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Revista Raizes culturais março 2018

Revista de atualidades sobre cultura em geral.

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Raízes Culturais Página 1


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Raízes <strong>culturais</strong><br />

Rio de Janeiro – Brasil.<br />

Fundada em 09 de fevereiro de <strong>2018</strong>.<br />

Uma revista voltada para a cultura e as atualidades do Brasil e do mundo.<br />

Idealizada na tentativa de divulgar e oferecer uma contribuição aos novos escritores<br />

e a arte em geral.<br />

Presidente executiva: Andreia Camargo.<br />

Vice-presidente executiva: Rosani Hoelz.<br />

Revisão: Rosani Hoelz.<br />

Diretora geral: Maria Regina F. Santos.<br />

Pesquisadora: Valquíria Albuquerque.<br />

Designer: Marco Tamborim.<br />

Jornalismo: Helena Aguiar.<br />

Contatos: rosanihoelz@yahoo.com.br<br />

Todo material de imagens é coletado na internet. Qualquer material que seja<br />

encontrado com direitos autorais invadidos, por favor, nos contatem, para<br />

redimirmos o erro.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Índice:<br />

Nossos preços: página: 5<br />

Venda de livros: Subiu 4,55% no ano passado. Vejam<br />

os títulos mais procurados. Página: 7<br />

Ryoki Inoue: O escritor que mais escreveu livros é<br />

brasileiro. Página: 9<br />

I Ching: O livro mais antigo do mundo. Página: 11<br />

Nina Fritsche: Menina de dez anos ganha prêmio por<br />

ler 97 livros em um ano. Página: 15<br />

Biblioteca na China: Livros do chão ao teto. A<br />

biblioteca futurista na China. Página: 17<br />

Top 5: Os cinco melhores livros do mês. Página: 19<br />

Os 10 livros mais lidos no mundo. Entre eles têm um<br />

brasileiro. Página: 21<br />

10 livros que vão virar filmes em <strong>2018</strong>. Página: 23<br />

O Sopro do Vento: Página: 31<br />

Lei Rouanet, como funciona? Página: 33<br />

Ana Carolina encanta o festival italiano. Página: 35<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Alimentos ultraprocessados: o que são e como<br />

afetam a saúde da criança. Página: 37<br />

Dicas: 22 lugares baratos para viajar no Brasil em<br />

<strong>2018</strong>. Página: 43<br />

Maya Angelou: Poetisa, dramaturga e ensaísta. Ela foi<br />

uma feroz ativista dos direitos civis dos afroamericanos.<br />

Página: 45<br />

Por que 8 de <strong>março</strong> é o Dia Internacional da<br />

Mulher? : Ao Dia internacional da mulher. Pagina: 47<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Nossos preços:<br />

Promoção<br />

Entrevista: R$ 50,00 = 1 mês<br />

Capa: R$ 50,00 = 1 mês / 3 meses = R$130,00<br />

Laterais da capa: R$ 30,00 = 1 mês / 3 meses = R$<br />

70,00<br />

Interno da revista nas páginas pares: R$ 20,00 = 1 mês<br />

Faça um pacote anual com a revista e ganhe um<br />

super desconto.<br />

Raízes Culturais Página 5


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Patrocinadores:<br />

***<br />

Livro de contos humorísticos, na Amazon.<br />

Raízes Culturais Página 6


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Venda de livros sobe 4,55% em 2017. Veja<br />

