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seguro rural<br />
❙❙Fabio Dias, corretor<br />
para que todo o valor disponível para o<br />
PSR não fosse utilizado. “Houve muitos<br />
desafios, tanto nos conceitos dos critérios<br />
de distribuição dos valores de subvenção,<br />
quanto na alocação e distribuição dos<br />
valores no orçamento de 2015. Em alguns<br />
casos, a diminuição dos percentuais de<br />
subvenção oneraram os produtores, principalmente<br />
os que plantam culturas de<br />
maior risco. Mas a demanda pelo seguro<br />
não deve arrefecer. O ministério optou<br />
por uma política tentando ampliar a base<br />
de segurados, e as seguradoras estão bem<br />
motivadas de que esse mercado cresça<br />
nos próximos anos”, aposta Cury.<br />
Distribuição<br />
Quatro estados brasileiros são responsáveis<br />
por 80% da utilização dos<br />
recursos do PSR: Paraná (37%), Rio<br />
Grande do Sul (21%), São Paulo (14%)<br />
Participação de Mercado<br />
24<br />
e Santa Catarina (8%). As culturas que<br />
ficam mais protegidas são: Soja (43,56%),<br />
Uva (10,89%). Estas informações são do<br />
Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento, atualizados até agosto<br />
de 2016.<br />
O corretor de seguros e professor<br />
da Escola Nacional de Seguros Fabio<br />
Dias afirma que quando acaba a disponibilidade<br />
de valores dos subsídios governamentais,<br />
o setor sofre uma parada.<br />
“O mercado de seguro agrícola é muito<br />
dependente dos subsídios. É muito raro<br />
o produtor rural comprar um seguro sem<br />
que haja subvenção, seja ela federal ou<br />
estadual”, afirma Dias.<br />
Para ele, a verba do PSR pode sobrar<br />
por dois motivos: o Governo disponibiliza<br />
um valor alto, acima do que o mercado<br />
suporta, ou porque houve retração nos<br />
créditos bancários. “É importante ressaltar<br />
que os bancos exigem a contratação do<br />
seguro para culturas financiadas, assim<br />
como as empresas de insumos agrícolas”,<br />
esclarece Dias.<br />
Esta versão é corroborada pelo engenheiro<br />
agrônomo Sérgio Luiz Ferreira,<br />
da empresa Paraná Norte distribuidora de<br />
insumos, que afirma que a contratação<br />
aumenta logo que algum evento climático<br />
assola uma região. “Passamos por uma<br />
grave crise na última safra e é natural<br />
que para 2016/2017 haja um aumento da<br />
contratação de seguro. As pessoas têm<br />
medo de levar outro prejuízo e acabam<br />
fazendo o seguro”, avalia.<br />
Fabio Dias conta que na última<br />
safra de milho safrinha e trigo teve um<br />
Seguradora <strong>Apólice</strong>s % Número de <strong>Apólice</strong>s<br />
Aliança do Brasil 299.738,00 48,52%<br />
Mapfre 98.599,00 15,96%<br />
Nobre 80.208,00 12,98%<br />
Swiss Re 52.947,00 8,57%<br />
Essor 33.725,00 5,46%<br />
Allianz 30.892,00 5,00%<br />
Porto Seguro 15.555,00 2,52%<br />
Sancor 4.473,00 ,72%<br />
Fairfax 1.462,00 ,24%<br />
Excelsior 134,00 ,02%<br />
Itaú 9,00 ,00%<br />
Total 617.742,00 100,00%<br />
Fonte: Mapa<br />
❙❙Leandro Poli, da Essor<br />
volume maior de contratação de seguros<br />
do que neste ano. “O que senti de meus<br />
clientes foi a redução da área plantada e<br />
até mesmo das culturas não subsidiadas.<br />
As culturas mais fortes em contratação<br />
de seguros são os grãos, como o milho<br />
safrinha, o trigo e a soja”.<br />
O setor demora a se desenvolver por<br />
falta de divulgação de seus benefícios.<br />
Esta é o opinião tanto de corretores<br />
quanto de seguradoras.<br />
Por isso, o Governo Federal tenta<br />
melhorar a distribuição dos produtos e<br />
diminuir a burocracia. O Plano Agro<br />
Mais é um conjunto de medidas com<br />
o objetivo de reduzir a burocracia nas<br />
normas e processos do Ministério da<br />
Agricultura, buscando mais eficiência<br />
para impulsionar a competitividade do<br />
setor de agronegócios.<br />
De acordo com nota do Ministério, o<br />
governo vem se esforçando para melhorar<br />
o programa de subsídios, com mais previsibilidade<br />
e planejamento. Os números<br />
têm mostrado que o produtor continua<br />
acreditando que o financiamento, com<br />
o apoio do governo, é importante para<br />
o desenvolvimento da agropecuária. Na<br />
safra 2015/2016, encerrada em 30 de<br />
junho, médios e grandes produtores rurais<br />
tomaram empréstimos da ordem de<br />
R$ 150 bilhões, referentes a créditos de<br />
custeio, comercialização e investimento,<br />
volume 2,6% superior ao do ciclo anterior,<br />
de acordo com dados divulgados<br />
pela Secretaria de Política Agrícola (SPA)<br />
do Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento (Mapa).