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editorial<br />
Ano 21 - nº 200<br />
Julho 2015<br />
Esta revista é uma<br />
publicação independente da<br />
Correcta Editora Ltda<br />
e de público dirigido<br />
Diretora de Redação:<br />
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klubiato@revistaapolice.com.br<br />
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Tiragem:<br />
15.000 exemplares<br />
Circulação:<br />
Nacional<br />
Periodicidade:<br />
Mensal<br />
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Administração, Redação e Publicidade:<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />
A nossa história<br />
do seguro<br />
Documentar tudo o que acontece em um setor da economia<br />
é meio pretensioso. Ter este desejo, nem tanto. Foi isso que buscamos<br />
desde a primeira edição da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, que no mês de<br />
agosto completa 20 anos de circulação. Foram duzentos números,<br />
que começaram a ser editados bimestralmente, e que trouxeram<br />
informações de todos os atores que participam deste mercado.<br />
Estivemos presentes nos principais momentos do mercado<br />
de seguros. Entrevistamos o chairman do Lloyd’s no ano 2000,<br />
quando a revista era publicada em versões em português e inglês,<br />
para atender a demanda das empresas estrangeiras que por aqui<br />
começaram a se instalar.<br />
Acompanhamos o primeiro Congresso Mundial de Produtores<br />
de Seguros, em Portugal. Falamos sobre novos produtos, tendências<br />
de mercado, demos alguns furos (notícias em primeira mão) e<br />
acompanhamos momentos únicos, como a abertura do mercado<br />
de resseguros em 2007.<br />
Frequentamos eventos em todos os Estados brasileiros ao longo<br />
destes 20 anos. Nossos leitores adquiriram o hábito de seguir<br />
os passos do mercado pelas páginas da <strong>Apólice</strong>. Foi assim que<br />
construímos nosso maior patrimônio: a credibilidade. E é assim<br />
que seguiremos por um rumo novo, para conquistar novos seguidores.<br />
O mundo digital ainda é um mistério, que vamos desvendar<br />
juntos, trocando sempre muitas experiências com nossos leitores e<br />
promovendo mais interatividade.<br />
Para este número simbólico e tão especial, convidamos algumas<br />
personalidades do mercado para contar a sua experiência e<br />
da sua empresa. Nas próximas páginas vocês terão a oportunidade<br />
de ler, em sequência, artigos de presidentes de 21 seguradoras,<br />
operadoras de planos de saúde e entidades do setor.<br />
Esta é uma edição histórica da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, que temos<br />
certeza de que ficará guardada na memória, na estante ou numa<br />
“nuvem” de informações.<br />
Boa leitura!<br />
Diretora de Redação<br />
Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br
sumário<br />
especial 20 anos - artigos<br />
28 | Marco Antonio Rossi<br />
22 sincor-SP<br />
Entidade realiza oficinas de empreendedorismo<br />
para auxiliar corretores<br />
a desenvolver seus negócios<br />
30<br />
|<br />
Armando Vergilio<br />
32<br />
34<br />
36<br />
|<br />
|<br />
|<br />
Antonio Trindade<br />
Ali Taha<br />
José Marcelino Risden<br />
24 sindseg-SC<br />
Jantar de Bodas de Prata da entidade<br />
comemora os 91 anos do Comitê<br />
Mixto Paranaense e Santa Catharinense<br />
de Seguros<br />
38<br />
40<br />
42<br />
44<br />
|<br />
|<br />
|<br />
|<br />
Alexandre Nogueira<br />
Julio César da Silva Felipe<br />
Luciano Snel<br />
Leonardo André Paixão<br />
70 CIAB 2015<br />
Em edição comemorativa de 25<br />
anos, Febraban abre espaço para o<br />
mercado de seguros em palestras e<br />
exposição<br />
46<br />
48<br />
50<br />
52<br />
|<br />
|<br />
|<br />
|<br />
Carlos Magnarelli<br />
Marcos Ferreira<br />
Raphael de Carvalho<br />
Mauro Figueiredo<br />
72 encor-RS<br />
11ª edição do evento destaca a<br />
evolução do mercado securitário<br />
em tempos de instabilidade econômica<br />
e debate a nova atuação<br />
dos corretores de seguros<br />
54<br />
56<br />
58<br />
|<br />
|<br />
|<br />
José Carlos Macedo<br />
Fabio Luchetti<br />
Gabriel Portella<br />
6<br />
10<br />
|<br />
|<br />
CNseg<br />
painel<br />
60<br />
|<br />
Margo Black<br />
16<br />
|<br />
gente<br />
62<br />
|<br />
José Adalberto Ferrara<br />
20<br />
|<br />
direto de londres<br />
64<br />
66<br />
68<br />
|<br />
|<br />
|<br />
Renato Rodrigues<br />
Francisco Caiuby Vidigal<br />
Werner Stettler<br />
26<br />
74<br />
|<br />
|<br />
tecnologia<br />
comunicação<br />
4
educação | CPC<br />
Qualidade profissional<br />
certificada<br />
A Certificação<br />
Profissional CNseg<br />
(CPC) será lançada em<br />
outubro para qualificar<br />
colaboradores do<br />
mercado de seguros<br />
Com enfoque na educação continuada<br />
do mercado segurador e<br />
no reconhecimento da qualificação<br />
técnica dos profissionais<br />
brasileiros, a Confederação Nacional das<br />
Empresas de Seguros Gerais, Previdência<br />
Privada e Vida, Saúde Suplementar<br />
e Capitalização (CNseg) lançará, em<br />
outubro deste ano, a Certificação Profissional<br />
CNseg (CPC). O presidente da<br />
CNseg, Marco Antonio Rossi, que foi o<br />
idealizador e grande incentivador do projeto,<br />
ressalta que o programa tem como<br />
objetivo acelerar o progresso profissional<br />
dos colaboradores do setor e sistematizar<br />
o conhecimento específico do mercado<br />
segurador, associando a teoria à prática.<br />
Ele destaca que a certificação não<br />
é obrigatória, mas seu reconhecimento<br />
pelo mercado será um diferencial na<br />
competitividade do profissional.<br />
Rossi defende que a meta do CPC<br />
é validar as habilidades, reconhecer<br />
formalmente os conhecimentos dos<br />
colaboradores do setor de seguros, bem<br />
como melhorar a produtividade. “A<br />
CNseg decidiu implantar a Certificação<br />
após constatar que o Brasil tem plenas<br />
condições de se alinhar a mercados que<br />
possuem uma indústria do seguro mais<br />
desenvolvida, como os Estados Unidos e<br />
a Inglaterra; e a outros com um patamar<br />
de desenvolvimento semelhante ao nosso,<br />
como é o caso da Índia; nos quais a especialização<br />
e a certificação do mercado<br />
de seguros já são bastante sedimentadas”,<br />
enfatiza o executivo.<br />
6<br />
❙❙Marco Antonio Rossi<br />
A CNseg será a entidade certificadora<br />
do Programa. A realização dos<br />
exames, elaboração, aplicação das provas<br />
e divulgação dos resultados ficarão a<br />
cargo da Escola Nacional de Seguros.<br />
“Rio de Janeiro e São Paulo serão as<br />
primeiras capitais a passarem pelo exame<br />
de avaliação previsto para o dia 21<br />
de outubro”, explica a diretora executiva<br />
da CNseg, Solange Beatriz Palheiro<br />
Mendes. “Os candidatos serão testados<br />
nos seguintes aspectos: 1) Estrutura do<br />
Sistema dos Seguros Gerais, Previdência<br />
Complementar Aberta, Capitalização e<br />
Saúde Suplementar; 2) Aspectos Legais<br />
e Regulamentares; 3) Ética, Ouvidoria,<br />
Aspectos Contábeis e Financeiros e Controle<br />
Interno; 4) Operações de Seguros;<br />
e 5) Canais de Distribuição de Seguros”,<br />
completa.<br />
A diretora executiva destaca que o<br />
CPC1 tratará de uma visão geral do mercado,<br />
dos princípios técnicos que regem o<br />
seguro, previdência privada, saúde suplementar<br />
e capitalização, dos aspectos legais<br />
e regulamentares, da legislação, dos normativos<br />
da Susep e da ANS e, por<br />
fim, de como funciona o mercado.<br />
O exame terá questões de<br />
múltipla escolha. Para obter o<br />
CPC1 nível pleno o candidato<br />
deverá alcançar 70 pontos no<br />
total das cinco disciplinas. As<br />
inscrições devem ser realizadas<br />
entre os dias 17 de agosto e 18<br />
de setembro, pelo site da Escola<br />
Nacional de Seguros (http://www.<br />
escolanacionaldeseguros.com.br/).<br />
Ensino à distância<br />
Visando o desenvolvimento das<br />
competências específicas para o mercado<br />
segurador, a Escola Nacional de Seguros<br />
e a CNseg lançarão, em 2016, o programa<br />
em formato e-learning. “A importância<br />
do programa é um marco em termos de<br />
melhorar a qualificação no mercado de<br />
seguros. A partir do momento em que<br />
você consegue avaliar o conhecimento<br />
de uma forma objetiva, você vai perceber<br />
quais são as áreas que precisam de mais<br />
treinamento”, avalia a diretora de Ensino<br />
Técnico da Escola Nacional de Seguros,<br />
Maria Helena Monteiro, acreditando que<br />
o aumento da empregabilidade será um<br />
dos impactos mais importantes para o<br />
mercado, além da qualificação. “Para<br />
exercer certas funções a pessoa precisa<br />
ser certificada. Acredito que vamos evoluir<br />
para isso, como aconteceu no mercado<br />
financeiro”, referindo-se ao que aconteceu<br />
à Anbima, há 15 anos, com a certificação<br />
dos profissionais do mercado financeiro.
painel<br />
pesquisa<br />
Retomada de<br />
crescimento<br />
A Swiss Re divulgou o estudo<br />
Sigma 4/2015: World Insurance in<br />
2014: back to life (Seguro Mundial<br />
em 2014: de volta à vida). O documento<br />
aponta que, no ano passado,<br />
os prêmios globais de Vida voltaram<br />
ao crescimento real positivo de<br />
4,3%, percentual acima da média da<br />
pré-crise financeira.<br />
No mesmo período, ainda de<br />
acordo com o levantamento, os<br />
prêmios globais Não Vida subiram<br />
2,9%, baseados principalmente na<br />
melhoria contínua dos mercados<br />
avançados. Já a rentabilidade dos<br />
seguros de Vida melhorou ligeiramente<br />
em 2014, mas os resultados<br />
de subscrição dos seguros Não<br />
Vida, embora positivos, foram mais<br />
fracos.<br />
O estudo também mostra que<br />
os prêmios dos seguros de Vida<br />
deverão crescer globalmente ainda<br />
mais em 2015; sendo que o crescimento<br />
dos seguros Não Vida será<br />
forte nos mercados emergentes e<br />
lento nos mercados avançados.<br />
Para conferir o estudo completo,<br />
acesse http://www.swissre.<br />
com/sigma/.<br />
marketing<br />
Campanha publicitária de seguro para<br />
automóveis<br />
A AIG apresenta a nova campanha<br />
publicitária Carros da sua Vida. O objetivo<br />
da companhia é reforçar a estratégia<br />
comercial de seguros para automóveis e<br />
aumentar sua participação no segmento<br />
de seguros voltados para o consumidor<br />
final.<br />
Com peças para TV, mobiliário<br />
urbano, ações de merchandising, mídia<br />
digital e impressa, a ação mostra o vínculo<br />
emocional entre o carro e os bons<br />
momentos vividos por seus proprietários,<br />
em que os automóveis têm participação<br />
como fio condutor, ressaltando que o melhor<br />
de cada automóvel são as histórias e<br />
as emoções que eles carregam.<br />
A campanha será veiculada em fases.<br />
No primeiro momento, recebem a<br />
comunicação os mercados do Rio Grande<br />
do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas<br />
Gerais e Goiás. Posteriormente, chegará<br />
aos demais Estados da Região Sudeste e<br />
às praças do Nordeste.<br />
O Seguro Auto AIG será comercializado<br />
por meio dos diversos canais de<br />
A Brasilprev patrocina, pelo quarto<br />
ano consecutivo, o Circuito Pedalar. O passeio<br />
ciclístico de cerca de dez quilômetros<br />
ocorre em quatro capitais brasileiras e tem<br />
como objetivo a promoção da qualidade de<br />
vida e do uso da bicicleta como alternativa<br />
de transporte sustentável.<br />
“A missão da Brasilprev é ajudar<br />
os clientes a viabilizarem seus projetos<br />
de vida. No entanto, além de recursos<br />
financeiros, ter saúde é essencial para a<br />
realização plena dos objetivos. Por conta<br />
disso, e de maneira alinhada à sua estratégia<br />
de sustentabilidade, a companhia<br />
apoia o Circuito Pedalar há quatro anos.<br />
A iniciativa, voltada para toda a família,<br />
além de promover a qualidade de vida,<br />
incentiva a mobilidade urbana.”, explica<br />
a superintendente de Gestão Estratégica<br />
da companhia, Mariane Bottaro.<br />
distribuição e sempre com o corretor de<br />
seguros. “No Brasil, existe muito espaço<br />
para crescer no segmento de seguros<br />
para automóveis. Por isso, a AIG está<br />
focando seus esforços para oferecer um<br />
produto que venha, de fato, ao encontro<br />
das necessidades do cliente final”, afirma<br />
a responsável pelo produto Seguro Auto<br />
AIG, Gisele Riglia.<br />
sustentabilidade<br />
Passeios de bicicleta em quatro capitais<br />
Os interessados têm três formas de<br />
participação, desde a gratuita até a que<br />
inclui um kit com bicicleta e capacete.<br />
O número de inscrições por cidade é<br />
limitado. A seguir, as praças e as datas<br />
da realização do circuito:<br />
Brasília – 9 de agosto<br />
Rio de Janeiro – 13 de setembro<br />
Belo Horizonte – 20 de setembro<br />
São Paulo – 25 de outubro<br />
8
painel<br />
certificado<br />
Acreditação para seguradora de saúde<br />
Pela segunda vez consecutiva, a Bradesco<br />
Saúde recebeu o selo de Acreditação<br />
com a qualificação de nível 1, o mais<br />
alto segundo os critérios da avaliação.<br />
A avaliação foi realizada na primeira<br />
quinzena de maio por um grupo de<br />
avaliadores externos do Consórcio Brasileiro<br />
de Acreditação (CBA), certificado<br />
pela Coordenação Geral de Acreditação<br />
do Inmetro e homologado pela Agência<br />
Nacional Saúde Suplementar (ANS) para<br />
realizar avaliações de Acreditação nas<br />
operadoras.<br />
A Acreditação é um processo de<br />
avaliação periódico, baseado na Resolução<br />
Normativa – RN nº 277, da ANS, que<br />
objetiva a verificação do atendimento a<br />
um conjunto de padrões de qualidade<br />
relacionados à gestão, ao relacionamento<br />
com clientes e rede de prestadores,<br />
dentre outros.<br />
Tanto no Brasil como no exterior,<br />
esse processo tem sido realizado predominantemente<br />
por organizações não<br />
governamentais e sem fins lucrativos.<br />
O ciclo de avaliação estabelecido pela<br />
Acreditação varia de três a quatro anos<br />
e a cada novo período é esperado que<br />
a operadora demonstre evolução das<br />
práticas estabelecidas. No caso da Bradesco<br />
Saúde, o período de validade é de<br />
quatro anos.<br />
Na Acreditação de 2012, a operadora<br />
se tornou a primeira do País a receber<br />
essa certificação.<br />
educação<br />
SindsegSP apresenta<br />
série educativa sobre<br />
segurança viária<br />
Cerca de 90% dos acidentes de<br />
trânsito são causados por imprudência<br />
e negligência dos motoristas.<br />
Diante deste dado, o SindsegSP, emparceria<br />
com o Observatório Nacional<br />
de Segurança Viária, lança uma<br />
série de três vídeos educativos com<br />
objetivo de chamar a atenção para a<br />
responsabilidade de cada cidadão na<br />
segurança viária.<br />
Os vídeos fazem parte da campanha<br />
Transitando Seguro, lançada<br />
pela entidade no ano passado. “Não é<br />
raro nos depararmos com algum acidente<br />
de trânsito. As estatísticas são<br />
alarmantes: em 2013 mais de 50 mil<br />
pessoas morreram nas ruas e estradas<br />
do País e mais de 400 mil ficaram<br />
sequeladas. Precisamos mudar este<br />
cenário”, afirma Fernando Simões,<br />
diretor executivo do SindsegSP.<br />
mundo web<br />
Corretores estão sempre on-line, revela pesquisa<br />
A Icatu Seguros realizou uma pesquisa<br />
com cerca de 330 corretores<br />
para entender como os profissionais se<br />
comportam em relação às redes sociais<br />
e dispositivos móveis. A maioria dos<br />
entrevistados (86%) afirmou que acessa<br />
a internet dos seus celulares, utilizando<br />
a conexão de alta velocidade (81%) ou a<br />
rede Wi-fi (77%). Os aplicativos fazem<br />
sucesso com este público: 86% disseram<br />
que usam, sendo os mais citados as de<br />
mensagens instantâneas (81%), redes<br />
sociais (79%), notícias e informações<br />
financeiras (72%) e calculadoras e simuladores<br />
(69%).<br />
Em relação aos tablets, 59% afirmaram<br />
que não possuem o dispositivo. Ao<br />
comparar com a pesquisa feita em 2012,<br />
há um aumento expressivo na posse do<br />
aparelho, pois na época 75% dos corretores<br />
declararam que não tinha a ferramenta.<br />
95% dos corretores declararam<br />
que acessam a Internet pelo dispositivo,<br />
mas diferente do celular a conexão mais<br />
10<br />
utilizada no tablet é a Wi-Fi (8%). Os<br />
aplicativos, assim como no caso dos celulares,<br />
também estão em alta, sendo usados<br />
por quase todos (91%). A diferença é que<br />
notícias e informações financeiras (80%),<br />
calculadoras e simuladores (72%) e redes<br />
sociais (71%) lideram as preferências.<br />
Sobre a utilização dos dispositivos<br />
móveis para fomentar os negócios, tanto<br />
por celular quanto pelo tablet, as ações<br />
mais citadas pelos corretores são as de<br />
Foto: Fernando Filho<br />
relacionamento com os clientes e envio<br />
de informações sobre produtos.<br />
A maioria dos corretores (88%) está<br />
nas redes sociais, sendo o Facebook o<br />
meio favorito: 91%. O LinkedIn, rede<br />
social voltada para contatos profissionais,<br />
aparece em seguida com 53% da preferência,<br />
à frente do Twitter, com 24%. O<br />
levantamento também destaca o crescimento<br />
do acesso ao Linkedln, uma vez<br />
que na pesquisa de 2012 a rede social só<br />
era acessada por 29% dos corretores. A<br />
pesquisa revelou ainda que os corretores<br />
utilizam as redes sociais não só para<br />
conversar com amigos (82%), mas para<br />
manter o relacionamento com os clientes<br />
(69%) e se informar sobre as novidades<br />
do mercado segurador (54%).<br />
“Realizamos a pesquisa para entender<br />
ainda mais como os corretores usam<br />
os meios digitais e as redes sociais para<br />
se relacionar com seus clientes e gerar negócios”,<br />
declara Rodrigo Padová, gerente<br />
de marketing da companhia.
