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Dezembro/2017 - Referência Florestal 192

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40<br />

NO AQUECIMENTO<br />

Políticas do clima<br />

engatinham<br />

56<br />

REFERÊNCIA<br />

DO ANO<br />

ENTREVISTA<br />

Conheça os vencedores de <strong>2017</strong><br />

José Moreira, pesquisador<br />

da Embrapa Florestas<br />

Everything is<br />

easier with Komatsu<br />

Equipment designed for maximum<br />

performance for clear-cutting and thinning<br />

Tudo é mais fácil<br />

com Komatsu<br />

Equipamentos projetados para<br />

máximo rendimento no<br />

corte raso e desbaste


SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES<br />

DA EDIÇÃO<br />

Agroceres ................................................................... 76<br />

Bayer ................................................................................ 05<br />

34<br />

Carrocerias Bachiega .............................................. 43<br />

Denis Cimaf ................................................................... 07<br />

Dinagro ........................................................................... 02<br />

Expoforest 2018 ......................................................... 23<br />

40<br />

Feinacoop ..................................................................... 27<br />

Fenasucro ..................................................................... 25<br />

Forest Corretora de Seguros ................................. 65<br />

56<br />

H Fort ................................................................................ 45<br />

Himev .............................................................................. 21<br />

J de Souza ........................................................................ 41<br />

Editorial<br />

Cartas<br />

Bastidores<br />

Coluna Ivan Tomaselli<br />

Notas<br />

Alta e Baixa<br />

Biomassa<br />

Frases<br />

Entrevista<br />

Principal<br />

Clima<br />

Evento<br />

Opinião<br />

Legislação<br />

Especial<br />

Artigo<br />

Agenda<br />

Espaço Aberto<br />

06<br />

08<br />

10<br />

12<br />

14<br />

22<br />

24<br />

26<br />

28<br />

34<br />

40<br />

44<br />

46<br />

52<br />

56<br />

64<br />

72<br />

74<br />

Komatsu Forest .......................................................... 33<br />

Liebherr Brasil ............................................................. 11<br />

Mill Indústrias .............................................................. 51<br />

Mill Indústrias .............................................................. 67<br />

Multidocker ................................................................. 17<br />

Potenza ........................................................................... 69<br />

Raptor <strong>Florestal</strong> .......................................................... 19<br />

Rotary - Ax ...................................................................... 55<br />

Rotobec .......................................................................... 13<br />

Timber Forest .............................................................. 09<br />

TMO ................................................................................. 75<br />

Ventura Máquinas .................................................... 71<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


ATENÇÃO<br />

Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio<br />

ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções<br />

contidas no rótulo, na bula e receita. Utilize sempre os<br />

equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização<br />

do produto por menores de idade.<br />

Leia e siga as instruções do rótulo. Consulte sempre<br />

um engenheiro agrônomo.<br />

Venda sob receituário agronômico.<br />

Para Mirex-S, um bom controle de formigas cortadeiras se faz<br />

com gerenciamento total das operações envolvidas em campo.<br />

Inicia-se no diagnóstico preciso, passa pelo acompanhamento<br />

das operações e finaliza nas análises e indicadores de resultado,<br />

considerando-se cada área como situações diferentes.<br />

Com uma equipe experiente em manejo tecnificado de<br />

cortadeiras, RESULT estabelece maior racionalidade operacional,<br />

otimiza recursos, realiza o treinamento das equipes e ainda<br />

monitora os resultados.<br />

Com RESULT, a reflorestadora sempre obtém a eficácia de controle<br />

esperada, com redução de custos e soluções de manejo mais<br />

eficientes.<br />

ESCOLHA TAMBÉM MIPIS EVOLUTION!<br />

Protetor e dosador específico das iscas<br />

formicidas MIREX-S , em papel impermeável.<br />

EDITORIAL<br />

Ano XIX - Edição n.º <strong>192</strong> - <strong>Dezembro</strong> <strong>2017</strong><br />

Year XIX - Edition n.º <strong>192</strong> - December <strong>2017</strong><br />

Quanto mais conhecimento,<br />

menos custo e mais controle<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XIX • N°<strong>192</strong> • <strong>Dezembro</strong> <strong>2017</strong><br />

NO AQUECIMENTO<br />

Políticas do clima 40<br />

engatinham<br />

Tudo é mais fácil<br />

com Komatsu<br />

Equipamentos projetados para<br />

máximo rendimento no<br />

corte raso e desbaste<br />

REFERÊNCIA<br />

DO ANO 56 ENTREVISTA<br />

José Moreira, pesquisador<br />

Conheça os vencedores de <strong>2017</strong> da Embrapa Florestas<br />

Everything is<br />

easier with Komatsu<br />

Equipment designed for maximum<br />

performance for clear-cutting and thinning<br />

A capa desta edição é ilustrada<br />

pelos novos modelos de<br />

harvester e forwarder da<br />

Komatsu Forest<br />

PRONTOS PARA AVANÇAR<br />

O ano está terminando com boas perspectivas. Foi um período para organizar a<br />

casa e consolidar estratégias para 2018, que promete ser marcado pela recuperação<br />

econômica consistente. Nesta edição de despedida de <strong>2017</strong>, o destaque são os equipamentos<br />

sob medida para desbaste mecanizado e para o trabalho em áreas inclinadas.<br />

São demandas que o mercado brasileiro passou a apresentar com a diminuição<br />

da oferta dos terrenos planos e a necessidade de ajuste no custo da operação. O mês<br />

de dezembro também é momento de reconhecer os 10 agraciados pelo PRÊMIO RE-<br />

FERÊNCIA. O evento, promovido pelo GRUPO JOTA, exalta iniciativas de destaque no<br />

decorrer de cada ano. Com estes exemplos é que desejamos um grande fim de ano e<br />

que 2018 seja muito mais ativo e próspero. Tenha uma excelente leitura.<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Colaboradores / Colaborators<br />

Fotógrafo: Marcos Mancinni<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

READY TO MOVE AHEAD<br />

The year is ending on a good note. It was a year to organize one’s house and consolidate<br />

strategies for 2018, in fact, a year which promises to be marked by economic recovery. This issue<br />

says good-bye to <strong>2017</strong>, by highlighting mechanized equipment custom made for thinning<br />

and working on sloped areas. These are the demands of the Brazilian market where the offer<br />

of flat land has been reduced and operating costs need to be adjusted. December is also the<br />

month to recognize the 10 recipients of the PRÊMIO REFERÊNCIA. The award event, sponsored<br />

by GRUPO JOTA, extols prominent initiatives over the course of each year. It is with these examples<br />

that we wish you a great new year and that 2018 is much more dynamic and prosperous.<br />

Pleasant reading.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.


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CARTAS<br />

PRÊMIO<br />

Quanto mais conhecimento,<br />

menos custo e mais controle<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

ECONOMIA<br />

Eucalipto puxa 40<br />

setor florestal<br />

King of<br />

log handling<br />

A model on tires<br />

is the news in Brazil<br />

PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA<br />

Conheça os vencedores54 ENTREVISTA<br />

Adriano Venturieri, da<br />

Embrapa Amazônia Oriental<br />

Rei do baldeio<br />

Modelo sobre pneus<br />

é a novidade no Brasil<br />

Capa da Edição 191 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de novembro de <strong>2017</strong><br />

Por Patrícia Cardoso Ribas – Pinhais (PR)<br />

Importante a iniciativa do Prêmio REFERÊNCIA. Excelente<br />

incentivo ao setor e principalmente aos premiados.<br />

Ano XIX • N°191 • Novembro <strong>2017</strong><br />

GIGANTE<br />

Por Antenor Dreyer Cordeiro – Indaiatuba (SP)<br />

Muito legal a máquina que está na capa da edição<br />

de outubro. Fico impressionado com o porte destes<br />

equipamentos.<br />

FORÇA<br />

Por Jorge Demeterco – Bento Gonçalves (RS)<br />

Parabéns a todo o pessoal da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

por levar informação para o setor florestal sobre esta<br />

atividade.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

AGORA VAI<br />

Por Jacir Hernandes Silva – Porto Alegre (RS)<br />

Fiquei mais otimista ao ler a reportagem sobre a retomada<br />

da economia e de iniciativas na nossa área. Agora é focar<br />

no trabalho e colher os frutos.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Jonathan Acréci de<br />

Lima – Belém (PA)<br />

Gostei da entrevista com<br />

o presidente da Embrapa<br />

Amazônia Oriental. É<br />

muito importante realizar<br />

projetos na região para incentivar a economia local e,<br />

consequentemente, a preservação da floresta nativa.<br />

Foto: Marcos Mancinni Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: divulgação<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista do<br />

Setor <strong>Florestal</strong> ou a respeito de reportagem<br />

produzida pelo veículo.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


3º CODORNADA TIMBER FOREST<br />

GUAÍBA-RS<br />

Na quinta-feira (30/11/<strong>2017</strong>), foi realizada a “3ª Codornada Timber Forest de<br />

Guaíba” com o intuito de estreitar relacionamentos com clientes e potenciais<br />

clientes do Rio Grande do Sul, conversar sobre momento do mercado florestal,<br />

rever os amigos do setor e saborear a famosa codorna recheada no rolete.<br />

O evento foi realizado no “Sindicato Rural de Guaíba” e contou com aproximadamente<br />

120 convidados, música gaúcha ao vivo, sorteio de prêmios e exposição<br />

de equipamentos e máquinas como, forwarder BuffaloKing 6W, o harvester Ergo<br />

8W, os cabeçotes Ponsse H6, H7, H7 Euca, H8 e o Log Max E6.<br />

A Timber Forest agradece a todos que compareceram e que fizeram deste<br />

evento um sucesso. Um feliz natal e um ano novo repleto de realizações!<br />

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Paraná: (41) 3317-1414 | Santa Catarina: (49) 3227-1414 | Rio Grande do Sul: (51) 3491-8191


BASTIDORES<br />

CHARGE<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

REVISTA<br />

COMEMORAÇÃO<br />

Final do ano é momento<br />

de receber os amigos e<br />

festejar as conquistas. Neste<br />

mês, realizamos o PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA. Outro motivo<br />

para jogar conversa fora e ficar<br />

próximos de pessoas das quais<br />

queremos bem.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Fábio Alexandre Machado,<br />

diretor comercial do GRUPO<br />

JOTA, José Domingues Mendes<br />

e Pedro Bartoski Jr, diretor<br />

executivo do GRUPO JOTA<br />

Equipe feminina<br />

do GRUPO JOTA<br />

Foto: Marcos Mancinni<br />

10<br />

www.referenciaflorestal.com.br


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COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

PLANTAÇÕES FLORESTAIS: UMA BASE<br />

SÓLIDA PARA O DESENVOLVIMENTO<br />

Dos incentivos aos plantios às crises econômicas, setor mantém crescimento<br />

e se adapta aos novos tempos<br />

N<br />

esta coluna já foram feitos comentários sobre a importância<br />

das plantações florestais para ganhar competitividade<br />

no mercado. O Brasil, com base nos incentivos<br />

fiscais criados em 1966, ampliou significativamente a área de<br />

plantações florestais. Os incentivos fiscais terminaram em 1986,<br />

e foram implantados cerca de seis milhões de ha (hectares) de<br />

plantações, principalmente de pinus e eucalipto. Estas plantações<br />

formaram uma base para o desenvolvimento de uma nova<br />

indústria florestal.<br />

É importante mencionar que, além dos recursos financeiros<br />

provenientes dos incentivos fiscais para implantar florestas, o<br />

programa florestal apoiou no desenvolvimento de conhecimentos.<br />

Diversas instituições foram criadas para geração de tecnologia<br />

e capacitação, estabelecendo uma estreita cooperação entre o<br />

setor público e privado.<br />

A figura mostra a evolução do consumo de madeira industrial<br />

a partir de 1986. Como pode ser observado o consumo de madeira<br />

nativa iniciou uma fase de declínio nos anos 1990, e uma nova<br />

indústria florestal, baseada em plantações, cresceu vertiginosamente.<br />

Mais de 98% da área florestal brasileira é representada<br />

por florestas nativas, no entanto, atualmente, aproximadamente<br />

90% da madeira industrial é proveniente de plantações florestais.<br />

Existem no Brasil, atualmente, quase 8 milhões de ha de florestas<br />

plantadas. A maior parte é baseada em pinus e eucalipto,<br />

mas também foram estabelecidos plantios com outras espécies,<br />

com a acácia, a teca e o paricá. Novas espécies, em especial de<br />

alto valor agregado, têm sido testadas com sucesso mais recentemente,<br />

entre elas estão o cedro australiano e o mogno africano.<br />

Como resultado das plantações florestais o Brasil é hoje o<br />

segundo maior produtor de celulose do mundo, tendo produzido,<br />

em 2016, quase 19 milhões de t (toneladas). O país é ainda<br />

o maior exportador mundial de celulose de fibra curta, tendo<br />

exportado, em 2016, US$ 5,6 bilhões. As plantações propiciaram<br />

ainda o desenvolvimento da indústria de produtos de madeira<br />

sólida (basicamente serrados, compensado, MDF, aglomerado<br />

e OSB), e evoluiu na agregação de valor (móveis, pisos, portas,<br />

molduras e outros produtos). A indústria florestal é diversificada,<br />

e gera aproximadamente 500 mil empregos.<br />

Além dos resultados econômicos e sociais positivos, as plantações<br />

florestais corroboraram para mitigar os impactos ambientais<br />

resultantes da exploração não sustentada das florestas nativas, e<br />

para recuperação de áreas degradadas.<br />

As diversas crises ocorridas nos últimos 20 anos foram limitantes<br />

ao desenvolvimento da economia nacional, no entanto o<br />

setor florestal foi alavancado principalmente pela competitividade<br />

resultante da alta produtividade dos plantios florestais. Foi a<br />

oferta de madeira a baixo custo que atraiu investimentos para a<br />

nova indústria florestal.<br />

É importante continuar os esforços para obter novos ganhos<br />

de produtividade florestal e buscar novas alternativas em termos<br />

de espécies para manter a competitividade da indústria florestal<br />

nacional. Isto exige investimentos e continuidade da cooperação<br />

entre o setor público e o setor privado para continuar o processo<br />

de desenvolvimento de expertise.<br />

EVOLUÇÃO DO CONSUMO NACIONAL DE MADEIRA INDUSTRIAL<br />

As diversas crises ocorridas nos últimos 20 anos foram limitantes ao desenvolvimento<br />

da economia nacional, no entanto o setor florestal foi alavancado principalmente pela<br />

competitividade resultante da alta produtividade dos plantios florestais<br />

12<br />

www.referenciaflorestal.com.br


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de aprimoramentos de quem está há mais de 40 anos no setor florestal<br />

mundial. Construídas com aços especiais de alta resistência mecânica e<br />

à abrasão, proporcionam uma grande abertura que abraça a pilha e com<br />

facilidade e rapidez, rolam as toras para dentro da garra no seu fechamento.<br />

Esta operação eficaz só é possível devido aos insuperáveis CILINDROS DA<br />

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NOTAS<br />

DIVERSIFICAÇÃO<br />

NA PRODUÇÃO<br />

A Aspex (Associação dos Produtores de Eucalipto do<br />

Sul e Extremo Sul da Bahia) promoveu no dia 7 de dezembro,<br />

o primeiro workshop Diversifica Aspex. O evento<br />

foi realizado na sede da Fazenda São Pedro, voltado a<br />

proprietários florestais da região que estão buscando conhecimento<br />

para diversificar os ganhos de suas propriedades.<br />

Esse primeiro encontro teve foco no manejo do<br />

eucalipto para serraria. "Atualmente, praticamente toda<br />

a produção de madeira da região é para celulose", explica<br />

o presidente executivo da Aspex, Gleyson Araújo. O engenheiro<br />

industrial madeireiro, Gabriel Marques, da Serf<br />

Engenharia, um dos palestrantes, falou sobre Tecnologias<br />

para Processamento de Madeira Sólida de Eucalipto.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

EMPRESA REALIZA EVENTOS<br />

NO URUGUAI<br />

A Unylaser realizou eventos técnicos<br />

para clientes de sua parceira Servipiezas, no<br />

Uruguai. As palestras ocorreram nos dias 25<br />

de outubro em Durazno, e dia 26 do mesmo<br />

mês em Fray Bentos. Os transportadores<br />

locais puderam entender todo o processo<br />

de desenvolvimento e fabricação da Linha<br />

<strong>Florestal</strong> Raptor, bem como ver in loco o<br />

mostruário em tamanho real dos fueiros.<br />

Foto: divulgação<br />

14<br />

www.referenciaflorestal.com.br


FLORESTA RECEBE<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

LEADERSHIP<br />

A Klabin foi reconhecida pelo CDP (Carbon Disclosure<br />

Project) na categoria Leadership em seus resultados anuais<br />

para floresta, ao alcançar a classificação A-, que ratifica<br />

as melhores práticas da companhia no desenvolvimento<br />

sustentável e manejo responsável de suas florestas. O<br />

CDP analisa e reconhece os esforços das empresas no<br />

mundo para gerir os impactos ambientais de suas atividades,<br />

e atribuiu nível de excelência ao resultado da Klabin,<br />

destacando as ações de gerenciamento de combate ao<br />

desmatamento e certificação das florestas, bem como da<br />

sua cadeia de fornecedores.<br />

Foto: Zig Koch<br />

INICIATIVA RECERTIFICA ÁREA NO<br />

MATO GROSSO DO SUL<br />

Após cinco anos do início de suas atividades, a Eldorado<br />

Brasil obteve a recertificação de suas florestas<br />

pelo FSC (Forest Stewardship Council) e certificação<br />

Cerflor. Para concluir o processo, a empresa passou por<br />

uma autoria conduzida pela SCS/SysFlor com duração de<br />

uma semana. A partir de agora, a empresa será submetida<br />

anualmente a avaliações de manutenção, quando<br />

serão verificados princípios exigidos pelo selo e se as<br />

recomendações feitas foram realizadas. Atualmente, a<br />

companhia tem aproximadamente 225,5 mil ha (hectares)<br />

de florestas certificadas no Mato Grosso do Sul.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

