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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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geralmente estão normais, embora alguns estudos tenham revelado redução do<br />

número de células T ativadas nestes pacientes, o que pode ser uma consequência<br />

da apresentação de antígenos reduzida causada pela falta de células B. Por razões<br />

desconhecidas, há o desenvolvimento de doenças autoimunes em quase 20% dos<br />

pacientes. As complicações infecciosas da agamaglobulinemia ligada ao X são muito<br />

reduzidas com a administração de injeções periódicas (p. ex., semanal ou mensal)<br />

de preparações de gamaglobulina em pool. Estas preparações contêm anticorpos<br />

pré-formados contra patógenos comuns e fornecem uma imunidade passiva eficaz.<br />

Camundongos knockouts sem Btk, bem como camundongos Xid naturalmente<br />

mutantes para Btk, exibem um defeito menos grave na maturação das células B do<br />

que os seres humanos o fazem, porque uma tirosinoquinase semelhante à Btk (Btklike)<br />

chamada de Tec está ativa nas células pré-B dos camundongos que não<br />

possuem Btk e compensam parcialmente a Btk mutante. As principais alterações em<br />

camundongos Xid são as respostas por anticorpos defeituosas para alguns<br />

antígenos polissacarídicos e deficiência de células B foliculares maduras e células B-<br />

1.<br />

Defeitos Autossômicos Recessivos em Pontos de Checagem do pré-<br />

BCR<br />

Formas autossômicas recessivas de agamaglobulinemia foram descritas, a maioria<br />

delas pode ser desencadeada por defeitos na sinalização pré-BCR. Genes mutantes<br />

que foram identificados neste contexto incluem os genes que codificam a cadeia<br />

pesada μ (IgM), o substituto da cadeia leve λ5, Igα (um componente de sinalização<br />

pré-BCR e BCR), a subunidade p85α de PI3quinase, e BLNK (uma proteína<br />

adaptadora abaixo de pré-BCR e BCR).<br />

Deficiências Seletivas de Isotipo de Imunoglobulina<br />

Muitos defeitos imunológicos que envolvem seletivamente um ou alguns isotipos de Ig<br />

foram descritos. O mais comum é a deficiência seletiva de IgA, que afeta cerca de 1<br />

em 700 caucasianos e é, portanto, a imunodeficiência primária conhecida mais<br />

comum. A deficiência de IgA geralmente ocorre esporadicamente, mas muitos casos<br />

familiares com padrões de herança autossômica recessiva ou autossômica<br />

dominantes também são conhecidos. As manifestações clínicas são variáveis. Muitos<br />

pacientes são totalmente normais; outros apresentam infecções respiratórias e<br />

diarreia ocasionais; e raramente, os pacientes apresentam infecções graves,<br />

recorrentes que provocam lesões intestinais e das vias aéreas permanentes,<br />

associados a doenças autoimunes. Estas manifestações refletem a importância da<br />

IgA secretora na proteção das barreiras mucosas de comensais e microrganismos<br />

patogênicos (Cap. 14). A deficiência de IgA é caracterizada por baixos níveis séricos<br />

de IgA, geralmente inferiores a 50 pg/mL (normal, 2 a 4 mg/mL), com níveis normais<br />

ou elevados de IgM e IgG, nível baixo de IgA nas secreções mucosas. O defeito

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