painel<br />
encontro<br />
Diretoria do SindsegNNE se reúne com<br />
prefeito de Recife<br />
O prefeito do Recife, Geraldo Julio,<br />
recebeu a diretoria do SindsegNNE em<br />
junho. Durante o encontro, o gestor ressaltou<br />
a importância do setor, que está<br />
crescendo mesmo diante de um ano de<br />
dificuldades econômicas no País.<br />
“Recebemos os representantes do<br />
SindsegNNE, que representa o setor de<br />
seguros na nossa cidade. Mesmo diante<br />
de um ano de muita dificuldade no País,<br />
eles estão crescendo. No ano passado,<br />
eles cresceram 13% e esse ano esperam<br />
crescer mais de 10% gerando emprego,<br />
gerando oportunidade e gente empreendedora<br />
em nossa cidade. É um dos setores<br />
que nos faz reagir a essa dificuldade que<br />
o Brasil está vivendo. Fiquei satisfeito de<br />
receber a diretoria, o presidente Múcio<br />
Novaes, que trouxe boas notícias”, afirmou<br />
o prefeito.<br />
O presidente do Sindicato, Múcio<br />
Novaes, apresentou ao prefeito alguns<br />
dados e informações importantes sobre<br />
o setor de seguros e sobre a economia da<br />
cidade do Recife e considerou a reunião<br />
extremamente positiva. “Temos uma participação<br />
efetiva na economia da cidade,<br />
por sermos um setor da área de serviços,<br />
que é o que mais contribui para o crescimento<br />
da economia da cidade e o prefeito<br />
nos deixou extremamente animados, ao<br />
dizer que um dos papéis dele é animar a<br />
economia, animar os negócios, gerar emprego,<br />
gerar renda e gerar imposto para<br />
que essa cidade seja cada vez melhor”,<br />
disse Novaes.<br />
Com uma participação de 9,75% no<br />
PIB do Recife, em 2014 – o equivalente<br />
a R$ 4,8 bilhões –, o setor de seguros<br />
é um dos mais importantes segmentos<br />
da atividade econômica da capital<br />
pernambucana, Operado por mais de<br />
40 seguradoras, que têm sede ou filial<br />
no Recife, o setor emprega, direta ou<br />
indiretamente, mais de 8 mil pessoas e<br />
é composto por mais de 800 corretores<br />
de seguros, pessoas jurídicas e físicas, e<br />
um grande conjunto de prestadores de<br />
serviços especializados. Em 2014, o setor<br />
de seguros, previdência e capitalização<br />
cresceu em Pernambuco 13,12%, numa<br />
expansão real de 6%, já indicando uma<br />
firme resistência aos efeitos da conjuntura<br />
econômica brasileira.<br />
gastronomia<br />
Eataly, em São<br />
Paulo, está com o<br />
seguro em dia<br />
A Brasil Insurance e a AXA<br />
fecharam contrato com o Eataly,<br />
mercado de gastronomia e produtos<br />
artesanais italianos recém-inaugurado<br />
na capital paulista. A apólice tem cobertura<br />
contra incêndio, raio, explosão,<br />
danos elétricos, entre outras.<br />
“O Eataly é um novo espaço gastronômico<br />
com uma arquitetura e conceito<br />
peculiares e toda a apólice foi desenhada<br />
junto à AXA, considerando estas<br />
características específicas”, afirma o<br />
sócio da Brasil Insurance, Daniel Rocha.<br />
Mercado de gastronomia e produtos<br />
artesanais italianos, o Eataly<br />
inaugurou sua primeira unidade na<br />
América Latina, em São Paulo, em<br />
maio de 2015. A loja possui 4.500<br />
metros quadrados, onde existem 18<br />
pontos de alimentação e um bar e restaurante<br />
a céu aberto, em meio a um<br />
mercado com mais de sete mil produtos<br />
italianos ou de produtores locais,<br />
que seguem as receitas tradicionais.<br />
A unidade ainda terá La Scuola<br />
di Eataly, um espaço com 18 lugares<br />
dedicado a aulas, degustações, cursos e<br />
encontros com produtores, entre outras<br />
atividades.<br />
12
painel<br />
produto<br />
Cresce a procura por seguro de RC por<br />
médicos<br />
Ainda pouco conhecido no Brasil, a procura pelo seguro de<br />
responsabilidade civil para profissionais liberais médicos e dentistas<br />
vem crescendo. Nos últimos três anos, a Mapfre Seguros registrou<br />
aumento de 26% na comercialização de apólices de Responsabilidade<br />
Civil Profissional.<br />
Esse tipo de seguro garante o reembolso das despesas por condenações<br />
judiciais quando o profissional<br />
causa danos a terceiros.<br />
“O produto garante o valor<br />
da condenação ou do acordo<br />
extra judicial até o limite de<br />
garantia contratado, incluindo<br />
honorários e custas do processo”,<br />
explica Danilo Silveira, superintendente<br />
executivo de Seguros<br />
Tradicionais do Grupo.<br />
A apólice cobre até R$ 600<br />
mil, e estende-se a médicos, dentistas,<br />
veterinários, fisioterapeutas,<br />
farmacêuticos e enfermeiros.<br />
produto 2<br />
Novo seguro imobiliário chega ao<br />
mercado<br />
A Tokio Marine Seguradora lançou o seu produto imobiliário. O<br />
seguro foi especialmente criado para atender a locadores, locatários e<br />
imobiliárias e pode ser customizado de acordo com as demandas de<br />
cada parceiro de negócios. São nove coberturas para imóveis residenciais<br />
e empresariais e os planos podem ser adaptados para atender de<br />
maneira completa o segurado.<br />
O produto pode cobrir exclusivamente a estrutura do imóvel, opção<br />
que geralmente é solicitada pelos proprietários. Mas também é possível<br />
atender a necessidade dos locadores, ofertando a cobertura apenas para<br />
conteúdo. O corretor, em parceria com as imobiliárias, irá definir quais<br />
são os planos e as coberturas que atendem a necessidade de cada cliente.<br />
“O grande diferencial do Tokio Marine Imobiliário é o fato de ser<br />
100% online, com um leque completo<br />
de coberturas e planos diferenciados<br />
de assistência 24 horas,<br />
além de facilidades operacionais<br />
inovadoras neste mercado”, diz<br />
o diretor-executivo de Produtos<br />
Massificados, Marcelo Goldman.<br />
Entre os serviços de assistência<br />
residencial, destacam-se<br />
itens importantes no dia-a-dia,<br />
como: desentupimento, chaveiro,<br />
encanador, eletricista, vidraceiro,<br />
mudança/guarda-móveis e inspeção<br />
domiciliar.<br />
GTI Solution desenha<br />
solução específica<br />
para operação de vida<br />
em grupo da Zurich<br />
Santander<br />
A Zurich Santander, uma das maiores<br />
seguradoras do País, contou com o apoio<br />
da GTI Solution para expandir sua operação<br />
de cotação de vida em grupo. O objetivo<br />
era automatizar ao máximo o processo de<br />
cotação de seguro de vida em grupo, visando<br />
aumentar a produtividade, mesmo com uma<br />
equipe enxuta.<br />
“Com o sistema da GTI agora temos um<br />
fluxo mais fácil entre corretoras e seguradora<br />
e o cliente recebe a cotação em um tempo<br />
muito menor”, avalia Rodrigo Elorza, gestor<br />
de seguro de Vida da Zurich Santander. “Ganhamos<br />
em performance, aumentamos a<br />
produtividade e a assertividade porque uma<br />
vez que a cotação é feita no sistema, as taxas<br />
e os cálculos estão corretos e temos todos os<br />
históricos para avaliações futuras.”<br />
Além do forte investimento em tecnologia,<br />
a GTI Solution se diferencia no mercado<br />
por contar com uma equipe de profissionais<br />
altamente especializados e capacitados para<br />
desenhar soluções integradas para o setor<br />
de seguros. O diferencial da GTI Solution é<br />
a compreensão e o envolvimento com o<br />
negócio do cliente.<br />
Assista a avaliação da Zurich Santander<br />
sobre a GTI em http://bit.ly/1KqFTUG.<br />
Rodrigo Elorza, gestor de Seguro de<br />
Vida da Zurich Santander<br />
14
expansão<br />
Ramificação em várias direções<br />
A Mongeral Aegon chega ao fim do<br />
primeiro semestre de 2015 com inaugurações<br />
nas regiões Nordeste, Norte e<br />
Sudeste do País. As novas unidades estão<br />
instaladas em Teresina (PI), Belém (PA) e<br />
Marília (SP), respectivamente, e seguem<br />
plano de expansão da companhia – que<br />
chegou a 64 cidades e vem mantendo sua<br />
meta de crescimento anual acima de 20%.<br />
A unidade de Teresina é a primeira<br />
da empresa no Estado e a décima na<br />
região Nordeste, onde a companhia registrou<br />
um crescimento de 43% no último<br />
ano. “O aumento da demanda que percebemos<br />
na região pelos nossos clientes,<br />
somado ao crescimento do mercado, nos<br />
levou a inaugurar esta unidade. A estrutura<br />
permitirá um melhor atendimento<br />
aos clientes e facilitará o trabalho dos<br />
corretores”, explica a superintendente<br />
comercial no Piauí, Eliezer Freitas.<br />
Já no Norte do Brasil, além da nova<br />
unidade em Belém, a empresa já está<br />
presente em Manaus, Maranhão, Mato<br />
Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.<br />
“A região Norte apresenta um grande<br />
potencial e a presença local contribui para<br />
o atendimento da demanda e a criação<br />
de parcerias para oferecer soluções financeiras<br />
aos associados”, afirma Aliana<br />
Baleeiro, superintendente comercial.<br />
resseguro<br />
Subscrição On-line<br />
de Vida<br />
O IRB Brasil Re passou a oferecer<br />
aos seus clientes um Manual<br />
de Subscrição Online de Vida. A<br />
novidade fica por conta da adaptação<br />
do manual original em inglês (Life<br />
Underwriting Manual – LUMA ) para<br />
o português.<br />
De acordo com Alessandra Monteiro,<br />
gerente da área de vida da<br />
companhia, “foram as informações<br />
oriundas das seguradoras que nos<br />
deram os parâmetros para desenvolver<br />
esse Manual, cujo objetivo é aprimorar<br />
a qualidade da subscrição, precificação<br />
e aceitação dos seguros de vida”.<br />
O Luma é uma ferramenta técnica<br />
que será disponibilizada sem custo<br />
adicional aos parceiros de negócios<br />
do IRB. O acesso será realizado via<br />
web, por meio de login e senha, que<br />
serão enviados às empresas.
GENTE<br />
Relações<br />
Institucionais<br />
No início do mês de junho, Carlos<br />
André Guerra assumiu a diretoria de<br />
Relações Institucionais da seguradora<br />
Líder-DPVAT. Com passagens por IBM<br />
Brasil, Banco Icatu e Itaú Unibanco,<br />
Carlos Guerra substitui Marcio Norton,<br />
que deixa o cargo em cumprimento às<br />
limitações de idade impostas para o<br />
exercício do cargo de diretor na seguradora.<br />
Novidade em<br />
Commercial Lines<br />
Ariel Yanitchkis Couto passa a<br />
integrar a equipe da QBE Brasil como<br />
diretor de Commercial Lines, sendo<br />
responsável pela implantação da nova<br />
estratégia da linha de P&C da empresa<br />
de seguros australiana no País.<br />
Direção da sustentabilidade<br />
Maria de Fátima Mendes de<br />
Lima, diretora de Sustentabilidade<br />
do Grupo Segurador BB e Mapfre,<br />
assumiu a presidência da Comissão<br />
de Sustentabilidade da CNseg. A<br />
executiva substitui Adriana Boscov.<br />
Como presidente da Comissão,<br />
Maria de Fátima será responsável<br />
por garantir a conduta sustentável no<br />
ambiente de negócios e estratégia da<br />
Confederação, com o objetivo de criar<br />
valor, disseminar conceitos e informações<br />
e promover o constante diálogo<br />
com o mercado. “A prioridade é trabalhar<br />
para que as questões-chave de<br />
sustentabilidade sejam incorporadas<br />
na estratégia das empresas, garantindo<br />
a perenidade dos negócios e do setor<br />
de seguros”, pontuou ela.<br />
Atualmente, a executiva também<br />
preside a Câmara de Sustentabilidade<br />
Novidades em<br />
controladoria e<br />
finanças<br />
da Câmara de Comércio Espanhola,<br />
integra a Rede Brasileira do Pacto<br />
Global, é presidente da Câmara de Mobilidade<br />
Urbana do Cebds e Membro<br />
do Board Mundial do PSI.<br />
Gerente comercial<br />
Ruth Mitsunaga assumiu o cargo<br />
de gerente comercial da Filial São<br />
Paulo da Berkley Brasil, onde terá a<br />
missão de atender novas demandas e<br />
desenvolver novos mercados para o<br />
produto Garantia.<br />
A executiva cuidará da área de<br />
Riscos Financeiros, que abrange os<br />
produtos de Seguro Garantia e Fiança<br />
Locatícia. “O desafio é alavancar a produção<br />
para que possamos ficar entre as<br />
primeiras no ranking da Susep e contribuir<br />
para uma excelente prestação de<br />
serviços junto aos corretores”, destaca.<br />
Mario Yokoo Eguti é o novo<br />
superintendente de Controladoria e<br />
Finanças da Argo Seguros. O executivo<br />
se reportará ao presidente da<br />
seguradora, Pedro Purm.<br />
Eguti irá atuar em atividades nas<br />
áreas de contabilidade, reconciliação,<br />
fiscal e tesouraria envolvendo os aspectos<br />
relevantes para operação local<br />
e relacionadas a normas e procedimentos<br />
dos requerimentos da Susep.<br />
16
GENTE<br />
Consultoria<br />
americana<br />
A consultoria americana Mercer<br />
contratou Maurício Amaral, que assume<br />
o posto de diretor geral do Brasil.<br />
O executivo, que tem mais de 27 anos<br />
de experiência no mercado executivo,<br />
ficará sediado no escritório de São Paulo<br />
e terá como objetivo agregar à empresa<br />
uma visão moderna de liderança, onde<br />
cada colaborador será responsável por<br />
imprimir o diferencial em processos e<br />
serviços para garantir um atendimento<br />
diferenciado e manter o crescimento.<br />
“As empresas precisam de ajuda para<br />
enfrentar muitos desafios. E em tempos<br />
de contexto sócio econômico mais complicado,<br />
os talentos humanos são ainda<br />
mais importantes, pois a partir deles é<br />
que se permite enfrentar as crises e sair<br />
delas mais fortalecidos. Nosso objetivo<br />
é ajudar clientes a ampliar a saúde, a riqueza<br />
e as carreiras de sua gente” afirma<br />
o executivo.<br />
Perspectivas em<br />
transporte<br />
Adailton Dias foi nomeado diretor<br />
executivo da Yasuda Marítima.<br />
O executivo é responsável pelos produtos<br />
Transporte e assumiu o posto<br />
na mesma data que Farid Eid Filho,<br />
recém-anunciado para posição de<br />
diretor executivo para os segmentos<br />
de ramos elementares (Commercial<br />
e Personal Lines) e benefícios.<br />
Sua chegada visa agregar mais<br />
valor às soluções para o segmento<br />
de Transportes, que já conta com<br />
serviços diferenciados, a exemplo<br />
do controle e prevenção de perdas<br />
realizado por meio de uma equipe<br />
própria e especializada em logística,<br />
que identifica e mitiga riscos<br />
existentes em suas operações com<br />
foco em prevenção de incidentes e<br />
sustentabilidade dos processos.<br />
Líder de novos<br />
produtos<br />
Paulo Alves é o novo Head of<br />
Commercial Lines GI Brasil da Zurich,<br />
acumulando a função à frente da área<br />
de Marine. A mudança, vigente desde<br />
março, segue orientações presentes no<br />
planejamento do Grupo para acompanhar<br />
as necessidades do mercado nacional.<br />
“Em função das características do<br />
médio mercado, com faturamento anual<br />
entre US$ 10 milhões e US$ 100 milhões,<br />
o principal objetivo é consolidar<br />
a estratégia de aumentar a densidade<br />
de produtos em um mesmo segurado e<br />
oferecer soluções de cotações e emissão<br />
de apólices em ferramentas de baixa<br />
complexidade”, afirma Alves. “Além de,<br />
naturalmente, permanecermos observando<br />
os riscos emergentes para auxiliar o<br />
cliente a se precaver deles, por intermédio<br />
do corretor, que é nosso principal canal de<br />
distribuição”, destaca o novo executivo.<br />
Mudanças na estrutura organizacional<br />
A SulAmérica anunciou mudanças<br />
em seu quadro de vice-presidentes e em<br />
sua estrutura organizacional. Três das<br />
sete vice-presidências da seguradora<br />
trazem novidades.<br />
Carlos Alberto Trindade Filho assume<br />
a vice-presidência de Projetos, Estratégia<br />
e Marketing, enquanto Eduardo<br />
Dal Ri passa de diretor a vice-presidente<br />
de Auto e Massificados. Marcelo Mello,<br />
vice-presidente de Investimentos, fará<br />
parte da área de Vida e Previdência.<br />
Com a vice-presidência de Investimentos<br />
assumindo também área de<br />
Vida e Previdência – que permanece<br />
sob a liderança do diretor da companhia<br />
Fabiano Lima –, a companhia passa a<br />
adotar um novo modelo integrado de<br />
wealth management.<br />
As mudanças ocorrem após recentes<br />
investimentos em tecnologia, processos<br />
e pessoas, medidas impulsionadas<br />
pelo presidente da companhia, Gabriel<br />
Portella.<br />
18
direto de londres<br />
por Luciano Máximo*<br />
Mudança nas regras<br />
de seguro<br />
Este ano o parlamento britânico aprovou<br />
uma total reformulação do Marine<br />
Act, o principal arcabouço de regras, de<br />
1906, que regula a subscrição de riscos<br />
e a comercialização de todos os tipos<br />
de seguros contratados por empresas no<br />
Reino Unido. Mas como Londres é uma<br />
capital financeira global e sede do Lloyd’s<br />
of London, empresas, corretoras, seguradoras<br />
e resseguradoras estrangeiras com<br />
riscos negociados no mercado do Lloyd’s<br />
também precisam estar atentas às novas<br />
regras, cujos objetivos é dar mais transparência<br />
e dinamismo ao setor segurador na<br />
terra da rainha.<br />
A mudança veio em fevereiro, mas<br />
só recentemente recebeu a assinatura<br />
real. Antes da nova lei entrar em vigor<br />
totalmente há um prazo de adaptação de<br />
18 meses. Ou seja, a partir do segundo<br />
semestre de 2016, o fechamento de uma<br />
simples apólice de riscos civis de uma<br />
pequena empresa ou de uma apólice<br />
para cobertura de grandes riscos de uma<br />
plataforma de petróleo, por exemplo, terá<br />
que seguir novos protocolos. E esses novos<br />
protocolos mexem com toda a cadeia, do<br />
cliente ao ressegurador, passando, claro,<br />
pelas corretores e seguradoras.<br />
Como dizem os britânicos por aqui,<br />
“It is a long road ahead”. E também de<br />
muito trabalho, envolvendo principalmente<br />
as áreas intermediárias, responsáveis<br />
por processos e apresentação, análise e<br />
subscrição de riscos. Muita gente ainda<br />
está tentando entender as mudanças.<br />
Muitas empresas já começaram as reformulações,<br />
a começar por treinamento.<br />
Um alto executivo de um sindicato do<br />
Lloyd’s, que tem escritório no Brasil, disse<br />
que funcionários de back-office já estão<br />
participando de palestras e seminários,<br />
inclusive com presença de corretores e<br />
20<br />
profissionais de áreas de risco de clientes<br />
convidados. A Associação de Corretores<br />
de Seguros Britânicos (Biba, da sigla em<br />
inglês) mandou preparar um manual para<br />
seus filiados e também para clientes.<br />
Como se trata de uma reforma de<br />
todo um conjunto de regras, as mudanças<br />
são muitas, mas são três as mais importantes,<br />
que têm recebido maior atenção<br />
do mercado britânico: responsabilidade<br />
