Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Por meio das festas e estações <strong>de</strong>signadas, os <strong>israel</strong>itas lembravam constantemente que eles<br />
eram o povo <strong>de</strong> Deus. Na aliança com Israel, que este ratificou <strong>no</strong> Monte Sinai, a fiel observância<br />
dos períodos estabelecidos era uma parte do compromisso adquirido.<br />
O Sabbath<br />
O primeiro, e muito principalmente, era a observância do Sabbath. Ainda que o período <strong>de</strong> sete<br />
dias esteja mencionado <strong>no</strong> Gênesis, o sábado (dia <strong>de</strong> repouso) foi primeiramente mencionado em<br />
Êx 16.23-30. No Decálogo (Êx 20.8-11), os <strong>israel</strong>itas têm que "lembrar" do dia do <strong>de</strong>scanso,<br />
indicando que este não era o princípio <strong>de</strong> sua observância. Para <strong>de</strong>scansar ou cessar <strong>de</strong> seus<br />
trabalhos, os <strong>israel</strong>itas lembravam que Deus <strong>de</strong>scansou <strong>de</strong> sua obra criativa <strong>no</strong> sétimo dia. A<br />
observância do sábado era uma lembrança <strong>de</strong> que Deus havia remido a Israel do cativeiro egípcio<br />
e santificado como seu povo santo (Êx 31.13, Dt 5.12-15). Tendo sido liberado do cativeiro e da<br />
servidão, Israel dispunha <strong>de</strong> um dia <strong>de</strong> cada semana para <strong>de</strong>dicá-lo a Deus, o que sem dúvida não<br />
havia sido possível enquanto seu povo tinha servido seus amos egípcios. Inclusive seus servos<br />
estavam incluídos na observação do dia <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso. Se prescrevia um castigo extremo para<br />
qualquer que <strong>de</strong>liberadamente <strong>de</strong>sprezasse o sábado (Êx 35.3; Nm 15.32-36). Enquanto que o<br />
sacrifício diário para Israel era um cor<strong>de</strong>iro, <strong>no</strong> sábado se ofereciam dois (Nm 28.9-19). Este era<br />
também o dia em que doze tortas <strong>de</strong> pão eram colocadas sobre a mesa <strong>no</strong> lugar santo (Lv 24.5-8).<br />
A lua <strong>no</strong>va e a festa das trombetas<br />
O som das trombetas proclamava oficialmente o começo <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo mês (Nm 10.10). Se<br />
observava também a lua <strong>no</strong>va sacrificando ofertas ao pecado e ao fogo, com provisões<br />
apropriadas <strong>de</strong> carne e bebida (Nm 28:11-15). O mês sétimo, com o dia da expiação e a festa das<br />
semanas, marcava o clímax do a<strong>no</strong> religioso, ou o fim <strong>de</strong> a<strong>no</strong> (Êx 34.22). <strong>no</strong> primeiro dia <strong>de</strong>ste mês<br />
da lua <strong>no</strong>va, era <strong>de</strong>signado como o da festa das trombetas e se apresentavam ofertas adicionais<br />
(Lv 23.23-25; Nm 29.1-6). Este também era o começo do a<strong>no</strong> civil.<br />
O a<strong>no</strong> sabático<br />
Intimamente relacionado com o sábado estava o a<strong>no</strong> sabático, aplicável aos <strong>israel</strong>itas quando<br />
entraram em Canaã (Êx 23.10-11; Lv 25.1-7). Observando-0 como um a<strong>no</strong> festivo para a terra,<br />
<strong>de</strong>ixavam os campos sem cultivar, o grão sem semear e os vinhedos sem cuidados cada sete a<strong>no</strong>s.<br />
qualquer coisa que recolhessem nesse a<strong>no</strong> <strong>de</strong>via ser partilhada pelos proprietários, os servos e os<br />
estranhos, igual que as bestas. Os que tinham créditos a seu favor, tinham instruções <strong>de</strong> cancelar<br />
as dívidas nas que tivessem incorrido os pobres durante os seis a<strong>no</strong>s prece<strong>de</strong>ntes (Dt 15.1-11). Já<br />
que os escravos eram liberados a cada seis a<strong>no</strong>s, provavelmente tal a<strong>no</strong> era também o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> sua<br />
emancipação (Êx 21.2-6; Dt 15.12-18). Desta forma, os <strong>israel</strong>itas lembravam sua liberação do<br />
cativeiro egípcio.<br />
As instruções mosaicas também previam para a leitura pública da lei (Dt 31.10-31). Desta forma,<br />
o a<strong>no</strong> sabático teve sua específica significação para jovens e velhos, para os amos e para os<br />
servos.<br />
A<strong>no</strong> <strong>de</strong> jubileu<br />
Depois da observância do a<strong>no</strong> sabático, chegava o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> jubileu. Se anunciava pelo clamor das<br />
trombetas <strong>no</strong> décimo diz <strong>de</strong> Tishri, o mês sétimo. De acordo com as instruções dadas em Lv 25.8-<br />
55, este marcava um a<strong>no</strong> <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>no</strong> qual a herança da família era restaurada àqueles que<br />
tiveram a <strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong> perdê-la, os escravos hebraicos eram libertados e a terra era <strong>de</strong>ixada sem<br />
cultivar.<br />
Na possessão da terra o <strong>israel</strong>ita reconhecia a Deus como o verda<strong>de</strong>iro proprietário <strong>de</strong>la.<br />
Conseqüentemente, <strong>de</strong>via ser guardada pela família e passava como se fosse uma herança. Em<br />
caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, podiam ven<strong>de</strong>r-se só os direitos aos produtos da terra.<br />
49