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GAZETA DIARIO 521

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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 5 de março de 2018<br />

ECONOMIA DO TURISMO<br />

Cidade<br />

09<br />

Atrativos turísticos apostam em produtos<br />

locais e movimentam a economia da cidade<br />

Juntos, o Grupo Cataratas S.A. e o Complexo Dreamland contratam mais de mil fornecedores locais por mês<br />

Setur<br />

Reportagem<br />

A estrutura necessária<br />

para receber cada vez<br />

melhor mais de 1,7 milhão<br />

de visitantes por ano é<br />

imensa. Grandes atrativos<br />

instalados em Foz do<br />

Iguaçu estão movimentando<br />

a economia da cidade,<br />

criando novas oportunidades<br />

e contratando mais de<br />

mil empresas locais.<br />

A Cataratas S.A., responsável<br />

pela administração<br />

do Parque Nacional<br />

do Iguaçu e do Marco das<br />

Três Fronteiras, conta<br />

com 512 fornecedores registrados,<br />

que entregam<br />

uma diversidade de produtos<br />

e serviços todos os<br />

meses para o grupo. Só<br />

em compras diretas são<br />

R$ 40 milhões anuais, desde<br />

insumos para o restaurante<br />

a camisetas.<br />

"São mais de 500 pequenas<br />

empresas girando<br />

em torno da concessão, é<br />

importante fazer com que<br />

a população local também<br />

seja protagonista do desenvolvimento<br />

turístico",<br />

avalia o gerente-geral do<br />

grupo em Foz do Iguaçu,<br />

Adelio Demeterko.<br />

Demeterko explica<br />

que com o fornecimento<br />

dos moradores locais o<br />

turista encontra produtos<br />

Foto: Christian Rizzi<br />

com maior autenticidade<br />

e valor agregado. "É possível<br />

ter a visão do artista<br />

local, do produtor local,<br />

estamos reforçando nosso<br />

compromisso com a região<br />

e contribuindo com o<br />

desenvolvimento dos pequenos<br />

produtores e pequenos<br />

negócios", esclarece<br />

o diretor.<br />

Esta visão também vai<br />

ao encontro dos princípios<br />

do Complexo Dreamland,<br />

que administra o<br />

Dreams Ice Bar, maior bar<br />

de gelo do mundo, Dreamland<br />

— Museu de Cera,<br />

Maravilhas do Mundo,<br />

Vale dos Dinossauros e<br />

Super Carros. Atualmente,<br />

o complexo conta com<br />

500 empresas e microempresas<br />

fornecendo diferentes<br />

atividades para o<br />

grupo.<br />

Movimentando a economia<br />

rural local, um<br />

exemplo dos produtos fornecidos<br />

para o complexo<br />

são os licores destinados<br />

ao Ice Bar. "O Dreams Ice<br />

Bar tem open bar. Inicialmente<br />

começamos a trabalhar<br />

com bebidas importadas,<br />

mas percebemos<br />

que o cliente não estava<br />

O Dreamland conta com 500 empresas e microempresas<br />

fornecendo diferentes atividades para o grupo<br />

Foto: Christian Rizzi<br />

Dilson Alves, autor de pinturas primitivas, é fornecedor<br />

da Cataratas S.A. há mais de um ano<br />

satisfeito, pois vinha de<br />

longe e tinha o mesmo produto.<br />

Então os produtores<br />

começaram a produzir<br />

para nós, tanto a cachaça<br />

quanto os licores, e hoje só<br />

trabalhamos com três produtos<br />

industriais. O restante<br />

é tudo à base de produtos<br />

artesanais, feitos<br />

pelos produtores rurais de<br />

Foz do Iguaçu", conta a gerente-geral<br />

do complexo,<br />

Paula Haito.<br />

Segundo Paula, a maioria<br />

dos fornecedores do<br />

atrativo é de Foz do Iguaçu.<br />

"A visão do grupo é<br />

sempre valorizar tanto o<br />

capital intelectual da região<br />

quanto os produtos.<br />

As empresas que fornecem<br />

desde material de limpeza,<br />

papel, entre outros<br />

produtos, são daqui. Precisamos<br />

estar agindo de<br />

forma ativa na economia<br />

local", conclui.<br />

Mais renda<br />

A contratação dos empresários locais está<br />

refletindo no aumento da produção e<br />

especialização do mercado local. Como é o<br />

caso da produtora de Foz do Iguaçu<br />

Rosane Conte, que produzia só cachaça<br />

até o surgimento o Dreams Ice Bar.<br />

"Fomos procurados para começar a<br />

produzir e fornecer licores ao bar.<br />

Produzimos quase 500 litros para o bar<br />

por mês, e hoje representa uma renda<br />

fixa a mais. Antes só vendíamos cachaça,<br />

hoje agregamos valor no licor", explica.<br />

Segundo a produtora, fornecer o produto<br />

faz parte de um sonho antigo da área<br />

rural do município. "Faz muitos anos que<br />

lutamos para estar no circuito de turismo<br />

rural. O bar de gelo é uma forma de estar<br />

no mercado de turismo agregando valor e<br />

tornando nosso produto conhecido."<br />

Já o artista plástico Dilson Paulo Alves,<br />

que cria pinturas primitivas e há um ano<br />

é fornecedor da Cataratas S.A., informa<br />

que sua renda total vem dos artigos<br />

vendidos para o grupo. "Antes de<br />

fornecer para eles, as vendas eram<br />

pequenas e esporádicas; agora eu estou<br />

trabalhando com minha capacidade<br />

máxima de produção para atender o<br />

grupo. Estou muito feliz", ressalta o<br />

artesão.<br />

A pintura primitiva do artista era<br />

encontrada facilmente nas feiras<br />

itinerantes de Foz do Iguaçu, mas<br />

atualmente elas são vendidas<br />

exclusivamente nas lojas das Cataratas e<br />

do Marco das Três Fronteiras. Os<br />

desenhos são feitos à mão,<br />

milimetricamente calculados, em<br />

cerâmicas, madeiras, pedras, sementes,<br />

casca de semente, papéis recicláveis e<br />

pedra lascada.<br />

"Entrego cerca de 40 peças por mês. O<br />

grupo está dando muita atenção para os<br />

artistas da cidade. A gente se sente muito<br />

bem vendendo para eles", agradece.

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