títulos mais procurados.<br />

Felipe Neto, Augusto Cury e Dan Brown lideram lista<br />

com as obras mais comercializadas.<br />

O mercado de livros parece estar se recuperando da<br />

crise que abalou o setor em 2016, quando fechou em<br />

queda de mais de 10% nas unidades vendidas. Segundo<br />

levantamento da Nielsen divulgado pelo Sindicato<br />

Nacional dos Editores de Livros (Snel), 2017 terminou<br />

Raízes Culturais Página 7


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

com crescimento de 4,55% em volume e 6,15% em<br />

faturamento. É a primeira vez, desde 2013, quando o<br />

levantamento começou a ser feito no Brasil, que o<br />

balanço apresenta resultado acima da inflação. O<br />

levantamento é feito pela Nielsen em livrarias e<br />

supermercados no país.<br />

Confira abaixo a lista completa dos dez mais vendidos do<br />

ano:<br />

1- Felipe Neto – A Trajetória de um dos Maiores Youtubers<br />

do Brasil (Coquetel) – Felipe Neto<br />

2- O Homem Mais Inteligente da História (Sextante) –<br />

Augusto Cury<br />

3- Origem (Arqueiro) – Dan Brown<br />

4- Batalha Espiritual – Entre Anjos e Demônios (Petra) –<br />

Reginaldo Manzotti<br />

5- O Poder da Ação: Faça Sua Vida Ideal Sair do<br />

Papel (Gente) – Paulo Vieira<br />

6- Sapiens – Uma Breve História da Humanidade (L&PM) –<br />

Yuval Noah Harari<br />

7- Por que Fazemos o que Fazemos? (Planeta) – Mario<br />

Sergio Cortella<br />

8- Propósito – A Coragem de Ser Quem Somos (Sextante) –<br />

Sri Prem Baba<br />

9- Extraordinário (Intrínseca) – R.J. Palacio<br />

10- Vade Mecum – Tradicional Saraiva 2017 (Saraiva)<br />

(Veja)<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

O escritor que mais escreveu livros em todos os<br />

tempos é brasileiro!<br />

Médico. Paulista. 66 anos. 38 pseudônimos. 27 anos de<br />

carreira. Mais de 1.100 livros. Reconhecido<br />

pelo Guiness Book. Essas são algumas das<br />

características de Ryoki Inoue, o escritor que mais<br />

escreveu livros na história da literatura. Ele começou<br />

com um western em 1986, intitulado de “Colts de<br />

Mclee”<br />

Raízes Culturais Página 9


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

O autor já escreveu obras de quase todos os gêneros,<br />

tendo passado por romances, crônicas, contos, texto<br />

jornalísticos e outros. Outro fato marcante de sua<br />

produção é que quase todas as suas obras recém<br />

lançadas vendem mais de 10 mil exemplares sem<br />

grandes dificuldades. Aliás, Ryoki diz que existe<br />

apenas um tipo de livro que ele não escreveria –<br />

mesmo com sua impressionante velocidade – por<br />

dinheiro: biografia de políticos. Se bem que uma<br />

biografia sincera da maioria dos políticos brasileiros<br />

não deveria demorar muito…<br />

Em uma conta rápida e aproximada, podemos ver<br />

como a produção do autor é impressionante: 27 anos x<br />

365 dias = 9.855 (número de dias de profissão),<br />

dividido por 1.100 (número de livros), o resultado dá<br />

uma chocante média de aproximadamente 1 livro<br />

publicado a cada 9 dias. NOVE DIAS! (Espaço<br />

Homem)<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

I Ching: O livro mais antigo do mundo.<br />

Texto José Francisco Botelho<br />

Nos últimos 3 mil anos os 64 hexagramas chineses<br />

foram guia espiritual manual de governo guia e fonte<br />

para a ciência moderna. Conheça essa misteriosa<br />

história.<br />

Zero, um, zero, zero, um, um. Sem esses dois números<br />

em combinações intermináveis, o mundo de hoje seria<br />

chatíssimo. Eles formam o código binário, usado por<br />

todo computador que existe para transmitir trilhões de<br />

Raízes Culturais Página 11


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

dados dia a dia, guardar toda uma vida numa caixa<br />

postal de email e deixar íntimas pessoas que moram a<br />

milhares de quilômetros de distância. Esse sistema foi<br />

cunhado no século 18 pelo matemático alemão<br />

Gottfried Wilhelm Leibniz, mas sua origem, segundo o<br />

próprio Leibniz, é muito mais antiga. Está em um livro<br />

chinês de adivinhação e consulta espiritual que<br />

guardaria a verdade universal, seria uma miniatura do<br />

infinito e a chave para o funcionamento do Universo:o<br />

I Ching , o Livro das Mutações.<br />

Com pelo menos 3 mil anos de existência, o I Ching se<br />

baseia na ideia de mutação contínua, regida pela soma<br />

das forças cósmicas do yin (a sombra)e do yang (a luz).<br />

O livro caminhou junto com a história da China.<br />

Ajudou a criar religiões orientais, como o taoísmo, foi<br />

a principal fonte de inspiração do pensador chinês<br />

Confúcio e serviu como elemento unificador do país<br />

Raízes Culturais Página 12


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

durante o século 3 a. C. Também deixou herança não<br />

apenas na matemática ocidental. “O I Ching está mais<br />

ligado ao inconsciente que à atitude racional da<br />

consciência “, escreveu em 1949 o psicanalista Carl<br />

Jung, que usava o livro em sessões de análise. Para o<br />

físico Niels Bohr, a obra está na raiz da física quântica,<br />

um dos principais pilares da ciência atual. Com você, a<br />

história do livro mais antigo do mundo. (Super)<br />

Raízes Culturais Página 13


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Patrocinadores:<br />

***<br />

Hipnose Coletiva<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

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Nina Fritsche: Menina de dez anos ganha<br />

