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Gestão Hospitalar N.º 22 2006

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Congresso Nacional dos Hospitais:<br />

"Pensar o Presente,<br />

Realizar o Futuro"<br />

Pensar o presente, ~alizar o futuro<br />

~· ~~<br />

APAH e APDH<br />

juntam 25<br />

personalidades<br />

em Livro<br />

Jorge Sampaio à GH:


Sopra<br />

uma boa nova,<br />

04 Editorial<br />

Em tempo de Congresso Nacional, Manuel Delgado,<br />

presidente da APAH, volta a analisar a questão do<br />

financiamento para deixar algumas bases para uma<br />

reflexão mais profunda e global, que urge fazer. O<br />

que está sobretudo em causa, refere, é saber se os<br />

recursos financeiros chegam para o SNS geral,<br />

universal e tendencialmente gratuito que (ainda)<br />

temos. As opiniões não são convergentes mas,<br />

como se sabe, da discussão é que nasce a luz.<br />

Ficam as ideias, para já.<br />

12 Entrevista<br />

A GH orgulha-se de publicar, nesta edição, uma<br />

entrevista feita a Jorge Sampaio, ex-presidente da<br />

República e recentemente convidado, por Koffi<br />

Annan, para Enviado Especial da ONU para a<br />

Tuberculose. Simpático, acessível e inteligente,<br />

como sempre foi, Jorge Sampaio explica à GH em<br />

que consiste a sua missão e como vai tentar levála<br />

a cabo e chama a atenção para as mudanças a<br />

que se assiste na política de Saúde,<br />

particularmente no que se refere aos novos<br />

modelos de financiamento. Mas Sampaio não fica<br />

por aqui, e deixa perceber que é um profundo<br />

conhecedor de questões da globalização, quando<br />

o que está em causa é a Saúde.<br />

21 Política<br />

O Tribunal de Contas apresentou um relatório sobre<br />

Aliámos a experiência e solidez de um grupo internacional,<br />

líder na sua área, ao maior e mais moderno complexo industrial<br />

farmacêutico português.<br />

Escolhemos Portugal para ser o centro mundial de desenvolvimento<br />

e produção de medicamentos injectáveis da Fresenius Kabi.<br />

Apostámos na qualidade, competência e formação dos nossos<br />

profissionais.<br />

Acreditámos no seu apoio.<br />

Em Portugal, com portugueses, para o mundo.<br />

~ Fresenius<br />

LABESFAL<br />

Kabi<br />

1<br />

30 Evento<br />

32 Livro<br />

os resultados dos hospitais S.A. e descobriu que o<br />

défice e o endividamento são mais elevados do<br />

que nos geridos pelo Estado. Fica a notícia para<br />

uma posterior e mais aprofundada análise.<br />

o Congresso Nacional dos Hospitais tem lugar entre<br />

16 e 18 desde mês. Muitos meses de preparação<br />

para que se discuta, abertamente, as questões que<br />

se ligam ao conceito do Hospital que se quer mais<br />

eficaz.<br />

Realizado em conjunto pela APAH e pela APDH, o<br />

CHN é levado a cabo num espírito abrangente e<br />

aglutinador. Contamos consigo.<br />

Existem vários estudos e livros que analisam o<br />

passado da Saúde no país. A APAH e a APOH<br />

lançam agora um livro que analisa o p1esente e o<br />

----·--t·Ul.uro :i:iata-se de uma iniciativa que junta as<br />

ideiás de s personalidades ligadas ao sector da<br />

Saúde e ue deixam mensagens, recados, ideias e<br />

conceitos que importa ter em conta. O livro "O<br />

Futuro da Saúde em Portugal" vai ser lançado no<br />

dia 17 de Novembro, durante o jantar oficial do<br />

evento.<br />

Caring for Life<br />

B 1 E3 1_ 1 O T E C A


De novo o financiamento<br />

Manuel Delgado<br />

Presidente da APAH<br />

"Temos assistido,<br />

apesar dos esforços,<br />

aum<br />

endividamento<br />

crónico e crescente<br />

do SNS e das suas<br />

instituições, como<br />

categoricamente<br />

assinala o relatório<br />

n<strong>º</strong> 20/06 do TC,<br />

referente ao<br />

modelo de gestão<br />

dos hospitais do<br />

sector empresarial<br />

do Estado."<br />

Aanunciada introdução para 2007 de<br />

novas taxas na utilização de serviços<br />

hospitalares, trouxe de novo à agenda<br />

política da saúde a questão do financiamento.<br />

E o que está sobretudo em causa é saber se os<br />

recursos financeiros chegam para o SNS<br />

geral, universal e tendencialmente gratuito<br />

que (ainda) temos.<br />

Clama-se com frequência que as estruturas<br />

do SNS são ineficientes, despesistas e reveladoras<br />

de endémicas falhas de gestão. E por<br />

aqui, sobretudo desde 2002, algumas medidas<br />

têm sido tomadas. Importa referir a propósito<br />

que estas iniciativas raramente se inserem<br />

numa visão global do SNS perdendo por<br />

este facto muito do seu eventual impacto.<br />

Talvez por esta razão, mas também porque as<br />

questões estruturais não são atacadas, temos<br />

assistido, apesar dos esforços, a um endividamento<br />

crónico e crescente do SNS e das suas<br />

instituições, como categoricamente assinala o<br />

relatório n<strong>º</strong> 20/06 do TC, referente ao modelo<br />

de gestão dos hospiqüs do sector empresarial<br />

do Estado. De tal modo que é o próprio<br />

TC que vem alertar para a necessidade de<br />

financiamento líquido dos hospitais no futuro<br />

próximo.<br />

O actual governo tem encarado este assunto<br />

sob as duas perspectivas metodológicas que o<br />

mesmo contempla: por um lado, incentivando<br />

os gestores e os responsáveis das Administrações<br />

centrais e regionais a procurarem formas<br />

eficazes de racionalização no uso de<br />

recursos, sobretudo em consumos correntes e<br />

recursos humanos e, por outro lado, perspectivando<br />

a sustentabilidade financeira do SNS,<br />

criando um Grupo de Missão precisamente<br />

para o estudo do modelo de financiamento.<br />

Quanto ao primeiro ponto os resultados que<br />

se têm obtido na gestão hospitalar indiciam<br />

nítidos e nalguns casos surpreendentes ganhos<br />

de eficiência; quanto ao modelo de<br />

financiamento, a reflexão está ainda na warm<br />

up, aguardando-se com fortes expectativas a<br />

conferência do próximo dia 24 para que a<br />

mesma arranque e nos clarifique o caminho.<br />

Importa desde já antecipar duas esperanças:<br />

a) que se reconheça a necessidade de se acrescentar<br />

recursos financeiros ao SNS;<br />

b) que o mesmo se processe convocando<br />

todos os portugueses para, de acordo com os<br />

seus rendimentos, contribuírem um pouco<br />

mais para aquele desiderato.<br />

A alternativa, dramática face aos brandos costumes<br />

dos portugueses, passa pela introdução<br />

de um package básico de cuidados de saúde<br />

(geral, universal e gratuito) e pela definição<br />

de mecanismos seguradores complementares<br />

para cuidados de saúde não indispensáveis.<br />

Será possível obter consensos nesta<br />

matéria? l!D<br />

MSD Dedicamos<br />

a nossa vida<br />

a melhorar a sua<br />

Merck Sharp & Dohme<br />

Qta. da Fonte Edif. Vasco da Gama, 19<br />

P.O. Box 214<br />

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ljun1 ad1S.pt<br />

medicina e muito mais


Hospital de S. João<br />

Hos ita e S.<br />

O<br />

Hospital de S. João, no Porto,<br />

lidera a lista dos cinco melhores<br />

hospitais públicos nacionais num estudo<br />

realizado por oito investigadores<br />

da Escola Nacional de Saúde Pública e<br />

divulgado pela revista 'Sábado'.<br />

No segundo lugar do '·ranking' ficaram<br />

os Hospitais da Universidade de<br />

Coimbra (HUC), seguindo-se o Santa<br />

Maria (Lisboa), o Centro <strong>Hospitalar</strong><br />

d a Cova da Beira (Covilhã) e, em<br />

quinto luga r, o Hospital de Egas<br />

Moniz (Lisboa).<br />

O estudo, liderado pelo economista<br />

Carlos Costa, professor e investigad<br />

o r d a Escola Nacional de Saúde<br />

Pública, da Universidade Nova de Lisboa,<br />

avaliou um total de 81 hospitais<br />

públicos em Portugal continental. m<br />

~<br />

<strong>º</strong>ª<strong>º</strong><br />

4 de Dezembro<br />

jornadas alertam para esclerose múltipla<br />

N<br />

o próximo dia 4 de Dezembro comemora-se<br />

o Dia Nacional da Pessoa com<br />

Esclerose Múltipla. A data será assinalada pela<br />

Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla<br />

(SPEM) com a organização de umas jornadas<br />

subordinadas ao tema "A pessoa com esclerose<br />

múltipla na famíl ia e na sociedade".<br />

A decorrer em Lisboa e com a duração de<br />

um dia, estas jornadas têm por objectivo juntar<br />

doentes, familiares, profissionais de saúde<br />

e representantes institucionais envolvidos no<br />

diagnóstico, tratamento e na prestação de<br />

cuidados aos portadores da doença para debater<br />

remas relacionados com o impacto da<br />

doença nas capacidades físicas e de desempenho<br />

sócio-profissional do indivíduo portador<br />

de esclerose múltipla e no agregado<br />

familiar, relacionados com as opções terapêuticas<br />

disponíveis e com a rede institucional<br />

de cuidados existente. m<br />

Livro<br />

Exercícios para<br />

doentes de fibromialgia<br />

A<br />

Associação Nacional Contra a Fibromialgia<br />

e Síndrome da Fadiga C rónica<br />

(Myos) lança no dia 16 de Novembro, na<br />

Fundação Calouste Gulbenkian, o livro<br />

"Fibromialgia em movimento'', da autoria de<br />

Clarissa Biehl Primes e Rira Gomes da Costa.<br />

Para além dos eventuais componentes farmacológicos,<br />

diversos estudos demonstram<br />

a importância da actividade física no combate<br />

fibromialgia. Embora a existência de<br />

dores e de fadiga tornem pouco apetecível a<br />

prática de exercício, quanto menores forem<br />

os níveis · de acrividade física mais se agravarão<br />

os sintomas dolorosos da doença. Por<br />

isso, a Myos decidiu apoiar a edição de um<br />

livro pensado na perspectiva dos doentes<br />

fibromiálgicos, da sua realidade e limitações,<br />

com exercícios simples, adequados ao<br />

ambiente doméstico , que são ensinados<br />

usando uma complexidade progressiva. m<br />

Internamento<br />

Médicos dizem que taxas são inconstitucionais<br />

Os médicos da carreira hospitalar pediram<br />

a intervenção do Provedor de Justiça<br />

para que este requeira ao Tribunal Constitucional<br />