pela transparência na apresentação dos<br />
riscos cobertos por uma apólice deixa de<br />
ser da corretora e passa a ser do cliente<br />
(empresa segurada); mais transparência e<br />
detalhamentos na apresentação de risco a<br />
fim de evitar disputas jurídicas e fraudes<br />
em eventual acionamento de um seguro;<br />
e, por fim, instituição da cláusula 11, que<br />
proíbe seguradoras de não pagar o sinistro<br />
ou atrasar o pagamento caso haja algum<br />
descumprimento de regras da apólice que<br />
não esteja relacionado diretamente com<br />
o sinistro.<br />
Começando pela mudança mais simples,<br />
a última da lista acima, ela serve, essencialmente,<br />
para proteger os direitos dos<br />
segurados, que acionam o seguro mas têm<br />
dificuldade de receber a cobertura devida<br />
porque a seguradora acaba “dificultando”<br />
o processo de pagamento do prêmio por<br />
causa de problemas na apólice, que muitas<br />
vezes não têm nada a ver com o sinistro<br />
ocorrido. Essa prática gera atrito na cadeia<br />
cliente-corretor-segurador e, não raro,<br />
termina em litígio.<br />
As duas primeiras mudanças listadas<br />
acima têm como principais características<br />
maior transparência na subscrição de riscos<br />
e evitar fraudes. Com o Marine Act, o<br />
cliente e o corretor poderiam segurar um<br />
patrimônio ou uma atividade sem elencar<br />
todos os riscos envolvidos. Normalmente<br />
havia um entendimento de cavalheiros<br />
no mercado para evitar fraudes, mas nem<br />
sempre esse entendimento funcionava.<br />
A desconfiança estava sempre presente<br />
quando um sinistro aparecia.<br />
“O cliente fez um seguro de acidentes<br />
gerais de sua pequena fábrica de bebidas e<br />
deixou de mencionar na apólice as devidas<br />
manutenções que deveria fazer no telhado<br />
da fábrica, por exemplo. A seguradora e o<br />
corretor não se atentaram a esse detalhe.<br />
Pois bem, algum tempo depois o teto da<br />
fábrica desaba e ele, claro, vai reclamar o<br />
sinistro. Pela antiga lei havia espaço uma<br />
interpretação de sinistro fraudulento ou<br />
mesmo de má fé da seguradora, caso esta<br />
encontrasse alguma desculpa para não<br />
pagar a apólice. Isso tudo agora está no<br />
passado, as seguradoras precisarão ter<br />
uma relação mais próxima com os corretores<br />
e as empresas, clientes nesse mercado,<br />
precisarão ter uma área de risco mais bem<br />
preparada para levantar informações e se<br />
relacionar com corretoras e seguradoras.<br />
Todo mundo ganha”, explica John Hurrel,<br />
CEO da Airmic, associação britânica de<br />
especialistas em riscos e consumidores<br />
de seguros.<br />
A lei fala em “justa apresentação<br />
de riscos após razoável pesquisa”, por<br />
parte do segurado, para a composição da<br />
apólice de seguros. Referindo-se a essa<br />
regra, Terry Renouf, sócio da consultoria<br />
BLM, diz que agora é a hora de começar<br />
a pensar sobre o assunto. “Vai ser preciso<br />
a aplicação de senso comum, evitar incertezas.<br />
Para evitar mal-entendidos, vale a<br />
pena concordar com termos comuns com<br />
o corretor e a seguradora de antemão”,<br />
aconselha Renouf.<br />
Para Paul Lewis, especialista em<br />
riscos da consultoria jurídica e de negócios<br />
Herbert Smith Freehills, parceira<br />
da Airmic no processo de lobby político
durante a tramitação da nova legislação,<br />
chama atenção para a importância em<br />
se começar os preparativos o mais cedo<br />
possível, evitando que os negócios sejam<br />
impactados. “Esta mudança na lei é uma<br />
oportunidade real para os compradores de<br />
seguros. Para assegurar que estejam em<br />
boa posição para tirar proveito dela, eles<br />
deveriam cuidar de todos os preparativos<br />
com cuidado bem antes de eles entrarem<br />
em vigor. Gostaria de incentivá-los a<br />
conversar com seus corretores o quanto<br />
antes”, recomenda Lewis.<br />
Já na visão de Graham Terrell, vice-<br />
-presidente do Comitê Acidentes da Biba,<br />
a nova lei de seguros do Reino Unido<br />
serve para proteger a indústria seguradora<br />
britânica de ser explorada por aqueles<br />
que buscam tirar vantagens do setor. Esta<br />
legislação, diz, coloca as regras do seguro<br />
empresarial em maior alinhamento com<br />
a legislação de seguros para consumidores<br />
pessoas físicas. “A lei é importante,<br />
pois reflete o mundo comercial de hoje e<br />
aborda as necessidades do moderno processo<br />
de renovação e colocação de riscos<br />
enfrentado por corretores e seus clientes<br />
empresariais. Acreditamos que ela vai<br />
de encontro com o melhor interesse dos<br />
clientes”, afirma Terrell.<br />
Um executivo que atua no mercado<br />
do Lloyd’s concorda que a nova legislação<br />
favorecerá os clientes, mas que eles<br />
precisarão melhorar suas práticas de<br />
levantamento e análise de risco. Isso vale<br />
principalmente para os clientes de fora<br />
do Reino Unido que tentarem subscrever<br />
riscos no Lloyd’s. “Aqui no Reino Unido<br />
o cliente terá o auxílio constante de um<br />
corretor local, que no momento está se<br />
especializando na nova regulação. Mas<br />
e os riscos de fora? Claro que será muito<br />
mais complicado avalizar uma apólice de<br />
uma Petrobras, por exemplo? Para aceitarmos<br />
riscos com complexidades de uma<br />
Petrobras a apólice precisará ser muito<br />
detalhada, num nível bastante meticuloso,<br />
para que a reclamação de um eventual sinistro<br />
não seja comprometida lá na frente”,<br />
comentou o executivo, de forma reservada.<br />
* Luciano Máximo, jornalista, é repórter licenciado do jornal Valor Econômico, cobriu o<br />
setor de seguros e resseguros na Gazeta Mercantil
evento | Sincor-SP<br />
Caminho do<br />
desenvolvimento<br />
Entidade realiza oficinas<br />
de empreendedorismo<br />
para auxiliar corretores<br />
a desenvolver seus<br />
negócios<br />
Amanda Cruz<br />
Não há segmento que não<br />
precise de avaliações e melhorias.<br />
Os mercados mudam,<br />
a tecnologia demanda mais<br />
preparo de consumidores e prestadores de<br />
serviços. Estar em dia com essas questões<br />
pode ser decisivo para a permanência no<br />
ramo de atuação.<br />
Os corretores de seguros parecem<br />
saber bem disso. Em busca de aprimorar<br />
seus conhecimentos e levar seus negócios<br />
a outro patamar, eles estiveram presentes<br />
nas “Oficinas de Empreendedorismo”<br />
promovidas pelo Sincor-SP nos dias 18<br />
e 19 de junho em Atibaia.<br />
Durante a noite de abertura, Alexandre<br />
Camillo, presidente do Sincor-SP,<br />
ressaltou que o propósito do encontro<br />
foi a oportunidade de adquirir novos<br />
conhecimentos. “É o momento de olharmos<br />
para a nossa indústria e refletirmos<br />
para promovermos novos avanços. Em<br />
20 anos, saímos da representação de<br />
0.9% do PIB para 6%, equivalente ao<br />
mercado financeiro ou grandes bancos.<br />
Olhem tudo que melhoramos em nossas<br />
e nas vidas das pessoas com a atividade,<br />
mas sempre consciente de que podemos<br />
melhorar ainda mais”, declarou.<br />
Joaquim Mendanha, presidente do<br />
Sincor-GO, ressaltou durante a abertura<br />
a importância de estar atento ao novo e<br />
debater tendências, mantendo o orgulho<br />
da profissão: “Nós somos vendedores,<br />
sim. Somos vendedores de tranquilidade<br />
e de sonhos, essa é a nossa essência”,<br />
pontuou. Essa afirmação certamente<br />
serviu de gancho para quem acompanhou<br />
22<br />
a oficina de “Vendas”, ministrada pelo<br />
professor doutor pela FEA-USP, Charles<br />
John Szulcsewski.<br />
Em linhas gerais, a dica primordial<br />
dada pelo palestrante é: “Não vender os<br />
produtos da mesma forma para todas as<br />
pessoas. Eles são indivíduos com gostos<br />
e hábitos diferentes”.<br />
Ainda que exista uma forte concorrência<br />
global e massificar também o processo<br />
de vendas para ser mais abrangente<br />
pareça tentador, a concorrência local<br />
ainda é a questão que mais faz diferença<br />
no momento de mostrar ao cliente uma<br />
situação de “ganha-ganha”. “Não entendo<br />
porque temos tanto problema em dizer<br />
que queremos ganhar dinheiro com um<br />
cliente. Essa é a realidade. Queremos vender,<br />
para ganhar dinheiro com o cliente,<br />
fazendo o melhor para que ele ganhe cada<br />
vez mais, assim todos saem satisfeitos”,<br />
afirmou Szulcsewski.<br />
O empreendedorismo não está relacionado<br />
apenas à forma como a relação<br />
se desenvolve com o cliente. O professor<br />
doutor Joel Dutra falou sobre como a<br />
relação com os colaboradores é um ponto<br />
importante dessa tarefa.<br />
Os jovens que entram hoje no mercado<br />
têm um padrão de comportamento<br />
muito diferente do de seus chefes. “Há<br />
uma tendência de demonizar jovem da<br />
geração Y, como se eles não se comprometessem.<br />
A educação recebida por<br />
essa geração foi feita de forma muito<br />
diferente. Ao contrário do que dizem,<br />
esse jovem se engaja e sabe agregar valor.<br />
De acordo com pesquisa, 81% dos jovens<br />
bancaram seus estudos. Eles brigam pelo<br />
que querem, mas de um outra maneira”,<br />
ressaltou Dutra.<br />
Essa problemática tem trazido frustrações<br />
de ambos os lados, já que 56% dos<br />
jovens desejam ficar mais de cinco anos<br />
nas empresas que trabalham, mas sua<br />
média de permanência é de dois anos porque<br />
não se sentem valorizados. “Quando<br />
esse jovem se sente reconhecido, ele fica<br />
e quem valoriza esse profissional tem<br />
aumento de produtividade. A dificuldade<br />
para lidar com a diversidade é um grande<br />
desafio para se tornar um líder melhor”,<br />
explicou o palestrante.<br />
Entender as diferenças, motivar a<br />
equipe e esclarecer para as pessoas o<br />
que quer delas enquanto profissionais,<br />
certamente será o caminho para que o<br />
choque seja diminuído e o empreendedor<br />
encontre sua forma de atuar, acolher e<br />
empreender com as novas gerações que<br />
chegam aos mercados e estão cada vez<br />
mais tecnológicas.
evento | SindsegSC<br />
SindsegSC completa 25 anos<br />
Paulo Lückmann,<br />
Ademir Francisco<br />
Donini, Antenor<br />
Vasselai e Sérgio<br />
Passold<br />
Jantar de Bodas de Prata da entidade também<br />
comemorou os 91 anos do Comitê Mixto<br />
Paranaense e Santa Catharinense de Seguros.<br />
Evento foi marcado por homenagens e<br />
reencontros<br />
Lívia Sousa<br />
O<br />
SindsegSC completou 25 anos.<br />
Para comemorar as Bodas de<br />
Prata, a entidade organizou<br />
um jantar na Casa de Eventos<br />
Moinho do Vale, em Blumenau, ocasião<br />
em que também foram comemorados os<br />
91 anos do Comitê Mixto Paranaense e<br />
Santa Catharinense de Seguros.<br />
Os parceiros da entidade homenagearam<br />
os profissionais que passaram pelo<br />
Sindicato, entre eles os ex-presidentes<br />
Antenor Vasselai, Aldo Campos (in<br />
memorium), Ademir Francisco Donini<br />
e Sérgio Passold. Paulo Lückmann, que<br />
comanda a entidade desde 2005, também<br />
foi homenageado.<br />
“Essas homenagens, com certeza, terão<br />
um espaço especial na sede da entidade<br />
e irão fazer parte desta história que dá orgulho<br />
de contar”, declarou Lückmann após<br />
receber os troféus das mãos dos associados<br />
Leonardo Pereira de Freitas e Anderson<br />
Mundim, superintendente executivo Matriz<br />
e superintendente executivo Regional<br />
Sul da Bradesco Seguros; e Renato Barbo-<br />
sa, representante da Ace Seguradora. Renato<br />
Campos, diretor executivo da Funenseg;<br />
Auri Bertelli, presidente do Sincor-SC;<br />
e João Gilberto Possiede, presidente do<br />
Sindseg do Paraná e Mato Grosso do Sul;<br />
também parabenizaram o executivo, que<br />
fez questão de ressaltar a importância dos<br />
presidentes que antecederam sua gestão.<br />
“Temos um rico acervo que ‘mora’<br />
nas memórias e nos papéis empoeirados,<br />
que o tempo vai se encarregando de esfarelar,<br />
ofuscados pela vida moderna, mas<br />
os profissionais do mercado atual um dia<br />
relembrarão quem foram essas pessoas,<br />
quão admiráveis foram as suas ideias e<br />
práticas de valorização à educação e à<br />
vida”, discursou o presidente.<br />
O executivo, que iniciou no SindsegSC<br />
junto com a fundação da instituição, em<br />
1990, afirmou ainda que sabia dos desafios<br />
que o Sindicato estava proposto a enfrentar<br />
e que se empenhou no aperfeiçoamento do<br />
mercado e da diretoria da época. Sobre<br />
sua gestão, que se encerra no próximo<br />
ano, Lückmann afirmou que considera<br />
alcançados os objetivos propostos, como a<br />
priorização da integração, da cooperação<br />
e do bom relacionamento entre as pessoas.<br />
Em seu discurso, o presidente destacou<br />
a participação dos associados. “e hoje<br />
o SindsegSC é uma entidade reconhecida<br />
em todo o Brasil pela sua atuação, tenham<br />
a certeza de que foram vocês que construíram<br />
essa identidade. Cada um com<br />
sua habilidade, personalidade e empreendedorismo<br />
escreveram esses 25 anos de<br />
fundação do sindicato e 91 anos de Comitê<br />
Mixto Paranaense e Santa Catarinense de<br />
Seguros”.<br />
Nova identidade<br />
O evento também deu espaço para<br />
o lançamento das novas logomarcas das<br />
Comissões Técnicas e Grupos de Trabalho,<br />
que foram apresentadas pela diretoria da<br />
entidade. De acordo com o presidente do<br />
Sindicato, a forma básica dos símbolos<br />
representa a integração dos representantes<br />
das associadas em prol do mercado de<br />
seguros.<br />
“Com esta ação, o SindsegSC busca<br />
a modernização de suas representações,<br />
principalmente no foco de sustentar o<br />
objetivo de reunir lideranças e coordenar<br />
ações institucionais”, disse o executivo,<br />
acrescentando que as identidades visuais<br />
integram um movimento de mudanças<br />
para todos os representantes do mercado<br />
de seguros.<br />
24
tecnologia | produto<br />
Solução estima risco de<br />
sinistro em automóveis<br />
O AutoScore é uma ferramenta de inteligência artificial com recursos<br />
Big Data, que contribui para a redução de custos e traz ganhos de<br />
desempenho para a realização de estimativas de riscos. A solução<br />
garante ainda a precificação correta, o que é fundamental para manter<br />
a sustentabilidade do mercado de seguros<br />
Com o objetivo de responder a um<br />
dos maiores desafios do mercado<br />
de seguros para automóveis, a<br />
previsão do risco de uma apólice,<br />
a Neurotech lançou a solução AutoScore.<br />
Desenvolvida a partir da expertise obtida<br />
em mais de dez anos dedicados ao desenvolvimento<br />
de modelos de inteligência<br />
artificial, aplicados aos avanços do Big<br />
Data, a nova solução permite combinar no<br />
momento da cotação on-line dezenas de<br />
informações externas e georreferenciadas.<br />
O AutoScore pode ser associado a ganhos<br />
de desempenho na estimativa de riscos,<br />
sobretudo por sua capacidade de estimar<br />
especificidades, além de reduzir custos.<br />
“O mercado de seguros está consolidado<br />
e precisa de soluções dedicadas e<br />
que atendam às necessidades do negócio.<br />
O objetivo de mitigar o risco de sinistralidade<br />
não pode ser atingido com o<br />
reuso de ferramentas tradicionalmente<br />
desenvolvidas pelo mercado de crédito<br />
e que passaram a ser utilizadas pelas seguradoras.<br />
O AutoScore é, portanto, uma<br />
solução que atende de forma inovadora<br />
ao desafio de estimar riscos, trazendo<br />
ao mesmo tempo eficiência a um baixo<br />
custo”, ressalta Rodrigo Cunha, diretor de<br />
inovação da Neurotech.<br />
De acordo com a Susep (Superintendência<br />
de Seguros Privados), as empresas<br />
do mercado de seguros, somente<br />
em 2014, pagaram R$ 14.47 bilhões em<br />
indenizações de seguros de automóveis.<br />
No ramo de automóveis essa situação é<br />
ainda mais extrema. É sabido que, para<br />
evitar prejuízos, o valor do prêmio precisa<br />
ser precificado de maneira devida no<br />
26<br />
❙❙Rodrigo Cunha, da Neurotech<br />
momento da cotação. Por outro lado, a<br />
forte concorrência entre as seguradoras,<br />
além de uma guerra de preços, passou a<br />
exigir maior velocidade nas cotações online.<br />
Outro ponto importante é que o fácil<br />
acesso às cotações aumentou o volume de<br />
transações e diminuiu a taxa de conversão<br />
dos clientes. Este cenário provocou um<br />
aumento considerável no custo mensal<br />
com consultas externas, impactando negativamente<br />
na operação das seguradoras.<br />
O AutoScore é uma solução tecnológica<br />
para atuar neste ambiente, já<br />
que trabalha com big data para analisar<br />
e acessar de forma rápida um grande<br />
volume de dados. A solução pontua cada<br />
cotação individualmente e mostra como<br />
a taxa de roubo ou de furto comporta-se<br />
em cada uma das faixas de pontuação,<br />
determinando os riscos de sinistros desta<br />
natureza que este consumidor representa<br />
nos próximos 12 meses. “Se a pontuação<br />
do cliente estiver na primeira faixa, seu<br />
risco é altíssimo, ou seja, cerca de 60%<br />
maior que a média. Alternativamente,<br />
as apólices pontuadas na última faixa<br />
do AutoScore apresentam uma taxa de<br />
roubo e furto cerca de 55% menor que<br />
o risco médio da carteira de clientes, o<br />
que poderia tornar mais interessante o<br />
preço da apólice para estes clientes que<br />
possuem chances menores deste tipo de<br />
ocorrência”, exemplifica.<br />
Além de apresentar melhor desempenho<br />
em relação aos escores de créditos<br />
disponíveis no mercado, por ser baseada<br />
em uma tecnologia de algoritmos para<br />
armazenamento de dados proprietários da<br />
Neurotech, a solução pode ser adquirida<br />
com um custo inferior aos dessas soluções<br />
não aderentes à realidade do mercado de<br />
seguros de automóveis.<br />
Criada em 2000 por um grupo de<br />
pesquisadores e alunos da Universidade<br />
Federal de Pernambuco, a Neurotech<br />
é uma empresa pioneira no Brasil no<br />
desenvolvimento de soluções avançadas<br />
para automação de todo o ciclo de decisão<br />
em operações de crédito, fraude<br />
e risco, caracterizadas pela inovação e<br />
elevada competência técnica. Sua ampla<br />
experiência de negócio está apoiada no<br />
desenvolvimento de mais de 500 soluções<br />
ao longo dos anos no mercado de crédito<br />
e risco, sempre empregando as melhores<br />
práticas, processos e ferramentas tecnológicas<br />
avançadas. Com sede em Recife<br />
e escritório em São Paulo, a empresa<br />
dispõe de 140 funcionários e mais de 100<br />
clientes em todo o país.