prêmio por ler 97 livros em um ano.<br />

Aline Torres Colaboração para o UOL, em Florianópolis.<br />

Nina Fritsche, 10 anos, é uma menina calma e doce.<br />

Gosta de ler antes de dormir para acalmar os sonhos.<br />

Lê todas as noites. Ela diz que o gosto pela leitura vem<br />

desde que era pequenina. O hábito se tornou tão forte,<br />

que Nina ganhou o prêmio da Biblioteca Pública de<br />

Santa Catarina, situada no Centro de Florianópolis,<br />

como a jovem que mais leu livros neste ano. Ao todo,<br />

foram 97 obras lidas. E ela ainda se gaba de que, nessa<br />

conta, ainda poderiam entra as dezenas de livros que<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

ela retirou no Colégio Aplicação, onde estuda, e os<br />

outros tantos que os pais deram de presente. "Eu já li<br />

metade dos livros infantis da biblioteca da minha<br />

escola", conta Nina, que também escreve suas próprias<br />

historinhas. (Uol)<br />

Patrocinadores:<br />

Sua publicidade aqui!<br />

Contato: rosanihoelz@yahoo.com.br<br />

Raízes Culturais Página 16


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Biblioteca futurista da China.<br />

Inaugurou em 2017 e já é considerada a biblioteca<br />

mais bonita da China. De aspecto futurista, será talvez<br />

um dos espaços de leitura mais espetaculares do<br />

mundo, onde os livros "serpenteiam" do chão ao teto.<br />

O projeto da Biblioteca Tianjin Binhai é da<br />

responsabilidade da MVRDV, uma empresa holandesa<br />

que, em conjunto com o Planejamento Urbano e o<br />

Instituto do Design de Tianjin, pretendeu dar à cidade<br />

um espaço cultural diferente.<br />

O edifício atua não apenas como um centro de<br />

educação, mas também como uma ligação cultural ao<br />

distrito de Binhai, em Tianjin, China.<br />

Raízes Culturais Página 17


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Conforme explicado em comunicado, o aspeto oval da<br />

entrada visto de fora, é apoiado pelo "Olho" no<br />

interior, uma esfera espelhada que contém um<br />

auditório. (Viagens sapo)<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Dica: Os cinco melhores livros do mês.<br />

Top 5:<br />

1- A Cabana - Willian P. Young - 2007<br />

2- O Homem Mais Inteligente Da História - Augusto<br />

Cury - 2016<br />

3- O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry -<br />

1943<br />

4- O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger<br />

- 1951<br />

5- O Sopro do Vento – Andreia Camargo – <strong>2018</strong>.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Patrocinadores:<br />

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Raízes Culturais Página 20


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Os 10 livros mais lidos no mundo, entre eles<br />

tem um brasileiro.<br />

James Chapman, escritor americano, resolveu fazer um<br />

levantamento interessante: quais os 10 livros mais lidos<br />

nos últimos 50 anos. Ele pesquisou, leu e escreveu<br />

sobre essas 10 obras. O livro mais lido, claro, é a<br />

Bíblia, com 3,8 bilhões de cópias.<br />

Raízes Culturais Página 21


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Mas há algumas surpresas na lista. Em segundo lugar,<br />

está o Livro Vermelho, de Mao Tsé-Tung, coleção de<br />

pensamentos do líder comunista. Sucessos do cinema<br />

também estão no top 10, com Harry Potter (3), Senhor<br />

dos Anéis (4) e Código Da Vinci (6).<br />

E há uma obra brasileira na lista: "O Alquimista", de<br />

Paulo Coelho, que está na quinta posição com cerca de<br />

65 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Veja<br />

a lista completa, publicada pelo site Pra ler:<br />

1 - Bíblia Sagrada - 3.9 bilhões de cópias<br />

2 - O livro vermelho - Mao Tsé Tung - 820 milhões de<br />

cópias<br />

3 - Harry Potter - J. K Rowling: 400 milhões de cópias<br />

4 - O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien: 103 milhões<br />

de cópias<br />

5 - O Alquimista - Paulo Coelho: 65 milhões de cópias<br />

6 - O Código Da Vinci - Dan Brown: 57 milhões de<br />

cópias<br />

7 - Saga Crepúsculo - Stephanie Meyer: 43 milhões de<br />

cópias<br />

8 - E o vento levou… - Margarett Mitchell: 33 milhões<br />

de cópias<br />

9 - Think and Grow Rich - Napoleon Hill: 30 milhões<br />

de cópias<br />

10 - O Diário de Anne Frank - Anne Frank: 27 milhões<br />

de cópias. (Yahoo notícias)<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