15


NOTAS<br />

PORTAL SOBRE DESMATAMENTO<br />

Imagem: divulgação<br />

Responsável pelo monitoramento<br />

oficial do desmatamento na Amazônia,<br />

o Inpe (Instituto Nacional de<br />

Pesquisas Espaciais) acaba de lançar<br />

um portal mais moderno e interativo<br />

dedicado exclusivamente ao assunto,<br />

o Terra Brasilis (www.terrabrasilis.<br />

info). Dados não faltam. Desde a década<br />

de 1980, o Instituto acompanha as<br />

mudanças no solo da Amazônia Legal.<br />

Segundo o instituto, foi construído um<br />

painel interativo de visualização dos<br />

dados, onde os usuários podem interagir<br />

com diversos gráficos que mostram<br />

os aspectos chave para analisar a<br />

taxa de desmatamento em toda a área observada ou filtrados por municípios, estados, unidades de conservação, etc. O usuário<br />

ainda tem a possibilidade de obter os dados em formatos comuns, permitindo a construção de seus próprios gráficos e análises.<br />

WORKSHOP<br />

SOBRE CAFIR<br />

A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e<br />

a Abaf (Associação Baiana de Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>) promoveram um workshop<br />

que reuniu advogados, consultores e proprietários<br />

de terra para esclarecer dúvidas<br />

sobre a Instrução Normativa 1581, que estabelece<br />

a vinculação e integração dos sistemas<br />

de cadastro de imóveis rurais Cafir<br />

(Cadastro de Imóveis Rural) e Sncr (Sistema<br />

Nacional de Cadastro Rural), geridos respectivamente<br />

pela Secretaria da Receita Federal<br />

e pelo Incra, para proprietários rurais que<br />

ainda estão se regularizando dentro do novo Cnir (Cadastro Nacional de Imóveis Rurais). Além disso, o evento realizado<br />

no dia 29 de novembro, em Salvador (BA), apresentou os aspectos tributários neste novo cenário, esclarecendo possíveis<br />

dúvidas que podem ocorrer nessa primeira etapa de cobrança do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural).<br />

Foto: divulgação<br />

16<br />

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CONFIABILIDADE<br />

24 7 365<br />

Apresentando uma nova gama de máquinas<br />

de pneus entre 45 a 90 toneladas, trazendo<br />

desempenho sem precedentes ao manuseio<br />

de madeira no Brasil!<br />

CH600 // CH800 // CH900<br />

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NOTAS<br />

MADEIRA NA<br />

CONSTRUÇÃO<br />

Foto:divulgação<br />

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)<br />

e o FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo<br />

<strong>Florestal</strong>), assinaram um acordo de cooperação<br />

tecnológica para o desenvolvimento de projetos<br />

que promovam o uso da madeira na construção<br />

civil e movelaria. A iniciativa inclui a difusão de<br />

informações sobre o desempenho das diferentes<br />

espécies. A parceria prevê também a capacitação<br />

de equipes das duas instituições e a divulgação da<br />

certificação FSC por meio de cursos e palestras.<br />

A primeira ação será um curso sobre o uso de<br />

madeiras na construção civil a ser oferecido em<br />

fevereiro de 2018, em conjunto com o Secovi<br />

(Sindicato da Habitação de São Paulo). A parceria<br />

poderá envolver ainda o tema da sustentabilidade<br />

florestal por meio da elaboração e monitoramento de planos de manejo florestal, e ações junto ao Núcleo de <strong>Referência</strong><br />

em Tecnologia da Madeira, lançado em agosto deste ano. As duas unidades do IPT envolvidas no acordo são a Seção de Sustentabilidade<br />

de Recursos Florestais e o Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis.<br />

ARAUCÁRIA ESTÁ AMEAÇADA POR<br />

DOENÇA NO CHILE<br />

Pesquisadores da Argentina, Brasil e Chile estiveram reunidos<br />

de 8 a 10 de novembro em Villarica, no Chile, para discutir<br />

as possibilidades de identificação e controle de enfermidade<br />

que vêm atingindo a Araucaria araucana, espécie de araucária<br />

daquele país. O Chefe-Geral da Embrapa Florestas, Edson Tadeu<br />

Iede, e os pesquisadores Celso Auer, Ivar Wendling e Erich<br />

Schaitza fizeram parte do grupo. Durante a apresentação, Iede<br />

falou da importância da cooperação Brasil-Chile e da parceria<br />

efetiva que a Embrapa Florestas estabeleceu com o Conaf, SAG<br />

e outras instituições chilenas ao longo de quase três décadas.<br />

“No Brasil, não temos Araucaria araucana. O problema chileno não ocorre nas nossas florestas”, ressaltou Iede. Embora<br />

haja indicação de que o problema é causado por fungos, ainda há dúvidas sobre quais são os agentes causais e como interagem<br />

com outros fatores, como a mudança de clima.<br />

Foto: divulgação<br />

18<br />

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NOTAS<br />

REVISÃO DE<br />

TAXAS NO<br />

MATO GROSSO<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

A Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos<br />

e Minerais da Assembleia Legislativa está criando<br />

um grupo de trabalho misto para analisar regulamentações<br />

e valores das taxas ambientais em Mato<br />

Grosso. Integrantes do governo, representantes do<br />

setor de base florestal e das indústrias farão a revisão<br />

para assegurar que os valores cobrados pela Sema<br />

(Secretaria Estadual de Meio Ambiente), na emissão<br />

das taxas ambientais, estejam em conformidade com<br />

a arrecadação tributária e os débitos gerados com diárias e equipamentos na emissão desses documentos. “Mato Grosso<br />

continua sendo o Estado com os maiores valores de taxas incidentes sobre o setor florestal dentre os principais Estados produtores<br />

de madeira da Amazônia Legal”, afirmou o deputado Dilmar Dal’ Bosco, autor do requerimento. Em Mato Grosso, o<br />

valor cobrado para análise de pedidos de licenças anuais para um empreendimento de pequeno porte é R$ 2.463, mas pode<br />

chegar aos R$ 170 mil para um empreendimento de porte excepcional.<br />

TECHS PUBLICA<br />

RESULTADOS<br />

DE TRÊS ANOS<br />

O Techs (Programa Cooperativo sobre Tolerância<br />

de Eucalyptus Clonais aos Estresses Hídrico, Térmico<br />

e Bióticos) do Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos<br />

Florestais) surgiu após a finalização do Programa<br />

Bepp (Produtividade e Potencial do Eucalyptus no<br />

Brasil), com a necessidade de entender melhor a interação<br />

genótipo e ambiente, e como os efeitos dos<br />

fatores abióticos (clima) e bióticos (pragas e doenças)<br />

afetam a produtividade florestal. Assim, em 2012, o<br />

Techs foi constituído por 26 empresas e, hoje, possui 36 sítios distribuídos no Brasil (do Pará ao Rio Grande do Sul) e Uruguai.<br />

Em setembro, os pesquisadores do programa publicaram na revista Forest Ecology and Management os resultados<br />

da interação do clima, espaçamento e genótipos do Techs durante o período de pico de incremento corrente, dos dois aos<br />

três anos de idade da floresta. O trabalho intitulado: The interactions of climate, spacing and genetics on clonal Eucalyptus<br />

plantations across Brazil and Uruguay; está disponível em https://doi.org/10.1016/j.foreco.<strong>2017</strong>.09.050.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

20<br />

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ecotritus<br />

TRITURADOR<br />

FLORESTAL<br />

O TRITURADOR FLORESTAL<br />

ECOTRITUS foi desenvolvido<br />

levando em conta a forte vegetação<br />

brasileira, bem como a severidade do<br />

clima predominantemente tropical. Apesar<br />

da dureza das condições de trabalho, o<br />

Triturador FLORESTAL ECOTRITUS apresenta<br />

elevada PRODUTIVIDADE aliada a baixa e<br />

ECONÔMICA MANUTENÇÃO.<br />

FABRICADO NO BRASIL<br />

Matriz europeia adaptada para a realidade brasileira.<br />

Peças e assistência técnica brasileira.<br />

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ALTA E BAIXA<br />

PESQUISA PREMIADA<br />

Recém-doutor pela UFV (Universidade Federal de Viçosa), Nicolás Ignacio Stahringer, ganhou o Ipni (Instituto<br />

Internacional de Nutrição de Plantas) Scholar Award <strong>2017</strong>. Concedido anualmente pelo Ipni, o prêmio de<br />

US$ 2 mil foi um reconhecimento pela tese de doutorado intitulada: Parametrização de modelos de<br />

produtividade e equilíbrio nutricional para Pinus e Eucalyptus em Corrientes – Argentina. Com base<br />

na parametrização de modelos, o estudo de Nicolás estima produtividade e demanda nutricional<br />

de espécies florestais e recomenda corretivos e fertilizantes com base no equilíbrio e no diagnóstico<br />

nutricional.<br />

ALTA<br />

EMPRESA MAIS SUSTENTÁVEL DO SETOR<br />

A Klabin recebeu o prêmio de empresa mais sustentável do setor de Papel e Celulose do Guia Exame de<br />

Sustentabilidade, pelo segundo ano consecutivo, que reconhece as boas práticas das empresas brasileiras.<br />

A companhia foi listada pelo quinto ano seguido entre as empresas mais sustentáveis do Brasil; e<br />

também em 2016, figurou no estudo como a "Empresa Sustentável do Ano". Entre os destaques está a<br />

Unidade Puma da Klabin, uma das mais modernas e sustentáveis fábricas de celulose do mundo, localizada<br />

em Ortigueira (PR), e o investimento para alcançar a autossuficiência energética.<br />

DEMITIDO<br />

Uma semana depois de o ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) anunciar o Planaveg (Plano Nacional de<br />

Recuperação da Vegetação Nativa) na COP23, em Bonn, na Alemanha, o ministério demitiu seu idealizador,<br />

o ecólogo Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, diretor do Departamento de Conservação de Ecossistemas.<br />

A pasta não informou a razão para a demissão.<br />

RIO GRANDE DO SUL TEM QUEDA NA EXPORTAÇÃO<br />

As exportações do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 1 bilhão em outubro, apesar do aumento em<br />

valor (24%) e volume (54,3%) em relação ao mês anterior, houve recuo no segmento de<br />

produtos florestais. De acordo com dados divulgados pela FEE (Fundação de Economia<br />

e Estatística), os principais setores exportadores foram complexo soja (US$ 407,3 milhões),<br />

fumo e seus produtos (US$ 280,8 milhões), carnes (US$ 173,4 milhões) e produtos florestais<br />

(US$ 43,3 milhões), que apesar do resultado apresentou queda na comparação com o mesmo<br />

mês de 2016 (menos US$10,8 milhões, -19,9%).<br />

BAIXA<br />

22<br />

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BIOMASSA<br />

A BOLA<br />

DA VEZ<br />

Foto: Agência Brasil<br />

O<br />

segmento de energia deverá ter o aumento do<br />

volume de desembolsos no Bndes (Banco Nacional<br />

de Desenvolvimento Econômico e Social)<br />

em 2018. A diretora de Energia do Bndes, Marilene Ramos,<br />

afirmou que a tendência é de um crescimento em 2018 já<br />

que existem projetos já avaliados e aprovados na instituição<br />

que somam R$ 20 bilhões e que devem ter o início dos<br />

desembolsos no ano que vem. A executiva afirmou que um<br />

segmento que deverá crescer dentro do banco é o da economia<br />

verde, onde a eólica é um grande expoente. Além<br />

disso, lembrou, que o Bndes fez a primeira emissão de green<br />

bonds que levou à captação de US$ 1 bilhão quando a<br />

intenção inicial era de testar o mercado com uma captação<br />

de US$ 500 milhões. Outras oportunidades podem estar no desenvolvimento de energia a partir de florestas como<br />

resultado do compromisso brasileiro com a COP 21 de Paris. “Uma grande candidata ao uso dessa floresta é a geração<br />

de energia de biomassa”, completou.<br />

LEI VAI INCENTIVAR USO DA BIOMASSA<br />

FLORESTAL<br />

A<br />

Câmara aprovou, o projeto de lei que cria a<br />

RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis).<br />

A matéria deve agora ser apreciada no<br />

Senado para que se torne lei. O objetivo do RenovaBio<br />

é aumentar a produção de biocombustíveis no Brasil, a<br />

fim de que o país cumpra os compromissos assumidos<br />

no Acordo de Paris de redução das emissões de gases<br />

de efeito estufa. O projeto cria metas compulsórias<br />

anuais dos distribuidores de combustíveis, com a definição<br />

de percentuais obrigatórios de biodiesel que deverão<br />

ser adicionados gradativamente ao óleo diesel, e<br />

de etanol anidro que será acrescentado na produção de<br />

gasolina entre 2022 e 2030. São considerados biocombustíveis<br />

florestais, os combustíveis sólidos, líquidos e<br />

gasosos produzidos a partir da biomassa florestal, tais<br />

como lenha e carvão. Buscando o incremento da medida,<br />

o texto prevê incentivos financeiros e fiscais, além<br />

de apoio ao cooperativismo.<br />

Foto: divulgação<br />

24<br />

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FRASES<br />

80% da madeira nativa hoje no mercado<br />

brasileiro são ilegais. Os madeireiros da Amazônia<br />

que fazem certinho, que pagam impostos, que se<br />

enquadram na questão do trabalho justo, digno, não<br />

conseguem competir. Por isso exportam tudo<br />

Com mais mil<br />

agentes, Ibama<br />

pode zerar<br />

desmatamento na<br />

Amazônia<br />

Diretora do FSC Brasil, Aline Tristão Bernardes<br />

Trabalhamos para o Estado ser reconhecido por<br />

seu engajamento nas ações de desenvolvimento<br />

sustentável<br />

Carlos Fávaro, vice-governador de Mato Grosso celebrando parceria de R$<br />

170 milhões em investimentos para implementar as metas da estratégia PCI<br />

(Produzir, Conservar e Incluir) de desenvolvimento sustentável<br />

Luciano Evaristo, diretor de<br />

fiscalização do Ibama (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />

Recursos Naturais Renováveis)<br />

Madeiras de alto valor agregado, para usos mais<br />

nobres e procedentes de silvicultura, são escassas<br />

também em várias regiões brasileiras, o que denota<br />

um nicho de mercado com excelente potencial<br />

Pesquisadora Cristiane Fioravante Reis, da Embrapa Florestas, detalhando o<br />

levantamento realizado pela entidade com informações sobre as três principais<br />

espécies florestais plantadas em Goiás: eucalipto, pinus e seringueira<br />

A Fibria já é a maior fábrica de celulose do<br />

mundo em uma única planta e esse anúncio garante<br />

que os investimentos no setor devem continuar ao<br />

longo dos próximos anos, gerando mais emprego<br />

e renda e fortalecendo o setor florestal de Mato<br />

Grosso do Sul<br />

Foto: Ibama<br />

Comemorou Jaime Verruck, secretário da Semagro (Secretaria de Meio<br />

Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar),<br />

sobre os investimentos da empresa no Estado<br />

26<br />

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Paraná<br />

12, 13 e 14 DE JUNHO DE 2018<br />

Expoara Centro de Eventos • Arapongas - PR<br />

Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e Cooperativas<br />

Setores da Feira<br />

BIO<br />

energia<br />

Agronegócio Bioenergia Transporte Multissetorial<br />

e Logística<br />

Faça parte<br />

deste grande<br />

encontro<br />

A Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e<br />

Cooperativas tem como objetivo reunir as forças do<br />

mercado nacional desenvolvendo e integrando as<br />

cadeias do agronegócio, bioenergia e cooperativas<br />

para geração de negócios e networking.<br />

A FeinaCoop unirá no mesmo espaço, fornecedores,<br />

produtores, profissionais, fabricantes e seus compradores,<br />

além de autoridades públicas inerentes ao<br />

mercado nacional posicionando estrategicamente<br />

como uma plataforma de negócios.<br />

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Associação Comercial, Industrial e<br />

Empresarial de Pinhais<br />

SIRECOM<br />

Sindicato dos Representantes Comerciais


ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

José Mauro Magalhães Ávila Paz Moreira<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Iguatu (CE), 21 de abril de 1976<br />

Iguatu (CE), April 21, 1976<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Pesquisas nas áreas de economia e planejamento da produção florestal<br />

Research in the areas of Forest Production Economics and Planning<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Engenheiro florestal (UnB), Doutor em Economia Aplicada (Esalq/USP)<br />

Forestry Engineering (UnB), and PhD in Applied Economics (Esalq/USP)<br />

Acerte no alvo<br />

Hitting the target<br />

P<br />

lantar árvores não é uma ciência exata, mas definitivamente<br />

possui uma série de procedimentos que<br />

devem ser seguidos para que o negócio tenha êxito.<br />

É imprescindível estudar o mercado, logística, fluxo de caixa,<br />

fatores climáticos, políticas de incentivo ou restritivas e muitos<br />

outros. Conversamos com José Mauro Magalhães Ávila<br />

Paz Moreira, pesquisador da Embrapa Florestas e especialista<br />

na área. Ele não nos deu nenhuma fórmula mágica, mas<br />

apontou caminhos para aumentar a chance de sucesso em<br />

empreendimentos florestais.<br />

P<br />

lanting trees is not an exact science, but it definitely<br />

has a number of procedures that must be followed<br />

in order for the business to succeed. It is essential to<br />

study the market, logistics, cash flow, climatic factors, incentive<br />

or restrictive policies, and many others. We talked<br />

with José Mauro Magalhães Ávila Paz Moreira, a Research<br />

Scientist at Embrapa Florestas and a specialist in the field.<br />

He didn’t give us any magic formula, but he did point out<br />

ways to increase the chance of success in forest projects.<br />

28<br />

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Quais são os principais quesitos a serem avaliados antes de<br />

iniciar qualquer empreendimento florestal?<br />

Número um é definir o objetivo da produção. Será para consumo<br />

próprio (energia, construções rurais, outros usos), para<br />

atender ao mercado, ou ambos? Conhecer o mercado que<br />

pretende atuar - qual é o produto, quais as características do<br />

produto são exigidas pelo mercado, quantos são os consumidores<br />

e produtores, qual o tamanho e a capacidade que os<br />

mesmos têm de influenciar o mercado, qual o preço médio<br />

pago pelos principais clientes e, se possível, como este tem<br />

oscilado nos últimos anos. Verificar quais são as condições de<br />

clima e solo da região (a análise conjunta destes três fatores<br />

orientará a escolha da espécie florestal com bom potencial<br />

produtivo e retorne um produto que atende ao mercado almejado).<br />

Analisar qual sistema de manejo florestal lhe permitirá<br />

obter o produto almejado (espaçamento, adubação, desbastes,<br />

desramas, rebrota ou outros tratos silviculturais) e os seus custos<br />

esperados. Definir a escala de produção e a sazonalidade<br />

que pretende ofertar os seus produtos. Conhecer os custos<br />

de colheita e transporte previstos e adequados à sua escala.<br />

Analisar o retorno econômico esperado para então tomar a<br />

decisão sobre a realização do investimento.<br />

Quais são os maiores erros que observa nesta área?<br />

O plantio de florestas sem conhecer o mercado ou a estrutura<br />

dos custos envolvidos na cadeia produtiva, baseando-se apenas<br />

em informações genéricas. O setor florestal é heterogêneo,<br />

possibilitando diversas opções de produção e comercialização<br />

da madeira e outros produtos advindos das florestas. O potencial<br />

de retorno econômico muda ao se alterar o mercado,<br />

a espécie, a localização e até a escala de produção. Esta última<br />

exerce influência principalmente na execução das operações<br />

de colheita e transporte, que representam uma proporção<br />

significativa do custo total da madeira entregue no cliente,<br />

principalmente para produtos de menor valor agregado. Um<br />

artigo da Consufor publicado recentemente na REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL conclui que o valor total da colheita e transporte<br />

florestal de pinus e eucalipto superou em 17% o valor da madeira<br />

em pé no país. O custo de colheita e transporte chegou<br />

a 60% do preço da madeira no cliente para toras finas, e 24%<br />

em toras grossas para laminação (maior valor agregado).<br />

Com a opção de diversas espécies novas, o que precisa ser<br />

avaliado antes de escolher qual será plantada?<br />

Antes de se escolher a espécie, é necessário observar os itens<br />

listados na primeira pergunta. Espécies novas apresentam um<br />

desafio adicional quando comparadas às espécies consolidadas<br />

(pinus e eucalipto) em relação à carência de informações e<br />

materiais genéticos adaptados e de elevada produtividade.<br />

Entretanto, normalmente se propõem à produção de madeiras<br />

com maior valor agregado, possibilitando maiores ganhos,<br />

mas demandando maior profissionalização do produtor e um<br />

uso mais intenso das ciências florestais no manejo da floresta.<br />

What are the main requirements to be evaluated before<br />

starting any forest project?<br />

Number one is to define the production objective. Will it be<br />

for in-house consumption (energy, rural constructions, other<br />

uses), or to cater to a specific market, or both? Knowing the<br />

market in which you intend to sell - what is the product, what<br />

are the characteristics required of the product by the market,<br />

who and how many consumers and producers are there,<br />

what is their size and ability they have to influence the market,<br />

what is the average price paid by main customers and, if<br />

possible, how this has fluctuated over recent years. Check out<br />

the climate and soil conditions of the region (a joint analysis<br />

of these three factors will guide in the choice of forest species<br />

with a good productive potential and return with a product<br />

that meets the needs of the target market). Analyze which<br />

forest management system will allow you to obtain the desired<br />

product (spacing, fertilizing, pruning, regrowth or other<br />

forestry treatments) and their expected costs. Define the<br />

scale of production and market seasonality of the products<br />

you intend to offer. Know the harvesting and transport costs,<br />

forecast and suitable to your production scale. Analyze the<br />

expected economic return in order to then make a decision<br />

about the realization of the investment.<br />

What are the biggest mistakes that you have observed in<br />

this area?<br />

Planting forests without knowing the market or the cost<br />

structure involved in the productive chain, using only what<br />

is based on general information. The Forest Sector is heterogeneous,<br />

enabling various options for timber production<br />

and marketing and for other products from the forest. The<br />

potential economic return changes with altering the market,<br />

species, location and even scale of production. The latter influences<br />

mainly the implementation of the harvesting system<br />

and transportation operations, which represent a significant<br />

proportion of the total cost of timber delivered to the customer,<br />

especially for lower-value-added products. An article<br />

published recently in REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> about Consufor<br />

concludes that in Brazil, the total value of forest harvesting<br />

and transport of pine and eucalyptus in the Country surpassed<br />

17% of the value of the standing timber. The cost of<br />

harvesting and transport reached 60% of the timber price for<br />

thin log customers, and 24% for thick logs used for veneer<br />

(value added).<br />

With the option of various new species, what needs to be<br />

assessed before choosing which will be planted?<br />

Before choosing the species, it is necessary to note the items<br />

listed in the first question. New species present an additional<br />

challenge when compared to the consolidated species (pine<br />

and eucalyptus) in relation to the lack of information, the<br />

genetic materials used and high productivity. However, one<br />

normally proposes the production of timber with a higher<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

29


ENTREVISTA<br />

Aconselha a diversificação de espécies?<br />

Depende do objetivo do produtor. Plantios homogêneos são<br />

mais indicados para a produção de madeira a baixo custo para<br />

um mercado de menor valor agregado (energia, processo), pois<br />

as margens de lucro advém da redução máxima de custos por<br />

unidade de produto. Caso o produtor perceba a floresta como<br />

um ativo biológico, direcionando a produção de cada espécie<br />

visando obter o maior retorno possível em diferentes nichos<br />

de mercado, esta pode ser uma opção bem interessante.<br />

Alguns empreendedores estão reclamando do preço da tora<br />

de madeira fina de eucalipto. Como observa este mercado<br />

atualmente?<br />

Falar sobre o mercado de madeira, principalmente de madeira<br />

fina, de uma forma genérica é algo perigoso e impreciso. A<br />

madeira fina apresenta um raio econômico de transporte<br />

menor do que a madeira de maior valor agregado, fazendo<br />

com que o seu mercado seja mais regionalizado. O preço nos<br />

últimos anos tem sido desestimulador em várias regiões, mas<br />

vem sofrendo uma pequena recuperação em boa parte delas<br />

e esperamos que melhore com a melhora da economia, mas<br />

com poucas chances de atingir patamares observados no final<br />

da década passada e início da atual. Esta provável elevação<br />

permitirá a recuperação dos produtores que implantaram suas<br />

florestas mais próximos aos seus consumidores e considerando<br />

os bons princípios da ciência e planejamento florestal. Os<br />

produtores cujas florestas foram implantadas sem o devido<br />

planejamento estratégico e com pouca condição de chegar<br />

ao mercado consumidor com bons retornos ao produtor terão<br />

maior dificuldade.<br />

Existe uma fórmula básica que possibilite saber a taxa de<br />

retorno do negócio, que sirva como guia antes de realizar<br />

uma pesquisa mais aprofundada?<br />

Fluxo de caixa é ferramenta silvicultural - um consultor florestal<br />

me falou esta frase certa vez, a qual considero bastante pertinente.<br />

São muitas as variáveis que podem interferir no resultado<br />

final do potencial de retorno econômico de uma floresta. As<br />

de maior impacto são: 1 – o preço do produto que se pretende<br />

ofertar cotado no(s) cliente(s) (não na madeira em pé), 2 – o<br />

custo de colheita e transporte adequado à escala de produção<br />

do produtor (o preço da madeira em pé será a diferença destes<br />

dois), 3 – os custos de arrendamento ou de oportunidade da<br />

terra, 4 – a estratégia de comercialização associada ao regime<br />

tributário adotado, 5 – o custo de oportunidade do capital<br />

investido, 6 – o custo de implantação e manutenção florestal.<br />

Os custos de colheita e transporte e os custos de implantação<br />

exercem maior influência na rentabilidade da produção de<br />

madeira fina (de menor valor agregado). Por outro lado, para<br />

produtos de maior valor agregado a importância dos custos de<br />

terra e capital, colheita, e estratégia tributária e de comercialização<br />

exercem maior influência. Uma poderosa ferramenta<br />

added value, enabling greater gains, but demanding greater<br />

professionalization by the producer and a more intense use of<br />

Forestry Sciences in forest management.<br />

Do you advise species diversification?<br />

This depends on the producer’s objective. Homogeneous<br />

plantings are most suitable for the production of low-cost<br />

timber for a lower value added market (energy, processing),<br />

because the margin comes from the maximum reduction of<br />

costs per unit of product. If the producer perceives the forest<br />

as biologically active, directing the production of each species<br />

in order to obtain the greatest possible return in different<br />

market niches, this can be a very interesting option.<br />

Some entrepreneurs are complaining about the price of thin<br />

eucalyptus logs. Today, how do you see this market?<br />

In talking about the timber market, mostly of thin logs in a<br />

generic form is something dangerous and inaccurate. The<br />

thin log market has an economic transport radius smaller<br />

than that for the higher added value timber, making its market<br />

more regionalized. The price in recent years has been less<br />

than stimulating in various regions, but has begun to undergo<br />

a little bit of a recovery in most of them and we hope this<br />

improves as the economy improves, but with little chance of<br />

reaching levels observed at the end of the last decade and<br />

the beginning of the current one. This likely increase will lead<br />

to the recovery of producers who have deployed their forests<br />

closer to their customers and have considered the good<br />

principles of science and forestry planning. For the producers<br />

whose forests were deployed without proper strategic planning<br />

and with little condition to reach the consumer market,<br />

good returns for the producers will be more difficult.<br />

Is there a basic formula that makes it possible to know the<br />

rate of return of the business, which serves as a guide before<br />

performing a more thorough study?<br />

Cash flow is a forestry tool - a forestry consultant once told<br />

me this phrase, which I find quite pertinent. There are many<br />

variables that can interfere with the final result of the potential<br />

economic return of a forest. Those with the largest impact<br />

are: 1 - the product price to be offered to the customer(s) (not<br />

for standing timber), 2 - the harvesting and transport costs<br />

appropriate to the scale of production for the producer (the<br />

price of standing timber will be the difference between these<br />

two), 3 - lease or opportunity costs for the land, 4 - marketing<br />

strategy associated with the fiscal regime used, 5 - the opportunity<br />

cost of capital invested, 6 - the implementation and<br />

maintenance costs. Harvesting and transportation costs and<br />

installation costs exert a greater influence on the profitability<br />

of production of thin timber logs (of lesser value added). On<br />

the other hand, for products with higher added value, land,<br />

capital and harvesting costs, as well as fiscal and marketing<br />

30<br />

www.referenciaflorestal.com.br


para obtenção de florestas mais rentáveis, muitas vezes ignorada,<br />

é a determinação da idade ótima econômica de corte,<br />

que varia de uma floresta para outra. A adoção de idades não<br />

ótimas resulta em perdas econômicas para o produtor.<br />

Quais regiões estão se destacando e que devem estar no<br />

radar do silvicultor?<br />

Acredito que quase todas as regiões do Brasil apresentam<br />

um forte potencial, desde que observadas as boas práticas de<br />

planejamento florestal. As novas usinas de etanol de milho no<br />

Mato Grosso, a possibilidade da inserção da energia de biomassa<br />

florestal nos leilões de energia, a demanda por madeira<br />

para uso energético na agricultura, a expansão dos projetos<br />

de celulose e papel e o desenvolvimento de novos produtos<br />

nas biorrefinarias nas regiões florestais já consolidadas e no<br />

Mato Grosso do Sul, Maranhão e Bahia, uma maior adoção<br />

de madeira de florestas plantadas para construção civil e para<br />

fabricação de móveis são todos bons indícios para a cadeia<br />

produtiva florestal. Aproveitar este potencial dependerá da<br />

compreensão de cada negócio e da floresta como um ativo<br />

biológico capaz de ofertar múltiplos produtos que podem<br />

otimizar o seu retorno em diferentes mercados, não apenas<br />

como produtora de biomassa.<br />

Existem algumas armadilhas no negócio? Poderia citar as<br />

mais usuais e que as pessoas, às vezes, não se dão conta?<br />

A principal é o desconhecimento do mercado e a implantação<br />

de florestas sem o devido planejamento estratégico (de longo<br />

prazo). Analisar o investimento desconsiderando os custos de<br />

colheita e transporte até o cliente, adequados a sua escala<br />

de produção, seria a segunda. A terceira seria depender de<br />

um único consumidor para o seu produto, sem que haja um<br />

relacionamento comercial que possibilite a redução do risco<br />

de ambos.<br />

Existe alguma espécie promissora, excluindo as estabelecidas<br />

como pinus e eucalipto?<br />

Há várias em estudo - cedro australiano, mogno africano, teca<br />

e outras folhosas - voltadas principalmente para a produção de<br />

madeira de maior valor agregado. Mas a execução do planejamento<br />

adequado da atividade antes de realizar a implantação<br />

é necessária, independente da espécie selecionada.<br />

strategy play a more important role. A powerful tool for obtaining<br />

more profitable forests, often ignored, is the determination<br />

of the optimum economic cutting age, which varies<br />

from one forest to another. The adoption of a non-optimum<br />

ages results in an economic loss to the producer.<br />

Which regions stand out that should be on the radar of the<br />

forest producer?<br />

I believe that almost all regions in Brazil have a strong potential,<br />

as long as the best practices in forest planning are used.<br />

The new corn ethanol plants in the State of Mato Grosso, the<br />

possibility of the forest biomass energy be included the energy<br />

auctions, the demand for timber for energy use in agriculture,<br />

the expansion of the pulp and paper projects, and the<br />

development of new products in bio refineries in already consolidated<br />

forest regions and in the States of Mato Grosso do<br />

Sul, Maranhão and Bahia, and the greater use of timber from<br />

planted forests for construction and furniture manufacturing<br />

are all good signs for the forest productive chain. Taking advantage<br />

of this potential will depend on the understanding of<br />

each business and the forest as a biological asset able to offer<br />

multiple products that can optimize its return in different<br />

markets, not only as a producer of biomass.<br />

Are there pitfalls in the business? Could you cite the more<br />

usual and the people who sometimes didn’t take adequate<br />

care?<br />

The main one is a lack of knowledge about the market and<br />

the implementation of a forest without due strategic planning<br />

(long-term). Analyzing the investment regardless of harvesting<br />

and transportation costs to the customer, suitability as to<br />

scale of production, would be the second. The third would be<br />

dependence on a single consumer for the product without a<br />

business relationship that allows the reduction of risk to both.<br />

Are there any promising species, excluding the established<br />

such as pine and eucalyptus?<br />

There are several studies being carried out – for Australian<br />

cedar, African mahogany, teak and other hardwoods - geared<br />

primarily to higher value added timber production. But the<br />

execution of proper planning for the activity before installation<br />

is needed, independent of the species selected.<br />

Espécies novas apresentam um desafio adicional quando<br />

comparadas às espécies consolidadas (pinus e eucalipto)<br />

em relação à carência de informações e materiais genéticos<br />

adaptados e de elevada produtividade<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

