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GAZETA DIARIO 459

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08 Política Foz do Iguaçu, sexta-feira, 15 de dezembro de 2017<br />

Fábio Campana<br />

A indefinição da maioria<br />

Ora, pois, os candidatos se mexem, percorrem os municípios,<br />

pedem apoios e o eleitorado continua na dele. Há 10 meses das eleições,<br />

a disputa no Paraná está aberta. Vejam só: dos eleitores entrevistados<br />

pelo IRG, 65,24% não sabem em que vão votar para governador<br />

e 24,15% afirmaram que não votam em nenhum candidato na disputa<br />

do Palácio do Iguaçu. Os números para o Senado são maiores: 69,31%<br />

não sabem em que votar e outros 18,78% afirmaram que não votarão<br />

em nenhum candidato ao Senado.<br />

Os números são menores para eleição presidencial: 49,12% não<br />

sabem em quem votar e 16,05% não votariam em qualquer candidato<br />

a presidente. "Os eleitores estão mais antenados com os escândalos<br />

na política do que para quem vão votar nas eleições de outubro. Em<br />

eleições anteriores, estes números não eram tão altos assim. Isto é um<br />

reflexo da atual conjuntura, o que dará mais trabalho aos candidatos<br />

convencer os eleitores", explica o deputado federal João Arruda, do<br />

PMDB.<br />

De olho no Osmar<br />

Os observadores palacianos acompanham a transmutação do<br />

candidato Osmar Dias, do PDT, que afastou-se de vez das plumas do<br />

tucanato e afina o discurso contra Beto Richa. Nesta nova postura,<br />

Osmar passa a fazer coro com Requião, o adversário direto de Richa<br />

ao senado.<br />

Identidade nova<br />

Osmar ganha identidade nova. Passa à condição de único candidato<br />

de oposição ao atual governo. Tanto Cida Borghetti quanto Ratinho<br />

Jr, seus principais adversários, são governistas. Na oposição ao atual<br />

governo, Osmar atrai o que restou da esquerda nativa.<br />

"Dia da Revolta"<br />

O PT quer transformar Curitiba em praça conflagrada. Mesmo<br />

condenado na Lava Jato, José Dirceu conclamou militantes petistas<br />

para o "dia da revolta", 24 de janeiro. Nesta data, o Tribunal Federal<br />

Regional da 4ª Região julgará o ex-presidente Lula no caso do tríplex do<br />

Guarujá, um apartamento que Lula teria recebido como propina.<br />

Mais ação<br />

Dirceu afirmou que "a hora é de ação, não de palavras", sugere<br />

que se transforme em energia "a fúria e revolta, a indignação e mesmo<br />

o ódio", e que sejam criados comitês em defesa de Lula, para, em suas<br />

palavras, "desmascarar e combater a fraude jurídica e o golpe político".<br />

Greca apoia Cida<br />

Rafael Greca já definiu quem apoiará na disputa do governo do<br />

Paraná no ano que vem. Nem Osmar Dias, nem Ratinho Jr. merecem<br />

a sua consideração. Ele vai apoiar Cida Borgheti e promete sair em<br />

campanha para elegê-la governadora O motivo é simples. Quando<br />

precisou de apoio, foi Cida quem o socorreu. "A Cida me apoiou na<br />

eleição de prefeito de Curitiba. Se ela concorrer ela merecerá a minha<br />

atenção como amigo e cidadão. Mas como prefeito. Vou manter a<br />

prefeitura na neutralidade", afirmou.<br />

Outros com outros<br />

O outro candidato governista à eleição de 2018, Ratinho Jr., apoiou<br />

Ney Leprevost. Os dois estão hoje no PSD e provavelmente farão<br />

parte da mesma chapa no ano que vem. Osmar Dias, terceiro nome<br />

importante da disputa de 2018, esteve ao lado de Gustavo Fruet, maior<br />

desafeto de Rafael Greca.<br />

Condenados<br />

A Justiça condenou 16 funcionários que eram ligados ao gabinete<br />

do deputado estadual Nelson Justus (DEM), à época em que ele era<br />

presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. Acusados de crimes<br />