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10 livros que vão virar filmes em <strong>2018</strong>.<br />

1 - A garota na teia de aranha , de David Lagercrantz.<br />

A obra chega às telas de cinema em <strong>2018</strong>,<br />

protagonizado pela atriz Claire Foy, da série The<br />

Crown, no papel de Lisbeth Salander.<br />

***<br />

2 - Cadê você, Bernadette?, de Maria Semple.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

O best-seller de Maria Semple conta a história de Bee,<br />

uma menina de 15 anos, que está à procura de sua mãe<br />

desaparecida, Bernadette. O roteiro da adaptação<br />

cinematográfica está nas mãos de Scott Neustadter and<br />

Michael H. Weber, de 500 Dias com ela. A premiada<br />

atriz Cate Blanchett interpretará a mãe de Bee,<br />

Bernadette.<br />

***<br />

3 - Jogador Nº1, de Ernest Cline.<br />

O trailer da adaptação do sucesso distópico Jogador Nº<br />

1, foi lançado na Comic Con de San Diego este ano, e<br />

conta com ninguém menos do que Steven Spielberg na<br />

direção. A trama se passa em 2044 e acompanha a<br />

trajetória do adolescente Wade Watts, que fica preso<br />

em Oasis – um universo virtual.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

4 - Simon vs. a agenda Homo Sapiens, de Becky<br />

Albertalli.<br />

Simon é um garoto de 16 anos com dificuldades em<br />

revelar que é gay para seus pais e seus amigos. Mas a<br />

questão que o livro aborda é: será que ele precisa<br />

mesmo assumir uma posição quanto a sua<br />

sexualidade? As filmagens da adaptação<br />

cinematográfica já estão no fim e a estreia está prevista<br />

para o primeiro semestre de <strong>2018</strong>. O elenco está<br />

recheado de estrelas, como Jennifer Garner, Josh<br />

Duhamel e Katherine Langford, a protagonista da série<br />

de sucesso 13 reasons why.<br />

Raízes Culturais Página 25


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

5 - Uma dobra no tempo, Madeleine L’engle.<br />

O livro de suspense e sci-fi de Madeleine L’Engle<br />

também vai ganhar sua versão para os cinemas, pelos<br />

estúdios Disney e com estreia prevista para <strong>março</strong> do<br />

ano que vem. Só o elenco já causa ansiedade do<br />

público: terá Reese Whiterspoon, Chris Pine e Oprah<br />

Winfrey.<br />

***<br />

6 - Aniquilação, de Jeff Vandermeer.<br />

A adaptação do livro de Jeff Vandermeer chega em<br />

fevereiro aos cinemas e terá direção de Alex Garland,<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

do filme Ex-machina. O longa traz a vencedora do<br />

Oscar Natalie Portman e também a atriz Gina<br />

Rodriguez, famosa por protagonizar o seriado Jane, the<br />

virgin.<br />

***<br />

7 - Maze runner – a cura mortal, de James Dashner.<br />

Este que é o terceiro e último livro da saga Maze<br />

Runner, escrito por James Dashner, tem estreia<br />

marcada para o dia 26 de janeiro de <strong>2018</strong>, nos Estados<br />

Unidos. O ator Dylan O’Brien retorna no papel do<br />

protagonista Thomas, nesta história que conquistou<br />

milhares de fãs no mundo inteiro.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

