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Revista Apólice #226

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Oliveira, foram otimistas em relação aos<br />

rumos econômicos do País. “Precisamos<br />

de obras com garantia de qualidade e<br />

quando pensamos nisso, pensamos no<br />

mercado de seguros”, afirmou Oliveira.<br />

Finalizando, o governador do estado<br />

de Goiás, Marconi Perillo, afirmou que<br />

há muito já participa e se envolve com o<br />

mercado e que assim pretende continuar.<br />

Os desafios em Auto<br />

O automóvel foi, durante muito<br />

tempo, o foco principal de atenção do<br />

mercado de seguros. Mas agora a carteira<br />

passa por dificuldades.<br />

Esse é um momento de desaceleração,<br />

conforme destacado por Murilo<br />

Riedel, presidente da HDI Seguros. Se<br />

a compra de carros zero não cresce e a<br />

frota envelhece, o jeito é investir em produtos.<br />

“Os corretores precisam apoiar as<br />

seguradoras a promover essas discussões.<br />

Os produtos e as estratégias não estão<br />

consoantes com essa frota que envelhece,<br />

mas os clientes estão aqui”, pontuou.<br />

Luiz Gutierrez, presidente do Grupo<br />

Segurador BB e Mapfre, destacou o quanto<br />

se fala, há tempos, de telemetria, conectividade<br />

e carros autônomos, por exemplo,<br />

e o quão pouco tudo mudou. “Quantas<br />

vezes vocês escutaram sobre isso, e o que<br />

fizeram a respeito?”, provocou. “Estamos<br />

aqui para reagir, temos expertise, conhecimento<br />

e podemos ajudar vocês [corretores]<br />

e estar com nossos clientes, porque, senão,<br />

outros estarão”, completou.<br />

Mesmo assim, há boa vontade das<br />

seguradoras, de acordo com Eduardo<br />

Dal Ri, vice-presidente de Auto e Massificados<br />

da SulAmérica, e isso evoluirá<br />

e deverá mudar, inclusive, a precificação<br />

de produtos.<br />

Mas o quão eficazes são os seguros<br />

mais baratos nessa carteira? Luiz Pomarole,<br />

diretor geral da Porto Seguro,<br />

destacou o Seguro Auto Popular e os<br />

obstáculos que impedem as seguradoras<br />

de lançá-lo. Para ele, é preciso uma rede<br />

de oficinas capaz de atender clientes e que<br />

traga esclarecimentos quanto às peças do<br />

mercado alternativo. O seguro popular é<br />

a esperança de combater a proteção veicular.<br />

José Adalberto Ferrara, presidente<br />

da Tokio Marine, afirmou que 72% dos<br />

clientes que compram o produto são novos<br />

consumidores de seguros. Ou seja, se<br />

houver mais opções, os clientes poderão<br />

ir para o mercado regulamentado.<br />

Os problemas econômicos e de segurança<br />

pública no Brasil causaram efeitos<br />

colaterais que agora repercutem. “Isso<br />

cria um cenário propício para o crescimento<br />

dos vendedores de falsas ilusões,<br />

querendo até se legalizar”, alertou João<br />

Francisco Borges, membro do conselho<br />

da HDI Seguros.<br />

E a saúde?<br />

Hoje, os players do mercado de saúde<br />

se deparam com o desafio de descobrir<br />

como manejar a saúde suplementar.<br />

Rodrigo Aguiar, diretor da Agência<br />

Nacional de Saúde Suplementar (ANS),<br />

falou da venda de planos de saúde online,<br />

regulamentada pela agência. Para ele, o<br />

que é preciso, tanto online quanto offline,<br />

O 21º Congresso<br />

Brasileiro será realizado<br />

em Costa de Sauípe, na<br />

Bahia, entre os dias 10 e<br />

12 de outubro de 2019<br />

é clareza na negociação e nisso os corretores<br />

são essenciais. “Falta de clareza<br />

leva à insatisfação e isso obriga a ANS<br />

a intervir na relação entre operadora e<br />

segurado, o que não queremos”, destacou.<br />

A presidente da FenaSaúde, Beatriz<br />

Palheiros Mendes, se mostrou otimista<br />

com a perspectiva de estabilização futura.<br />

“Nós perdemos 2,5 milhões de beneficiários,<br />

mas a perda do emprego foi de<br />

2,7 bilhões”, apontou. Ela reforçou que o<br />

mercado se saiu melhor do que se esperava<br />

diante da defasagem da economia.<br />

O painel discutiu ainda o posicionamento<br />

do corretor na saúde suplementar.<br />

Enquanto há quem ache que o corretor<br />

é representante da operadora, Solange<br />

acredita que ele representa o interesse<br />

do segurado. “O papel é ajudar o cliente<br />

a fazer uma boa compra”, pontuou.<br />

O presidente da SulAmérica, Gabriel<br />

Portela, disse acreditar que a agência<br />

não pode se intrometer, mas sim regular<br />

o mercado, dar diretrizes. Ele também<br />

destacou a importância da mediação em<br />

saúde suplementar. “A gente usa big data<br />

para conhecer o que vocês corretores já<br />

conhecem: os clientes”, afirmou Portela.<br />

Novas parcerias<br />

Os debates sobre tecnologia foram<br />

diversos. Utilizá-la como canal de distribuição,<br />

saber que ser digital é mais do que<br />

estar online e otimizar processos, conforme<br />

afirmou Luciano Snell, presidente<br />

da Icatu Seguros. E os corretores devem<br />

saber disso tanto quanto as seguradoras,<br />

pois não podem parar no meio do caminho.<br />

“O sucesso de vocês [corretores] é<br />

o nosso sucesso. Não por retórica, mas<br />

por modelo de negócio”, garantiu Marco<br />

Antônio Gonçalves, diretor geral da<br />

Bradesco Seguros.<br />

Entre tantos pontos levantados, uma<br />

novidade teve grande repercussão no<br />

evento. A Fenacor anunciou uma parceria<br />

com a Wiz, empresa de solução em<br />

tecnologia. O app Zim é a nova aposta<br />

da entidade para aproximar corretores<br />

e o mundo digital. A estratégia foi demonstrada<br />

durante um painel sobre transformação<br />

digital e tem como principal<br />

função facilitar o cotidiano das tarefas<br />

burocráticas do corretor e deixá-lo com<br />

mais tempo livre para se dedicar à consultoria<br />

com seus clientes.<br />

Mas um ponto polêmico pairou sobre<br />

essa parceria. Vergílio foi diversas vezes<br />

indagado sobre a relação da Wiz com a<br />

Caixa Seguradora, que detém a Youse.<br />

Após tanto tempo combatendo as práticas<br />

da plataforma de vendas, foi levantada a<br />

questão se essa parceria seria uma espécie<br />

de acordo, o que Vergílio negou com<br />

veemência. Segundo ele e o presidente da<br />

startup, João Silveira, a Wiz tem na Caixa<br />

apenas um investidor – que possui 25%<br />

da ações -, que não tem qualquer relação<br />

operacional com a Youse. Com a chancela<br />

da Fenacor, Silveira se comprometeu<br />

que os dados dos corretores não correm<br />

nenhum risco.<br />

O que o 20° Congresso de Corretores<br />

de Seguros mostrou é que investir em<br />

tecnologia é importante, mas para que<br />

isso funcione e seja feito com efetividade,<br />

os players precisam se unir em uma<br />

mesma direção.<br />

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