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GAZETA DIARIO 497

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Foz do Iguaçu, sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018<br />

OPERAÇÃO PECÚLIO<br />

Política<br />

03<br />

Defesa de Edílio Dall'Agnol consegue<br />

suspender cassação na Câmara Municipal<br />

Medida poderá ser estendida aos outros quatro parlamentares cassados pelo<br />

Legislativo iguaçuense; grupo permanece proibido de exercer função pública<br />

Bruno Soares<br />

Reportagem<br />

A defesa de Edílio<br />

Dall'Agnol (PSC) conseguiu<br />

reverter ontem (1º), no Tribunal<br />

de Justiça do Paraná (TJ-<br />

PR), a resolução publicada pela<br />

Câmara Municipal de Foz do<br />

Iguaçu, em julho do ano passado,<br />

que terminou por cassar<br />

o mandato legislativo do político<br />

na referida Casa de Leis.<br />

O recurso, analisado pelo desembargador<br />

Rogério Ribas,<br />

suspendeu a cassação de Edílio<br />

até que o tema seja "julgado<br />

em definitivo pelo colegiado<br />

da 5ª Câmara Cível, ou proferida<br />

sentença no juízo de origem",<br />

pontua o magistrado em<br />

sua decisão.<br />

Entretanto Edílio permanece<br />

proibido de assumir sua cadeira<br />

no Legislativo por força de medida<br />

cautelar alternativa que<br />

permanece vigente, decretada<br />

pela Justiça Federal após a substituição<br />

de sua prisão preventiva<br />

em fevereiro de 2017.<br />

Procurado pela reportagem<br />

do jornal Gazeta Diário, o advogado<br />

Rodrigo Duarte comentou<br />

a situação de seu cliente.<br />

"A partir desta decisão, o vereador<br />

Edílio está reinvestido de<br />

seu mandato parlamentar. Porém<br />

ele ainda não pode exercer<br />

suas atribuições legislativas<br />

porque existe um impedimento<br />

por parte da 3ª Vara Federal<br />

de Foz do Iguaçu, que determinou<br />

que Edílio não pudesse<br />

exercer função pública. Ou<br />

seja, neste momento ele está<br />

vereador por força da Justiça do<br />

Foto: Roger Meireles/arquivo<br />

Edílio Dall’Agnol poderá retomar sua cadeira no Legislativo desde que consiga derrubar na<br />

Justiça Federal o impedimento de assumir cargo público<br />

Paraná, mas não pode exercer<br />

por força da Justiça Federal",<br />

explicou Rodrigo Duarte.<br />

O advogado adiantou que<br />

irá, ainda nesta sexta-feira (2),<br />

acionar a Justiça Federal para<br />

que a condição de Edílio seja<br />

revista com o objetivo de que<br />

ele assuma suas funções parlamentares<br />

o mais rápido possível.<br />

"Esta proibição, que integra<br />

medidas cautelares alternativas<br />

à sua prisão, foi decretada<br />

no ano passado. Várias<br />

coisas aconteceram de lá para<br />

cá. Então nada impede que a<br />

gente retorne à Justiça Federal<br />

para dizer que a Justiça Estadual<br />

já devolveu a Edílio o cargo<br />

de vereador. Basta que a<br />

Justiça Federal retire as proibições<br />

para que ele possa exercer<br />

plenamente a vereança em<br />

Foz do Iguaçu", completou.<br />

Edílio foi preso juntamente<br />

com outros 11 vereadores da<br />

legislatura passada em dezembro<br />

de 2016, após a deflagração<br />

da quinta fase da Operação<br />

Pecúlio. Acontece que ele<br />

e mais quatro parlamentares<br />

foram reeleitos e terminaram<br />

com seus respectivos mandatos<br />

cassados pelo plenário da Câmara<br />

por quebra de decoro, acusados<br />

de exposição vexatória da<br />

instituição ao tomarem posse<br />

conduzidos da prisão diretamente<br />

para a sede do Poder<br />

Legislativo.<br />

Segundo o advogado Rodrigo<br />

Duarte, a partir da decisão<br />

favorável a Edílio, os demais<br />

vereadores reeleitos cassados<br />

poderão conseguir reverter da<br />

mesma maneira suas cassações.<br />

"Os demais vereadores seguramente<br />

terão o mesmo destino,<br />

desde que ao recorrerem de suas<br />

liminares elas caiam com o mesmo<br />

desembargador, o que é garantido<br />

pelo regimento interno<br />

do TJ-PR", avaliou.<br />

Além de Edílio, o grupo de<br />

políticos envolvidos nesta celeuma<br />

é formado por Darci<br />

DRM (sem partido), Rudinei de<br />

Moura (sem partido), Luiz<br />

Queiroga (DEM) e Anice Gazzaoui<br />

(sem partido). Todos<br />

permanecem proibidos de exercerem<br />

funções públicas pela<br />

Justiça Federal.<br />

Suplentes<br />

podem sair<br />

O processo do Conselho<br />

de Ética da Câmara<br />

Municipal que culminou<br />

com a cassação dos cinco<br />

vereadores terminou com<br />

13 votos favoráveis e um<br />

contrário. O único voto<br />

contrário à cassação foi do<br />

vereador Beni Rodrigues<br />

(PSB), que também figura<br />

como réu na Operação<br />

Pecúlio, porém não foi<br />

alvo de prisão preventiva<br />

como os demais.<br />

Caso Edílio e os outros<br />

quatro vereadores<br />

consigam retomar suas<br />

cadeiras, os suplentes<br />

perderão seus cargos. São<br />

eles: Tenente-Coronel<br />

Marcos Antônio Jahnke<br />

(PTN), suplente de Darci<br />

DRM; Rosane Bonho (PP),<br />

suplente de Luiz<br />

Queiroga; Adenildo Kako<br />

Rodrigues (PTN), suplente<br />

de Anice Gazzaoui; e<br />

Anderson de Andrade<br />

(PSC), suplente de Edílio<br />

Dall’Agnol (PSC). Rudinei<br />

de Moura assumiria o<br />

lugar de seu suplente, Dr.<br />

Brito, que se encontra<br />

preso preventivamente<br />

alvo da oitava fase da<br />

Operação Pecúlio.<br />

A Câmara Municipal<br />

deverá ser intimada em<br />

até 15 dias sobre a decisão<br />

em favor de Edílio<br />

Dall’Agnol.

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