28
Os próximos vinte anos<br />
» » Marco Antonio Rossi, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência<br />
Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização<br />
A<br />
trajetória de crescimento do setor de seguros,<br />
nos últimos vinte anos, deve ser analisada<br />
não somente pelos indicadores de expansão<br />
de sua representação em relação ao Produto<br />
Interno Bruto (PIB) – a qual saltou de menos de 1%<br />
para 6% nesse período. A expansão do mercado deve,<br />
acima de tudo, ser dimensionada pela sua capacidade de<br />
inovação na criação de produtos com total aderência às<br />
necessidades dos consumidores e de retorno à sociedade<br />
por meio das indenizações, benefícios e resgates pagos.<br />
O segmento de saúde suplementar, por exemplo, figura<br />
como um importante indicador desta evolução, por ser<br />
responsável, anualmente, pela realização de um milhão<br />
de procedimentos médico-hospitalares e odontológicos.<br />
Ao longo das duas últimas décadas, as empresas<br />
seguradoras reforçaram o papel que desempenham<br />
em relação à segurança e proteção da sociedade e ao<br />
financiamento do Estado e do setor privado, por meio<br />
da grande diversidade de produtos e serviços que oferecem.<br />
Os avanços do setor estão sempre muito ligados<br />
às dinâmicas do cenário contemporâneo mundial. Os<br />
desafios impostos pela globalização, os novos meios de<br />
comunicação que transformaram as relações de consumo,<br />
as mudanças climáticas e os movimentos que emergem<br />
no cotidiano das grandes cidades estão entre os fatores<br />
que se impõem como agentes para a constante inovação<br />
das operações do mercado.<br />
Aliado a isso, o Brasil, como economia em franco<br />
processo de desenvolvimento, tem reforçado a sua imagem<br />
como celeiro de oportunidades para investidores de<br />
diversos segmentos da economia. A abertura do mercado<br />
de resseguro, em 2007, é uma das provas disso, pois<br />
atraiu para o país as maiores empresas que operam nesse<br />
segmento em termos mundiais. Ganhamos em competitividade<br />
e passamos a operar com práticas internacionais.<br />
Além da quebra do monopólio do resseguro, foram<br />
muitos os progressos de nossa indústria nos últimos vinte<br />
anos. As seguradoras avançaram na criação de produtos<br />
de previdência complementar aberta, lançaram o seguro<br />
viagem, o seguro garantia estendida, o seguro prestamista,<br />
ampliaram e diversificaram os serviços de assistência<br />
24 horas, implementaram novos canais de diálogo com o<br />
consumidor e investiram em campanhas com linguagem<br />
mais leve e didática para disseminar a cultura de seguro<br />
no país. No campo da sustentabilidade, tornaram-se ainda<br />
mais engajadas ao aderirem aos Princípios da Sustentabilidade<br />
em Seguros (PSI) e têm trabalhado, arduamente,<br />
para aprimorar suas operações, agilizando os processos e<br />
dinamizando o atendimento aos segurados. Nesse sentido,<br />
é importante destacar também a atuação das ouvidorias,<br />
que já se consolidaram como um dos mais importantes<br />
canais para o atendimento às demandas dos segurados.<br />
O aumento da renda nas periferias, acima da média<br />
nacional, levou mais de 40 milhões de brasileiros ao<br />
mundo do consumo e, consequentemente, ampliou os<br />
horizontes para o crescimento do setor de seguros. O<br />
país se transformou e isso representa um desafio e uma<br />
oportunidade. O brasileiro passou a entender que é por<br />
meio do seguro que ele protegerá suas conquistas. De<br />
nossa parte, ainda há muito a se caminhar para chegarmos<br />
à base da pirâmide e temos trabalhado, arduamente,<br />
nesse sentido. Na lista de ações em desenvolvimento, a<br />
oferta de produtos para baixa renda, a conscientização<br />
da população por meio de campanhas de comunicação,<br />
a maior utilização dos meios eletrônicos remotos para a<br />
distribuição de produtos e a revisão dos processos para<br />
tornar o ciclo produtivo mais barato.<br />
Igualmente relevante é a continuidade do programa<br />
de educação financeira, por meio de ações integradas com<br />
o Poder Público e entidades como a Susep, a Bovespa e<br />
a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), parceiros na<br />
Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), e a intensificação<br />
da oferta de seguros para as pequenas e médias<br />
empresas. Diligentes e atentas aos sinais dos novos tempos,<br />
as empresas seguradoras sabem que todos os desafios aqui<br />
apresentados formam não somente uma base sólida, mas<br />
certamente se acentuarão no processo de construção das<br />
duas novas décadas. Que venham os próximos vinte anos.<br />
29
Corretor vislumbra um<br />
futuro promissor<br />
»»<br />
Armando Vergilio dos Santos Junior, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros<br />
Mais de 80 mil corretores de seguros estão em<br />
atividade no país. Desse total, aproximadamente<br />
30 mil são pessoas jurídicas, número<br />
que deve aumentar rapidamente em decorrência<br />
da possibilidade de inserção de empresas corretoras de<br />
seguros no SuperSimples, em condições bem favoráveis.<br />
A categoria está presente na maioria dos 5.570 municípios<br />
brasileiros. Essa capilaridade assegura para a<br />
sociedade uma ampla rede de proteção securitária.<br />
O corretor de seguros já responde por mais de 80%<br />
da produção de seguros e, dessa forma, consolida a sua<br />
posição como indispensável ator do processo de desenvolvimento<br />
econômico do País.<br />
A Fenacor desenvolve ferramentas para ajudar os<br />
corretores a cumprirem a sua missão. Exemplo disso é a<br />
pesquisa mensal que visa a medir o grau de confiança do<br />
mercado na economia e as perspectivas do setor.<br />
Além disso, estamos realizando a segunda edição do<br />
Esecs-PJ, estudo que irá traçar o novo perfil das empresas<br />
corretoras de seguros e servirá de base para a definição<br />
de estratégias de atuação e reposicionamento no mercado.<br />
A primeira edição, produzida em 2013, trouxe dados<br />
valiosos. Apuramos que 65% do faturamento das empresas<br />
pesquisadas são gerados por pessoas físicas, sendo<br />
que a carteira de automóvel representa aproximadamente<br />
56% dessa receita.<br />
Mais de 80% das corretoras ouvidas trabalham com<br />
até cinco seguradoras.<br />
Esses dados sinalizam que a trajetória dos corretores<br />
de seguros mudou sensivelmente desde a edição da Lei<br />
4.594/64, que há 50 anos regulamentou a nossa atividade<br />
profissional.<br />
Esse foi o primeiro passo importante na escalada<br />
que, desde então, conduziu nossa categoria a chegar ao<br />
patamar alcançado hoje.<br />
Mas, nos últimos 20 anos, as mudanças vêm ocorrendo<br />
mais rápida e profundamente.<br />
O corretor de seguros atual é bem preparado e<br />
qualificado para atender a consumidores cada vez mais<br />
exigentes e bem informados. A concorrência está mais<br />
acirrada. Porém, há amplo espaço para todos, uma vez<br />
que, utilizando uma linguagem da indústria, a capacidade<br />
ociosa é imensa.<br />
O consumo per capita está abaixo do esperado e<br />
somente agora a sociedade começa a formar uma consciência<br />
maior sobre a importância do seguro.<br />
Esse cenário de demanda aquecida, mas ainda permeada<br />
de desinformação, aumenta a responsabilidade do<br />
corretor de seguros. É preciso investir forte na constante<br />
capacitação e treinamento.<br />
A escassez de recursos para tais investimentos,<br />
provocada pela absurda carga tributária que atingia a<br />
categoria, está sendo equacionada pela mais importante<br />
conquista política da história da categoria: a aprovação<br />
da Lei Complementar nº 147/14, que permite, finalmente,<br />
a inserção dos corretores de seguros no SuperSimples, e<br />
na tabela III, a mais favorável.<br />
Tenho orgulho de ter participado diretamente do<br />
processo de aprovação da lei, como deputado e presidente<br />
da Comissão Especial que redigiu o formato final da<br />
proposta. Foi a minha maior missão como parlamentar e,<br />
hoje, sinto a agradabilíssima sensação do dever cumprido.<br />
No futuro, a história da categoria será dividida entre<br />
o “antes” e o “depois” do SuperSimples.<br />
Não por acaso.<br />
Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento<br />
Tributário (IBPT), 98% das corretoras de seguros<br />
faturam até R$ 3,6 milhões (limite para enquadramento<br />
no SuperSimples) e, desde janeiro de 2015, estão aptas a<br />
aderir ao sistema simplificado de pagamento de impostos.<br />
A estimativa é a de que haverá redução de até R$ 1,4<br />
bilhão dos valores antes destinados pelas corretoras de<br />
seguros para o pagamento de impostos.<br />
Boa parte dessa soma será direcionada para o desenvolvimento<br />
do negócio do corretor, a geração de novos<br />
empregos e o aprimoramento da qualidade do atendimento<br />
prestado ao cliente.<br />
Toda a sociedade será beneficiada, pois o corretor<br />
de seguros estará mais bem instrumentado para exercer<br />
a nobre missão de proteger a vida, a saúde e o futuro das<br />
famílias e o patrimônio pessoal e das empresas.<br />
O futuro é, portanto, muito promissor.<br />
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31
32
A chegada de empresas<br />
estrangeiras ao mercado de<br />
seguros no Brasil<br />
»»<br />
Antonio Trindade, presidente da ACE Brasil<br />
Muitos imaginam que a chegada das empresas<br />
estrangeiras ao Brasil constitui um movimento<br />
relativamente recente, associado com<br />
o processo de globalização, que começou<br />
nos anos 90. Contudo, estas companhias começaram a<br />
atuar no País já em 1862, conforme consta nos arquivos da<br />
Susep. Assim, por mais de um século estas organizações<br />
ajudam a desenvolver não apenas o mercado brasileiro de<br />
seguros, mas toda a economia nacional, já que, segundo a<br />
Susep, desde 1895 também constituem e aplicam no País<br />
as suas reservas técnicas.<br />
Entre as empresas estrangeiras, acredito que a ACE<br />
vem registrando uma das mais ricas histórias do nosso<br />
mercado, que começa em 1904, quando a Insurance Company<br />
of North America (INA), a mais antiga seguradora<br />
dos Estados Unidos (fundada em 1792), se instalou pela<br />
primeira vez no Brasil. Esta companhia de seguros, que<br />
foi a maior dos Estados Unidos nos séculos XIX e XX,<br />
realizou nesta época suas primeiras incursões no País.<br />
Logo depois, interrompeu as operações, mas voltou definitivamente<br />
em 1959.<br />
No final do século XX, a INA deu origem à CIGNA,<br />
cujos negócios foram adquiridos em nível mundial pela<br />
ACE, nos segmentos de Propriedade e Responsabilidade<br />
Civil (Property and Casualty - P&C). Na época, toda a<br />
equipe brasileira proveniente da CIGNA foi preservada<br />
pela ACE, juntamente com a cultura e os conhecimentos<br />
até então desenvolvidos. Daí em diante a companhia<br />
construiu no Brasil uma operação considerada modelo,<br />
chegando a ser eleita a melhor do País pela prestigiada<br />
revista inglesa World Finance nos anos de 2011 e 2012.<br />
Para crescer no Brasil, a ACE desenvolveu de forma<br />
contínua os seus conhecimentos sobre cada região do<br />
País. Para isso, a companhia implantou, de forma estratégica,<br />
5 estruturas nas cidades de São Paulo, Curitiba,<br />
Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Salvador. Nestes locais,<br />
disponibilizou profissionais especialistas em seguros<br />
específicos e com visão cada vez mais aprofundada nos<br />
diferentes mercados locais. Cada uma das estruturas concede<br />
suporte a uma rede de 19 filiais. Na ponta, parceiros<br />
e segurados obtêm serviços claramente diferenciados,<br />
tanto em conhecimentos técnicos como em agilidade.<br />
De forma simultânea, a ACE vem construindo uma<br />
bem definida visão global a partir do trabalho diário<br />
de 11 mil profissionais dispostos em sua ampla rede<br />
de unidades, que alcança 54 países. Conectados a uma<br />
poderosa intranet mundial, esses profissionais trocam<br />
informações e se especializam constantemente em nichos<br />
de seguros nos mais variados mercados do planeta.<br />
No ambiente físico da companhia, chega a ser comum<br />
observar profissionais de diferentes países trabalhando<br />
lado a lado.<br />
Os bons resultados da ACE no mundo e no Brasil<br />
mostram o quanto a companhia tem acertado com este<br />
modelo de administração, que associa operação local e<br />
visão global. Em menos de três décadas após a sua fundação,<br />
em 1985, a ACE tornou-se, em valor de mercado, a<br />
quinta maior seguradora do mundo em P&C. No Brasil, a<br />
empresa se tornou a maior seguradora de P&C em menos<br />
de duas décadas após assumir os negócios da INA.<br />
Portanto, a ACE hoje se destaca por sua especialização<br />
em implantar, nos diferentes centros econômicos<br />
do Brasil, soluções customizadas e sintonizadas com o<br />
que há de mais moderno no mundo. Para chegar a este<br />
patamar, a empresa construiu uma rica história que<br />
iniciou em 1792 nos Estados Unidos, alcançou o Brasil<br />
em 1904 e se consolidou no País em 1959. E é assim que<br />
colabora com o desenvolvimento do mercado brasileiro<br />
de seguros, que há um século e meio cresce com o apoio<br />
de empresas estrangeiras.<br />
33
Os novos consumidores<br />
de planos de saúde das<br />
classes emergentes<br />
»»<br />
Dr. Ali Hussein Ibrahin Taha, presidente da Ameplan Assistência Médica Planejada<br />
Trabalhar com o público das classes C e D é o core<br />
business de algumas operadoras de saúde, que<br />
encontraram grande oportunidade num nicho<br />
de mercado que nunca foi muito valorizado por<br />
outras atuantes no setor.<br />
Entretanto, o cenário econômico de um país como o<br />
Brasil sofreu diversas mudanças nestes 23 anos e, dentre<br />
as transformações ocorridas, a mais relevante foi a distribuição<br />
de renda entre a população, que mudou de mãos<br />
com a ampliação da formalização dos trabalhadores das<br />
classes C e D, potencializando um marcante encurtamento<br />
de distâncias sociais. Deu-se então uma significativa<br />
expansão da classe média, formada por indivíduos que<br />
anteriormente pertenciam à classe baixa e gerando a<br />
criação de uma nova classe social denominada “nova<br />
classe média” ou “classe emergente”.<br />
Vivenciamos de perto essa mudança do perfil sócio-<br />
-econômico do país, trabalhando incessantemente para<br />
nos adaptar aos novos anseios e expectativas da nova<br />
classe social, com hábitos e comportamentos diferenciados<br />
e preocupações inéditas, pela primeira vez, em<br />
relação à insatisfação com a qualidade da saúde pública,<br />
propiciando um crescimento do desejo de acesso aos<br />
planos de saúde privados.<br />
A migração de milhões de brasileiros para a classe<br />
média trouxe um desafio para a saúde privada: atender<br />
o crescimento da demanda sem perder em qualidade de<br />
atendimento. Neste período, mais precisamente há 15<br />
anos, foi instituída a Agência Nacional de Saúde Suplementar<br />
(ANS), órgão que acompanhou o crescimento<br />
do setor, com medidas para regulação, normatização,<br />
controle e fiscalização dos planos de saúde, obrigando-os<br />
a uma série de implementações e adaptações, para atender<br />
a normatização, criando planos diferenciados, com<br />
coberturas variadas, de forma que o consumidor tivesse<br />
um leque de opções que atendesse às suas necessidades.<br />
Porém, a experiência mostra que nunca devemos<br />
nos colocar em posição de conforto, pois o mercado é<br />
inconstante e desafiador, provocando nossa criatividade<br />
e pró atividade de tempos em tempos. Na contrapartida,<br />
os protagonistas deste crescimento econômico até pouco<br />
tempo, a chamada “classe emergente”, tomaram empréstimos,<br />
compraram automóveis, televisores, equipamentos<br />
de informática e contrataram o desejado plano de saúde.<br />
Agora, com o peso do aumento do custo de vida em seu<br />
bolso, refazem as contas e cortam gastos, com a perspectiva<br />
de uma crise no mercado.<br />
Atualmente, acreditamos que já está sendo feita a<br />
avaliação estatística sobre mais esta nova mudança de<br />
comportamento da chamada classe emergente, onde o<br />
consumidor precisa abrir mão de algumas conquistas<br />
alcançadas, mas não deseja abrir mãos do tão sonhado<br />
plano de saúde. A opção observada, então, tem sido a<br />
retirada voluntária dos titulares dos planos, mantendo os<br />
filhos e garantindo acesso à saúde para um público mais<br />
jovem; talvez esta seja a forma dos pais protegerem seus<br />
familiares e proporcionarem um serviço que eles não<br />
tiveram acesso na infância.<br />
É provável que estejamos diante de mais uma mudança<br />
no cenário da saúde e cabe a nós enxergar qual é a<br />
mensagem desta nova situação que está diante de nossos<br />
olhos, vislumbrando ações que podem ser implementadas<br />
para continuarmos firmes e fortes neste mercado tão<br />
importante.<br />
34
35
36
Agilidade do mercado<br />
de seguros na tomada<br />
de decisões<br />
»»<br />
José Marcelino Risden, presidente da Berkley Seguros<br />
Por décadas, o mercado segurador brasileiro<br />
viveu uma situação de estagnação, à sombra do<br />
monopólio de resseguros, e as consequências<br />
da mesmice, própria de um mercado fechado.<br />
Sem condições de inovar, os avanços eram tímidos e<br />
quase inexistentes. As condições e coberturas eram as<br />
mesmas. Durante anos, não se vivia a experiência da<br />
criação de novos produtos e os modelos de gestão das<br />
empresas eram similares.<br />
No final do século passado, com a perspectiva da<br />
quebra do monopólio, abertura do mercado e consequente<br />
chegada de novos players - seguradores, resseguradores<br />
e brokers -, iniciou-se um processo de reação<br />
com a preparação para os novos tempos.<br />
Foi necessária uma revisão dos modelos de gestão<br />
e de estratégias corporativas. Altos investimentos em<br />
tecnologia e desenvolvimento de novas ferramentas se<br />
tornaram primordiais.<br />
Se há 20 anos o tempo de emissão de uma apólice<br />
era de até um mês, atualmente, graças a esses investimentos,<br />
é possível concluir o processo em até uma hora,<br />
ou até mesmo em tempo real, dependendo do produto.<br />
A melhoria ou criação de soluções para atender às<br />
novas demandas, mais adequadas às necessidades de um<br />
consumidor cada vez mais exigente, passou a ocorrer<br />
em prazos cada vez menores.<br />
Como era esperado, o cenário mudou. Com a<br />
entrada de novos players, nacionais e estrangeiros, e<br />
consequente acirramento da concorrência, resultado<br />
de um mercado livre, passamos a viver um dinamismo<br />
até então não experimentado. Vemos hoje um mercado<br />
fortalecido e altamente dinâmico. Fusões e aquisições,<br />
especializações e segmentações aconteceram, como<br />
era previsto.<br />
O surgimento e participação, cada vez mais efetiva,<br />
de seguradoras e corretoras especializadas em<br />
segmentos ou produtos, ou mesmo o redirecionamento<br />
de antigas empresas, agora com foco em nichos, alterou<br />
definitivamente o perfil do setor.<br />
Tudo isso foi possível, graças ao fato de, hoje, o<br />
mercado de seguros se destacar na economia como um<br />
dos setores de maior agilidade na tomada de decisões.<br />
Avaliar de forma consistente o cenário macroeconômico<br />
e antecipar-se aos movimentos da economia tem sido a<br />
palavra de ordem.<br />
As fortes e recentes mudanças, associadas às diversas<br />
transformações ocorridas no cenário econômico nos<br />
últimos anos, especialmente nos modelos de consumo,<br />
têm refletido diretamente no setor, que soube reagir<br />
rapidamente, demonstrando segurança e maturidade,<br />
