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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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esponsivos a agentes infecciosos, a proporção de células de memória induzidas<br />

por estes microrganismos em comparação com células imaturas aumenta<br />

progressivamente. Em indivíduos com 50 anos de idade ou mais, metade ou mais<br />

das células T circulantes podem ser células de memória. As proteínas<br />

antiapoptóticas que promovem a sobrevivência de células de memória incluem Bcl-<br />

2 e Bcl-XL, que previnem a liberação de citocromo da mitocôndria e, assim,<br />

bloqueiam a apoptose induzida por uma deficiência nos sinais de sobrevivência<br />

(Fig. 15-7). A presença dessas proteínas permite que as células de memória<br />

sobrevivam mesmo depois da eliminação do antígeno e que a resposta imune<br />

inata tenha diminuído, quando os sinais normais para a sobrevivência e<br />

proliferação das células T não estão mais presentes.<br />

• As células de memória respondem mais rapidamente à estimulação dos<br />

antígenos do que células imaturas específicas para o mesmo antígeno. A<br />

resposta rápida de células de memória ao desafio antigênico foi documentada em<br />

muitos estudos feitos em humanos e em animais experimentais. Por exemplo, em<br />

estudos em camundongos, as células T imaturas responderam ao antígeno in vivo<br />

em 5 a 7 dias, e as células de memória responderam dentro de 1 a 3 dias (Fig. 1-<br />

4). Uma possível explicação para essa amplificação da resposta é que os loci do<br />

gene para citocinas e outras moléculas efetoras ficam fixos em um estado<br />

acessível nas células de memória, em parte por causa das mudanças na<br />

metilação e acetilação das histonas. Como resultado, estes genes estão<br />

preparados para responder rapidamente ao desafio antigênico.<br />

• O número de células T de memória específicas para qualquer antígeno é<br />

maior do que o número de células imaturas específicas para o mesmo<br />

antígeno. Como discutimos anteriormente, a proliferação leva a uma grande<br />

expansão clonal em todas as respostas imunes e à diferenciação dos linfócitos<br />

imaturos em células efetoras, a maioria das quais morre depois da eliminação do<br />

antígeno. As células sobreviventes do clone expandido são células de memória,<br />

em geral 10 a 100 vezes mais numerosas do que o conjunto de células imaturas<br />

antes do encontro com o antígeno. O aumento do tamanho do clone é um dos<br />

principais motivos pelo qual a exposição ao antígeno em um indivíduo previamente<br />

imunizado induz uma resposta mais robusta do que a primeira imunização em um<br />

indivíduo imaturo. Como esperado, o tamanho do conjunto de memória é<br />

proporcional ao tamanho da população imatura específica para o antígeno.<br />

• As células de memória são capazes de migrar para os tecidos periféricos e<br />

responder a antígenos nestes locais. Como foi discutido previamente, as<br />

células T imaturas migram preferencialmente para os órgãos linfoides secundários,<br />

mas as células de memória podem migrar para praticamente qualquer tecido.<br />

Essas diferenças estão relacionadas com diferenças na expressão de moléculas<br />

de adesão e receptores de quimiocinas. Além disso, as células T de memória são<br />

menos dependentes da coestimulação do que as células imaturas, permitindo que

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