a apreciação e a declaração de<br />

inconstitucionalidade das taxas moderadoras<br />

para os internamentos e cirurgias hospitalares.<br />

Na carta dirigida ao Provedor, Nascimento<br />

Rodrigues, o presidente da Associação Portuguesa<br />

dos Médicos da Carreira <strong>Hospitalar</strong>,<br />

Carlos Costa Almeida, apresenta várias argumentos<br />

e afirma que "esta nova modalidade de<br />

pagamento penaliza economicamente os<br />

utentes que precisam de tratamento por<br />

decisão médica". m


Orçamento<br />

Salários congelados e redução de efectivos<br />

O<br />

Ministério da Saúde prevê gastar<br />

a mesma verba em 2007 com<br />

salários que gastou em <strong>2006</strong>. O<br />

Dia Mundial do Cancro do Cólon e do Recto<br />

Orçamento de Estado para o próximo ano,<br />

na rubrica Despesas com Pessoal, prevê um<br />

valor de 2066 milhões de euros, quando,<br />

para <strong>2006</strong>, a verba prevista foi de cerca de<br />

dois mil milhões de euros. Ou seja, um crescimento<br />

de zero para os gastos com os salários<br />

dos profissionais de saúde que pode<br />

também significar uma redução nos quadros<br />

de pessoal. É que o Ministério das Finanças<br />

já decidiu que todos os funcionários públicos<br />

vão ter um 1,5% de aumento e se a<br />

verba para salários na Saúde não aumenta na<br />

mesma proporção, tal facto levará à redução<br />

de efectivos, nomeadamente, através da reestruturação<br />

dos serviços da tutela.<br />

Agentes do sector do Saúde apontam a pouca<br />

margem de manobra que a verba para salários<br />

deixa ao Ministério e consideram que as reestruturações,<br />

a levar a cabo no âmbito do<br />

PRACE, e o quadro de excedentes serão a<br />

possível solução para manter os dinheiros destinados<br />

às remunerações sob controlo.<br />

O ministro da Saúde, Correia de Campos, pretende<br />

ainda controlar o crescimento da despesa<br />

mantendo-o abaixo do 1 % para chegar ao final<br />

de 2007 com um resultado negativo de quase<br />

60 milhões de euros, reduzindo o défice acumulado<br />

280 para <strong>22</strong>0 milhões de euros.<br />

Esta política de contenção de gastos passa<br />

ainda por outras medidas como o aumento<br />

zero previsto para os gastos com os meios<br />

complementares de diagnóstico e tratamento<br />

(como os exames clínicos). O Governo pretende<br />

também reduzir os gastos com medicamentos<br />

vendidos em farmácia e antecipa uma<br />

diminuição da despesa na ordem dos 6,6%<br />

passando de uma estimativa de gastos de 1476<br />

milhões de euros, este ano, para 1379 milhões<br />

em 2007. A subida da despesa com medicamentos<br />

nos hospitais continua limitada a 4%<br />

e as transferências para os dois hospitais públicos<br />

geridos por privados (Amadora-Sintra e<br />

Cruz Vermelha) descem 3,3%.<br />

No agregado da despesa do Serviço Nacional<br />

de Saúde há uma previsão de subida de<br />

0,8% passando a Saúde a custar 8, 15 mil<br />

euros em 2007. m<br />

Hospitais ganham centros de rastreio<br />

O<br />

Dia Mundial do Cancro do mais de 300 mil novos casos por ano.<br />

Cólon e Recto foi assinalado, Segundo a Sociedade Portuguesa de Endoscopia<br />

Digestiva (SPED), promotora no passado dia 3 de Novem­<br />

da<br />

bro, com a apresentação de oito novos centros<br />

de rastreio, uma medida que visa diminuir<br />

a incidência da doença, que é<br />

diagnosticada a oito portugueses por dia.<br />

O cancro do cólon e recto é a principal<br />

causa de morte por cancro na Europa, com<br />

iniciativa, os serviços de gasterenterologia<br />

de oiro hospitais do país foram equipados<br />

com o material necessário para a realização<br />

das colonoscopias, único exame de rastreio<br />

ao cancro do cólon e do recto (CCR).<br />

Beneficiadas com os novos equipamentos<br />

foram o Centro <strong>Hospitalar</strong> das Caldas da<br />

Rainha; Hospitais da Universidade de<br />

Coimbra, Hospital Distrital de Castelo<br />

Branco (Amato Lusitano), Hospital do<br />

Litoral Alentejano, Hospital Garcia de<br />

Orta, Hospital Padre Américo (Vale do<br />

Sousa), Hospital São Marcos (Braga) e Instituto<br />

Português de Oncologia Francisco<br />

Gentil (Lisboa). ll!D<br />

Semana Nacional<br />

OMS<br />

Nova directora-geral<br />

especialista em gripe aviária<br />

A<br />

Organização Mundial de Saúde<br />

(OMS) escolheu para a sua liderança<br />

a chinesa Margaret Chan,<br />

funcionária de topo da organização, onde há<br />

dois anos era responsável pelo combate à<br />

gripe das aves.<br />

Com 59 anos, nascida em Hong Kong, a<br />

médica Chan é especialista em saúde<br />

materno-infantil e foi pioneira na luta<br />

contra o vírus H5N 1 da gripe das aves.<br />

A doutora Chan é também especialista em<br />

questões ligadas à pneumonia atípica,<br />

tendo liderado a Direcção Geral de Saúde<br />

em Hong Kong. ll!D<br />

Cuidados paliativas em foco<br />

N<br />

o<br />

início de Outubro assinalou­<br />

-se em Portugal a Semana<br />

Nacional dos Cuidados Paliativas<br />

com diversas iniciativas realizadas em<br />

todo o país pela Associação Nacional dos<br />

Cuidados Paliativos.<br />

As iniciativas incluíram diversas acções de<br />

divulgação e sensibilização para a temática,<br />

uma recolha de fundos, exposição e divulgação<br />

de livros e folhetos, cursos de formação,<br />

debates e conferências e, ainda, o lançamento<br />

do site sobre a história dos cuidados paliativos<br />

(http://www.historiamedicinapaliativa. ubi. pt).<br />

A Associação realizou, também, no Porto, o<br />

3° Congresso Nacional da problemática que<br />

abordou questões como o controlo da dor; o<br />

medo dos profissionais; os requisitos para a<br />

formação; cuidados na agonia; comunicação e<br />

conferência familiar; a organização, os avanços<br />

na investigação e as necessidades dos<br />

doentes em cuidados paliativas; ou os cuidados<br />

paliativas pediátricos.<br />

Os dois debates realizados versaram sobre os<br />

temas: ''A eutanásia e cuidados paliativas, a<br />

dignidade em fim de vida" e "Morrer fora<br />

da lei". m


. d a sua pesquisa à saúde.<br />

A Pfizer d~1ca t~ ªnasceram até às pessoas<br />

Dos que ain~a nao ada Sabemos que cada<br />

de idade mais ava~~ m~s específicos mas que<br />

. idade pode. ter pro é ~omum o desejo de uma<br />

a todas as idad: el e plena. Por isso, estamos<br />

vida longa, s:ud:~vestigação biomédica,<br />

na vanguard d cada vez mais doenças.<br />

· do e tratan o<br />

prevenin<br />

. á alcançados, mas<br />

Muitos sucessos foram 1<br />

ded"1cação<br />

lam da nossa<br />

muitos outros necess1 doenças façam parte do<br />

e esforço. Para que as futuro Este é o nosso<br />

d e não do nosso .<br />

passa o . consigo· juntos faremos o futuro.<br />

compromisso •<br />

Porto<br />

Centro Materno-Infantil<br />

deixará de ser único<br />

á está promo o plano funcional para o<br />

fururo Centro Materno-Infantil do<br />

Norte (CMIN), tendo sido entregue ao<br />

mistério da Saúde. Mas, de acordo com<br />

informações reveladas pela comunicação<br />

social, o novo plano deixa de prever um centro<br />

único para a saúde materno-infantil e defende<br />

a integração do Hospital Pediátrico Maria Pia<br />

no Santo António.<br />

Este estudo já foi contestado pela maioria dos<br />

clínicos do hospital Maria Pia e de São João.<br />

De acordo com o Fernando Pereira, do Hospital<br />

Maria Pia e membro da comissão executiva<br />

para a elaboração do plano funcional, este<br />

novo projecto implicará que as crianças possam<br />

"ter de percorrer várias unidades para<br />

serem tratadas".<br />

De qualquer forma, o projecto não deverá<br />

avançar ainda no ano 2007, uma vez que o<br />

CMIN viu inscrito em PIDDAC apenas cerca<br />

de 700 mil euros, o que, ainda de acordo com<br />

Fernando Pereira, não será suficiente sequer<br />

para os projecros requeridos pelas três obras a<br />

fazer. Recorde-se que este centro maternoinfancil<br />

está em fase de estudo há cerca de 20<br />

anos tendo já custado ao Estado à volta de 5,6<br />

milhões de euros só "no papel".<br />

O novo plano implica que no edifício da<br />

Maternidade Júlio Dinis fiquem os serviços de<br />

medicina materna: Ginecologia, Obstetrícia,<br />

urgência, bloco de partos e cirurgia não­<br />

-ambulatória de Ginecologia. O novo edifício<br />

a construir ao lado da Maternidade Júlio Dinis<br />

(em terrenos que, porém, foram cedidos à<br />

Câmara do Porto), com um cusro previsro de<br />

cerca de 37 milhões de euros, irá albergar as<br />

consultas externas e serviços como o apoio a<br />

crianças com doenças crónicas. Para as instalações<br />

do actual Hospital de Santo António está<br />

previsto que sejam transferidos os imernamenros<br />

de Pediarria, em quartos com uma ou duas<br />

carnas e instalações sanitárias privativas. Para<br />

os terrenos do antigo CICAP, no Hospital de<br />

Sanro António, vão a cirurgia ambulatória de<br />

Pediatria e Obstetrícia. rm


Jorge Sampaio à GH<br />

l<br />

Tuberculose é doença negligenciada e esquecida 11<br />

O ex-Presidente da República<br />

Portuguesa e actual Enviado<br />

Especial da ONU para a<br />

Tuberculose, Jorge Sampaio,<br />

explica à GH qu~l o seu papel<br />

no combate a este flagelo<br />

mundial que faz cinco mil<br />

vítimas mortais por dia.<br />

Em Portugal, a tuberculose<br />

também anda de mãos dadas<br />

com a pobreza e o HIV-SIDA,<br />

frisa Jorge Sampaio que já se<br />

disponibilizou para ajudar as<br />

autoridades nacionais no<br />

combate à doença.<br />

Relativamente às recentes<br />

alterações do sector da<br />

Saúde, o Enviado Especial<br />

sublinha que é preciso<br />

acompanhar a mudança dos<br />

tempos, embora sem pôr<br />

em causa os princípios de<br />

equidade e universalidade<br />

de acesso aos cuidados de<br />

saúde. Porém, alerta que<br />

financiamento da Saúde<br />

é um problema ainda<br />

mais complexo<br />

que o financiamento<br />

da Segurança Social.<br />

<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> - Como é que encarou o<br />