apresentando soluções de produtos e serviços com<br />
qualidade à alturadessas demandas.<br />
Esse conjunto de fatores teve contribuição definitiva<br />
para sustentar, de forma consistente, o crescimento do<br />
volume de prêmios nos últimos anos, fazendo com que<br />
a participação no PIB saísse de 1% há 20 anos e, em que<br />
pese o desempenho atual de nossa economia, projetar<br />
um crescimento de 12% para 2015.<br />
37
Compromisso com<br />
a cultura<br />
»»<br />
Alexandre Nogueira, diretor do Grupo Bradesco Seguros<br />
Como integrante da história do país e do mercado<br />
segurador há mais de 60 anos, oferecendo<br />
proteção à vida, ao futuro e ao patrimônio de<br />
seus clientes, o Grupo Bradesco Seguros participa<br />
ativamente, por meio de patrocínios e apoios, dos<br />
movimentos e manifestações mais relevantes da cultura<br />
brasileira, no processo de construção de uma identidade<br />
nacional e de marca.<br />
É com esse entusiasmo que temos orgulho de participar<br />
- com o Banco Bradesco -, como patrocinadores e seguradora<br />
oficial, dos Jogos Rio 2016, dada a importância<br />
da parceria entre a iniciativa privada e o esporte brasileiro,<br />
paixão nacional que, ao mesmo tempo, atua como poderosa<br />
ferramenta de inclusão social, formação de caráter e<br />
qualidade de vida. Ter a marca vinculada aos Jogos Rio<br />
2016, maior evento esportivo do planeta, proporciona, sem<br />
dúvida, importante retorno ao Grupo Bradesco Seguros,<br />
seus acionistas, parceiros e colaboradores.<br />
Ao longo do tempo, mais do que patrocinar representações<br />
culturais, o Grupo Bradesco Seguros tem<br />
proporcionado o acesso da população em geral, assim<br />
como de seus funcionários, familiares e clientes, a ações e<br />
atividades que reforçam a cultura e o conhecimento, tanto<br />
nacional como internacional, por meio de suas expressões<br />
mais significativas.<br />
A cada ano, desde 1996, o Grupo promove o espetáculo<br />
da Árvore de Natal Bradesco Seguros — a maior<br />
árvore de Natal flutuante do mundo, segundo o Guinness<br />
Book of Records —, montada sobre o espelho d’água da<br />
Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. No decorrer<br />
de 20 edições – a serem completadas em 2015 -, a Árvore<br />
tornou-se um dos três maiores eventos da cidade – após<br />
o Carnaval e o Réveillon -, além de referência internacional<br />
de Natal, transmitindo clima de paz e prosperidade<br />
e, sobretudo, retribuindo a confiança que a população<br />
brasileira deposita no Grupo Bradesco Seguros.<br />
Com o Circuito Cultural Bradesco Seguros, que<br />
incentiva produções musicais, teatrais, exposições e<br />
literárias, o Grupo Segurador tem ampliado o acesso<br />
do público ao melhor da produção cultural nacional e<br />
internacional em todas as áreas, da dança à música popular<br />
e erudita, do teatro às artes plásticas e em todos os<br />
segmentos da produção cultural, que geram conhecimento<br />
e reconhecimento.<br />
Ao apoiar espetáculos como o “Elis – A Musical”,<br />
“Se eu Fosse você – O Musical”, “Chacrinha, O Musical”,<br />
“Os Saltimbancos Trapalhões”, “Mudança de Hábito”,<br />
“BarbarIdade”, “Sim! Eu Aceito!”, “Bibi – Histórias e<br />
Canções”, “O Mágico de Oz”, “A Família Addams”,<br />
“Tudo por um PopStar”, “Cats”, “Mama Mia”, “Rei Leão”,<br />
entre outros igualmente marcantes, o Grupo Bradesco<br />
Seguros consagrou-se como o maior patrocinador de<br />
produções musicais do país, contribuindo para a formação<br />
de público e popularização do gênero.<br />
Os resultados dessas ações são sempre estimulantes.<br />
Tornam a marca mais lembrada – há 13 anos consecutivos,<br />
é reconhecida como ‘Top of Mind’ em seguros, em<br />
pesquisa realizada em âmbito nacional pelo conceituado<br />
Instituto DataFolha - e seus valores, mais presentes no<br />
cotidiano da população, em todo o território nacional.<br />
Mais importante: estamos convencidos de que tais<br />
iniciativas de caráter cultural, fortemente associadas ao<br />
processo de construção da identidade e da cidadania dos<br />
brasileiros, convergem para o objetivo maior do Grupo<br />
Bradesco Seguros, que é contribuir para a evolução e<br />
consolidação da cultura e da indústria do seguro no<br />
Brasil, como instrumento de proteção para a sociedade<br />
e de desenvolvimento para o país.<br />
38
39
40
Odontologia, um<br />
grande caminho a<br />
percorrer<br />
»»<br />
Julio César da Silva Felipe, diretor de Odonto da Caixa Seguradora<br />
No Brasil apenas 10% dos habitantes têm plano<br />
odontológico. Isso é muito pouco se compararmos<br />
com os EUA, por exemplo, onde cerca de<br />
60% possuem um plano odontológico.<br />
Se ainda pensarmos que mais de 4 milhões de<br />
brasileiros nunca estiveram em um consultório odontológico,<br />
podemos imaginar o longo caminho que temos a<br />
percorrer no Brasil.<br />
O benefício odontológico ainda é visto pelos RH´s<br />
das empresas como uma opção menos importante, se<br />
comparamos com saúde e vida, mas isso é consequência<br />
do desconhecimento da importância da saúde bucal,<br />
pois a falta dela causa uma série de doenças, tais como<br />
endocardite, partos prematuros quando a gestante passa<br />
por problemas periodontais, apenas para citar dois problemas<br />
que irão causar absenteísmo e grandes despesas<br />
no plano de saúde.<br />
Tudo isso pode ser evitado com um pequeno investimento,<br />
pois o custo anual de um plano odontológico não<br />
chega a ser metade do custo mensal de um plano de saúde.<br />
Além disso, os corretores podem ter um resultado<br />
muito rápido com a comercialização de um plano odontológico,<br />
que pode ser implantado com menos de 30 dias,<br />
com aceitação para afastados e agregados, enquanto em<br />
saúde, somente a análise pela seguradora pode levar<br />
mais de 30 dias Mesmo com esta falta de informação, o<br />
mercado de odontologia vem crescendo a razão de dois<br />
dígitos há mais de cinco anos, passando por grandes<br />
consolidações, mas ainda muito longe de sua maturidade.<br />
Diversas operadoras chegam a oferecer o plano odontológico<br />
“sem custo” quando o cliente compra o plano de<br />
saúde, mas esta estratégia não trouxe benefícios para as<br />
operadoras, pois desta forma os RH´s não valorizam o<br />
benefício como ele deve ser.<br />
As operadoras tentam, cada vez mais, conscientizar<br />
da importância deste benefício, oferecendo palestras,<br />
participações em Sipats (Semana Interna de Prevenção<br />
ao Acidente de Trabalho) e realizando campanhas de<br />
angariação, pois diferente de outros benefícios, o odonto<br />
ainda é oferecido na maioria das vezes na forma de adesão,<br />
com pagamento integral por parte dos beneficiários,<br />
o que reduz a contratação.<br />
Enfim, é verdade que temos um longo caminho a percorrer<br />
quanto a conscientização sobre a importância dos<br />
planos odontológicos, mas sem dúvida é o maior caminho<br />
e que trará muita tranquilidade aos RH´s das empresas, e<br />
para nós que temos a missão de cuidar dos sorrisos dos<br />
brasileiros, este caminho está apenas começando.<br />
41
Previdência Privada:<br />
vantagens do benefício<br />
fiscal à portabilidade<br />
»»<br />
Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros<br />
Estudos e pesquisas apontam que a previdência<br />
privada já é um desejo de consumo da população<br />
e que cada vez mais as pessoas têm<br />
despertado para a importância de se planejar<br />
para a aposentadoria. Unindo os benefícios de aplicar<br />
em um fundo de investimento com as vantagens fiscais<br />
asseguradas por lei para aplicações de longo prazo, a<br />
previdência é, sem dúvida, o veículo ideal para quem<br />
quer cuidar do futuro financeiro.<br />
O mercado de previdência (PGBL e VGBL) tem<br />
evoluído em um ritmo bastante acelerado. Nos últimos<br />
10 anos, o crescimento foi acima de 22% ao ano<br />
e a carteira multiplicou por sete, saltando de R$ 50,1<br />
bilhões em 2005 para os atuais R$ 374 bilhões* (até<br />
outubro de 2014), sendo que 91% desses recursos estão<br />
concentrados nos grandes bancos. Vale ressaltar<br />
que, entre as seguradoras independentes, ou seja,<br />
não ligadas aos bancos de varejo, a Icatu Seguros é<br />
a maior, apresentando um sólido crescimento acima<br />
do mercado.<br />
O segmento de previdência concentra a maior parte<br />
dos investimentos em VGBL (76%), no qual o Imposto<br />
de Renda incide apenas sobre a rentabilidade. Já o<br />
PGBL, modalidade na qual o Imposto de Renda incide<br />
sobre o todo e sugerida para quem tem renda tributável<br />
e faz a declaração pelo formulário completo, pois permite<br />
a dedução das contribuições da base de cálculo de<br />
IR até o limite de 12% da renda bruta anual, fica com<br />
24% da fatia. Em termos de perfil, vemos claramente<br />
a preferência dos brasileiros por investimentos conser-<br />
vadores, pois mais de 90% da reserva está concentrada<br />
em fundos de previdência renda fixa.<br />
Na Icatu Seguros, o cenário é um pouco diferente.<br />
Apresentamos uma maior concentração em PGBL (53%)<br />
e em fundos com maior risco (43%) que o mercado. Isso<br />
ocorre porque somos uma seguradora especialista, reconhecida<br />
pela capacidade de inovar e apresentar estratégias<br />
diferenciadas em previdência, o que atrai muito investidores<br />
de alta renda interessados nos benefícios fiscais e<br />
sucessórios que a previdência oferece.<br />
Além das vantagens já conhecidas do produto, a previdência<br />
oferece ao cliente outro importante benefício, o<br />
da portabilidade. Tão simples quanto levar um número de<br />
celular de uma operadora para outra, graças a esse direito,<br />
o cliente pode mudar de plano (de um fundo conservador<br />
para um agressivo, por exemplo) ou de seguradora quando<br />
quiser e sem perder nada com isso.<br />
Essa é uma grande vantagem da previdência em relação<br />
aos fundos de investimentos. Na indústria de fundos,<br />
em caso de insatisfação e vontade de mudança, o cliente<br />
precisa resgatar seu dinheiro, pagar Imposto de Renda<br />
e reaplicar o montante novamente. Na previdência isso<br />
não ocorre, pois a portabilidade garante a transferência<br />
dos recursos sem incidência de Imposto de Renda e nem<br />
reinício da contagem do tempo de aplicação.<br />
Ou seja, um processo simples, vantajoso, que estimula<br />
as companhias a entregarem melhores soluções<br />
e garante ao cliente a possibilidade de manter seus<br />
recursos de longo prazo na empresa que melhor atender<br />
seu perfil, seus desejos e suas necessidades.<br />
42
43
44
Abertura do resseguro:<br />
uma história de sucesso<br />
»»<br />
Leonardo André Paixão, presidente do IRB Brasil Re<br />
Nas primeiras décadas após a criação do IRB,<br />
fundado em 1939, o monopólio do resseguro<br />
no Brasil foi importante para fomentar o<br />
desenvolvimento do mercado segurador, para<br />
reter divisas no país quando a moeda forte era escassa<br />
e para desenvolver expertise. A partir dos anos 1990,<br />
porém, o monopólio tornou-se um fardo e começou a<br />
restringir o crescimento do mercado de seguros.<br />
2007 foi o ano da abertura do mercado ressegurador<br />
brasileiro, com a aprovação da Lei Complementar nº<br />
126 em janeiro, seguida de amplas discussões no setor<br />
privado e no governo, e culminando, em dezembro, com<br />
as resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados<br />
que regulamentaram a lei e efetivamente possibilitaram<br />
o fim do monopólio.<br />
Tive a honra de ser um dos conselheiros do CNSP<br />
(Conselho Nacional de Seguros Privados) que participaram<br />
daquela reunião histórica. Enquanto reguladores,<br />
esperávamos que as regras que tínhamos aprovado<br />
trouxessem, nos primeiros cinco anos, pelo menos uns<br />
20 resseguradores internacionais para o mercado brasileiro.<br />
Àquela altura, ninguém sabia ao certo se a abertura<br />
despertaria interesse imediato por parte dos grandes resseguradores<br />
globais, já que alguns deles tinham sido severamente<br />
afetados em seus balanços pelos desdobramentos<br />
da crise financeira iniciada nos empréstimos subprime.<br />
Por outro lado, sabíamos que o IRB passaria por uma<br />
prova de fogo diante da competição iminente. Tinha um<br />
quadro de pessoal envelhecido, processos de trabalho<br />
burocráticos e sistemas de TI obsoletos. E era o único<br />
ressegurador do mercado sujeito às amarras decorrentes<br />
da condição de empresa estatal.<br />
Nos dois primeiros anos após a abertura, muitas<br />
empresas abriram seus escritórios de resseguradores admitidos<br />
ou se registraram como resseguradores eventuais.<br />
Alguns poucos se estabeleceram como resseguradores<br />
locais, inclusive empresas de capital predominantemente<br />
nacional. Ao final de 2010, mais de 100 empresas estavam<br />
aptas a atuar no Brasil, inclusive todos os grandes resse-<br />
guradores globais, superando as melhores expectativas.<br />
A abertura trouxe novos produtos, o preço do resseguro<br />
caiu no mercado interno e o volume de negócios<br />
triplicou. Com o fim do monopólio, toda uma cadeia de<br />
prestadores de serviços – advogados, contadores, claims<br />
adjusters, entre outros – floresceu para dar suporte<br />
aos quase 170 resseguradores que passaram a atuar no<br />
mercado brasileiro. Seguradoras incrementaram seus<br />
departamentos de compra de resseguro e corretores<br />
de resseguro reforçaram suas equipes e sistemas de<br />
TI. Empregos foram gerados e houve capacitação de<br />
trabalhadores e desenvolvimento de expertise local. A<br />
abertura do mercado contribuiu para o crescimento do<br />
PIB e aumentou o recolhimento de impostos.<br />
Para o IRB, empresa que presido desde 2010, o fim<br />
do monopólio representou inicialmente uma ameaça à<br />
sua rentabilidade e, no médio prazo, à sua sobrevivência.<br />
Mas graças ao esforço conjunto de colaboradores, dirigentes<br />
e acionistas da companhia, a abertura do mercado<br />
tornou-se uma oportunidade para modernizar e fortalecer<br />
a empresa.<br />
O IRB reviu suas políticas e processos de trabalho,<br />
ganhou eficiência, abaixou preços, investiu muito e recuperou<br />
o faturamento perdido logo após o fim do monopólio.<br />
Opera hoje com metade do pessoal que tinha em<br />
2009. Tem sistemas de TI atualizados e fecha o balanço<br />
patrimonial em 4 dias úteis. Lucrou R$ 602 milhões em<br />
2014. É líder de mercado no Brasil e faz negócios em<br />
mais de 70 países. Tornou-se uma empresa privada em<br />
que dezenas de colaboradores são também acionistas. O<br />
fim do monopólio foi bom para o IRB.<br />
E o mercado brasileiro de resseguros está cada vez<br />
mais forte. O Brasil já começa a se estabelecer como um<br />
polo regional a partir do qual resseguradores brasileiros<br />
e internacionais operam em toda a América Latina. O<br />
presente é melhor que o passado, e o futuro será melhor<br />
que o presente.<br />
Após oito anos, é fato que a abertura do mercado<br />
brasileiro de resseguros foi um grande sucesso.<br />
45
Atendimento excepcional:<br />
conquistar o cliente é<br />
expandir o setor<br />
»»<br />
Carlos Magnarelli, CEO da Liberty Seguros<br />
Em todas as áreas de negócios, é preciso estar em<br />
constante movimento para analisar as novas necessidades<br />
dos consumidores e buscar melhorias<br />
nos processos diários de trabalho. No setor de<br />
seguros, não é diferente. Observando os tipos de apólices<br />
mais vendidas no país, podemos perceber que os brasileiros<br />
ainda não estão familiarizados com a variedade<br />
de seguros disponíveis para contratação e que não têm o<br />
costume de se preocupar com a proteção de outros bens<br />
que não o automóvel, como acontece em outros países.<br />
Mas, é possível mudar isso.<br />
O primeiro passo para desenvolver o mercado de<br />
seguros no Brasil é explorar novos públicos e aproveitar<br />
as oportunidades em coberturas diferenciadas, como<br />
residência, que tem um custo médio de apenas 380<br />
reais por ano, e responsabilidade civil para seguro de<br />
automóvel, que apresenta um ticket médio de somente<br />
560 reais por ano. É impressionante constatar que apenas<br />
13% das casas brasileiras e 35% dos carros têm seguro.<br />
Esses índices baixos demonstram que temos muito a<br />
avançar na questão de conscientização dos clientes sobre<br />
a segurança de seus bens. Evidencia, também, o grande<br />
potencial de crescimento que o setor apresenta.<br />
Precisamos, assim, criar estratégias para que a<br />
informação sobre a variedade de produtos disponíveis<br />
no mercado chegue ao consumidor. Quando o corretor<br />
oferece um serviço que traz benefícios ao cliente<br />
(como é o caso do seguro residencial, só para citar um<br />
exemplo), por meio de argumentos transparentes que<br />
mostrem as qualidades do que está oferecendo, a chance<br />
de contratação da apólice é muito maior — afinal, as<br />
pessoas sabem que proteger sua família e seus bens é<br />
valorizá-los. O interesse pelo produto pode, sim, — e<br />
deve! — ser despertado no consumidor, pois quem<br />
conhece os produtos e pode falar de seus atrativos é<br />
quem vende. Por isso mesmo, corretores não precisam<br />
ter medo de arriscar na hora da venda, oferecendo diferentes<br />
serviços, de acordo com a necessidade de seus<br />
clientes e, claro, fugindo do básico.<br />
Enxergar as oportunidades que aparecem diante<br />
de nós é o que garante o nosso sucesso. Apenas 30%<br />
das pequenas e médias empresas no Brasil têm seguro,<br />
mesmo com um ticket médio de 1.200 reais por ano<br />
ou 100 reais por mês. O que fazer? Tentar mostrar ao<br />
empresário, que está apostando todas as fichas no sonho<br />
do negócio próprio, que assegurar esse patrimônio é<br />
um dos pontos mais importantes para a consolidação<br />
da sua empresa.<br />
E não é só no momento de assinar a apólice que<br />
temos que fazer valer a confiança que os clientes depositam<br />
em nós: a hora de resolver seu problema é a mais<br />
crucial no relacionamento. A seguradora tem que estar<br />
100% disponível para ajudar, apresentando uma comunicação<br />
fácil e contribuindo para aumentar a agilidade<br />
e efetividade do atendimento, gerando os melhores<br />
resultados possíveis para refletir a eficiência do setor.<br />
Afinal, a satisfação do cliente, conquistada por meio de<br />
um excelente atendimento, leva a sua fidelização; o que,<br />
por sua vez, abre portas para a contratação de diferentes<br />
tipos de seguro. A fórmula parece simples, mas exige<br />
trabalho e muita dedicação.<br />
As ferramentas estão disponíveis para todos: só<br />
precisamos usá-las. A tradição do setor no Brasil, seu<br />
crescimento expressivo ao longo dos anos e a gradual<br />
mudança do pensamento do cliente — cada vez mais<br />
consciente sobre o tema e mais preocupado em se proteger<br />
de imprevistos —, demonstra que estamos, sim,<br />
prontos para a nova cultura de estarmos sempre seguros.<br />
46
47
Como ser simples na<br />
indústria de seguros de<br />
capital aberto<br />
»»<br />
Marcos Ferreira, presidente do Grupo BB e Mapfre<br />
A<br />
frase de Clarice Lispector resume à perfeição<br />
o que deve ser regra nas organizações: “trabalhar<br />
muito e buscar fazer o mais simples,<br />
incansavelmente.”<br />
Vale acrescentar: a experiência vem mostrando que<br />
um dos grandes objetivos do nosso tempo, a inovação,<br />
nos encanta naquilo que traz de facilidade e que tem o<br />
mais simples como resultado.<br />
No setor de seguros, a simplicidade é um grande<br />
desafio. A revista <strong>Apólice</strong>, ao completar 20 anos, é testemunha<br />
e ao mesmo tempo uma das protagonistas do<br />
esforço da indústria em trazer o seguro para mais perto<br />
