como sobreviver em tempos de polarização A <strong>Curinga</strong> resolveu listar algumas dicas bem humoradas e de eficácia duvidosa para lidar com as tretas ideológicas do cotidiano. Texto: Caio Franco Foto: Luccas Gabriel Arte: Júlia Rocha Se sua família é completamente inadequada a seus princípios crie a seguinte regra: “esses assuntos não serão falados na minha presença, é uma questão de respeito”. ATENçÃO O ambiente de trabalho, por si só, já é complexo. Várias pessoas, queridas, não queridas. Em épocas de turbulência política, a tendência é que isso interfira, especialmente quinta-feira, naquele happy hour. Entre uma cerveja e outra os ânimos ficam exaltados, tudo propício para descontar a raiva que se tem de um colega e dizer que é por conta das opiniões dele. Atenção: não caia nessa! Sabe por quê? A discussão tem hora para acabar, a raiva não. Entra presidente, sai presidenta. Na escola, um aluno amigo seu comentou: “gente de esquerda é vagabundo”. Você ficou com raiva. Mas, entenda, a melhor saída é ignorar. Não é interessante brigar com os amigos. Se no dia a dia já é complicado, imagine em data especial. Sim, é no natal, no aniversário do filho da prima da avó, na festa de batizado que mora o maior perigo dessas épocas de polarização. É amigo da família, é primo homofóbico, é tia-avó que veio especialmente para a ocasião e que há vinte anos não aparecia. Olha, para esses casos, a dica é: focar na comida, na bebida e se a festa for sua, nos presentes! Essa dica vale para todas as ocasiões da sua vida online: caso você seja um pouco estressado e tenha vontade de brigar muito na internet, escrever “textão”, fazer comentário na página alheia, bloquear familiar de rede social, repense esse desejo. As polêmicas da internet têm sucesso curto e, pouco depois, tudo vai sumir entre os algoritmos. Caso você se sinta muito politizado e pense que é seu dever conscientizar as outras pessoas, saiba que, às vezes, não vale a pena a briga. Não é todo mundo que está disposto a entender opiniões alheias e nem sempre o correto está só de um lado da discussão. Não acredite em todas as informações. É importante pesquisar os fatos. Crie sua própria opinião, mas estude! História, inclusive. Os boatos estão por aí.
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