convite do Secretário-Geral das Nações<br />

Unidas para ser o Enviado Especial da ONU<br />

para a Tuberculose?<br />

Jorge Sampaio - Com grande satisfação,<br />

empenho e expectativa. Satisfação porque a<br />

área internacional é uma das esferas possíveis<br />

de actuação de um ex-Presidente. Como é<br />

bem conhecido, nos termos da Constituição<br />

Portuguesa, a representação externa do país<br />

cabe ao Chefe de Estado. Por isso, durante os<br />

meus dois mandatos, tive ocasião de estabelecer<br />

inúmeros contactos e acumulei assim uma<br />

experiência política a nível internacional que<br />

pode servir novas causas, continuando desta<br />

forma a ser útil ao país e a contribuir para a<br />

projecção da diplomacia portuguesa no mundo.<br />

Isto é gratificante.<br />

Empenho porque, partindo este convite do<br />

Secretário-Geral das Nações Unidas, a minha<br />

acção desenvolve-se no quadro desta organização.<br />

Ora é sabido o apreço que tenho pelo<br />

multilateralismo e, especialmente, pelo papel<br />

preponderante que sempre atribui às Nações<br />

Unidas na regulação da ordem mundial bem<br />

como na solução dos desafios e dos problemas<br />

com uma dimensão global. Agrada-me, pois,<br />

participar de alguma forma na afirmação do<br />

mulrilateralismo no mundo e poder dar um<br />

contributo concreto, neste caso, para o cwnprimenro<br />

das Metas de Desenvolvimento do<br />

Milénio, de que o objectivo da redução da<br />

tuberculose faz parte.<br />

Expectativa, por último, porque na luta contra<br />

a tuberculose está em causa roda a questão da<br />

política do desenvolvimento e da cooperação<br />

porque, como é sabido, mas tantas vezes se<br />

omite, a tuberculose está muito ligada à pobreza<br />

e ao subdesenvolvimento. Ora, trabalhar<br />

>>> Sem medidas adequadas de<br />

contenção de gastos, a percentagem<br />

das despesas públicas com Saúde<br />

duplicará no PIB até 2050<br />

nesta área tão exigente representa um estimulante<br />

desafio.<br />

GH - Enquanto Enviado Especial, o que<br />

pode fazer no combate a este flagelo? Onde<br />

é que pode actuar? Com que meios?<br />

JS - É, de facto, uma pergunta que me fazem<br />

muitas vezes. Confesso aliás que foi uma dúvida<br />

que me atravessou a mente quando o Secretário-Geral<br />

me telefonou a convidar. Para que<br />

serve um Enviado Especial para a Tuberculose ?<br />

Antes de mais, serve para fazer aquilo que, em<br />

inglês, se diz "political advocacy". Ou seja, a<br />

minha acção, que é essencialmente política,<br />

prossegue três objectivos: contribuir para manter<br />

a questão da Tuberculose na agenda política<br />

internacional; pressionar os líderes mundiais<br />

a reforçarem o seu compromisso e<br />

empenho no controlo da Tuberculose, garantindo<br />

o financiamento e a plena aplicação do<br />

Plano Global para "Travar a Tuberculose" para<br />

o período de <strong>2006</strong>-2015; contribuir para a<br />

sensibilização do grande público para o carácter<br />

de pandemia global da Tuberculose.<br />

Em termos mais concretos, trata-se de contribuir<br />

para que sejam cumpridas, náo só as<br />

Metas do Desenvolvimento do Milénio no<br />

sentido de "travar e inverter a incidência da<br />

Tuberculose até 2015'', mas também os objectivos<br />

da Parceria da Lura Contra a Tuberculose<br />

para 2015 - a saber, reduzir para metade as<br />

taxas de prevalência e de morte, tendo como<br />

referência os níveis de 1990.<br />

Para alcançar estes objectivos, conto não só<br />

com todo o apoio e assessoria técnica dos<br />

departamentos competentes da Organização<br />

Mundial de Saúde, como beneficio da sua<br />

colaboração na coordenação e na planificação<br />

das minhas actividades. Por outro lado, devo<br />

ainda acrescentar que, no estabelecimento dos<br />

vários contactos, das deslocações e visitas que<br />

até agora efectuei, tenho usufruído dos bons<br />

ofícios da nossa rede diplomática, do Governo<br />

e do Presidente da República.<br />

Em termos de meios, refira-se que os custos<br />

relacionados com o exercício destas funções<br />

(deslocações por exemplo) são assumidos pelas<br />

Nações Unidas.<br />

A situação da tuberculose<br />

1 no mundo é dramática<br />

GH - Qual é a situação actual relativamente<br />

a esta doença? Quais são as regiões do<br />

globo mais afectadas? Quem são as pessoas<br />

mais afectadas?<br />

JS - A situação é dramática, por isso a Tuberculose<br />

foi declarada uma emergência mundial<br />

pela Organização Mundial de Saúde. E é<br />

dramática por três razões: primeiro porque<br />

estamos a falar de uma doença curável que, apesar<br />

disso, está em progressão (taxa de incidência<br />

global de 1 % ao ano). Depois porque, apesar<br />

de ser a segunda doença infecciosa a seguir<br />

ao HIV-SIDA causadora de mais mortes do<br />

nosso tempo (1.7 milhões de pessoas por ano,


Alvos ...<br />

António Damásio e Sobrinho Simões -<br />

dois investigadores de primeira água,<br />

de que Portugal se deve orgulhar<br />

Kofi Annan - um defensor da Paz, dos<br />

Direitos Humanos e do<br />

Desenvolvimento, um amigo de<br />

Portugal<br />

Ban Ki-moon - uma esperança<br />

ou seja 5.000 homens, mulheres e crianças<br />

diariamente), a tuberculose é uma doença<br />

negligenciada e esquecida.<br />

Em terceiro lugar, porque a tuberculose forma,<br />

com a pobreza e o HIV-SIDA um triângulo<br />

vicioso que se auto-alimenta e reproduz. Por<br />

exemplo, dos 40 milhões de pessoas que, no<br />

mundo inteiro, vivem com HIV-SIDA, um<br />

terço contrai tuberculose e entre os co-infecra­<br />

contra a SIDA, a T B e a Malária e a mobilizar<br />

recursos para fi nanciar inteiramente o Plano<br />

Global para Travar a TB. Lembrarei ainda o<br />

desenvolvimento de mecanismos de financiamento<br />

inovadores para aumentar os recursos<br />

necessários ao desenvolvimento. Lembrarei,<br />

por último, as iniciativas levadas a cabo pelo<br />

sector das fundações, das empresas, das associações<br />

das ONGs e da filantropia.<br />

Bill Gates - um homem de visão<br />

dos, 90% morre poucos meses depois. Por<br />

isso, a tuberculose é a principal causa de morte<br />

das pessoas que têm HIV-SIDA. Em relação às<br />

regiões mais afectadas, África é sem dúvida a<br />

região com o maior fardo mundial de TB per<br />

capita. Esta siruação é tanto mais insustentável,<br />

porquanto, apesar de contar apenas com 11 o/o<br />

da população mundial, África contribui com<br />

cerca de 25% dos casos de Tuberculose. Naquela<br />

região, a incidência da Tuberculose está a<br />

aumentar aproximadamente 4% por ano, alimentada<br />

pela epidemia do HIV-SIDA. Trinta<br />

GH - Quem tem <strong>º</strong>dado a cara" publicamente<br />

são figuras públicas e dirigentes de organizações<br />

internacionais, muitas vezes ligadas<br />

à alta finança. O poder político está a<br />

faltar à chamada?<br />

JS - Não, não creio. Apenas há uma nova<br />

dinâmica que se tem desenvolvido e que repousa<br />

numa participação muito mais activa do<br />

sector privado, empresarial e associativo em<br />

causas públicas como a da luca contra as doenças<br />

infecciosas.<br />

e quatro de 46 Estados da região africana apresentam<br />

uma taxa de prevalência da Tuberculose<br />

de 300 casos por 100,000 habitantes.<br />

Em termos mais gerais, deve sublinhar-se ainda<br />

que há <strong>22</strong> países em que a situação da tuberculose<br />

é particularmente grave, concentrando<br />

80% dos nove milhões de novos casos detectados<br />

em 2004.<br />

O círculo vicioso entre<br />

a pobreza e doenças como<br />

a tuberculose tem<br />

de ser quebrado<br />

GH - Acha que a tuberculose é mais fácil de<br />

controlar no dito mundo civilizado do que<br />

nos países em vias de desenvolvimento?<br />

JS - Sem dúvida, porque nos países em vias de<br />

d esenvolvimento as carências são brutais e<br />

existem a todos os níveis. Ninguém ignora,<br />

de facto, que a infecção da Tuberculose se<br />

transmite mais rapidamente em situações<br />

ambientais de risco, caracterizadas pela pobreza,<br />

pela sobrepopulação, por más condições<br />

de habitação, de ventilação, de saneamento e,<br />

sobretudo, pela má nutrição.<br />

Por isso, os obstáculos para conseguir controlar<br />

a Tuberculose nos países em desenvolvimento<br />

são enormes.<br />

Mas este círculo vicioso entre a pobreza e as<br />

doenças como a Tuberculose tem de ser quebrado.<br />

É menos dispendioso quebrar este círculo<br />

silencioso do que alimentá-lo com mais mortes,<br />

mais pessoas doentes e mais famílias pobres. Nos<br />

países em desenvolvimento, as doenças como a<br />

Tuberculose têm um efeito sócio-económico<br />

devastador, minando a sua sustentabilidade do<br />

desenvolvimento a longo prazo. Ignorar os problemas<br />

agora, é tornar a sua solução futura<br />

ainda mais dispendiosa e improvável.<br />

GH - Em África, por exemplo, os PALOP's<br />

têm-se queixado da falta de apoios internacionais<br />

para combater a doença, bem como<br />

a SIDA. Acha que os países ricos têm feito<br />

pouco, ou nada, na ajuda internacional a<br />

este nível?<br />

JS - Eu creio que importa sublinhar que tem<br />

havido progressos significativos, mesmo se<br />

ainda amplamente insuficientes.<br />

Em primeiro lugar, as questões da Saúde estão<br />

hoje solidamente inseriras na agenda global do<br />

desenvolvimento, sendo a Saúde cada vez mais<br />

encarada como um Bem Público Global. A<br />

tomada de consciência da vertente transversal,<br />

transnacional e global da saúde pública tem-se<br />

manifestado claramente na crescente atenção<br />

que, não só as organizações sectoriais alheias à área<br />

da saúde - como o Banco Mundial, as Nações<br />

Unidas ou o G-8 - , mas também os sectores privados<br />

ou de solidariedade social têm prestado à<br />

promoção da saúde pública. Em segundo lugar,<br />

os países industrializados têm vindo a aumentar<br />

as suas contribuições para o financiamento da<br />

luta contra as doenças infecciosas como a Sida,<br />

a Tuberculose e a M alária. Um Fundo Global<br />

para as três doenças foi mesmo criado. Agora é<br />

óbvio que os recursos disponíveis são ainda insuficientes,<br />

mesmo se têm vindo a aumentar assim<br />

como as próprias fontes de financiamento, as<br />

quais se têm vindo a diversificar.<br />

Lembrarei a este propósito alguns exemplos, de<br />

que destaco o lançamento, em Janeiro último,<br />

do Plano Global para Travar a T B para o<br />

período de <strong>2006</strong>-20 15. Lembrarei também a<br />

Cimeira do G-8, realizada em São Petersburgo,<br />

em que se assumiu o comprom isso de<br />

continuar a apoiar o Fundo Global para a Luca<br />

GH - Que papel poderão ter as ONG?<br />

JS - Um papel fundamental que, sem se substituir<br />

à acção que compete aos Governos e aos<br />

Estados, contribui para que os resultados finais<br />

sejam m ais satisfatórios para o d oente. As<br />

O NGs podem desenvolver uma acção supletiva<br />

e complementar muito im portante, não só<br />

a nível da prevenção das doenças e na ed ucação<br />

para a saúde, mas também no plano da<br />

melhoria da qualidade de vida do doente, que<br />

é afinal o mais importante.<br />

GH - E a Indústria Farmacêutica poderá<br />

fazer mais e melhor?<br />

JS - A meu ver, pode efectivamente fazer mais<br />

e melhor. Por exemplo, poderia contribuir<br />

mais do ponto de vista financeiro para a investigação.<br />

GH - Acha que os avanços científicos e os<br />

novos medicamentos que estão em investigação<br />

podem vir a contrariar, a médio<br />

prazo, a disseminação da tuberculose multiresistente<br />

no mundo? Está confiante?


Curriculum Vitae<br />

Jorge Sampaio<br />

> Estudos secundários nos liceus Pedro<br />

Nunes e Passos Manuel, em Lisboa<br />

> Licenciado em Direito pela Faculdade<br />

de Direito da Universidade de Lisboa<br />

> Secretário de Estado da Cooperação<br />

Externa, no IV Governo Provisório<br />

> Fundador da "Intervenção Socialista"<br />

> Deputado Assembleia da República,<br />

pelo círculo de Lisboa<br />

> Membro Secretariado Nacional do PS<br />

> Membro da Comissão Europeia<br />

dos Direitos do Homem no Conselho<br />

da Europa<br />

> Presidente do Grupo Parlamentar<br />

do Partido Socialista<br />

> Secretário-Geral do Partido Socialista<br />

> Presidente da Câmara Municipal<br />

de Lisboa<br />

> Presidente da República de 1996 a <strong>2006</strong><br />

JS - Quanto a isso, não tenho muitas ilusões.<br />

Na área da tuberculose, vivemos hoje com<br />

vacinas que têm mais de duas décadas. Há<br />

progressos consideráveis a fazer nesta área,<br />

tanto mais que as novas formas de tuberculose<br />

resistente, multiresistente e extremamente<br />

resistente tornam urgente que se redobrem os<br />

esforços na procura de novas vacinas.<br />

GH - Em Portugal, cerca de 20% da população<br />

está afectada pela doença. É causa<br />

para alarme? É o regresso ao século XIX?<br />

JS - Atenção: só uma percentagem mínima<br />

da população infectada desenvolve efectivamente<br />

a doença. De facto, em geral apenas 1<br />

em cada 1 O pessoas infectad as pelo bacilo da<br />

tuberculose desenvolve activamente a doença.<br />

Por isso, este indicador não me parece<br />

muito pertinente.<br />

GH - Em Portugal, que medidas se podem<br />

tomar? E a que nível? Quem deve agir?<br />

JS - Já afirmei várias vezes que a minha função<br />

não é de todo interferir com a acção dos governos<br />

nacionais nem com as políticas de saúde<br />

dos países. Nas conversas que tenho mantido<br />

com os responsáveis nacionais tenho sempre a<br />

preocupação de inverter a questão, colocando<br />

o exercício dos meus bons ofícios ao serviço das<br />

necessidades em matéria de luta contra tuberculose,<br />

ecoadas pelos próprios países.<br />

No caso de Portugal, parece-me que existe<br />

uma consciência política forte do problema<br />

da tuberculose; dispomos também de um plano<br />

nacional que está a ser implementado.<br />

Porventura a opinião pública não está muito<br />

sensibilizada para a questão da tuberculose e talvez<br />

nesse âmbito haja um amplo campo de<br />

acção - por exemplo, o "Correio da Manhã"<br />

teve uma iniciativa neste domínio que considero<br />

notável.<br />

De facto, em Portugal a situação está ligada,<br />

como acontece em outros países europeus, por<br />

um lado, ao aumento da incidência da co­<br />

persistência de algumas bolsas de pobreza que<br />

favorecem o desenvolvimento da tuberculose e,<br />

por último, ao facto de nos termos tornado nos<br />

últimos anos num país de imigração.<br />

GH - A imigração e emigração podem<br />

contribuir para o aumento e disseminação<br />

da tuberculose?<br />

JS - Pode claro, mas devem ser evitada amálgamas<br />

que só alimentam atitudes racistas, discriminatórias<br />

e xenófobas.<br />

A Indústria Farmacêutica<br />

devia contribuir mais do<br />

ponto de vista financeiro<br />

para a investigação<br />

GH - Na Europa assiste-se a mudanças<br />

significativas na estrutura dos cuidados de<br />

Saúde.A fórmula "tendencialmente gratuita"<br />

está a dar lugar a uma visão mais economicista<br />

da Saúde. Concorda com estas<br />

mudanças?<br />

JS - Há que adaptar o sistema aos nossos tempos<br />

sem desvirtuar princípios fundamentais<br />

que são a equidade e a universalidade do acesso<br />

aos cuidados de saúde.<br />

Quanto à questão do financiamento da Saúde,<br />

constitui um dos problemas mais sérios que se<br />

coloca ao País - não só ao Governo - e, do meu<br />

ponto de vista, é ainda mais complexo e grave<br />

do que o financiamento da Segurança Social.<br />

Em primeiro lugar, porque as despesas totais<br />

em saúde, que hoje já representam, em Portugal,<br />

cerca de 10% do PIB, crescem a um ritmo<br />

muito superior ao da riqueza produzida, o que<br />

coloca, só por si, em causa a sustentabilidade<br />

do seu financiamento. E os factores que determinam<br />

o crescimento dos gastos com cuidados<br />

de saúde - o envelhecimento da população, a<br />

inovação tecnológica, o crescimento do rendimento<br />

das pessoas - são, por si só, inelutáveis.<br />

>>> 0 Enviado Especial da O NU defende que a necessidade das medidas da política de Saúde deve ser<br />

