Anais DCIMA Final

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Nesse movimento, o ainda vídeo evoca o pitoresco e o caricato da “identidade amazônica” para
demonstrar que, mesmo diante das transformações e da construção de civilização na cidade, sua população
mantém a tradição cultural dos “povos da floresta”. No entanto, o que há aí é uma afirmação do lugar de
colonização da memória e do trajeto desses sujeitos silenciados na urbanização de Belém, pois apesar de
compor a identidade local e as tradições da cidade, seu lugar na organização do discurso da cidade é diferente
de outras personagens. A mulher de traços indígenas que come a manga (Figura 5) não está no mesmo lugar
de relevância social como o guarda e o médico (Figuras 6 e 7), que traduzem a matriz eurocêntrica da memória
coletiva, para não dizer patriarcal.
Figura 5: Personagem faz a ligação entre os hábitos tradicionais e a urbanidade da cidade
Figura 6: Guarda municipal materializa o poder do discurso europeu sobre outras memórias
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