esportes | atletas Competir é preciso 28
Atletas profissionais e amadores precisam de seguros individualizados, que atendam as particularidades da vida de quem pratica esportes Amanda Cruz Os seguros de vida, saúde, seguro viagem estão disponíveis para todas as pessoas que querem se proteger e proteger suas famílias de contratempos e imprevistos que podem ser fatais. Mas e quando a proteção precisa ser ainda mais minuciosa? É o caso dos atletas, profissionais e também aqueles de finais de semana. “O importante é que a companhia de seguros seja baseada em cima da necessidade de cada cliente. Ou seja, dando segurança financeira para o atleta que ficar impossibilitado de atuar”, explica Sidney Calligaris, diretor comercial da Prudential Seguros. Quem pratica esportes garante melhor condicionamento físico e uma vida mais saudável, mas, ao mesmo tempo, está mais sujeito a sofrer lesões e, se não estiver bem preparado, levar seu corpo além dos limites. Não é à toa que grandes atletas fazem seguro das partes mais importantes de seu corpo: o piloto de Fórmula 1, Fernando Alonso, por exemplo, segurou seus polegares em $ 10 milhões de euros. No futebol, não faltam mais exemplos. Quando o Corinthians contratou o jogador Ronaldo, fez um seguro especial para o joelho do jogador e Cristiano Ronaldo, atacante português, tem suas pernas seguradas em $100 milhões de euros. Pode parecer exagero, mas esses são esportes que movimentam bilhões e o desfalque em competição pode ser decisivo para a carreira de um atleta. Outras modalidades são bem mais modestas e muitos atletas passam por dificuldades para garantir patrocínio e conseguir treinar, arcar com material e chegar às competições mundiais, como as Olimpíadas. O mercado de seguros tenta auxiliá- -los de variadas formas. Há seguradoras que patrocinam os esportistas dando condições financeiras para que eles tragam vitórias. Um exemplo é a Icatu Seguros que, desde 2011, desenvolve o projeto “Bons Ventos 2016” que tem como objetivo preparar um dupla de velejadores para grandes competições: Marco Grael e Gabriel Borges, que garantiram seu espaço nas Olimpíadas do Rio de Janeiro “Estamos profundamente orgulhosos e recompensados. Somos uma empresa que incentiva a todos a planejarem o seu futuro, e foi o que fizemos com esses atletas: investimos lá atrás e estamos colhendo os resultados agora” afirma a diretora de Marketing e Canais da Icatu Seguros, Aura Rebelo. Além de todos os riscos, dificuldades e desafios que o atletas encontram, há outro fator agravante: na maioria das práticas esportivas, a aposentadoria ocorre muito cedo. Jogadores de futebol acima de 35 anos já estão perto de pendurar as Marcella Ewerton, coordenadora ❙❙de conteúdo da Bidu Corretora ❙❙Paulo Grillo, da Ecoverde Seguros chuteiras. É preciso muito planejamento financeiro para quando a vida profissional acaba, pois ainda há muito o que se fazer pela frente. Nas prateleiras existem opções como os seguros de vida que após um tempo determinado de contribuição, o segurado deixa de pagar e ele continua valendo após esse período, com base em uma reserva matemática feita a partir do valor de contribuição. Por exemplo, se o atleta tiver uma forte lesão que o impossibilite de praticar o esporte, ele poderá resgatar a reserva que estará lá para cuidar da saúde ou manter suas despesas em dia. Quando se trata de fazer esportes profissionalmente, uma lesão, ainda que não seja permanente, mas que seja incapacitante para a prática já pode ser considerada um sinistro. “Há também a opção de contratação de um seguro para doenças graves, como câncer infarto, AVC ou queimaduras severas, por exemplo”, conforme cita Calligaris. Conhecendo bem de perto os problemas aos quais esses profissionais estão expostos, um grande nome do esporte nacional que também é senador pelo PSB-RJ, Romário, apresentou uma proposta para beneficiar os atletas brasileiros, oferecendo a eles seguro para competições nacionais e internacionais no PLS 67/2015. Nele, clubes, confederações e federações esportivas têm a obrigação de contratar seguro de vida e 29