das, em Portugal, medidas adequadas de<br />

contenção dos gastos, a percentagem das despesas<br />

públicas com saúde no PIB quase duplicará<br />

até 2050.<br />

Acredito, porém, que muitas das decisões tomadas<br />

em áreas tão diversas como os cuidados de<br />

saúde primários, a reorganização dos serviços<br />

de urgência hospitalares, a empresarialização de<br />

hospitais, o incentivo à utilização de medicamentos<br />

genéricos, o controlo da inovação tecnológica,<br />

permitam ganhos de eficiência significativos.<br />

Em terceiro lugar, porque as despesas privadas<br />

dos cidadãos pagas a entidades privadas representam<br />

já cerca de 24% da despesa total em<br />

saúde, ou seja, os portugueses recorrem e<br />

pagam a prestadores privados valores financeiros<br />

relevantes. Mas os pagamentos directos<br />

dos cidadãos a entidades públicas prestadoras<br />

não chegam a 1 % do financiamento global, o<br />

que me permite afirmar que a querela das taxas<br />

moderadoras deve ser reduzida a esta mínima<br />

expressão, sem prejuízo da sua finalidade.<br />

Mas chamo a atenção para a impossibilidade de<br />

se conseguirem milagres e não tenho conhecimento<br />

de que os governos de outros países da<br />

OCDE, com sistemas de saúde de matriz<br />

semelhante à nossa, tenham conseguido encontrar<br />

uma fórmula milagrosa que não passe por<br />

um esforço complementar dos contribuintes ou<br />

dos utilizadores ou de ambos.<br />

Por isso, sou favorável a que se discutam estas<br />

questões com grande transparência, apoiadas<br />

por investigação independente, porque as pessoas<br />

compreendem que devemos questionar<br />

cientificamente as condições de um presente<br />

em constante mutação.<br />

A actual situação económica e financeira<br />

implica custos a curto prazo para se poderem<br />

obter vantagens a médio e longo prazo. Daí<br />

que seja conveniente explicar bem a necessidade<br />

e a finalidade das medidas de política e<br />

procurar minimizar e repartir equitativamente<br />

os sacrifícios que estas medidas possam<br />

17 .<br />

infecção HIV/SIDA-Tuberculose, por outro, à<br />

Em segundo lugar, porque, não sendo adopta-<br />

bem explicadas<br />

implicar. 11111


Grávidas<br />

Deficiência de vitamina E causa asma<br />

As crianças cujas mães registaram<br />

baixos níveis de vitamina E enquanto<br />

esàveram grávidas, têm cinco v~<br />

mais hipóteses de contrair asma, revela um estudo<br />

de cientistas da Universidade de Aberdeen, na<br />

Escócia.<br />

Os cientistas, cujo estudo foi publicado no<br />

''.Arnerican Journal of Respiratory and Critica!<br />

Care Medicine", sublinham que é muito importante<br />

para as mulheres grávidas que estas assegurem<br />

os correctos níveis de vitamina E, já que<br />

está estreitamente ligada ao correcto desenvolvimento<br />

dos pulmões do feto, sobretudo nas<br />

primeiras 16 semanas de gestação.<br />

Os cientistas da Universidade de Aberdeen já tinham,<br />

anteriormente, alertado para uma relação<br />

entre a falta de vitamina E das gestantes e a<br />

pieira em crianças com dois anos de idade.<br />

Agora estenderam o escudo às crianças com<br />

cinco anos. A equipa estudou 1.861 mulheres<br />

grávidas durante cerca de cinco anos. rm<br />

Barcelona<br />

Envelhecimento e problemas de coração<br />

N<br />

o início de Setembro, realizou-se tem 60 ou mais anos. Prevê-se que, em 2050,<br />

em Barcelona o )0/ Congresso esse número aumente para os 32%, de acordo<br />

Mundial de Cardiologia, organizado<br />

pela Federação Mundial do Coração e pela N a Alemanha, a média de idades ronda os<br />

com dados das Nações Unidas.<br />

Sociedade Europeia de Cardiologia. O tema foi 42, 1 anos, o que significa que metade da população<br />

está acima dessa média. Em 1950 essa<br />

a preocupante relação entre o aumento das<br />

doenças cardiovasculares e o envelhecimento média era de 35,4 e em 2050 será de 47,4. Em<br />

progressivo da população.<br />

Itália, a média de idades já é de 42,3 anos,<br />

Doenças coronárias e cardiovasculares ou hipertensão<br />

são apenas algumas das consequências dentro de 50 anos atinja os 52,5 anos. No<br />

quando em 1950 era de 29. E prevê-se que<br />

apontadas pelos congressistas que sublinharam<br />

ainda a necessidade de cuidados de saúde anos, quando há 50 anos atrás era de <strong>22</strong>,3 e<br />

Japão verifica-se que a média actual é de 42,9<br />

diferenciados dos idosos, tendo em mente que, dentro de cinco décadas as Nações Unidas<br />

nos países desenvolvidos, 20% da população já prevêem que atinja os 52,3 anos. rm<br />