8 - Horse Soldiers ou 12 heróis, de Doug Stanton.<br />

O próximo filme da lista foi inspirado em na<br />

obra Horse Soldiers: The Extraordinary Story of a<br />

Band of US Soldiers Who Rode to Victory in<br />

Afghanistan, livro de Doug Stanton, que narrou os<br />

eventos que seguiram os atentados terroristas de 11 de<br />

setembro, mas que ainda não foi traduzido para o<br />

português. Com estreia marcada para 23 de Janeiro de<br />

<strong>2018</strong>, o filme se chamará 12 Heróis, contando com<br />

Chris Hemsworth no elenco.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

9 - Roleta russa, de Jason Matthews.<br />

Escrito por Jason Matthews, um agente aposentado da<br />

CIA, o suspense Roleta Russa vai chegar aos cinemas<br />

com o nome Operação Red Sparrow e terá ninguém<br />

menos do que Jennifer Lawrence como protagonista.<br />

Com estreia marcada para 1 de Março de <strong>2018</strong>, o filme<br />

promete intrigar o público com uma intensa história<br />

sobre uma mulher fatal.<br />

Raízes Culturais Página 29


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

10 - Bel Canto, de Ann Patchett.<br />

Bel Canto, de Ann Patchett, conta a história de Roxane,<br />

uma cantora soprano americana que viaja para a<br />

América do Sul para se apresentar em um concerto<br />

privado, mas que é subitamente interrompido por uma<br />

guerrilha. Com a consagrada atriz Julianne Moore no<br />

elenco, o filme tem estreia prevista para o ano que<br />

vem.<br />

Raízes Culturais Página 30


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

O sopro do vento de Andreia Camargo<br />

Em 1726 o Brasil era uma colônia Portuguesa,<br />

governada pelo vice-rei de Portugal, Conde de<br />

Sabugosa, Vasco Fernandes César de Menezes.<br />

Na fazenda “O sopro do vento”, no Rio de Janeiro, de<br />

propriedade do Barão Rodolfo de Pinheiros tudo estava<br />

para acontecer após a chegada de sua sobrinha a jovem<br />

Vitoria de vinte anos, que só poderia receber a herança<br />

de sua falecida mãe por uma doença fatal, depois que<br />

Raízes Culturais Página 31


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

completasse vinte e cinco anos. Nesse período de<br />

espera quem iria administrar toda sua fortuna seria seu<br />

tio, o Barão de Pinheiros. Tudo se transforma quando a<br />

jovem é violada pelo próprio primo Felipe. A jovem<br />

Vitoria foi oferecida ao primo em matrimônio pelo tio<br />

para limpar sua honra, mas se apaixona pelo escravo<br />

Tonho, que se torna seu amante, arriscando a própria<br />

vida com essa relação.<br />

Na senzala, a escrava Moema se torna Marquesa de<br />

Casa Verde e faz escândalos na cidade.<br />

A esposa do Barão de Pinheiros, Baronesa Elvira é<br />

assassinada no salão da casa grande e os suspeitos<br />

eram a criadagem. Ninguém poderia imaginar que o<br />

assassino fosse alguém próximo à Baronesa.<br />

Na senzala, uma grande revolta dos escravos faz toda a<br />

plantação do canavial ser queimada e o Barão de<br />

Pinheiros perde toda fortuna, levando-o ao desespero.<br />

Vinganças, paixões, amores perdidos e muitas emoções<br />

nesse romance.<br />

O sopro do vento – Nos confins do desejo.<br />

702 paginas de muita emoção.<br />

Raízes Culturais Página 32


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Entenda como funciona a Lei Rouanet,<br />