31


ENTREVISTA<br />

Acredita que para os próximos anos, vai permanecer a tendência<br />

do crescimento da área plantada de eucalipto, isto<br />

vai significar necessariamente queda das outras espécies?<br />

Tudo vai depender do foco da produção. Caso seja a redução de<br />

custos e necessidade de elevada produtividade, é pouco provável<br />

que o eucalipto seja ultrapassado por alguma outra espécie<br />

no curto e médio prazo, pelo menos nas regiões com clima e solos<br />

favoráveis ao seu plantio. Mas se o objetivo for obtenção de<br />

múltiplos produtos advindos da floresta, gerenciando-a como<br />

um ativo biológico direcionado ao atendimento de mercados<br />

diversificados, temos potencial para várias outras espécies e<br />

arranjos produtivos na área florestal. A profissionalização do<br />

mercado consumidor de energia de biomassa na sua forma<br />

de remuneração da madeira pode ser outro fator importante.<br />

Enquanto este mercado pagar por volume, o eucalipto permanecerá<br />

como um forte competidor. À medida que o mercado<br />

passe a remunerar o potencial energético da madeira, outras<br />

características da espécie além da produtividade passam a<br />

influenciar a tomada de decisão, e outras espécies podem<br />

ser competitivas. Outro fator seria a organização de arranjos<br />

produtivos locais (serrarias associadas a empresas de energia<br />

de biomassa), elevando o raio econômico de transporte de<br />

toras de maior valor agregado pela remuneração e uso do<br />

resíduo das serrarias na geração de energia.<br />

Tem alguma experiência positiva relativa ao negócio florestal<br />

que gostaria de compartilhar?<br />

Gostaria de compartilhar três experiências que considero<br />

exitosas, mas com estratégias distintas. A produção de lenha<br />

por pequenos fumicultores em Santa Cruz do Sul (RS), com<br />

baixo nível tecnológico e em escala extremamente reduzida<br />

para os padrões florestais (1,5 ha em média), mas com uma<br />

assistência técnica, foco no autoconsumo e comercialização<br />

de um pequeno excedente para os vizinhos em um raio de 3<br />

km (quilômetros). A produção de carvão vegetal executada<br />

pelas grandes siderúrgicas em Minas Gerais, gerenciando<br />

suas operações florestais com foco na minimização de custos.<br />

A produção de madeira de alta qualidade por uma empresa<br />

florestal de Santa Catarina, que mantinha um controle racional<br />

dos custos de produção, mas esmera-se na conversão da sua<br />

produção florestal em uma gama de produtos que lhe maximize<br />

a receita. Os três exemplos são rentáveis, cada um com sua<br />

estratégia e adequando o seu produto e sistema de produção<br />

à realidade do seu mercado.<br />

Do you believe that for the next few years, the trend in the<br />

growth of eucalyptus planted areas will continue; will this necessarily<br />

mean a decrease for other species?<br />

Everything will depend on the production focus. If the reduction<br />

of costs and need for high productivity are important, it is unlikely<br />

for eucalyptus to be surpassed by any other species over<br />

the short and medium term, at least in regions with favorable<br />

soil and climate conditions for its cultivation. But if the goal is<br />

getting multiple products from the forest, managing it as a biologically<br />

active asset directed to diversified markets, we have<br />

the potential for a number of other species and clusters in the<br />

forest area. Professionalization of the consumer market as to<br />

biomass energy in a form to add value to timber production can<br />

be another important factor. While this market continues to pay<br />

for volume, eucalyptus will remain as a strong competitor. As<br />

the market passes more to remunerate the energy potential of<br />

timber, other species characteristics beyond productivity begin<br />

to influence decision-making, and other species could become<br />

competitive. Another factor would be the organization of the local<br />

productive arrangements (sawmills associated with biomass<br />

energy companies), leading to a larger economic radius for the<br />

transport of logs of greater added value plus the use of residue<br />

from sawmills for energy generation.<br />

Have you any positive experiences concerning the forestry<br />

business that you would like to share with us?<br />

I would like to share three cases with you, which I consider to be<br />

successful, but with different strategies. The production of firewood<br />

by small tobacco growers in Santa Cruz do Sul (RS), using<br />

a low technological level and extremely reduced scale of forest<br />

standards (1.5 ha on average), but with a technical assistance focus<br />

on its "in house" consumption and marketing of a small surplus<br />

to the neighbors within a radius of 3 km. Charcoal production<br />

performed by large steel mills in the State of Minas Gerais,<br />

managing their forest operations with a focus on minimizing<br />

costs. The production of high quality timber for a forestry company<br />

in the State of Santa Catarina, which maintained a rational<br />

control over production costs, but concentrated on the conversion<br />

of the forest to produce a range of products that maximizes<br />

revenue. The three examples are profitable, each with its own<br />

strategy and adapting the product and its productive system to<br />

the reality of its market.<br />

"Plantios homogêneos são mais indicados para a produção<br />

de madeira a baixo custo para um mercado de menor valor<br />

agregado (energia, processo)"<br />

32<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Novos modelos de<br />

cabeçotes Komatsu<br />

S82<br />

S92<br />

S132<br />

A simplicidade e robustez que<br />

você está acostumado, alinhado<br />

com as infinitas possibilidades do<br />

sistema MaxiXplorer<br />

S172<br />

www.komatsuforest.com.br


PRINCIPAL<br />

Força e<br />

desempenho<br />

Fotos: divulgação<br />

34<br />

www.referenciaflorestal.com.br


NOVOS<br />

EQUIPAMENTOS DA<br />

KOMATSU ALIAM<br />

POTÊNCIA NA<br />

MEDIDA CERTA E<br />

BAIXO CONSUMO<br />

DE COMBUSTÍVEL<br />

POWER AND<br />

PERFORMANCE<br />

NEW KOMATSU FOREST MACHINES COMBINE<br />

JUST THE RIGHT POWER WITH LOW FUEL<br />

CONSUMPTION<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

35


PRINCIPAL<br />

P<br />

reocupação com o meio ambiente, conforto e segurança<br />

dos operadores e, claro, produtividade com<br />

economia de combustível. Estas qualidades estão<br />

presentes nos mais recentes lançamentos da Komatsu Forest,<br />

seja para o abate das árvores, ou baldeio das toras.<br />

Outro grande objetivo da fabricante está no desempenho<br />

das máquinas em terrenos acidentados para que tenham<br />

performance superior.<br />

As máquinas da Komatsu são fabricadas e projetadas<br />

dentro do conceito Dantosu, que significa inigualável em<br />

japonês. “Ou seja, foco em alta produtividade, alta disponibilidade<br />

mecânica e que também atende as exigências de<br />

mercado e normas ambientais e ergonômicas”, define Lonard<br />

Santos do Marketing e Vendas.<br />

Ele ressalta que a companhia busca constantemente<br />

produzir equipamentos cada vez mais seguros e ergonômicos,<br />

atendendo as normas NR12 e NR35. Por isto, os novos<br />

modelos respeitam a legislação de emissão de poluentes,<br />

contam com confortáveis cabines, motores ajustados para o<br />

esforço a que serão submetidos e consumo de combustível<br />

consciente. Além disto, muitos equipamentos podem utilizar<br />

guinchos para operar em terrenos inclinados.<br />

“A GRANDE VANTAGEM<br />

(DO 931XC) É A<br />

VISIBILIDADE, UMA<br />

VEZ QUE A LANÇA É<br />

LATERAL À CABINE<br />

E, PORTANTO, O<br />

OPERADOR TERÁ<br />

SEMPRE TOTAL VISÃO<br />

DO HORIZONTE E,<br />

AINDA, CONTA COM<br />

A POSSIBILIDADE DE<br />

GIRAR 360º”<br />

C<br />

oncern for the environment,operator comfort and<br />

safety,and, of course, productivity with fuel economy.<br />

These are thequalities found in the most recent<br />

machine announcements by Komatsu Forest, either for the<br />

felling of trees, or the handling of timber logs. Another major<br />

concern of the manufacturer is machine performance on<br />

rough terrain being superior.<br />

Komatsu machines are manufactured and designed within<br />

the Dantosu concept, which means unmatched in Japanese.<br />

“In other words, with a focus on high productivity, high availability,<br />

and also meeting market requirements and ergonomic<br />

and environmental standards”, defines Lonard Santos of Marketing<br />

and Sales for the Company.<br />

He points out that the Company is constantly seeking to<br />

produce increasingly secure and ergonomic equipment, complying<br />

with NR35 and NR12 standards. For this, the new models<br />

respect the pollutant emission legislation, and have comfortable<br />

operator cabins, engines adequate for the force to<br />

which they will be submitted and conscious fuel consumption.<br />

In addition, much of the equipment can use anchor hooks to<br />

operate on slopes.<br />

HIGHLIGHTS<br />

The new model Komatsu 875 Forwarder is a very versatile<br />

machine with a 16 to 18 mt capacity. Because of its just 2.98m<br />

width, it is ideal for short-cut or thinning. “The model offers a<br />

large,safe and comfortable operator cabin as well as having<br />

low fuel consumption”, extols the Marketing and Sales Representative<br />

Lonard.<br />

SANDRO LUIZ RIBAS DE<br />

SOUZA, COORDENADOR<br />

FLORESTAL DA ARAUCO<br />

O 931XC É VERSÁTIL, PODE TRABALHAR COM DESBASTE E<br />

CORTE RASO<br />

36<br />

www.referenciaflorestal.com.br


PC200F HARVESTER COM CABINE FLORESTAL<br />

DESTAQUES<br />

O Forwarder Komatsu 875 é um novo modelo bastante<br />

versátil com capacidade de 16 a 18 t (toneladas). Por conta<br />

da largura de apenas 2,98m (metros), ele é ideal para corte<br />

raso ou desbaste. “O modelo oferece uma grande cabine segura<br />

e confortável ao operador e também baixo consumo de<br />

combustível”, exalta Lonard.<br />

A Komatsu também apontou as grandes vantagens dos<br />

equipamentos para a colheita.“O novo 931XC 8x8 é sem<br />

sombra de dúvidas, o harvester com a maior versatilidade<br />

do mercado atual, pois de acordo com o seu porte, pode<br />

ser aplicado tanto no desbaste como no corte raso, em área<br />

plana e com até 34o de declividade”, detalha Lonard. O novo<br />

sistema hidráulico, que utiliza três bombas dedicadas (uma<br />

para o cabeçote, outra para a grua e uma para o deslocamento<br />

da máquina), apresenta grande agilidade e sincronismo<br />

podendo fazer uso constante destes três movimentos sim<br />

u l t â n e o s s e m h av e r p e r d a d e p o t ê n c i a o u p r o d u ti v i d a d e.<br />

O modelo 931XC 8x8 também possui grande estabilidade<br />

em função do layout, que proporciona baixo centro de gravidade,<br />

“ideal para terrenos acidentados”. Possui giro de<br />

cabine e grua de 360o, o que facilita muito em condições de<br />

aclives e declives. Este recurso auxilia ainda nas operações<br />

de desbaste, devido à posição lateral da grua em relação à<br />

cabine. “Uma das principais características elogiadas pelos<br />

Komatsu also points out the large advantages of its new<br />

harvesting machines. “The new 8 wheel 931XCis, without a<br />

doubt, the harvester that offers the most versatility in today’s<br />

market, because ofits size, it can be use in both thinning as well<br />

as clear-cut onlevel areas with up to a 34° decline", detailsthe<br />

Marketing and Sales Representative. The new hydraulic system,<br />

which uses three dedicated pumps (one for the head, one<br />

for the crane and one for maneuvering the machine),provides<br />

greateragility and synchronization,which can allow the machine<br />

to make constant use of three simultaneous movements<br />

without any loss of power or productivity. The 8 wheel 931XC<br />

model also features greater stability as a function of its layout,<br />

by providing a lower center of gravity, “ideal for rough<br />

terrain”. It has a 360° rotating cabin and crane, which greatly<br />

facilitates operating in uphill and downhill conditions. This<br />

feature helps in thinning operations, due to the lateral position<br />

of the crane in relation to the cabin. “One of the main features<br />

praised by operators is the visibility of operation as it is perfect<br />

for visualizing the tree on approach from any angle.”<br />

According to the manufacturer, the PC200F, with Forest<br />

Cabin, came to the market to consolidate itself as the<br />

safest,most reliable, productiveand cost-effective chain driven<br />

harvester on the market.“With its cooling and hydraulic systems,<br />

the PC200F has a longer life span for the main machine<br />

components, such as the motor, pump, and command even<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

37


PRINCIPAL<br />

operadores é a visibilidade de operação da máquina, pois<br />

é perfeita para a abordagem da árvore diante de qualquer<br />

ângulo.”<br />

De acordo com a fabricante, a PC200F com Cabine <strong>Florestal</strong><br />

chegou para se consolidar como o harvester de esteiras<br />

mais seguro, confiável, produtivo e econômico do<br />

mercado. “Mediante seu sistema de refrigeração e sistema<br />

hidráulico, a PC200F apresenta uma grande vida útil dos<br />

principais componentes da máquina, como motor, bomba<br />

e comando mesmo em aplicação extrema nos estados mais<br />

quentes do Brasil”, destaca Lonard. A preparação da máquina<br />

florestal feita antes de sair da fábrica atende as normas<br />

de segurança brasileiras.<br />

No campo das máquinas sob-medida, a PC130 chama a<br />

atenção. “Uma máquina compacta e versátil, ideal para uso<br />

no primeiro e segundo desbaste”, explicou Lonard. Equipada<br />

com motor Komatsu de quatro cilindros, turboalimentado<br />

com aftercooler, injeção direta de 98 HP (cavalos de força),<br />

tem potência adequada e baixo consumo de combustível. O<br />

peso reduzido facilita o deslocamento e transporte.<br />

A Komatsu PC130 está preparada para receber os cabeçotes<br />

Komatsu S82 e S92 cabeçotes compactos, robustos e<br />

de fácil manutenção. O conjunto é indicado para primeiro e<br />

segundo desbaste com até 0,30m³/árvore (metros cúbicos).<br />

NA FLORESTA<br />

Na unidade de Sengés (PR), a fabricante de painéis de<br />

madeira Arauco possui uma operação de colheita e transporte<br />

florestal com volume mensal de 115 mil t, distribuída<br />

em duas fazendas: Morungava e Mocambo. “No sistema de<br />

manejo adotado, não se realiza desbastes. O corte raso é<br />

feito aos 15 anos”, explica Sandro Luiz Ribas de Souza, coordenador<br />

florestal. A madeira com diâmetro entre 8 e 18<br />

cm (centímetros) é destinada à planta de MDF da própria<br />

empresa, localizada em Jaguariaíva (PR) e as toras com diâmetro<br />

de 18 cm acima vão para serrarias e laminadoras da<br />

região.<br />

Aproximadamente 93% do volume são colhidos no sistema<br />

CTL (corte no comprimento). No restante, o modelo adotado<br />

é o FullTree (árvore inteira), em áreas com declividade<br />

superior a 30°, nas quais a derrubada é feita com motosserra<br />

e o guinchamento feito com trator agrícola. O arraste até o<br />

estaleiro é realizado por um skidder e o processamento feito<br />

com harvester.<br />

Durante um mês, foi avaliada performance do 931XC.<br />

“A grande vantagem é a visibilidade, uma vez que a lança é<br />

lateral à cabine e, portanto, o operador terá sempre total visão<br />

do horizonte e, ainda, conta com a possibilidade de girar<br />

360o”, destaca Sandro. Ele conta que o harvester possui ótima<br />

estabilidade em topografia acidentada, força de braço e<br />

lança quando está puxando a árvore que foi abatida. Duran-<br />

COMPACTA, MÁQUINA É IDEAL PARA<br />

DESBASTE<br />

when usedunder the extreme conditions offered by thehottest<br />

States in Brazil”, saysLonard. Produced in Brazil, the forest<br />

machine leaves the factory already meeting Brazilian safety<br />

standards.<br />

In the field of made-to-measure machines, the PC130<br />

draws attention. It is a compact and versatile machine, ideal<br />

for use in the first and second thinning”, says Marketing and<br />

Sales Representative Lonard. Equipped with a Komatsu fourcylinder,<br />

turbocharged with aftercooler, direct injection 98 HP<br />

Engine, it has adequate power and low fuel consumption. Its<br />

low weight facilitatesmaneuvering and transport.<br />

The Komatsu PC130 is prepared to use the Komatsu S82<br />

and S92 compact heads, which are robust and easy to maintain.<br />

The array is indicated for first and second thinning in<br />

planted forests with an average individual volumeof up to 0.30<br />

m³.<br />

IN THE FOREST<br />

In the Sengés (PR) unit, the wood panel manufacturer<br />

Araucohas a forest harvesting and transport operation with<br />

amonthly volume of 115 thousand mt, distributed over two<br />

farms: Morungava and Mocambo. “The management system<br />

used does not call for any thinning to be carried out. Clearcut<br />

is carried out at 15 years of growth”, explains Sandro Luiz<br />

Ribas de Souza, Forest Coordinator for the Company. Timber<br />

with a diameter between 8 and 18 cm is destined for the Company’s<br />

own MDF plant, located in Jaguariaíva (PR) and the logs<br />

with a diameter greater than 18 cm are destined to saw mills<br />

and veneer plants in the region.<br />

Approximately 93% of the volume is harvested using the<br />

CTL system. For the remainder, the full-tree system is used for<br />

areas with a slope greater than 30°, where felling is carried out<br />

38<br />

www.referenciaflorestal.com.br


te este período, a produtividade alcançada foi de 23,7m³/h,<br />

trabalhando em floresta com VMI de 0,42 m³ e fazendo três<br />

sortimentos com comprimento médio de 2,90m. O consumo<br />

foi de 16,2L/h (litros por hora).<br />

BALDEIO<br />

Em Ponte Alta do Norte (SC), está localizada a empresa<br />

Geo Forest <strong>Florestal</strong> que comercializa toras para laminação,<br />