1<br />

Tuberculose<br />

Alerta mundial contra<br />

doença resistente<br />

U<br />

m alerta mundial contra novas<br />

formas de tuberculose altamente<br />

resistentes aos medicamentos<br />

decectadas recentemente foi lançado pelo<br />

"British Medical Journal".<br />

O s investigadores, autores do artigo, apelam<br />

à tomada de acções para evitar a sua propagação<br />

mundial.<br />

O s autores afirmam q ue uma intervenção<br />

urgente é necessária para implementar estratégias<br />

efectivas de controlo da tuberculose<br />

especialmente em países onde esse controlo<br />

tem sido ineficaz.<br />

Os responsáveis defendem ainda a necessidade<br />

urgente de uma investigação aturada<br />

para avaliar a expansão destas estirpes resistentes<br />

de tuberculose, para melhorar os métodos<br />

de diagnóstico da doença e do seu nível<br />

de resistência aos medicamentos.<br />

Já fo ram decectadas estirpes diferentes de<br />

tuberculose muito resistente na Europa, Ásia<br />

e América do Norte e do Sul.<br />

Recorde-se que, em Maio, o Secretário-Geral<br />

das Nações Unidas, Kofi Annan, nomeou o<br />

antigo presidente da República Portuguesa,<br />

Jorge Sampaio, enviado especial da ONU<br />

d urante dois anos para lutar con tra a tuberculose.<br />

rm<br />

Farmacoeconomia<br />

Maus métodos estatísticos<br />

prejudicam avaliação<br />

e<br />

om as crescentes exigências feitas<br />

aos limitados orçamentos dos sistemas<br />

de saúde e a necessidade de<br />

controlar o rápido aumento com as despesas<br />

médicas, a adopção e a difusão de novos tratamentos<br />

médicos ou medicamentos depende<br />

cada vez mais das provas de uma boa relação<br />

custo/benefício. E esta avaliação surge na<br />

sequência da análise estatística da informação<br />

económica recolhida em pontos do tratamento<br />

clínico através de testes aleatórios.<br />

Embora, nos últimos anos, se tenham registado<br />

significativas melhorias nos métodos<br />

estatísticos de análise, ainda há muito que<br />

fazer. Um escudo recente realizado por dois<br />

cientistas da Escola de Medicina da Universidade<br />

da Pensilvânia e do Instituto de Economia<br />

da Saúde Leonard Davis fez uma análise<br />

dos dados económicos ao longo do<br />

processo clínico e comparou-os com dados<br />

anteriores, tendo descoberto que a qualidade<br />

dos métodos estatísticos melhorou bastante,<br />

embora um número significativo de<br />

estudos continue a utilizar métodos de má<br />

qualidade.<br />

Um em cada cinco estudos não realizaram<br />

um tes te estatístico para a comparação de<br />

custos e, no encanto, reclamaram resultados<br />

em que analisavam a relação custo/benefício<br />

ou redução de custos. rm


14 de Novembro<br />

Dia Mundial da Diabetes<br />

Estilos de vida<br />

Portugueses mais doentes do coração<br />

N<br />

o próximo dia 14 de Novembro<br />

celebra-se o Dia Mundial da<br />

Diabetes, uma doença que afecta<br />

mais de 200 milhões de pessoas em todo<br />

o mundo. Muitas destas pessoas não recebem<br />

a atenção e os cuidados de saúde de que<br />

necessitam e foi por isso que a Federação<br />

Internacional de Diabetes escolheu <strong>2006</strong><br />

como o ano dos doentes em desvantagem e<br />

vulneráveis.<br />

Com o slogan "Tratamento da diabetes para<br />

todos", o Dia Mundial da Diabetes <strong>2006</strong><br />

tem como objectivo alertar para a doença as<br />

comunidades e grupos, tanto nos países<br />

desenvolvidos como em desenvolvimento,<br />

com dificuldades de acesso aos cuidados<br />

porque se encontram à margem dos sistemas<br />

de saúde. ll!D<br />

Estudo global, realizado em<br />

conjunto por especialistas e<br />

responsáveis da indústria<br />

farmacêutica, vai dar<br />

indicadores sobre a realidade<br />

nacional.<br />

O<br />

registo<br />

cada vez mais acentuado de<br />

acidentes cárdio e cerebrovasculares<br />

nos portugueses tem vindo a<br />

preocupar, naturalmente, os técnicos ligados a<br />

essa área, desde os cardiologistas aos neurologistas.<br />

Perante esta realidade insofismável, provocada<br />

essencialmente pelo sedentarismo crescente e os<br />

estilos de vida que, definitivamente, se adulteraram,<br />

calcula-se, por defeito, em 3 milhões os<br />

hipertensos e quase em 70% os portugueses<br />

com hipercolesterolemia, bem como em mais<br />

Alzheimer<br />

Sumos ajudam a combater doença<br />

de meio milhão os diabéticos, 20% de obesos<br />

e 20% de fumadores.<br />

O problema, cuja dimensão está agora a atingir<br />

proporções incalculáveis há uma dezena de<br />

anos, assume ainda maior alarme junto dos<br />

U<br />

m vasto escudo epidemiológico,<br />

divulgado pelo "American Journal of<br />

Medicine", revela que as pessoas<br />

que bebem três ou mais vezes por semana sumos<br />

de frutas ou vegetais reduzem em 76 por cento<br />

o risco de contrair a doença de Alzheimer quando<br />

comparado com aqueles que bebem menos de<br />

uma vez por semana. Os investigadores seguiram<br />

um grupo alargado de sujeitos na população<br />

idosa japonesa a viver no Japão, Havai e na cidade<br />

norte-americana de Seattle, para detectar<br />

sinais de Alzheimer ou demência vascular. O<br />

projecto, denominado "Ni-Hon-Sea" acompanhou<br />

os sujeitos durante 10 anos.<br />

A doença de Alzheimer vai ser também o<br />

objecto de debate de umas Jornadas Ibéricas,<br />

marcadas para dia 16 e 17 de Novembro, a<br />

ter lugar na cidade espanhola de Almeirim.<br />

Organizadas conjuntamente pela Associação<br />

Portuguesa de Familiares e Amigos de<br />

Doentes com Alzheimer e a Associação<br />

Nacional de Alzheimer de Espanha (AFAL<br />

Contigo), estas primeiras jornadas ibéricas<br />

debaterão temas como os primeiros sinais<br />

de alarme, o diagnóstico e o acompanhamento,<br />

o papel do enfermeiro ou as novas<br />

técnicas de neuroimagem. Um tema que vai<br />

certamente provocar o interesse da população<br />

em geral, e dos amigos e familiares dos<br />

doentes de Alzheimer em particular. ll!D<br />

responsáveis devido ao facto de só 11 % dos<br />

hipertensos estarem sob vigilância médica, ou<br />

seja, com controlo dos elevados valores acusados.<br />

O certo é que com uma morbilidade por todos<br />

reconhecida, a doença cárdio-cerebrovascular<br />

continua, em Portugal, a ser uma das principais<br />

causas de anos perdidos de vida e um tremendo<br />

desafio de Saúde Pública que urge reconhecer<br />

e, mais do que isso, modificar.<br />

Iniciativa<br />

Desta forma, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose,<br />

com o apoio dos Laboratórios Pfuer,<br />

em parceria com a Key Point, vai iniciar já no<br />

próximo mês de Dezembro um Estudo Epidemiológico<br />

que pretende conhecer a prevalência<br />

de faccores de risco cardiovasculares entre os<br />

doentes portugueses com hipertensão arterial.<br />

Este estudo, que decorrerá até Abril de 2007, vai<br />

ter lugar nos Centros de Saúde de Cuidados<br />

Primários de todo o país e Regióes Autónomas,<br />

envolvendo 240 médicos e 3600 doentes hipertensos.<br />

Através das respeccivas consultas e com um<br />

formato que engloba 15 doentes em cada uma<br />

dessas unidades, seleccionados de forma aleatória,<br />

vai ser avaliada, pela primeira vez em Portugal,<br />

de maneira organizada, a percentagem de<br />

doentes hipertensos que aparentam outros factores<br />

de risco cardiovascular (hipercolesterolemia,<br />

tabagismo, obesidade, diabetes, sinais de<br />

lesões nos órgãos alvo, inactividade física, história<br />

familiar em termos de acidentes cardiocerebrovasculares,<br />

avaliação do ECG-LVH e<br />

microalbuminuria ou proceinuria), os quais<br />

em presença simultânea representam um risco<br />

particularmente significativo de eventos cardiovasculares,<br />

merecedores, por isso, de um<br />

acompanhamento mais particularizado.<br />

Trata-se de uma iniciativa pioneira em Portugal<br />

que poderá, no futuro, modificar a accual<br />

