) que foram otimizados no<br />

final do ano passado com a incorporação de um novo software e de um renovado<br />

sistema de gestão de calor e de ar, o que permitiu, em conjunto com novas relações<br />

do eixo traseiro, incrementar prestações e reduzir consumos. Entre as novidades<br />

que incluem, agora, os LF Pure Tech, está a possibilidade de serem monta<strong>das</strong> caixas<br />

automáticas Allison para as versões de 18 e 19 tonela<strong>das</strong> e mais opções de<br />

distância entre eixos, depósitos de combustível de até 1.240 litros, entre outras.<br />

De acordo com a estratégia de Transport Efficiency, os novos LF incluem melhorias<br />

para que os carroçadores possam realizar o seu trabalho de forma simples, dado<br />

que existem preparações específicas para cisternas e básculas. ✱<br />

Mega-camiões já podem<br />

circular em Portugal<br />

A circulação de veículos com uma configuração euro-modular (também conhecidos<br />

como mega-camiões) já está autorizada nas estra<strong>das</strong> nacionais, com a entrada em<br />

vigor do Decreto-Lei n.° 132/2017 no dia 12 de outubro. Entre os principais argumentos<br />

em cima da mesa para a aprovação desta medida, encontram-se o desejo de<br />

potenciar a competitividade do setor (alguns países da União Europeia já permitem<br />

a circulação deste tipo de viaturas), bem como a cada vez mais recorrente utilização<br />

de contentores de maiores dimensões. Outro dos argumentos, prende-se com a<br />

necessidade de reduzir as emissões poluentes, decorrentes da circulação automóvel,<br />

através da utilização de viaturas que tenham uma capacidade de armazenagem<br />

superior, inibindo, assim, a realização de mais viagens. Os mega-camiões podem<br />

atingir 25,25 metros de comprimento. ✱<br />

Novembro I 2017<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

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Novembro I 2017<br />

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