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Revista Apólice #226

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seguro rural<br />

❙❙Marcelo Santana, da Porto Seguro<br />

máquinas e equipamentos agrícolas,<br />

danos físicos ao bem, danos elétricos,<br />

subtração, quebra de vidros por variação<br />

de temperatura, equipamentos operando<br />

em proximidade de água que podem<br />

ser danificados, responsabilidade civil<br />

e pagamento de aluguel. Essas são modalidades<br />

oferecidas, por exemplo, pela<br />

Porto Seguro, conforme listou o porta-<br />

-voz e gerente de Ramos Elementares da<br />

companhia, Marcelo Santana.<br />

É importante lembrar ainda que o Seguro<br />

Agrícola é uma modalidade dentro<br />

do seguro rural, destinado à indenização<br />

de acidentes com as culturas decorrentes,<br />

principalmente, de desastres climáticos.<br />

“O seguro rural é amplo, direcionado à<br />

pecuária e à agricultura, permitindo ao<br />

produto que se proteja contra as perdas de<br />

sua plantação, responsável também pela<br />

pecuária, pelo patrimônio do produtor<br />

rural e seus produtos”, esclarece Ricardo<br />

Braz, gerente de Ramos Elementares e<br />

Auto Frota da BR Insurance.<br />

Na pecuária, a contratação se dá para<br />

garantir a vida dos animais que compõem<br />

rebanhos, amparando o produtor em caso<br />

de morte nas quais as causas estejam contempladas<br />

na apólice – como doença de<br />

caráter não epidêmico, acidente, incêndio,<br />

raio e insolação.<br />

O seguro serve ainda para o próprio<br />

contratante e o seu entorno, tudo aquilo<br />

que é essencial para que o trabalho rural<br />

se desenvolva. O penhor rural, por<br />

exemplo, que protege os bens que estejam<br />

diretamente ligados à atividade agrícola,<br />

pecuária ou florestal, desde que não<br />

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tenham sido oferecidos em garantia de<br />

operações de crédito rural. Há também<br />

o seguro de vida do produtor rural que<br />

serve ao devedor de crédito e tem sua<br />

vigência limitada ao período de financiamento;<br />

nesse caso, o beneficiário é o<br />

agente financiador.<br />

“O mercado segurador vem inovando<br />

e já tem seguros por faixa de produtividade.<br />

Nesta modalidade o agricultor diz<br />

que, por exemplo, pelo seu histórico, o seu<br />

risco maior ficaria entre uma produção<br />

mínima de 30 a 40 sacos por hectare.<br />

Neste caso, ele ficaria segurado apenas<br />

nesta faixa – de 10 sacos – pagando uma<br />

taxa reduzida”, explica Jorge Daniel<br />

Malheiros de Oliveira, corretor da JDM<br />

Corretora de Seguros.<br />

Os históricos de eficiência e de tecnologia<br />

empregadas pelo agricultor estão<br />

influenciando suas garantias e também a<br />

precificação, de acordo com o corretor. O<br />

mercado, portanto, está ficando mais individual,<br />

respeitando as especificidades de<br />

cada produtor para que eles tenham mais<br />

autonomia ao decidir, junto ao corretor,<br />

o que devem contratar. Já é possível,por<br />

exemplo, que o agricultor contrate uma<br />

renda, como um pró-labore, que sirva a<br />

ele caso o seguro reponha apenas seu<br />

custo de produção, permitindo que ele<br />

consiga arcar com suas despesas pessoais<br />

e familiares sem maiores prejuízos.<br />

“Quando falamos de seguro rural, falamos<br />

também de equipamentos, frotas,<br />

armazéns, grãos, propriedade e vida, dele<br />

e de seus funcionários”, reforça Oliveira.<br />

A Essor Seguradora atua nesse nicho<br />

e vê com boas perspectivas o setor,<br />

especialmente no que diz respeito às<br />

adaptações que são estudadas e colocadas<br />

em prática. “Coberturas para tratamento<br />

fitossanitário são interessantes, pois garantem<br />

ao produtor os custos de aplicação<br />

de produtos necessários após a ocorrência<br />

de sinistros. Mas não se esgota nisso. Os<br />

seus equipamentos necessitam de proteção<br />

porque [além de serem utilizados na<br />

produção], muitas vezes eles são dados<br />

em garantia de financiamento”, exemplifica<br />

Leandro Poli, diretor técnico de Ramos<br />

Elementares da Essor Seguros. Poli<br />

completa ainda que há uma cobertura,<br />

específica, mas inovadora, adequada às<br />

novas tecnologias, para mostrar o quanto<br />

o mercado está atento. “Podemos citar a<br />

cobertura para Maçã Telada – uma tela<br />

que protege contra o granizo -, que oferece<br />

um seguro adequado ao produtor que<br />

possui esse nível de proteção, cobrindo<br />

o próprio material da tela instalada. Há<br />

também a Queda de Parreiral – em caso<br />

de granizo e vendaval.<br />

Cada contratação dentro de seu ramo.<br />

As nomenclaturas são importantes e<br />

não devem ser menosprezadas. Quando<br />

contrata-se um seguro agrícola estão<br />

cobertas apenas as culturas. Para mais<br />

opções, o leque a ser checado é o do<br />

seguro rural. O seguro para máquinas,<br />

por exemplo, é feito através da apólice de<br />

benfeitorias – seguros patrimoniais rurais.<br />

O seguro desse maquinário tem até<br />

mesmo outra vigência, sendo anual, mais<br />

parecida com um seguro de automóvel,<br />

por exemplo. Por isso é importante que<br />

o contratante conheça bem as diferenças.<br />

A cultura no campo<br />

Assim como há agricultores de<br />

diferentes portes, há também diferentes<br />

níveis de informação que chegam até os<br />

trabalhadores do campo. O seguro, muitas<br />

vezes, chega a ele em forma de venda<br />

casada com os seus financiamentos, o<br />

que contribui para que a dimensão da<br />

importância seja difícil de ser por eles<br />

mensurada. “Contudo, nosso trabalho<br />

como corretores é esclarecer esse funcionamento<br />

e as garantias e condições.<br />

Falarmos sobre os benefícios e a tranquilidade<br />

que, por um preço módico, ele<br />

❙❙Ricardo Braz, da BR Insurance

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