panorâmica das doenças que hoje constituem a<br />

maior causa de morte no país. ll!D<br />

l<br />

21 l<br />

l<br />


Estudo<br />

Portugueses conhecem<br />

riscos dos antibióticos<br />

O<br />

s Laboratórios Pfizer realizaram<br />

um estudo para avaliar o conhecimento<br />

que os portugueses têm<br />

dos riscos da toma de antibióticos. o estudo<br />

permitiu confirmar que, após dois anos da<br />

campanha "Antibióticos: Use-os de Forma<br />

Adequada", 60% dos portugueses já sabe<br />

que, em caso de gripe, a terapêutica mais<br />

adequada não é o uso de antibióticos. Em<br />

2005, apenas 48% sabia que não era adequado<br />

o uso de antibióticos para tratamento<br />

da gripe.<br />

Na toma de antibióticos 52% dos portugueses<br />

fá-lo até ao fim da embalagem. Neste<br />

momento 16% já sabe que se não efectuar a<br />

toma até ao fim diminui a eficácia futura do<br />

medicamento.<br />

Contudo, Portugal está no topo da lista dos<br />

países da União Europeia que mais antibióticos<br />

consomem. O nosso país está em quarto<br />

lugar e integra o grupo de seis países da<br />

Europa que mantém esta tendência continuada<br />

de elevadas Doses Diárias Definidas de<br />

antibióticos por habitante e dia, juntamente<br />

com a Grécia, a Croácia, a Irlanda o Luxemburgo<br />

e a Dinamarca. Além disso, está também<br />

em quarto lugar no consumo global de<br />

antibióticos em ambulatório.<br />

No passado dia 8 de Novembro arrancou a<br />

terceira fase da campanha de educação, informação<br />

e sensibilização públicas para o uso<br />

correcto dos antibióticos realizada pelos Laboratórios<br />

Pfizer, em parceria com o Ministério<br />

da Saúde (com intervenção do INFARMED<br />

e da Direcção Geral da Saúde), a Ordem dos<br />

Médicos e a Ordem dos Farmacêuticos.<br />

Sob o tema "Antibióticos: Use-os de forma<br />

adequada", faz um apelo à adesão à terapêutica<br />

prescrita pelo médico e às instruções<br />

deste e do seu farmacêutico para reduzir a<br />

possibilidade de desenvolvimento de resistências<br />

bacterianas: "Nem sempre os antibióticos<br />

são o melhor remédio, mas quando<br />

não tem outro remédio: cumpra o tratamento<br />

até ao fim". rm<br />

Workshop<br />

Enfermeiros debatem Farmacovigilância<br />

A<br />

Farmacovigilância foi o tema de<br />

um 'workshop' realizado no passado<br />

dia 11 de Novembro, em<br />

Cascais. D irigido, sobretudo, a enfermeiros<br />

a iniciativa foi organizada pela Amgen,<br />

empresa de biotecnologia, com o apoio da<br />

Sociedade Portuguesa de Enfermagem<br />

Oncológica e da Associação Portuguesa de<br />

Enfermeiros de Diálise e Transplantação.<br />

Os participantes debaterão a importância da<br />

monitorização contínua dos medicamentos,<br />

o papel do enfermeiro no Sistema Nacional<br />

de Farmacovigilância, a detecção e avaliação<br />

das reacções adversas de um medicamento,<br />

em diferentes áreas terapêuticas, como nefrologia,<br />

dermatologia, hematologia, entre<br />

outras.<br />

Através da Farmacovigilância é possível acompanhar<br />

e analisar a correcta utilização de um<br />

medicamento, por forma a minimizar o risco<br />

de ocorrência de reacções adversas, contribuindo<br />

para a segurança dos doentes. rm<br />

Livro<br />

Crianças mal alimentadas<br />

crescem adultos obesos<br />

A<br />

s crianças que se alimentam mal,<br />

na altura em que as células se estão tida na infância.<br />

a dividir, vão acumular mais células<br />

gordas e têm mais probabilidades de crescer<br />

como adultos obesos ou com peso a mais.<br />

Este foi o alerta deixado pelo professor Fernando<br />

Pádua, num debate que assinalou o<br />

lançamento do livro "À Mesa com o Coração".<br />

Fernando Pádua, autor do prefácio da obra,<br />

explicou que esse peso será muito mais difícil<br />

de perder em resultado da má alimentação<br />

As autoras do livro são as Mestres Maria de<br />

Lourdes Modesto e Maria da Graça Castelo<br />

Lopes, que apresentam uma selecção de<br />

receitas das autoras, "amigas do coração",<br />

além de tabelas e conselhos n utricionais<br />

dad os pelo p róprio INCP. As receitas de<br />

pratos típicos portugueses são confeccionadas<br />

com baixo teor de gordura, pouco sal e<br />

pouco açúcar. rm


Testemunho<br />

Homenagem simples ao ·sr. Fernando S<br />

dor<br />

an1<br />

•<br />

das regras de utilização, e com os instrumentos<br />

adequados, para desinfectar as salas,<br />

as enfermarias, o laboratório, todos os edifícios,<br />

para, de seguida, com muito profissionalismo,<br />

limpar os materiais e guardá-los de<br />

novo.<br />

Conheci o Sr. Fernando Sani há<br />

Foi no período da cólera que ocorreu no ano<br />

cerca de quatro anos, nas nossas<br />

passado, durante meses, que este homem se<br />

actividades no Hospital Nacional<br />

revelou ainda mais aos meus olhos: incansável,<br />

encaminhava os doentes para a enferma­<br />

Simão Mendes (HNSM), em Bissau. Não<br />

são muitos anos se considerarmos que os<br />

ria, de noite e de dia, entregando-os ao pessoal<br />

de enfermagem; solícito e zeloso, ia<br />

homens vivem muitos mais; todavia, foram<br />

os suficientes para construirmos uma sã<br />

buscar os soros e outros produtos de hidratação<br />

oral para aplicação e tratamento dos<br />

convivência, e para eu me aperceber que estava<br />

lidando com um homem superior. Durante<br />

estes anos, tive oportunidade de colher<br />

cado pelas diarreias, caminhava pela enferma­<br />

doentes; imperturbável face ao cheiro provo­<br />

dele: a humildade intelectual - ele que era<br />

ria para acudir a um ou outro doente; atento<br />

um homem viajado e culto; a solidariedade -<br />

às informações e ensinamentos que a equipa<br />

ele que partilhava o magro salário que auferia<br />

de médicos sem fronteiras lhe indicavam, e<br />

com muitos familiares e amigos; a bondade -<br />

que nele viam profissional conhecedor e<br />

que dele irradiava através dos actos praticados<br />

interveniente, escutava as orientações técnicas<br />

junco dos que ainda eram mais carenciados; a<br />

para as pôr em prática.<br />

educação fina - que dele brotava em gestos<br />

O Sr. Sani veio, um dia, dizer-me:<br />

de simpatia de homem habituado a falar<br />

- Amigo, estou muito cansado.<br />

"nhô" ou "nhá" quando tratava com alguém,<br />

E eu li-lhe no rosto esse cansaço.<br />

homem ou mulher, que lhe merecia respeito<br />

Com outros amigos, visitei-o ao<br />

segundo as tradições da Guiné-Bissau, a sua<br />

longo das semanas que sobreviveu.<br />

Pátria, a Pátria de Cabral (como ele dizia).<br />

Mas sempre um leve sorriso lhe<br />

Um "homem grande".<br />

esmorecia a face magra à medida que<br />

Muitas vezes conversámos de diversos assuntos,<br />

e havia sempre alguma novidade que me<br />

Da última vez, apenas balbuciou o<br />

a doença o fustigava.<br />

surpreendia agradavelmente.<br />

meu nome.<br />

Além destas características pessoais, o Sr. Fernando<br />

Sani tinha qualidades profissionais<br />

Homi Garandi. Pelo Amigo.<br />

Cá fora, eu chorei. Chorei pelo<br />

que é mister realçar.<br />

Que os Deuses, o teu e o meu, Querido<br />

Amigo, te coloquem no lugar<br />

Assumindo a chefia do sector de saneamento<br />

do HNSM, detinha conhecimentos que o<br />

mais bonito que existe nos céus, pois<br />

colocavam no lugar cimeiro da profissão:<br />

tu, Fernando Sani, mereces como poucos.<br />

dominava os conceitos de higiene e limpeza<br />

Obrigado, meu Amigo, por aquilo que me<br />

que deveriam ser praticados; sabia dirigir os<br />

ensinaste, nesta Terra que não é minha, mas<br />

funcionários que lhe estavam adstritos com<br />

que aprendi a amar através das crianças, dos<br />

palavras amigas e não com modos agrestes;<br />

homens e mulheres que sempre têm um sorriso<br />

de esperança. l!ll<br />

era capaz de dar o exemplo carregando às<br />

costas - admito que já cansadas pelo sofrimento<br />

- o pulverizador e, protegido e sabe-<br />

Bissau, Abril de <strong>2006</strong><br />

•<br />

25 '.<br />

'