dos clientes, o que significa mostrar como essa grande<br />
invenção da modernidade pode facilitar e melhorar a<br />
vida das pessoas.<br />
Não se trata aqui de questionar a essência do seguro.<br />
Esta é, como sabemos, simples por princípio: proteger<br />
pessoas e bens. Mas, apesar das evoluções verificadas<br />
quase todos os dias no setor, uma lacuna resiste no<br />
campo da informação: nossa linguagem – o “segurês”<br />
– ainda é relativamente distante da plena compreensão<br />
por todas as faixas de públicos. É uma trincheira que<br />
muitas vezes separa um risco real da sensibilidade dos<br />
clientes para a aquisição de uma apólice que proteja<br />
contra esse risco.<br />
Os corretores de seguros atuam diariamente como<br />
verdadeiros propagadores ao orientar os clientes quanto<br />
às necessidades de seguros entre os diferentes perfis.<br />
Eles, porém, semeiam, junto com as seguradoras, em<br />
um terreno cujas peculiaridades e regulações – como<br />
é comum aos serviços de natureza financeira – são de<br />
difícil assimilação por muitos clientes. Muitas vezes, esbarramos,<br />
ainda, numa cultura que historicamente tende<br />
a associar seguros com “maus momentos”, quando sabemos<br />
que estamos falando essencialmente de prevenção e<br />
proteção, itens de sustentabilidade de famílias, empresas<br />
e da própria economia.<br />
Também um jovem na casa dos 20 anos, 25, para ser<br />
exato, o Código de Defesa do Consumidor já dizia desde<br />
o seu surgimento que “a oferta e apresentação de produtos<br />
ou serviços devem assegurar informações corretas, claras,<br />
precisas sobre suas características, qualidades, preço, prazos<br />
de validade, entre outros dados”. Cumprimos à risca<br />
o Código, mas ainda somos desafiados a ser mais claros.<br />
Novamente, a inovação passa a ser a grande aliada<br />
para transformar os seguros em solução simples e atender<br />
a uma necessidade que podemos considerar básica.<br />
No nosso Grupo, lançamos pioneiramente, em 2011, o<br />
projeto Traduzindo o Segurês, que não se limita, como o<br />
nome pode sugerir, a organizar um glossário de sinônimos<br />
para os jargões da indústria. Em realidade, “desenhamos”<br />
para os nossos clientes o que de mais importante ele precisa<br />
saber sobre sua apólice de seguros – por exemplo, as<br />
coberturas e assistências. Mais: levamos o contrato para<br />
a internet exatamente assim, usando recursos gráficos<br />
para um entendimento rápido, tudo numa página personalizada.<br />
Não foi um trabalho só de designers, mas um<br />
esforço conjunto de todas as áreas e que contou com estudos<br />
baseados no moderno conceito do design thinking.<br />
Ou seja, envolvemos experiência, talentos, tecnologia e<br />
conhecimento atualizado para chegar a uma solução que<br />
simplifica a vida do nosso cliente.<br />
Mas o Traduzindo o Segurês, o projeto Família<br />
Protegida – outra inovação que lançamos em 2014 e que<br />
transforma o seguro em produto de varejo –, além de<br />
todas as iniciativas valiosas dos demais competidores<br />
do nosso mercado, tudo isso é uma obra em aberto. É o<br />
“muito trabalho” a que se refere Clarice Lispector e que,<br />
ao final, deve resultar numa construção simples, por isso<br />
acessível, e que gere cada vez mais negócios.<br />
48
49
50
Muito além do vale-refeição:<br />
benefícios como uma<br />
vantagem competitiva<br />
»»<br />
Raphael de Carvalho, CEO da MetLife Brasil<br />
A<br />
retenção de talentos, principalmente entre as<br />
gerações mais jovens, é um dos principais<br />
desafios dos RHs, que precisam buscar formas<br />
alternativas para aumentar os índices de satisfação<br />
entre os colaboradores. Segundo pesquisa global<br />
sobre tendências de benefícios realizada pela MetLife, a<br />
principal razão para 80% dos empregadores brasileiros<br />
oferecerem benefícios é “retenção de funcionários”. No<br />
Brasil, a legislação não prevê a ampla oferta de benefícios<br />
obrigatórios e fica a critério de cada companhia ou categoria<br />
negociar o melhor pacote para seus colaboradores.<br />
A maioria das multinacionais enxerga a cesta de<br />
benefícios como uma poderosa ferramenta para atrair<br />
e, principalmente, manter os talentos na empresa. Para<br />
que isso aconteça, a oferta desses produtos deve ser mais<br />
vantajosa do que a oferecida pelos concorrentes não só<br />
do ponto de vista financeiro, mas também do social. Uma<br />
pesquisa da MetLife apontou que o plano de saúde e a<br />
assistência odontológica continuam sendo os benefícios<br />
mais desejados pelos brasileiros – 84% e 63% dos entrevistados,<br />
respectivamente, valorizam esses auxílios. O<br />
interesse pelo seguro de vida também cresceu: 60% dos<br />
pesquisados afirmaram que estão avaliando a necessidade<br />
de contratar ou ampliar a sua apólice.<br />
A oferta de auxílios diferenciados, não obrigatórios<br />
por lei, é valorizada pelos brasileiros, porém pode onerar<br />
as organizações. Uma alternativa para esse impasse são os<br />
benefícios voluntários, em que a negociação é feita com<br />
o empregador, mas a decisão de compra e o pagamento<br />
são feitos integralmente pelo beneficiário.<br />
Outra maneira de atender aos desejos dos funcionários<br />
é a coparticipação, prática usual em planos de<br />
previdência complementar. Nesta modalidade, a contribuição<br />
mensal para o fundo é dividida entre empresa e<br />
colaborador e há um prazo mínimo para o resgate das<br />
aplicações. Por meio dessa prática, a empresa auxilia o<br />
colaborador a planejar sua aposentadoria e, ao mesmo<br />
tempo, incentiva que o profissional permaneça por mais<br />
tempo na organização, já que, em caso de desligamento,<br />
o funcionário pode perder parte das contribuições realizadas<br />
pela companhia.<br />
Além do apoio financeiro, os brasileiros valorizam<br />
benefícios imateriais, como flexibilização da jornada de<br />
trabalho e o home office. Embora as formas alternativas<br />
de trabalho ainda sejam pouco adotadas por aqui, elas se<br />
mostram como tendência global e incluem vantagens como<br />
convênios com academias de ginástica, clubes e salões de<br />
beleza. As iniciativas ligadas ao bem-estar e saúde aumentam<br />
os índices de satisfação e lealdade dos funcionários de<br />
ambos os sexos – o que melhora a produtividade e diminui<br />
o turnover. Entre os homens, a licença paternidade estendida<br />
e flexibilidade do horário de trabalho são diferenciais<br />
na hora de escolher uma vaga de trabalho. Para mulheres,<br />
opções ligadas à maternidade como berçário no próprio<br />
escritório e auxílio-creche despertam interesse.<br />
Benefícios vão muito além de direitos trabalhistas.<br />
Cabe às empresas analisar qual a melhor forma de<br />
oferecê-los para atender às expectativas dos funcionários<br />
e manter o orçamento em dia. Não há uma fórmula<br />
mágica sobre o que oferecer para atrair ou reter talentos.<br />
O ideal é buscar um ponto de equilíbrio entre o desejado<br />
e o possível. Funcionários motivados são mais leais e<br />
tem melhor desempenho no trabalho, o que também tem<br />
reflexo nos resultados da companhia.<br />
51
A descoberta dos planos<br />
odontológicos<br />
»»<br />
Dr. Mauro Figueiredo, presidente do Grupo OdontoPrev<br />
Os planos odontológicos têm conquistado um<br />
espaço crescente em nossa sociedade, seja<br />
no universo corporativo, onde iniciou sua<br />
inserção em nosso meio, seja no ambiente<br />
familiar. Há uma consciência crescente da importância<br />
da saúde bucal na busca e manutenção da saúde global.<br />
De acordo com o Sistema de Informações de Beneficiários<br />
ANS/Ministério da Saúde, em dezembro de 2014<br />
havia cerca de 50,8 milhões de beneficiários de planos<br />
de assistência médica com ou sem odontologia, enquanto<br />
os planos exclusivamente odontológicos reuniam 21,4<br />
milhões de beneficiários.<br />
A expansão dos planos odontológicos tende a aumentar<br />
contínua e gradativamente em função da conscientização<br />
de sua importância, da disponibilização de<br />
novos recursos tecnológicos, da ampliação dos canais<br />
de vendas e da evolução positiva da regulamentação<br />
do setor.<br />
No plano corporativo, independentemente do tamanho<br />
da empresa, os planos odontológicos representam um<br />
valioso diferencial competitivo, que possibilita atrair e<br />
reter talentos, reduzir a rotatividade e diminuir o absenteísmo.<br />
Entre os benefícios atualmente concedidos pelas<br />
empresas, a assistência odontológica é o terceiro mais<br />
solicitado pelos funcionários.<br />
Na ótica individual, os cuidados com a saúde bucal<br />
conduzem a um amplo leque de ganhos, como a prevenção<br />
de doenças odontológicas e periodontais, a prevenção de<br />
complicações em doenças metabólicas ou cardiovascu-<br />
lares e a preservação da qualidade de vida e elevação da<br />
autoestima.<br />
Participar de forma efetiva desse mercado exige<br />
profundo conhecimento sobre o campo da odontologia,<br />
de seus avanços científicos e da consequente introdução<br />
de novas tecnologias. Também pressupõe manter uma<br />
relação próxima, transparente e permanente com os diferentes<br />
públicos, como empresas clientes, beneficiários,<br />
profissionais credenciados, colaboradores, entidades<br />
representativas, regulador e parceiros, contemplando<br />
seus diferentes níveis de necessidades e complexidades.<br />
A evolução do setor na última década mostra um<br />
crescimento marcante. Em dezembro de 2004 eram 5,3<br />
milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos.<br />
Em apenas dez anos esse número quadruplicou,<br />
expandindo-se para mais de 21 milhões de beneficiários.<br />
A despeito desta rápida expansão, é possível afirmar<br />
que o espaço para o futuro crescimento é ainda maior.<br />
Para tanto, as operadoras de planos odontológicos devem<br />
se manter atentas às necessidades precípuas dos diferentes<br />
segmentos que hoje compõem o setor: grandes,<br />
pequenas e médias empresas, e o de planos individuais.<br />
Cada segmento requer soluções específicas, o que inclui<br />
o conjunto de produtos mais adequados e as diferentes<br />
tecnologias para prestação de serviços e para estreitar o<br />
relacionamento. Atuando nesta direção, o setor crescerá<br />
de forma gradual e consistente pelas próximas décadas,<br />
incorporando dezenas de milhões de novos beneficiários,<br />
com ganhos evidentes para toda a sociedade.<br />
52
53
54
A democratização<br />
dos seguros<br />
»»<br />
José Carlos Macedo dos Santos, CEO da PAN Seguros<br />
Os seguros massificados sugiram no final dos<br />
anos 90 em canais de vendas, chamados na<br />
época de canais alternativos, para oferta e<br />
comercialização de seguros. Esses canais<br />
eram formados por redes varejistas, distribuidoras de<br />
energia elétrica, empresas de telecomunicações e associações<br />
profissionais, que dispunham de importantes<br />
atributos que permitiam vendas em grande escala, como<br />
bases de dados, meios de cobrança, marca conhecida e<br />
capilaridade.<br />
Nesses canais eram ofertados produtos em forma de<br />
combos, como seguro residencial, proteção financeira<br />
para pagamentos de contas em caso de desemprego ou<br />
morte, assistência emergencial 24 horas e capitalização<br />
para sorteios mensais como incentivo.<br />
Essa modalidade trouxe muitas vantagens para o<br />
setor de seguros, para as empresas e consumidores. Entre<br />
elas, a divulgação e a disseminação do seguro para o público<br />
em geral, alcançando regiões longínquas, pequenas<br />
cidades, locais de menor base populacional, localidades<br />
não atendidas na época por produtos de seguros e serviços<br />
financeiros. A modalidade também proporcionou<br />
inúmeros benefícios para os clientes, principalmente<br />
consumidores de baixa renda, que pela primeira vez recebiam<br />
uma oferta de um seguro, produto tradicionalmente<br />
ofertado para pessoas das classes A e B. Além disso, a<br />
modalidade de seguros massificados recebe desde o início<br />
o incentivo dos órgãos reguladores.<br />
Assim, os seguros massificados promoveram uma<br />
grande inclusão social. Por meio desses canais foi possível<br />
disponibilizar mais informações, oferecer mais<br />
facilidade de aquisição, ofertar preços acessíveis e<br />
proporcionar opções de pagamento. E para as empresas<br />
parceiras das seguradoras e corretoras houve grandes<br />
oportunidades de ampliarem seu portfólio de produtos<br />
e serviços, receita adicional pelo canal e maior relacionamento<br />
com seus clientes.<br />
Desde sua criação, há 15 anos, os seguros massificados<br />
tornaram-se uma modalidade estabelecida, com<br />
praticamente todas as seguradoras atuando no segmento.<br />
Além de muitas corretoras e consultorias especializadas<br />
dedicando-se exclusivamente a seguros massificados.<br />
O público-alvo também transformou-se, expandindo-<br />
-se consideravelmente. Antes formado por clientes de<br />
menor renda, atualmente está diversificado. Pessoas<br />
mais bem informadas, conectadas em redes sociais, com<br />
necessidades diferentes, com maior poder aquisitivo,<br />
enfim, com maior propensão para aquisição de seguros<br />
e serviços.<br />
É importante ressaltar também alguns pilares importantes<br />
que foram fundamentais para o sucesso da massificação<br />
de seguros no Brasil, como tecnologia, marketing,<br />
pesquisas e comunicação. Grandes investimentos foram<br />
realizados no início dos massificados.<br />
Agora é o momento de repensar o modelo. O mundo<br />
está mais dinâmico, novas tecnologias surgem cada vez<br />
mais rápido, novas mídias, novos meios de se comunicar,<br />
novos perfis de consumidores, e, claro, novas necessidades.<br />
O desafio também é fazer com que modelo massificado<br />
alcance produtos como de saúde e auto.<br />
É preciso conhecer as diferentes regiões do país,<br />
suas características, seus costumes, sua cultura, as questões<br />
socioeconômicas e demográficas, e aplicar esse<br />
conhecimento na elaboração das diferentes ações em<br />
cada mercado. Serão necessários produtos e serviços<br />
diferentes em cada região e microrregião do país. Enfim,<br />
é democratizar cada vez mais o acesso aos produtos de<br />
seguros no Brasil.<br />
55
20 anos de Seguro Automotivo:<br />
A evolução dos serviços<br />
»»<br />
Fabio Luchetti, presidente da Porto Seguro Seguros<br />
As últimas duas décadas representaram uma evolução<br />
significativa para o mercado de seguro<br />
automotivo. As seguradoras se profissionalizaram<br />
ainda mais, ouviram os corretores e, com<br />
base na vivência desses profissionais e na experiência no<br />
setor, inovaram criando padrões como apólices personalizadas,<br />
novos benefícios e diferenciais para manutenção da<br />
base de clientes já existente e captação de novos segurados.<br />
Nos anos 80, o seguro de automóvel era operado<br />
por poucas companhias já que o mercado não enxergava<br />
nesta modalidade de seguro o resultado que outras carteiras<br />
geravam. Os motivos que conduziam a esta postura<br />
ocorriam principalmente porque o seguro de automóvel<br />
exigia, por parte de corretores e seguradoras, um esforço<br />
operacional intenso, além de se observar dificuldade<br />
na liquidação de sinistros, no sistema de cobrança e na<br />
aceitação restrita.<br />
Na tentativa de superar estas dificuldades a Porto<br />
Seguro implantou um criterioso sistema de aceitação,<br />
que usava a vistoria prévia como instrumento de classificação<br />
dos riscos. Numa segunda fase, a introdução do<br />
“perfil do segurado” se materializou por um questionário<br />
de avaliação de risco, onde era possível coletar também<br />
dados ligados ao condutor e seu comportamento como<br />
idade e existência de garagem para o veículo.<br />
A adoção de formas de pagamentos mais modernas,<br />
como cheque e débito em conta, também deve ser<br />
lembrada como alavancas que permitiram a redução do<br />
extravio de carnês de cobrança e a consequente falta de<br />
pagamento do prêmio, que gerava cancelamentos das<br />
apólices e recusas de sinistros.<br />
Com a escalada da violência e consequentemente<br />
do roubo/furto de veículos, a Porto Seguro criou equipamentos<br />
de segurança adaptados para cada tipo de<br />
risco. Como um sistema mais simples que chamamos de<br />
“vacina antifurto” onde as placas e chassi dos veículos<br />
eram gravados nos vidros, o que facilitava a identificação<br />
de dublês, prática comum entre os ladrões de veículos.<br />
Criamos também sistemas de rastreamento que a partir<br />
da autorização do segurado permitiu localizar veículos<br />
roubados/furtados.<br />
Outro ponto a se destacar é que as seguradoras<br />
começaram a usar a tecnologia para melhorar a troca<br />
de informações, tornando-as mais rápidas e eficientes<br />
e, com isto, evitar e controlar as eventuais fraudes que o<br />
mercado de seguro sempre foi alvo. Foi criada a “central<br />
de bônus” que garantiu aos segurados, no caso de troca<br />
de seguradora, a portabilidade rápida e segura. A adoção<br />
de uma tabela padrão de valores médios de veículos<br />
eliminou as intermináveis discussões sobre o valor que<br />
seria indenizado. Segurados, corretores e seguradoras<br />
ganharam mais segurança e velocidade em todas as fases<br />
do contrato de seguro.<br />
Hoje o mercado se prepara para novos desafios e um<br />
deles é desenvolver produtos que permitam que o seguro<br />
de automóvel possa ser contratado por uma fatia da sociedade<br />
que ainda o considera inviável financeiramente.<br />
O Seguro Popular foi criado para ajudar neste processo e<br />
tem como principal característica permitir que o segurado<br />
possa escolher entre o modelo tradicional e um mais<br />
barato onde a reparação do veículo possa ser feita com<br />
peças de reuso, por exemplo.<br />
No setor automotivo, a venda interna de veículos<br />
permaneceu em um patamar elevado e, apesar da eliminação<br />
gradativa dos incentivos fiscais, os carros novos<br />
vendidos alcançaram mais de três milhões de unidades<br />
em 2014. Tal número corresponde ao quarto maior mercado<br />
do mundo.<br />
Neste contexto, a Porto Seguro atua com uma estratégia<br />
de segmentação e diferenciação por meio de suas<br />
marcas. No seguro de automóvel, atingimos em 2014<br />
cinco milhões de veículos segurados, somando as três<br />
marcas da empresa (Porto Seguro, Itaú Seguros Auto e<br />
Azul Seguros).<br />
Nossos resultados são consequência do foco na<br />
qualidade e diversificação dos serviços, no atendimento<br />
e no relacionamento com clientes, corretores de seguros<br />
e parceiros.<br />
56
57
58
Os desafios de uma seguradora<br />
de capital aberto<br />
»»<br />
Gabriel Portella, presidente da SulAmérica<br />
As mais de 450 empresas nacionais de capital<br />
aberto, de acordo com levantamento recente<br />
da BM&FBovespa, demonstram o imenso potencial<br />
do País para o crescimento da oferta de<br />
recursos nos próximos anos. Mesmo diante de um cenário<br />
econômico desafiador, o Brasil é o país latino-americano<br />
com mais empresas listadas entre as maiores do mundo<br />
no ranking Global2000, publicado neste ano pela revista<br />
Forbes e que incluiu companhias de 61 países.<br />
Não há dúvidas de que o mercado financeiro e de<br />
capitais brasileiro passou por uma grande evolução,<br />
influenciada principalmente pela atuação dos órgãos<br />
normativos e reguladores, como o Conselho Monetário<br />
Nacional (CMN) e a Comissão de Valores Mobiliários<br />
(CVM). Especificamente no setor de seguros privados,<br />
merecem destaque os trabalhos do Conselho Nacional<br />
de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de<br />
Seguros Privados (SUSEP).<br />
