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cinco eram dias <strong>de</strong> sagrada convocação. Em toda a semana, os <strong>israel</strong>itas só podiam comer-se o<br />
pão sem fermento. Já que a Páscoa era o principal acontecimento da semana, aos peregri<strong>no</strong>s eralhes<br />
permitido voltar na manhã seguinte <strong>de</strong>sta festa (Dt 16.7). enquanto isso, durante toda a<br />
semana se realizavam ofertas adicionais diárias para a nação, consistentes em dois bezerros, um<br />
carneiro e sete cor<strong>de</strong>iros machos para uma oferta <strong>de</strong> fogo, com a comida <strong>de</strong> oferta prescrita e um<br />
bo<strong>de</strong> para a oferta do pecado (Nm 28.19-23; Lv 23.8). acompanhando o ritual <strong>no</strong> qual o sacerdote<br />
mexia um feixe ante o Senhor, estava a apresentação <strong>de</strong> uma oferta <strong>de</strong> fogo consistente em um<br />
cor<strong>de</strong>iro macho além <strong>de</strong> uma comida <strong>de</strong> oferenda <strong>de</strong> flor <strong>de</strong> farinha misturada com óleo, e uma<br />
oferta <strong>de</strong> vinho. Nenhum grão <strong>de</strong>via ser usado da <strong>no</strong>va colheita, até o público reconhecimento <strong>de</strong><br />
que eram matérias <strong>de</strong> bênção que procediam <strong>de</strong> <strong>de</strong>us. portanto, em observância da semana da<br />
Páscoa, os <strong>israel</strong>itas eram não somente conscientes <strong>de</strong> sua histórica liberação do Egito, senão<br />
também reconheciam a bênção <strong>de</strong> Deus, que era continuamente evi<strong>de</strong>nte em provisões materiais.<br />
Tão significativa era a celebração da Páscoa, que era feita uma especial provisão para aqueles<br />
que estavam impossibilitados <strong>de</strong> participar <strong>no</strong> tempo indicado, a fim <strong>de</strong> observá-la um mês <strong>de</strong>pois<br />
(Nm 9.9-12). Qualquer que recusasse observar a Páscoa ficava reduzido ao ostracismo <strong>no</strong> Israel.<br />
Inclusive o estrangeiro era bem-vindo para participar naquela celebração anual (Nm 9.13-14).<br />
Assim, a Páscoa era a mais significativa <strong>de</strong> todas as festas e observâncias <strong>no</strong> Israel.<br />
Comemorava o maior <strong>de</strong> todos os milagres que o Senhor tinha evi<strong>de</strong>nciado em favor do povo<br />
<strong>de</strong> Israel. Isto está indicado por muitas referências <strong>no</strong>s Salmos e <strong>no</strong>s livros proféticos. Embora a<br />
Páscoa era observada <strong>no</strong> tabernáculo, cada família tinha uma vivíssima lembrança <strong>de</strong> sua<br />
significação, comendo os pães ázimos. Não havia nenhum <strong>israel</strong>ita isentado <strong>de</strong> sua participação<br />
nela. Isto servia como lembrança anual <strong>de</strong> que Israel era a nação escolhida <strong>de</strong> Deus.<br />
Festa das semanas<br />
Enquanto que a Páscoa e a festa dos pães ázimos era observada a começos da colheita da<br />
cevada, a festa das semanas tinha lugar cinqüenta dias <strong>de</strong>pois, após a colheita do trigo (Dt 16.9) 84 .<br />
Embora fosse uma ocasião verda<strong>de</strong>iramente importante, a festa era observada somente um dia.<br />
Neste dia <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, se apresentava uma comida especial e uma oferta consistente em duas<br />
peças <strong>de</strong> pão com fermento que se apresentava ao Senhor para o tabernáculo, significando com<br />
isso que o pão <strong>de</strong> cada dia era proporcionado por obra do Senhor (Lv 23.15-20). Os sacrifícios<br />
prescritos eram apresentados com esta oferta. Nesta alegre ocasião, o <strong>israel</strong>ita não esquecia<br />
nunca do me<strong>no</strong>s afortunado, <strong>de</strong>ixando alimentos <strong>no</strong>s campos para os pobres e os necessitados.<br />
A festa dos tabernáculos<br />
O último festival anual era a festa dos tabernáculos 85 , um período <strong>de</strong> sete dias durante o qual<br />
os <strong>israel</strong>itas viviam em tendas (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.40-41). Esta festa não só marcava o fim da<br />
estação das colheitas, senão que quando estiveram estabelecidos em Canaã, servia <strong>de</strong> lembrança<br />
<strong>de</strong> sua permanência <strong>no</strong> <strong>de</strong>serto <strong>no</strong> qual <strong>de</strong>viam viver em tendas <strong>de</strong> campanha.<br />
As festivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta semana encontravam sua expressão <strong>no</strong>s maiores holocaustos jamais<br />
apresentados, sacrificando um total <strong>de</strong> setenta bois. Oferecendo treze <strong>no</strong> primeiro dia, que se<br />
consi<strong>de</strong>rava como uma convocação sagrada, o número ia <strong>de</strong>crescendo diariamente <strong>de</strong> a um.<br />
Cada dia, além disso, se realizava uma oferta <strong>de</strong> fogo adicional. Esta oferta consistia em<br />
quatorze cor<strong>de</strong>iros e dois carneiros com suas respectivas ofertas, igualmente <strong>de</strong> carne e bebida.<br />
Uma convocatória sagrada celebrada <strong>no</strong> oitavo dia levava à conclusão das ativida<strong>de</strong>s do a<strong>no</strong><br />
religioso.<br />
Cada sétimo a<strong>no</strong> era peculiar na celebração da festa dos tabernáculos. Era o a<strong>no</strong> da leitura<br />
pública da lei. Embora aos peregri<strong>no</strong>s se pedia que observassem a Páscoa e a festa das semanas<br />
84 Também era conhecida como Festa das Primícias (Nm 28.26), ou Festa da Sega (Êx 23.16). baseada na palavra grega<br />
para <strong>de</strong>signar o número "cinqüenta", esta festa foi chamada "Pentecoste" em tempos do Novo Testamento.<br />
85 Também conhecida como Festa da Colheita ou da Sega (Êx 23.16; 34.22, Lv 23.39; Dt 16.13-15). Era observada <strong>no</strong> dia<br />
décimo quinto <strong>de</strong> Tishri com as olivas, as uvas e o grão, cujas colheitas já se haviam completado.<br />
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