iniciativa que aprovou mais de cinco mil<br />

projetos em 2017<br />

O número de projetos aprovados aumentou 20% em<br />

2017. O valor captado também aumentou de R$ 1,149<br />

bi em 2016 para R$ 1,156 bi no último ano.<br />

Criada em 1991, a Lei de Incentivo à Cultura ficou<br />

conhecida como Lei Rouanet, em referência ao<br />

secretário de Cultura na época em que foi sancionada,<br />

Sérgio Paulo Rouanet. Por meio dela, cidadãos<br />

(pessoas físicas) e empresas (pessoas jurídicas) podem<br />

aplicar 6% e 4%, respectivamente, de seu Imposto de<br />

Renda devido em projetos <strong>culturais</strong>. Uma empresa que<br />

tenha que pagar R$ 100 mil de imposto de renda, por<br />

Raízes Culturais Página 33


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

exemplo, poderá apoiar projetos <strong>culturais</strong> via Lei<br />

Rouanet num valor de até R$ 4 mil.<br />

Já um cidadão que tiver que pagar R$ 5 mil de imposto<br />

de renda poderá apoiar projetos <strong>culturais</strong> via Lei<br />

Rouanet num valor de até R$ 300.<br />

Quem pode se beneficiar?<br />

Qualquer pessoa ou empresa pode apresentar um<br />

projeto cultural e ser um proponente. Para isso, é<br />

preciso se cadastrar no Sistema de Apoio às Leis de<br />

Incentivo à Cultura (Salic) pelo<br />

site novosalic.cultura.gov.br. As propostas <strong>culturais</strong><br />

podem ser apresentadas ao MinC de 1º de fevereiro a<br />

30 de novembro de cada ano.<br />

Como ocorre a captação?<br />

Após o projeto ser aprovado pelo Ministério da<br />

Cultura, o proponente pode começar a procurar<br />

patrocinadores para o seu projeto. O prazo para<br />

concluir o projeto é de um ano, mas pode ser renovado<br />

por até três anos. No fim, o beneficiado deve enviar ao<br />

Ministério da Cultura documentos que comprovem os<br />

gastos e a execução do filme ou do produto.<br />

Fonte: Governo do Brasil, com informações<br />

do Ministério da Cultura, da Lei Rouanet e Agência<br />

Brasil (site: Brasil Gov.)<br />

Raízes Culturais Página 34


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

A cantora Ana Carolina bateu Recorde de<br />

audiência em festival italiano.<br />

Na última sexta-feira, 9 de fevereiro <strong>2018</strong>, Ana<br />

Carolina encantou a Itália fazendo o Festival da canção<br />

italiana bater recorde de público, acompanhada de<br />

Daniel Jobim (piano) filho de Tom Jobim, o cantor<br />

italiano Mario Biondi, cantaram "Rivederti" di Mario<br />

Biondi/Giuseppe Furnari/Mario Fisicaro. Assista o<br />

vídeo no site: Águas da vida News<br />

***<br />

Raízes Culturais Página 35


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Patrocinadores:<br />

Livro infantil na Amazon.<br />

Raízes Culturais Página 36


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Alimentos ultraprocessados: o que são e como<br />

afetam a saúde da criança.<br />

Dra. Pollyanna Fernandes Patriota<br />

Eles estão em toda parte, por isso é preciso aprender a<br />

reconhecê-los para que você faça melhores escolhas<br />

para você e seu filho.<br />

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs)<br />

associadas à alimentação inadequada têm aumentado<br />

em todo o mundo. Entre estas doenças estão obesidade,<br />

diabetes, hipertensão, dislipidemias.<br />

Dados do Vigitel 2014 (Inquérito que avalia fatores de<br />

risco para doenças crônicas) revelam que no Brasil<br />

Raízes Culturais Página 37


<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

temos uma prevalência de 50,% de pessoas com<br />

sobrepeso, 17.5% de obesidade, 6.9% de diabetes e<br />

24,1% de hipertensão. Estes números são, em grande<br />

parte, provocados pelo enfraquecimento dos padrões<br />

alimentares tradicionais, baseados em alimentos in<br />

natura ou minimamente processados e pelo consumo<br />

exacerbado de alimentos ultraprocessados.<br />

Classificação dos alimentos segundo o processamento<br />

industrial:<br />

•Alimentos in natura ou minimamente processados<br />

(alimentos que não tenham sofrido alterações<br />

industriais após deixarem a natureza ou que sofreram<br />

alterações mínimas, tais como: limpeza, remoção de<br />

partes não comestíveis, refrigeração).<br />

•Ingredientes culinários (alimentos fabricados pela<br />

indústria a partir de extração do alimento in natura ou<br />

ingredientes presente na natureza, tais como: óleos<br />

vegetais, gorduras sal e açúcar com finalidade de<br />

temperar alimentos in natura e nunca consumidos<br />

isoladamente). Neste grupo, quanto menos processado<br />

/refinado, melhor será.<br />

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•Alimentos processados – alimentos feitos<br />

essencialmente com a adição de sal, açúcar, óleo ou<br />

vinagre a um alimento in natura para aumentar seu<br />

tempo de conservação. São exemplos, as conservas de<br />

legumes, peixes, cereais, leguminosas, frutas em<br />

caldas, carnes salgadas, queijos, pães.<br />

•Alimentos ultraprocessados – alimentos que passaram<br />

por técnicas e processamentos com alta quantidade de<br />

sal, açúcares, gorduras, realçadores de sabor e<br />

texturizantes. Estes alimentos possuem um perfil<br />

nutricional danoso à saúde. Por serem hiperpalatáveis,<br />

ou seja, acentuam muito sua palatabilidade ou<br />

aceitação pelo paladar da maioria da população,<br />

danificam os processos que sinalizam o apetite e a<br />

saciedade e provocam o consumo excessivo e<br />

“despercebido” de calorias, sal, açúcar, etc.<br />

Importa lembrar que os alimentos ultraprocessados<br />

também são pobres em micronutrientes, (vitaminas,<br />

sais minerais, água e fibras). O que impacta<br />

negativamente favorecendo o desenvolvimento das<br />

DCNTs. Portanto, não seria exagero de minha parte<br />

dizer que estes produtos nem mesmo podem ser<br />

considerados como alimentos.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

Exemplos de alimentos ultraprocessados:<br />

Enlatados, embutidos, congelados, preparações<br />

instantâneas, refrigerantes, salgadinhos, frituras, doces,<br />

gelatinas industrializadas, refrescos em pó, temperos<br />

prontos, margarinas, iogurtes industrializados,<br />

queijinhos petit suisse, macarrão instantâneo, sorvetes,<br />

biscoitos recheados, achocolatados e outras<br />

guloseimas.<br />

Principais distúrbios de saúde que podem ocasionar:<br />

Estes alimentos não devem ser oferecidos às crianças e<br />

devem ser rigorosamente evitados pelos adultos por:<br />

•Prejudicarem mecanismos que indicam a fome e a<br />

saciedade;<br />

•Favorecerem o acúmulo de gordura;<br />

•Favorecem desenvolvimento de alergias e<br />

intolerâncias alimentares;<br />

•Prejudicarem o funcionamento dos rins;<br />

•Sobrecarregarem o funcionamento hepático;<br />

•Causam distúrbios estomacais e intestinais;<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

•Favorecem o desenvolvimento de diabetes,<br />

hipertensão, obesidade e diversos tipos de cânceres;<br />

•A desnutrição, assim como a anemia por baixa<br />

ingestão de nutrientes como vitaminas e minerais é<br />

uma das doenças mais frequentes para quem consome<br />

este tipo de alimento. Muitas vezes a criança tem uma<br />

boa ingestão de ferro em determinada refeição e logo<br />

após consome um alimento ultraprocessado que<br />

prejudica a absorção deste nutriente.<br />

O que fazer para proteger as crianças desses males?<br />

Converse com a criança explicando sobre os malefícios<br />

destes alimentos e nenhum benefício a sua saúde,<br />

sempre explicando a necessidade da mesma crescer e<br />

desenvolver-se com saúde para obter um<br />

desenvolvimento pleno.<br />

Evitar que a criança fique muito tempo exposta à<br />

programas televisivos, pois nos intervalos dos<br />

programas infantis é comum a veiculação de<br />

publicidade de alimentos destinados ao público<br />

infantil. Além disso, quanto mais horas a criança fica<br />

exposta à TV ou jogos eletrônicos, menos atividade<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

física ela terá e assim aumenta o risco de desenvolver<br />

DCNTs.<br />

E o mais importante de todos: dar bons exemplos. A<br />

criança aprende muito mais pelo exemplo que os<br />

pais/cuidadores dão do que com o que eles falam.<br />

Aplique-se em obter bons hábitos alimentares, procure<br />

refletir sobre aquisição de alimentos ultraprocessados e<br />

ao ir à feira faça as seguintes perguntas para eleger os<br />

alimentos que farão parte de sua alimentação:<br />

1.Este alimento trará algum benefício a minha saúde e<br />

à saúde de meu filho?<br />

2.Este produto é mesmo um alimento ou trata-se de um<br />

ULTRAPROCESSADO?<br />

3.Este produto pode prejudicar minha saúde ou a saúde<br />

do meu filho? (está na lista dos excessivos em sal,<br />

açúcar ou gordura?)<br />

4.Créditos: Guia do Bebe.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

22 lugares baratos para viajar no Brasil em <strong>2018</strong><br />

Foto: Guarapari, Espírito Santo.<br />

1. Guarapari<br />

2. Cabo Frio, Rio de Janeiro.<br />

3. Sirinhaém, Pernambuco.<br />

4. Brumadinho, Minas Gerais.<br />

5. Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.<br />

6. Maragogi, Alagoas.<br />

7. Peruíbe, São Paulo.<br />

8. Boiçucanga, São Sebastião, São Paulo.<br />

9. Alcântara, Maranhão.<br />

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10. Cambará do Sul, Rio Grande do Sul.<br />

11. Coruripe, Alagoas.<br />

12. Caldas Novas, Goiás.<br />

13. Alfredo Chaves, Espírito Santo.<br />

14. Chapada das Mesas, Maranhão.<br />

15. Bom Jesus da Lapa, Bahia.<br />

16. Serra da Capivara, São Raimundo Nonato, Piauí.<br />

17. Camocim, Ceará.<br />

18. Laranjeiras, Sergipe.<br />

19. Ilha de Marajó, Pará.<br />

20. Imbituba, Santa Catarina.<br />

21. Urubici, Santa Catarina.<br />

22. Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa,<br />

Paraná.<br />

Veja informações e fotos Momondo.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Maya Angelou não veio para ficar.<br />

