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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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habilidade em responder novamente àquele antígeno. Respostas a uma segunda<br />

exposição ou exposições subsequentes ao mesmo antígeno, denominadas<br />

respostas imunes secundárias, normalmente são mais rápidas, maiores e, com<br />

frequência, quantitativamente diferentes da primeira resposta imune, ou primária,<br />

àquele antígeno (Fig. 1-4). A memória imunológica ocorre porque cada exposição<br />

a um antígeno gera células de memória de vida longa e específicas para aquele<br />

antígeno, e são mais numerosas do que os linfócitos imaturos específicos para o<br />

antígeno que existia antes da exposição ao antígeno. Além disso, as células de<br />

memória têm características especiais que as tornam mais eficientes em responder<br />

e eliminar um antígeno do que os linfócitos imaturos que não foram previamente<br />

expostos ao antígeno. Por exemplo, os linfócitos B de memória produzem<br />

anticorpos que se ligam aos antígenos com maiores afinidades do que os<br />

anticorpos produzidos nas respostas imunes primárias, e as células T de memória<br />

reagem muito mais rápido e vigorosamente ao desafio do antígeno do que as<br />

células T imaturas.<br />

• Expansão clonal. Linfócitos específicos para um antígeno se submetem a<br />

considerável proliferação após a exposição a um antígeno. O termo expansão<br />

clonal se refere a um aumento no número de células que expressam receptores<br />

idênticos para o antígeno e, assim, pertencem a um clone. Este aumento nas<br />

células específicas para um antígeno permite a adaptação da resposta imune em<br />

manter o ritmo com os patógenos infecciosos em rápida divisão.<br />

• Especialização. Como já observamos, o sistema imune responde de maneiras<br />

diferentes a diferentes microrganismos, maximizando a efetividade dos<br />

mecanismos de defesa antimicrobianos. Assim, a imunidade humoral e a<br />

imunidade mediada por célula são elicitadas por diferentes classes de<br />

microrganismos ou pelo mesmo microrganismo em diferentes estágios de infecção<br />

(extracelular ou intracelular) e cada tipo de resposta imune protege o hospedeiro<br />

contra a classe de microrganismo. Mesmo entre as respostas imunes humoral e<br />

mediada por célula, a natureza dos anticorpos ou linfócitos T que são gerados<br />

pode variar de uma classe de microrganismos para outra. Retornaremos aos<br />

mecanismos e significância funcional de tal especialização em capítulos<br />

posteriores.<br />

• Contração e homeostasia. Todas as respostas imunes normais diminuem com o<br />

tempo após a estimulação pelo antígeno, retornando, assim, ao seu estado de<br />

repouso basal, o estado chamado de homeostasia (Fig. 1-4). Esta contração das<br />

respostas imunes ocorre grandemente porque as respostas que são disparadas<br />

por antígenos funcionam, para eliminar os antígenos, eliminando um estímulo<br />

essencial para a sobrevivência e ativação dos linfócitos. Os linfócitos (exceto as<br />

células de memória) que são privados destes estímulos morrem por apoptose.<br />

• Não reatividade ao próprio. Uma das propriedades mais marcantes do sistema<br />

imune de todos os indivíduos normais é sua habilidade em reconhecer, responder

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