serraria e processos. O volume médio mensal é de 35 mil t.<br />

Deste total, é obtido por colheita própria em torno de 20 mil<br />

t e 15 mil é adquirido de outras empresas.<br />

Operando em área levemente ondulada há pouco mais<br />

de três meses, o Forwarder 875 mostrou baixo consumo de<br />

combustível. “Ele possui tamanho ideal para minha empresa<br />

que faz tanto corte raso quanto desbastes. Escolhemos a<br />

marca devido a assistência técnica aqui na região e disponibilidade<br />

de peças”, esclarece o diretor, Kaue Vargas das<br />

Neves.<br />

De acordo com ele, a produtividade do equipamento<br />

está em torno de 40 t de madeira carregada por hora, e o<br />

consumo é 13 l/h de combustível, em média. “Mas varia<br />

muito com distância de baldeio e relevo.”<br />

Trabalhando com um turno, e com duas horas extras por<br />

dia, a disponibilidade mecânica do forwarder é 95%. “Tivemos<br />

apenas uma parada para revisão nestes três meses de<br />

atividade”, completa.<br />

using a chainsaw and dragging using an agricultural tractor.<br />

Dragging to the stacking area is carried out with a skidder and<br />

processing is carried out with a harvester.<br />

For one month, the performance of the 931XC was evaluated.<br />

“The big advantage is operator visibility, as the boom is<br />

lateral to the cabin and, therefore, the operator always has a<br />

complete view of the horizon with the ability to rotate360°”,<br />

says Forest Coordinator Sandro. He says that the harvester<br />

has good stability on rough topography, and boomand crane<br />

strength whendragging the felled trees. During this period,<br />

productivity reached23.7 m³/h, working in aforest with an average<br />

individual volumeof 0.42 m³ and carrying out three sortings<br />

with an average log length of 2.90 m. Fuel consumption<br />

was 16.2 l/h.<br />

HANDLING<br />

The company Geo Forest <strong>Florestal</strong>, located in Ponte Alta<br />

do Norte (SC), sells logs for veneer, sawmills and further processing.<br />

The average monthly volume is 35 thousand mt. Of<br />

this total, about 20 thousand mt is obtained from its own harvesting<br />

operation and 15 thousand mt is purchased from other<br />

companies.<br />

Operating on a gently undulating area for a little over three<br />

months, the 875 Forwarder presented low fuel consumption.<br />

“It is an ideal size for my Company that carries out both clearcut<br />

as well as thinning. We chose the brand due to technical<br />

assistance here in the region and availability of spare parts”,<br />

explains Kaue Vargas das Neves, Company Director.<br />

According to him, the productivity of the equipment is<br />

around 40 mt of timber loaded per hour, with a fuel consumption<br />

of 13 l/h, on average. "But this varies greatly with distance<br />

and terrain.”<br />

Working with one shift, with 2 hours extra a day, the mechanical<br />

availability of the forwarder was 95%. “We had stoppage<br />

only once in these three months of activity”, he adds.<br />

“ELE (FORWARDER 875)<br />

POSSUI TAMANHO IDEAL<br />

PARA MINHA EMPRESA<br />

QUE FAZ TANTO<br />

CORTE RASO QUANTO<br />

DESBASTES”<br />

O FORWARDER 875 8X8 ROBUSTO E COMPACTO<br />

KAUE VARGAS DAS NEVES,<br />

DIRETOR DA GEO FOREST<br />

FLORESTAL<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

39


CLIMA<br />

PASSOS<br />

LENTOS<br />

Fotos: divulgação<br />

PARA ESPECIALISTAS<br />

BRASILEIROS, COP23 ENTREGA<br />

O QUE PROMETEU, MAS NÃO O<br />

QUE PRECISAMOS<br />

40<br />

www.referenciaflorestal.com.br


A<br />

COP23 (XXIII Conferência do Clima das Nações<br />

Unidas) cumpriu a proposta inicial: foram aprovados<br />

diversos elementos para a construção,<br />

ao longo do próximo ano, do livro de regras que permitirá<br />

a implementação efetiva do Acordo de Paris sobre<br />

mudanças climáticas. Durante o encontro realizado em<br />

Bonn (Alemanha), em novembro, também foi criado um<br />

ambiente positivo entre os países para o Diálogo Talanoa,<br />

no ano que vem, no qual deverá ser iniciado um esforço<br />

global de aumento de ambição. Mas especialistas<br />

brasileiros não aprovaram o ritmo em que as soluções<br />

estão sendo tomadas.<br />

A COP23 foi bem-sucedida em evitar que o eterno<br />

racha entre países desenvolvidos e em desenvolvimento<br />

produzisse retrocessos na negociação internacional.<br />

Também conseguiu isolar os EUA (Estados Unidos da<br />

"A COP23 COMEÇOU COM O<br />

LEMA: MAIS LONGE, MAIS RÁPIDO,<br />

JUNTOS. CONSEGUIU ENTREGAR<br />

O 'JUNTOS', O QUE É MELHOR QUE<br />

NADA, MAS NÃO FOI NEM LONGE,<br />

NEM RÁPIDO"<br />

ANDRÉ FERRETTI, GERENTE DE ESTRATÉGIAS<br />

DE CONSERVAÇÃO DA FUNDAÇÃO GRUPO<br />

BOTICÁRIO E COORDENADOR-GERAL DO<br />

OBSERVATÓRIO DO CLIMA<br />

Feliz Natal e um próspero 2018<br />

São os votos de quem produz os<br />

Equipamentos que suportam o rigor da floresta!<br />

w w w . j d e s o u z a . c o m . b r


CLIMA<br />

América), desfazendo o temor de que o governo negacionista<br />

de Donald Trump pudesse tentar atrapalhar o processo.<br />

O Brasil chegou a Bonn tentando vender a imagem de<br />

bom moço com a queda na taxa de desmatamento, mas<br />

foi desmascarado rapidamente pelos atos do presidente<br />

Michel Temer em casa. Acabou levando um raro e merecido<br />

Fóssil do Dia pelos subsídios trilionários propostos ao<br />

pré-sal. O prêmio é dado pela Climate Action Network,<br />

uma rede de ONGs ambientalistas, para os países que ou<br />

estão atravancando as conversas na conferência ou deixando<br />

de tomar ações para o combate às mudanças climáticas.<br />

No mesmo dia, o Brasil se ofereceu para sediar a<br />

COP25, em 2019. Pode ser uma chance para o país reinserir<br />

o clima em sua agenda de desenvolvimento.<br />

No entanto, os debates na COP23 passaram ao largo<br />

do que realmente importa: a necessidade de aumentar<br />

enormemente as metas de redução de emissões e de fi-<br />

"VIMOS AVANÇOS IMPORTANTES<br />

NA REGULAMENTAÇÃO<br />

DO ACORDO DE PARIS,<br />

DEMONSTRANDO ALINHAMENTO E<br />

COMPROMETIMENTO DOS PAÍSES.<br />

ENTRETANTO AINDA HÁ UMA<br />

LACUNA MUITO GRANDE ENTRE OS<br />

COMPROMISSOS ATUAIS E O QUE É<br />

NECESSÁRIO PARA ENTRAR NA ROTA<br />

DO 1,5 o C”<br />

MAURÍCIO VOIVODIC, DIRETOR-EXECUTIVO<br />

DO WWF BRASIL<br />

42<br />

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nanciamento climático antes que a janela de oportunidade<br />

ainda aberta para limitar o aquecimento global a 1,5oC<br />

se feche.<br />

Segundo a ciência, a ambição coletiva precisa ser turbinada<br />

até 2020, mas os 195 membros da Convenção do<br />

Clima que permanecem fiéis ao Acordo de Paris até agora<br />

não se mostraram dispostos a botar as cartas na mesa. O<br />

blefe coletivo dos governos pode custar a segurança climática<br />

da humanidade neste século.<br />

"A COP23 começou com o lema: mais longe, mais rápido,<br />

juntos. Conseguiu entregar o 'juntos', o que é melhor<br />

que nada, mas não foi nem longe, nem rápido. Todas<br />

as expectativas agora ficam por conta da COP24, na<br />

Polônia, no ano que vem. O risco disso é enorme", disse<br />

André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da<br />

Fundação Grupo Boticário e coordenador-geral do Observatório<br />

do Clima.<br />

"Vimos avanços importantes na regulamentação do<br />

Acordo de Paris, demonstrando alinhamento e comprometimento<br />

dos países. Entretanto ainda há uma lacuna<br />

muito grande entre os compromissos atuais e o que é necessário<br />

para entrar na rota do 1,5oC. Precisamos de mais<br />

ambição nas negociações, e muito mais ação prática nos<br />

países, onde as emissões ocorrem. O Brasil, em especial,<br />

continua tomando decisões políticas que vão na contramão<br />

dos objetivos do Acordo de Paris", afirmou Maurício<br />

Voivodic, diretor-executivo do WWF Brasil.<br />

"Em Bonn a negociação internacional foi resgatada<br />

de uma possível reabertura do racha entre ricos e pobres<br />

países pobres. Só que, infelizmente, a atmosfera não está<br />

nem aí para nossos processos diplomáticos. O que precisamos<br />

agora é mais ambição em cortes de emissões<br />

e finanças, e isso esteve fora da mesa. Enquanto isso, a<br />

janela para prevenir o aquecimento global de 1,5oC está<br />

se fechando rapidamente", alerta Carlos Rittl, secretário-<br />

-executivo do Observatório do Clima.


EVENTO<br />

ABIMAQ COMEMORA<br />

Fotos: divulgação<br />

80 ANOS<br />

ENTIDADE DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PROMOVEU ENCONTRO EM<br />

CURITIBA, QUE FEZ PARTE DE UMA SÉRIE DE EVENTOS REALIZADOS EM<br />

DIVERSAS CIDADES BRASILEIRAS<br />

P<br />

ara celebrar os 80 anos de história, a Abimaq (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)<br />

realizou uma série de eventos durante <strong>2017</strong><br />

que lembraram as conquistas da entidade e apontaram os<br />

desafios para os próximos anos. Acompanhamos o evento realizado<br />

em Curitiba (PR), no dia 8 de novembro, que reuniu<br />

empresários e personalidades políticas.<br />

A Abimaq representa mais de 7,5 mil indústrias de máquinas<br />

e equipamentos, que juntas empregam mais de 300<br />

mil pessoas e somam um faturamento anual superior a R$ 70<br />

bilhões. Durante as apresentações de membros da diretoria e<br />

nomes convidados, a entidade fez questão de mostrar o empenho<br />

que vem realizando para impulsionar a indústria brasileira.<br />

Desde o nascimento, “a Abimaq participa ativamente<br />

do desenvolvimento da indústria nacional de máquinas e<br />

equipamentos, contribuindo significativamente no processo<br />

de crescimento de todos os setores produtivos da nação”,<br />

afirma Marcello Luparia, diretor regional da Abimaq-PR.<br />

Ele reconhece que o atual cenário é desfavorável, mas<br />

destaca a importância das gestões que a entidade vem realizando<br />

junto ao Governo Federal na tentativa de estancar<br />

o processo de desindustrialização do país e que este encon-<br />

44<br />

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tro empresarial resultará em excelente oportunidade para a<br />

apresentação dos pleitos do setor de bens de capital ao Governo.<br />

Durante a apresentação, o presidente executivo da associação,<br />

José Velloso, fez comparações com o nível de produtividade<br />

do trabalhador brasileiro, mas com senso crítico.<br />

Pesquisas indicam que seriam necessários quatro operários<br />

brasileiros para suprir a produtividade de um trabalhador<br />

norte-americano. “Mas é preciso levar em conta a ferramenta<br />

de trabalho, além da formação e capacitação”, afirmou.<br />

“Por exemplo, se pegássemos um trabalhador mexicano, que<br />

produz muito menos que o americano e transportássemos<br />

para uma fábrica nos EUA (Estados Unidos da América), esta<br />

mesma pessoa teria desempenho muito superior”, comparou<br />

Velloso.<br />

Outro ponto abordado foi o custo Brasil, que só passou<br />

a ser considerado por iniciativa da Abimaq. “Com a mesma<br />

ideia do exemplo anterior, se pegarmos uma fábrica da Alemanha,<br />

com toda sua tecnologia e mão de obra qualificada,<br />

e colocarmos no Brasil, o custo da produção subiria muito”,<br />

apontou o presidente executivo da Associação.<br />

Ele lembrou a história da Abimaq, que ao longo das suas<br />

oito décadas, contribuiu para desenvolver o setor e torná-lo<br />

mais robusto e competitivo. Dentro da indústria de transformação,<br />

este é o setor que mais exporta no Brasil. “Impossível<br />

imaginar o mundo sem as máquinas, que geram riquezas,<br />

facilitam e prolongam a vida, abreviam tempo e diminuem<br />

distâncias e, principalmente, acompanham a constante necessidade<br />

de consumo, estimulando o setor a produzir cada<br />

vez mais”. Para ele, a produtividade e a competitividade de<br />

uma economia são conquistadas com as máquinas.<br />

JOSÉ VELLOSO, PRESIDENTE EXECUTIVO<br />

DA ABIMAQ


OPINIÃO<br />

CRIMINALIZAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

AMAZÔNICA<br />

Fotos: Arquivo<br />

POR WALDEMAR VIEIRA LOPES<br />

LSS-LOPES SERVIÇOS E SOLUÇÕES<br />

46<br />

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CRV (COEFICIENTE<br />

DE RENDIMENTO<br />

VOLUMÉTRICO) COMO<br />

FERRAMENTA DE<br />

IMPRECISÃO<br />

A<br />

Resolução Conama 411/2009, estabeleceu CRV (Coeficiente<br />

de Rendimentos Volumétrico) para produtos<br />

florestais em 45%, referendado por Grupo de<br />

Trabalho criado para aquela ocasião.<br />

Atendendo proposta do Ibama/Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro,<br />

através da resolução Conama 474/2016 se alterou<br />

esse índice para 35%, mesmo trazendo na própria proposta<br />

encaminhada, menção de que o desdobro é realizado em<br />

ambientes variados e maquinários dos mais diversos níveis<br />

tecnológicos, entretanto cases em regiões de menor volume<br />

de produção, parte ocorrida em meados do ano 2.000, sem<br />

especificação de dimensões e cuidados profiláticos quanto à<br />

estocagem dos produtos, acabou por nivelar o setor florestal<br />

amazônico por baixo, mesmo havendo pressuposto de que as<br />

empresas com melhor aproveitamento podem realizar avaliações<br />

próprias e submeter ao órgão controlador.<br />

Utopia! É de conhecimento público as enormes dificuldades<br />

e morosidade em aprovar um Plano de Manejo;<br />

imagine-se o tempo necessário para avaliar estudos caros e<br />

complexos, não menos que algo em torno de 2 (dois) anos. E<br />

o empresário faria o quê? Absorveria os altos custos para estacionar<br />

o inventário por tempo indeterminado, gastaria uma<br />

fortuna para preservar o recurso quanto à riscos de degradação<br />

e, adicionalmente teria que montar uma equipe para<br />

se defender de multas e sanções impostas pela ousadia em<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

47


OPINIÃO<br />

aproveitar melhor o recurso, pois de há muito tempo, o setor<br />

florestal de nativas sofre com o freio de mão puxado, quando<br />

necessita fechar ciclos técnico/administrativos com os diversos<br />

órgãos ambientais a que é subordinado...lamentável.<br />

Parafraseando o saudoso Raimar Aguiar, “o gerenciamento<br />

das florestas brasileiras tem sido ancorado num conceito<br />

mais próximo de religião do que de negócio, numa visão parecida<br />

com a Índia na adoração do boi ou da vaca”, levando à<br />

fome material de um produto reconhecidamente renovável,<br />

cujos efeitos colateriais fazem com que inúmeras empresas<br />

do país recorram à importação do produto madeira, dada<br />

medidas de preservação e não de conservação dos vastos<br />

recursos florestais brasileiros, paradoxal a quem detém a segunda<br />

maior floresta do mundo e, por falta de estabilidade<br />

legislativa, carência de investimentos tecnológicos, pouca<br />

lucidez dos tomadores de decisão, exacerbação de foco em<br />

comando e controle, desconhecimento do campo de batalha,<br />

extingue empresas sérias do processo produtivo, penalizadas<br />

por vezes em ousarem aproveitar melhor o recurso florestal<br />

madeireiro, nivelados por baixo, por cases de pouco conhecimento<br />

produtivo, numa visão surreal de que esse é o caminho<br />

para evitar ilegalidade na Amazônia.<br />

A manchete estampada da Revista <strong>Referência</strong> de que<br />

para o Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro, “a medida de redução<br />

do CRV para 35% é de extrema importância para combate<br />

ao desmatamento ilegal”, bem demonstra a máxima de que<br />

caso soubermos como se fazem certas leis e determinados<br />

embutidos, não respeitaríamos aquelas e não comeríamos<br />

estes .<br />

O aproveitamento do recurso está ligado dentre inúmeros<br />

fatores, à classe diametral, espécie em industrialização,<br />

medidas profiláticas da estocagem do produto, sanidade das<br />

toras no momento do processamento, variáveis que adicionadas<br />

à receita de produção em maior ou menor espessura,<br />

maior ou menor largura, maior ou menor comprimento; sabendo-se<br />

que a cada evento ocorre resíduos por cortes, destopos<br />

e eliminação dos defeitos naturais; consequentemente<br />

gerando parametrização extremamente complexa, evidenciando<br />

carência de realidade e embasamento científico ao se<br />

estabelecer CRV homogêneo para toda essa diversidade de<br />

fatores.<br />

Ante fatores expostos, não parece lógico e de bom senso<br />

aplicação de pré-estabelecimento do CRV em cadeias produtivas<br />

florestais/industriais, sendo urgente um choque de rea-<br />

DIFERENTES PRODUTOS,<br />

DIFERENTES PROCESSOS,<br />

SEM OU COM USO DO<br />

ALBURNO, DIMENSÕES<br />

VARIADAS<br />

48<br />

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ESPÉCIES, QUALIDADES,<br />

DIÂMETROS E<br />

CONSERVAÇÃO DIVERSAS<br />

lidade, simplificando o processo como um todo,controlando<br />

as empresas a partir de sistema transparente e “auto-declaratório”,<br />

com responsabilização conjunta do proprietário<br />

industrial e engenheiro responsável, este assumindo a responsabilidade<br />

técnica, tal qual em outras cadeias produtivas.<br />

É sabido que não existe melhor forma de combater a ilegalidade<br />

que aumentar a oferta de legalidade e já vai tarde<br />

premência de foco na desburocratização em liberar Planos<br />

de Manejo, fazendo com que ocorram no tempo adequado,<br />

posto que em havendo retardamento, além das mazelas temporais,<br />

as matérias-primas exploradas numa safra, acabam<br />

sendo transportadas na safra subsequente, trazendo como<br />

efeito colateral degradação do produto, aproveitamentos pífios<br />

e maior pressão sobre floresta futura.<br />

A falta de lógica na edição do CRV, longe de diminuir a ilegalidade,<br />

penaliza empresas que investem em planejamento<br />

com foco de minimizar riscos de degradação e, por vezes,não<br />

tendo acesso ou capital para bancar estudos com a profundidade<br />

requerida, transversalmente acabam por “validar ilegalmente”<br />

produções “legalmente obtidas”, abrindo espaço<br />

para espertos de plantão auferirem resultados crescentes<br />

por meios escusos de acobertamento da produção.<br />

A máxima de se controlar todas as fases da produção de<br />

florestas leva a deficiências fiscalizatórias de toda ordem,<br />

quer por falta de efetivo, quer por falta de expertise em todas<br />

as etapas do processo, quando importante seria concentrar-<br />

-se na área efetiva do manejo, dispendendo esforços para<br />

avaliar de forma inteligente e em tempo real a origem do<br />

recurso explorado, quer do manejo ou mesmo de áreas de<br />

conversão, com fiscalização in loco a partir de análises prévias<br />

que ensejem a checagem e aí,de fato punir a detrator<br />

ambiental, pois já é passada a hora de se separar o que é joio<br />

do trigo.<br />

Em feiras espalhadas pelo mundo é verificável o número<br />

crescente de empresas preocupadas com o progresso tecnológico,<br />

aperfeiçoando sua produção com técnicas atualizadas<br />

de cortar, beneficiar, industrializar o produto madeira, gerando<br />

riquezas necessárias ao consumo do planeta a partir de<br />

matéria prima oriunda de florestas remanescentes exploradas<br />

de forma sustentável.<br />

Diante dessa realidade, o Brasil, detentor dessa imensa<br />

riqueza florestal, queda-se impotente a uma participação pífia<br />

no bolo de fornecimento global do produto madeira, em<br />

um estado de tolice e ignorância, numa absurda abstinência<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

