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Felipe Turlão<br />
especial para o propMArK<br />
Pelo segundo ano consecutivo, a<br />
nova/sb recebeu o selo Pró-Ética, reconhecimento<br />
do Ministério da Transparência<br />
e Controladoria-Geral da União (CGU)<br />
em parceria com o Instituto Ethos. Implementada<br />
em 2010, a iniciativa visa promover<br />
a integrida<strong>de</strong> e a ética no ambiente<br />
corporativo brasileiro, além <strong>de</strong> reconhecer<br />
esforços <strong>de</strong> compliance para trazer mais<br />
transparência ao negócio e prevenir e combater<br />
a corrupção. A agência recebeu a honraria<br />
em um evento no qual foi representada<br />
por Oscar Kita (diretor financeiro), Bruno<br />
Fagali (gerente <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> corporativa),<br />
Bob Vieira da Costa (sócio-presi<strong>de</strong>nte), Ana<br />
Cristina Gonçalves (diretora <strong>de</strong> informação<br />
e conteúdo) e Cristina Gutemberg (diretora<br />
da agência em Brasília).<br />
Para ganharem o Pró-Ética, as empresas<br />
<strong>de</strong>vem fazer uma solicitação formal junto<br />
ao Ministério, mas os cinco meses que separam<br />
o começo do processo ao anúncio<br />
das companhias agraciadas acabam por<br />
eliminar a maioria <strong>de</strong>las. Neste ano, 375<br />
solicitaram acesso ao selo, mas apenas 23<br />
conseguiram - cerca <strong>de</strong> 6%. Do setor <strong>de</strong> comunicação,<br />
foram 14 pedidos - as empresas<br />
não são reveladas, mas, entre elas, se encontram<br />
agências, emissoras <strong>de</strong> TV e rádio.<br />
Apenas o da nova/sb foi aprovado.<br />
A busca pelo selo tem crescido fortemente.<br />
Em relação à edição anterior, o Pró-Ética<br />
teve 92% a mais <strong>de</strong> inscrições. No mercado<br />
<strong>de</strong> comunicação, nunca tantas empresas<br />
tentaram a <strong>de</strong>ferência. Além do crescimento<br />
da preocupação com o combate à corrupção,<br />
essas empresas conseguem a<strong>de</strong>quar<br />
seus processos às melhores práticas, e passam<br />
a ter um diferencial <strong>de</strong> mercado que<br />
tem sido cada vez mais consi<strong>de</strong>rado para a<br />
escolha <strong>de</strong> um fornecedor.<br />
“Obter o selo é um processo bastante<br />
longo, em que uma equipe gran<strong>de</strong> verifica<br />
todos os procedimentos da empresa. Inclusive,<br />
checando junto a funcionários e fornecedores<br />
se as informações que estamos<br />
dando são verda<strong>de</strong>iras. Se, por exemplo, os<br />
colaboradores estão sendo mesmo treinados<br />
sobre compliance ou se realmente não<br />
estamos cobrando BV <strong>de</strong> produção”, explica<br />
Bob Vieira da Costa.<br />
Segundo ele, a empresa adota procedimentos<br />
<strong>de</strong> compliance <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong><br />
2014, como forma <strong>de</strong> ter padrões éticos<br />
rigorosos no atendimento <strong>de</strong> contas púagências<br />
Pelo segundo ano consecutivo,<br />
nova/sb conquista selo Pró-Ética<br />
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, em parceria<br />
com Instituto Ethos, conce<strong>de</strong>m honraria que visa promover integrida<strong>de</strong><br />
Oscar Kita, Bruno Fagali, Bob Vieira da Costa, Ana Cristina Gonçalves e Cristina Gutemberg, com selo da CGU<br />
blicas. Mas, para o setor privado, o selo<br />
também conta muito e <strong>de</strong>ve se tornar ainda<br />
mais relevante. A nova/sb, por exemplo,<br />
tem três novas startups dos ramos <strong>de</strong><br />
educação e tecnologia como clientes e, em<br />
todos os casos, por terem recebido investimentos<br />
<strong>de</strong> fundos, as clientes viram o selo<br />
Pró-Ética como um diferencial. “Entramos<br />
em diversas concorrências no ano passado<br />
por causa <strong>de</strong>sse reconhecimento. Também<br />
já fomos procurados recentemente por empresas<br />
do setor <strong>de</strong> energia. O interesse <strong>de</strong><br />
clientes por fornecedores com esse selo vai<br />
crescer muito no mercado <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>”.<br />
Ter uma estrutura para compliance não<br />
é barato. A nova/sb investiu R$ 900 mil em<br />
2017 com os profissionais e processos envolvidos.<br />
Nos primeiros anos, quando foi<br />
necessário implementar o compliance, o<br />
custo foi superior a R$ 1 milhão. Essa área<br />
tem autonomia para treinar e analisar <strong>de</strong>núncias<br />
internas ou externas. “É um po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> Ombudsman”, resume Costa.<br />
“Não se cria uma área <strong>de</strong> compliance<br />
da noite para o dia. Há um período <strong>de</strong> adaptação<br />
<strong>de</strong> regras, por exemplo, no relacionamento<br />
com os veículos ou para elaboração<br />
<strong>de</strong> planos <strong>de</strong> mídia. Para nós, a área já<br />
Divulgação<br />
está solidificada e pronta para analisar e<br />
respon<strong>de</strong>r a qualquer possível problema”,<br />
completa.<br />
A nova/sb aponta 2017 como um ano<br />
difícil para ela e todo o mercado, mas <strong>de</strong>monstra<br />
esperança <strong>de</strong> um <strong>2018</strong> melhor.<br />
Começou o ano com os três novos clientes<br />
startups, que serão anunciados em breve e<br />
serão atendidos pelo escritório <strong>de</strong> São Paulo.<br />
A operação do Rio <strong>de</strong> Janeiro, diz Costa,<br />
foi reestruturada no fim do ano e voltou a<br />
crescer. A agência opera ainda em Brasília e<br />
Cuiabá. Está na licitação <strong>de</strong> R$ 450 milhões<br />
da Caixa, que é atual cliente, e vai disputar<br />
contra outras 12 agências o direito <strong>de</strong> ser<br />
uma das três selecionadas.<br />
Outro <strong>de</strong>staque será o lançamento, em<br />
breve, da segunda edição do relatório Intolerância<br />
nas re<strong>de</strong>s. Costa adianta que cresceu<br />
muito a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comentários negativos<br />
relacionados às <strong>de</strong>ficiências físicas,<br />
que foi o tipo <strong>de</strong> intolerância mais mencionado<br />
nas re<strong>de</strong>s. Expressões como “retardado<br />
mental” ou “cego” se tornaram mais<br />
comuns. No primeiro relatório, lançado em<br />
2016, o tipo <strong>de</strong> intolerância mais comum foi<br />
à política, bem à frente <strong>de</strong> misoginia, homofobia<br />
e <strong>de</strong>ficiência física.<br />
8 <strong>29</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark