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Revista Apólice #204

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editorial<br />

Ano 20 - nº 204<br />

Outubro 2015<br />

Dias de glória<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente da<br />

Correcta Editora Ltda<br />

e de público dirigido<br />

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Os artigos assinados são de responsabilidade<br />

exclusiva de seus autores, não<br />

representando, necessariamente, a<br />

opinião desta revista.<br />

Os executivos do mercado brasileiro de seguros começam a<br />

falar em crescimento mais modesto do setor. Não é para menos.<br />

Com o cenário econômico atual, já será uma meta extremamente<br />

ousada atingir níveis acima da inflação. A venda de automóveis<br />

zero quilômetro caiu 21,35% nos primeiros oito meses de 2015,<br />

em relação ao mesmo período do ano anterior. As pessoas estão<br />

perdendo os empregos formais. A produção industrial teve uma<br />

queda grande de 1,5% entre junho e julho, o pior resultado dos<br />

últimos seis anos.<br />

Este é o momento para mudar as estratégias de atuação e<br />

buscar novas modalidades de produto. Seguro de vida, saúde, residência<br />

e pet podem se mostrar como boas alternativas. O grande<br />

desafio é mostrar que o dinheiro empregado no pagamento dos<br />

prêmios não é despesa, mas investimento.<br />

A carteira de grandes riscos também sofreu um grande impacto<br />

neste ano, principalmente com as denúncias da operação Lava<br />

Jato. Se, por um lado, os prêmios da carteira de D&O dispararam,<br />

por outro há mais gente em busca desta proteção.<br />

Nesta edição fizemos um especial para os corretores de seguros.<br />

Mostramos a opinião dos consumidores sobre a categoria, e<br />

apresentamos também a opinião dos próprios corretores sobre a<br />

sua atuação em diversas carteiras. É um exercício de conhecer o<br />

que os outros estão fazendo para aprimorar a sua própria atuação.<br />

Trazemos também a cobertura completa do 19º Congresso<br />

Brasileiro de Corretores de Seguros, realizado em Foz do Iguaçu, e<br />

um guia completo de cursos relacionados ao mercado de seguros.<br />

Boa leitura!<br />

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Diretora de Redação<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br


sumário<br />

O que eles têm a dizer sobre a carteira<br />

que operam? Veja quais são<br />

os desafios e possibilidades que os<br />

profissionais enxergam em seu ramo<br />

de atuação<br />

28 carteiras<br />

18<br />

capa<br />

Executivos da XL Catlin falam sobre atuação<br />

no Brasil para atender os clientes corporativos,<br />

brasileiros e globais<br />

22<br />

mulheres<br />

42 cursos<br />

No Brasil, mercado de seguros desenvolvido<br />

para elas poderá crescer até 12 vezes,<br />

atingindo US$ 122 bilhões<br />

Oscar do Seguro 2015 premiou os destaques<br />

do segmento securitário nos últimos<br />

12 meses<br />

48 capitalização 6 | painel<br />

Uma forma de acumulação, que contempla<br />

uma camada da população que quer ser<br />

14 |<br />

feliz, de forma concreta, a partir de pequenos<br />

valores<br />

gente<br />

17 | direto de Londres<br />

50 RC 51 | eventos<br />

58 | comunicação<br />

Clientes falam do relacionamento<br />

com seus corretores de seguros e<br />

revelam quais são os fatores decisivos<br />

para a escolha de quem deve<br />

cuidar de seus bens<br />

46 CVG-RJ 36 consumidor<br />

Produto cresce e mercado começa a observar<br />

o que deve ser modificado para<br />

alavancar a modalidade<br />

especial corretor<br />

26 identificação<br />

Sob polêmicas, projeto de lei prevê<br />

que identificação volte a ser emitida<br />

em documento físico aos profissionais,<br />

desta vez via smart card<br />

Graduação, pós-graduação, ensino<br />

técnico e exames básicos que serão<br />

oferecidos aos profissionais ao longo<br />

de 2016, por diversas instituições<br />

espalhadas pelo Brasil<br />

52 congresso<br />

Evento em Foz do Iguaçu – PR reuniu<br />

profissionais para debater os rumos<br />

da profissão e saídas para a crise<br />

financeira<br />

4


painel<br />

risco político<br />

Seguradoras ampliam capacidade<br />

As seguradoras multinacionais ampliaram<br />

a capacidade para coberturas de<br />

risco político. Segundo relatórioPolitical<br />

Risk Market Update da Marsh a capacidade<br />

para risco político no mercado global<br />

é de US$ 2,4 bilhões para uma única apólice,<br />

praticamente o dobro em relação aos<br />

US$ 1,3 bilhões há seis anos. O limite para<br />

cada apólice saltou de US$ 77 milhões em<br />

2003 para US$ 2,4 bilhões em 2015.<br />

Para Kiyoshi Watari, líder das práticas<br />

de risco político, crédito e garantia da<br />

Marsh Brasil, o maior volume de recursos<br />

para risco político revela uma mudança<br />

estratégica das seguradoras – mais foco<br />

em linhas de seguros mais especializadas<br />

(caso de risco político) e menos foco em<br />

operações tradicionais de property and<br />

casualty (seguros patrimonial e de ativos<br />

das empresas e seguros para proteger de<br />

ocorrências, eventos, acidentes).<br />

“Em mercados de linhas tradicionais,<br />

a competição é mais acirrada. Por isso,<br />

bilidade de moedas e expropriação. As<br />

regiões de instabilidade política, consideradas<br />

de alto risco, são Líbia e Ucrânia.<br />

A África subsaariana (exceto África do<br />

Sul), o Oriente Médio (Síria, Irã, Iraque,<br />

Afeganistão, Paquistão, Cazaquistão) e o<br />

Leste Europeu (Ucrânia, Sérvia, Kosovo)<br />

também estão entre as regiões classificadas<br />

com instabilidade política. “É crescente<br />

o número de empresas brasileiras<br />

com operações em regiões como Oriente<br />

Médio, África e Leste Europeu contratando<br />

seguro de risco político, à medida<br />

que expandem suas operações offshore.<br />

No mundo, são mais de 35 seguradoras<br />

entre privadas e públicas que atuam no<br />

segmento de risco político”, afirma.<br />

Na América Latina, há também<br />

instabilidade política em países como<br />

Venezuela, Equador, Guatemala, Honduras<br />

e Haiti. O Brasil, segundo o Political<br />

Risk Market Update, está classificado<br />

com risco médio.<br />

produto<br />

Seguro para pequenas reformas<br />

A Liberty Seguros lançou um seguro<br />

que oferece cobertura para pequenas<br />

obras de construção. Podem ser seguradas<br />

reformas realizadas em lojas, casas,<br />

edifícios residenciais, comerciais ou<br />

industriais, hotéis, hospitais, igrejas e<br />

escolas, entre outros.<br />

“O Liberty Engenharia Reformas<br />

oferece proteção contra prejuízos que<br />

podem ocorrer durante o prazo da obra e<br />

cobertura contra danos materiais decorrentes<br />

de acidentes. O produto pode ser<br />

contratado por pessoas jurídicas, como<br />

construtoras, ou físicas, como proprietários<br />

de obras”, explica a diretora de<br />

Seguros Empresariais da companhia,<br />

Rosy Herzka.<br />

O segurado tem à disposição cobertura<br />

para incêndio, roubos, furtos e<br />

explosões. Coberturas adicionais, como<br />

despesas com desentulho, manutenção<br />

ampla, salvamento e contenção de sinistros<br />

e danos físicos decorrentes de<br />

a estratégia de diversificação para linhas<br />

de negócios especializadas”, explica o<br />

executivo.<br />

O Political Risk Market Update da<br />

Marsh revela que as seguradoras estão<br />

investindo no segmento de risco político<br />

mesmo num ambiente em que o mercado<br />

de seguros de risco político continua a<br />

ser impactado pela queda nos preços de<br />

petróleo, tensões geopolíticas incluindo<br />

mudanças de regimes em diversos países<br />

(forçado ou por eleições constitucionais).<br />

O estudo traz também um ranking de<br />

riscos políticos e das regiões com maior<br />

instabilidade política. Entre os riscos estão<br />

o não pagamento de contratos, danos<br />

físicos, abandono forçado, não-conversierros<br />

de projeto, também podem ser<br />

contratadas.<br />

O novo produto também oferece<br />

coberturas exclusivas, como responsabilidade<br />

civil para terceiros e cobertura<br />

de propriedade circunvizinha (dano a<br />

áreas que não fazem parte da reforma da<br />

propriedade do dono da obra).<br />

seminário<br />

Seguros pessoais<br />

e economia global<br />

A Sociedade Brasileira de<br />

Ciências do Seguro (SBCS)<br />

reuniu cerca de 80 pessoas no<br />

Seminário Internacional de<br />

Seguros Pessoais, realizado em<br />

São Paulo. Estiveram presentes<br />

no evento o secretário executivo<br />

da entidade, José Agostinho<br />

Gonçalves; o presidente da<br />

entidade, Affonso Fausto; além<br />

de Osmar Bertacini, presidente<br />

da APTS; Advaldo Calegari,<br />

presidente do CCS-SP; e Pedro<br />

Barbato Filho, diretor da SBCS<br />

e presidente da Camaracor.<br />

Fausto discorreu sobre a<br />

renovação da Associação, enquanto<br />

Bertacini fez uma prévia<br />

sobre o cenário atual dos<br />

seguros.<br />

6


painel<br />

integração<br />

Passeio ciclístico em Campinas<br />

A AIG promoveu<br />

um passeio<br />

ciclístico<br />

com funcionários<br />

e corretores<br />

pelas ruas<br />

de Campinas, no<br />

interior de São<br />

Paulo. O objetivo<br />

da ação foi<br />

fortalecer o relacionamento<br />

com<br />

corretores de maneira descontraída, ao<br />

mesmo tempo em que incentiva a prática<br />

do esporte e a conscientização sobre o<br />

respeito no trânsito. A iniciativa reuniu<br />

cerca de 30 pessoas, que pedalaram por<br />

13 quilômetros, passando por pontos<br />

tradicionais da cidade, como a Lagoa<br />

do Taquaral.<br />

Os passeios de bike já são promovidos<br />

pela companhia desde 2014 nas<br />

campanha<br />

cidades onde possui filiais. “Sabemos<br />

que a convivência entre ciclistas, motoristas<br />

e pedestres é muito importante e<br />

a AIG quer, por meio dessas atividades,<br />

contribuir com o bem-estar das pessoas e<br />

fazer do trânsito um local mais seguro, ao<br />

mesmo tempo em que se relaciona com<br />

parceiros de negócios”, comenta o superintendente<br />

de Comunicação Corporativa<br />

da AIG Brasil, Lúcio Pedro Mocsányi.<br />

Artistas apóiam seguradora no Instagram<br />

O comportamento agressivo ou<br />

irresponsável dos motoristas é uma das<br />

principais causas de acidentes de trânsito.<br />

O Porto Seguro Auto, sob a campanha<br />

Trânsito+gentil, lançou uma ativação no<br />

Instagram, assinada pela Mirum, sugerindo<br />

às pessoas deixarem seu lado “ogro”<br />

em casa. Para isso, a marca foi buscar o<br />

apoio de celebridades como Fernanda<br />

Paes Leme, André Vasco, Rafael Cortez,<br />

Marcos Veras e Murilo Couto, que receberam<br />

uma máscara, que faz uma réplica<br />

do personagem da campanha, e foram incentivados<br />

a deixarem seu ogro em casa,<br />

de forma a promover um Trânsito+gentil.<br />

“Queremos incentivar atitudes mais<br />

gentis e menos agressivas no trânsito,<br />

como dar passagem, não buzinar e não cometer<br />

pequenas infrações”, afirma Bruno<br />

Garfinkel, diretor de Auto da companhia.<br />

“A ideia tem como base utilizar a credibilidade<br />

dos influenciadores e a proximidade<br />

com a vida pessoal que o Instagram<br />

proporciona para reforçar a importância<br />

de deixarmos nosso ogro de lado quando<br />

estivermos dirigindo”, afirma Vinícius<br />

Zimmer, da Mirum.<br />

“Em breve,<br />

lançaremos<br />

mais uma ação<br />

com influenciadores,<br />

dessa vez<br />

apostando no<br />

relacionamento<br />

que os youtubers<br />

construíram<br />

com seu público”,<br />

completa<br />

ele.<br />

história<br />

Biografia conta a<br />

história do seguro<br />

O jornalista e escritor Ricardo<br />

Viveiros lançou sua oitava obra biográfica.<br />

Em “Uma vida pelo seguro –<br />

a trajetória de Hélio Opípari”, o autor<br />

relata a história do filho de imigrantes<br />

italianos que começou a atuar na área<br />

de seguros aos 16 anos, em 1945.<br />

Naquele momento, o mercado estava<br />

ainda se consolidando, logo após a<br />

criação do Instituto de Resseguros<br />

do Brasil (IRB).<br />

“É curioso acompanhar a luta<br />

do garoto que bem cedo precisou<br />

trabalhar para ajudar a sustentar sua<br />

família, ao mesmo tempo em que<br />

identificamos os principais marcos<br />

da trajetória dos seguros no Brasil.<br />

Um deles foi a criação do chamado<br />

Regulamento Murtinho, por meio do<br />

Decreto nº 4.270, de 10 de dezembro<br />

de 1901, que passou a reger o funcionamento<br />

das companhias de seguros<br />

de vida, marítimos e terrestres, nacionais<br />

e estrangeiras, já existentes<br />

ou que viessem a se organizar no<br />

território nacional”, diz Viveiros.<br />

De acordo com o autor, Hélio<br />

Opípari foi pioneiro nos seguros ao<br />

criar o marketing do setor, ensinando<br />

como é possível vender um produto<br />

ligado a tragédias como incêndio,<br />

roubo e morte. “Hélio andou pelo<br />

interior dos Estados, conversou com<br />

pessoas de todos os tipos, despertou<br />

confiança e vendeu garantias futuras.<br />

Enfim, mudou o perfil do negócio”.<br />

8


painel<br />

comemoração<br />

Abecor-RE completa dez anos<br />

O IRB Brasil RE e a Susep foram<br />

homenageados pela Associação Brasileira<br />

das Empresas de Corretagem de<br />

Resseguro (Abecor-RE), pelo apoio e<br />

colaboração recíproca. Os títulos foram<br />

concedidos às entidades durante o evento<br />

em comemoração aos dez anos da Associação,<br />

promovido no Rio de Janeiro.<br />

A data foi comemorada por um grupo<br />

de dirigentes do setor, tendo à frente<br />

da cerimônia o presidente da Abecor-RE,<br />

Carlos Alberto Protasio, que destinou<br />

❙❙José Carlos Cardoso, Judi Newsam e Carlos Alberto Protasio<br />

fusão<br />

Parceria para atuação em benefícios<br />

A MDS Insure Brasil e a Síntese<br />

Seguros passaram a atuar em parceria a<br />

partir de outubro, para expandir presença<br />

no ramo de Benefícios Corporativos<br />

no Rio de Janeiro. Estima-se que as<br />

empresas atenderão, em conjunto, mais<br />

de 120 mil clientes.<br />

“As duas empresas vão unir forças<br />

para solidificar o atendimento em áreas<br />

como seguro saúde, vida, odontológico<br />

e previdência privada. São setores<br />

que têm alta demanda no Brasil, com<br />

tendência de crescimento constante”,<br />

afirma o diretor regional da MDS Insure<br />

no Rio de Janeiro, Thiago Tristão.<br />

De acordo com o diretor de negócios<br />

da Síntese Seguros, Carlos Toscano,<br />

“a ideia é agregar os benefícios<br />

corporativos comercializados pela MDS<br />

ao atual portfólio da Síntese Seguros,<br />

as placas comemorativas de aniversário<br />

aos representantes das duas instituições<br />

homenageadas: José Carlos Cardoso e<br />

Roberto Westenberger, respectivamente.<br />

“Como é bom constatar que a empresa<br />

que hoje dirijo segue sendo reconhecida<br />

como um ícone no mercado de<br />

resseguros. E agora, com o desafio da<br />

internacionalização, queremos não só estreitar<br />

ainda mais as boas relações com os<br />

brokers aqui no Brasil, mas também em<br />

toda Latino América”, enfatizou Cardoso.<br />

composto por proteções patrimoniais,<br />

de responsabilidade, financeiras, e, em<br />

menor parte, por apólices de auto e<br />

residências”.<br />

ouvidoria<br />

Entre as melhores<br />

A Ouvidoria do Grupo Bradesco<br />

Seguros foi eleita uma das<br />

10 melhores do Brasil pelo Prêmio<br />

de Ouvidorias Brasil pelo case<br />

“atuação estratégica da Ouvidoria:<br />

o equilíbrio entre a satisfação<br />

do consumidor e a perenidade da<br />

Empresa”.<br />

“No Grupo Bradesco Seguros,<br />

a Ouvidoria tem como lema<br />

‘Cliente razão da nossa existência’,<br />

pois aqui ‘somos todos ouvidores”,<br />

ressalta o diretor do Grupo e responsável<br />

pela Ouvidoria, Eugênio<br />

Velasques.<br />

“Iremos oferecer soluções customizadas<br />

em benefícios, ou seja, associadas<br />

a um pacote de serviços de consultoria<br />

que vai muito além da venda pura e<br />

simples de produtos de vida e saúde”,<br />

acrescenta o executivo.<br />

A Síntese passa a oferecer serviços<br />

para auxiliar departamentos de RH a<br />

otimizar a gerência dos recursos humanos<br />

e reduzir custos com benefícios,<br />

que hoje representam a segunda maior<br />

despesa das empresas, atrás apenas da<br />

folha de pagamento. Entre os serviços<br />

oferecidos estão o monitoramento e a<br />

inteligência sobre os sinistros, a orientação<br />

da mão de obra sobre o uso dos<br />

planos, o acompanhamento de reembolsos<br />

e processos junto às operadoras<br />

e o atendimento a funcionários nas<br />

empresas com grande número de vidas.<br />

10


painel<br />

acordo<br />

Aumento da capilaridade<br />

A Lojacorr fechou um acordo operacional com a União<br />

Nacional dos Corretores de Seguros (UNCS) para ampliar a<br />

atuação no Estado de São Paulo. A informação foi dada pelo<br />

diretor regional da companhia, Luiz Longobardi, durante o 19º<br />

Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, promovido pela<br />

Fenacor em Foz do Iguaçu (PR). Segundo Longobardi, o acordo<br />

visa prover soluções tecnológicas, back office e acesso ao mercado<br />

tanto para o UNCS quanto para a Lojacorr da capital paulista.<br />

Marcos Abarca, diretor comercial da UNCS, afirmou que a<br />

união com a Lojacorr vinha sendo discutida há alguns meses. Ele<br />

espera que, com a ação, a companhia ganhe forças e se torne um<br />

braço importante da operação dentro de São Paulo. “A unidade<br />

da UNCS contará com até 40 corretores de seguros. Com isso,<br />

esperamos um salto de qualidade tanto na prestação de serviço<br />

quanto na rapidez das respostas e, assim, que o consumidor saia<br />

ganhando”.<br />

Prêmio Antonio Carlos<br />

Iniciativas para o setor<br />

A CNseg anunciará, no dia 18 de novembro, os 15 projetos<br />

finalistas da edição 2015 do Prêmio Antonio Carlos de Almeida<br />

Braga de Inovação em Seguros. Os projetos serão analisados pela<br />

Gerência Executiva do Prêmio que, posteriormente, submeterá<br />

os trabalhos habilitados para avaliação, em duas etapas, da<br />

Comissão Julgadora.<br />

A primeira etapa de avaliação consiste na análise individual,<br />

baseada nos critérios já estabelecidos: inovação, relevância para<br />

o negócio, implementação e conjunto do<br />

trabalho. Para a segunda etapa, os<br />

autores e coautores dos quinze<br />

projetos que obtiverem as<br />

maiores médias gerais defenderão,<br />

presencialmente, seus<br />

trabalhos frente à Comissão<br />

Julgadora, composta por<br />

profissionais reconhecidos<br />

nas áreas de seguros, governo,<br />

sustentabilidade, economia,<br />

jornalismo e educação.<br />

Invista em outsourcing para<br />

manter competitividade<br />

O Outsourcing é a prática operacional mais eficiente<br />

para capturar rapidamente novas tecnologias, novos serviços,<br />

novas ideias sem a necessidade de fazer grandes<br />

investimentos, ou seja, em vez de desenvolver internamente<br />

e arcar com o tempo e o custo da inovação, a<br />

companhia contrata uma empresa terceirizada que já<br />

pratica a novidade e passa a contar com seus benefícios<br />

imediatamente.<br />

A GTI Solution é uma consultoria especializada em<br />

tecnologia e no ramo segurador e atua em outsourcing<br />

tanto em tecnologia e ferramentas, quanto também na<br />

busca de know-how de profissionais, dentro do mercado<br />

segurador, que atendam todo escopo da necessidade<br />

do cliente.<br />

“Implantamos as melhores práticas do mercado<br />

de RH e uma metodologia de desenvolvimento profissional<br />

baseada em avaliações de desempenho, com<br />

treinamentos comportamentais, mas incentivando<br />

também certificações para que nossos profissionais<br />

se desenvolvam e estejam sempre aderentes ao que o<br />

projeto dos nossos clientes necessita”, comenta Cristina<br />

Flohr, gestora de Recursos Humanos da GTI Solution.<br />

Especialista no assunto, o coordenador da cátedra<br />

de Gestão de Riscos Administrativos da ANSP, Jorge<br />

Abel Peres Brazil, comenta que o mercado segurador é<br />

tão competitivo em termos de preço que muitas vezes<br />

o executivo deve olhar para dentro da organização e<br />

se perguntar o que pode ser terceirizado. “Atualmente<br />

é possível fazer esta opção e manter o mesmo nível<br />

de atendimento, o mesmo tipo de linguagem, mesmo<br />

padrão de qualidade para o cliente porque dispomos<br />

de empresas especializadas capazes de nos dar essa<br />

garantia”, afirma.<br />

Em média, a terceirização permite uma redução<br />

de 20% a 30% do custo do mesmo serviço feito<br />

internamente. Além dessa economia, as empresas<br />

podem se concentrar naquilo que é o corebussiness<br />

da companhia e direcionar os recursos economizados<br />

para outras áreas como<br />

novos produtos, novos<br />

mercados ou o desenvolvimento<br />

de novos canais<br />

de distribuição.<br />

Jorge Abel Peres Brazil,<br />

coordenador da cátedra<br />

de gestão de riscos<br />

administrativos da ANSP<br />

12


GENTE<br />

Diretor corporate<br />

no Brasil<br />

A Aon anunciou a contratação<br />

de Eduardo Takahashi como novo<br />

diretor corporate no Brasil. O executivo<br />

atuará na área comercial e no relacionamento<br />

com empresas, tendo como<br />

principal missão desenvolver uma consultoria<br />

mais focada na gestão de riscos<br />

e oferecer um portfólio de produtos de<br />

seguros mais alinhado com o segmento<br />

de atuação de cada companhia.<br />

Mudanças na gerência<br />

Gustavo Grassi é o novo gerente de<br />

Rede de Prestadores de Serviços da Brasil<br />

Assistência. O executivo volta à empresa<br />

em que iniciou a carreira, em 1998,<br />

e passa a liderar a área de Contratação e<br />

de Relacionamento com Prestadores de<br />

Serviços de assistência da marca.<br />

“Nosso desafio será desenvolver um<br />

modelo de negócio ainda mais próximo<br />

do prestador de serviços da Brasil Assistência,<br />

em sintonia com os objetivos<br />

da companhia. Queremos aproximá-lo<br />

ainda mais do que fazemos, a partir de<br />

treinamentos e do uso da tecnologia”<br />

afirma Grassi.<br />

Seguros de<br />

Pessoas<br />

Atuação direta com corretores goianos<br />

A sucursal de Goiânia da Capemisa<br />

Seguradora contratou Gilberto Martins,<br />

que passa a ocupar a gerência da unidade.<br />

O executivo tem mais de 18 anos de<br />

experiência no mercado de seguros e em<br />

gestão comercial e operacional.<br />

De acordo com Martins, um de seus<br />

objetivos é aumentar a participação da<br />

companhia no mercado de seguros da<br />

região. Além disso, seu foco é atuar<br />

diretamente com os corretores. “É preciso<br />

estreitar o relacionamento com os<br />

corretores da região. Acredito que, desta<br />

forma, vamos melhorar os resultados dos<br />

negócios na sucursal”.<br />

O espanhol Enrique de la Torre<br />

é o novo diretor geral de seguros de<br />

Pessoas do Grupo BB e Mapfre. No comando<br />

da Diretoria Geral de Riscos de<br />

Pessoas, De la Torre tem como missão<br />

dar continuidade ao bom desempenho<br />

da empresa no segmento.<br />

Novos comandos dentro e fora do Brasil<br />

Larissa Vecchi assume a gerência<br />

de Comunicação e Marca Institucional<br />

da Liberty Seguros. O posicionamento da<br />

marca será uma de suas principais missões<br />

e, assim, a profissional deverá gerenciar<br />

as atividades relacionadas a employer<br />

branding, publicidade, relações públicas e<br />

responsabilidade social corporativa.<br />

Anteriormente, o cargo era ocupado<br />

por Karina Louzada, que passa a integrar<br />

o time de Talent and Organizational Capabilities<br />

da Liberty International, como<br />

Corporate Internal Communications Director.<br />

A base de Karina será em Boston,<br />

nos Estados Unidos, trabalhando junto às<br />

18 operações da Liberty International.<br />

14


Área de Gente e<br />

Gestão<br />

Mario Lopes Vasconcelos Junior<br />

é o novo diretor de Gente e Gestão da<br />

Tempo USS. Entre os desafios do executivo<br />

está garantir que os processos da<br />

área contribuam para a melhoria dos<br />

resultados da empresa.<br />

Traçando novos projetos<br />

Tércio Egon Paulo Kasten, atual da demanda por serviços de saúde.<br />

vice-presidente da Confederação Nacional<br />

de Saúde (CNS), foi escolhido<br />

para ficar à frente da entidade no próximo<br />

triênio (2016 a 2018). Também<br />

presidente da Federação dos Hospitais<br />

e Estabelecimentos de Serviços de<br />

Saúde do Estado de Santa Catarina<br />

(FEHOESC), o executivo afirma que<br />

entre as prioridades de sua gestão está<br />

a redução da carga tributária. Ele acredita<br />

que, com a medida, a iniciativa<br />

privada poderá ampliar investimentos<br />

e tornar compatível a oferta de serviços<br />

com o crescimento da demanda.<br />

Outro foco será trabalhar em prol<br />

do Sistema Único de Saúde (SUS) e da<br />

Saúde Suplementar. Kasten observa que<br />

tanto a saúde pública quanto a privada<br />

desempenham um importante papel no<br />

sistema de saúde brasileiro e, portanto,<br />

estimular parcerias público-privadas<br />

é um caminho a ser seguido para que<br />

o País possa atender o crescimento<br />

A ampliação da infraestrutura<br />

médico-hospitalar será outro desafio.<br />

Ele cita, por exemplo, a falta de leitos,<br />

que atualmente está em 2,4 leitos por<br />

mil habitantes, taxa inferior à do padrão<br />

estabelecido pela Organização Mundial<br />

da Saúde (OMS), que vai de três a cinco.


direto de londres<br />

por Luciano Máximo*<br />

Agitação no mercado<br />

segurador europeu<br />

16<br />

Enquanto um brasileiro gasta, na<br />

média anual, menos de US$ 500 (cerca<br />

de R$ 1.900) com produtos de seguros, na<br />

Europa o consumo per capita de apólices<br />

para cobertura de riscos dos mais variados<br />

e planos de previdência privada está na<br />

casa dos US$ 2.200 por ano (cerca de R$<br />

8.400) – um crescimento de 30% ao longo<br />

dos últimos dez anos. Isso mostra por<br />

que o mercado segurador e ressegurador<br />

europeu é o mais dinâmico do mundo do<br />

ponto de vista do consumidor – até mais<br />

que o dos Estados Unidos.<br />

Do ponto de vista empresarial não<br />

é muito diferente, o dinamismo também<br />

é característica presente. O setor anda<br />

bem agitado nos últimos meses, apesar<br />

de a economia europeia não estar lá essas<br />

coisas. Pipocam na imprensa geral<br />

e especializada notícias de expansão de<br />

seguradoras e resseguradoras europeias<br />

rumo a mercados emergentes – Brasil<br />

entre eles, mas principalmente Ásia e<br />

África – e também de muitos negócios de<br />

seguradoras se fundindo com concorrente,<br />

comprando concorrente... para quem gosta<br />

de acompanhar o tema fusões e aquisições,<br />

o mercado segurador europeu é um prato<br />

cheio. E as cifras são bilionárias.<br />

Vários negócios estão acontecendo,<br />

mas curiosamente o que chama mais atenção<br />

é uma transação que há pelo menos um<br />

ano teima em não sair do papel: a compra<br />

da gigante inglesa RSA pela igualmente<br />

gigante suíça Zurich. Se o negócio, enfim,<br />

sair do papel entrará para o livro dos recordes<br />

como a maior transação entre seguradoras<br />

europeias. Se não andar, será um<br />

fracasso de igual proporção. Em agosto, a<br />

Zurich fez uma proposta amigável de aquisição<br />

da rival britânica RSA por US$ 8,8<br />

bilhões (quase R$ 35 bilhões!). Fontes do<br />

mercado londrino dizem que a operação<br />

trará eficiência operacional para a Zurich<br />

que, como a RSA, tem grande presença no<br />

Reino Unido e também providenciar para<br />

a Suíça melhor acesso aos mercados do<br />

Canadá, Escandinávia e América Latina,<br />

onde a RSA tem forte presença – no Brasil,<br />

o grupo RSA está há mais de 60 anos e<br />

atua com foco em seguros corporativos e<br />

de afinidades.<br />

Tudo caminhava bem com o negócio.<br />

Mas no meio do caminho tinha um sinis-


tro. E dos grandes! Ainda em agosto, um<br />

depósito de materiais químicos no porto<br />

da cidade chinesa de Tianjin explodiu, matando<br />

44 pessoas e deixando mais de 400<br />

feridas. A explosão atingiu outros grandes<br />

armazéns de várias empresas instaladas na<br />

região portuária. A Renault declarou que<br />

mais de 1,5 mil veículos em seu estoque<br />

tiveram perda total. Toyota e Volkswagen<br />

estimam as perdas em quase cinco mil<br />

carros – 40% dos carros importados pela<br />

China entram no país pelo porto de Tianjin.<br />

Com várias apólices cobrindo riscos<br />

civis na área, a Zurich declarou logo após<br />

o acidente que terá que fazer, inicialmente,<br />

a cobertura de US$ 275 milhões (R$ 1 bilhão)<br />

em danos. Além disso, a seguradora<br />

suíça apresentou prejuízo no segmento de<br />

seguro automotivo nos Estados Unidos.<br />

Esses dois fatores forçaram, em setembro,<br />

a direção da Zurich a cancelar, pelo<br />

menos temporariamente, as conversas<br />

com a RSA.<br />

O choque foi grande para a rival<br />

britânica. Quando o CEO da Zurich,<br />

Martin Senn, anunciou para o mercado<br />

o encerramento da negociação, um dia<br />

antes do prazo previsto pelo órgão regulador<br />

britânico antes da oferta oficial,<br />

as ações da RSA na Bolsa de Valores de<br />

Londres registraram perdas de mais de<br />

20%. Em conferência com investidores,<br />

Senn justificou, sem mencionar Tianjin,<br />

que “recente deterioração do desempenho<br />

comercial no negócio de seguros gerais do<br />

grupo é o principal motivo para terminar<br />

as negociações com a RSA.”<br />

Nos bastidores do mercado segurador<br />

londrino, os analistas acreditam que a<br />

RSA continua à venda. Tanto a Zurich<br />

pode voltar a negociar sua compra num<br />

prazo mínimo de três meses quanto outra<br />

empresa pode surpreender o mercado e<br />

chegar com uma proposta. “É o que a gente<br />

chama de momentum! Tem muito disso no<br />

mercado segurador. Vamos ficar atentos”,<br />

observou Mark Wendon, especialista do<br />

setor e professor de finanças.<br />

Olhando para o caso da Zurich até<br />

parece que os negócios que não dão certo<br />

são mais “exciting” do que as transações<br />

que saem do papel. Por exemplo, outra<br />

notícia que é um verdadeiro “bafão” no<br />

mercado londrino não é lá muito positiva.<br />

A Prudential, a maior companhia de<br />

seguros britânica, com um faturamento<br />

em prêmios e reservas de mais de R$ 200<br />

bilhões, principalmente no ramo vida e<br />

previdência privada, estuda vender suas<br />

operações no Reino Unido ou movê-las<br />

para a Ásia, provavelmente Hong Kong ou<br />

Singapura. Tudo por causa da indefinição<br />

sobre a permanência do Reino Unido<br />

como membro da União Europeia. O governo<br />

conservador do primeiro-ministro<br />

David Cameron deve realizar um referendo<br />

em 2017, o que pode consagrar a<br />

separação da ilha britânica do continente<br />

europeu em termos de cooperação econômica,<br />

política e social. Em comunicado<br />

para seus acionistas no início de outubro,<br />

a Prudential informou que o mercado de<br />

Londres é muito dinâmico e positivo para<br />

a companhia, “mas estamos regularmente<br />

olhando para a estrutura do nosso negócio<br />

para ter certeza que ele continue otimizado.”<br />

O tema é tratado com cautela no alto<br />

escalão da empresa e do governo britânico,<br />

que não quer perder a seguradora para um<br />

país asiático.<br />

Mas o dinâmico mercado segurador<br />

europeu não produz apenas notícias<br />

negativas. Dias depois do cancelamento<br />

Martin Senn, CEO da Zurich<br />

do negócio entre Zurich e RSA, outra<br />

companhia suíça, a resseguradora Swiss<br />

Re, protagonizou a compra da Guardian<br />

Financial Services por meio de sua subsidiária<br />

no Reino Unido Admin Re. A<br />

pechincha foi de quase R$ 10 bilhões pelas<br />

cerca de 900 mil apólices do ramo vida e<br />

previdência privada do grupo Guardian,<br />

que serão somadas às mais de 4 milhões<br />

de apólices controladas pela Admin Re.<br />

Mais cedo, em janeiro deste ano, a<br />

resseguradora XL anunciou a compra<br />

da britânica Catlin por R$ 15 bilhões. A<br />

negociação durou mais de um ano até o<br />

fechamento do negócio e trouxe euforia ao<br />

mercado não só na Europa, mas no mundo<br />

todo. A arquitetura da operação rendeu ao<br />

CEO da XL, Mike McGavick, o título de<br />

“Líder de Seguros do Ano”, oferecido pela<br />

School of Risk Management da Universidade<br />

St. John’s, de Nova York.<br />

No fim do ano passado, a Aviva, maior<br />

seguradora britânica, entre seguros gerais,<br />

vida e previdência privada, protagonizou<br />

o maior (e polêmico) negócio de 2014 ao<br />

comprar por R$ 30 bilhões a pequena<br />

concorrente no setor vida Friends of Life.<br />

O negócio foi muito criticado por especialistas<br />

por se tratar de um valor muito alto<br />

e também pelo sindicato de trabalhadores<br />

do setor no Reino Unido, pois abriu espaço<br />

para a Aviva fazer uma grande reestruturação<br />

que envolveu a demissão de milhares<br />

de funcionários.<br />

Por fim, outra prova que demonstra o<br />

dinamismo do setor segurador europeu,<br />

sob o ponto de vista empresarial, é a expansão<br />

de suas atividades para mercados<br />

emergentes. De acordo com relatório<br />

divulgado em outubro pela agência de<br />

rating especializada A.M. Best, as dez<br />

maiores seguradoras europeias realizaram<br />

dezenas de operações de compras ou<br />

expansão de negócios já consolidados em<br />

países asiáticos, latino-americanos, africanos<br />

e do Oriente Médio. O estudo levou<br />

em conta o aumento do faturamento em<br />

prêmios dessas empresas nos principais<br />

mercados emergentes, constatando que as<br />

filiais emergentes têm um peso maior na<br />

composição do balanço do que no passado.<br />

* Luciano Máximo, jornalista, é repórter licenciado do jornal Valor Econômico, cobriu o setor de<br />

seguros e resseguros na Gazeta Mercantil<br />

17


O<br />

mercado de grandes riscos<br />

passou por uma transformação<br />

no Brasil em 2014. Este<br />

movimento de consolidação,<br />

com empresas se movimentando e vendendo<br />

carteiras, acabou por beneficiar<br />

quem já estava estruturado para atender<br />

as demandas do mercado. Foi o caso da<br />

XL Catlin, que já estava preparada para<br />

suprir as necessidades do seu público<br />

alvo: as corporações. Desde que checapa<br />

| XL Catlin<br />

❙❙Jorge Lombardi, Riscos de Engenharia, Marcia Barbieri, Riscos Patrimoniais, Silvia Gadelha e Najib Bousakr, Linhas Financeiras<br />

A arte de antecipar as<br />

tendências de risco<br />

XL Catlin atua no Brasil para atender, de maneira rápida e inovadora,<br />

os clientes corporativos, brasileiros e globais<br />

Kelly Lubiato<br />

gou ao país, ajustou seu foco em riscos<br />

complexos, o que deu a ela as condições<br />

necessárias para reforçar sua proposta<br />

de valor, apresentando soluções para<br />

riscos em um momento delicado do setor.<br />

“Estávamos preparados com equipes e<br />

contratos de resseguros bem estruturados,<br />

além de possuir novos produtos prontos<br />

para operar”, explica Renato Rodrigues,<br />

Country Manager da operação de seguros<br />

da XL Catlin no Brasil.<br />

A união da XL com a Catlin foi<br />

concluída em maio deste ano. Com esta<br />

operação, a empresa conseguiu reforçar<br />

ainda mais sua atuação em seguros e<br />

resseguros.<br />

Nesta nova fase de atuação no Brasil,<br />

iniciada em maio deste ano, a seguradora<br />

ressalta sua forte vocação para seguros<br />

patrimoniais e de responsabilidade civil,<br />

linhas financeiras (incluindo os riscos<br />

cibernéticos) e os seguros de especiali-<br />

18


no Brasil e em qualquer subsidiária no<br />

mundo, inclusive o passo a passo das<br />

observações registradas pelo regulador.<br />

As apólices são sempre em formato eletrônico,<br />

assim como todos os pontos de<br />

contato com os corretores.<br />

“Estamos criando uma nova forma<br />

de trabalhar com os corretores, que são<br />

os nossos parceiros-chave. Sabemos que<br />

eles valorizam a agilidade e a transparência<br />

no contato”, informa Zampronha.<br />

Ele cita como diferencial o acesso<br />

direto dos corretores aos subscritores.<br />

Na XL Catlin, a área comercial define<br />

em conjunto com as linhas de negócio a<br />

estratégia de distribuição da companhia,<br />

além do formato de relacionamento com<br />

o mercado dos corretores. “Nos estruturamos<br />

de forma bastante enxuta porque<br />

queremos garantir um modelo eficiente<br />

de negócio. Nossa intenção é posicionar<br />

as nossas áreas de subscrição na linha<br />

de frente, já que são eles os verdadeiros<br />

criadores de soluções. Isso sim é um<br />

modelo inovador”, garante Zampronha.<br />

Rodrigues reforça este ponto de visdades<br />

- como transportes, portos e terminais<br />

- além da expertise consagrada em<br />

gestão de programas globais. A mais nova<br />

linha de produtos locais é para o setor<br />

aeroespacial (inclui aviação, satélites e<br />

produtos de toda a cadeia aeronáutica).<br />

Em aviação, a XL Catlin está entre as<br />

maiores do mundo.<br />

A missão e o propósito da companhia<br />

no Brasil sempre foram muito claros:<br />

80% dos clientes mundiais possuem alguma<br />

operação no Brasil. “É um mercado<br />

estratégico para o futuro”, avisa Rodrigues.<br />

“Quanto mais nós conseguirmos<br />

ajudar os clientes brasileiros a terem<br />

opções de seguro e a se internacionalizarem,<br />

melhor estaremos posicionados”.<br />

O objetivo da empresa é ganhar<br />

relevância e ser a seguradora preferida<br />

quando o tema for solução para seguros<br />

corporativos e de riscos complexos.<br />

Inovação, sempre<br />

Inovar, em seguros, é olhar as tendências<br />

de riscos. “Nosso olhar é para<br />

frente, para o futuro. Nosso propósito<br />

é fazer o mundo mover adiante. Temos<br />

como objetivo sermos os subscritores<br />

dos riscos que nunca foram antes subscritos”,<br />

avisa Marcelo Zampronha, Client<br />

& Distribution Leader da XL Catlin no<br />

Brasil, complementando que sempre<br />

que conversa com corretores e clientes<br />

espera apresentar soluções novas e “fora<br />

da caixa”. “Podemos mostrar coberturas<br />

que podem resguardar o cliente de um<br />

problema futuro e ainda desconhecido”.<br />

Neste sentido, Rodrigues afirma que<br />

há estudos que mostram em que dire-<br />

ção seguem os riscos. Para ele, o risco<br />

reputacional é hoje uma das maiores<br />

preocupações das empresas e ele pode<br />

ser incluído em diversos produtos, como<br />

D&O e Recall de Produtos, por exemplo.<br />

“O foco é olhar para frente para antecipar<br />

os acontecimentos. Temos que pensar em<br />

gerenciamento de crise para o cliente,<br />

verba para respostas, publicidade, enfim,<br />

a garantia de que ele terá sua reputação<br />

protegida”.<br />

Os riscos cibernéticos, por exemplo,<br />

são abordados de duas formas diferentes:<br />

as empresas que atuam diretamente neste<br />

setor e as outras empresas que podem<br />

sofrer algum risco de seu website, redes<br />

sociais etc. “Nós trouxemos componentes<br />

de proteção para este tipo de risco”,<br />

informa Rodrigues, lembrando que<br />

várias empresas já deixaram de operar<br />

em seus setores por conta da falta de<br />

inovação, e acrescenta: “um exemplo interessante<br />

é a tendência para o seguro de<br />

automóvel sofrer uma queda nos valores<br />

dos prêmios nos próximos 20 anos, por<br />

fatores como a invenção dos carros que<br />

se dirigem sozinhos”.<br />

Toda a XL Catlin<br />

está voltada para pensar<br />

em inovação para os<br />

clientes e corretores. Na<br />

plataforma de sinistros<br />

da companhia, os clientes<br />

conseguem ver em<br />

tempo real as informações<br />

do andamento dos<br />

processos de liquidação<br />

de sinistros nos programas<br />

mundiais realizados<br />

Capital total: US$ 17 bilhões (global)<br />

Prêmio líquido: US$ 10 bilhões (global)<br />

Presença Global: 160 países<br />

Escritórios no Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro<br />

1º lugar no Llody´s<br />

Renato Rodrigues, Country Manager da operação de<br />

❙❙seguros no Brasil<br />

19


capa | XL Catlin<br />

❙❙Daniela Murias, Aerospace, e Marcelo Zampronha, Client & Distribution Leader<br />

ta, resssaltando que enquanto a maioria<br />

do poder de decisão das empresas multinacionais<br />

do setor de seguros não está<br />

no Brasil, na XL Catlin isto não ocorre.<br />

No caso da companhia, mais de 80% dos<br />

negócios realizados aqui são decididos<br />

pelos executivos locais porque a equipe é<br />

muito experiente e tem larga autoridade<br />

e autonomia para tomar decisões. “As<br />

consultas internas a outras unidades têm<br />

uma finalidade também de benchmarking,<br />

de trazerem novas soluções que<br />

já existem fora do País”, explica Rodrigues,<br />

destacando outro grande ativo da<br />

XL Catlin: a ampla, variada e profunda<br />

inteligência de mercado global. “O fato<br />

de sermos uma empresa global não serve<br />

apenas para levar segurança ao cliente.<br />

Há todo um espectro de serviços por<br />

trás disso, porque as empresas querem<br />

entender como é o padrão de serviços ao<br />

redor do mundo”, menciona Zampronha,<br />

demonstrando que há a necessidade das<br />

empresas brasileiras que operam globalmente<br />

saberem, por exemplo, como<br />

funcionam as cobranças de impostos na<br />

Espanha, ou como funcionam as regras<br />

de emissão de apólice na China, ou o<br />

que é necessário fazer para garantir a<br />

cobertura para um cliente brasileiro no<br />

México.<br />

20<br />

Para que tudo isso funcione bem,<br />

a equipe interna necessita trabalhar<br />

integradamente em nível global e a plataforma<br />

de tecnologia operar de forma<br />

eficiente, para que seja possível encontrar<br />

todas as informações rapidamente. “A<br />

nossa identidade visual reflete isso. Uma<br />

das nossas propostas centrais de valor<br />

é manter a alta tecnologia e a inovação<br />

Linha do tempo<br />

XL CATLIN<br />

ao nosso lado para trabalhar com riscos<br />

complexos. Não é possível pensar de<br />

maneira tradicional quando se trata de<br />

riscos complexos”, ensina Zampronha.<br />

O símbolo da empresa, o fast fast<br />

forward, mostra que as soluções devem<br />

ser tratadas de forma rápida e consistente.<br />

“Em uma economia global e que se move<br />

cada vez mais rapidamente, não podemos<br />

seguir num ritmo dissonante dos nossos<br />

clientes”, explica Rodrigues. “Mesmo em<br />

grandes riscos, onde a análise tende a ser<br />

mais cadenciada e cuidadosa, é preciso<br />

atuar em linha com a necessidade do<br />

cliente, que é a de responder rapidamente<br />

aos seus problemas. Afinal, o seguro é o<br />

combustível do empreendedor, e ele não<br />

pode secar”, completa Zampronha.<br />

O DNA da XL Catlin não é apenas<br />

garantir os programas internacionais de<br />

empresas que queiram atuar no Brasil,<br />

mas também dar suporte às empresas<br />

brasileiras que querem ampliar suas operações<br />

para fora do país, com soluções<br />

de primeira linha.<br />

Cultura brasileira<br />

Os grandes corretores brasileiros<br />

estão seguindo nesta linha de comunicação<br />

eletrônica, com visualização dos<br />

negócios e troca real time. “Estamos<br />

focados nos corretores cujos clientes são<br />

as grandes corporações. Eles também


❙❙Ana Paula Boni, Responsabilidade Civil, Mauricio Giuntini, Marine, e Thisiani Martins, Diretoria Técnica<br />

estão se modernizando em busca de seu<br />

‘placement’, com negócios colocados<br />

centralizadamente, o que tem gerado<br />

eficiência para o mercado”, avalia Rodrigues.<br />

As empresas continuam contratando<br />

os seguros tradicionais. Algumas delas<br />

tem aumentado os limites contratados<br />

porque as taxas estão mais acessíveis.<br />

“O impacto maior está na questão da<br />

infraestrutura, os seguros de riscos de<br />

engenharia e garantia de performance<br />

foram os mais impactados. Os demais<br />

continuam tendo crescimento levados<br />

pelo aumento da conscientização ou da<br />

sinistralidade, como é o caso de linhas<br />

financeiras e de D&O. Quem não contratava,<br />

passou a contratar, e quem já<br />

contratava, passou a pagar mais caro por<br />

isso”, explica Rodrigues.<br />

O impacto da crise, da desaceleração<br />

da economia e do corte de custos pode<br />

vir no sentido de piorar a qualidade do<br />

risco, com a queda do investimento em<br />

proteção. “Estamos muito atentos a isso.<br />

Aqui no Brasil possuímos uma estrutura<br />

voltada ao gerenciamento do risco dos<br />

nossos clientes, que faz a parte de inspeção<br />

e recomendação das proteções e<br />

mitigações. É preciso que os engenheiros<br />

estejam próximos, façam recomendações<br />

e verifiquem o cumprimento delas.<br />

“Temos este serviço tanto para Responsabilidade<br />

Civil quanto para Property e<br />

Marine”, esclarece Rodrigues. No fundo,<br />

este conjunto de ações acaba agregando<br />

economia ao segurado.<br />

O seguro de portos, chamado globalmente<br />

na XL Catlin de Marine Liabiliy,<br />

ainda deve ter um desenvolvimento<br />

bastante interessante no futuro próximo.<br />

A XL Catlin está investindo forte neste<br />

setor porque entende que este segmento<br />

do mercado de seguros ainda é incipiente<br />

e possui poucos players no Brasil. “O<br />

crescimento está sendo grande e aqui não<br />

percebemos nenhuma retração. Este é um<br />

segmento onde a crise pode claramente<br />

se converter em oportunidade”, revela<br />

Zampronha.<br />

A companhia tem feito constantes<br />

investimentos em ampliação de equipe,<br />

lançamento de novos produtos e adoção<br />

de práticas globais consagradas para a<br />

operação brasileira. “Este é um sinal de<br />

que o grupo entende o momento de crise<br />

no Brasil e continua investindo. Isto é<br />

natural em países emergentes com forte<br />

capacidade de recuperação, como é o caso<br />

do nosso país”, reflete Rodrigues.<br />

21


pesquisa | mulheres<br />

Elas avançam com o<br />

mercado de seguros<br />

22


Com aumento<br />

da renda e da<br />

participação no<br />

mercado de trabalho,<br />

o setor de seguros<br />

para mulheres poderá<br />

crescer até 12 vezes,<br />

atingindo US$ 122<br />

bilhões<br />

Amanda Cruz<br />

A<br />

AXA, em parceria com o<br />

IFC e a Accenture, realizou<br />

um estudo em dez economias<br />

emergentes, que mostra<br />

que em 2030 o mercado global de seguros<br />

deverá faturar entre US$ 1,4 a US$<br />

1,7 trilhão com serviços adquiridos por<br />

mulheres. Em 2013, esse montante era<br />

de US$ 777 bilhões. O estudo foi realizado<br />

por meio de entrevistas pessoais<br />

com 174 representantes da indústria<br />

(corretores, agentes, mulheres clientes,<br />

reguladores e associações), com suporte<br />

de pesquisas e literatura relacionada<br />

ao tema. Foram dez países pesquisados:<br />

Brasil, China, Colômbia, Índia,<br />

Indonésia, México, Marrocos, Nigéria,<br />

Tailândia e Turquia.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> conversou com<br />

Philippe Jouvelot, presidente da AXA<br />

no Brasil, para saber como o líder da<br />

companhia enxerga esses resultados.<br />

O relatório aponta que 50% desse<br />

crescimento será proveniente das dez<br />

economias emergentes pesquisadas.<br />

No Brasil, a estimativa é de que esse<br />

mercado cresça entre oito e 12 vezes,<br />

quando comparado ao valor em prêmios<br />

pagos por mulheres em 2013, US$ 10<br />

bilhões, atrás apenas da indústria indonésia,<br />

que deverá crescer entre dez e 16<br />

vezes. As razões apontadas para essa<br />

expansão são o crescimento da renda;<br />

da participação da mulher no mercado<br />

de trabalho, da expectativa de vida e da<br />

quantidade de anos de aposentadoria.<br />

Também fazem parte da lista o aumento<br />

do poder de barganha das mulheres em<br />

seus domicílios – fortemente relacionado<br />

ao incremento da renda-, da quantidade<br />

de mulheres solteiras – que, por<br />

isso, devem prover suas necessidades<br />

– e o enorme déficit de proteção para<br />

pequenas e médias empresas, das quais<br />

43% tem mulheres como proprietárias.<br />

“A minha visão é que o mercado<br />

de seguros está crescendo bastante e<br />

nós temos que olhar atentamente esse<br />

crescimento. Quando nós chegarmos<br />

a um mercado mais maduro no Brasil,<br />

teremos um país bem mais equilibrado<br />

sobre quem paga o seguro, teremos metade<br />

da população que vai comprar e ela<br />

será formada por mulheres”, ressaltou.<br />

O executivo diz isso porque a visão de<br />

que quem precisa arcar com esse tipo<br />

de proteção é homem continua sendo<br />

perpetuada em muitos mercados e as<br />

necessidades das mulheres muitas vezes<br />

não são atendidas ou levadas em consideração,<br />

pois “esse é um mercado feito<br />

em sua maioria de homens para homens.<br />

Esperamos chegar ao ponto em que ele<br />

seja feito para os dois, para o público<br />

misto”, completa o presidente da Axa.<br />

É preciso estabelecer um equilíbrio,<br />

perceber que a sociedade está evoluindo<br />

e que as mulheres precisam e estão<br />

indo atrás desse espaço. Muito além<br />

de desenvolver produtos diferenciados<br />

para elas, talvez a grande questão seja<br />

levar as necessidades que elas têm para<br />

❙❙Philippe Jouvelot, da Axa<br />

dentro dos produtos que não abrangem<br />

essas questões, tornando-os suficientemente<br />

bons para os dois gêneros.<br />

O estudo revela ainda que as brasileiras<br />

são as mais dispostas a gastar<br />

maiores quantias em seguros, principalmente<br />

relacionados a riscos que<br />

ameacem seu lar e sua família – especialmente<br />

no ramo de saúde. No entanto,<br />

na contra-mão dessa tendência, três<br />

motivos são apontados como entraves<br />

para concretização desse potencial:<br />

conhecimento incipiente dos benefícios<br />

do seguro, relacionados à falta de<br />

pro-atividade no processo de venda;<br />

insegurança em relação à tomada de<br />

decisões financeiras; e a percepção de<br />

que seguro é caro. Para Jouvelot, “o<br />

relatório evidencia a mulher como um<br />

motor de desenvolvimento econômico.<br />

Em relação aos seguros, há um traço<br />

comportamental importante: elas tendem<br />

a ser mais conscientes em relação<br />

a riscos. Para aproveitar essa oportunidade,<br />

temos de ser bem-sucedidos na<br />

oferta, que deve levar em consideração<br />

as suas necessidades como mulher, mas<br />

também como geradoras de sua riqueza e<br />

tomadoras de decisão”. essas características<br />

também fazem delas uma potência<br />

no que diz respeito ao ingresso como<br />

players atuantes no mercado de seguros.<br />

Mas as mulheres são muito diferentes<br />

entre si e as culturas onde vivem<br />

pode influenciar bastante o modo como<br />

elas se colocam no mercado, tanto como<br />

consumidoras quanto como profissionais<br />

do setor. O que une todas elas é que os<br />

países em que vivem ainda carecem de<br />

cultura de seguro. Países como Brasil e<br />

China, por exemplo, que são geográfica e<br />

demograficamente numerosos, não possuem<br />

a mesma consciência de proteção<br />

que países como a Bélgica, por exemplo,<br />

que tem muito menos riscos a serem<br />

considerados. Para Jouvelot, as mulheres<br />

estão encontrando seu espaço juntamente<br />

com o crescimento dessa cultura, da<br />

economia desses países. “Não diria que<br />

as mulheres têm menos acesso, diria que<br />

elas estão crescendo com seus países.<br />

Quando o poder de compra entre homens<br />

e mulheres se igualar, as mulheres serão<br />

maioria e serão decisivas para o mercado<br />

de seguros”, afirma Jouvelot.<br />

23


pesquisa | mulheres<br />

Expectativas de Seguros para Mulheres<br />

MERCADO DE SEGUROS<br />

DAS MULHERES<br />

EM GERAL<br />

8-12x<br />

CRESCIMENTO<br />

SEGURO DE<br />

VIDA<br />

8-12x<br />

CRESCIMENTO<br />

SEGURO<br />

SAÚDE<br />

5-8x<br />

CRESCIMENTO<br />

CRESCIMENTO<br />

DE<br />

CRESCIMENTO<br />

DE<br />

CRESCIMENTO<br />

DE<br />

O QUE CAUSA O<br />

CRESCIMENTO?<br />

Aumento da renda<br />

Aumento da<br />

participação da força de<br />

trabalho<br />

Vontade das mulheres<br />

em proteger o<br />

patrimônio para seus<br />

beneficiários<br />

Aumento dos ativos<br />

Aumento da<br />

expectativa de vida<br />

Aumento dos anos de<br />

aposentadoria<br />

Aumento no<br />

segmento de mulheres<br />

solteiras<br />

Aumento no poder de<br />

barganha familiar das<br />

mulheres<br />

Grande lacuna de<br />

proteção para as<br />

mulheres donas de PME’s<br />

SEGMENTOS<br />

CHAVES:<br />

SEGURO DE<br />

VIDA<br />

CRESCIMENTO<br />

DE<br />

Mulheres Empresárias<br />

9-14x<br />

CRESCIMENTO<br />

Mulheres Assalariadas<br />

sem filho<br />

24


especial corretor identificação profissional<br />

Carteira do corretor é<br />

discutida na Câmara<br />

Sob polêmicas, projeto<br />

de lei prevê que<br />

identificação volte<br />

a ser emitida em<br />

documento físico aos<br />

profissionais, desta vez<br />

via smart card<br />

Lívia Sousa<br />

Atualmente, o registro de corretor<br />

de seguros é comprovado<br />

por meio de certidão extraída<br />

do site da Superintendência<br />

de Seguros Privados (Susep). Mas o<br />

projeto de lei (PL) 1.700/2015 prevê que<br />

esta identidade profissional seja novamente<br />

emitida em documento físico aos<br />

corretores pessoas físicas, desta vez via<br />

cartão inteligente (smart card) ou similar.<br />

Às pessoas jurídicas, a proposta é<br />

que seja emitida uma Autorização para<br />

Funcionamento.<br />

“Outras categorias têm a sua identidade<br />

e é justo que os corretores tenham a<br />

sua também”, justifica o deputado Lucas<br />

Vergilio (SD-GO), autor do projeto. O<br />

parlamentar afirma que o mercado de<br />

seguros cresceu na última década. Esta,<br />

então, seria uma maneira dos consumidores<br />

identificarem o profissional habilitado<br />

e do próprio corretor comprovar sua habilitação.<br />

“Sabemos que muitos se passam<br />

por corretores de seguros mesmo não<br />

sendo formado e habilitado”, destaca ele.<br />

O cartão permitirá aos profissionais<br />

fazer a certificação digital para dar mais<br />

segurança no seu relacionamento com as<br />

sociedades seguradoras e com a Receita<br />

Federal. Com isso, Vergilio defende um<br />

ganho em modernidade e agilidade nas<br />

atividades de gestão, além da eliminação<br />

da emissão periódica de certidões, como<br />

acontece hoje.<br />

26<br />

O retorno da carteira do corretor de<br />

seguros vem sendo debatido desde que<br />

a Supep optou por terminar o convênio<br />

mantido com a Fenacor, entidade que<br />

realizava o recadastramento dos profissionais.<br />

Se a proposta for aprovada, a<br />

Susperintendência ficará responsável pelo<br />

convênio e pela emissão do documento.<br />

Divergências<br />

Até poucos dias, a proposta contava<br />

com um requerimento da deputada Cristiane<br />

Brasil (PTB-RJ). Em seu pedido,<br />

a parlamentar alegou que o regimento<br />

interno da casa faculta à comissão de<br />

Finanças o exame de temas relacionados<br />

ao Sistema Nacional de Seguros<br />

Privados.<br />

Indeferido pela Mesa Diretora da<br />

Câmara no início de outubro, o pedido<br />

não havia sido bem recebido pelos representantes<br />

da classe seguradora. Na visão<br />

deles, caso fosse acatado, o requerimento<br />

poderia atrasar a análise da proposta de<br />

oito meses a um ano, dependendo da fila<br />

de votações de outros projetos. Vergilio<br />

também já tinha sinalizado sua insatisfação<br />

com a solicitação, dizendo que o<br />

único objetivo do requerimento era o de<br />

“protelar o andamento do projeto”.<br />

Cristiane, por sua vez, esclarece ser<br />

favorável ao PL 1700/15, visto que esta é


Foto: Ari Versiani, Agência Ponto<br />

❙❙Lucas Vergilio<br />

uma demanda antiga e justa da classe. Ela<br />

frisa ainda que a proposta vem a calhar<br />

às sugestões de aprimoramento e modernização<br />

da lei 4.594/64, promulgada há<br />

51 anos e que regulamenta a profissão de<br />

corretor de seguros.<br />

“De fato, a tecnologia e a redução<br />

das distâncias superou as carências que<br />

a lei previa, como seu artigo 30, que<br />

permite que propostas de contratos de<br />

seguro sejam encaminhadas às corretoras<br />

por qualquer cidadão em se tratando<br />

de municípios onde não haja corretor<br />

legalmente habilitado. A valorização<br />

profissional da classe dos corretores<br />

não pode ficar submetida à justificativa<br />

de ‘livre concorrência’ como o texto da<br />

antiga lei descrevia. O exercício da profissão<br />

de corretor demanda um preparo<br />

técnico que não pode ser descartado em<br />

Frente<br />

Verso<br />

❙❙Cristiane Brasil<br />

hipótese alguma, seja pela necessidade<br />

de capacitação ou pela natural demanda<br />

por segurança na elaboração de apólices<br />

à população”, argumenta. Além da modernização<br />

da legislação proposta, ela<br />

acredita que a carteira dos corretores trará<br />

mais transparência ao setor ao permitir<br />

a identificação dos profissionais.<br />

A deputada declara entender a “pressa<br />

de Vergilio para a aprovação do PL,<br />

visto que ele é o autor da proposta”, mas<br />

defende que a análise do tema não deveria<br />

ser considerada um atraso na tramitação.<br />

Segundo ela, a medida só tem a acrescentar<br />

à proposta, fortalecendo-a inclusive<br />

contra qualquer possível questionamento<br />

futuro. “Ainda que a emissão da carteira<br />

demandará, provavelmente, alguns dias<br />

de espera aos corretores e a instalação<br />

de infraestrutura de atendimento virtual<br />

pela Susep, não vejo como essa exigência<br />

possa ser encarada de forma negativa<br />

por ninguém, nem pelos profissionais do<br />

setor, tampouco por clientes”.<br />

Polêmicas<br />

Lucas Vergilio diz que, durante conversa<br />

com Cristiane Brasil, a deputada<br />

declarou categoricamente que o requerimento<br />

foi apresentado a pedido do presidente<br />

do Sincor-RJ, Henrique Brandão. A<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> procurou a parlamentar<br />

para comentar sobre a declaração de Vergilio,<br />

mas até o fechamento desta edição<br />

Cristiane não havia se pronunciado. Já<br />

Brandão salienta que não houve qualquer<br />

interferência do Sindicato na tramitação<br />

do projeto de lei 1.700/2015 no Congresso<br />

❙❙Henrique Brandão<br />

e que a entidade nunca estaria contrária<br />

à emissão da identidade profissional do<br />

corretor, ciente de que é um anseio antigo<br />

da classe.<br />

“A Cristiane é presidente de um partido.<br />

Você acha que eu tenho autoridade<br />

para pedir alguma coisa para um deputado?”,<br />

questiona. “Estão me ligando a ela<br />

como se eu tivesse poder para requerer<br />

alguma coisa”.<br />

Brandão afirma ser a favor do projeto<br />

de lei 1.700/2015 e acredita que a análise<br />

da proposta na Comissão de Finanças<br />

e Tributação não geraria atrasos. “Não<br />

entendo o motivo de tanto barulho. Para<br />

mim, isso é uma ação política, um alarde<br />

desnecessário. Fui a pessoa que mais<br />

defendeu esses profissionais e hoje os<br />

pequenos corretores estão abandonados”,<br />

conclui.<br />

Modelo da carteira<br />

A Susep publicou, no Diário Oficial<br />

da União (DOU), a circular nº 519, que<br />

define o modelo-padrão da carteira de<br />

identidade profissional do corretor de<br />

seguros válido em todo o Brasil.<br />

Na frente do documento constarão<br />

os números de CPF, RG e registro do<br />

portador, além das datas de nascimento,<br />

da emissão da carteira e da concessão de<br />

registro. Já o verso será destinado à filiação,<br />

a naturalidade e ao número do título<br />

de eleitor do profissional. Neste espaço haverá<br />

ainda um QR Code (código de barras<br />

bidimensional escaneado por celulares) e<br />

as assinaturas do corretor e do superintendente<br />

do órgão regulador do setor.<br />

27


especial corretor carteiras<br />

A vez dos corretores<br />

de seguro<br />

O que eles têm a dizer sobre a carteira que operam? Quais desafios e<br />

possibilidades os profissionais enxergam em seu ramo de atuação?<br />

Para o especial desse mês, a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> procurou<br />

corretores de seguro para que eles falassem<br />

sobre a carteira em que mais atuam dentro de suas<br />

empresas. Durante essas conversas, ficou claro que<br />

embora tenha sido o carro-chefe por muito tempo, o seguro<br />

de automóvel não é a única aposta desses profissionais. Hoje,<br />

eles têm diversificado sua atuação e dado espaço para crescer<br />

em outras áreas. Concorrência à parte, eles dão dicas para<br />

outros corretores de seguros: investimento em novos nichos<br />

e cross selling.<br />

Corretores parecem já ter entendido que, à parte todas as<br />

soluções tecnológicas e atalhos para o aumento da carteira,<br />

a relação com o consumidor é que dita o desenvolvimento<br />

dos negócios.<br />

Confira as dicas dos profissionais:<br />

Amanda Cruz<br />

BENEFÍCIOS: A retenção dos talentos<br />

Rene Gustavo, da Radium<br />

Benefícios, acompanhou o processo<br />

de mudança de mentalidade<br />

por parte dos empresários.<br />

“Eles perceberam que a qualidade<br />

da mão-de-obra de sua<br />

equipe é uma vantagem competitiva<br />

perante seus concorrentes”,<br />

afirma o corretor.<br />

Na visão de Gustavo, a principal<br />

vantagem dessa carteira é trazer estabilidade à<br />

corretora, mas ele alerta que os ganhos podem demorar<br />

a chegar. “Vale lembrar que esse tipo de carteira demora<br />

um tempo maior de maturação se comparada com<br />

os ramos de Auto e RE. Para quem quer um resultado<br />

imediato não é aconselhável.<br />

Os clientes querem atenção. Não vamos dizer que<br />

eles querem preço, custo, desconto etc. Mais do que isso,<br />

o cliente quer ser bem atendido”, pontua.<br />

A tecnologia está presente na empresa de Gustavo<br />

a partir do CRM (Customer Relationship Management)<br />

“Hoje a internet é um campo pouco explorado pelas<br />

corretoras de seguros. Os consumidores mais jovens, que<br />

vivem a maior parte do tempo navegando pela rede,<br />

vão começar a consumir seguros por seus eletrônicos,<br />

quem largar na frente com certeza irá colher os frutos”.<br />

“Não temos exclusividade com nenhuma operadora<br />

e seguradora, porém, damos prioridade para algumas,<br />

elegemos 3 fornecedores por categoria.<br />

No caso de uma Assistência Médica ou Odontológica<br />

a rede credenciada ou referenciada é levada em consideração,<br />

pois o pós-venda oferecido por nós é fator determinante<br />

no ato de um fechamento de contrato”, destaca.<br />

“Essa estratégia é sempre revisada, pois com o tempo<br />

os produtos são inovados, e também surgem novas<br />

soluções. Utilizamos da tecnologia para oferecer nossa<br />

prateleira de produtos, aproveitando o envio de e-mail<br />

de aviso de vencimento das apólices”, conta.<br />

28


CONDOMÍNIO: Contratação obrigatória, atendimento diferenciado<br />

A contratação do seguro de Condomínio é exigência<br />

da Lei, mas Sérgio Zaveri, corretor de seguros na Links<br />

Life, aponta que nessa carteira o mais importante é<br />

esclarecer e orientar o síndico sobre as coberturas disponíveis,<br />

riscos excluídos e serviços oferecidos. “Nossa<br />

opção por focar nessa carteira apareceu no momento<br />

em que verificamos o quanto os segurados estavam<br />

desinformados e a quantidade de erros técnicos nas<br />

apólices”, conta.<br />

“Utilizamos apenas para a elaboração de custos. O<br />

mercado demanda ainda muita informação e um dos<br />

projetos da corretora é aliar tecnologia e expertise no<br />

negócio para a melhor colocação e mitigação dos riscos.”<br />

“A concorrência é fundamental<br />

para qualquer segmento<br />

e principalmente no mercado<br />

de condomínios, pois as apólices<br />

possuem em suas condições<br />

gerais muitas diferenças.”<br />

“Trabalhamos muito a questão<br />

da indicação de novas oportunidades<br />

de negócios para os<br />

nossos clientes, uma vez que<br />

podemos apresentar novas soluções e garantias importantes<br />

para a manutenção de seu patrimônio e sua<br />

tranquilidade pessoal e profissional.”<br />

RESIDENCIAL: Necessidade de Divulgação<br />

Apesar de ter baixo custo, principalmente<br />

se comparado ao valor<br />

do imóvel e das possíveis perdas<br />

em caso de sinistro, o seguro residencial<br />

ainda é pouco divulgado.<br />

Alex Balint, da Logi Seg,<br />

acredita que apesar dessa dificuldade,<br />

esse não é um ramo<br />

muito difícil. “Como o universo de<br />

residências sem seguro é muito<br />

grande, esse é um ótimo ramo para explorar”, conta.<br />

Para Balint, o jeito de conseguir aumentar a penetração<br />

do seguro é a venda consultiva. “É interessante<br />

explicar para um potencial cliente, por exemplo, a cobertura<br />

de RC Familiar, mostrando o baixo preço relacionado<br />

com o valor da segurança ajuda muito no fechamento<br />

do negócio”, destaca.<br />

“A remuneração, devido ao baixo preço da apólice,<br />

não ajuda muito, mas é um trabalho de formiguinha,<br />

penso que vale a pena a construção de uma carteira no<br />

longo prazo”, completa<br />

No entendimento do corretor, possuir uma única<br />

seguradora parceira para essa carteira é um facilitador<br />

do processo de contratação. “Conheço mais a fundo as<br />

coberturas e exclusões, ficando com mais segurança na<br />

hora de apresentar uma proposta”, comenta.<br />

VIDA: Aprendendo a perceber a importância<br />

Atuando na área de benefícios, Pedro Monteiro,<br />

da MBS Seguros, falou da importância que um seguro de<br />

Vida bem feito pode ter na para clientes. “O seguro de<br />

Vida acabou sendo commodity, sem avaliar aspecto de<br />

necessidade, ficou muito relacionado ao valor do capital.<br />

temos que avaliar a necessidade do cliente, para que a<br />

família tenha como se recuperar em caso de sinistro.”<br />

Para ele, o seguro de Vida só não tem penetração<br />

maior porque, dentro da carteira de benefícios, ele<br />

acaba perdendo espaço para o seguro saúde. “Com isso<br />

o corretor desenvolveu pouco o seguro de vida, mas é<br />

um mercado com extremo potencial”, acredita.<br />

O corretor acredita que o seguro de Vida tem muita<br />

importância e que ele pode não ser bem percebido<br />

porque seu sinistro é algo que<br />

causa muito impacto na vida<br />

das famílias. “O desafio é a desburocratização.<br />

e a concorrência<br />

ética”, destaca.<br />

Monteiro acredita que alguns<br />

fatores poderiam até ser<br />

benéficos caso houvesse exclusividade,<br />

como ter condições diferenciadas<br />

e ter mais rendimento<br />

quando a contratação for feita em volume. “Mas acho<br />

que de modo geral há mais perdas que ganhos, porque<br />

você deixa de ser consultivo. Não acho que seja uma boa<br />

alternativa”, comenta.<br />

29


especial corretor carteiras<br />

SAÚDE: A preferência nacional<br />

Depois da casa própria e de educação, o seguro<br />

saúde é o principal desejo dos brasileiros. Os planos<br />

individuais, cada vez mais escassos, deram espaço<br />

para planos empresariais que atendem demandas por<br />

um preço mais acessível, além de reter funcionários.<br />

Para Alvaro Pio Queiroz, da Corretora Nomminal<br />

Seguros, o segredo é fazer aquilo que muitos dizem<br />

que fazem, mas poucos têm na prática. “Atendemos os<br />

anseios dos clientes, prestamos serviços diferenciados,<br />

fazemos quase toda a parte operacional. Escolhemos<br />

uma carteira na qual há uma carência na prestação de<br />

serviços. Foi uma estratégia traçada em 1996, mas o<br />

resultado começou a aparecer em 2000, persistindo<br />

até hoje. Ainda assim, faltam alternativas sólidas em<br />

seguradoras e operadoras, mais produtos e serviços.<br />

O setor ainda é muito concentrado”, afirma.<br />

O corretor usa uma plataforma específica, desenvolvida<br />

por uma empresa terceirizada, para essa e outras<br />

carteiras e tem percebido alguns benefícios que ela<br />

traz. “No Seguro Saúde, especificamente,<br />

ela atende parte da<br />

necessidade. Complementamos<br />

com outras ferramentas desenvolvidas<br />

por nós mesmos”, conta.<br />

A centralização de boa parte<br />

da carteira em apenas uma seguradora<br />

é uma prática adotada por<br />

Queiroz, mais pelo conhecimento<br />

do produto que está vendendo,<br />

mesmo assim outras companhias são consultadas,<br />

caso acredite que é mais vantantajosa, é feita a proposta.<br />

Não praticamos exclusividade, apesar de centralizar boa<br />

parte de nossos negócios em uma companhia. Acredito<br />

que outras bandeiras são sadias, já que permitem conhecimento<br />

de produtos, serviços e alternativas ao mercado<br />

e clientes. Sinceridade, cumprimento fiel ao que se diz e<br />

ao que se realiza e foco sempre no cliente também são<br />

pontos importantes”, finaliza.<br />

Fernando Amaro, corretor<br />

da Dancor Corretora de Seguros,<br />

acredita que é primordial para<br />

os corretores que trabalham<br />

com Saúde Suplementar desenvolverem<br />

ferramentas de<br />

gestão e acompanhamento<br />

recorrente dos contratos, principalmente<br />

no gerenciamento<br />

de riscos que possam inviabilizar<br />

a manutenção da relação entre cliente e operadora.<br />

“O mercado ainda não encontrou a maneira mais<br />

adequada de equilibrar esta relação dentro do sistema,<br />

principalmente quando este desequilíbrio causa<br />

danos financeiros e assistenciais para os beneficiários”,<br />

aponta o corretor.<br />

O mercado teve um grande crescimento nos<br />

últimos anos e Amaro acredita que, junto com ele,<br />

vieram as responsabilidades. “Este aumento vem<br />

acompanhado de uma demanda de reclamações<br />

relacionadas às coberturas, contratos, mensalidades<br />

e reajustes, o que comprova também a falta de uma<br />

consultoria para atuar em conjunto com os clientes.<br />

É neste paralelo que procuramos atuar , encontrando<br />

maneiras de lidar com a pressão dos custos assistenciais<br />

e desenvolver ferramentas que reduzam este<br />

impacto à nossa carteira.<br />

A corretora de Amaro optou por um sistema de<br />

gestão integrado, feito especialmente para a consultoria.<br />

“Este sistema viabiliza a criação de um banco de<br />

dados unificado, por cliente, com alterações simultâneas<br />

para todas as apólices e coberturas contratadas<br />

conosco, bem como uma estrutura de backup com<br />

todo o histórico dos contratos sob nossa gestão,<br />

dando suporte nas rotinas diárias, gerenciamento e<br />

nas renovações” .<br />

Corretores precisam conhecer seus segurados e<br />

muitas vezes a melhor forma de fazer isso é oferecer<br />

a eles novas proteções que estejam de acordo com<br />

seus estilos de vida. “O cross selling é vital para nós<br />

corretores. Pois, além de permitir a ampliação dos<br />

negócios, cria um vínculo maior com nossos clientes.<br />

Já realizamos este trabalho e estamos planejamento<br />

uma ação maior”, garante Amaro.<br />

30


especial corretor carteiras<br />

AUTOMÓVEL: A maior demanda<br />

O seguro Auto é o mais demandado no mercado,<br />

embora apenas 30% da frota estejam segurados, ele é,<br />

sem dúvidas, o maior destaque dentro da maioria das<br />

corretoras do país. Apesar dessa abrangência, ainda<br />

existem muitas pessoas que precisam de seguro, mas<br />

por diversas razões, inclusive por falta de conhecimento<br />

sobre o assunto ,acabam por ficar sem proteção. Camilo<br />

Gubitosi, da Vilac Seguros, acredita que, “sem dúvidas,<br />

ainda existe uma fatia do mercado muito grande para<br />

ser conquistada, mas a manutenção da carteira é muito<br />

importante”, declara.<br />

Gubitosi afirma que em sua corretora boas práticas<br />

profissionais, como o bom atendimento, especialmente<br />

nos momentos em que o segurado passa por um sinistro,<br />

é que fazem diferença para a fidelização. “É preciso<br />

ser diferente, criativo e informar para o cliente como<br />

o mercado funciona, se movimenta. Assim, deixá-lo<br />

decidir”, comenta.<br />

Para o corretor, a utilização da tecnologia é<br />

importante e traz muitos benefícios.<br />

Um deles é o sistema<br />

de cadastro que possui para o<br />

controle de apólices que estão<br />

para vencer de seus clientes e<br />

também de outros clientes que<br />

não fazem esse seguro com<br />

ele. Por isso, Gubitosi reitera<br />

que os clientes que ele tem<br />

para conquistar são o maior<br />

benefício que pode vir aliado a<br />

essa plataforma.<br />

O corretor acredita na importância da fidelidade<br />

do cliente com sua seguradora. Mantê-lo naquela<br />

companhia que já apresenta a melhor proposta para<br />

suas necessidades, pode ser mais vantajoso. “Tenho três<br />

seguradoras que chamo de linha de frente, mas hoje<br />

precisamos trabalhar no mínimo com sete seguradoras.<br />

O mercado exige isto”, afirma.<br />

Douglas Gatto Polido<br />

Kich, da VIP Corretora, destaca<br />

que o principal desafio é “a<br />

altíssima concorrência com corretores<br />

de alto escalão, bancos<br />

com condições para correntistas,<br />

entre outras. Temos que<br />

enfrentar vários obstáculos e<br />

concorrentes no dia a dia. Além<br />

da cultura da população, que nem sempre é favorável<br />

ao nosso produto”, comenta.<br />

Mas o futuro da carteira, para ele, assim como<br />

para outros corretores que apostam no Auto, continua<br />

parecendo promissor, pois o mercado ainda<br />

não está saturado. “Sem dúvida, é um ramo onde<br />

sempre haverá pontos para explorar, principalmente<br />

pela versatilidade dos produtos que as seguradoras<br />

disponibilizam. Porém, a manutenção de clientes já<br />

existentes, principalmente em momentos de dificuldade<br />

econômica como a que estamos passando, é<br />

essencial para manter-se no mercado. A relação com<br />

cada segurado muda, de acordo com seu perfil, mas<br />

a proximidade e a veracidade no que está sendo feito<br />

e contratado é o que mais estreita nossas relações”,<br />

constata o corretor.<br />

“Dentro de nossa empresa mantemos um Whatsapp<br />

disponível para os clientes, além de atualização<br />

diária da página no Facebook com promoções,<br />

campanhas, dicas e curiosidades. Temos também<br />

um multi cálculo desenvolvido exclusivamente para<br />

nossa corretora, fazendo com que o atendimento seja<br />

mais ágil ”, afirma.<br />

Segundo o entrevistado, a plataforma utilizada faz<br />

com que o cliente esteja em sintonia com o corretor<br />

responsável pelos seus seguros.<br />

Embora não trabalhe com apenas uma seguradora,<br />

Kich aponta que as melhores seguradoras,<br />

segundo seus critérios, têm prioridade. “Não trabalhamos<br />

exclusivamente para uma seguradora, porém<br />

temos os contratos de companhias foco. Essa relação<br />

é benéfica, pois temos condições comerciais diferenciadas”,<br />

conta.<br />

32


especial corretor carteiras<br />

GRANDES RISCOS: Carteira tem oportunidades, mas pede atenção<br />

A carteira de Grandes Riscos tem uma enorme gama<br />

de coberturas e o seu crescimento possui impacto muito<br />

forte no crescimento da economia, em investimentos de<br />

novos nichos de mercado, na comercialização de novas<br />

soluções de seguro e no auxílio a riscos emergentes.<br />

Por isso, a Willis, corretora de grande porte, tem esse<br />

ramo como prioridade na sua atuação. Álvaro Igrejas,<br />

Diretor de Riscos Corporativos da companhia, afirma<br />

que seus clientes também acompanham o porte da<br />

corretora, que tem como segurados 80% das maiores<br />

empresas com ações na BM&F, de acordo com ele.<br />

A parceria com grandes seguradoras também<br />

é positiva. Igrejas diz estar satisfeito com as soluções<br />

apresentadas para esse ramo.“ Nesta área, só trabalham<br />

seguradoras altamente especializadas, com alto domínio<br />

técnico e conhecimento neste tipo de risco, não existe<br />

espaço para aventureiros”, afirma.<br />

Como aposta na tecnologia, a Willis utiliza ferramenta<br />

para auxiliar na análise de<br />

diversos riscos. “Podem ser feitas<br />

amostras variáveis de perdas, de<br />

acordo com as opções de retenção,<br />

apresentação de benchmarking,<br />

riscos de catástrofe etc.<br />

Os principais benefícios são<br />

maior conhecimento dos riscos<br />

do seu negócio, por parte do<br />

segurado, e uma maior eficiência<br />

na gestão dos mesmos”, atesta.<br />

Atuando como consultora de seguros, o trabalho<br />

de cross selling, aliar informações com as bases tecnológicas<br />

operantes na empresa, precisa ser feito. “Neste<br />

trabalho, muitas vezes temos que trazer informações<br />

mais detalhadas, estudos de mercado com empresas<br />

de riscos semelhantes em outros países, e experiência<br />

global”, declara Igrejas.<br />

O ramo de grandes riscos é<br />

um dos que têm sido mais afetados<br />

pela crise econômica no<br />

País e esse é o principal desafio<br />

que o corretor de seguros Ecidir<br />

Fornazzari, da Fornazzari Corretora,<br />

aponta na carteira. “Nas<br />

obras de infraestrutura, desde<br />

o início da Operação Lava Jato,<br />

praticamente estagnou. Acredito<br />

que este setor ainda sofrerá bastante nos próximos<br />

anos”, destaca.<br />

Na empresa, Fornazzari conta que opera com Seguro<br />

Garantia, em todas as suas modalidades, e Riscos<br />

de Engenharia (Grupos I e II). O Grupo I tem como<br />

principal atuação a construção de edifícios residenciais<br />

e comerciais. “Movimentamos, em média, um capital<br />

segurado de R$ 2 milhões por ano”, afirma o corretor.<br />

Já no Grupo II, que trata da infraestrutura, as operações<br />

estão paralisadas.<br />

Mesmo diante das dificuldades, Fornazzari destaca<br />

que a carteira tem características próprias que<br />

trazem incentivos para o empenho do corretor como<br />

“ o montante elevado dos seguros contratados. Além<br />

disto, por tratar-se de seguros plurianuais (mais de<br />

um ano de duração), o vínculo com o segurado é de<br />

longo prazo. Isso facilita a contratação de outros seguros<br />

complementares como o seguro de vida para os<br />

funcionários vinculados às obras ou de equipamento<br />

de uso especial”, esclarece.<br />

O corretor lembra que seu trabalho não termina<br />

com a contratação da apólice, mas que começa nela<br />

e lembra: “infelizmente, não temos, no Brasil a cultura<br />

do seguro. Desta forma, a contratação de um seguro,<br />

qualquer que seja o ramo, ainda é visto como uma<br />

despesa. São raros os segurados que enxergam o<br />

seguro como um instrumento de proteção ao seu<br />

patrimônio”, lamenta.<br />

A exclusividade com uma seguradora não faz<br />

parte da estratégia de negócios da empresa, porque,<br />

segundo ele, os produtos oferecidos são diferentes<br />

em cada seguradora, algumas têm coberturas mais<br />

abrangentes que outras. “Cabe ao corretor identificar<br />

essas diferenças e passar as informações para o segurado.<br />

Com isso, ele terá todas as informações sobre as<br />

coberturas, e ele poderá tomar sua decisão”, enfatiza.<br />

34


Basicamente, os produtos e<br />

serviços ofertados pelas seguradoras<br />

atuantes no mercado<br />

seguem o que alguns profissionais<br />

chamam de “efeito commodity”:<br />

eles já não apresentam uma variação<br />

tão grande quanto à precificação e aos<br />

tipos de coberturas. Na outra ponta está<br />

o novo consumidor, mais informado,<br />

exigente e com um poder de decisão<br />

cada vez maior.<br />

Sendo assim, o que determina a escolha<br />

de um corretor de seguros pelo cliente<br />

é, exclusivamente, a sua atuação. A Revisespecial<br />

corretor consumidor<br />

Surpreenda-me!<br />

Clientes explicam como<br />

é o relacionamento<br />

com seus corretores<br />

de seguros e revelam<br />

quais fatores julgam<br />

decisivos para a<br />

escolha de quem deve<br />

cuidar de seus bens<br />

Lívia Sousa<br />

ta <strong>Apólice</strong> conversou com consumidores<br />

de carteiras variadas, que revelaram, por<br />

exemplo, que a indicação de um amigo<br />

ou familiar contribui – e muito – para se<br />

fechar negócio com o profissional.<br />

Também contam pontos a favor<br />

a identificação das necessidades reais<br />

dos segurados, ir além da corretagem<br />

e prestar um serviço de consultoria, ter<br />

conhecimento técnico sobre os produtos<br />

e as seguradoras e ser ágil para resolver<br />

questões burocráticas. Até mesmo o senso<br />

de humor pode fazer toda a diferença<br />

neste momento.<br />

“Já fiz seguro viagem várias vezes, seguro carta verde para o Mercosul,<br />

seguro residencial e no momento estou com dois veículos, carro e uma<br />

moto assegurados com o mesmo corretor e com seguradoras diferentes.<br />

O corretor que me atende é dedicado, honesto e profissional na área, além<br />

de bem pontuado em todos os aspectos referentes a seguros. Sempre<br />

prestativo nas horas necessárias, é muito atencioso quanto ao sinistro, tem<br />

uma ótima equipe de trabalho e envia cálculos de todas as seguradoras.<br />

No mercado de seguros há variações de um ano para outro e de uma seguradora<br />

para outra, e o corretor com esse jogo de mercado sabe muito<br />

bem o que o cliente quer. A persistência do corretor quanto à necessidade<br />

de manter nossos bens assegurados dá tranquilidade aos clientes.”<br />

Vladinir Pacheco,<br />

funcionário público<br />

36


“Contratei um seguro para os dois estabelecimentos comerciais que<br />

administro, com coberturas básicas. Minha sócia indicou uma corretora<br />

de seguros conhecida da família e escolhi a profissional pela questão<br />

da confiabilidade. Até hoje, nunca precisei acionar o seguro, mas<br />

tenho aquela coisa de que ela não vai me ‘dar o cano’ ou me ‘deixar<br />

na mão’. Além disso, a localização próxima da profissional me atraiu,<br />

assim como o preço do produto ofertado – um seguro mais barato,<br />

mas ao mesmo tempo bom – e o fato de a corretora analisar todos<br />

os meus pontos e os pontos dos meus estabelecimentos, lembrando<br />

de detalhes que passariam despercebidos por mim.”<br />

Rossana Mara Buzacarini Schulman,<br />

economista e proprietária de duas lojas de varejo<br />

“Meu marido e eu começamos a viajar muito a trabalho, então parei para<br />

pensar o que aconteceria com os nossos filhos caso ocorresse alguma coisa<br />

conosco. Isso despertou minha atenção para o seguro de vida, mas só contratei<br />

o produto depois que o meu marido comprou uma moto. Procurei o<br />

corretor de uma amiga, que sem rodeios identificou minhas necessidades<br />

e mostrou que eu precisava de mais coisas do que imaginava, além de ter<br />

senso de humor e simpatia. Ninguém gosta de falar ou pensar em morte,<br />

acidente e funeral, então ser bem humorado é importante para tratar deste<br />

tipo de assunto. Tive muitas dúvidas durante o processo de contratação e,<br />

por duas semanas, mandei e-mails e liguei várias vezes para ele, que teve<br />

paciência para explicar e esclarecer as diferenças de cada plano.”<br />

Samantha Gravena,<br />

empresária<br />

“Em seguro de automóvel, você pouco entra em contato com o corretor, exceto<br />

em ocasiões emergenciais. No meu caso, acionei o seguro quando sofri um acidente<br />

de carro, em que tive perda total do veículo. Naquele momento, liguei para<br />

o meu corretor, que foi super acessível e me passou toda a orientação necessária<br />

do que devia ser feito tanto no momento de pânico pós acidente como depois,<br />

para acionar o seguro. Soube, por amigos, que há casos em que para se resgatar<br />

a quantia do seguro a burocracia é tão grande que, por ineficiência de alguns<br />

corretores, esta demora pode até ser alongada, mas comigo isso não aconteceu.<br />

Quando comecei a pesquisar outro carro para comprar, recorri a experiência do<br />

meu corretor e recebi uma série de observações importantes que influenciaram<br />

na minha escolha. Ele poderia apenas se limitar a cotar e a vender o seguro, mas<br />

foi além e me passou um panorama geral do mercado. Principalmente em situações<br />

delicadas, o profissional precisa ter respeito e humildade com os clientes,<br />

afinal, é um momento estressante para o segurado. Sinto que posso contar com<br />

ele sempre que preciso e que ele entende o quanto aquele bem é importante.<br />

Não posso negar que fui muito bem atendida.”<br />

Flávia Silva, Senior Buyer<br />

37


especial corretor consumidor<br />

“Sou responsável por contratar, na empresa, os seguros de riscos patrimoniais,<br />

Responsabilidade Civil, automóvel, transporte e garantia. Para a<br />

escolha do broker, me baseei na estrutura e no comprometimento com a<br />

parte de consultoria e corretagem de seguros. Impressiona-me no mercado<br />

securitário a melhora que apresentou quanto a se transitar um determinado<br />

processo, mas quando o assunto é o corretor acho que não existe<br />

um 100% perfeito. O profissional só é participativo se o segurado participa<br />

ativamente. Por isso, o corretor deve buscar, cada vez mais, a participação<br />

do segurado para fortalecer esse elo com o seu cliente.”<br />

Dante Tapioca<br />

Head de Seguros de empresa de distribuição, geração,<br />

transmissão e comercialização de energia<br />

“Tenho seguros contra roubo, incêndio, predial e elétrica. Adquiri todos<br />

eles com o mesmo corretor, que conheço há 20 anos. Ao longo dessas duas<br />

décadas, ocorreram na empresa dois incêndios, um furto, um destelhamento<br />

e uma queima elétrica, e em todos eles fui assessorado pelo meu corretor<br />

sobre como proceder para resolver o problema e ser reembolsado. No roubo,<br />

que foi o caso mais grave, ele acompanhou a vistoria da polícia e do seguro,<br />

ajudou a fazer a documentação do sinistro e intermediou o recebimento para<br />

agilizar o processo. Para mim, corretor de seguros é um investimento e por<br />

isso ele deve ser uma pessoa ética, não ‘empurrar’ o produto pensando em<br />

uma comissão e ter pleno conhecimento das seguradoras para te informar o<br />

melhor valor. Recentemente, troquei de seguradora com o mesmo corretor<br />

e economizei 30% da despesa.”<br />

Ivan Vitor Franco,<br />

Ivan Vitor Franco, administrador de empresa<br />

“Meu corretor está sempre disposto a ajudar tanto nas renovações<br />

quanto em processos burocráticos, além de pesquisar<br />

ofertas e produtos para facilitar a minha vida. Ele me dá<br />

garantias de que não terei problemas caso necessite usar o<br />

seguro contratado, pois tenho a certeza de que ele ofereceu o<br />

produto ideal e que irá suportar todo o processo burocrático.<br />

O conhecimento técnico dos produtos oferecidos, junto com<br />

a cordialidade, a agilidade e a determinação me assegura de<br />

que terei a garantia e a segurança da contratação de uma<br />

apólice de seguros.”<br />

Juliano Araujo de Melo,<br />

gerente de vendas<br />

38


especial corretor consumidor<br />

“Contratei os seguros residencial e de automóvel com uma corretora, por<br />

indicação. E o que determina minha permanência com essa corretora<br />

até hoje é a transparência, orientação e o valor do seguro no momento<br />

da contratação. O atendimento é diferenciado não apenas até se fechar<br />

o negócio, todo o respaldo é dado também no pré e pós contrato. Para<br />

mim, é imprescindível que um corretor de seguros seja atencioso, honesto,<br />

presente e transparente no momento da contratação de um seguro e que<br />

informe o que deve ser incluído ou retirado da apólice quando passamos<br />

nossas informações a ele.”<br />

Andressa Cataruci,<br />

contadora<br />

“Conheci meu corretor por intermédio de outro segurado, há oito anos,<br />

e sua agilidade e conhecimento nos questionamentos feitos sobre o<br />

assunto fizeram com que eu contratasse os seguros de vida individual,<br />

vida em grupo empresarial, previdência privada e os seguros para<br />

automóvel, caminhão e transporte. O mercado apresenta mudanças,<br />

cria novas proteções e coberturas e noto que ele tem conhecimento<br />

sobre essas modificações, que está sempre atualizado. Ele também<br />

ganhou pontos comigo durante o atendimento de um sinistro, no qual<br />

me assessorou pessoalmente.”<br />

Claudio Barbosa de Castro,<br />

diretor sócio proprietário de comércio por atacado<br />

de pneumáticos e câmaras-de-ar<br />

“Tenho seguro para automóveis particulares, para os prédios onde<br />

estão instaladas as livrarias e seguro empresarial para todas as lojas.<br />

Confio plenamente na minha corretora e no seu trabalho e competência.<br />

Ela sempre vem até a mim, me orienta quanto a vencimentos<br />

e avaliações a serem realizadas e não é apenas uma corretora, e sim<br />

uma consultora: não perco tempo ligando aqui e ali, ela faz tudo por<br />

mim e por minha empresa. Ela busca o melhor preço e, por já me<br />

conhecer, sabe exatamente do que preciso. Negocia tudo e depois<br />

só me traz o boleto.”<br />

Carlos Alberto Denis,<br />

Carlos Alberto Denis, empresário<br />

e dono de três livrarias<br />

40


especial corretor roteiro de cursos<br />

Programe-se<br />

Para comemorar o Dia do Corretor de Seguros (12 de outubro) e o<br />

Dia do Securitário (19 de outubro), a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> reuniu os cursos<br />

de graduação, pós-graduação, ensino técnico e exames básicos que<br />

serão oferecidos aos profissionais ao longo de 2016, por diversas<br />

instituições espalhadas pelo Brasil. Confira a décima edição deste<br />

guia e escolha a melhor opção!<br />

42


Brasil<br />

Escola Nacional de Seguros<br />

Site: www.funenseg.org.br<br />

E-mail: faleconosco@funenseg.org.br<br />

Telefone: 0800 025 33 22<br />

• GRADUAÇÃO<br />

Administração<br />

Cidades: São Paulo (SP) e Rio de Janeiro<br />

(RJ)<br />

1º semestre: inscrições de 01/10/2015 a<br />

12/02/2016 (estimado)<br />

2º semestre: inscrições de 01/03/2016 a<br />

15/07/2016 (estimado)<br />

Início das aulas: 15/02/2016 e 01/08/2016<br />

(estimados)<br />

• MBA<br />

Gestão de Seguros e Resseguro<br />

Belo Horizonte (MG), Campinas (SP),<br />

Curitiba (PR), Goiânia (GO), Rio de<br />

Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) – início<br />

em abril/2016. Porto Alegre (RS), Recife<br />

(PE) e Salvador (BA) – início em<br />

maio/2016<br />

Gestão de Riscos e Seguros<br />

Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ) –<br />

início em abril/2016. Goiânia (GO),<br />

Recife (PE) e São Paulo (SP) – início em<br />

maio/2016<br />

Direito Securitário<br />

Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro<br />

(RJ) – início em abril/2016. Brasília<br />

(DF) e Porto Alegre (RS) – início em<br />

maio/2016<br />

Gestão Jurídica do Seguro e Resseguro<br />

São Paulo (SP) - ínício em abril/2016<br />

• CURSO<br />

Curso para Habilitação de Corretores<br />

de Seguros<br />

Inscrições: janeiro e fevereiro/2016<br />

Início das aulas: fevereiro/2016<br />

Localidades: SÃO PAULO (São Paulo,<br />

Araçatuba, Atibaia, Bauru, Campinas,<br />

Fernandópolis, Franca, Guarulhos,<br />

Marília, Mogi das Cruzes, Osasco,<br />

Piracicaba,Presidente Prudente, Ribeirão<br />

Preto, Santo André, Santos, São<br />

Carlos,São José dos Campos, São José<br />

do Rio Preto e Sorocaba). RIO DE JANEI-<br />

RO (Rio de Janeiro, Barra da Tijuca, Nova<br />

Iguaçu, Campos, Niterói, Jacarepaguá e<br />

Volta Redonda).<br />

Outras cidades: Maceió (AL), Manaus<br />

(AM), Salvador, Teixeira de Freitas e<br />

Vitória da Conquista (BA), Fortaleza<br />

(CE), Brasília (DF), Vitória (ES), Goiânia,<br />

Catalão e Rio Verde (GO), São Luis (MA),<br />

Cuiabá, Rondonópolis e Sinop (MT),<br />

Campo Grande e Dourados (MS), Belo<br />

Horizonte, Betim, Ipatinga, Juiz de Fora,<br />

Divinópolis, Poços de Caldas e Uberlândia<br />

(MG), Belém (PA), João Pessoa (PB),<br />

Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá<br />

(PR), Recife (PE), Natal (RN), Porto Alegre,<br />

Santo Ângelo e Santa Cruz do Sul (RS),<br />

Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis<br />

e Joinville (SC) e Aracaju (SE).<br />

Ao longo de 2016, a Escola Nacional<br />

de Seguros lançará cursos em outras<br />

categorias, como técnicos, de curta<br />

duração (workshops), de certificação<br />

técnica e de extensão, nas modalidades<br />

presencial e a distância, além de outros<br />

programas educacionais, como exames<br />

para habilitação e certificação profissional,<br />

palestras, seminários, treinamento<br />

no exterior e concessão de bolsas de<br />

estudo.<br />

Para mais informações, acesse periodicamente<br />

o site da instituição.<br />

Universidade Metodista de São<br />

Paulo<br />

Site: portal.metodista.br<br />

Gestão de Seguros (Tecnólogo)<br />

Duração: 2 anos<br />

Localidades: SÃO PAULO (Bauru, Bertioga,<br />

Campinas, Eldorado, Franca,<br />

Guaianazes, Guaratinguetá, Guarulhos,<br />

Itanhaém, Itapeva, Lins, Mauá, Perus,<br />

Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São<br />

Bernardo do Campo, Santos, São José do<br />

Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba).<br />

RIO DE JANEIRO (Macaé, Petrópolis<br />

e Volta Redonda). MINAS GERAIS (Belo<br />

Horizonte). PARANÁ (Londrina). DISTRITO<br />

FEDERAL (Brasília). GOIÁS (Ceres). BAHIA<br />

(Salvador e Vitória da Conquista). CEARÁ<br />

(Fortaleza). PERNAMBUCO (Recife). PARA-<br />

ÍBA (Campina Grande). PARÁ (Altamira).<br />

RONDÔNIA (Porto Velho).<br />

Os valores das mensalidades variam de<br />

acordo com cada pólo. Para conferir,<br />

acesse o site da instituição.<br />

São Paulo<br />

Centro de Experimentação e<br />

Segurança Viária (Cesvi Brasil)<br />

Site: www.cesvibrasil.com.br<br />

E-mail: treinamento@cesvibrasil.com.br<br />

Telefones: (11) 3948-4801<br />

Inscrições e mais informações por e-mail<br />

e por telefone. Cursos e treinamentos<br />

realizados em 2016 serão divulgados<br />

posteriormente.<br />

Técnico de Funilaria e Pintura para<br />

chefes de oficina<br />

Objetivo: qualificar o profissional para a<br />

utilização de ferramentas e atuação em<br />

processos de funilaria e pintura<br />

Data: 09/11/2015<br />

Investimento: R$ 771,88<br />

Carga horária: 24 horas<br />

Perito em Automóvel<br />

Objetivo: apresentar o processo de vistoria<br />

dos bens sinistrados, elaborando o<br />

levantamento de prejuízos indicando a<br />

causa e a extensão das avarias<br />

Data: 30/11/2015<br />

Investimento: R$ 1674,96<br />

Carga horária: 80 horas<br />

Clube Vida em Grupo São Paulo<br />

(CVG-SP)<br />

Site: www.cvg.org.br<br />

E-mail: cvg@cvg.org.br (Lúcia Gomes)<br />

Telefones: (11) 3331-9313 / (11) 96308-0220<br />

Local: Avenida Nove de Julho, 40, 14º<br />

andar (ao lado do metrô Anhangabaú)<br />

Valor: De R$ 160 a R$ 520. Consultar condições<br />

para diferentes perfis<br />

43


especial corretor roteiro de cursos<br />

Cursos desenvolvidos em parceria com<br />

o Sindicato dos Securitários de São<br />

Paulo.<br />

Técnico de VG/AP – Básico (Intensivo<br />

de Férias)<br />

Inscrições: até 11/12/2015 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 11/01/2016 a 27/01/2016 (segundas,<br />

terças, quartas e quintas-feiras)<br />

Carga Horária: 20 horas<br />

Certificação Técnica em Riscos Pessoais<br />

(CRP)<br />

Inscrições: até 22/01/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 13/02/2016 a 30/04/2016 (sábados)<br />

Carga Horária: 40 horas<br />

Certificação Técnica em Liq/Reg Sinistros<br />

de Pessoas (CSP)<br />

Inscrições: até 22/01/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 15/02/2016 a 25/04/2016 (segundas<br />

e quartas-feiras)<br />

Carga Horária: 40 Horas<br />

Certificação Técnica em Previdência<br />

Privada (CPP)<br />

Inscrições: até 22/01/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data:16/02/2016 a 28/04/2016 (terças e<br />

quintas-feiras)<br />

Carga Horária: 40 Horas<br />

Exame Livre para Certificação Técnica<br />

em Liq/Reg Sinistros Pessoas (ECSP)<br />

Inscrições: até 20/04/2016<br />

Data: 25/04/2016 (segundas-feiras)<br />

Horário: das 18h às 20h<br />

Exame Livre para Certificação Técnica<br />

em Previdência Privada (ECPP)<br />

Inscrições: até 20/04/2016<br />

Data: 28/04/2016 (quintas-feiras)<br />

Horário: das 18h às 20h<br />

Exame Livre para Certificação Técnica<br />

em Riscos Pessoais (ECRP)<br />

Inscrições: até 20/04/2016<br />

Data: 30/04/2016 (sábados)<br />

Horário: das 8h30 às 12h30<br />

Fundamentos Jurídicos aplicados ao<br />

Seguro de Pessoas<br />

44<br />

Inscrições: até 20/04/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 02/05/2016 a 22/06/2016 (segundas<br />

e quartas-feiras)<br />

Carga Horária: 30 horas<br />

Técnica de VG/AP – Básico<br />

Inscrições: até 20/04/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 03/05/2016 a 07/06/2016 (terças e<br />

quintas-feiras)<br />

Carga Horária: 20 horas<br />

Atuaria Básica em Seguro de Pessoas<br />

para Desenvolvimento de Produtos e<br />

Controle de Carteira<br />

Inscrições: até 20/04/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 07/05/2016 a 11/06/2016 (sábados)<br />

Carga Horária: 20 horas<br />

Técnica de Saúde e Análise de Contas<br />

Médicas<br />

Inscrições: até 30/05/2016 ou término<br />

das vagas<br />

Data: 18/06/2016 a 30/07/2016 (sábados)<br />

Carga Horária: 24 horas<br />

Fundação Instituto de Administração<br />

(FIA)<br />

Site: www.fia.com.br<br />

E-mail: joyce.ramos@fia.com.br<br />

Telefone: (11) 3732-3528<br />

Local: Sede FIA – Unidade Educacional<br />

Butantã (Rua José Alves da Cunha Lima,<br />

172)<br />

MBA em Seguros e Previdência<br />

Inscrições devem ser feitas no site até<br />

novembro/2015. Início previsto para<br />

março/2016. Aulas serão ministradas as<br />

terças e quintas-feiras, das 19h às 23h.<br />

Para informações sobre investimento e<br />

descontos especiais, entrar em contato<br />

com a Fundação.<br />

Pontifícia Universidade Católica de<br />

São Paulo (PUC-SP)<br />

Site: www.pucsp.br<br />

E-mail: eborelli@pucsp.br<br />

Telefone: (11) 3670-3344<br />

Local: Campus Perdizes (Rua Monte Alegre,<br />

984)<br />

Graduação em Ciências Atuariais<br />

Duração: 4 anos<br />

Processo seletivo: de 13/10/2015 a<br />

19/11/2015. Inscrições devem ser feitas<br />

no site da Universidade.<br />

Programa de Pós-Graduação<br />

Mestrado e Doutorado em Ciências<br />

Contábeis e Atuariais<br />

Duração: entre 1 ano e meio e 2 anos<br />

e meio<br />

Para informações sobre processo seletivo<br />

e investimento, entrar em contato<br />

com a unidade.


Sindicato dos Securitários do<br />

Estado de São Paulo<br />

Site: www.securitariosp.org.br<br />

E-mail: cursos@securitariosp.org.br e centroestudos@securitariosp.org.br<br />

Telefone: (11) 3259-0411 (ramais 250 e 256)<br />

Para informações sobre inscrições e<br />

investimento, entrar em contato com o<br />

Sindicato.<br />

• Análises de Sinistros Especiais de<br />

Seguro Automóvel<br />

• Avançado de Resseguro<br />

• Avançado de Seguro de Cascos<br />

Marítimos e Aeronáuticos<br />

• Básico de Contabilidade<br />

• Básico de Resseguro<br />

• Básico de Seguro de Cascos<br />

Marítimos e Aeronáuticos<br />

• Contabilidade de Seguros<br />

• Direito Securitário<br />

• DPVAT<br />

• Estratégias de Vendas<br />

• Expressão Verbal<br />

• Formação Gerencial – Liderança<br />

• Gerenciamento de Risco – RE<br />

• Identificação e Vistoria Prévia de<br />

Seguro Automóvel<br />

• Inglês<br />

• Inspeção de Risco RE e RD<br />

• Introdução ao Seguro<br />

• Matemática Financeira<br />

• Práticas de Resseguros<br />

• Responsabilidade Civil Geral<br />

• Revisão de Matemática<br />

• Seguro de Garantias<br />

• Subscrição de Riscos de Seguros de<br />

Transportes<br />

• Técnicas de Redação<br />

• Técnico de Seguro Automóvel<br />

• Técnico de Seguros de Transportes<br />

• Técnico de Seguros em Ramos<br />

Elementares<br />

• Técnico de Sinistros de Seguro<br />

Automóvel<br />

• Técnico de Sinistros de Seguro<br />

de Seguros Transportes<br />

• Técnico de Sinistros em Ramos<br />

Elementares<br />

• Treinando Instrutores<br />

• Vistoria de Sinistros de Seguro<br />

Automóvel<br />

Rio de Janeiro<br />

Clube Vida em Grupo Rio de<br />

Janeiro (CVG-RJ)<br />

Site: www.cvgrj.com.br<br />

Telefones: (21) 2203-0393 / 2213-2787<br />

Local: Rua da Quitanda, 159 / 12º andar,<br />

Centro<br />

Investimento: R$ 150<br />

As inscrições deverão ser realizadas na<br />

secretaria do Clube.<br />

• CURSOS TÉCNICOS<br />

Estratégias de Vendas de Seguros de<br />

Pessoas e Saúde (Sergio Ricardo de M.<br />

Souza, diretor do CVG-RJ)<br />

Data: 10/11/2015 a 12/11/2015 (12 h/aula)<br />

Horário: das 17h45 às 20h45<br />

Estratégias de Comercialização de<br />

Produtos de Capitalização (Wellington<br />

Costa, diretor financeiro do CVG-RJ)<br />

Data: 24/11/2015 a 26/11/2015<br />

Horário: das 17h45 às 20h45 (12 horas/<br />

aula)<br />

Espírito Santo<br />

Sincor-ES<br />

Site: www.sincor-es.com.br<br />

E-mail: presidencia@sincor-es.com.br<br />

Telefones: (27) 2125-6666 / 2125-6667<br />

Palestras para 2016 serão divulgadas posteriormente.<br />

Para conferir, acesse o site do<br />

Sindicato periodicamente.<br />

Diversificação de Carteira – Uma<br />

Questão de Sobrevivência<br />

Palestra Técnica voltada ao Mercado<br />

(corretores/seguradores e respectivos<br />

funcionários) realizada em parceria com<br />

a Escola Nacional de Seguros<br />

Data: 10/11/2015, das 11h30 às 13h30<br />

Local: Hotel Brystol Century Plaza<br />

(Avenida Dante Micheline, 435, Praia de<br />

Camburi, Vitória)<br />

Investimento: gratuito para corretores<br />

associados e companhias seguradoras<br />

parceiras.<br />

Rio Grande do Sul<br />

Universidade Federal do Rio<br />

Grande do Sul (UFRGS)<br />

Site: www.ufrgs.br<br />

E-mail: cgatu@ufrgs.br<br />

Telefone: (51) 3308-3323<br />

Graduação em Ciências Atuariais<br />

Duração: 2 anos e meio<br />

Locais: Campus Centro (Avenida João<br />

Pessoa, 41; e Avenida Paulo Gama, 110)<br />

Campus do Vale (Avenida Bento Gonçalves,<br />

9500, Bairro Agronomia)<br />

Inscrições para o processo seletivo já<br />

estão encerradas. Porém, os candidatos<br />

que fizeram o Exame Nacional do Ensino<br />

Médio (Enem) poderão concorrer a<br />

vagas via Sistema de Seleção Unificada<br />

(Sisu).<br />

Sincor-RS<br />

Site: www.sincor-rs.org.br<br />

E-mail: sincor@sincorrs.com<br />

Telefone: (51) 3225-7726<br />

Palestras para 2016 serão divulgadas posteriormente.<br />

Para conferir, acesse o site do<br />

Sindicato periodicamente.<br />

Venda Consultiva<br />

Palestra ministrada por Rodrigo Maia<br />

e realizada em parceria com a Escola<br />

Nacional de Seguros e o Sindseg<br />

Investimento: gratuito<br />

Locais: Delegacia Região Central – Santa<br />

Maria (17/11/2015, às 19h) e Delegacia<br />

Região Fronteira Oeste – Argentina –<br />

Uruguaiana (18/11/2015, às 19h)<br />

45


evento | CVG-RJ<br />

Profissionais do ano<br />

Fotos: Dalvino Santino<br />

Com a presença de personalidades e<br />

autoridades do mercado, Oscar do Seguro 2015<br />

premiou os destaques do segmento securitário<br />

nos últimos 12 meses<br />

O<br />

Hotel Windsor Guanabara,<br />

no Rio de Janeiro, foi palco<br />

para a realização do Oscar<br />

do Seguro 2015. Promovida<br />

pelo Clube Vida em Grupo do Rio de<br />

Janeiro (CVG-RJ) em outubro, a premiação<br />

reconheceu os profissionais e organizações<br />

que se destacaram no mercado<br />

segurador no último ano.<br />

Estiveram presentes no evento personalidades<br />

e autoridades do segmento,<br />

além de dirigentes de seguradoras, corretoras<br />

e assessorias de seguros. Prestadores<br />

de serviços da área e representantes<br />

dos demais CVGs espalhados pelo País<br />

também prestigiaram a festa.<br />

Na abertura do evento, o presidente<br />

da entidade, Marcello Hollanda, destacou<br />

a importância da união entre os agentes da<br />

indústria seguradora, principalmente diante<br />

do atual cenário econômico. Na visão do<br />

executivo, a capacitação dos profissionais<br />

é o caminho para se fortalecer as carteiras<br />

de saúde e vida, suas apostas no momento.<br />

“Não devemos perguntar o que<br />

o mercado de seguros pode fazer por<br />

nós, e sim o que podemos fazer por ele.<br />

Neste sentido, atuamos para aperfeiçoar<br />

cada vez mais o segmento de pessoas”,<br />

declarou Hollanda.<br />

46<br />

Minas Mardirossian, fundador e<br />

primeiro presidente do Clube, também<br />

participou do Oscar do Seguro e lembrou<br />

que o mercado securitário tem uma<br />

função social ao indenizar a sociedade.<br />

“Para se ter ideia, nos últimos cinco anos<br />

foram pagos R$ 300 bilhões em indenizações”,<br />

disse.<br />

Os destaques da festa<br />

Sob o comando de Alexandre Tavares,<br />

os 24 homenageados subiram ao<br />

palco para receber os troféus. A escolha<br />

dos vencedores considerou o voto dos<br />

associados do CVG-RJ; a análise de estatísticas<br />

e rankings, o acompanhamento<br />

Marcello Hollanda e Roberto<br />

❙❙Westenberger<br />

na mídia e aceitação pelo consumidor,<br />

além da análise técnica e profissional de<br />

cada indicado.<br />

Um dos destaques foi a CNseg, eleita<br />

a Entidade Institucional do ano. A Confederação<br />

foi representada pela sua diretora<br />

executiva, Solange Beatriz Palheiro<br />

Mendes. “Ao premiar a CNseg, o CVG-RJ<br />

homenageia todo o mercado de seguros. A<br />

festa de hoje simboliza a união do setor,<br />

que merece os parabéns pela excelência<br />

do serviço prestado à nossa sociedade”,<br />

afirmou a executiva, na ocasião.<br />

Já o título de Personalidade Institucional<br />

ficou com o superintendente da<br />

Superintendência de Seguros Privados<br />

(Susep), Roberto Westenberger. Ele<br />

acredita que o foco na educação é um<br />

dos pontos em comum entre o órgão<br />

regulador do setor e o CVG-RJ. “Em um<br />

mercado em que os processos e a venda<br />

se tornam cada vez mais complexos,<br />

educar os profissionais que nele atuam é<br />

primordial”, declarou.<br />

Diretoria reeleita<br />

Marcello Hollanda saudou os demais<br />

integrantes da diretoria do Clube, reeleita<br />

este ano. A nova configuração conta com<br />

Carlos Ivo Gonçalves como vice presidente,<br />

Isaque Farizel na função de diretor<br />

social, Sergio Ricardo de Souza ocupando<br />

a diretoria de seguros e Wellington<br />

Costa como diretor tesoureiro.<br />

O presidente assumiu o compromisso<br />

de conduzir o Clube com a mesma destreza<br />

e foco do primeiro mandato.


evento | capitalização<br />

Um caminho possível<br />

para o setor<br />

A capitalização é mais uma forma de acumulação, que contempla<br />

uma camada da população que quer ser feliz, de forma concreta,<br />

a partir de pequenos valores<br />

O<br />

48<br />

papel fundamental do seguro<br />

é estabilizar o cenário social<br />

do País. “Temos uma parceria<br />

público privada com o<br />

Governo em sua essência, porque complementamos<br />

a sua atuação em diversas<br />

áreas como previdência e capitalização”,<br />

afirmou Marco Antonio Rossi, presidente<br />

da CNseg, na abertura do 4 o Workshop<br />

de Capitalização, realizado pela Fenacap.<br />

Marco Barros, presidente da Fenacap,<br />

disse que o setor cresceu quase 2%<br />

neste ano e deve cumprir a meta de crescimento<br />

nominal de 4%. “Esperemos que<br />

o processo inflacionário não perdure por<br />

muito tempo. Do ponto de vista local, não<br />

observamos mudança brusca de comportamento<br />

do setor. Não acreditamos que<br />

haverá grandes oscilações. A discussão<br />

é quanto isso vai perdurar e afetar diretamente<br />

o mercado de capitalização”,<br />

destacou o executivo.<br />

O pesquisador da Overview, Luis<br />

Eduardo Guedes, apresentou uma pesquisa<br />

realizada com clientes de produtos de<br />

banco, garantia de aluguel e não clientes,<br />

em várias cidades brasileiras.<br />

Estas pessoas, principalmente das<br />

classes C e D, em um momento de incerteza<br />

que já se previa nos meses de abril<br />

e maio, mostrou que em diferentes composições<br />

de família, cada uma guardava<br />

dinheiro à sua maneira. “Basicamente, se<br />

guardava o que sobrava”, disse.<br />

O sonho destas pessoas, em primeiro<br />

lugar, era comprar a casa própria. O segundo<br />

era investir na própria educação<br />

ou na dos filhos, e algumas coisas de<br />

curto prazo.<br />

As principais motivações são guardar<br />

dinheiro para emergências e imprevistos,<br />

além da realização dos sonhos.<br />

“Eles sabem que nem só a poupança ou<br />

a capitalização são capazes sozinhas de<br />

realizar o sonho”, mostrou Guedes.<br />

Na hora de escolher um produto<br />

financeiro as indicações vêm do gerente<br />

do banco ou de familiares e amigos com<br />

boas experiências.<br />

Os clientes sabem que têm direito a<br />

retorno e sorteios, mas eles não sabem


como funcionam os sorteios ou como<br />

obter estas informações ao longo da<br />

vigência do plano. O prazo de carência é<br />

conhecido, mas as pessoas fazem saques<br />

para cobrir vários tipos de despesas,<br />

mesmo sabendo que o resgate é inferior<br />

ao montante aplicado.<br />

O que leva à compra de um título de<br />

capitalização é a poupança forçada e a<br />

possibilidade de sorteio. Os não clientes<br />

conhecem o produto e têm as mesmas<br />

dúvidas dos clientes.<br />

No produto de garantia de aluguel, os<br />

clientes reconheceram as suas vantagens<br />

em relação ao seguro fiança, porque têm<br />

o retorno total do valor investido, entretanto,<br />

uma barreira é o montante a ser<br />

pago para a contratação do produto de<br />

uma vez só.<br />

Angélica Carlini, advogada e presidente<br />

da AIDA Brasil, disse que a Susep<br />

tem uma postura diferenciada no setor<br />

porque ela atende aos consumidores e é o<br />

órgão que fiscaliza a atividade econômica.<br />

O que é um retrabalho, em sua opinião.<br />

É necessário que o consumidor entenda<br />

que, do dinheiro que ele investe,<br />

uma parte é destinada para formar o<br />

montante que será devolvido no resgate;<br />

outra parte vai para o custeio dos prêmios<br />

pagos aos contemplados; e uma terceira<br />

parte é destinada para cobrir as despesas<br />

administrativas. Capitalização não é<br />

poupança nem investimento, não é loteria,<br />

não é contrato de seguro. “Procurar<br />

na capitalização elementos vantajosos<br />

a partir da comparação com os outros<br />

serviços acima referidos é um exercício<br />

inócuo”, ensinou.<br />

Capitalização é um serviço para<br />

acumulação de capital que será resgatado<br />

num período de tempo. Durante este<br />

Números da Capitalização<br />

em 2014<br />

R$ 30 bilhões de reservas técnicas<br />

15,9 milhões de clientes PF<br />

1,1 milhão de clientes PJ<br />

R$ 21,87 bilhões de receitas globais<br />

72 mil empregos diretos e indiretos<br />

R$ 1 bilhão em prêmios de sorteios<br />

R$ 15 bilhões devolvidos a clientes<br />

PF/PJ<br />

período o dinheiro será atualizado. A<br />

advogada ressaltou que no Brasil há um<br />

certo “nojinho de falar sobre os deveres<br />

dos consumidores”. Todos os contratos<br />

impõem direitos e deveres. O primeiro é<br />

de pagar, o segundo é cumprir as regras.<br />

“Isso eu digo à exaustão aos seguradores:<br />

o dever de informar é do vendedor”, ressalta<br />

Angélica.<br />

A professora de marketing e negócios<br />

internacionais do Instituto COPPEAD de<br />

Administração da UFRJ, Heloisa Maria<br />

Barbosa Leite, disse que o seu relacionamento<br />

com o mercado de capitalização<br />

começou há 70 anos, na casa de seus pais<br />

no interior do Rio de Janeiro.<br />

A pergunta é: como se explica que<br />

há tantos e tantos anos já existiam indivíduos<br />

dispostos a adquirir planos de<br />

capitalização? “É da natureza humana!”,<br />

responde Heloisa, acrescentando que as<br />

pessoas precisam sonhar, mesmo que<br />

não se lembre do que se sonhou, e que<br />

os sonhos de consumo existem e o ser<br />

humano quer sempre realizá-los.<br />

O que motiva os indivíduos e empresas<br />

a comprar estes títulos? “Temos que<br />

analisar a palavra racionalidade, porque<br />

ela é relativa. O que prejudicou muito a<br />

educação financeira foi o incentivo ao consumo.<br />

Ninguém fala institucionalmente da<br />

poupança”, argumentou a pesquisadora.<br />

Ela sugeriu que façam propaganda<br />

com pessoas que ganharam nos sorteios.<br />

“Não é difícil encontrá-los, eles só estão<br />

espalhados pela imensidão do País”,<br />

completou.<br />

49


evento | RC<br />

A época do seguro de<br />

Responsabilidade Civil<br />

Produto cresce e<br />

mercado começa a<br />

observar o que deve<br />

ser reavaliado na<br />

modalidade<br />

Amanda Cruz<br />

“Quem trabalha correto quer ter proteção<br />

correta”. Foi assim que Fernando<br />

Simões iniciou a abertura do I Seminário<br />

de Seguro de Responsabilidade Civil<br />

promovido pela FenSeg em parceria com<br />

a Funenseg, em São Paulo. Isso porque<br />

o produto é uma grande defesa para<br />

aqueles que se preocupam com os danos<br />

que podem causar a outras pessoas em<br />

diferentes atividades, mas especialmente<br />

daqueles profissionais que correm riscos<br />

que fogem ao seu alcance.<br />

Da abertura dos debates participaram<br />

também Paulo Marraccini, presidente<br />

da FenSeg e Maria Helena Monteiro,<br />

diretora de ensino da Escola Nacional de<br />

Seguros que indicou a intenção da Escola<br />

em transformar esses seminários em<br />

futuros cursos para a instituição.<br />

Entre muitos assuntos, o evento tratou<br />

sobre os conceitos gerais do seguro<br />

de Responsabilidade Civil em um painel<br />

com mediação de Robert Rufnagel, vice-<br />

-presidente da Berkley, que deu o pontapé<br />

inicial com a pergunta: “por que o RC<br />

Geral, de diversos tipos, cresce tanto?”<br />

Gutemberg Viana, gerente da carteira<br />

na Chubb Seguros, comentou que o crescimento<br />

desse mercado é de, em média,<br />

10% ao ano, e isso se deve a alguns fatos,<br />

como conscientização da população,<br />

saturação de outros ramos e despertar do<br />

corretor para áreas diferentes de atuação.<br />

Essa última, para Álvaro Dabus, da AD<br />

Corretora, é crucial, porque a especialização<br />

dos corretores em temas diferentes<br />

❙❙Gutemberg Viana, Alvaro Dabus, Robert Hufnagel, Felippe Barretto e Walter Polido<br />

é a grande oportunidade de crescimento<br />

que eles têm. “Mas, sobre o crescimento,<br />

devemos levar em consideração tudo o que<br />

aconteceu no País nos últimos anos, como<br />

a distribuição de renda e os programas<br />

sociais. Tudo isso contribuiu para que as<br />

pessoa passassem a se preocupar mais com<br />

a proteção”, lembrou.<br />

Para o advogado Felippe Barreto, é<br />

importante também destacar o quanto<br />

o seguro de RC é relevante socialmente.<br />

Um exemplo de que quem contrata<br />

está preocupado com os impactos que<br />

seus atos possam causar. “Acredito que<br />

o mercado está travado nas condições<br />

que apresenta. Há danos coletivos, por<br />

exemplo, entre outras situações, que o<br />

mercado ainda não contempla. Hoje nós<br />

só fazemos os danos clássicos. É preciso<br />

conhecer mais de direito para atuar nessa<br />

área”, opinou.<br />

Mais uma vez, o mercado esbarra na<br />

questão da falta de clareza nas apólices.<br />

Os especialistas no evento afirmaram que<br />

os impasses que aparecem todos os dias<br />

são enormes porque o consumidor não<br />

entende direito a apólice, quais riscos<br />

foram excluídos no momento da contratação<br />

ou porquê foram declinados.<br />

Walter Polido, advogado, criticou o<br />

modo como a maioria das seguradoras<br />

encara suas cláusulas. “Os clausulados<br />

são anacrônicos, sem seguir os novos interesses<br />

da comunidade da maneira como<br />

ela é hoje. Não vejo motivos para que eles<br />

sejam instruídos pela Susep, porque não<br />

cabe a ela fazer e padronizar produtos,<br />

mas sim regular. Fazer e definir como<br />

serão os produtos são responsabilidades<br />

das seguradoras”, apontou.<br />

A questão foi levantada por Polido<br />

por causa da circular 437 apresentada pela<br />

autarquia, que estabelece condições contratuais<br />

padronizadas. Mas Viana discorda<br />

e diz que “a circular não foi imposta a ninguém,<br />

não era obrigatório seguir. Ela tem<br />

muitas falhas entre exclusões e inclusões,<br />

mas cabe a seguradora fazer diferente da<br />

maneira que achar melhor. Poderíamos e<br />

podemos fazer melhor”, avaliou.<br />

Por fim, o consenso é que, com os<br />

players do mercado atuando em conjunto,<br />

é preciso alavancar o mercado de RC<br />

com o corretor fazendo essa divulgação,<br />

juntamente com gerenciamento de risco,<br />

apresentando cases de sinistros para que<br />

seus segurados tenham pleno entendimento<br />

da importância da contratação.<br />

50


eventos<br />

Tocantins recebe<br />

SindSeg BA/SE/TO<br />

A Noite do Seguro marcou a chegada<br />

do SindSeg BA/SE/TO no Estado do<br />

Tocantins.<br />

Na ocasião, foi apresentado o novo<br />

delegado que representará o SindSeg na<br />

região a partir de 2016: Marcos Borges<br />

Dias, da HDI Seguros. Foram entregues<br />

ainda as placas de homenagem da gerente<br />

de unidades regionais da Funenseg,<br />

Simone Maiello; e do presidente João<br />

Giuseppe, à diretoria do Sincor-TO.<br />

Previdência em<br />

debate<br />

A SulAmérica reuniu a imprensa<br />

especializada do mercado<br />

segurador em seu I Workshop sobre<br />

Previdência.<br />

Marcelo Mello, vice-presidente<br />

da área de Investimentos da companhia,<br />

disse que 2015 tem sido um ano<br />

interessante para o segmento por conta<br />

do risco e da volatilidade. “Em 2016,<br />

os investidores vão traçar o histórico<br />

do mercado e analisar que, mesmo em<br />

um ano difícil, esses fundos conseguiram<br />

gerar resultados”, declarou.<br />

Diretoria do Clube do<br />

Litoral Paulista toma<br />

posse<br />

O Clube dos Corretores de Seguros<br />

da Costa da Mata Atlântica (Clube do<br />

Litoral Paulista), que abrange toda a<br />

Baixada Santista, está com novos dirigentes.<br />

Eleita por aclamação em julho<br />

deste ano, a diretoria ficará à frente da<br />

entidade durante o biênio 2015/2017. Os<br />

executivos tomaram posse no dia 1º de<br />

outubro, em cerimônia com a presença<br />

de mais de 150 pessoas.


