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Revista Apólice #218

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A<br />

tecnologia chegou, ficou e no<br />

começo assustou o mercado<br />

de seguros. Para driblar essas<br />

inseguranças, os prestadores<br />

de serviços que atuam com o setor foram<br />

fundamentais. Não apenas os que fornecem<br />

plataformas de tecnologia, mas<br />

também outros tipos de serviços como<br />

assistência 24 horas, regulação, vistoria,<br />

prevenção de fraudes etc.<br />

Esses são grandes aliados em momentos<br />

de crise, como o que o Brasil enfrenta,<br />

porque dão o tom do diferencial que as seguradoras<br />

apresentam a seus clientes. No<br />

ano de 2017, isso não deverá ser diferente<br />

e, para intensificar a parceria, a palavra<br />

do momento continua sendo a do ano que<br />

passou: inovação.<br />

O serviço de assistência tem grande<br />

importância para o mercado. As empresas<br />

de assistência emergencial, por<br />

exemplo, falam com os clientes quatro<br />

a cinco vezes mais do que as próprias<br />

seguradoras, pois a necessidade de serviços<br />

é muito maior do que a ocorrência<br />

de sinistros. A forma como o cliente é<br />

atendido interfere diretamente em sua<br />

tomada de decisão no momento da renovação<br />

da apólice. Os executivos desse<br />

mercado têm consciência disso. João<br />

Carlos Armesto, diretor Executivo Comercial<br />

e de Marketing de uma empresa<br />

especializada em assistência afirma<br />

estar ciente que “um bom atendimento<br />

emergencial gera clientes potenciais<br />

para a renovação do seguro por mais<br />

um ano, sendo menos sensível a decisões<br />

❙❙João Carlos Armesto<br />

baseadas apenas no preço”, observa.<br />

Os prestadores representam a personificação,<br />

a individualização de produtos,<br />

ainda mais dos chamados massificados, de<br />

prateleira, que são basicamente os mesmos<br />

em todas as companhias e só se diferenciam<br />

por causa de serviços agregados.<br />

A máxima também vale para corretores<br />

de seguros. Há, por exemplo,<br />

um sistema tecnológico voltado para<br />

organização comercial, construído com<br />

direcionamento a vendedores de forma<br />

geral, mas que pode ajudar os profissionais<br />

da corretagem que precisam lidar<br />

com transações mais complexas e que<br />

ainda levam tempo para se concretizar.<br />

“Essa é a realidade de muitos corretores<br />

de serviço que atendem seguradoras”,<br />

afirma Gustavo Paulillo, CEO da plataforma.<br />

2017 trará ainda mais automatização<br />

de processos, ampliando o uso de<br />

aplicativos que facilitem em momentos<br />

cruciais, como as ocorrências de sinistros,<br />

sem que o cliente precise ligar para<br />

seguradora, garantindo mais autonomia.<br />

“Ele pode abrir um chamado, enviar<br />

fotos do automóvel e a empresa já é<br />

capaz de identificar suas necessidades<br />

e determinar os próximos passos, como<br />

indicação de oficina onde o carro poderá<br />

ser consertado”, explica Luís Eduardo<br />

Sirera, diretor de Vendas de uma empresa<br />

especializada em soluções de tecnologia.<br />

Ele acredita que, nesse momento, elevar o<br />

nível de satisfação do cliente seja importante,<br />

mas por conta da crise isso precisa<br />

ser feito sem aumento de investimentos.<br />

Para isso só há uma solução: a tecnologia.<br />

A tecnologia<br />

Em diferentes níveis, a tecnologia<br />

está para os prestadores como eles estão<br />

para as seguradoras. São parceiros e precisam<br />

caminhar juntos para um objetivo<br />

satisfatório. Os smartphones devem ser<br />

o principal investimento neste ano que<br />

se inicia, com aplicativos tornando o<br />

atendimento mais eficiente e realizando<br />

o monitoramento da execução do serviço.<br />

“Visamos construir uma jornada 100%<br />

eletrônica com nossos parceiros”, diz<br />

João Carlos, sintetizando um sentimento<br />

que parece ser único no mercado.<br />

A Kodak Alaris, por exemplo, apesar<br />

de ser oriunda de uma marca com um<br />

histórico conhecido na área de fotografia,<br />

expandiu suas operações e se tornou uma<br />

start-up de tecnologia em 2013, levando<br />

sua captura de informações, digitalização<br />

de dados, scanner e softwares para o mercado<br />

financeiro. A percepção de demanda<br />

do mercado de seguros para essa solução<br />

foi imediata. Tanto que Paulo Fernandes,<br />

gerente de Produtos e Soluções, afirma<br />

que o mercado está passando por uma<br />

transformação: a digitalização de dados,<br />

mesmo em grandes companhias, não é<br />

algo tão difundido e o que era uma lacuna<br />

se transformou em uma oportunidade<br />

para a empresa. “Todos os portes de<br />

empresas de seguros demandam essas<br />

soluções e o mais importante é estar apto<br />

a auxiliá-las nessa mudança”, afirma.<br />

Essa é a premissa: trazer o dia a<br />

dia para dentro dos sistemas, fazendo<br />

com que eles sejam os grandes aliados<br />

dos próximos passos no atendimento.<br />

Para isso, é preciso se aprimorar e estar<br />

sempre à frente. Em um mercado visto,<br />

muitas vezes, como tecnologicamente<br />

conservador, quem ousar demonstrar as<br />

vantagens dos avanços garantirá sempre<br />

uma fatia. Gustavo diz que a plataforma<br />

de sua start-up, por exemplo, será aprimorada<br />

e terá como foco dispositivos<br />

móveis e funcionalidades que auxiliem<br />

no aumento de performance e eficácia<br />

das rotinas.<br />

Luis Eduardo usa como exemplo os<br />

chatbots (utilização de robôs em softwares<br />

de respostas), que executam tarefas<br />

❙❙Paulo Fernandes, da Kodak Alaris<br />

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