edição4HEROIS-gratuita

vários diretores estarem nos planos para assumir a função,
dentre eles Steven Spielberg, George Lucas, Sam Peckinpah
e Francis Ford Coppola, Guy Hamilton (de vários
filmes de James Bond, dentre eles o ótimo Com 007 Viva
e Deixe Morrer, 1973) assinou para levar o herói da DC
Comics para o cinema. Depois de um período de préprodução
longo, as filmagens na Itália estavam prontas
para iniciar, mas descobriram que Marlon Brando não
poderia pisar no país sob pena de ser preso após uma acusação
de obscenidade por O Último Tango em Paris
(1972). Para resolver a questão, a produção foi realocada
para a Inglaterra – onde Hamilton não poderia estar, dado
um problema com impostos não pagos. Os produtores não
tiveram outra saída senão contratar outro diretor. Assim,
Richard Donner foi chamado. Sua primeira ação foi pedir
uma nova versão do roteiro, mais curta do que as 400
páginas entregues por Mario Puzo. Tom Mankiewicz foi
chamado e modificou completamente o script, curiosamente
ganhando apenas o crédito de consultor - devido a
desavenças com o Sindicato dos Roteiristas, que não viram
com bons olhos essa contratação.
Embora não tivesse experiência com grandes orçamentos,
Richard Donner topou a função, ainda que tenha
sido aconselhado por amigos a rever a decisão. A oportunidade
era ótima, mas sabia-se que trabalhar com Ilya
Salkind e companhia seria um problema. Dito e feito.
Durante a feitura dos longas-metragens, os Salkind e
Donner não se entenderam. Em dados momentos, nem se
falavam. O motivo principal da discórdia era o orçamento
e os atrasos nas gravações. Em sua defesa, Donner dizia
que nunca houve clareza quanto ao dinheiro e ao calendário.
Temerosos de que poderiam ter um abacaxi em mãos,
os produtores decidiram interromper o trabalho nos sets –
uns 75% do segundo filme já havia sido filmado – para
que Donner se concentrasse em terminar o primeiro filme.
Ele não sabia, mas nunca retornaria aos sets para concluir
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