Relatório<br />

S.A. têm o maior défice<br />

O<br />

Tribunal<br />

de Contas (TC) analisou<br />

os modelos de financiamento e<br />

gestão dos hospitais do sector<br />

empresarial do Estado entre os anos de 2001 e<br />

2005, tendo concluído que, embora a eficiência<br />

e qualidade tenham melhorado, os défices<br />

e o endividamento continuaram a aumentar.<br />

O TC apresentou uma avaliação arrasadora da<br />

gestão dos 31 hospitais S:A. Estas unidades de<br />

saúde receberam 898 milhões de euros, em<br />

2003, quando passaram a sociedades anónimas.<br />

Contudo, este reforço de verbas - para<br />

além do financiamento anual - não foi o suficiente.<br />

Sete hospitais recorreram a empréstimos<br />

à Banca e o endividamento ascendeu a<br />

16,4 milhões de euros. No final de 2003 aquelas<br />

unidades hospitalares apresentaram um saldo<br />

negativo de 116 milhões de euros, enquanto no<br />

ano anterior - quando eram hospitais públicos<br />

- o saldo era positivo, de nove milhões de euros.<br />

Para Manuel Delgado, presidente da Asso-<br />

ciação Portuguesa dos Administradores <strong>Hospitalar</strong>es,<br />

citado pelo "Correio da Manhã", é<br />

"evidente que não houve um grande controlo<br />

na gestão hospitalar" e o relatório demonstra<br />

que o modelo dos hospitais S.A. "falhou".<br />

O Tribunal deixou um alerta, caso se mantenha<br />

o nível deficitário a situação dos hospicais<br />

pode "exigir um financiamento líquido<br />

deste subsector por parte do Estado" que<br />

"poderá conduzir a um eventual agravamento<br />

do défice das administrações públicas na<br />

perspecciva das contas nacionais". an<br />

Consultas<br />

Gravidade dos casos dita marcação electrónica<br />

O<br />

Governo vai estender o SIMPLEX à<br />

Saúde criando a possibilidade das consultas<br />

hospitalares poderem ser marcadas electronicamence<br />

a partir dos centros de saúde, consoante<br />

a gravidade dos casos. O Programa de<br />

Simplificação Administrativa e Legislativa, que<br />

fora anunciado em Março, irá abranger, numa<br />

primeira fase, nove hospitais e será alargado a<br />

todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde<br />

no próximo ano. O projecco assenca no desenvolvimento<br />

de um sistema eleccrónico de marcação<br />

de consultas de especialidade accionado<br />

pelos centros de saúde que pressupõe o envio, por<br />

via informática, da informação clínica do doente<br />

para a unidade hospitalar.<br />

A informação será enviada pelo médico de família<br />

do doente e será recebida por um profissional<br />

que fará imediatamente a triagem da sua urgência<br />

marcando a consulta hospitalar em consonância.<br />

O Executivo está convencido que a medida<br />

poderá combater as listas de espera das consultas<br />

de especialidade e as associações de utentes saúdam<br />

a iniciativa, embora com algumas reservas, uma vez<br />

que duvidam da sua eficácia. 11111


Solar dos Presuntos<br />

Saber e sabores minhotos<br />

N<br />

o<br />

coração da baixa lisboeta, mais<br />

precisamente na famosa Rua das<br />

Portas de Santo Antão, está orestaurante<br />

Solar dos Presuntos. Com nome feito e<br />

reconhecido, este espaço é frequentado por políticos,<br />

artistas, actores, escritores, jogadores de<br />

futebol, entre outras figuras de uma lista muito<br />

mais longa.<br />

O convite é para se perder neste restaurante,<br />

bem tradicional e olhar com atenção para as<br />

paredes literalmente cheias de fotografias e caricaturas<br />

da autoria de Jorge Rosa e Aniceto Carmona.<br />

No Solar dos Presuntos há uma sala dedicada<br />

a Armando Cortês e aos seus 50 anos de<br />

carreira no teatro. Uma homenagem ao amigo,<br />

diz-nos Evaristo Cardoso dono do restaurante, de<br />

onde resultaram amizades com pessoas de vários<br />

quadrantes. Principalmente do futebol. É que<br />

Evaristo Cardoso foi cozinheiro da Federação Portuguesa<br />

de Futebol e da nossa selecção durante<br />

17 anos.<br />

Embora sócio de outros clubes, o responsável do<br />

Solar dos Presuntos confessa que é o Sporting o<br />

seu clube do coração, uma paixão que partilha<br />

com o filho.<br />

E vamos ao menu. Apenas algumas iguarias para<br />

abrir o apetite: feijoada de marisco; cozido à<br />

e<br />

minhota; cabrito à Monção; caril de lagosta e<br />

gambas, paelha de marisco, arroz de lavagante ao<br />

momento e descascado.<br />

O cabrito no forno à Monção e as pataniscas de<br />

bacalhau com arroz de feijão malandrinho valeram<br />

ao Solar dos Presuntos os prémios atribuídos<br />

em 2001 pelo Juri do Concurso Gastronómico<br />

de Lisboa - "o melhor prato principal<br />

tradicional do país" - tendo ainda ganho a medalha<br />

de ouro no Concurso Gastronómico do<br />

Vinho do Porto, também em 2001.<br />

Voltando ao menu. Nas entradas, pode escolher<br />

entre uma vieirinha recheada à Rei Luís; cogumelos<br />

à la Guillo; espargos com presunto ou<br />

sapateira recheada. Já nas sobremesas e para apenas<br />

citar alguns exemplos, pode optar por um<br />

merengue de chocolate, pão de ló de Monção, ou<br />

ainda uma "nuvem com creme".<br />

Entre os frequentadores do Solar dos Presuntos<br />

é usual encontrar ministros e ex-presidentes da<br />

República. Destacam-se ainda grupos que se reúnem<br />

semanalmente no Solar. São "Os empatados<br />

da vidà', como está referenciado num quadro<br />

exposto numa das paredes do Solar, e que têm<br />

direito a mesa própria e do grupo fazem parte<br />

Baptista-Bastos, Eugénio Alves, Fátima Campos<br />

Ferreira, Fernando Dacosra, Mário Zambujal,<br />

José Manuel Saraiva, entre outros. lllD


1<br />

CONGRESSO<br />

NACIONAL<br />

DOS HOSPITAIS<br />

Pensar o presente, realizar o futuro<br />

apdh<br />

Associação Portuouesa para<br />

o Desenvolvimento <strong>Hospitalar</strong><br />

Hospitais em Congresso<br />

PROGRAMA<br />

Quinta-feira, 16 de Novembro<br />

15:00- 15:30 Abertura do Secretariado<br />

15:30- 17:30 1. O rganização e <strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> - Novas Experiências<br />

Moderador: Jorge Correia (Antena 1 )<br />

Comentador: Manuel Antunes (HUC)<br />

Palestrantes: Daniel Ferro/Teresa Sustelo (CH L) Isabel Vaz (Hospital da Luz/ESS)<br />

Fernando Sollari Allegro (HGSA) Manuel António (IPO Coimbra)<br />

18:30-20:00 Porto de Honra, Hotel Tivoli Tejo<br />

Conferência: Administradores <strong>Hospitalar</strong>es - o Percurso de uma Profissão; Fernanda Dias (Administradora <strong>Hospitalar</strong>)<br />

Sexta-feira, I 7 de Novembro<br />

08:30-09: 15 Abertura do Secretariado<br />

09: 15-09:45 Sessão de Abertura: Pensar o Presente, Realizar o Futuro; Secretário de Estado da Saúde Francisco Ramos<br />

09:45- 1 1 :00 1. <strong>Gestão</strong> da Informação, do Co nhecimento e da Inovação<br />

Moderador: José Carlos Lopes Martins UMS)<br />

Palestrantes: Pedro Ferreira (FE/UC) João Lobato (ESTeSL) Victor Raposo (FE/UC)<br />

11 :00- 11<br />

:30 Coffee Break<br />

1 1 :30- 13:00 11. Contrat ualização, Financiamento e Eficiência <strong>Hospitalar</strong><br />

Moderadora: Ana Escovai (APDH)<br />

Palestrantes: Enric Agustí i Fabré (CatSalut - Catalunha) Pedro Brito (UL) Pedro Lopes (HUC)<br />

13:00- 14:00 Almoço<br />

14:00- 1 5:45 IV. Hospital, Ensino e Investigação<br />

Moderador: António Arnaut (Advogado)<br />

Comentadores: António Rendas (FCML) Costa Almeida (APMCH) Arminda Mendes Costa (ESECP)<br />

Palestrantes: Alberto Amaral (CIPES/UP) Cármen Ayuso/Victoria dei Pozo (CAPIO ) Carlos Pereira Alves (FCML)<br />

