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evento | previdência<br />
Agenda para ajudar o País<br />
FenaPrevi<br />
discutiu a<br />
necessidade<br />
e propostas<br />
para reformas<br />
na Previdência<br />
Social durante<br />
evento em São<br />
Paulo<br />
Amanda Cruz<br />
A<br />
reforma da previdência social<br />
tem tomado os noticiários<br />
nos últimos tempos e levantado<br />
questionamentos sobre<br />
os direitos trabalhistas adquiridos dos<br />
brasileiros. No VII Fórum Nacional de<br />
Seguros de Vida e Previdência, promovido<br />
pela FenaPrevi, não foi diferente: a<br />
reforma foi o gancho de todos os painéis<br />
apresentados durante o dia 23 de agosto,<br />
em São Paulo. Os únicos que parecem<br />
não estar totalmente a par das mudanças<br />
propostas são os maiores interessados: a<br />
população.<br />
A entidade promoveu uma pesquisa,<br />
apresentada durante o evento, que mostra<br />
o tamanho do desconhecimento dos 1500<br />
entrevistados pela entidade. 44% deles<br />
sequer ouviram falar sobre as mudanças<br />
que estão sendo propostas.<br />
Pesquisa<br />
Idade para se aposentar, tempo de<br />
contribuição, direitos adquiridos são<br />
questões que evidenciam a contradição<br />
entre o que os indivíduos querem, acham<br />
e esperam. Por exemplo, quando perguntados<br />
sobre em qual idade deveriam ter o<br />
direito de se aposentar, homens acreditam<br />
que o ideal seria aos 58 anos, enquanto<br />
mulheres afirmam, em média, 53 anos e<br />
quando a pergunta é sobre o tempo de<br />
contribuição, as respostas ficam em 31 e<br />
48<br />
28 anos, respectivamente. Em contrapartida,<br />
se a pergunta é quando as pessoas<br />
acham que, efetivamente, conseguirão se<br />
aposentar as respostas se aproximam das<br />
idades que são praticadas hoje em dia,<br />
homens e mulheres se aposentando entre<br />
64,65 anos e 58,60 anos, respectivamente.<br />
Edson Franco, presidente da Fena-<br />
Previ, ressalta a discrepância entre os<br />
anseios dessa população e o que pode ser<br />
praticado na realidade: “as idades citadas<br />
estão muito abaixo da praticada na maioria<br />
dos outros países, 65 anos, que já vêm<br />
discutindo uma mudança para 67 anos”,<br />
afirma. Mas, independente do desejo pessoal,<br />
as pessoas têm consciência de que a<br />
idade de aposentadoria que almejam não<br />
será possível na prática.<br />
O País chegou ao momento que já<br />
era anunciado há mais de 20 anos por<br />
especialistas do setor. A conta não fecha.<br />
A previdência social custa, hoje, 12% do<br />
PIB. Comparado com o mundo, apesar de<br />
ser um país jovem, o Brasil ocupa o quinto<br />
lugar no ranking das nações que mais gasta<br />
com aposentadorias e pensões. Para José<br />
Cechin, diretor executivo da FenaSaúde,<br />
“as escolhas previdenciárias do País foram<br />
feitas sem fundamento atuarial” e agora é<br />
o momento de receber a conta.<br />
O primeiro ponto apontado por<br />
Edson Franco é a falta de equidade na<br />
distribuição. Para ele, falta um fator que<br />
unifique todos os aposentados, que acabe<br />
com as diferenciações, sejam elas por<br />
gênero, categoria profissional ou qualquer<br />
outro fator. Além da fixação de idade<br />
mínima para se aposentar, desvincular o<br />
ajuste da previdência do salário mínimo.<br />
A previdência privada<br />
A previdência privada tem muito<br />
a ver com o benefício social. Especialmente<br />
porque a primeira precisa de uma<br />
população bem preparada para lidar com<br />
finanças, que tenha educação financeira e<br />
que saiba o que pode vir do estado e o que<br />
deverá ser buscado no mercado privado.<br />
Sabendo não só do interesse em um<br />
mercado saudável, mas também do dever<br />
social enquanto entidade, Franco afirmou<br />
que a FenaPrevi, por meio da CNseg,<br />
entregou uma proposta ao governo para<br />
ajudar a decidir quais reformas podem<br />
ser feitas.<br />
O mercado de previdência privada<br />
não só é a favor como conta com as<br />
reformas da previdência para saber o<br />
terreno onde pisa, descobrir qual deverá<br />
ser o aumento da demanda nos próximos<br />
anos e se preparar para ajudar a instruir<br />
e educar cada vez mais pessoas sobre<br />
previdência, social e complementar, à<br />
medida que elas forem se integrando a<br />
esse mercado em busca de mais garantias<br />
para o futuro.