49


OPINIÃO<br />

EQUIPAMENTOS,<br />

PROCESSOS, TECNOLOGIAS<br />

DIFERENCIADAS E<br />

COMPLEMENTARES<br />

comercial, imposta pelo fato de que os órgãos de controle<br />

da atividade, por não saberem como controlar o uso, geram<br />

diretrizes restritivas pelas quais nossos concorrentes internacionais<br />

agradecem e aplaudem.<br />

O inconsciente coletivo está totalmente anestesiado por<br />

meio de máximas subliminarmente desenvolvidas por formadores<br />

de opinião, estabelecendo uma "nova consciência<br />

ecológica" através do medo, criando a imagem do industrial<br />

detrator, criminoso até prova em contrário e pior, alijando o<br />

setor de pensadores em políticas florestais para a Amazônia,<br />

assumindo sua gestão uma turba sequiosa por responder<br />

mesmo o que não lhe foi perguntado, gerando satisfações<br />

externas a qualquer preço, mesmo que o custo seja infligir<br />

subdesenvolvimento a uma grande parte da população do<br />

país que tem de morrer de amor por árvores, mas se necessitar<br />

do progresso para salvar a vida de um filho, restar-lhe-á<br />

de joelhos clamar ao Salvador, posto que progresso não lhe<br />

pertence, condenados ao atraso numa total dicotomia da realidade,<br />

o priorizando somente após flora e fauna, sendo de<br />

fácil constatação que algo está fora do lugar.<br />

Sim ao uso de nossas florestas, sim ao conhecimento que<br />

temos da floresta, não aos absurdos plantados na mídia, sim<br />

ao conhecimento da transformação da floresta em bens de<br />

consumo, sim a normas legislativas aplicáveis, não a discursos<br />

fáceis, demagógicos e com ideológia perversa, sim a que<br />

órgãos de controle se postem do mesmo lado do balcão dos<br />

industriais que apostam na perenidade da floresta amazônica,<br />

gerando recurso e renda a rincões que precisam de exploração<br />

racional para sua sobrevivência e inclusão social de<br />

maneira sustentável. A falta de visão, nos leva a desperdiçar<br />

excelentes oportunidades de negócios, contaminados por fatores<br />

subjetivos ecológicos improváveis, impossibilitando ganhos<br />

econômicos que trariam enormes benefícios ao meio-<br />

-ambiente e ao entorno das florestas e, não destruição como<br />

falsamente se dissemina a todo o país, não levando em conta<br />

a realidade amazônica e dos amazônidas, afinal de contas,<br />

nada pode ser mais degradante que sujeição à falta de saneamento<br />

básico e miséria.<br />

A ausência de contextualização dos órgãos controladores<br />

da atividade, renitentemente pautados por comando e controle<br />

distantes das ações de fomento e desenvolvimento, depara-se<br />

com uma terrível inflexão...ou se ajusta o modelo ou<br />

se extingue a atividade de base florestal de nativas, motivado<br />

por ações largamente divulgadas que execram e colocam<br />

quem tira uma árvore para prover sustento de sua família no<br />

mesmo patamar de um grande predador, com arrestos e exe-<br />

50<br />

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cuções sumárias, sem direito ao contraditário, destruindo-se<br />

patrimônio num estado de ditadura ambiental, chutando cachorro<br />

morto com ampla divulgação, que longe de ser exemplar,<br />

cria clima de violência pela violência.<br />

As revoltas ocorridas recentemente nos Estados do Pará,<br />

Mato Grosso e Amazonas, com queimas de veículos, escritório<br />

do Ibama e de outras autarquias, em represália às ações<br />

do Ibama em queima de tratores, caminhões, pás carregadeiras,<br />

tratores florestais, balsas e outros equipamentos, são<br />

fortes indicativos de que algo tem que ser mudado, que esse<br />

modelo ultrapassado de violência só pode gerar mais violência<br />

e, há de se buscar alternativas, promover fóruns de discussão<br />

e, o mais rápido possível, posto que alguns estados<br />

contam com mais de 85% de cobertura florestal nativa, se<br />

constituindo numa forma possível de inclusão social e renda<br />

com baixo custo, entretanto, ações recentes jogam a pá de<br />

cal à pretensão de que empresas sérias se mantenham no negócio,<br />

afastando-as definitivamente, tal como ocorrido com<br />

tantas outras, mesmo cientes da espinhosa, mas importante<br />

missão de dar continuidade à produção florestal, em sintonia<br />

com a consciência coletiva de que o mundo vai consumir<br />

madeiras indefinidamente, pois a madeira é dos poucos materiais<br />

de construção carbono zero, posto que a árvore nasce,<br />

cresce, reproduz-se e morre, bastando utilizá-la de forma racional,<br />

diferentemente de outras cadeias.<br />

Será possível plantar ou manejar cimento, plantar ou manejar<br />

ferro, plantar ou manejar petróleo?<br />

- Ou uma vez esgotados, esgotados estão e os impactos<br />

gerados por sua exploração são de difícil, senão impossível<br />

reversibilidade.<br />

Surreal guerra contra o manejo, pois qualquer pessoa de<br />

senso mínimo, sabe que medidas restritivas não alcançam o<br />

ilegal, seu campo de atuação é do lado de fora da lei, detectável<br />

com fiscalização séria e inteligência.<br />

Não se pode dirigir no escuro, com os faróis apagados e<br />

em alta velocidade, mudança já, temos que ouvir todos os<br />

lados, debruçarmo-nos sobre fatos, dados e promover amplas<br />

discussões sobre o tema, para depois concluirmos o que<br />

é melhor, não podemos submetermo-nos à máxima de que<br />

esse é um país que vai para a frente ... para a frente da televisão<br />

e do computador, comprando meias verdades, ou quem<br />

sabe meias mentiras.


LEGISLAÇÃO<br />

LEI QUER<br />

INCENTIVAR<br />

PAGAMENTO<br />

DE MULTAS<br />

Fotos: divulgação<br />

52<br />

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SOMENTE 5% DOS AUTUADOS PELO IBAMA SALDAM<br />

AS DÍVIDAS, A INTENÇÃO DO GOVERNO É AUMENTAR<br />

A ARRECADAÇÃO E REVERTER EM PROJETOS DE<br />

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

53


LEGISLAÇÃO<br />

O PLANTIO DE ÁRVORES NATIVAS,<br />

COMO O PARICÁ, TAMBÉM PODE<br />

SER FINANCIADO PELA VERBA<br />

OBTIDA COM O PAGAMENTO<br />

DE MULTAS<br />

ano. Boa parte deste fundo deveria vir das multas aplicadas<br />

por agressões ao meio ambiente. O problema é que somente<br />

5% dos R$ 3 bilhões em autuações realizadas ao ano são<br />

pagos. “O que ocorre hoje é que, com o baixo pagamento,<br />

o autuado sabe que pode ficar no processo administrativo,<br />

apresentando muitos recursos, judicializando. Isso estimula<br />

novas infrações. Queremos reverter esse quadro do pouco<br />

pagamento das multas”, argumenta a presidente do Ibama,<br />

Suely Araújo.<br />

A expectativa do governo é que o decreto 9.179/17 seja<br />

capaz de levantar R$ 4,6 bilhões para serem convertidos em<br />

serviços ambientais. “É importante ressaltar que a conver-<br />

O<br />

governo resolve encarar o fato que praticamente<br />

ninguém paga multas ambientais e proporcionar<br />

um caminho para financiar projetos de recuperação<br />

do meio ambiente. De acordo com o Ibama (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),<br />

95% dos autuados estão inadimplentes, todos com<br />

recursos na justiça. Em outubro, o presidente Michel Temer<br />

assinou decreto que confere descontos de até 60% do valor<br />

das autuações. O recurso será convertido na recuperação de<br />

áreas degradadas.<br />

O orçamento do MMA (Ministério do Meio Ambiente)<br />

para ações ambientais é baixo. São apenas R$ 600 milhões ao<br />

O PRIMEIRO PROJETO PREVÊ A<br />

RECUPERAÇÃO DE PARTE DO RIO<br />

SÃO FRANCISCO<br />

54<br />

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são não implica em anistia de multas, já que a obrigação de<br />

pagar é substituída pela prestação de serviços ambientais.<br />

Tampouco significa renúncia fiscal”, assegurou o ministro<br />

do Meio Ambiente, Sarney Filho.<br />

NÃO É ANISTIA<br />

Para especialistas a desinformação é um dos maiores<br />

problemas para entender a questão. “A conversão de multas<br />

em serviços de preservação do meio ambiente não foi<br />

criada pelo Decreto 9.179. Já era prevista pela Lei 9.605 de<br />

1998 (Lei de Crimes ambientais) e regulamentada 10 anos<br />

mais tarde”, explica Marcelo Leoni Schmid, advogado e engenheiro<br />

florestal. Mas até a edição do novo decreto, ainda<br />

havia muita insegurança jurídica. As empresas preferiam<br />

recorrer quando autuadas e se beneficiar da demora dos<br />

processos do que se arriscarem em assumir o compromisso<br />

de prestação de serviços ambientais que poderia sair mais<br />

caro que a própria multa.<br />

Um ponto importante, e que gera bastante confusão, a<br />

multa não isenta o infrator de reparar o dano causado, são<br />

duas obrigações diferentes e ele deve cumprir com ambas.<br />

“Não poderá o infrator utilizar o benefício da conversão de<br />

multa para reparação de danos decorrentes das próprias<br />

infrações”, ressalta Rodrigo de Almeida, biólogo e sócio-<br />

-diretor do Grupo Index, que realiza projetos e consultoria<br />

ambiental.<br />

O decreto disponibiliza duas modalidades para sanar o<br />

passivo. Na conversão direta, as empresas que cometeram<br />

crimes ambientais ou estão inadimplentes terão 35% de<br />

desconto no total da multa ao se comprometerem a investir<br />

o valor em recuperação ambiental. Já na conversão indireta,<br />

o infrator recebe desconto de 60% do valor total da<br />

multa, que se torna uma cota para realização de um projeto<br />

de recuperação prioritário. Até então este dinheiro ficava<br />

no fundo geral, o que dificultava o acompanhamento da<br />

aplicação do montante.<br />

Para conferir mais transparência, cada projeto tem a<br />

participação de uma comissão mista formada pelo poder<br />

público e sociedade civil. O débito só será considerado encerrado<br />

quando os serviços ambientais forem concluídos.<br />

Até o final deste ano, deve ser publicado o primeiro edital,<br />

que prevê investimentos na bacia do rio São Francisco.<br />

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ESPECIAL<br />

NOITE PARA<br />

CELEBRAR<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

ENTREGA DO PRÊMIO REFERÊNCIA REÚNE<br />

EMPRESÁRIOS, PROFISSIONAIS E ACADÊMICOS<br />

DO SETOR DE BASE FLORESTAL<br />

56<br />

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O<br />

tradicional evento para a entrega das placas aos<br />

10 vencedores do PRÊMIO REFERÊNCIA, foi realizado<br />

no dia 20 de novembro, em Curitiba (PR).<br />

A 15ª edição da homenagem promovida pela JOTA EDITORA<br />

reuniu representantes de diversas partes do país ligados ao<br />

manejo florestal, plantio, beneficiamento de produtos madeireiros<br />

e biomassa. O encontro foi marcado por mensagens<br />

positivas e otimistas para 2018.<br />

Desde o início, a intenção da premiação foi reconhecer<br />

atitudes que têm impacto positivo na cadeia produtiva de<br />

base florestal. São ações que trazem benefícios ao meio<br />

ambiente, à economia e à sociedade. O Prêmio tem caráter<br />

democrático. Durante o processo de escolha dos ven-<br />

cedores, o porte das empresas ou entidades é deixado de lado.<br />

O objetivo é mostrar que independente do tamanho é possível<br />

impactar pessoas de forma positiva e inspirá-las.<br />

Este ano é ainda mais especial, são representantes de diversos<br />

setores. Grandes indústrias que realizaram aportes milionários<br />

e companhias familiares, que ajudaram a movimentar a economia<br />

local de forma sustentável e criativa. Exemplos de sucesso<br />

que fazemos questão de exaltar. Veja quem são os 10 destaques<br />

do ano e o motivo da escolha:<br />

Claudia D'Amato do Marketing da Abtcp e<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />

do GRUPO JOTA<br />

ABTCP<br />

O associativismo é a base para que um setor evolua, conquiste espaço e<br />

cresça. Neste ano a Abtcp (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel) comemora<br />

meio século de história. Ao longo deste tempo a entidade mostrou caminhos<br />

e as tendências mundiais deste setor tão dinâmico, principalmente, por<br />

meio do congresso que realiza anualmente. A capacitação profissional e pessoal,<br />

tão importante quanto os avanços tecnológicos, também parte dos objetivos<br />

centrais da Abtcp, assim como a disseminação de conhecimento por meio da<br />

publicação técnica de produção própria. "Gostaria de agradecer essa homenagem<br />

dedicada à associação. Desde a sua fundação, nos dedicamos ao desenvolvimento<br />

técnico de profissionais, sempre buscando acompanhar os novos<br />

tempos", afirmou Claudia D'Amato, do Departamento de Marketing da Abtcp.<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

57


ESPECIAL<br />

COMPENSADOS CONFIANÇA<br />

Ademar Morgan, representante da Compensados<br />

Confiança e Pedro Bartoski Jr., diretor executivo<br />

do GRUPO JOTA<br />

Representante do setor produtivo do norte do país, a Compensados Confiança<br />

utiliza o paricá para a confecção de seus produtos. A espécie nativa é<br />

plantada, possui grande qualidade e rápido crescimento. Ao lado de mais duas<br />

indústrias, ela é responsável por boa parte da renda gerada em Rondon do Pará<br />

(PA). A companhia tem um trabalho para o fomento do plantio florestal com assentados<br />

em áreas próximas. É uma parceria com órgãos governamentais para<br />

fornecer insumos e técnicas a agricultores que terão na floresta outra fonte de<br />

renda. "É uma honra estar aqui esta noite recebendo esse prêmio, realmente, é<br />

um incentivo para a indústria. Os grandes homenageados desta noite do nosso<br />

setor deveriam ser a equipe do GRUPO JOTA, que tanto faz pelo nosso setor",<br />

discursou Ademar Morgan, representante Comercial para o sul do país e agente<br />

de exportação.<br />

CONCREM WOODS<br />

Joseane Knop, diretora de Negócios do GRUPO<br />

JOTA e Silvano D'Agnoluzzo, diretor da Concrem<br />

Wood<br />

A Concrem Wood Agroindustrial é uma moderna empresa, criada em 2013<br />

para a fabricação de portas de madeira de plantios florestais e componentes.<br />

Com sede em Dom Eliseu (PA), os produtos fabricados pela indústria conquistaram<br />

a certificação da Abnt (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para<br />

Portas de Madeira para Edificações. A empresa faz parte da Abimci (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) e é integrante<br />

do PSQ (Programa Setorial de Qualidade). "Com muito orgulho venho lá do Pará<br />

para receber esse prêmio. É um reconhecimento muito bom para o nosso setor,<br />

que a cada vez busca mais a sustentabilidade", Silvano D'Agnoluzzo, diretor da<br />

