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Durante o século II, a forma <strong>de</strong> códice —<strong>no</strong>ssa mo<strong>de</strong>rna forma <strong>de</strong> livro com folhas or<strong>de</strong>nadas<br />
para a enca<strong>de</strong>rnação— começou a entrar em uso. O papiro era já o principal material <strong>de</strong> escritura<br />
utilizado em todo o Mediterrâneo. Substituindo os rolos <strong>de</strong> pele, que tinham sido o meio aceito<br />
para a transmissão do texto hebraico, os códices <strong>de</strong> papiro se converteram nas cópias <strong>no</strong>rmais<br />
das Escrituras na língua grega. Para o século IV o papiro foi substituído pela vitela (o pergaminho).<br />
As primeiras cópias que atualmente existem, datam da primeira meta<strong>de</strong> do século IV.<br />
Recentemente, alguns papiros, da <strong>no</strong>tável coleção <strong>de</strong> Chester Beatyy, têm proporcionado<br />
porções da Septuaginta que resultam anteriores aos códices em vitela a<strong>no</strong>tados anteriormente.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra tradução se <strong>de</strong>senvolveu quando o latim substituiu o grego como a<br />
língua comum e oficial do mundo mediterrâneo. Embora uma antiga versão latina da Septuaginta<br />
tinha já circulado na África, foi, não obstante, através dos esforços eruditos <strong>de</strong> Jerônimo, quando<br />
apareceu uma tradução latina do Antigo Testamento perto <strong>de</strong> finais do mencionado século IV.<br />
Durante o seguinte milênio, esta versão, mais conhecida como a Vulgata, foi consi<strong>de</strong>rada como a<br />
mais popular edição do Antigo Testamento. A Vulgata, até <strong>no</strong>ssos dias, com a adição dos livros<br />
apócrifos que Jerônimo <strong>de</strong>scartou, permanece como a tradução aceita pela Igreja Católica<br />
Romana.<br />
O Renascimento teve uma <strong>de</strong>cisiva influência na transmissão e circulação das Escrituras. não<br />
somente o reavivamento <strong>de</strong> seu estudo estimulou a multiplicação <strong>de</strong> cópias da Vulgata, senão que<br />
<strong>de</strong>spertou um <strong>no</strong>vo interesse <strong>no</strong> estudo das línguas originais da Bíblia.<br />
Um <strong>no</strong>vo ímpeto se produziu com a queda <strong>de</strong> Constanti<strong>no</strong>pla, que obrigou a numerosos<br />
eruditos gregos a refugiar-se na Europa Oci<strong>de</strong>ntal. Emparelhado com este re<strong>no</strong>vado interesse <strong>no</strong><br />
grego e <strong>no</strong> hebraico, surgiu um veemente <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fazer a Bíblia acessível ao laicato, como<br />
resultado do qual apareceram traduções na língua comum. Antece<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> Martinho Lutero em<br />
1522, havia versões alemãs, francesas, italianas e inglesas. De importância principal na Inglaterra<br />
foi a tradução <strong>de</strong> Wycliffe para o final do século XIV. Por achar-se reduzida à condição <strong>de</strong> Bíblia<br />
manuscrita, a acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta precoce versão inglesa estava bastante limitada. Com a<br />
invenção da imprensa <strong>no</strong> século seguinte, amanheceu uma <strong>no</strong>va era para a circulação das<br />
Escrituras.<br />
Willian Tyndale é reconhecido como o verda<strong>de</strong>iro pai da Bíblia em língua inglesa.<br />
Em 1525, o a<strong>no</strong> do nascimento da Bíblia impressa em inglês, começou a aparecer sua tradução.<br />
A diferença <strong>de</strong> Wycliffe, que traduziu a Bíblia do latim, Tyndale acudiu às línguas originais para<br />
sua versão das Sagradas Escrituras. em 1536, com sua tarefa ainda sem acabar, Tyndale foi<br />
con<strong>de</strong>nado a morte. Em seus últimos momentos, envolvido pelas chamas, elevou sua última<br />
oração: "Senhor, abre os olhos do Rei da Inglaterra". A súbita mudança <strong>de</strong> acontecimentos<br />
justificou logo a Tyndale e sua obra. Em 1537, foi publicada a Bíblia <strong>de</strong> Matthew, que incorporava a<br />
tradução <strong>de</strong> Tyndale suplementada pela versão <strong>de</strong> Coverdale (1535). Obe<strong>de</strong>cendo or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong><br />
Cromwell, a Gran<strong>de</strong> Bíblia (1541) foi colocada em todas as igrejas da Inglaterra.<br />
Ainda que esta Bíblia era principalmente para o uso das igrejas, alguns exemplares se fizeram<br />
acessíveis para o estudo privado. Como contrapartida, a Bíblia <strong>de</strong> Genebra entrou em circulação<br />
em 1560 para converter-se na Bíblia do lar, e durante meio século foi a mais popular para a leitura<br />
privada em inglês.<br />
A Versão Autorizada da Bíblia Inglesa foi publicada em 1611. sendo esta o trabalho <strong>de</strong> eruditos<br />
do grego e do hebraico interessados em produzir a melhor tradução possível das Escrituras, esta<br />
"Versão do Rei Tiago" ganhou um lugar indiscutível <strong>no</strong> mundo <strong>de</strong> fala inglesa a meados do século<br />
XVII. Revisões dignas <strong>de</strong> serem <strong>no</strong>tadas, aparecidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, são a Versão Inglesa Revisada,<br />
1881-1885, a Versão Standard Americana <strong>de</strong> 1901, a Versão Standard Revisada <strong>de</strong> 1952 e a Versão<br />
Berkeley em inglês mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1959.<br />
Significado<br />
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