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Revista Apólice #214

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seguro rural<br />

❙❙Fabio Dias, corretor<br />

para que todo o valor disponível para o<br />

PSR não fosse utilizado. “Houve muitos<br />

desafios, tanto nos conceitos dos critérios<br />

de distribuição dos valores de subvenção,<br />

quanto na alocação e distribuição dos<br />

valores no orçamento de 2015. Em alguns<br />

casos, a diminuição dos percentuais de<br />

subvenção oneraram os produtores, principalmente<br />

os que plantam culturas de<br />

maior risco. Mas a demanda pelo seguro<br />

não deve arrefecer. O ministério optou<br />

por uma política tentando ampliar a base<br />

de segurados, e as seguradoras estão bem<br />

motivadas de que esse mercado cresça<br />

nos próximos anos”, aposta Cury.<br />

Distribuição<br />

Quatro estados brasileiros são responsáveis<br />

por 80% da utilização dos<br />

recursos do PSR: Paraná (37%), Rio<br />

Grande do Sul (21%), São Paulo (14%)<br />

Participação de Mercado<br />

24<br />

e Santa Catarina (8%). As culturas que<br />

ficam mais protegidas são: Soja (43,56%),<br />

Uva (10,89%). Estas informações são do<br />

Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento, atualizados até agosto<br />

de 2016.<br />

O corretor de seguros e professor<br />

da Escola Nacional de Seguros Fabio<br />

Dias afirma que quando acaba a disponibilidade<br />

de valores dos subsídios governamentais,<br />

o setor sofre uma parada.<br />

“O mercado de seguro agrícola é muito<br />

dependente dos subsídios. É muito raro<br />

o produtor rural comprar um seguro sem<br />

que haja subvenção, seja ela federal ou<br />

estadual”, afirma Dias.<br />

Para ele, a verba do PSR pode sobrar<br />

por dois motivos: o Governo disponibiliza<br />

um valor alto, acima do que o mercado<br />

suporta, ou porque houve retração nos<br />

créditos bancários. “É importante ressaltar<br />

que os bancos exigem a contratação do<br />

seguro para culturas financiadas, assim<br />

como as empresas de insumos agrícolas”,<br />

esclarece Dias.<br />

Esta versão é corroborada pelo engenheiro<br />

agrônomo Sérgio Luiz Ferreira,<br />

da empresa Paraná Norte distribuidora de<br />

insumos, que afirma que a contratação<br />

aumenta logo que algum evento climático<br />

assola uma região. “Passamos por uma<br />

grave crise na última safra e é natural<br />

que para 2016/2017 haja um aumento da<br />

contratação de seguro. As pessoas têm<br />

medo de levar outro prejuízo e acabam<br />

fazendo o seguro”, avalia.<br />

Fabio Dias conta que na última<br />

safra de milho safrinha e trigo teve um<br />

Seguradora <strong>Apólice</strong>s % Número de <strong>Apólice</strong>s<br />

Aliança do Brasil 299.738,00 48,52%<br />

Mapfre 98.599,00 15,96%<br />

Nobre 80.208,00 12,98%<br />

Swiss Re 52.947,00 8,57%<br />

Essor 33.725,00 5,46%<br />

Allianz 30.892,00 5,00%<br />

Porto Seguro 15.555,00 2,52%<br />

Sancor 4.473,00 ,72%<br />

Fairfax 1.462,00 ,24%<br />

Excelsior 134,00 ,02%<br />

Itaú 9,00 ,00%<br />

Total 617.742,00 100,00%<br />

Fonte: Mapa<br />

❙❙Leandro Poli, da Essor<br />

volume maior de contratação de seguros<br />

do que neste ano. “O que senti de meus<br />

clientes foi a redução da área plantada e<br />

até mesmo das culturas não subsidiadas.<br />

As culturas mais fortes em contratação<br />

de seguros são os grãos, como o milho<br />

safrinha, o trigo e a soja”.<br />

O setor demora a se desenvolver por<br />

falta de divulgação de seus benefícios.<br />

Esta é o opinião tanto de corretores<br />

quanto de seguradoras.<br />

Por isso, o Governo Federal tenta<br />

melhorar a distribuição dos produtos e<br />

diminuir a burocracia. O Plano Agro<br />

Mais é um conjunto de medidas com<br />

o objetivo de reduzir a burocracia nas<br />

normas e processos do Ministério da<br />

Agricultura, buscando mais eficiência<br />

para impulsionar a competitividade do<br />

setor de agronegócios.<br />

De acordo com nota do Ministério, o<br />

governo vem se esforçando para melhorar<br />

o programa de subsídios, com mais previsibilidade<br />

e planejamento. Os números<br />

têm mostrado que o produtor continua<br />

acreditando que o financiamento, com<br />

o apoio do governo, é importante para<br />

o desenvolvimento da agropecuária. Na<br />

safra 2015/2016, encerrada em 30 de<br />

junho, médios e grandes produtores rurais<br />

tomaram empréstimos da ordem de<br />

R$ 150 bilhões, referentes a créditos de<br />

custeio, comercialização e investimento,<br />

volume 2,6% superior ao do ciclo anterior,<br />

de acordo com dados divulgados<br />

pela Secretaria de Política Agrícola (SPA)<br />

do Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento (Mapa).

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