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Revista Apólice #211

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por Lívia Sousa<br />

A<br />

evolução tecnológica acontece<br />

praticamente sem intervalos<br />

em todas as esferas, deixando<br />

cada vez mais claro que quem<br />

não acompanhá-la terá grandes chances<br />

de ser prejudicado em um futuro próximo.<br />

O setor de seguros já se mostra atento<br />

a essas inovações, com corretoras e seguradoras<br />

se preparando para trabalhar com<br />

o novo público e lidar com as mudanças<br />

que surgem em relação aos riscos.<br />

“As comunicações interna e externa<br />

deverão passar por grandes adaptações<br />

nos próximos anos. A geração milênio<br />

e as gerações mais novas já preferem se<br />

atualizar vendo um vídeo na sua estação<br />

de trabalho do que receber e ler um e-<br />

mail sobre o mesmo tema. O mercado de<br />

seguros deverá evoluir nessa direção e essa<br />

evolução, possivelmente, chegará com um<br />

melhor entendimento do produto seguro,<br />

dos contratos comprados e do uso dos<br />

serviços e benefícios”, pontua Mauricio<br />

Galian, diretor geral de Tecnologia, Operações<br />

e Pós Venda do Grupo BB e Mapfre.<br />

Mas como todo segmento disposto a<br />

incorporar novidades em seus processos,<br />

o ramo securitário esbarra em alguns desafios<br />

no desenvolvimento e na aplicação<br />

dessas ferramentas. Muitos dos gargalos<br />

estão intrinsecamente ligados à mudança<br />

de perfil do cliente, que é sempre o principal<br />

foco de cada nicho. Mais exigente,<br />

informado e multimodal, o consumidor<br />

❙❙Mauricio Galian, do Grupo BB e Mapfre<br />

moderno avalia uma grande quantidade<br />

de conteúdo antes de definir a compra e<br />

quer serviços personalizados.<br />

“Para acompanharem a prática da<br />

mobilidade e toda essa tendência crescente,<br />

a fim de se manterem no mercado<br />

de forma competitiva, essas empresas<br />

devem estar totalmente prontas para<br />

atender a esse cliente, provendo toda a<br />

estrutura necessária”, lembra o diretor<br />

vice-presidente de TI do Banco Bradesco,<br />

Maurício Machado de Minas.<br />

As companhias devem trabalhar<br />

iniciativas de mudanças e, com uma boa<br />

base, priorizar a segurança da informação,<br />

algo desafiador e primordial para todos<br />

os vértices do negócio. As seguradoras<br />

devem priorizar ações para que o assunto<br />

seja trabalhado como algo intrínseco.<br />

“Vale destacar a relação entre prestação<br />

de serviços e a troca de informação,<br />

priorizando a garantia de qualidade do<br />

conteúdo, além da diminuição de fraudes.<br />

É um mal existente”, frisa Machado.<br />

Entraves<br />

Os primeiros entraves aparecem na<br />

infraestrutura das telecomunicações –<br />

que no Brasil, além de somar milhares<br />

de reclamações, é a mais cara do mundo<br />

em telefonia celular, segundo a União<br />

Internacional de Telecomunicações, da<br />

Organização das Nações Unidas (ONU).<br />

“Precisamos de uma infraestrutura mais<br />

robusta, mais ágil e com uma abrangência<br />

maior”, frisa a CIO da Liberty<br />

Seguros, Ana Lucia D’Amaral. Segundo<br />

ela, o setor busca alternativas para os<br />

momentos em que a comunicação precisa<br />

ser realizada de maneira offline ou com<br />

uma conectividade limitada. “Por isso, é<br />

fundamental utilizar alternativas de operadoras,<br />

links, banda larga etc”, completa.<br />

Além de aproximar canais e clientes,<br />

a tecnologia beneficia qualquer mercado.<br />

Para o ramo securitário, especificamente,<br />

favorece a propagação da cultura de<br />

seguros no Brasil, fator importante para<br />

o setor, que ainda tem muito espaço para<br />

crescer; para a economia e para a própria<br />

sociedade. “Esses temas fazem parte do<br />

ecossistema da transformação digital e<br />

este é o novo grande desafio das empresas<br />

que precisam ser ágeis na busca pela<br />

transformação”, diz Galian.<br />

❙❙Ana Lucia D’Amaral, da Liberty<br />

Para as companhias que atuam neste<br />

nicho há uma maior necessidade de se<br />

estruturar, processar e interpretar o volume<br />

de dados que recebem e armazenam<br />

(informações oriundas de corretores,<br />

parceiros, clientes, canais, redes sociais,<br />

telemetria, notícias, mercado externo e<br />

dados de cotações). Se tratadas corretamente,<br />

essas informações resultam em<br />

processos mais eficientes, melhoria da<br />

operação e redução da burocracia.<br />

“As seguradoras trabalham com<br />

estatísticas, modelos atuariais e análises<br />

preditivas, por isso a necessidade do<br />

tratamento eficiente das informações<br />

para dar respostas rápidas, criar produtos<br />

diferenciados, agilizar o pagamento de<br />

sinistros e gerar informações claras e<br />

simples para o segurado e o corretor”,<br />

afirma Adilson Lavrador, diretor de<br />

Operações e Tecnologia da Tokio Marine.<br />

Ou seja, quanto mais o setor conhecer<br />

seu mercado e seu público, mais eficiente<br />

será na precificação de seus produtos e<br />

melhor será sua capacidade de oferecer<br />

serviços de qualidade. Neste contexto, a<br />

exploração de Big Data (volume de dados,<br />

estruturados ou não, que impactam<br />

os negócios diários), a disponibilização<br />

de serviços digitais e a mobilidade são<br />

tecnologias que as seguradoras devem<br />

olhar com atenção.<br />

Interagindo com o<br />

consumidor<br />

O mercado bancário é um exemplo<br />

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