1<br />

30<br />

É o grande evento do ano, a<br />

nível dos hospitais.<br />

Trata-se do Congresso Nacio~al<br />

dos Hospitais, organizado pela<br />

APAH e pela APDH, que junta,<br />

em Lisboa, os principais<br />

intervenientes e responsáveis<br />

do sector da Saúde.<br />

Está tudo a postos para a realização<br />

do Congresso Nacional dos Hospitais<br />

(CNH) que, pela primeira vez, é<br />

organizado conjuntamente pela Associação<br />

Portuguesa dos Administradores <strong>Hospitalar</strong>es<br />

(APAH) e pela Associação Portuguesa para o<br />

D esenvolvimento <strong>Hospitalar</strong> (APDH). São<br />

três dias de debates e análises sempre numa<br />

perspectiva de avaliação dos hospitais, a ser<br />

feita pelos diferentes parceiros do sector da<br />

Saúde. O evento tem lugar na Escola superior<br />

de Tecnologias da Saúde, na Expo.<br />

Questões como a gestão e a organ ização hospitalar,<br />

a contratualização e o financiamento, a<br />

investigação e o ensino, a qualidade e a eficiência,<br />

entre outros, vão juntar administradores<br />

hospitalares, médicos, farmacêuticos hospitalares,<br />

en fermeiros e outros profissionais de<br />

saúde, entre os q uais responsáveis governamentais<br />

com responsabilidades no sector.<br />

Interessante referir que o tema do CNH, "Pensar<br />

o Presente, Realizar o Futuro", vai merecer a<br />

análise, na sessão de abertura, do secretário de<br />

Estado da Saúde, Francisco Ramos. Estando a<br />

sessão de encerramento a cargo do actual responsável<br />

pela pasta, António Correia de Campos.<br />

A APAH chama a atenção dos seus associados<br />

para o "Porto de Honra" a ter lugar dia 16,<br />

quinta-feira, no Hotel Tivoli Tejo, e d urante o<br />

qual a administradora hospitalar Fernanda Dias<br />

vai fazer urna apresentação sobre "O Percurso<br />

da Profissão". Esta iniciativa está relacionada<br />

com os 25 anos da APAH, que este ano se<br />

comemora, tendo a direcção da associação<br />

considerado ser este o momento oportuno para<br />

analisar a realidade q ue se coloca aos administradores<br />

hospitalares.<br />

De referir q ue as duas associações responsáveis<br />

pela organização do CNH consideraram três<br />

grandes objectivos a atingir com a realização<br />

deste evento, que salientamos:<br />

1. Analisar a situação dos hospitais portugueses<br />

quanto aos modelos e práticas de administração<br />

nu m co ntexto em que o desenvolvimento<br />

científico e tecnológico e os indicadores d e<br />

saúde são bastante favoráveis;<br />

2. Reflectir sobre os factores de entropia do<br />

sistema de saúde e, em particular, o seu impacto<br />

na rede hospitalar e discutir novas soluções<br />

e novos instrumentos de gestão.<br />

3. Proporcionar um espaço de debate entre<br />

diferentes sensibilidades profissionais, quanto ao<br />

desenvolvimento das respectivas profissões e<br />

aos progressos verificados nas áreas do conhecimento,<br />

da inovação e da investigação. l!!D<br />

15:45- 16:15 Coffee break<br />

16: 15- 1 8:00 V A Arquitectura na Construção de um Hospital Eficiente<br />

Moderador: Vasco Reis (ENS P)<br />

Palestrantes: Esteban Carrillo (Antares Consult ing) José Luís Matos (CHBA) Rui Costa Maia (IDOM)<br />

20:30-23:30 jantar Oficial, Palácio de Xabregas<br />

Sábado, 18 de Novembro<br />

08:30-09:00 Abertura do Secretariado<br />

09:00- 10:30 VI. Qualidade e Clinical Governance<br />

Moderador: Manuel Delgado (APAH)<br />

Palestrantes: António Vaz Carneiro (FML) Margarida França (IQS) Niek Klazinga (Federação Holandesa de Saúde Pública) José Feio (HUC)<br />

10:30- 11<br />

:00 Coffee Break<br />

11<br />

:00- 12:30 VI I. <strong>Gestão</strong> da Logística <strong>Hospitalar</strong><br />

Moderador: Artur Vaz (ESS)<br />

Palestrantes: Adalberto Campos Fernandes (HSM) Victor Herdeiro (HGSA) Paula Nanita (SUCH)<br />

12:30- 1 3:00 Co nferência de Encerramento: Saúde - uma Realidade Cada Vez Mais Complexa, em Busca de Soluções Inovadoras; Daniel Bessa (EGP)<br />

1 3:00 Sessão de Encerramento<br />

Sua Excelência o Ministro da Saúde A. Correia de Campos; Membro da HOPE Liisa Mzoipio<br />

1 3:30 Almoço-Simpósio Experiência Europeia em Parcerias Público-Privadas na <strong>Gestão</strong> Integrada da Doença<br />

Martin Pearson (Prof of Medicine and Consultant Physician, Univ. Liverpool);<br />

Graham Prestwich (Senior Project Manager; European Pfizer Health Solutions)<br />

1<br />

l<br />

1<br />

f<br />

31 ~<br />

'


Albino Aroso<br />

António Rendas<br />

Constantino Sakellarides<br />

Daniel Serrão<br />

Esau Dinis<br />

Francisco George<br />

João Cordeiro<br />

João Gomes Esteves<br />

João Lobo Antunes<br />

Jorge Simões<br />

José Aranda da Silva<br />

José Carlos Lopes Martins<br />

José Pereira Miguel<br />

Luís Pisco<br />

Manuel Antunes<br />

Manuel Sobrinho Simões<br />

Maria Augusta de Sousa<br />

Maria de Belém Roseira<br />

Nuno Grande<br />

Paulo Mendo<br />

Pedro Nunes<br />

Pedro Pita Barros<br />

Vasco Reis<br />

Vítor Melícias<br />

O Futuro da Saúde<br />

em Portugal<br />

apdh<br />

O livro que faltava<br />

O Futuro da Saúde em Portugal<br />

Foram vinte e quatro as personalidades<br />

que aceitaram o desafio lançado pela<br />

APAH e pela APDH para dizerem de<br />

sua justiça sobre o futuro da Saúde em Portugal.<br />

Resultado: um livro, com 240 páginas, com<br />

pósfacio do acmal ministro da Saúde e com<br />

prefácio de Manuel Delgado e de Ana Escova!,<br />

sem esquecer a colaboração dada pela Fundação<br />

Calouste Gulbenkian.<br />

Muitas surpresas. Muitas dúvidas. Muitas interrogações.<br />

Alguns sobressaltos e outro tanto de<br />

esperança é o que transparece da generalidade dos<br />

textos apresentados que, no próximo dia 17,<br />

mais precisamente durante o jantar oficial do<br />

Congresso Nacional dos Hospitais, vão ser divulgado<br />

junto dos presentes.<br />

Trata-se de um trabalho de relevo, que importa<br />

valorizar, principalmente pelo que vai representar<br />

ao nível de documento de estudo futuro, no<br />

que se refere à Saúde.<br />

É também um livro abrangente, onde todas as<br />

áreas da Saúde estão representados, através da opinião<br />

de pessoas que têm, ou tiveram, responsabilidades<br />

ao nível político e social. rm


DIÁRIO DA REPÚBLICA<br />

A GH apresenta a legislação mais relevante publicada entre 18 de Setembro e 1 O de Novembro.<br />

Roche<br />

Presidência do Conselho de Ministros<br />

Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />

Setembro<br />

115/<strong>2006</strong>, 18 de<br />

Aprova o Plano Nacional contra a Droga e as Toxicodependências no<br />

médio prazo até 2012, bem como o Plano de Acção contra a Droga<br />

e as Toxicodependências no curto prazo até 2008<br />

Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />

Setembro<br />

118/<strong>2006</strong>, 21 de<br />

Prorroga o mandato do Gabinete de <strong>Gestão</strong> do Programa Operacional<br />

da Administraçao Pública (GGPOAP) e da estrutura de missão<br />

Intervenção Operacional da Administração Pública (I OAP)<br />

Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />

Setembro<br />

119/<strong>2006</strong>, 21 de<br />

Determina o dia 4 de Dezembro como o Dia Nacional da Pessoa com<br />

Esclerose Múltipla<br />

Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />

Setembro<br />

120/<strong>2006</strong>, 21 de<br />

Aprova o I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências<br />

ou Incapacidade para os anos de <strong>2006</strong> a 2009<br />

Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />

Outubro<br />

Procede à reforma do sistema dos laboratórios do Estado<br />

Ministério da Saúde<br />

Decreto-Lei n. 0<br />

195 /<strong>2006</strong>, 03 de Outubro<br />

124/<strong>2006</strong>, 03 de<br />

Estabelece as regras a que obedece a avaliação prévia, para efeitos da<br />

sua aquisição pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, de medicamentos<br />

que devam ser reservados exclusivamente a tratamentos em<br />

meio hospitalar, bem como de outros medicamentos sujeitos a receita<br />

médica restrita, quando apenas comercializ í l hospitalar<br />

Ministério da Ciência, Tecnologia<br />

e Ensino Superior<br />

Portaria n. 0<br />

1044/<strong>2006</strong>, 20 de Setembro<br />

Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição no ano lectivo<br />

de <strong>2006</strong>-2007 nos cursos de complemento de formação em<br />

Enfermagem ministrados em estabelecimentos de ensino superior particular<br />

e cooperativo<br />

Portaria n. 0<br />

1046/<strong>2006</strong>, 20 de Setembro<br />

Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição no ano lectivo<br />

de <strong>2006</strong>-2007 nos cursos de pós-licenciatura de especialização em<br />

Enfermagem ministrados por estabelecimentos de ensino superior particular<br />

e cooperativo<br />

Portaria n. 0<br />

1048/<strong>2006</strong>, 20 de Setembro<br />

Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição no ano lectivo<br />

de <strong>2006</strong>-2007 nos cursos de complemento de formação em Enfermagem<br />

ministrados em estabelecimentos de ensino superior público<br />

Portaria n. 0<br />

1049/<strong>2006</strong>, 20 de Setembro<br />

Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição no ano lectivo de<br />

<strong>2006</strong>-2007 nos cursos de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem<br />

ministrados em estabelecimentos de ensino superior público<br />

Ministério das Financas<br />

e da Administração Pública<br />

Decreto-Lei n. 0<br />

185/<strong>2006</strong>, 12 de Setembro<br />

Cria o Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional<br />

de Saúde<br />

Ministérios das Financas e da Administracão<br />

Pública, do Trabalho ê da Solidariedade "<br />

Social e da Saúde<br />

ia n. 0 994/<strong>2006</strong>, 19 de Setembro<br />

_ .<br />

e os preços dos cuidados de saúde e de apoio social prestados no<br />

Decreto-Lei n. 0 212/<strong>2006</strong>, de 27 de Or tubrõ _ _ ._· --~1-ª-' m_b~i o das experiências-piloto d.a Rede Nacional de Cuidados Con­<br />

Aprova a Lei Orgânica do Ministério da Saú e {Jf_ (J f. / D/ O<br />

tinua os Integrados (Rede)<br />

Inovamos na Saúde<br />

Portaria n. 0 1194/<strong>2006</strong>, de 06 de Nov mbro Ass mbleia da República<br />

Res ução n. 0 54-A/<strong>2006</strong>, de 20 de Outubro<br />

~"----'-'~--.1-~+-~-I<br />

Prop e a realização de um referendo sobre a interrupção voluntária<br />

traceptivos orais, profiláticos e mecânicos<br />

g avidez realizada por opção da mulher nas primeiras 1 O semanas


1<br />

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