Concrem Wood.<br />

FIBRIA<br />

Caio Zanardo, diretor florestal da Fibria e Fábio<br />

Machado, diretor comercial do GRUPO JOTA<br />

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Sobraram motivos para a escolha da quarta premiada. Não bastasse a presença<br />

internacional no competitivo mercado de celulose e os avanços tecnológicos<br />

na logística florestal com a introdução do pentatrem e do viveiro de mudas<br />

automatizado, <strong>2017</strong> é o ano de inauguração da nova planta industrial de Três<br />

Lagoas (MS). O prêmio não foi conquistado somente pelos números estratosféricos<br />

que a companhia atingiu, mas pela incansável vontade de evoluir e inovar.<br />

"Em nome da Fibria, é uma satisfação receber esse prêmio, <strong>2017</strong> foi um ano<br />

que marcou uma nova fronteira, com o projeto em Três Lagoas", afirmou Caio<br />

Zanardo, diretor florestal.<br />

58<br />

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GRUPO LWART<br />

O Grupo Lwart criou um forte laço com o povo de Lençois Paulistas (SP).<br />

Entre as iniciativas estão ações ligadas à cultura, esporte, lazer e preservação<br />

do meio ambiente. Em junho, o grupo apresentou uma mostra com arte digital.<br />

Com a temática: Conscientizar para Preservar; em comemoração ao Mês<br />

do Meio Ambiente, foram realizadas oficinas do projeto: Comitiva Arte Digital;<br />

voltadas para adolescentes. Ajudou a reunir mais de 2 mil pessoas na corrida e<br />

caminhada de rua em Lençois Paulista e neste ano passou a patrocinar também<br />

o time de basquete de Bauru, que tem a torcida dos moradores de toda a região.<br />

Vinícius Cordeiro da Silva, recebeu o prêmio em nome do departamento de comunicação<br />

do Grupo Lwart.<br />

Pedro Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO<br />

JOTA e Vinícius Cordeiro da Silva, representante<br />

da Comunicação do Grupo Lwart<br />

MADVEI<br />

Atender as expectativas do cliente. Este é o objetivo de várias empresas, mas<br />

poucas conseguem atingir. Entre as que têm sucesso está a Madvei, fabricante<br />

de produtos de madeira tratada e in natura. Neste ano, a empresa inaugurou<br />

novo showroom na capital paranaense. Apesar da crise, a empresa acreditou no<br />

mercado e, principalmente, continua acreditando no mercado para a madeira.<br />

"É um orgulho estar recebendo essa homenagem e agradecer também a RE-<br />

VISTA REFERÊNCIA, que sempre mostra as tendências no nosso setor. No meio<br />

de tanta corrupção, tentamos enxergar horizontes melhores", Joaquim Marcos<br />

Iensue, diretor da empresa.<br />

Joaquim Marcos Iensue, diretor da Madvei<br />

e Joseane Knop, diretora de Negócios do<br />

GRUPO JOTA<br />

GRANOL<br />

Sustentabilidade é uma palavra que há algum tempo anda na moda. Para<br />

saber como é na prática basta visitar a Fazenda Modelo II da Granol, em Ribas do<br />

Rio Pardo (MS). Nos 7,6 mil ha (hectares) realiza a integração lavoura-pecuária-<br />

-floresta e conta também com uma moderna serraria, com alto aproveitamento<br />

da matéria-prima, eucalipto plantado de alta qualidade. O empreendimento<br />

todo foi pensado em gerar o mínimo de impacto possível, dar oportunidade para<br />

quem mora na localidade e captar carbono por meio de práticas sustentáveis.<br />

"É um prazer estar em Curitiba (PR) recebendo esse prêmio em nome do grupo<br />

Granol. Prezamos pela palavra sustentabilidade há muitos anos. Isso dá valor a<br />

nossa empresa", Carlos Marinho Júnior, coordenador da Unidade Serraria.<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />

do GRUPO JOTA e Carlos Marinho Júnior,<br />

coordenador da Unidade Serraria da Granol<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

59


ESPECIAL<br />

MADESCH<br />

Neri Schlemper, diretor da Madesch e Pedro<br />

Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO JOTA<br />

O mundo quer ficar em harmonia com o meio ambiente. São empresas<br />

como a Madesch que tornam isto possível. A empresa mereceu figurar entre<br />

as premiadas pelo destaque nacional em construções sustentáveis e eficientes<br />

com madeiras de reflorestamento tratadas. A indústria realiza todas as etapas<br />

do processo, beneficiamento das madeiras, transporte, projeto e execução das<br />

obras. Entre os empreendimentos de <strong>2017</strong> está o galpão em madeira tratada<br />

com área livre de 2.500 m² (metros quadrados). Além da obra de alto padrão,<br />

um wine bar localizado dentro de uma vinícola catarinense que conta ainda com<br />

uma incrível cobertura de grama natural. "Não temos muitas palavras: muito<br />

obrigado em nome da nossa família e do Grupo Madesch", discursou o diretor<br />

da empresa, Neri Schlemper.<br />

MADTRAT<br />

Joseane Knop, diretora de Negócios do GRUPO<br />

JOTA, entre os sócios Jackson Cesar Correa Alves<br />

e Jacyr Correa Alves<br />

Para mostrar os benefícios da madeira tratada e ampliar o conhecimento de<br />

quem comercializa os produtos diretamente com o público, a Madtrat criou o<br />

Projeto Expedição da Madeira. Com o apoio de lojas parceiras a fabricante de<br />

produtos madeireiros aproxima a indústria do consumidor final e colabora para<br />

o entendimento mais amplo dos benefícios que a matéria-prima traz ao meio<br />

ambiente, economia e sociedade. “Esse projeto visa levar um pouco mais de<br />

informação sobre o nosso setor da preservação de madeira e a REFERÊNCIA tem<br />

sido difusora dessa informação no âmbito nacional”, comentou Jackson Cesar<br />

Correa Alves, sócio da empresa. “Isto só é possível por meio de ações como<br />

essa, que nos motiva e aumenta a nossa responsabilidade". Completou ao receber<br />

o prêmio.<br />

REFLORESTAR SERVIÇOS FLORESTAIS<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial do<br />

GRUPO JOTA e Ataíde Lopes da Silva, diretor da<br />

Reflorestar Serviços Florestais<br />

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A colheita mecanizada de madeira e o transporte florestal exigem das empresas<br />

conhecimento técnico e muita competitividade. A Reflorestar Serviços<br />

Florestais reúne estes dois aspectos. Em <strong>2017</strong>, obteve resultados incomparáveis<br />

na condução das atividades que presta em áreas de grandes empresas florestais,<br />

por meio de práticas responsáveis, respeito aos colaboradores e capacidade<br />

para alcançar metas de produtividade por m3 (metro cúbico) de madeira colhida,<br />

processada e transportada até a fábrica. "Gostaria de agradecer imensamente<br />

a Revista e às pessoas que nos indicaram. Agradecer as empresas, também,<br />

que são o palco em que mostramos nosso trabalho, e a todos que nos ajudaram<br />

a prestar um bom serviço", finalizou o diretor da empresa, Ataíde Lopes da Silva.<br />

60<br />

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CONFIRA<br />

QUEM MARCOU<br />

PRESENÇA<br />

NO PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA<br />

<strong>2017</strong><br />

Raul Garcia e Marcel Vieira<br />

Claudia D’Amato<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

CLICKS<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Ataíde Lopes da Silva<br />

Eduardo Rechenberg e Joseane Knop<br />

Neri Schlemper Jr. e Neri Schlemper<br />

Joaquim Iensue, Solange Telma, Fabricio<br />

Mahssan e Luciane do Prado<br />

Altair de Oliveira e Marcelo Vieira<br />

Eduardo Silva Lopes e Felipe de Oliveira<br />

Caio Zanardo e Tomás Balistiero<br />

Kleber Pereira e Natara Evelin<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

61


CLICK<br />

Equipe Madvei<br />

Jackson Alves e Ebraim Malaquias Jr.<br />

Valéria Brizola e Tatiano Segalin<br />

Gilberto Abrão Jr. e Olavo Rodrigues<br />

Rômulo Lisboa<br />

Teofilo Marien, José Carlos e Silvio Lima<br />

CLICKS<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Jucelene D’Agnoluzzo e Silvano D’Agnoluzzo<br />

Janete Morgan e Ademar Morgan<br />

Josias Scrock e Elizabete Scrock<br />

Rodrigo Lopes e Waldemar Lopes<br />

62<br />

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Pedro Bartoski Jr., Valéria Brizola e<br />

Tatiano Segalin<br />

Erick Mandarino, Pâmela Mandarino e<br />

Soraya Pacheco<br />

CLICKS<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

José Domingues Mendes<br />

Antonio Marinho e Silvio Marinho<br />

Mira Graçano e Toni Casagrande<br />

Manuel Ribeiro e Rosilda Ribeiro<br />

Pedro Bartoski Jr., Joseane Knop e<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

Fábio Alexandre Machado, Tatiano Segalin, Valéria<br />

Brizola, Joseane Knop e Pedro Bartoski Jr.<br />

Fernando Strobel e Fábio Alexandre Machado<br />

Fábio Buttenbender<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

63


ARTIGO<br />

LENHO E CASCA<br />

DE EUCALYPTUS E<br />

ACACIA EM PLANTIOS<br />

MONOESPECÍFICOS E<br />

CONSORCIADOS<br />

RESUMO<br />

O<br />

objetivo deste estudo foi avaliar a variação<br />

do teor e espessura da casca e da densidade<br />

básica da madeira de Eucalyptus e Acacia<br />

plantados em monocultivo e consórcio. Cinco árvores<br />

de Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis e cinco de<br />

Acacia mangium foram investigadas em plantios monoespecíficos<br />

e mistos, totalizando 20 árvores. O teor e espessura<br />

da casca produzida pela Acacia em monocultivo<br />

(47,5% e 1,32 cm) foram aproximadamente três vezes<br />

superiores, quando comparadas àquelas do plantio consorciado<br />

(15,2% e 0,51 cm). A partir desses resultados,<br />

conclui-se que não há diferença significativa entre as<br />

médias da densidade básica das madeiras de Eucalyptus<br />

e Acacia provenientes dos plantios monoespecíficos<br />

e mistos. Contudo, há variação longitudinal significativa<br />

em termos de densidade básica da madeira das árvores<br />

de Acacia e de Eucalyptus provenientes tanto do plantio<br />

monocultivado como do consorciado, indicando que há<br />

diferença na qualidade da madeira manejada para uso<br />

múltiplo.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A necessidade em suprir a demanda madeireira do<br />

país levou ao aumento dos plantios de espécies florestais<br />

com crescimento rápido. Dentre as possibilidades de<br />

manejo e condução de florestas, o consórcio de espécies<br />

é uma técnica considerada promissora para uso múltiplo<br />

dos recursos naturais (Kleinpaul et al., 2010). Além de<br />

aumentar a quantidade de nitrogênio do solo pela fixação<br />

biológica (Bouillet et al., 2008), os plantios consorciados<br />

com espécies da família das Fabaceas propiciam a<br />

utilização do solo de forma mais eficiente (Coelho et al.,<br />

2007), devido principalmente às diferenças no sistema<br />

radicular e a exigência nutricional (Vezzani, 1997).<br />

Atualmente, 5,1 milhões de hectares do território<br />

nacional estão ocupados por plantações do gênero<br />

Eucalyptus, enquanto a superfície plantada por Acacia<br />

totaliza aproximadamente 148.311 ha (Abraf, 2013).<br />

A madeira de Eucalyptus tem sido usada com sucesso<br />

como fonte de matéria-prima para diversos fins industriais,<br />

principalmente produção de polpa celulósica e<br />

carvão vegetal, ao passo que a madeira de Acacia ainda<br />

64<br />

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CAMILA LUIZ SILVA, BRUNA DE CARVALHO ROLDÃO E<br />

LEONARDO DAVID TUFFI SANTOS<br />

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UFMG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE<br />

MINAS GERAIS)<br />

PAULO RICARDO GHERARDI HEIN<br />

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS DA UFLA (UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE LAVRAS)<br />

Fotos: arquivo


ARTIGO<br />

ACÁCIA MANGIUM É UMA ESPÉCIE BASTANTE POPULAR<br />

NO RIO GRANDE DO SUL<br />

tem sido alvo de investigação para melhorar seu manejo<br />

e utilização em certas aplicações (Pinso & Nasi, 1992;<br />

Alencar, 2009; Veiga et al., 2010; Batista, 2010).<br />

A maioria dos estudos sobre os plantios monoespecíficos<br />

ou mistos desses gêneros tiveram o objetivo<br />

de avaliar as características de crescimento das árvores<br />

(Forrester et al., 2004; Vieira et al., 2011). Alguns estudos<br />

têm sido realizados com o intuito de comparar a<br />

qualidade da madeira e do teor de casca produzidos por<br />

plantios monoespecíficos e consorciados. Em relação<br />

aos cultivos monoespecíficos, a literatura está repleta<br />

de estudos sobre a produtividade e qualidade da madeira<br />

de Eucalyptus (Oliveira & Silva, 2003; Queiroz et al.,<br />

2004; Trugilho et al., 2007) e de Acacia (Rawchal et al.,<br />

2001; Kim et al., 2008). Concernindo os estudos sobre os<br />

cultivos mistos, Teago (2012) e Gonçalves & Lelis (2012)<br />

avaliaram a qualidade das madeiras de Acacia e Eucalyptus<br />

provenientes de plantios consorciados e mostraram<br />

que há grande variação entre os experimentos, indicando<br />

que não existe um padrão de comportamento bem<br />

esclarecido.<br />

Dessa forma, estudos planejados para compreender<br />

a influência das condições de crescimento nas características<br />

da árvore e de sua madeira seriam úteis<br />

para identificar em que medida a densidade de plantio<br />

controla as características da casca e da madeira para<br />

orientar as prescrições silviculturais e propiciar utilização<br />

mais racional deste material.<br />

Klein et al. (1992) apresentaram um estudo em que<br />

a produção de madeira e de casca de Acacia foram avaliadas<br />

em diferentes espaçamentos. Contudo, pouco se<br />

sabe a respeito da influência da densidade de plantio<br />

sobre a variação nas características das árvores de plantios<br />

consorciados. A casca, que já foi considerada resíduo<br />

pela indústria de base florestal há algumas décadas,<br />

tem sido usada pela indústria como combustível barato<br />

e oportuno; e futuramente a casca poderá ser considerada<br />

uma fonte de fitoquímicos de ampla utilização (Foelkel,<br />

2005). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar<br />

a variação da densidade básica da madeira, do teor e<br />

da espessura da casca do híbrido Eucalyptus urophylla<br />

× Eucalyptus grandis e da Acacia mangium em plantios<br />

monoespecíficos e em consórcio.<br />

66<br />

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2. MATERIAL E MÉTODOS<br />

O plantio experimental foi instalado em janeiro de<br />

2009 em sistema de consórcio e monocultivo com os híbridos<br />

Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis e Acacia<br />

mangium. O espaçamento no sistema de monoespecífico<br />

foi de 2 × 3 m, e no consórcio de 2 × 10 m.<br />

O experimento está localizado no Instituto de Ciências<br />

Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais,<br />

Montes Claros (16°40’4,52” latitude sul e 43°50’39,70”<br />

latitude oeste, a 598 metros de altitude). O clima é Aw-<br />

-Tropical de Savana, segundo classificação de Köppen<br />

(Peel et al., 2007), sendo caracterizado por temperaturas<br />

anuais elevadas e regime chuvoso marcado por duas estações<br />

bem definidas, de verão chuvoso e inverno seco.<br />

O solo é do tipo argissolo vermelho-amarelo eutrófico.<br />

2.1. Seleção das árvores - amostras<br />

Foram selecionadas 10 árvores de Acacia e 10 de<br />

Eucalyptus, sendo 5 de cada espécie/sistema de plantio<br />

com base na retidão do fuste e no estado fitossanitário.<br />

Os indivíduos selecionados foram abatidos em agosto de<br />

2013, quando os plantios completaram 4 anos e 6 meses<br />

de idade.<br />

2.2. Amostragem<br />

As árvores abatidas foram seccionadas em diferentes<br />

alturas, sendo retirados discos de 30 mm de espessura,<br />

livres de defeitos, a 0%, 25%, 50%, 75% e 100% da<br />

altura comercial.<br />

2.3. Determinação da espessura e do teor de casca<br />

Para determinar a espessura da casca dos discos, três<br />

medidas foram realizadas com auxílio de um paquímetro<br />

em três pontos aleatórios e equidistantes das cascas retiradas<br />

dos discos. Após obter a média da espessura da<br />

casca, o teor de casca foi calculado como a razão entre a<br />

área ocupada pela casca e a área total determinada em<br />

função da espessura da casca e do diâmetro do disco.<br />

2.4. Determinação da densidade básica da madeira<br />

Para determinar a variação da densidade básica da<br />

madeira no sentido longitudinal, foram utilizadas duas<br />

cunhas opostas retiradas dos discos da base e a 25% e<br />

50% da altura comercial, e os discos completos da parte<br />

superior das árvores.<br />

Como as cunhas recém-abatidas já estavam em condição<br />

saturada, estas tiveram seus volumes determinados<br />

por meio do método da imersão em água, com base


no Princípio de Arquimedes. As amostras foram secas ao<br />

ar livre durante 3 semanas e posteriormente colocadas<br />

em estufa com circulação de ar a 103 ± 2°C, até que as<br />

suas massas permanecessem constantes. A densidade<br />

básica da madeira foi então determinada pela razão entre<br />

a massa absolutamente seca e o volume saturado, de<br />

acordo com os procedimentos descritos na NBR 11941<br />

(Abnt, 2003).<br />

2.5. Análise dos resultados<br />

O programa estatístico Spss Statistics v.19 foi utilizado<br />

para determinação das estatísticas descritivas, análises<br />

de variância (Oneway) e comparação múltipla de<br />

médias (Tukey, α = 0,05). Para a análise de variância, foram<br />

considerados quatro tratamentos: i) Eucalyptus em<br />

cultivo monoespecífico (EucMon); ii) Acacia em cultivo<br />

monoespecífico (AcaMon); iii) Eucalyptus em consórcio<br />

(EucCons) e iv) Acacia em consórcio (AcaCons).<br />

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Apresenta informações sobre o crescimento diamétrico,<br />

