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a historia de israel no antigo testamento

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praças <strong>no</strong> Edom, na Filistéia, Judá e inclusive <strong>no</strong> Israel, incluindo Megido 219 . Além <strong>de</strong> sua<br />

<strong>de</strong>vastação em Judá, Sisaque atacou Jerusalém, assolando-a, e apropriando-se dos tesouros do<br />

templo. A esplêndida visão dos escudos <strong>de</strong> ouro puro <strong>de</strong>u passo a outros <strong>de</strong> bronze <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong><br />

Roboão.<br />

A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> seu inicial fervor religioso, Roboão sucumbiu à idolatria. Ido, o profeta que<br />

escreveu uma história do rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Roboão, pô<strong>de</strong> ter sido o mensageiro <strong>de</strong> Deus para avisar o rei.<br />

Além da idolatria e a invasão do Egito, uma intermitente situação <strong>de</strong> guerra entre o Rei<strong>no</strong> do<br />

Norte e o Rei<strong>no</strong> do Sul converteram os dias <strong>de</strong> Roboão tempos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> constante. O Rei<strong>no</strong><br />

do Sul <strong>de</strong>cli<strong>no</strong>u rapidamente sob seu mandato real.<br />

Abias, continuador da idolatria<br />

Durante seu reinado <strong>de</strong> três a<strong>no</strong>s, Abias (913-910 a.C.) apenas se persistiu nas líneas <strong>de</strong> conduta<br />

<strong>de</strong> seu pai, tão <strong>de</strong> curto alcance (1 Rs 15.1-8; 2 Cr 13.1-22). Ativou a crônica situação <strong>de</strong> estado <strong>de</strong><br />

guerra entre Israel e Judá, <strong>de</strong>safiando agressivamente a Jeroboão <strong>de</strong>ntro do território efraimita.<br />

Um movimento envolvente levou as tropas <strong>de</strong> Israel a uma vantajosa posição, mas <strong>no</strong> conflito que<br />

se seguiu, as forças <strong>de</strong> Abias, superadas em número, <strong>de</strong>rrotaram os <strong>israel</strong>itas. Ao tomar Betel,<br />

Efraim, Jesana, com os povoados das redon<strong>de</strong>zas, Abias <strong>de</strong>bilitou o Rei<strong>no</strong> do Norte.<br />

Abias continuou na tradição do sincretismo religioso começado por Salomão e promovido por<br />

Roboão. Não aboliu o serviço religioso <strong>no</strong> templo; porém, simultaneamente, permitia o culto a<br />

<strong>de</strong>uses estranhos. A extensão <strong>de</strong>sta ação se encontra melhor refletida nas reformas <strong>de</strong> seu<br />

sucessor. Deste modo, a idolatria se fez mais forte e se esten<strong>de</strong>u com mais amplitu<strong>de</strong> por todo o<br />

rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Judá <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Abias. Esta política idolátrica teria como resultado a supressão e<br />

mudança da família real em Jerusalém, <strong>de</strong> não ter sido por causa da promessa que na Aliança foi<br />

feita a Davi (1 Reis 15.4-5).<br />

Asa inicia a reforma<br />

Asa gover<strong>no</strong>u em Jerusalém durante quarenta e um a<strong>no</strong>s (910-869 a.C.). Umas condições <strong>de</strong><br />

paz prevaleceram, pelo me<strong>no</strong>s, <strong>no</strong>s primeiros <strong>de</strong>z a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> seu longo reinado. Consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong><br />

tipo cro<strong>no</strong>lógico implicam que era muito jovem quando morreu Abias. Po<strong>de</strong> ser por esta causa o<br />

fato <strong>de</strong> que Maaca continuou como rainha-mãe durante os primeiros quatorze ou quinze a<strong>no</strong>s do<br />

reinado <strong>de</strong> Asa. A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> sua influência, adotou um programa <strong>de</strong> reforma <strong>no</strong> qual os altares<br />

estrangeiros e os lugares altos foram suprimidos, e os pilares e os aserins 220 , <strong>de</strong>struídos. O povo<br />

foi admoestado para que guardasse zelosamente a Lei <strong>de</strong> Moisés e os mandamentos.<br />

Politicamente, este tempo <strong>de</strong> paz foi utilizado vantajosamente pelo jovem rei para fortificar as<br />

cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Judá e reforçar seu exército.<br />

No décimo quarto a<strong>no</strong> <strong>de</strong> seu reinado (897-896 a.C.), Judá foi atacada <strong>no</strong> sul por um po<strong>de</strong>roso<br />

exército dos etíopes. Po<strong>de</strong> que Zerá, seu lí<strong>de</strong>r, fizesse isso sob a pressão <strong>de</strong> Osorkão I, sucessor <strong>de</strong><br />

Sisaque <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> do Egito 221 . Com a ajuda divina, Asa e seu exército repeliram os invasores,<br />

perseguindo-os além <strong>de</strong> gerar, e voltaram a Jerusalém com abundante botim <strong>de</strong> guerra,<br />

especialmente gado bovi<strong>no</strong>, ovelhas e camelos.<br />

Exortado pelo profeta Azarias após tão gran<strong>de</strong> vitória, Asa ativou valorosamente sua reforma<br />

por todo seu rei<strong>no</strong>, suprimindo ídolos em várias cida<strong>de</strong>s. No terceiro mês do décimo quinto a<strong>no</strong>,<br />

fez uma gran<strong>de</strong> assembléia com seu próprio povo, assim como com muita gente proce<strong>de</strong>nte do<br />

Rei<strong>no</strong> do Norte que tinha <strong>de</strong>sertado, quando reconheceram que Deus estava com ele, e fizeram<br />

abundantes sacrifícios durante aquelas festas, após a reparação do altar do Senhor. Alentado pelo<br />

profeta e o rei, o povo se aveio a uma aliança <strong>de</strong> servir a Deus <strong>de</strong> todo coração.<br />

219 Ibíd., p. 30.<br />

220 Poste ou árvore junto ao altar, objeto <strong>de</strong> culto, da <strong>de</strong>usa Asera. Nas versões portuguesas da Bíblia são também chamados<br />

<strong>de</strong> postes-ídolo.<br />

221 Ibid., p. 32.<br />

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