"Sei Porque Canta o Pássaro na Gaiola" é a primeira<br />

das sete autobiografias que Maya Angelou, poetisa e<br />

ativista dos direitos civis, escreveu entre 1969 e 2013.<br />

João Pedro Vala dá-lhe quatro estrelas.<br />

Além de poetisa, dramaturga e ensaísta, Maya Angelou<br />

foi uma feroz ativista dos direitos civis dos afroamericanos.<br />

Morreu em 2014.<br />

Na primeira linha de Sei Porque Canta o Pássaro na<br />

Gaiola, a primeira das sete autobiografias que Maya<br />

Angelou escreveu entre 1969 e 2013, encontramos a<br />

protagonista, Marguerite Johnson (nome verdadeiro de<br />

Angelou) a tentar declamar dois versos: “Porque é que<br />

‘tão a olhar para mim?/ Não vim para ficar”. Estes dois<br />

versos parecem ser a introdução perfeita para o livro,<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

uma vez que Marguerite tentará sempre colocar-se<br />

simultaneamente numa postura rebelde de desafio,<br />

sugerida pelo primeiro verso, e de recusa ao<br />

enclausuramento na gaiola em que a comunidade afroamericana<br />

é (ou, pelo menos, era entre 1931 e 1944, os<br />

anos abrangidos pela narrativa) inevitavelmente<br />

introduzida, conforme se percebe no segundo verso. É<br />

por isso que, logo no primeiro capítulo, Marguerite<br />

fantasia com o momento em que descobririam que ela,<br />

a jovem negra alta e de carapinha por todos<br />

desprezada, era, afinal, uma rapariga branca, loira de<br />

olhos azuis, o que conduziria a um arrependimento<br />

generalizado pela injustiça contra si cometida. Ao<br />

fantasiar com a sua própria metamorfose, Marguerite<br />

imagina-se branca porque não consegue perceber os<br />

motivos que a impedem de ser tratada como tal, porque<br />

se recusa a reconhecer o seu estatuto de negra.<br />

Créditos: Observador.<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

***<br />

Por que 8 de <strong>março</strong> é o Dia Internacional da<br />

Mulher?<br />

Por: Paula Nadal<br />

As histórias que remetem à criação do Dia<br />

Internacional da Mulher alimentam o imaginário de<br />

que a data teria surgido a partir de um incêndio em<br />

uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando<br />

cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem<br />

dúvida, o incidente ocorrido em 25 de <strong>março</strong> daquele<br />

ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo<br />

do século 20, mas os eventos que levaram à criação da<br />

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<strong>Revista</strong> Raízes <strong>culturais</strong> <strong>2018</strong><br />

data são bem anteriores a este acontecimento.<br />

Desde o final do século 19, organizações femininas<br />

oriundas de movimentos operários protestavam em<br />

vários países da Europa e nos Estados Unidos. As<br />

jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas<br />

diárias e os salários medíocres introduzidos pela<br />

Revolução Industrial levaram as mulheres a greves<br />

para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim<br />

do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o<br />

período.<br />

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em<br />

maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de<br />

1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol<br />

da igualdade econômica e política no país. No ano<br />

seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a<br />

data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que<br />

reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e<br />

culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve<br />

têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.<br />

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de<br />

Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução<br />

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para a criação de uma data anual para a celebração dos<br />

direitos da mulher foi aprovada por mais de cem<br />

representantes de 17 países. O objetivo era honrar as<br />

lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o<br />

sufrágio universal em diversas nações.<br />

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)<br />

eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas<br />

foi em 8 de <strong>março</strong> de 1917 (23 de fevereiro no<br />

calendário Juliano, adotado pela Rússia até então),<br />

quando aproximadamente 90 mil operárias<br />

manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más<br />

condições de trabalho, a fome e a participação russa na<br />

guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" -<br />

que a data consagrou-se, embora tenha sido<br />

oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas<br />

em 1921.<br />

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a<br />

Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o<br />

primeiro acordo internacional que afirmava princípios<br />

de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960,<br />

o movimento feminista ganhou corpo, em 1975<br />

comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da<br />

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Mulher e em 1977 o "8 de <strong>março</strong>" foi reconhecido<br />

oficialmente pelas Nações Unidas.<br />

"O 8 de <strong>março</strong> deve ser visto como momento de<br />

mobilização para a conquista de direitos e para discutir<br />

as discriminações e violências morais, físicas e sexuais<br />

ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que<br />

retrocessos ameacem o que já foi alcançado em<br />

diversos países", explica a professora Maria Célia<br />

Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela<br />

Universidade de Brasília e doutoranda em História<br />

Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).<br />

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da<br />

mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do<br />

início do século 20, que buscavam, assim como nos<br />

demais países, melhores condições de trabalho e<br />

qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o<br />

movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30,<br />

que conseguiram o direito ao voto em 1932, na<br />

Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir<br />

dos anos 1970 emergiram no país organizações que<br />

passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade<br />

entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher.<br />

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Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo<br />

importante com o Estado, com a criação do Conselho<br />

Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em<br />

1985, com o aparecimento da primeira Delegacia<br />

Especializada da Mulher.<br />

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Este trabalho está liberado com uma<br />

Licença Creative Commons - Atribuição 4.0<br />

Internacional.<br />

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