evento | 19º Congresso<br />

Agradáveis surpresas<br />

Evento organizado na cidade de Foz do Iguaçu,<br />

no Paraná, reuniu corretores de seguros de todo<br />

o Brasil para discutir os rumos da profissão e as<br />

possíveis saídas para a crise econômica brasileira<br />

Kelly Lubiato e Amanda Cruz, de Foz do Iguaçu<br />

Ficar três dias em apenas um lugar,<br />

entrando e saindo de palestras e<br />

circulando pela feira de seguros<br />

é uma tarefa árdua. Mas várias<br />

coisas motivaram corretores de seguros,<br />

seguradores, autoridades e prestadores de<br />

serviços a frequentarem os corredores do<br />

Centro de Eventos do Hotel Rafain, em<br />

Foz do Iguaçu.<br />

O primeiro motivo foi a busca pelo<br />

conhecimento. As palestras mantiveram-<br />

-se lotadas em todos os momentos. Na<br />

hora do sorteio havia a superlotação, com<br />

corretores em pé no fundo do auditório<br />

(só tinha a chance de concorrer aos carros<br />

zero km quem estivesse presente).<br />

Tudo isso com a concorrência desleal<br />

das belezas naturais de Foz do Iguaçu e<br />

da tentação de fazer compras em Ciudad<br />

Del Este (Paraguai) e Puerto Iguazu<br />

(Argentina).<br />

O segundo motivo foi o relacionamento.<br />

Um evento deste porte é uma<br />

oportunidade única para corretores<br />

encontrarem os líderes das seguradoras.<br />

Há ainda um terceiro motivo: os atrativos<br />

que os seguradores colocaram em<br />

seus estandes. Havia de tudo, desde os<br />

tradicionais brindes até show de música<br />

sertaneja, tinha sorvete à vontade e balinhas<br />

de todos os tipos. Comida e bebida<br />

então, nem se fale.<br />

Aliás, a comida do evento foi uma<br />

das agradáveis surpresas. Era saborosa e<br />

de muito boa qualidade, características<br />

difíceis para um acontecimento deste<br />

porte. Outra surpresa foi trazida pelo<br />

superintendente da Susep que, logo na<br />

abertura, sacou do bolso o novo modelo<br />

da carteira de identidade profissional dos<br />

corretores de seguros.<br />

Uma característica deste evento foi<br />

o uso de uniformes. A começar pela<br />

equipe da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, que estava<br />

devidamente identificada, vários grupos<br />

de empresas e sindicatos mostraram a<br />

sua força através de camisas e camisetas.<br />

Teve executivo brincando que a sua<br />

camisa podia não ser a mais bonita, mas<br />

era a mais bem passada...<br />

Algumas novidades também circularam<br />

pelos corredores do Rafain, grupo<br />

que possui vários empreendimentos em<br />

Foz do Iguaçu, como hotéis e restaurantes.<br />

A Lojacorr anunciou a fusão com a<br />

União Nacional dos Corretores de Seguros<br />

para ampliar a sua capilaridade no<br />

Estado de São Paulo.<br />

Por parte das seguradoras, a Porto<br />

Seguro disse que preparava o lançamento<br />

de um seguro para automóveis<br />

‘Premium’. A Axa, que há pouco chegou<br />

ao Brasil, estuda entrar para o mercado<br />

de seguro saúde, carteira na qual opera<br />

em outros países.<br />

Outra novidade apresentada pela Fenacor<br />

neste evento foi um aplicativo para<br />

smartphones, com toda a programação e<br />

avisos sobre o seu andamento. Ficou mais<br />

fácil saber quando as coisas começavam<br />

e terminavam. Apenas o sinal de wifi<br />

variou muito de intensidade.<br />

Na avaliação do presidente da Fenacor,<br />

Armando Vergilio, apesar do pouco<br />

tempo, o evento tentou cobrir o maior<br />

grau de assuntos possível. Ele também<br />

fez um anúncio: “Goiânia irá receber o<br />

próximo Congresso, em 2017”. Vergilio<br />

também anunciou que a Federação dos<br />

Corretores vai realizar um Prêmio de<br />

Jornalismo no ano que vem.<br />

52


“Não ter seguro de vida é<br />

negligenciar a própria família.<br />

O corretor é capaz de mudar o<br />

futuro de uma família. A magia<br />

da profissão é essa”<br />

Josusmar de Sousa,<br />

coordenador de Vida, Previdência e<br />

Capitalização do Sincor-SP<br />

❙❙Gilberto Luz Amaral, do IBPT, e Francisco Galiza, da Rating<br />

Estudo socioeconômico das<br />

empresas de seguro<br />

Apresentado por Francisco Galiza,<br />

consultor da Rating Seguros, análise<br />

respondida por cerca de 2 mil corretores,<br />

a maioria da região Sudeste, mostrou que<br />

65% das empresas que praticam a corretagem<br />

de seguros são microempresas,<br />

formadas por pessoas físicas e que 80%<br />

delas conseguem renovar mais de 80%<br />

das suas carteiras anualmente. “É muito<br />

importante a oportunidade de ver o antes<br />

e depois. O Instituto Brasileiro de Planejamento<br />

e Tributos - IBPT foi um instituto<br />

que fomentou os estudos para a extensão<br />

das categorias no Supersimples e o estudo<br />

da Fenacor é um case de sucesso”, destaca<br />

Gilberto Luz Amaral, presidente do<br />

Conselho Superior do IBPT.<br />

Vida e benefícios<br />

Longevidade é o anseio de todas as<br />

pessoas, mas será que elas pensam no<br />

quanto estão preparadas para lidar com<br />

uma vida longa e fazer com que seja<br />

saudável? A preocupação com o futuro<br />

começa apenas para pessoas em torno<br />

dos 50 anos. Enquanto isso, os aposentados<br />

gastam com saúde em cinco anos<br />

a mesma coisa que gastaram a vida toda.<br />

Luciano Snel, presidente da Icatu<br />

Seguros, acredita que o papel do setor<br />

que se ocupa dessas carteiras é mostrar<br />

a importância de obter uma proteção que<br />

pode solucionar problemas tão graves.<br />

Para Ricardo Iglesias Teixeira, diretor<br />

presidente da Centauro-ON, o corretor<br />

de seguros é quem pode desenvolver esse<br />

papel, mas para isso o profissional precisará<br />

estar focado e preparado, inclusive<br />

psicologicamente, para estar perto de seus<br />

clientes. Já para Alaor da Silva Junior, as<br />

entidades do mercado, como Fenacor e<br />

CNseg, devem investir no rejuvenescimento<br />

do mercado, que serão capazes de<br />

acompanhar as mudanças tecnológicas.<br />

“Há um oceano de<br />

oportunidades que deixa<br />

claro que o setor de seguros<br />

em geral é o mais resiliente à<br />

crise. Em particular, o setor de<br />

saúde privada é mais resistente<br />

ainda. O padrão recente do<br />

Brasil de aumento do emprego<br />

e do rendimento médio da<br />

população permitiram o<br />

acesso aos planos de saúde”<br />

Marcio Coriolano,<br />

presidente da FenaSaúde<br />

Saúde suplementar e ajuste<br />

fiscal - As oportunidades do<br />

Momento<br />

Ter um plano de saúde faz parte do<br />

desejo de boa parte da população brasileira.<br />

Segundo dados da FenaSaúde, ele é<br />

o terceiro anseio brasileiro, ficando atrás<br />

do acesso à educação e à casa própria.<br />

A crise existe, mas regiões como<br />

Norte, Nordeste e Centro-Oeste continuam<br />

angariando novos beneficiários.<br />

Esse processo de interiorização do País<br />

configura novas possibilidades. José<br />

Cechin, diretor Executivo da FenaSaúde,<br />

destacou que metade dos quatro milhões<br />

de estabelecimentos no País tem até quatro<br />

funcionários, o número de empresas<br />

com mais de 100 funcionários no Brasil<br />

é igual ao número de corretores. “O País<br />

perdeu 400 mil empregos, mas a região<br />

Centro-Oeste ganhou 600 mil”, comemorou<br />

o executivo.<br />

Para Maurício Lopes, presidente de<br />

Saúde e Odonto da SulAmérica, “esse<br />

país é heterogeneamente brilhante, não<br />

cresce ou diminui de maneira geral,<br />

53


evento | 19º Congresso<br />

❙❙José Cechin, do IESS<br />

dependendo da época, alguns setores<br />

vibram e outros não, algumas regiões<br />

crescem fortes e outras decrescem”,<br />

apontou.<br />

Com o aumento da renda veio<br />

aumento da informação da sociedade<br />

e o corretor precisa acompanhar essa<br />

realidade. “Esse mercado resiste à crise<br />

e os movimentos de resistência são<br />

oportunidades que pedem corretores<br />

“Nós fazemos ou<br />

complementamos tudo que o<br />

Estado não pode fazer ou não<br />

consegue fazer sozinho”<br />

Marco Antonio Rossi,<br />

presidente da CNseg e da Bradesco<br />

Seguros<br />

mais preparados”, acredita Cesar Serra,<br />

diretor adjunto da ANS.<br />

“Cabe a nós transformar outros<br />

produtos em coisas que o cliente trará<br />

como demanda no seu desejo de compra.<br />

Nós precismos dar atenção a isso antes<br />

que outros tenham”, alegou Alexandre<br />

Camillo, presidente do Sincor-SP.<br />

Crescer e desenvolver: o<br />

caminho é simples?<br />

“O entendimento de que seguro é<br />

investimento para garantir o bem estar<br />

social hoje e na velhice é parte da educação<br />

financeira”, afirmou Tarcisio Godoy,<br />

secretário executivo do Ministério da<br />

Fazenda, no início do debate em que<br />

seguradores falaram sobre como podem<br />

ajudar os corretores a se desenvolver,<br />

como encontrar oportunidades.<br />

“Nós estamos precisando de um<br />

modelo descentralizador. No mercado de<br />

seguros nós somos privilegiados. Nessa<br />

crise, sabemos que pelo menos 75% dos<br />

nossos clientes renovarão ano que vem.<br />

Mas medidas precisam ser tomadas”, indicou<br />

Jayme Garfinkel, presidente do Conselho<br />

de Administração da Porto Seguro.<br />

O conselho de Marco Antonio Rossi,<br />

presidente da CNseg e da Bradesco Seguros,<br />

é de que os corretores precisam<br />

se perguntar como poderão vender os<br />

produtos e conquistar clientes? “50% da<br />

força de trabalho será da geração Y em<br />

2016, pessoas com uma íntima relação<br />

com a internet. Como faremos para que<br />

as ofertas do corretor possam chegar ao<br />

consumidor de forma diferente? Temos<br />

que encontrar uma maneira de sermos<br />

mais modernos e mais proativos para<br />

encantar pessoas”.<br />

A sugestão de Patrick Larragoiti,<br />

presidente do Conselho de Administração<br />

da SulAmérica, é que “não é na<br />

frente do computador que faremos nosso<br />

trabalho. Temos que conhecer o cliente<br />

e estar perto dele, conhecer a família do<br />

segurado, sua profissão, para oferecer os<br />

melhores produtos possíveis”.<br />

“A confiança tem papel<br />

fundamental nessa relação e<br />

ela é construída no dia a dia<br />

da relação. O corretor tem<br />

esse papel”<br />

Maria Elena Bidino,<br />

superintendente de reações com o<br />

mercado da CNseg<br />

Educação Financeira<br />

Como tornar uma sociedade consciente<br />

de que saber poupar, investir e<br />

gerenciar as finanças é a maneira de<br />

garantir uma vida melhor?<br />

Para Roberto Westenberger, “o maior<br />

problema do Brasil é educação. Nós estamos<br />

aqui porque nossa educação não<br />

nos deu condições para irmos além com<br />

educação financeira. Por outro lado, o<br />

que anima é que as pessoas que se interessam<br />

têm um poder multiplicador de<br />

conhecimento”.<br />

Para tentar minimizar esse problema,<br />

em uma iniciativa multisetorial, com<br />

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participação da CNseg e da própria<br />

Susep, em 2010 foi criada a Estratégia<br />

Nacional de Educação Financeira –<br />

ENEF. As diretrizes dessa estratégia<br />

estão baseadas em atuar com formação,<br />

informação e orientação, com gratuidade<br />

nessas ações.<br />

Realidade social e econômica<br />

do Brasil e do setor de<br />

seguros<br />

Há cinco anos o cenário brasileiro<br />

era bem diferente e muito mais promissor.<br />

Por isso Dony de Nuccio, jornalista,<br />

classifica o momento brasileiro como<br />

interessante e desafiador. E como os<br />

mercados podem continuar a ter consumidores?<br />

Para Nuccio, o que traz o<br />

sucesso é quebrar as expectativas.<br />

O perfil do brasileiro de classe média<br />

mudou muito na época de crescimento<br />

e isso não pode ser ignorado. Para João<br />

Francisco da Costa, presidente da HDI,<br />

“o aumento dessa classe média proporcionou<br />

um aumento também na venda<br />

de seguros”.<br />

Lucas Vergílio aproveitou o painel<br />

para mostrar as propostas feitas<br />

para o setor de seguros:<br />

PL 10/15 – Aprovado na câmara<br />

dos deputados, visa estruturar o<br />

VGBL Saúde, chamado pelo mercado<br />

de Prev Saúde<br />

PL 3139/15 – Proibição de cooperativas<br />

e de associações de seguros.<br />

PLP 01/2015 – Obrigatoriedade do<br />

seguro de RC para estabelecimentos<br />

como rodeios, boates, cinemas,<br />

torneios esportivos etc<br />

PL 1700/15 – Identidade profissional<br />

dos corretores que somará ao<br />

consumidor, poderemos nos apresentar<br />

como corretores habilitados.<br />

PL 2420/15 – Proibição de registro<br />

de nomes iguais ou semelhantes<br />

de corretoras de seguros<br />

PL 3223/15 – Regulamentação de<br />

a atividade e profissão de corretor<br />

de planos de saúde suplementar<br />

“Não pensar só em preço,<br />

mas em vínculo emocional<br />

e fidelização de consumo<br />

do cliente, se isso existir ele<br />

não deixará de pagar pelo<br />

produto. Em qualquer crise<br />

você pode escolher entre<br />

esperar e agir”<br />

Fabio Luchetti,<br />

presidente da Porto Seguro<br />

Para onde caminha o mercado<br />

de Seguros: Uma visão local e<br />

global<br />

Em 1998 o mundo era muito diferente,<br />

em questões tecnológicas, por exemplo. A<br />

mídia escrita foi para o digital e o mundo<br />

mudou completamente. Ele está mudando<br />

também para corretores e companhias.<br />

Por isso, os corretores precisam<br />

acompanhar esse movimento, começando<br />

pelo básico: mudar a maneira de<br />

enxergar a construção das relações com<br />

o consumidor.<br />

“Qual o perfil do cliente? Algumas<br />

perguntas tradicionais dariam dois perfis<br />

idênticos de pessoas que, na realidade<br />

são muito diferentes, é preciso fazer o<br />

seguro com base no comportamento”,<br />

esclarece David Colmenares, CEO da<br />

Zurich Seguros. Ele trouxe dados que<br />

confirmaram que 78% dos compradores<br />

não são fieis a marcas e que 62% fazem<br />

consultas online, mas compram offline.<br />

“Hoje temos consumidores mais exigentes<br />

e informados e conectados. Ainda<br />

assim, muitos não utilizam a tecnologia<br />

como ferramenta para falar diretamente<br />

com eles”, aponta.<br />

Fabio Basilone, da Swett & Crawford<br />

Brasil, testemunha que “é difícil falar<br />

do futuro do mercado, porque a crise é<br />

um tempero especial que chegou para<br />

atrapalhar.<br />

“Nós somos corretores, uma espécie<br />

de embreagem entre fazer negócios<br />

de grandes empresas e pessoas, somos<br />

o que transforma números em saciar<br />

inseguranças”.<br />

❙❙David Colmenares, da Zurich<br />

55


flashes | 19º Congresso<br />

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57


comunicação e expressão<br />

por J. B. Oliveira*<br />

O jovem e a educação:<br />

um patrimônio crítico<br />

“Esta juventude está estragada até o fundo do coração.<br />

Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão<br />

a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será<br />

capaz de manter nossa cultura.”<br />

“Não tenho mais nenhuma esperança no futuro deste<br />

país, se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque<br />

essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente<br />

horrível.”<br />

O jovem: conceito e preconceito:<br />

Michaelis define jovem como quem “está nos primeiros<br />

tempos de existência. Que tem a graça e o vigor da<br />

juventude.”<br />

Alertavam os latinos, com razão: “omnia definitio<br />

periculosa est”. Quer pela dificuldade de se enunciar os<br />

contornos precisos de alguma coisa quer, quiçá, porque<br />

definição lembra definitivo, o que representa sério problema<br />

num mundo em constante mudança. Paralela à definição, a<br />

conceituação é mais livre: considera jovem não apenas quem<br />

está “nos primeiros tempos de existência”, mas flexibiliza-<br />

-se para ir além dos trinta anos... Nos anos 60 — época da<br />

“juventude rebelde” — celebrizou-se a frase: “não confie<br />

em ninguém com mais de trinta”...<br />

Pode-se aceitar, portanto, o conceito de que é jovem<br />

— em princípio — quem se acha ao redor dos trinta anos,<br />

embora afirme Douglas Mac Arthur que “a juventude é um<br />

estado de espírito”!<br />

Já o preconceito aparece nas frases da abertura, que<br />

mostram que os jovens são frequente alvo de críticas quanto<br />

a seu modo de agir e viver. Críticas bem atuais, não? Não<br />

mesmo! Eis, respectivamente, suas fontes: um vaso de argila<br />

das ruínas da Babilônia, de mais ou menos 4.900 anos e as<br />

lamúrias do poeta Hesíodo, há aproximadamente 4.000 anos!<br />

Na verdade, a juventude foi capaz de manter a cultura,<br />

não comprometeu o futuro do mundo nem se tornou pior. Ao<br />

contrário, melhorou. E muito. Hoje há cada vez mais — e<br />

cada vez mais cedo — jovens brilhando nas mais diversas<br />

áreas sociais, políticas, profissionais e acadêmicas!<br />

O fator educação<br />

“Educar é dar à alma e ao corpo toda a perfeição e<br />

a beleza de que são susceptíveis.” (Platão, 429 – 347 a.C.)<br />

“A base de todo estado é a educação de sua juventude”<br />

(Diógenes, 413 – 323 a.C.)<br />

Desde os primórdios, sabe-se da indispensabilidade<br />

da Educação — com ‘e’ maiúsculo — para a prosperidade<br />

social e econômica de um povo. Alertava Pitágoras (c. 570<br />

– 496 a. C.): “Se educarmos a criança, não precisaremos<br />

preocupar-nos com o adulto”. No século XVIII, Kant (1724<br />

– 1804) reitera: “A educação tem por fim desenvolver em<br />

cada indivíduo toda a perfeição de que ele seja capaz.”<br />

Filosofia à parte, a história contemporânea mostra-nos<br />

um país destruído física, política, social e economicamente<br />

na Segunda Guerra Mundial, figurando, apenas 60 anos<br />

depois, entre as primeiras potências do mundo: o Japão!<br />

Seu segredo? Priorizou a educação. Dignificou o professor<br />

e qualificou o ensino. O mesmo fez a Coréia e, em 30 anos,<br />

superou o Brasil e muitos outros países!<br />

O tema fecha aqui. Tem, o Brasil, jovens extraordinários<br />

em quantidade e qualidade. A educação, porém, deixa<br />

a desejar! Sem valorização do Magistério e qualificação da<br />

Escola, tudo se torna inócuo, pois sem este segundo fator,<br />

não há falar em binômio!<br />

* J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, Professor Universitário, Advogado e Jornalista.<br />

É Autor do livro “Falar Bem é Bem Fácil”, e membro da Academia Cristã de Letras<br />

www.jboliveira.com.br – jboliveira@jbo.com.br<br />

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