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Revista Curinga Edição 12

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

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A criança que não sabe ler e apenas ouve a história,<br />

ou seja, tem um contato com a história oral, irá desenvolver<br />

a formação cognitiva e emocional. “É preciso que<br />

ela fundamente o ambiente em que vive, construa um<br />

mundo simbólico a partir do que ouve para se encontrar<br />

e poder aprender”, explica.<br />

As que já leem e possuem uma relação com a história<br />

escrita tem uma formação cognitiva mais desenvolvida,<br />

já entendem mais o mundo em que vivem e desenvolvem<br />

com a leitura a imaginação, pois um livro que só<br />

tem palavras e não tem imagens possibilita que a criança<br />

imagine e crie muito mais.<br />

A professora Jaqueline acredita que o contato com<br />

as letras e o alfabeto antes das crianças aprenderem a<br />

ler é fundamental. “Todos os dias, em sala de aula, eu<br />

leio com eles as letras do alfabeto. Todos repetem e já são<br />

capazes de identificar as letras. Além disso trago músicas<br />

e poesias. Enquanto passo o dedo pelas estrofes eles<br />

vão repetindo comigo. Ao fazer isso as crianças vão se<br />

relacionando com as letras desde cedo e ainda brincam<br />

enquanto aprendem”.<br />

De acordo com Natanael, a criança aprende através<br />

do lúdico. Quando pega um livro para ler ou senta para<br />

alguém lhe contar uma história, ela passa a participar daquilo.<br />

Mergulha no conteúdo e aquilo toca tanto a criança<br />

que ela passa a se enxergar, a se ver na narrativa.<br />

Vendo seu reflexo na leitura ela amadurece e aprende.<br />

“Uma criança que tem dificuldade em falar dos próprios<br />

sentimentos consegue se expor quando conta uma história.<br />

Ela se expressa através dos seus personagens, elabora<br />

seu dilema a partir da fantasia e também aprende a diferenciar<br />

o bom do mau, os valores da sociedade, assim<br />

como a pensar de forma encadeada, acompanhando o<br />

começo, meio e fim que as histórias possuem”, explica<br />

o psicólogo.<br />

Natanael aponta que querer ser como as princesas<br />

é algo normal e natural. É um processo de transição, é<br />

quando a criança passa a se apoiar em um personagem<br />

fictício para chegar no próprio desenvolvimento. Mas<br />

quando isso começa a se tornar uma obsessão e a fugir<br />

do controle é sinal de que algo não vai bem no cotidiano<br />

daquela criança. É quando a realidade está tão pesada<br />

que ela se apoia na fantasia.<br />

Se sonhar é saudável, portanto, Marina pode continuar<br />

sonhando com seu mundo encantado quando deita<br />

a cabeça no travesseiro, fecha os olhos, coloca seus vestidos<br />

de festa e dança como princesa nos corredores do seu<br />

castelo gigante.<br />

CURINGA | EDIÇÃO <strong>12</strong><br />

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