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Transtorno<br />

obsessivo<br />

compulsivo<br />

O que é o transtorno obsessivo-compulsivo?<br />

“O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um<br />

quadro psiquiátrico caracterizado pela presença de<br />

obsessões e compulsões. Sua prevalência é de<br />

aproximadamente 2% a 3% na população geral. Os<br />

fatores genéticos estão provavelmente implicados na<br />

etiologia do transtorno” (GONZALEZ, 1999).<br />

O transtorno obsessivo compulsivo é caracterizado<br />

por pensamentos compulsivos que aparecem<br />

aleatoriamente e incomodam seus portadores,<br />

fazendo-os cometer atos irracionais repetidamente. “O<br />

transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado<br />

pela presença de obsessões e compulsões. Obsessões<br />

são idéias, pensamentos, imagens ou impulsos<br />

repetitivos e persistentes que são vivenciados como<br />

intrusivos e provocam ansiedade. Não são apenas<br />

preocupações excessivas em relação a problemas<br />

cotidianos. A pessoa tenta ignorá-los, suprimi-los ou<br />

neutralizá-los através de um outro pensamento ou<br />

ação. Compulsões são comportamentos repetitivos ou<br />

atos mentais que visam reduzir a ansiedade e afastar as<br />

obsessões. Esses rituais freqüentemente são percebidos<br />

como algo sem sentido e o indivíduo reconhece que seu<br />

comportamento é irracional” (GONZALEZ, 1999).<br />

Em geral, os atos compulsivos realizados pelos<br />

portadores do transtorno são realizados para suprir a<br />

ansiedade causada pela obsessão. As obsessões se<br />

distinguem conforme o paciente.<br />

Para ser diagnosticado com o transtorno, o paciente<br />

precisa cometer esses atos no mínimo uma hora por<br />

dia. O tempo desperdiçado com essas práticas é a<br />

principal queixa dos portadores. “Uma questão<br />

importante para a avaliação de crianças com TOC é a<br />

semelhança entre os sintomas obsessivo-compulsivos<br />

(SOC) e os comportamentos repetitivos característicos<br />

de algumas fases do desenvolvimento, tais como os<br />

rituais e as superstições. Dos dois aos quatro anos de<br />

idade, as crianças apresentam intensificação dos<br />

comportamentos repetitivos. Os rituais mais comuns<br />

nesta fase pré-escolar acontecem, principalmente, nos<br />

horários de dormir, de comer e de tomar banho. Por<br />

exemplo, uma história precisa ser contada da mesma<br />

forma várias vezes, os alimentos precisam ser<br />

organizados no prato de acordo com regras<br />

pré-estabelecidas, só tomam banho se estiverem com<br />

um brinquedo específico.<br />

A partir dos seis anos, os rituais se manifestam mais<br />

em brincadeiras grupais. Os jogos passam a ter regras<br />

rígidas e iniciam-se as coleções dos mais variados<br />

objetos. Outros exemplos de comportamentos<br />

ritualísticos normais são as superstições. Encontradas<br />

em todas as faixas etárias, parece haver uma mudança<br />

qualitativa com a idade” (ROSARIO-CAMPOS;<br />

MERCADANTE, 2000) . Portanto, é imprescindível que a<br />

faixa etária seja levada em consideração no diagnóstico<br />

da doença, assim como os graus de interferência que as<br />

ações possuem no seu cotidiano.<br />

“Para se fazer um diagnóstico de TOC é necessário que<br />

o nível da sintomatologia interfira no funcionamento<br />

social, interpessoal, ocupacional ou acadêmico do<br />

indivíduo e que os sintomas ocupem mais de uma hora<br />

por dia. A prevalência do TOC ao longo da vida na<br />

população geral varia de 2% a 3%3,4 e a prevalência<br />

anual é de 1,5%. Os sintomas têm início na infância ou<br />

na adolescência em um terço a metade dos casos. A<br />

distribuição entre os sexos é semelhante, sendo<br />

discretamente maior entre as mulheres” (GONZALEZ,<br />

1999).<br />

“Ainda não existe um consenso sobre como<br />

determinar a idade de início do TOC. A maioria dos<br />

estudos considera o surgimento dos sintomas como a<br />

idade de início do transtorno. Outros consideram o<br />

início do incômodo causado pelos sintomas ou a<br />

primeira vez em que o paciente procurou ajuda<br />

profissional como a idade de início” (ROSARIO-CAMPOS;<br />

MERCADANTE, 2000).<br />

GONZALEZ, Christina Hajaj. Transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 21, supl. 2, p. 31-34, Oct. 1999 . Available from <<br />

http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600009&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Nov. 2017.<br />

http//dx.doi.org/10.1590/S1516-44461999000600009.<br />

ROSARIO-CAMPOS, Maria Conceição do; MERCADANTE, Marcos T. Transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, supl. 2, p. 16-19, Dec. 2000 . Available from<br />

< http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600005&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Nov. 2017. http//dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600005.

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