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Oliveira, foram otimistas em relação aos<br />
rumos econômicos do País. “Precisamos<br />
de obras com garantia de qualidade e<br />
quando pensamos nisso, pensamos no<br />
mercado de seguros”, afirmou Oliveira.<br />
Finalizando, o governador do estado<br />
de Goiás, Marconi Perillo, afirmou que<br />
há muito já participa e se envolve com o<br />
mercado e que assim pretende continuar.<br />
Os desafios em Auto<br />
O automóvel foi, durante muito<br />
tempo, o foco principal de atenção do<br />
mercado de seguros. Mas agora a carteira<br />
passa por dificuldades.<br />
Esse é um momento de desaceleração,<br />
conforme destacado por Murilo<br />
Riedel, presidente da HDI Seguros. Se<br />
a compra de carros zero não cresce e a<br />
frota envelhece, o jeito é investir em produtos.<br />
“Os corretores precisam apoiar as<br />
seguradoras a promover essas discussões.<br />
Os produtos e as estratégias não estão<br />
consoantes com essa frota que envelhece,<br />
mas os clientes estão aqui”, pontuou.<br />
Luiz Gutierrez, presidente do Grupo<br />
Segurador BB e Mapfre, destacou o quanto<br />
se fala, há tempos, de telemetria, conectividade<br />
e carros autônomos, por exemplo,<br />
e o quão pouco tudo mudou. “Quantas<br />
vezes vocês escutaram sobre isso, e o que<br />
fizeram a respeito?”, provocou. “Estamos<br />
aqui para reagir, temos expertise, conhecimento<br />
e podemos ajudar vocês [corretores]<br />
e estar com nossos clientes, porque, senão,<br />
outros estarão”, completou.<br />
Mesmo assim, há boa vontade das<br />
seguradoras, de acordo com Eduardo<br />
Dal Ri, vice-presidente de Auto e Massificados<br />
da SulAmérica, e isso evoluirá<br />
e deverá mudar, inclusive, a precificação<br />
de produtos.<br />
Mas o quão eficazes são os seguros<br />
mais baratos nessa carteira? Luiz Pomarole,<br />
diretor geral da Porto Seguro,<br />
destacou o Seguro Auto Popular e os<br />
obstáculos que impedem as seguradoras<br />
de lançá-lo. Para ele, é preciso uma rede<br />
de oficinas capaz de atender clientes e que<br />
traga esclarecimentos quanto às peças do<br />
mercado alternativo. O seguro popular é<br />
a esperança de combater a proteção veicular.<br />
José Adalberto Ferrara, presidente<br />
da Tokio Marine, afirmou que 72% dos<br />
clientes que compram o produto são novos<br />
consumidores de seguros. Ou seja, se<br />
houver mais opções, os clientes poderão<br />
ir para o mercado regulamentado.<br />
Os problemas econômicos e de segurança<br />
pública no Brasil causaram efeitos<br />
colaterais que agora repercutem. “Isso<br />
cria um cenário propício para o crescimento<br />
dos vendedores de falsas ilusões,<br />
querendo até se legalizar”, alertou João<br />
Francisco Borges, membro do conselho<br />
da HDI Seguros.<br />
E a saúde?<br />
Hoje, os players do mercado de saúde<br />
se deparam com o desafio de descobrir<br />
como manejar a saúde suplementar.<br />
Rodrigo Aguiar, diretor da Agência<br />
Nacional de Saúde Suplementar (ANS),<br />
falou da venda de planos de saúde online,<br />
regulamentada pela agência. Para ele, o<br />
que é preciso, tanto online quanto offline,<br />
O 21º Congresso<br />
Brasileiro será realizado<br />
em Costa de Sauípe, na<br />
Bahia, entre os dias 10 e<br />
12 de outubro de 2019<br />
é clareza na negociação e nisso os corretores<br />
são essenciais. “Falta de clareza<br />
leva à insatisfação e isso obriga a ANS<br />
a intervir na relação entre operadora e<br />
segurado, o que não queremos”, destacou.<br />
A presidente da FenaSaúde, Beatriz<br />
Palheiros Mendes, se mostrou otimista<br />
com a perspectiva de estabilização futura.<br />
“Nós perdemos 2,5 milhões de beneficiários,<br />
mas a perda do emprego foi de<br />
2,7 bilhões”, apontou. Ela reforçou que o<br />
mercado se saiu melhor do que se esperava<br />
diante da defasagem da economia.<br />
O painel discutiu ainda o posicionamento<br />
do corretor na saúde suplementar.<br />
Enquanto há quem ache que o corretor<br />
é representante da operadora, Solange<br />
acredita que ele representa o interesse<br />
do segurado. “O papel é ajudar o cliente<br />
a fazer uma boa compra”, pontuou.<br />
O presidente da SulAmérica, Gabriel<br />
Portela, disse acreditar que a agência<br />
não pode se intrometer, mas sim regular<br />
o mercado, dar diretrizes. Ele também<br />
destacou a importância da mediação em<br />
saúde suplementar. “A gente usa big data<br />
para conhecer o que vocês corretores já<br />
conhecem: os clientes”, afirmou Portela.<br />
Novas parcerias<br />
Os debates sobre tecnologia foram<br />
diversos. Utilizá-la como canal de distribuição,<br />
saber que ser digital é mais do que<br />
estar online e otimizar processos, conforme<br />
afirmou Luciano Snell, presidente<br />
da Icatu Seguros. E os corretores devem<br />
saber disso tanto quanto as seguradoras,<br />
pois não podem parar no meio do caminho.<br />
“O sucesso de vocês [corretores] é<br />
o nosso sucesso. Não por retórica, mas<br />
por modelo de negócio”, garantiu Marco<br />
Antônio Gonçalves, diretor geral da<br />
Bradesco Seguros.<br />
Entre tantos pontos levantados, uma<br />
novidade teve grande repercussão no<br />
evento. A Fenacor anunciou uma parceria<br />
com a Wiz, empresa de solução em<br />
tecnologia. O app Zim é a nova aposta<br />
da entidade para aproximar corretores<br />
e o mundo digital. A estratégia foi demonstrada<br />
durante um painel sobre transformação<br />
digital e tem como principal<br />
função facilitar o cotidiano das tarefas<br />
burocráticas do corretor e deixá-lo com<br />
mais tempo livre para se dedicar à consultoria<br />
com seus clientes.<br />
Mas um ponto polêmico pairou sobre<br />
essa parceria. Vergílio foi diversas vezes<br />
indagado sobre a relação da Wiz com a<br />
Caixa Seguradora, que detém a Youse.<br />
Após tanto tempo combatendo as práticas<br />
da plataforma de vendas, foi levantada a<br />
questão se essa parceria seria uma espécie<br />
de acordo, o que Vergílio negou com<br />
veemência. Segundo ele e o presidente da<br />
startup, João Silveira, a Wiz tem na Caixa<br />
apenas um investidor – que possui 25%<br />
da ações -, que não tem qualquer relação<br />
operacional com a Youse. Com a chancela<br />
da Fenacor, Silveira se comprometeu<br />
que os dados dos corretores não correm<br />
nenhum risco.<br />
O que o 20° Congresso de Corretores<br />
de Seguros mostrou é que investir em<br />
tecnologia é importante, mas para que<br />
isso funcione e seja feito com efetividade,<br />
os players precisam se unir em uma<br />
mesma direção.<br />
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