sintese das diretrizes curriculares nacionais para a educacao basica
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§ 3º A tecnologia é conceituada como a transformação da ciência em força produtiva<br />
ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde sua origem, pelas<br />
relações sociais que a levaram a ser produzida.<br />
§ 4º A cultura é conceituada como o processo de produção de expressões materiais,<br />
símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos, políticos e<br />
estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.<br />
No mesmo diapasão, a Resolução traz no art. 4º as finalidades do Ensino Médio.<br />
Art. 4 o São finalidades do Ensino Médio:<br />
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino<br />
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;<br />
II – a pre<strong>para</strong>ção básica <strong>para</strong> o trabalho e a cidadania do educando <strong>para</strong> continuar<br />
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação ou<br />
aperfeiçoamento posteriores;<br />
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e<br />
o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;<br />
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos<br />
produtivos, relacionando a teoria com a prática.<br />
Os sujeitos/estudantes do Ensino Médio<br />
A decisão sobre a oferta e organização do Ensino Médio deve ser precedida de uma<br />
análise dos destinatários e sujeitos dessa etapa educacional que são, predominantemente,<br />
adolescentes e jovens.<br />
Estas Diretrizes Curriculares concebem a juventude como condição sócio-históricocultural<br />
de uma categoria de sujeitos que necessita ser considerada em suas múltiplas<br />
dimensões, com especificidades próprias que não estão restritas às dimensões biológica e<br />
etária, mas que se encontram articula<strong>das</strong> com uma multiplicidade de atravessamentos sociais e<br />
culturais, produzindo múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes. Entender o jovem do<br />
Ensino Médio dessa forma significa superar uma noção homogeneizante e naturalizada desse<br />
estudante, passando a percebê-lo como sujeito com valores, comportamentos, visões de<br />
mundo, interesses e necessidades singulares. Além disso, deve-se aceitar a existência de<br />
pontos em comum que permitam tratá-lo como uma categoria social.<br />
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