A SulAmérica, que comemora em 2015 oito anos de<br />
sua Oferta Pública de Ações (IPO, na sigla em inglês para<br />
Initial Public Offering), segue acompanhando de perto o<br />
desenvolvimento do mercado de capitais e as mudanças<br />
significativas voltadas à dinâmica do setor. De 2007,<br />
época da operação reconhecida como a maior de um<br />
grupo segurador na América Latina, até hoje, o total de<br />
empresas deste segmento com ações na BM&FBovespa<br />
passou de duas para seis.<br />
A maior procura por parte das companhias pelo<br />
processo de IPO está relacionada diretamente ao amadurecimento<br />
e melhor entendimento deste mercado. Dez<br />
anos atrás, as seguradoras eram classificadas como um<br />
ativo no segmento financial (ou financeiro), enquanto<br />
o mercado internacional, especialmente o europeu e o<br />
norte-americano, já tinha uma prática bastante avançada<br />
de análise e dinâmica de ativos dessa natureza.<br />
Como parte do processo evolutivo do setor no País,<br />
as especificidades deste mercado - incluindo a gestão<br />
das reservas e recursos, questões de sinistralidade, a<br />
solvência e a alavancagem operacional - passaram a ser<br />
compreendidas, e os analistas brasileiros ampliaram as<br />
discussões em esfera nacional.<br />
Nos últimos anos, houve também inúmeros avanços<br />
no mercado de investimentos no Brasil relacionados ao<br />
ganho de conhecimento e ao domínio da lógica da indústria.<br />
Como consequência, o mercado de capitais passou a<br />
ser caracterizado como uma forma importante de acesso<br />
ao financiamento do crescimento, além de contribuir<br />
positivamente para aspectos relacionados à governança,<br />
transparência e sustentabilidade dos negócios.<br />
Vem justamente dessa tríade boa parte dos desafios<br />
relativos à abertura de capital. Um deles é a exposição<br />
diante dos stakeholders. Esta grande vitrine que permite<br />
e incentiva questionamentos de diferentes partes insta a<br />
companhia a definir o que e como quer comunicar a analistas,<br />
investidores e todos os seus públicos de interesse.<br />
Esta decisão requer também uma profunda avaliação<br />
de custo operacional. Essa importante tomada de decisão<br />
implica investimentos contínuos em auditoria, publicação<br />
de relatórios trimestrais de resultados, conselhos independentes<br />
e equipes de profissionais de RI (relação com<br />
investidor) dedicadas exclusivamente ao atendimento<br />
ao mercado. Há, ainda, demanda por aproximação com<br />
stakeholders estrangeiros e atualizações constantes entre<br />
os públicos de interesse da companhia.<br />
Desde outubro de 2007, a BM&FBovespa referenda<br />
as melhores práticas de gestão da SulAmérica listando a<br />
companhia no nível 2 de Governança Corporativa. Com<br />
um valor de mercado de R$ 4,7 bilhões, a seguradora<br />
integra há seis anos o Índice de Sustentabilidade Empresarial<br />
(ISE) da mesma BM&FBovespa, que tem o objetivo<br />
de mensurar e avaliar de maneira integrada diversos<br />
aspectos relacionados à sustentabilidade das empresas.<br />
Isso se traduz em resultado, uma vez que as empresa que<br />
integram o ISE são as mais rentáveis em Bolsa.<br />
Certamente a dinâmica de uma companhia com<br />
ações em Bolsa apresenta complexidades que exigem<br />
profunda avaliação e preparo. Se a companhia tem historicamente<br />
o compromisso com práticas alinhadas aos<br />
preceitos de governança, transparência e sustentabilidade,<br />
como é o caso da SulAmérica, a abertura de capital ganha<br />
o sentido de evolução. Não apenas para si, mas para todo<br />
o mercado em que atua.<br />
59
Um processo que ainda<br />
não chegou ao fim<br />
»»<br />
Margo Black, CEO da Swiss Re Brasil<br />
A<br />
abertura do mercado de resseguros era esperada<br />
desde a segunda metade dos anos 90 e<br />
algumas companhias internacionais chegaram<br />
a investir no país naquele momento, na expectativa<br />
do fim do monopólio estatal. Mas, apenas em<br />
janeiro de 2007, após discussões acaloradas a respeito<br />
do tema e certa frustração do mercado internacional<br />
pela indefinição acerca da mudança de sistema, é que foi<br />
publicada a Lei Complementar nº 126, que regulamentou<br />
a abertura do mercado de resseguros brasileiro.<br />
Alguns players internacionais decidiram imediatamente<br />
entrar no mercado local, enquanto outros, mais<br />
cautelosos, adotaram uma postura mais conservadora,<br />
aguardando o desenrolar do processo que trouxe desafios<br />
inéditos a todos os envolvidos na regulamentação e<br />
desenvolvimento do setor.<br />
Mas, passados oito anos, por que então digo que o<br />
processo não chegou ao fim? Porque embora tenha total<br />
consciência de que um mercado que ficou fechado por<br />
sete décadas não pode amadurecer de uma hora para<br />
outra, vemos que no momento em que o processo de<br />
abertura deveria começar a mostrar sinais de consolidação<br />
e amadurecimento, ainda restam discussões<br />
sobre os caminhos a serem percorridos, decorrentes<br />
da estrutura regulatória de certa forma deficiente, que<br />
ainda não permite que a capacidade total do mercado<br />
internacional seja acessada e, em contrapartida, gera<br />
custos adicionais aos envolvidos.<br />
Lembrando que, em geral, regras de resseguros muito<br />
protecionistas acabam gerando importantes travas ao<br />
desenvolvimento do setor. E, sem um mercado de resseguros<br />
competitivo e de fato aberto, os sinistros vultosos,<br />
que poderiam ser pulverizados entre os resseguradores<br />
estrangeiros de uma forma mais sustentável, acabam<br />
tendo um impacto maior na economia brasileira e no<br />
balanço das seguradoras aqui estabelecidas.<br />
A busca por um mercado desenvolvido, maduro e<br />
competitivo, num cenário global, também implica na geração<br />
de maiores eficiências técnicas e operacionais, no<br />
intercâmbio saudável de know-how e tecnologia com os<br />
players internacionais, isto é, em maiores investimentos<br />
na qualificação dos profissionais que atuam no setor.<br />
É necessário trazer incentivo para o desenvolvimento<br />
de novos produtos, para importar novas tecnologias,<br />
para a formação de profissionais especializados e capacitados<br />
para enfrentar, com uma visão mais estratégica<br />
e de longo prazo, um ciclo soft como o que estamos<br />
atravessando agora.<br />
E não podemos nos esquecer da responsabilidade<br />
social de seguradoras e resseguradoras estabelecidas no<br />
Brasil, através da criação de mecanismos de proteção<br />
financeira para as camadas menos favorecidas da população,<br />
com menor poder aquisitivo e sujeitas a enormes<br />
prejuízos pessoais e materiais em função de desastres<br />
naturais, com destaque aos alagamentos e deslizamentos<br />
de terra.<br />
A criação de tais mecanismos, que vão desde o microsseguro<br />
até soluções paramétricas mais sofisticadas,<br />
dependem de diálogos contínuos entre os setores público<br />
e privado e de uma política mais aberta por parte do governo,<br />
que permita e incentive os players internacionais<br />
a “importarem” soluções já implementadas com sucesso<br />
em outras regiões do mundo, sempre com vistas ao desenvolvimento<br />
e progresso brasileiro.<br />
60
61
O incremento da<br />
experiência internacional<br />
em companhias brasileiras<br />
»»<br />
José Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine<br />
Há no imaginário do povo brasileiro a associação<br />
de atributos como “tradição” e “qualidade”<br />
a produtos japoneses. E é exatamente com<br />
base nestas duas características que nós, da<br />
Tokio Marine Seguradora, atuamos no mercado brasileiro<br />
há 56 anos. Como subsidiária do Grupo Tokio Marine, o<br />
mais antigo conglomerado securitário do Japão, fundado<br />
em 1879, buscamos honrar esse legado e contribuir para<br />
o aumento da participação da indústria de seguros na<br />
economia nacional.<br />
Para isso, qualidade é a palavra-chave. Qualidade e<br />
Compromisso dos Colaboradores; Qualidade dos Produtos<br />
e Qualidade de Entrega dos Serviços aos nossos<br />
clientes, corretores e assessorias. É neste tripé que está<br />
baseado o nosso plano estratégico de crescimento, denominado<br />
“Avançar”, pelo qual queremos crescer 15%<br />
ao ano, de 2015 a 2017, atingindo uma produção de R$<br />
5 bilhões.<br />
A questão da qualidade é tão forte no DNA da Tokio<br />
Marine que estabelecemos, para todos os colaboradores,<br />
o objetivo de alcançarmos um Índice de Satisfação de<br />
Clientes e Corretores superior a 90%. Esta importante<br />
métrica é composta por 18 indicadores que medem a<br />
satisfação dos nossos produtos e serviços.<br />
Aliados às diretrizes da matriz, buscamos absorver<br />
as boas práticas de uma corporação que atua em 38<br />
países, emprega mais de 45 mil colaboradores e emitiu<br />
R$ 84,4 bilhões em prêmios de seguros em 2014. Entre<br />
estes pontos fortes está o profundo conhecimento e a<br />
criteriosa avaliação dos riscos que subscrevemos. Com<br />
a expertise do grupo e o intercâmbio entre nossos executivos,<br />
podemos oferecer diferenciais como equipes<br />
especializadas, forte gerenciamento de riscos, acesso às<br />
mais importantes resseguradoras mundiais e regulação<br />
eficiente de sinistros. Como resultado, a Tokio Marine é<br />
reconhecida por oferecer soluções de excelência para o<br />
segmento de produtos Pessoa Jurídica.<br />
Outro fator importante é que o Grupo Tokio Marine<br />
trata as questões que envolvem solvência de forma muito<br />
séria. Somos reconhecidos com a classificação A++ da<br />
AMBest, agência de rating especializada no setor de<br />
seguros, pela solidez financeira, investimento e monitoramento<br />
das questões relacionadas ao gerenciamento de<br />
riscos em todos os países onde atuamos. Aqui no Brasil<br />
não é diferente e a gestão destes índices segue o mesmo<br />
padrão adotado internacionalmente.<br />
Este modelo de Governança Corporativa e estrutura<br />
de gestão de riscos eficiente, que inclui estruturas como<br />
Compliance, Auditoria Interna e Controles Internos,<br />
provê à Tokio Marine informações precisas para as<br />
tomadas de decisões. A operação brasileira responde<br />
ao comando da Tokio Marine North America, Inc. &<br />
TMNA Services, atualmente comandada pelo executivo<br />
Akira Harashima, que liderou a Companhia entre 2008 e<br />
2013 e exerceu um papel fundamental na internalização<br />
destes conceitos.<br />
No Japão, a indústria de seguros representa 11% do<br />
Produto Interno Bruto. Ainda estamos distantes dessa<br />
marca no Brasil, mas temos certeza de que trabalhando<br />
juntos, de forma sinérgica, entre congêneres, órgãos reguladores,<br />
corretores e assessorias, poderemos aumentar<br />
a participação da indústria de seguros em relação ao PIB.<br />
Como uma seguradora multiprodutos, cujo portfólio<br />
inclui as carteiras de auto, RE, vida, grandes riscos,<br />
transportes e microsseguros, procuramos diariamente<br />
disseminar a importância da proteção de pessoas e<br />
empresas, colaborando assim com o desenvolvimento<br />
do nosso País.<br />
62
63
64
A tecnologia desafia o<br />
mercado de seguros<br />
»»<br />
Renato Rodrigues, Gerente Geral da Operação de Seguros da XL Catlin no Brasil<br />
Com os primeiros foguetes, o primeiro ser humano<br />
a pisar na Lua, o primeiro transplante, a<br />
primeira TV em cores, a tecnologia conquistou<br />
corações e mentes na segunda metade do século<br />
XX. No entanto, o século XXI está nos mostrando que<br />
estávamos apenas arranhando a superfície. Hoje, muitas<br />
pessoas carregam em seus bolsos dispositivos com mais<br />
capacidade de processamento do que os computadores<br />
usados pela NASA no início da corrida espacial. Nunca a<br />
tecnologia – e a SmartTV, o Google Glass, a biotecnologia,<br />
os drones, os carros sem motoristas e os smartwatches<br />
– foi tão presente em nossas vidas e em nossos negócios.<br />
Acostumada com o uso da tecnologia, a Geração<br />
Y – também chamada de ‘Millennials’ – hoje domina<br />
os mercados de consumo e de trabalho, substituindo os<br />
‘Baby Boomers’ em fase de aposentadoria. Isto significa<br />
que acompanhar o cada vez mais acelerado ritmo das<br />
novidades e gerenciar os riscos a elas associados torna-<br />
-se um fator chave para o sucesso ou para o fracasso de<br />
praticamente qualquer empresa em qualquer atividade – e<br />
isso inclui o setor de seguros.<br />
O avanço da tecnologia pode transformar<br />
os riscos rapidamente<br />
Para o setor dos seguros, a tecnologia traz novos<br />
riscos que precisam ser abordados. Por exemplo, carros<br />
sem motoristas estão se tornando uma realidade. Como<br />
isso muda a responsabilidade em toda a cadeia de valor<br />
do setor automotivo, desde os fornecedores de peças aos<br />
proprietários dos veículos? Quanto tempo vai demorar até<br />
que tenhamos aviões voando sem pilotos? Que mudanças<br />
isso trará para as apólices de seguro do mercado da<br />
aviação? Quais serão as soluções de seguros que vamos<br />
desenvolver para estes novos riscos?<br />
Novos riscos desafiam as maneiras pelas quais a<br />
indústria de seguros opera. Os volumes de dados disponíveis<br />
estão se expandindo rapidamente e as fontes de<br />
dados proliferam. Como resultado, as funções dentro de<br />
uma empresa de seguros vão mudar, juntamente com as<br />
condições de concorrência. Tradicionalmente, o setor<br />
segurador tem baseado seu negócio em seus dados – em<br />
longas séries de dados que refletem o passado. Mas os<br />
novos riscos não possuem registros históricos, então<br />
chegou a hora de nos acostumarmos com o fato de que<br />
vamos ter de descobrir novas respostas e soluções.<br />
E vamos ter de fazer isso rapidamente. A tecnologia<br />
está fazendo o mundo girar mais rápido. Basta imaginar<br />
um engenheiro de risco com papel e caneta anotando<br />
todos os fatores de risco que ele identifica em uma fábrica<br />
para, em seguida, colocá-los em seu computador e depois<br />
enviar um relatório para o cliente. Uma situação bastante<br />
comum... para a década de 1990. Quem poderia esperar<br />
tanto por essa informação nos dias de hoje? Na XL Catlin,<br />
os engenheiros de risco coletam as informações usando<br />
um aplicativo pioneiro para iPad, que permite o upload<br />
de dados e o enriquecimento dessas anotações com fotos<br />
do local analisado e gravações de voz. Ele conta até<br />
com um recurso que transforma em texto as anotações<br />
feitas em voz. Todas essas características tornam nossas<br />
avaliações de risco ainda mais robustas e informativas<br />
para nossos subscritores, que devem avaliar e precificar<br />
os riscos de forma adequada – e também nos permitem<br />
sermos mais rápidos.<br />
Agregar tecnologia às nossas atividades também simplifica<br />
e facilita os processos. Um exemplo disso é nossa<br />
plataforma de TI: nosso sistema, que pode ser acionado<br />
a partir de celulares, oferece apoio a uma gama completa<br />
de transações de processamento de reivindicações,<br />
desde a primeira notificação de perda até o pagamento<br />
final, para todas as linhas da XL Catlin, de Patrimoniais,<br />
Responsabilidade Civil e seguros especiais, incluindo<br />
responsabilidade civil, aviação, transporte e outras coberturas<br />
de seguro. Tudo em escala global e tempo real.<br />
Precisamos nos adaptar a este mundo novo e ousado.<br />
Está em nossas mãos encontrar maneiras inteligentes<br />
para criar valor para clientes e acionistas com base nele.<br />
65
66
O desafio da integração<br />
intercultural de negócios<br />
»»<br />
Francisco Caiuby Vidigal Filho, presidente da Yasuda Marítima Seguros<br />
Há cem anos aconteceu um dos episódios mais<br />
insólitos da história moderna que é, ainda<br />
hoje, um exemplo de como o fato de conhecer<br />
as pessoas com quem se negocia torna muito<br />
mais fácil vencer eventuais barreiras e conceitos pré-<br />
-concebidos. No final de 1914, combatentes alemães e<br />
ingleses, oponentes na 1ª Guerra Mundial, decretaram<br />
uma trégua não oficial em suas trincheiras numa área na<br />
Europa conhecida como “terra de ninguém” para confraternizar,<br />
comemorar o Natal e (pasmem!) jogar futebol.<br />
Dentre os vários registros desse evento, que é considerado<br />
um dos mais extraordinários incidentes da<br />
Grande Guerra e da história militar, estão fotos e cartas<br />
de soldados relatando a parentes que perceberam ter<br />
muita coisa em comum com o seus supostos “inimigos”,<br />
como a vontade de voltar para casa, a saudade da família<br />
e amigos, a incerteza da guerra e até a admiração que<br />
nutriam pelo país uns dos outros. Como consequência,<br />
conta-se que o alto comando de ambos países ordenou a<br />
substituição de tropas, já que muitos soldados não queriam<br />
mais atirar em “seus novos amigos”.<br />
Mesmo que haja desafios bastante complicados de<br />
serem transpostos, o ambiente corporativo não se compara<br />
a uma guerra de fato. E, se numa situação em que<br />
homens que tentavam matar uns aos outros deixaram<br />
suas diferenças de lado e até encontraram pontos em comum,<br />
por que não “baixar as armas” numa negociação,<br />
que já tem como objetivo básico estabelecer um acordo?<br />
Quando anunciamos o processo de integração entre<br />
as companhias Yasuda Seguros e Marítima Seguros, um<br />
dos questionamentos que mais ouvimos foi: como duas<br />
companhias com perfis tão antagônicos podem se tornar<br />
uma só? Simples: pelo diálogo.<br />
O que identificamos foi que as características que<br />
pareciam ser diferenças se mostraram, na verdade, com-<br />
plementaridade de competências. Aliás, competências<br />
essas que nos deram condições de atuar de forma mais<br />
efetiva para conquistar mais participação no mercado<br />
brasileiro que, apesar de concorrido, ainda tem muito<br />
o que crescer.<br />
E um dos primeiros desafios foi o de comunicar<br />
todo o público com o qual ambas as companhias que<br />
deram origem à Yasuda Marítima se relacionavam.<br />
Nesse universo consideramos dois mil funcionários,<br />
18 mil corretores parceiros, 90 mil corretores do mercado<br />
brasileiro, prestadores de serviços e um milhão<br />
de segurados.<br />
Fora o trabalho de comunicação interna, que permitiu<br />
ressaltar ainda mais nossas afinidades e fazer com<br />
que toda a equipe estivesse imbuída do propósito de<br />
fazer da nossa companhia uma empresa única, baseada<br />
em ser reconhecida como a seguradora que oferece as<br />
melhores soluções do mercado; iniciamos uma maratona<br />
de viagens e encontros e reuniões com entidades<br />
representantes do mercado e com corretores de seguros<br />
por todo o Brasil, para dar detalhes de nosso plano. Foi<br />
uma aventura digna de road movie que nos permitiu estar<br />
ainda mais próximos de nossos parceiros corretores de<br />
seguros e conhecer melhor as demandas específicas de<br />
cada localidade em nosso país. Além disso, investimos<br />
em tecnologia, melhoria de processos que dinamizaram<br />
a gestão e tem dado ainda mais agilidade e capacidade<br />
competitiva à companhia.<br />
Mas foi por meio do diálogo e da interação que<br />
chegamos ao ponto comum da integração. Mais do que<br />
negócios, o que vimos acontecer foi pessoas que souberam<br />
encarar desafios e se unir em prol de um objetivo<br />
comum, aprendendo umas com as outras e crescendo,<br />
como profissionais e como seres humanos. E essa é uma<br />
experiência a ser guardada para toda a vida!<br />
67
Seguro para grandes<br />
obras no Brasil<br />
»»<br />
Werner Stettler, Vice-Presidente de Global Corporate para Zurich Brasil<br />
Há 32 anos no país, a Zurich colaborou com a<br />
cultura deste seguro no Brasil. Nos últimos<br />