teor e espessura de casca e densidade das madeiras<br />

de Eucalyptus e Acacia cultivados em monocultivo e<br />

em consórcio. Quando plantadas em consórcio, as árvores<br />

de Eucalyptus e Acacia apresentaram DAP superior<br />

àquelas plantadas em monocultivo, confirmando o efeito<br />

do espaçamento no crescimento (Zobel & Jett, 1995).<br />

O teor e a espessura da casca para o Eucalyptus em consórcio<br />

e monocultivo e para a Acacia em consórcio foram<br />

estatisticamente semelhantes. Contudo, houve diferença<br />

significativa no teor e na espessura de casca da Acacia<br />

cultivada em sistema de monocultivo.<br />

Valores médios, comparação de médias entre tratamentos<br />

por teste de Tukey e coeficiente de variação<br />

para diâmetro à altura do peito (DAP, cm), teor (%) e espessura<br />

de casca (cm) e densidade da madeira (g/cm3)<br />

de Eucalyptus e Acacia cultivadas em monocultivo e em<br />

consórcio.<br />

Os resultados apresentados neste estudo estão compatíveis<br />

com aqueles relatados em estudos do gênero<br />

Eucalyptus em monocultivo. Por exemplo, Mauri (2010)<br />

avaliou dois clones de Eucalyptus urophylla × Eucalyptus<br />

grandis com aproximadamente 6 anos de idade, relatando<br />

teor de casca médio variando de 11% a 17%. Lima<br />

(2011) relatou teor de casca menores (6% a 8,4%) em<br />

Eucalyptus grandis com 21 anos de idade. Gava et al.<br />

(1995) examinaram Eucalyptus tereticornis e Eucalyptus<br />

torelliana aos 7 anos de idade com espessura variando<br />

de 0,33 cm a 1,22 cm, enquanto para o segundo a espessura<br />

variou de 0,61 cm até 2,65 cm. Os resultados apresentados<br />

por esses estudos indicam que há considerável<br />

variação no teor e espessura de casca entre as espécies<br />

do gênero Eucalyptus e a idade analisada.<br />

A NECESSIDADE EM SUPRIR A DEMANDA MADEIREIRA DO PAÍS LEVOU AO<br />

AUMENTO DOS PLANTIOS DE ESPÉCIES FLORESTAIS COM CRESCIMENTO RÁPIDO<br />

68<br />

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O teor de casca médio produzido pelas árvores de<br />

Acacia monocultivadas foi aproximadamente 3 vezes superior<br />

ao produzido no plantio consorciado. A literatura<br />

não apresenta dados experimentais que permitem comparar<br />

o teor e espessura de casca em Acacia cultivada<br />

em monocultivo ou plantio misto. A elevada espessura<br />

de casca das Acacias plantas em monocultivo pode ser<br />

explicada por duas hipóteses: i) a Acacia é uma espécie<br />

primária e, quando plantada em espaçamentos mais<br />

adensados, produz mais casca como resposta ao estresse<br />

desencadeado pela competição por nutrientes, água<br />

e luz; e ii) apesar de os dois tratamentos serem localizados<br />

a poucos metros (~10 m) um do outro, o local do<br />

monocultivo é aparentemente mais arenoso que o do<br />

consórcio. É possível também que o nível de fertilidade<br />

dos solos seja diferente. Contudo, as árvores de Eucalyptus<br />

não foram sensíveis a essa possível e pequena variação<br />

ambiental a que também foram sujeitas.<br />

Em monocultivos, Rawchal et al. (2001) avaliaram<br />

Acacia mearnsii aos 7 anos de idade, plantados com espaçamento<br />

3 × 1,66 m em 11 classes de solos com características<br />

distintas e observaram que as espessuras<br />

das cascas variaram de 0,43 cm a 0,58 cm. Os resultados<br />

apresentados por Rawchal et al. (2001) são semelhantes<br />

aos valores médios apresentados. Contudo, Teago<br />

(2012) relatou teor de casca médio inferior (9,62%) em<br />

Acacia mangium aos 6 anos e 3 meses de idade plantados<br />

em monocultivo e em espaçamento 3 × 3 m.<br />

Os resultados são interessantes porque permitem<br />

a comparação do teor e espessura de casca produzidas<br />

por duas espécies distintas cultivadas em sistemas<br />

e condições de crescimento diferentes. A variação no<br />

teor e espessura de casca pode trazer benefícios para<br />

a árvore, mas acarreta desvantagens para sua utilização<br />

industrial (Trugilho et al., 2003). A madeira com alto teor<br />

de casca eleva os gastos quando utilizada para produção<br />

de celulose, visto que ela conduz polpa de baixa alvura e<br />

demanda de mais substâncias químicas para o cozimento<br />

(Foelkel, 2005), ao passo que árvores com maiores<br />

espessuras de casca podem suportar passagem de fogo<br />

por tempo superior a 10 minutos, chegando até 20 minutos,<br />

sob temperatura de 900°C (Gava et al., 1995).<br />

3.1. Efeito do sistema de plantio na densidade básica<br />

da madeira


ARTIGO<br />

Não houve diferença significativa entre as médias<br />

da densidade básica das madeiras de Eucalyptus e Acacia<br />

produzidas em plantios monoespecíficos e mistos.<br />

É possível notar que a densidade da madeira da Acacia<br />

variou em maior magnitude (CV= ~3%).<br />

Em relação à densidade da madeira, a literatura<br />

apresenta enorme volume de informação a respeito da<br />

variação espacial entre e dentro das espécies desses<br />

gêneros. Os valores médios de densidade da madeira<br />

apresentados na Tabela 1 são compatíveis com outros<br />

estudos. Em cultivo monoespecífico de Acacia, Alencar<br />

(2009) estudou quatro espécies do gênero Acacia aos 5<br />

anos de idade, encontrando densidade básica variando<br />

entre 0,357 e 0,534 g cm-3. Em cultivos mistos, Gonçalves<br />

& Lelis (2012), ao estudarem árvores de Acacia<br />

mangium aos 4,2 anos de idade consorciadas com o<br />

híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, relataram<br />

densidade básica média de 0,34 g cm-3. Porém,<br />

não há informação sobre a densidade da madeira dos<br />

Eucalyptus.<br />

Teago (2012) avaliou a densidade da madeira de<br />

plantios monoespecíficos e mistos de Acacia mangium e<br />

um clone Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis com<br />

6 anos e 3 meses de idade. O autor relatou densidade<br />

básica média da madeira de Acacia de 0,40 g cm-3 em<br />

monocultivo e 0,43 em consórcio. Os valores encontrados<br />

por Teago (2012) são inferiores aos relatados no presente<br />

estudo. Os Eucalyptus avaliados por Teago (2012)<br />

apresentaram valores médios de 0,53 g cm-3 quando<br />

plantados em monocultivo, e 0,55 g cm-3 quando consorciados.<br />

A densidade da madeira afeta os diversos usos desta,<br />

e para a produção de celulose, a baixa densidade do<br />

lenho juvenil reduz o rendimento em polpa, no entanto,<br />

não gera sérios problemas ao processo de polpação. Madeiras<br />

de baixa densidade sofrem mais defeitos durante<br />

o processamento e secagem, sobretudo em árvores jovens<br />

ou de rápido crescimento (Latorraca & Albuquerque,<br />

2000). Nas carvoarias, atividade comum no norte<br />

do Estado de Minas Gerais, onde esse experimento está<br />

implantado, a madeira de alta densidade é valorizada<br />

porque aumenta o rendimento da carbonização.<br />

3.2. Variação longitudinal das características do fuste<br />

e da madeira<br />

Não houve diferença significativa (p>0,05) na variação<br />

longitudinal no teor de casca dos Eucalyptus em<br />

ambos os sistemas de plantios e na Acacia plantada em<br />

monocultivo. Contudo, houve variação longitudinal significativa<br />

no teor de casca na Acacia plantada em consórcio.<br />

De modo geral, o teor de casca na Acacia em<br />

consórcio diminuiu da base até 75% da altura comercial,<br />

mas voltou a aumentar em direção ao topo das árvores.<br />

Resultados semelhantes foram encontrados por Teago<br />

(2012) ao estudar Acacia e Eucalyptus em monocultivo<br />

e consórcio com 75 meses de idade. O autor relatou que<br />

o teor de casca reduziu da base até cerca da metade da<br />

altura do fuste e voltou aumentar até o topo, mas sem<br />

alcançar os teores observados na base.<br />

A Figura 1 apresenta a variação longitudinal na proporção<br />

de casca em Eucalyptus e Acacia plantados em<br />

monocultivo e plantio misto. É possível observar que a<br />

quantidade de casca produzida pelas árvores plantadas<br />

em monocultivo é superior, sendo o teor de casca do Eucalyptus<br />

monocultivado levemente superior ao plantado<br />

em consórcio, e da Acacia monocultivada é, em média,<br />

2,6 vezes superior à plantada em cultivo misto.<br />

A produção de casca é indesejada em árvores destinadas<br />

à produção de papel ou carvão vegetal. Mauri<br />

(2010) relata que a madeira deve possuir mínimo teor<br />

de casca, visto que esta não é adaptada para produção<br />

da polpa. Para a produção de carvão, quanto maior<br />

quantidade de casca na madeira, maior será a porcentagem<br />

de cinzas produzidas na carbonização, o que gera<br />

problemas para produção de ferro-gusa e alguns tipos<br />

de ferro liga (Vital, 1989).<br />

A espessura da casca variou significativamente da<br />

base para o topo das árvores de Eucalyptus e de Acacia<br />

plantados em monocultivo e em consórcio. Para ambas<br />

as espécies, a espessura da casca decresceu da base do<br />

fuste ao ápice das árvores.<br />

A espessura da casca dos Eucalyptus foi semelhante<br />

em ambos os sistemas de plantio, enquanto na Acacia<br />

monocultivada a espessura da casca foi em média duas<br />

vezes maior que a mesma em consórcio na região da<br />

base das árvores (0%), e no topo das árvores (100%) foi<br />

aproximadamente três vezes superior. Este comportamento<br />

ainda não foi relatado na literatura.<br />

Em relação às características da madeira, houve variação<br />

longitudinal significativa da densidade básica da<br />

madeira das árvores de Acacia e Eucalyptus provenientes<br />

de plantio monocultivado e consorciado.<br />

De modo geral, a densidade básica da madeira dos<br />

Eucalyptus e das Acacia cultivados em ambos os sistemas<br />

de plantios decresceu da base para o topo do fuste,<br />

sendo a madeira de maior densidade encontrada base<br />

das árvores de Acacia em monocultivo. Resultados semelhantes<br />

a esses foram relatados por Alencar (2009),<br />

Teago (2012), Sette et al. (2012), Hein (2011). Em Acacia,<br />

Alencar (2009) relatou que a densidade básica da madeira<br />

foi alta na base, com gradativa redução ao longo<br />

70<br />

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da altura para os quatro materiais genéticos de Acacia<br />

avaliados pela autora.<br />

Gonçalves & Lelis (2012) analisaram a madeira de A.<br />

mangium em consórcio com Eucalyptus, em que a densidade<br />

da madeira foi maior na base das árvores, diminuindo<br />

ao longo do fuste até 75% da altura, e com ligeiro<br />

acréscimo a partir desse ponto. Foelkel (2012) relatou<br />

que a tendência mais comum de ocorrer na A. mangium<br />

são valores maiores de densidade na base da árvore<br />

(0,46 a 0,54 g cm-3) e mais baixos no quartil superior<br />

(70% da altura) do fuste (0,38 a 0,42 g cm-3).<br />

Em Eucalyptus, Sette et al. (2012) estudaram a madeira<br />

de árvores com 24, 48 e 72 meses de idade, com<br />

densidade básica decaindo da base (0,42 - 0,49 g cm-3)<br />

até 3 m de altura do fuste (0,40 - 0,46 g cm-3), e a partir<br />

dessa altura aumentou até a extremidade do fuste (0,46<br />

- 0,54 g cm-3).<br />

Em geral, madeiras com densidade mais elevada são<br />

desejadas pelas indústrias. Contudo, é importante que<br />

essa característica não apresente variação espacial, pois<br />

essa matéria-prima será usada para produção de bens<br />

com qualidade homogênea. Para a produção da polpa<br />

celulósica ou de carvão vegetal, madeira mais densa leva<br />

ao aumento de incremento potencial da indústria, gerando<br />

assim mais polpa ou carvão a partir de menores<br />

volumes de madeira.<br />

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4. CONCLUSÕES<br />

Os resultados deste estudo permitem relatar que o<br />

teor e a espessura da casca do Eucalyptus consorciado<br />

e monocultivado e para a Acacia consorciada foram semelhantes,<br />

mas o teor e a espessura da casca produzida<br />

pela Acacia em monocultivo foram aproximadamente<br />

três vezes superiores em Acacia produzida no plantio<br />

consorciado.<br />

Não houve diferença entre a densidade básica média<br />

das madeiras de Eucalyptus e Acacia produzidas em<br />

plantios monoespecíficos e mistos, mas ocorreu variação<br />

longitudinal significativa na densidade da madeira<br />

de Acacia e de Eucalyptus provenientes tanto de plantios<br />

monocultivados como consorciados, traduzido por um<br />

ligeiro decréscimo de densidade da base para o topo das<br />

árvores.<br />

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Munique - Alemanha<br />

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ABRIL 2018<br />

APRIL 2018<br />

Expoforest<br />

11 a 13<br />

Ribeirão Preto (SP)<br />

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SETEMBRO 2018<br />

SEPTEMBER 2018<br />

Congresso Internacional de Biomassa<br />

4 a 6<br />

Curitiba (PR)<br />

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JUNHO 2018<br />

JUNE 2018<br />

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Natal (RN)<br />

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OUTUBRO 2018<br />

OCTOBER 2018<br />

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necessidades dos clientes e uma equipe de vendas preparada<br />

para os diferentes obstáculos, que podem surgir durante<br />

uma negociação, são bons exemplos.<br />

Não trabalhamos com uma receita de venda pronta, porém<br />

é possível ressaltar alguns detalhes essenciais. O mercado<br />

está muito mais exigente e o cliente não se ilude com<br />

argumentos e frases prontas. Não basta dizer que seu produto<br />

é melhor que o da concorrência, é preciso dizer quais<br />

são os benefícios daquilo que se está propondo ao cliente,<br />

afinal, o vendedor deve conhecer profundamente o mercado<br />

no qual atua.<br />

Alguns perfis de vendedores não são mais aceitos e essa<br />

mudança aconteceu há muito tempo. Normalmente, essas<br />

pessoas adotam atitudes que possuem um efeito contrário e<br />

afastam os compradores. São elas:<br />

O bom de papo: saber se expressar é sempre importante,<br />

mas isso não garante um negócio bem sucedido. Provavelmente<br />

essa postura terá um efeito rebote, pois o vendedor<br />

que fala demais se torna chato e cansativo, o comprador fica<br />

com a sensação de que está perdendo tempo ouvindo conversa<br />

fiada. Trabalhe os caminhos para realizar uma venda<br />

consultiva, antes de começar um monólogo sobre as diversas<br />

funções de um produto, pergunte e ouça o cliente. Quando o<br />

profissional entende a necessidade do comprador, é simples<br />

apresentar uma solução para ajudá-lo a resolver os problemas.<br />

O folheto falante: existem vendedores despreparados,<br />

que focam o portfólio de produtos, decoram todas as características<br />

técnicas e ficam tentando adivinhar quais as possíveis<br />

necessidades dos clientes. O profissional que aborda o<br />

cliente pensando apenas na venda final, que não investiga<br />

os motivadores de compra do consumidor, certamente terá<br />

uma carreira curta e perderá muitas oportunidades.<br />

O rei dos clichês: frases prontas e de efeito não soam<br />

bem. A confiança é essencial em todo bom relacionamento,<br />

os clientes percebem quando o vendedor está abusando<br />

dos clichês e que falta conteúdo. Fuja do roteiro engessado,<br />

busque argumentos que atenderão às necessidades de cada<br />

pessoa, elas não são meros números.<br />

O insistente: todos nós conhecemos um vendedor insistente<br />

demais, aquele que não quer perder a chance de fechar<br />

um negócio e acaba sendo conhecido também por ser uma<br />

pessoa inconveniente. Ser persistente para fechar uma venda<br />

é bem diferente, é necessário entender qual o perfil de<br />

todos envolvidos na negociação, mapear os influenciadores e<br />

o processo de compra. Não ultrapasse os limites de um comprador<br />

e saiba enxergar qual é a hora de parar, evitando uma<br />

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