GAZETA DIARIO 472

Foz do Iguaçu, quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
PLANEJAMENTO
Cidade
03
Plano de Mobilidade Urbana de Foz será
debatido em três audiências públicas
Primeiro encontro está marcado para ocorrer na próxima segunda-feira, no auditório
da Fundação Cultural; toda a sociedade está convocada para participar
Bruno Soares
Reportagem
Foto: Roger Meireles
Série de três audiências públicas sobre o Plano de Mobilidade Urbana começa na próxima segunda-feira
A proposta de elaboração de
um Plano de Mobilidade Urbana
para Foz do Iguaçu segue em
andamento na prefeitura. A partir
da próxima segunda-feira (8),
será dado início à série de três
audiências públicas a serem realizadas
para a promoção de debates
entre os diversos setores
que compõem a sociedade iguaçuense
e estão relacionados ao
tema.
"E é muito importante destacar
que quando falamos sobre
diversos setores da sociedade não
limitamos ao pessoal que anda
de bicicleta ou de carro. Isso engloba
praticamente toda a sociedade
iguaçuense, afinal todos
que aqui vivem transitam pela
cidade, seja por meio de veículos
próprios ou públicos, a pé ou
de bicicleta. A participação de
todos é fundamental neste processo
para garantirmos a maior
pluralidade possível de opiniões",
destacou Kalito Stoeckl, diretor
de gabinete do prefeito Chico
Brasileiro (PSD) e presidente do
grupo de trabalho instituído ano
passado para coordenar as discussões
sobre o assunto.
A primeira audiência pública
irá ocorrer na segunda-feira
(8), às 19h, no auditório da
Fundação Cultural. Já as duas
seguintes serão realizadas no
plenário da Câmara Municipal,
sendo uma no dia 29 de janeiro
e a outra no dia 5 de março,
ambas às 19h. "A realização destes
encontros é uma obrigatoriedade
imposta pelo Ministério
das Cidades justamente para
garantirmos à possibilidade de
a população se manifestar sobre
tudo o que será debatido e
proposto ao final dos trabalhos.
O momento de participação é
agora, e queremos destacar a importância
que a atual gestão da
Prefeitura Municipal dá para as
demandas de cada regional da
cidade", completou Kalito.
De acordo com assessor direto
de Brasileiro, após as audiências
caberá ao Parque Tecnológico
Itaipu (PTI), em parceria
com técnicos da prefeitura, a elaboração
do Plano Diretor a ser
formalizado. A proposta inicial
é a de que este serviço fosse executado
por uma empresa específica,
porém, por questões orçamentárias,
chegou-se à conclusão
de que o caminho viável seria a
realização própria de todo o estudo.
"E temos condições de levar
isso adiante. Contamos com excelentes
profissionais representados
pelo PTI e também pela prefeitura.
Com certeza teremos um
bom trabalho realizado após todas
essas discussões e análises de
todo o material."
Outra questão importante do
Plano de Mobilidade Urbana está
relacionada a sua complementariedade
ao Plano Diretor do Município.
"Mais uma vez vemos aí
a importância de termos um
amplo diálogo com todos os setores
sociais. Quais são as demandas
das comunidades, as particularidades
de cada região, enfim,
precisamos de um diagnóstico
real sobre Foz do Iguaçu que
indique o que precisa ser feito,
onde e como", defendeu.
Após a conclusão dos trabalhos
de levantamento sobre as
demandas, caberá ao município,
juntamente com o PTI, formalizar
o documento para que Foz
torne-se apta a pleitear recursos
de financiamento de projetos ao
governo federal e estadual.
"O governo federal e o governo
do Paraná disponibilizam recursos
para projetos de mobilidade
urbana. A conquista destes
recursos se dá por meio da
apresentação de bons projetos.
Daí a importância deste trabalho",
informou.
Lei federal
As discussões em
andamento em Foz do
Iguaçu são
fundamentadas por
meio da Política
Nacional de
Mobilidade Urbana. A
iniciativa tem por
objetivo contribuir
para o acesso universal
à cidade, o fomento e a
concretização das
condições que
contribuam para a
efetivação dos
princípios, objetivos e
diretrizes da política de
desenvolvimento
urbano, por meio do
planejamento e da
gestão democrática do
Sistema Nacional de
Mobilidade Urbana.
Estas ações são
previstas na Lei
Federal nº 12.587, de 3
de janeiro de 2012. A
norma institui as
diretrizes da Política
Nacional de
Mobilidade Urbana,
tratando-a como
instrumento de
desenvolvimento
urbano, objetivando a
integração entre os
diferentes modos de
transporte e a
melhoria da
acessibilidade e
mobilidade das pessoas
e cargas no território
do município.