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Revista Apólice #214

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evento | previdência<br />

Agenda para ajudar o País<br />

FenaPrevi<br />

discutiu a<br />

necessidade<br />

e propostas<br />

para reformas<br />

na Previdência<br />

Social durante<br />

evento em São<br />

Paulo<br />

Amanda Cruz<br />

A<br />

reforma da previdência social<br />

tem tomado os noticiários<br />

nos últimos tempos e levantado<br />

questionamentos sobre<br />

os direitos trabalhistas adquiridos dos<br />

brasileiros. No VII Fórum Nacional de<br />

Seguros de Vida e Previdência, promovido<br />

pela FenaPrevi, não foi diferente: a<br />

reforma foi o gancho de todos os painéis<br />

apresentados durante o dia 23 de agosto,<br />

em São Paulo. Os únicos que parecem<br />

não estar totalmente a par das mudanças<br />

propostas são os maiores interessados: a<br />

população.<br />

A entidade promoveu uma pesquisa,<br />

apresentada durante o evento, que mostra<br />

o tamanho do desconhecimento dos 1500<br />

entrevistados pela entidade. 44% deles<br />

sequer ouviram falar sobre as mudanças<br />

que estão sendo propostas.<br />

Pesquisa<br />

Idade para se aposentar, tempo de<br />

contribuição, direitos adquiridos são<br />

questões que evidenciam a contradição<br />

entre o que os indivíduos querem, acham<br />

e esperam. Por exemplo, quando perguntados<br />

sobre em qual idade deveriam ter o<br />

direito de se aposentar, homens acreditam<br />

que o ideal seria aos 58 anos, enquanto<br />

mulheres afirmam, em média, 53 anos e<br />

quando a pergunta é sobre o tempo de<br />

contribuição, as respostas ficam em 31 e<br />

48<br />

28 anos, respectivamente. Em contrapartida,<br />

se a pergunta é quando as pessoas<br />

acham que, efetivamente, conseguirão se<br />

aposentar as respostas se aproximam das<br />

idades que são praticadas hoje em dia,<br />

homens e mulheres se aposentando entre<br />

64,65 anos e 58,60 anos, respectivamente.<br />

Edson Franco, presidente da Fena-<br />

Previ, ressalta a discrepância entre os<br />

anseios dessa população e o que pode ser<br />

praticado na realidade: “as idades citadas<br />

estão muito abaixo da praticada na maioria<br />

dos outros países, 65 anos, que já vêm<br />

discutindo uma mudança para 67 anos”,<br />

afirma. Mas, independente do desejo pessoal,<br />

as pessoas têm consciência de que a<br />

idade de aposentadoria que almejam não<br />

será possível na prática.<br />

O País chegou ao momento que já<br />

era anunciado há mais de 20 anos por<br />

especialistas do setor. A conta não fecha.<br />

A previdência social custa, hoje, 12% do<br />

PIB. Comparado com o mundo, apesar de<br />

ser um país jovem, o Brasil ocupa o quinto<br />

lugar no ranking das nações que mais gasta<br />

com aposentadorias e pensões. Para José<br />

Cechin, diretor executivo da FenaSaúde,<br />

“as escolhas previdenciárias do País foram<br />

feitas sem fundamento atuarial” e agora é<br />

o momento de receber a conta.<br />

O primeiro ponto apontado por<br />

Edson Franco é a falta de equidade na<br />

distribuição. Para ele, falta um fator que<br />

unifique todos os aposentados, que acabe<br />

com as diferenciações, sejam elas por<br />

gênero, categoria profissional ou qualquer<br />

outro fator. Além da fixação de idade<br />

mínima para se aposentar, desvincular o<br />

ajuste da previdência do salário mínimo.<br />

A previdência privada<br />

A previdência privada tem muito<br />

a ver com o benefício social. Especialmente<br />

porque a primeira precisa de uma<br />

população bem preparada para lidar com<br />

finanças, que tenha educação financeira e<br />

que saiba o que pode vir do estado e o que<br />

deverá ser buscado no mercado privado.<br />

Sabendo não só do interesse em um<br />

mercado saudável, mas também do dever<br />

social enquanto entidade, Franco afirmou<br />

que a FenaPrevi, por meio da CNseg,<br />

entregou uma proposta ao governo para<br />

ajudar a decidir quais reformas podem<br />

ser feitas.<br />

O mercado de previdência privada<br />

não só é a favor como conta com as<br />

reformas da previdência para saber o<br />

terreno onde pisa, descobrir qual deverá<br />

ser o aumento da demanda nos próximos<br />

anos e se preparar para ajudar a instruir<br />

e educar cada vez mais pessoas sobre<br />

previdência, social e complementar, à<br />

medida que elas forem se integrando a<br />

esse mercado em busca de mais garantias<br />

para o futuro.

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