de formação de quadrilha, peculato (desvio de recurso público), falsidade<br />

ideológica e lavagem de dinheiro, foram sentenciados a penas que,<br />

juntas, somam 195 anos de prisão.<br />

PREFEITURA APERTA O CERCO<br />

Lei aprovada eleva para R$ 3 mil<br />

as multas para táxis clandestinos<br />

Reclamações de serviços ilegais, incluindo aplicativos Uber e Garupa,<br />

levaram o prefeito a mudar lei para coibir irregularidades<br />

Elson Marques<br />

Freelancer<br />

Com a presença de<br />

vários taxistas na sessão<br />

de ontem (14), os vereadores<br />

aprovaram por unanimidade<br />

o projeto de lei<br />

do prefeito Chico Brasileiro<br />

(PSD) que endurece a<br />

legislação contra o exercício<br />

ilegal da atividade<br />

de táxi. A alteração eleva<br />

de R$ 150 para R$ 3.000<br />

a multa mínima para<br />

quem for flagrado pelo<br />

Foztrans transportando<br />

passageiros sem a devida<br />

concessão e licença legal.<br />

Em caso de reincidência,<br />

o valor da multa será<br />

em dobro. A medida atinge<br />

todas as formas de<br />

transporte clandestino de<br />

passageiros, inclusive os<br />

aplicativos como Uber e<br />

Garupa. Na mensagem, o<br />

prefeito afirmou que "o<br />

Foztrans tem recebido<br />

nos últimos meses diversas<br />

reclamações acerca da<br />

existência de veículos<br />

clandestinos utilizados<br />

no transporte irregular de<br />

passageiros, inclusive<br />

instruído com inúmeras<br />

fotos desses carros irregulares".<br />

Multa é de 40<br />

unidades fiscais<br />

O valor da multa, que<br />

era de duas unidades fiscais<br />

do município, passa<br />

a ser de 40 UFFIs. A justificativa<br />

está na gravidade<br />

da infração, "vez que é<br />

a vida e a segurança das<br />

Taxistas comemoraram aprovação da lei que coíbe<br />

clandestinidade no serviço de transporte<br />

pessoas que estão em risco".<br />

O Executivo observou<br />

ainda que os motoristas<br />

clandestinos não<br />

passam por rigoroso processo<br />

de análise documental,<br />

inclusive de certidões<br />

criminais, bem<br />

como não é realizada vistoria<br />

no veículo para<br />

atestar se está dentro<br />

dos padrões de segurança<br />

exigidos.<br />

Com multa e outras<br />

taxas da apreensão do<br />

veículo, o prejuízo para<br />

quem for pego na clandestinidade<br />

pode chegar<br />

a R$ 4 mil.<br />

Aumento da<br />

fiscalização<br />

O presidente da Coopertaxi,<br />

Nilton Rocha,<br />

afirmou que a atitude do<br />

prefeito é uma resposta<br />

ao transporte ilegal que<br />

vem ocorrendo pelo país,<br />

e em Foz não é diferente.<br />

"Há reclamações de usuários<br />

porque oferecem<br />

serviços baratos, mas<br />

tem consequências. Temos<br />

que buscar, sim, baratear<br />

o custo do transporte,<br />

seja no combustível,<br />

com uso de biometano<br />

em desenvolvimento<br />

na Itaipu, carro elétrico<br />

ou outras medidas, porém<br />

jamais admitir a<br />

clandestinidade", observou.<br />

O líder classista revelou<br />

que atualmente qualquer<br />

um baixa o aplicativo<br />

e sai transportando<br />

passageiros, sem nenhuma<br />

responsabilidade. "Já<br />

os taxistas passam por<br />

qualificação, cursos, rigorosos<br />

testes, exigências<br />

legais, a carteira de<br />

habilitação é específica<br />

para atividade remunerada<br />

e o veículo é vistoriado<br />

e tem que apresentar<br />

certificado do Foztrans",<br />

opinou.<br />

A multa inicial para<br />

os taxistas que não cumprem<br />

as regras é de R$<br />

700, enquanto para o<br />

transporte clandestino<br />

a multa era de apenas<br />

R$ 150. "A alegação de<br />

que precisam trabalhar<br />

e sobreviver não tem<br />

fundamento porque atualmente<br />

faltam profissionais<br />

para trabalhar<br />

com táxis, mas quem<br />

está irregular não quer<br />

é se qualificar para<br />

atender bem a população",<br />

alegou Nilton Rocha.<br />

Por fim, a Coopertaxi<br />

cobra mais fiscalização.<br />

"Aqui em Foz a gente<br />

pede mais fiscalização.<br />

É preciso ter a lei<br />

rigorosa e a fiscalização.<br />

Em Cascavel, onde a<br />

quantidade é de veículos<br />

de transporte de passageiro<br />

é bem menor, são<br />

30 fiscais. O Foztrans<br />

possui apenas 12 e tem<br />

todas essas complexidades<br />

com veículos paraguaios<br />

e argentinos",<br />

comentou o dirigente.

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