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edição de 29 de janeiro de 2018

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Felipe Turlão<br />

especial para o propMArK<br />

Pelo segundo ano consecutivo, a<br />

nova/sb recebeu o selo Pró-Ética, reconhecimento<br />

do Ministério da Transparência<br />

e Controladoria-Geral da União (CGU)<br />

em parceria com o Instituto Ethos. Implementada<br />

em 2010, a iniciativa visa promover<br />

a integrida<strong>de</strong> e a ética no ambiente<br />

corporativo brasileiro, além <strong>de</strong> reconhecer<br />

esforços <strong>de</strong> compliance para trazer mais<br />

transparência ao negócio e prevenir e combater<br />

a corrupção. A agência recebeu a honraria<br />

em um evento no qual foi representada<br />

por Oscar Kita (diretor financeiro), Bruno<br />

Fagali (gerente <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> corporativa),<br />

Bob Vieira da Costa (sócio-presi<strong>de</strong>nte), Ana<br />

Cristina Gonçalves (diretora <strong>de</strong> informação<br />

e conteúdo) e Cristina Gutemberg (diretora<br />

da agência em Brasília).<br />

Para ganharem o Pró-Ética, as empresas<br />

<strong>de</strong>vem fazer uma solicitação formal junto<br />

ao Ministério, mas os cinco meses que separam<br />

o começo do processo ao anúncio<br />

das companhias agraciadas acabam por<br />

eliminar a maioria <strong>de</strong>las. Neste ano, 375<br />

solicitaram acesso ao selo, mas apenas 23<br />

conseguiram - cerca <strong>de</strong> 6%. Do setor <strong>de</strong> comunicação,<br />

foram 14 pedidos - as empresas<br />

não são reveladas, mas, entre elas, se encontram<br />

agências, emissoras <strong>de</strong> TV e rádio.<br />

Apenas o da nova/sb foi aprovado.<br />

A busca pelo selo tem crescido fortemente.<br />

Em relação à edição anterior, o Pró-Ética<br />

teve 92% a mais <strong>de</strong> inscrições. No mercado<br />

<strong>de</strong> comunicação, nunca tantas empresas<br />

tentaram a <strong>de</strong>ferência. Além do crescimento<br />

da preocupação com o combate à corrupção,<br />

essas empresas conseguem a<strong>de</strong>quar<br />

seus processos às melhores práticas, e passam<br />

a ter um diferencial <strong>de</strong> mercado que<br />

tem sido cada vez mais consi<strong>de</strong>rado para a<br />

escolha <strong>de</strong> um fornecedor.<br />

“Obter o selo é um processo bastante<br />

longo, em que uma equipe gran<strong>de</strong> verifica<br />

todos os procedimentos da empresa. Inclusive,<br />

checando junto a funcionários e fornecedores<br />

se as informações que estamos<br />

dando são verda<strong>de</strong>iras. Se, por exemplo, os<br />

colaboradores estão sendo mesmo treinados<br />

sobre compliance ou se realmente não<br />

estamos cobrando BV <strong>de</strong> produção”, explica<br />

Bob Vieira da Costa.<br />

Segundo ele, a empresa adota procedimentos<br />

<strong>de</strong> compliance <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong><br />

2014, como forma <strong>de</strong> ter padrões éticos<br />

rigorosos no atendimento <strong>de</strong> contas púagências<br />

Pelo segundo ano consecutivo,<br />

nova/sb conquista selo Pró-Ética<br />

Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, em parceria<br />

com Instituto Ethos, conce<strong>de</strong>m honraria que visa promover integrida<strong>de</strong><br />

Oscar Kita, Bruno Fagali, Bob Vieira da Costa, Ana Cristina Gonçalves e Cristina Gutemberg, com selo da CGU<br />

blicas. Mas, para o setor privado, o selo<br />

também conta muito e <strong>de</strong>ve se tornar ainda<br />

mais relevante. A nova/sb, por exemplo,<br />

tem três novas startups dos ramos <strong>de</strong><br />

educação e tecnologia como clientes e, em<br />

todos os casos, por terem recebido investimentos<br />

<strong>de</strong> fundos, as clientes viram o selo<br />

Pró-Ética como um diferencial. “Entramos<br />

em diversas concorrências no ano passado<br />

por causa <strong>de</strong>sse reconhecimento. Também<br />

já fomos procurados recentemente por empresas<br />

do setor <strong>de</strong> energia. O interesse <strong>de</strong><br />

clientes por fornecedores com esse selo vai<br />

crescer muito no mercado <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>”.<br />

Ter uma estrutura para compliance não<br />

é barato. A nova/sb investiu R$ 900 mil em<br />

2017 com os profissionais e processos envolvidos.<br />

Nos primeiros anos, quando foi<br />

necessário implementar o compliance, o<br />

custo foi superior a R$ 1 milhão. Essa área<br />

tem autonomia para treinar e analisar <strong>de</strong>núncias<br />

internas ou externas. “É um po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> Ombudsman”, resume Costa.<br />

“Não se cria uma área <strong>de</strong> compliance<br />

da noite para o dia. Há um período <strong>de</strong> adaptação<br />

<strong>de</strong> regras, por exemplo, no relacionamento<br />

com os veículos ou para elaboração<br />

<strong>de</strong> planos <strong>de</strong> mídia. Para nós, a área já<br />

Divulgação<br />

está solidificada e pronta para analisar e<br />

respon<strong>de</strong>r a qualquer possível problema”,<br />

completa.<br />

A nova/sb aponta 2017 como um ano<br />

difícil para ela e todo o mercado, mas <strong>de</strong>monstra<br />

esperança <strong>de</strong> um <strong>2018</strong> melhor.<br />

Começou o ano com os três novos clientes<br />

startups, que serão anunciados em breve e<br />

serão atendidos pelo escritório <strong>de</strong> São Paulo.<br />

A operação do Rio <strong>de</strong> Janeiro, diz Costa,<br />

foi reestruturada no fim do ano e voltou a<br />

crescer. A agência opera ainda em Brasília e<br />

Cuiabá. Está na licitação <strong>de</strong> R$ 450 milhões<br />

da Caixa, que é atual cliente, e vai disputar<br />

contra outras 12 agências o direito <strong>de</strong> ser<br />

uma das três selecionadas.<br />

Outro <strong>de</strong>staque será o lançamento, em<br />

breve, da segunda edição do relatório Intolerância<br />

nas re<strong>de</strong>s. Costa adianta que cresceu<br />

muito a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comentários negativos<br />

relacionados às <strong>de</strong>ficiências físicas,<br />

que foi o tipo <strong>de</strong> intolerância mais mencionado<br />

nas re<strong>de</strong>s. Expressões como “retardado<br />

mental” ou “cego” se tornaram mais<br />

comuns. No primeiro relatório, lançado em<br />

2016, o tipo <strong>de</strong> intolerância mais comum foi<br />

à política, bem à frente <strong>de</strong> misoginia, homofobia<br />

e <strong>de</strong>ficiência física.<br />

8 <strong>29</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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