cinco anos houve um boom em grandes obras,<br />
e a companhia esteve preparada para atender<br />
à demanda. Agimos com compromisso e competência e<br />
assim fortalecemos a confiança junto ao mercado.<br />
A área de riscos de engenharia desenha um horizonte<br />
largo. O Governo Federal indica atenção dirigida<br />
a obras de infraestrutura, sabidamente necessárias para<br />
o desenvolvimento do país.<br />
Estão previstos investimentos em ferrovias, rodovias,<br />
portos e aeroportos, assim como fontes de energia<br />
renovável e obras que assegurem a mobilidade urbana,<br />
a exemplo de metrôs e túneis. A iniciativa privada,<br />
paralelamente, projeta ampliações ou novas plantas.<br />
Independentemente da complexidade da obra, e<br />
sendo ela pública ou privada, a Zurich participa de grandes<br />
construções e nosso valor é percebido pelo cliente.<br />
Temos expectativas consistentes e a estratégia de nossos<br />
negócios para o Brasil contempla projetos a curto, médio<br />
e longo prazos. Nosso market share permanece crescendo<br />
porque apresentamos expertise e solidez, oferecendo<br />
tranquilidade para nossos clientes e parceiros.<br />
Para a seguradora, a experiência e o reconhecimento<br />
adquiridos ao longo dos anos gera orgulho e estimula<br />
novas conquistas: permanecemos atentos às necessidades<br />
dos clientes, sempre inovando e gerando melhorias<br />
Disponibilizamos seguros para projetos de engenharia<br />
nos diversos setores, cobrindo desde obras civis<br />
de pequeno porte até grandes riscos, como as iniciativas<br />
mais complexas em telecomunicações, energia<br />
e infraestrutura. A carteira de engenharia atende às<br />
necessidades das empresas da construção civil e montadoras<br />
de equipamentos com relação aos riscos a que<br />
estão expostas durante a realização de seus serviços.<br />
Os programas de seguro são customizados para cada<br />
cliente e risco.<br />
Nossa especialização em obras se estabelece a<br />
partir de um diferencial que firma a proposta de valor<br />
da empresa: a engenharia de riscos. Nosso trabalho de<br />
mitigação de riscos é referência global e consiste em ir<br />
muito além do produto seguro, transmitindo ao cliente<br />
a tranquilidade de que o projeto está sendo acompanhado<br />
de perto pelos nossos engenheiros de risco – mais<br />
de 900 especialistas ao redor do mundo, conectados e<br />
trocando experiências.<br />
Uma vez contratado o seguro de riscos de engenharia,<br />
a companhia atua em parceria com o cliente<br />
e compartilha sua vasta experiência durante todo o<br />
ciclo da obra. Nossos profissionais geram relatórios<br />
de recomendações e análise do risco, por performance<br />
e operacional. Moldado na experiência global, nosso<br />
acompanhamento supera as questões especificamente<br />
técnicas, aferindo uma visão global da construção.<br />
68
69
evento | CIAB 2015<br />
Tecnologia e oportunidades<br />
Em edição comemorativa de 25 anos, CIAB 2015 abre espaço para o<br />
mercado de seguros em palestras e exposição<br />
Kelly Lubiato e Lívia Sousa<br />
A<br />
cidade de São Paulo recebeu<br />
o Congresso Internacional de<br />
Automação Bancária (CIAB),<br />
realizado de 16 a 18 de junho.<br />
O evento, que completou 25 anos, ganhou<br />
edição comemorativa e apresentou algumas<br />
novidades em seu formato, entre elas<br />
a inclusão do tema seguros nas trilhas<br />
técnicas.<br />
“Na comemoração das bodas de<br />
prata, foram ampliados os temas com<br />
objetivo de aprimoramento, tornando-o<br />
um fórum de debates ainda mais complexo.<br />
O objeto é permear todo o setor<br />
financeiro”, esclareceu Gustavo Fosse,<br />
diretor Setorial de Tecnologia Bancária<br />
da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)<br />
e presidente do CIAB, durante a<br />
abertura da Trilha de Seguros.<br />
Desafios e fraudes<br />
Durante a palestra “Mercado segurador:<br />
desafios e oportunidades”, o<br />
superintendente de Regulação da CNseg,<br />
Alexandre Leal, lembrou que o ramo de<br />
seguros tem mostrado resiliência no atual<br />
cenário econômico. Prova disso é que o<br />
segmento arrecadou R$ 327 bilhões no<br />
ano passado e espera crescer mais 12%<br />
em 2015. Apesar de seguir firme até o<br />
momento, a instabilidade econômica atual<br />
será um dos gargalos a ser enfrentado<br />
pelo mercado, assim como o aumento da<br />
renda per capita, principal responsável<br />
pela manutenção do crescimento e do aumento<br />
da relevância do ramo securitário<br />
dentro da economia.<br />
70<br />
Leal disse que os entraves se darão<br />
ainda no quesito regulatório, como nos<br />
riscos de mercado e operacional, nos<br />
aspectos contábeis e na gestão de risco<br />
– nesta última, o superintendente destacou<br />
o fortalecimento de boas práticas e<br />
políticas de supervisão baseada em risco<br />
(Solvência 2). Na área de tecnologia,<br />
o gargalo será provocado pela postura<br />
conservadora ainda adotada pelas seguradoras<br />
quanto ao uso das tecnologias<br />
digitais. Segundo ele, a tecnologia, mais<br />
do que um desejo, é uma necessidade.<br />
Já na apresentação sobre “Prevenção<br />
e Combate à Fraude em Gerenciamento<br />
de Riscos: Avanços e Desafios”,<br />
Therezinha Vollú e Ricardo Tavares,<br />
gerentes de Negócios da CNseg Ceser<br />
(Central de Serviços e Proteção ao<br />
Seguro), afirmaram que as fraudes<br />
comprovadas no Brasil cresceram nos<br />
últimos três anos. Com exceção de<br />
Previdência Complementar Aberta,<br />
Saúde Suplementar e Capitalização,<br />
foram registrados R$ 448 milhões em<br />
fraudes em 2014, o que corresponde a<br />
1,7% relação aos sinistros avisados. Em<br />
2013, o valor chegou a R$ 350 milhões<br />
(1,5%) e no ano anterior a R$ 340 milhões<br />
(1,2%).<br />
Para coibir a postura, que independente<br />
do tipo resulta em um custo<br />
injusto para os segurados honestos,<br />
a Confederação apoia, entre outros<br />
pontos, o combate a seguros piratas<br />
e promove treinamentos, campanhas<br />
educacionais e pesquisas qualitativas.<br />
Novidades tecnológicas<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> circulou pelos<br />
estandes e conferiu as novidades apresentadas<br />
pelas companhias expositoras<br />
do evento para o mercado securitário.<br />
A Fujitsu, por exemplo, mostrou o ID<br />
Match, ferramenta para pagamento<br />
seguro que combina a autenticação do<br />
PalmSecure (sistema de autenticação da<br />
empresa baseado nas veias da palma da<br />
mão) ao uso de smartphones.<br />
Já a P3Image focou na gestão documental<br />
das companhias. No caso dos<br />
bancos e das seguradoras, a atuação da<br />
empresa se dá, em maior parte, na formalização<br />
de contratos de crédito.<br />
A Deloitte, que atua na parte de estratégia<br />
das companhias, busca melhorar<br />
o desempenho dos negócios das empresas.<br />
Para isso, a companhia identifica as<br />
soluções tecnológicas do mercado mais<br />
adequadas para cada seguradora, verifica<br />
sua aderência junto aos sistemas e<br />
auxilia na implementação das soluções.<br />
A empresa também trabalha com soluções<br />
regulatórias e analytics vinculadas<br />
à tecnologia – esta última para coletar<br />
informações sobre os clientes.<br />
Quem também esteve entre os expositores<br />
é a Misys, que para o mercado de<br />
seguros oferece soluções tanto de investimento<br />
quanto de risco. A companhia<br />
apresentou outros produtos disponíveis<br />
no País, entre eles FusionInvest (voltada<br />
à gestão de investimentos e que gerencia<br />
todo o ciclo de vida das transações, do<br />
portfólio à gestão de riscos e compliance).
Tradicional no armazenamento e<br />
backup de informação, a EMC² tem voltado<br />
às atenções ao mercado securitário.<br />
Para este nicho, a companhia desenvolve<br />
soluções a partir de big data e analytics,<br />
visando o uso do maior número de informações<br />
cadastrais, críticas e públicas. A<br />
ideia é realizar um cruzamento desses<br />
dados e, a partir disso, desenvolver ações<br />
para extrair valores, novas ideias e produtos<br />
que sejam melhor direcionados para<br />
o perfil do cliente.<br />
A Neurotech, por sua vez, teve como<br />
principal produto apresentado a plataforma<br />
móvel de decisão para seguradoras,<br />
mas também salientou que trabalha com<br />
o aviso de sinistro para smartphones e a<br />
solução para a detecção de fraudes. Neste<br />
segmento, o destaque fica com o Autoscore,<br />
solução que mostra o indicativo de<br />
risco baseado em informações públicas,<br />
principalmente em relação ao roubo e<br />
furto de veículos.<br />
Informação e segurança foram pautadas<br />
pela C&M Software, que destacou<br />
❙❙Gustavo Fosse, do CIAB<br />
duas soluções para este nicho. A primeira<br />
foi o SkinBD, componente instalado entre<br />
o banco de dados da empresa e o aplicativo<br />
já utilizado por ela que acessa fontes<br />
externas, grava a consulta e registra as informações<br />
adicionais no banco de dados<br />
da seguradora. Assim, a companhia busca<br />
auxiliar na precificação dos produtos e<br />
responder corretores com agilidade. Já a<br />
ferramenta de autenticação de usuários<br />
Kumram trabalha com a biometria facial<br />
e pode ser utilizada em qualquer portal.<br />
A BRQ, que oferece soluções para todas<br />
as grandes seguradoras do mercado,<br />
também marcou presença no CIAB 2015<br />
destacando a verticalização nas vendas<br />
que está sendo iniciada pelas corretoras<br />
de seguros, principalmente nos produtos<br />
de automóvel e previdência.<br />
A Tivit também entendeu que o ramo<br />
de seguros está crescendo e, nos últimos<br />
cinco anos, passou a focar neste mercado<br />
fornecendo o suporte, a sustentação e<br />
toda a parte de infraestrutura, data center<br />
e atendimento às seguradoras.<br />
Com um estande que remetia ao ambiente<br />
de uma garagem, a CI&T mostrou<br />
seu conceito de viabilizar experimentações.<br />
As soluções podem ser criadas<br />
para todos os processos de seguro, como<br />
cotadores, mobilidade, analytics, desde<br />
a estratégia até o desenvolvimento dos<br />
aplicativos.
evento | 11º Encor<br />
Crescendo com os desafios<br />
Encontro destaca<br />
evolução do mercado<br />
securitário em tempos<br />
de instabilidade<br />
econômica e debate<br />
nova atuação dos<br />
corretores de seguros<br />
O<br />
Sincor-RS realizou, em<br />
junho, o 11º Encor em Gramado<br />
(RS). Na abertura do<br />
evento, que teve como tema<br />
“Crescendo com os Desafios”, o presidente<br />
do Sindicato, Ricardo Pansera, lembrou<br />
que o mercado de seguros alavancou<br />
nos últimos anos e que apesar de o País<br />
passar por um cenário macroeconômico<br />
desafiador, acredita na continuidade do<br />
crescimento do segmento, sobretudo na<br />
capacidade e criatividade dos corretores<br />
de seguros. “Há muito espaço a ser ocupado.<br />
Por isso, nossa missão é transformar<br />
crise em oportunidades”, disse ele.<br />
A atuação dos profissionais foi pautada<br />
ainda pelo presidente da CNseg,<br />
Marco Antônio Rossi, que declarou que<br />
os corretores fortalecem as seguradoras e<br />
que a troca de ideias promovida pelo encontro<br />
serve de “ponte” entre corretores<br />
e companhias.<br />
Já o vice-presidente do Sincor-RS<br />
e da Fenacor, Celso Marini, destacou<br />
a conquista recente da categoria com<br />
a inclusão no SuperSimples e frisou os<br />
bons resultados apresentados pelo ramo<br />
em tempos instáveis da economia. De<br />
acordo com a Susep, no primeiro trimestre<br />
do ano o setor devolveu a sociedades<br />
mais de R$ 11 bilhões em indenizações e<br />
benefícios. Isto significa que, no período,<br />
uma média de mais de R$ 127 milhões<br />
foi injetada a cada 24 horas para reparar<br />
perdas, recompor patrimônios, reativar<br />
negócios e proteger famílias. “Os corretores<br />
de seguros geraram 90% desta<br />
produção”, completou.<br />
Também discursou Robert Bittar,<br />
presidente da Funenseg, que anunciou<br />
Roberto Bittar, Marco Antônio Rossi, Ricardo Pansera, Luiz Antônio Barbacovi,<br />
❙❙Julio Cesar Rosa e Celso Marini<br />
a criação do curso de Tecnólogo em<br />
Seguro com ênfase em seguros e previdência<br />
a ser realizado em forma de<br />
Ensino à Distância. A abertura foi marcada<br />
ainda pelas homenagens a Sérgio<br />
Petzhold, vice-presidente do Sindicato,<br />
e Miguel Junqueira, presidente de honra<br />
do SindSeg.<br />
Palestras<br />
O 11º Encor contou com uma série<br />
de apresentações. Ministrada pelo vice-<br />
-presidente do Sincor-SP, Boris Ber, uma<br />
delas destacou os desafios a serem enfrentados<br />
pelos corretores de seguros, que se<br />
deparam com a necessidade de prestar<br />
atendimento diferenciado.<br />
Por sua vez, o advogado da Penteado<br />
Mendonça e Char Advocacia, Antônio<br />
Penteado de Mendonça, disse que o<br />
mercado está mudando. As seguradoras<br />
de grandes conglomerados econômicos<br />
voltam-se para o varejo, companhias<br />
estrangeiras compram seguradoras nacionais,<br />
empresas se especializam em<br />
determinados ramos e o resseguro, que<br />
cresce no País, exige corretores especializados<br />
no assunto.<br />
Os participantes também conferiram<br />
um painel com a participação do diretor<br />
-gerente Comercial Massificado da Bradesco<br />
Auto/RE, Marco Antônio Gonçalves;<br />
do presidente da HDI Seguros, João<br />
Francisco Borges da Costa; do presidente<br />
da Icatu Seguros, Luciano Snel; e do<br />
presidente do Conselho de Administração<br />
da Porto Seguro, Jayme Garfinkel, que<br />
evidenciaram a descoberta do brasileiro<br />
sobre a importância do seguro de vida e<br />
do plano de previdência.<br />
Outro assunto em destaque no 11º<br />
Encor, a sucessão empresarial foi debatida<br />
pelo sócio da Latuf Corretora de<br />
Seguros, Alexandre Latuf, que depois de<br />
atuar em grandes companhias passou a se<br />
dedicar 100% à corretora de seguros da<br />
família. “Metade das empresas familiares<br />
no mundo não pensam em sucessão e os<br />
negócios que dependem exclusivamente<br />
do seu fundador não sobrevivem ao processo”,<br />
contou, frisando que é preciso<br />
pensar na decisão de forma que sucessor<br />
e sucedido sejam preparados para caminhar<br />
juntos no processo.<br />
O evento também deu espaço ao deputado<br />
federal Lucas Vergílio, que repudiou<br />
a criação da Banrisul Corretora de Seguros.<br />
“Soube da ideia do governo gaúcho e<br />
não concordo com ela. Não há como criar<br />
uma corretora de seguros oficial. Pretendo<br />
comparecer à reunião com os deputados<br />
da bancada gaúcha na Câmara Federal,<br />
mostrar porque a proposta não pode ser<br />
aceita e pedirei que levem esta mensagem<br />
aos deputados estaduais do Rio Grande do<br />
Sul”, disse o parlamentar.<br />
72
comunicação e expressão<br />
por J. B. Oliveira*<br />
Para todo propósito há<br />
tempo e modo...<br />
Esta expressão está contida no livro de Eclesiastes, cuja<br />
autoria é atribuída a Salomão, terceiro rei de Israel – na sucessão<br />
de Davi e de Saul – e que governou os hebreus entre os<br />
anos 1009 e 922 antes de Cristo. É o início do versículo 6, do<br />
capítulo 8 do referido livro.<br />
Tenho enfatizado, nos cursos de Oratória que ministro, a<br />
importância de se ter local, tempo e modo para tornar eficaz<br />
uma comunicação. Aponto o exemplo de um dos mais antigos<br />
comunicadores da civilização humana: o sacerdote. Seja ele<br />
de que confissão religiosa for, não fala de qualquer lugar, a<br />
qualquer hora, de qualquer modo. Ele tem o modo certo de<br />
falar – o sacerdotal –; o local certo – o púlpito –; e o tempo<br />
certo – previamente estabelecido, antecedido de cânticos, rituais<br />
e preparações outras. Há que se levar em consideração, ainda,<br />
que cada grupamento humano, seja profissional, cultural, político<br />
ou social tem características comunicacionais próprias,<br />
que devem ser respeitadas. De longa data, a sabedoria popular<br />
alerta: “Em Roma, fale como os romanos”!<br />
Há razões para essa adequação. Uma delas é, precisamente,<br />
a preocupação de facilitar a assimilação da mensagem pelos<br />
interlocutores. Falar do modo como estão habituados a ouvir,<br />
abre sua aceitação, pois não os obriga a sair de sua “zona de<br />
conforto”. Outra – ainda mais importante – é gerar empatia,<br />
que costumo traduzir por “identificação emocional”. Ouvir<br />
o comunicador falar dentro de sua habitualidade, transmite<br />
aos ouvintes a mensagem subliminar: “ele é dos nossos”! Em<br />
sua Primeira Carta, o apóstolo São João traz, no capítulo 2,<br />
versículo 29, esta expressão textual “Saíram de nós, mas não<br />
eram de nós (...) mas isto é para que se manifestasse que não<br />
são todos de nós.”<br />
“Resumo da ópera”: se quiser que sua mensagem atinja<br />
os objetivos propostos, escolha o melhor local, a hora mais<br />
apropriada e capriche no modo de falar. Procure identificar-se<br />
com os interlocutores.<br />
É oportuno o exemplo deste comunicado, com o mesmo<br />
conteúdo, mas com formas diferentes de exposição, de acordo<br />
com o segmento funcional:<br />
Departamento de Marketing<br />
“A extrapolação dos dados de recentes pesquisas internas<br />
aponta uma tendência exacerbada e não prevista na transmissão<br />
de spams. Após brainstorming realizado com toda a equipe,<br />
ficou evidente a necessidade de cortes substanciais no uso da<br />
mídia interna, sem prejuízo para nossa endocomunicação”.<br />
Departamento de Engenharia<br />
“Fatores inerciais, de natureza não técnica, e inadequadamente<br />
detectados em sua origem, vêm ocasionando desvios na<br />
produtividade sistêmica. Decidiu-se que uma melhor parametrização<br />
de nossos meios eletrônicos de comunicação interna<br />
pode ser obtida através de um projeto de colaboração coletiva<br />
de rightsizing”.<br />
Departamento de Sistemas<br />
“A subotimização da rede se deve ao multidirecionamento<br />
de mensagens através do software de ccmail. A situação poderia<br />
ser equacionada (a): com a reformatação do conteúdo pelos próprios<br />
usuários, ou (b): com a instalação de um novo sistema de<br />
1Tera. A empresa decidiu pela primeira opção: alternativa (a)”.<br />
Departamento de Rh<br />
“Enquanto seres funcionais, estamos sujeitos a vivenciar<br />
parâmetros holísticos. Apesar de a abertura comunicacional ter<br />
propiciado certo nível de desafio e enfrentamento em relação aos<br />
paradigmas, tal alavancagem foi inibida pela não implementação<br />
de uma política de InstantFeedback, ora substituída em caráter<br />
emergencial por medidas restritivas de curto prazo”.<br />
Departamento de Serviços Gerais<br />
“De hoje em diante, quem for pego brincando com o correio<br />
eletrônico receberá uma advertência. Em caso de reincidência,<br />
será posto na rua”.<br />
Isso lembra, também, o caso de dois jovens monges conversando<br />
no jardim do mosteiro. Chateado, um deles se queixava<br />
de haver perguntado ao Mestre se podia<br />
fumar e a resposta fora negativa. O outro,<br />
tranquilo, disse que para ele, a resposta tinha<br />
sido positiva, e indagou: “De que modo<br />
você falou com o Mestre?” “Eu perguntei:<br />
Mestre, posso fumar enquanto medito? E<br />
ele respondeu: não!” “Poia eu”, concluiu o<br />
outro, “perguntei: Mestre, posso meditar<br />
enquanto fumo?” e ele disse: sim!<br />
Tem razão o sábio Salomão: “... para<br />
todo propósito há tempo e modo...”<br />
* J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, Professor Universitário, Advogado e Jornalista.<br />
É Autor do livro “Falar Bem é Bem Fácil”, e membro da Academia Cristã de Letras<br />
www.jboliveira.com.br – jboliveira@jbo.com.br<br />
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