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seguro rural<br />
❙❙Marcelo Santana, da Porto Seguro<br />
máquinas e equipamentos agrícolas,<br />
danos físicos ao bem, danos elétricos,<br />
subtração, quebra de vidros por variação<br />
de temperatura, equipamentos operando<br />
em proximidade de água que podem<br />
ser danificados, responsabilidade civil<br />
e pagamento de aluguel. Essas são modalidades<br />
oferecidas, por exemplo, pela<br />
Porto Seguro, conforme listou o porta-<br />
-voz e gerente de Ramos Elementares da<br />
companhia, Marcelo Santana.<br />
É importante lembrar ainda que o Seguro<br />
Agrícola é uma modalidade dentro<br />
do seguro rural, destinado à indenização<br />
de acidentes com as culturas decorrentes,<br />
principalmente, de desastres climáticos.<br />
“O seguro rural é amplo, direcionado à<br />
pecuária e à agricultura, permitindo ao<br />
produto que se proteja contra as perdas de<br />
sua plantação, responsável também pela<br />
pecuária, pelo patrimônio do produtor<br />
rural e seus produtos”, esclarece Ricardo<br />
Braz, gerente de Ramos Elementares e<br />
Auto Frota da BR Insurance.<br />
Na pecuária, a contratação se dá para<br />
garantir a vida dos animais que compõem<br />
rebanhos, amparando o produtor em caso<br />
de morte nas quais as causas estejam contempladas<br />
na apólice – como doença de<br />
caráter não epidêmico, acidente, incêndio,<br />
raio e insolação.<br />
O seguro serve ainda para o próprio<br />
contratante e o seu entorno, tudo aquilo<br />
que é essencial para que o trabalho rural<br />
se desenvolva. O penhor rural, por<br />
exemplo, que protege os bens que estejam<br />
diretamente ligados à atividade agrícola,<br />
pecuária ou florestal, desde que não<br />
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tenham sido oferecidos em garantia de<br />
operações de crédito rural. Há também<br />
o seguro de vida do produtor rural que<br />
serve ao devedor de crédito e tem sua<br />
vigência limitada ao período de financiamento;<br />
nesse caso, o beneficiário é o<br />
agente financiador.<br />
“O mercado segurador vem inovando<br />
e já tem seguros por faixa de produtividade.<br />
Nesta modalidade o agricultor diz<br />
que, por exemplo, pelo seu histórico, o seu<br />
risco maior ficaria entre uma produção<br />
mínima de 30 a 40 sacos por hectare.<br />
Neste caso, ele ficaria segurado apenas<br />
nesta faixa – de 10 sacos – pagando uma<br />
taxa reduzida”, explica Jorge Daniel<br />
Malheiros de Oliveira, corretor da JDM<br />
Corretora de Seguros.<br />
Os históricos de eficiência e de tecnologia<br />
empregadas pelo agricultor estão<br />
influenciando suas garantias e também a<br />
precificação, de acordo com o corretor. O<br />
mercado, portanto, está ficando mais individual,<br />
respeitando as especificidades de<br />
cada produtor para que eles tenham mais<br />
autonomia ao decidir, junto ao corretor,<br />
o que devem contratar. Já é possível,por<br />
exemplo, que o agricultor contrate uma<br />
renda, como um pró-labore, que sirva a<br />
ele caso o seguro reponha apenas seu<br />
custo de produção, permitindo que ele<br />
consiga arcar com suas despesas pessoais<br />
e familiares sem maiores prejuízos.<br />
“Quando falamos de seguro rural, falamos<br />
também de equipamentos, frotas,<br />
armazéns, grãos, propriedade e vida, dele<br />
e de seus funcionários”, reforça Oliveira.<br />
A Essor Seguradora atua nesse nicho<br />
e vê com boas perspectivas o setor,<br />
especialmente no que diz respeito às<br />
adaptações que são estudadas e colocadas<br />
em prática. “Coberturas para tratamento<br />
fitossanitário são interessantes, pois garantem<br />
ao produtor os custos de aplicação<br />
de produtos necessários após a ocorrência<br />
de sinistros. Mas não se esgota nisso. Os<br />
seus equipamentos necessitam de proteção<br />
porque [além de serem utilizados na<br />
produção], muitas vezes eles são dados<br />
em garantia de financiamento”, exemplifica<br />
Leandro Poli, diretor técnico de Ramos<br />
Elementares da Essor Seguros. Poli<br />
completa ainda que há uma cobertura,<br />
específica, mas inovadora, adequada às<br />
novas tecnologias, para mostrar o quanto<br />
o mercado está atento. “Podemos citar a<br />
cobertura para Maçã Telada – uma tela<br />
que protege contra o granizo -, que oferece<br />
um seguro adequado ao produtor que<br />
possui esse nível de proteção, cobrindo<br />
o próprio material da tela instalada. Há<br />
também a Queda de Parreiral – em caso<br />
de granizo e vendaval.<br />
Cada contratação dentro de seu ramo.<br />
As nomenclaturas são importantes e<br />
não devem ser menosprezadas. Quando<br />
contrata-se um seguro agrícola estão<br />
cobertas apenas as culturas. Para mais<br />
opções, o leque a ser checado é o do<br />
seguro rural. O seguro para máquinas,<br />
por exemplo, é feito através da apólice de<br />
benfeitorias – seguros patrimoniais rurais.<br />
O seguro desse maquinário tem até<br />
mesmo outra vigência, sendo anual, mais<br />
parecida com um seguro de automóvel,<br />
por exemplo. Por isso é importante que<br />
o contratante conheça bem as diferenças.<br />
A cultura no campo<br />
Assim como há agricultores de<br />
diferentes portes, há também diferentes<br />
níveis de informação que chegam até os<br />
trabalhadores do campo. O seguro, muitas<br />
vezes, chega a ele em forma de venda<br />
casada com os seus financiamentos, o<br />
que contribui para que a dimensão da<br />
importância seja difícil de ser por eles<br />
mensurada. “Contudo, nosso trabalho<br />
como corretores é esclarecer esse funcionamento<br />
e as garantias e condições.<br />
Falarmos sobre os benefícios e a tranquilidade<br />
que, por um preço módico, ele<br />
❙❙Ricardo Braz, da BR Insurance