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NOSSOS PASSOS 17<br />
O GENIAL<br />
SÃO JOÃO PAULO II<br />
O número de Fevereiro da “<strong>Nossos</strong> Paços” nos<br />
mostra depoimentos de alguns dos integrantes do “Terço<br />
dos Jovens”. As edificantes narrativas foram apresentadas<br />
com a frase de São João Paulo II: “Jovens, não tenhais<br />
medo de ser Santos”, com a fotografia do genial Papa amigo<br />
do Brasil, já em seu pontificado.<br />
E como essa frase se adequa magistralmente à<br />
personalidade do santo! Muito jovem ainda, Karol Jozef<br />
Wojtyla já se dedicava à catequese e ao diálogo sobre as<br />
palavras de Jesus, tanto nos templos como nos teatros,<br />
aumentando assim os que o escutavam. Sem medo algum<br />
de ser santo, divulgava Cristo nas reuniões intelectuais, e<br />
também nas reunião esportivas. Nas festas litúrgicas, e<br />
também nas festas cívicas.<br />
Eleito Papa, multiplicou por um milhão o seu<br />
destemor em ser Santo. Aproximou os seus fieis de outros<br />
fieis, que igualmente transcendiam a banalidade da Viva,<br />
e buscavam a Bondade. O encontro com os Luteranos<br />
e Anglicanos foi emblemático, levando o diálogo para<br />
o campo fraterno do qual estávamos distanciados por<br />
séculos. Com os Ortodoxos manteve o mesmo diálogo<br />
cordial de quando os Patriarcas o saudaram no início do<br />
seu pontificado. Com o seguidores do Islã inaugurou um<br />
diálogo criativo, sob a égide do Deus Único.<br />
Mais além ainda foi a sua ausência de medo<br />
em ser Santo: Passou a dialogar com as Igrejas Orientais.<br />
Igual ao Wojtyla, muitos Católicos da Ásia não tiveram<br />
medo de serem santos: O Japão com quase uma dezena<br />
de Santos Mártires, a Coréia com quase igual número, o<br />
Vietnã com os seus cento e dezessete Santos.<br />
Mas a democratização da Europa foi o seu ato de<br />
maior coragem. E esse ato começou após a II Guerra,<br />
quando o Congresso Internacional de Estudantes se reuniu<br />
na Cracóvia. Meio a tanta destruição, ficara incólume o<br />
salão da Matriz. E o Presidente da União Internacional de<br />
Estudantes, um jovem que chefiava a Delegação Soviética<br />
e presidia o congresso, pergunta ao jovem sacerdote:<br />
“Podemos fazer a abertura do nosso congresso no<br />
salão da igreja?”<br />
“Mas claro! Não só a abertura, mas todo o congresso!”<br />
Essa simpática solidariedade foi fortalecendo<br />
na medida que os dois jovens avançavam em idade,<br />
sabedoria, e em fraternidade. O nome do jovem padre era<br />
Karol Wojtyla, e o nome do Presidente do Congresso de<br />
Estudantes era Mikhail Gorbachev.<br />
O estudante foi Nobel da Paz, e o sacerdote um<br />
Santo, que tive a ventura e privilégio de representar o<br />
Istituto Ítalo-Latinoamericano na cerimônia de início do<br />
seu glorioso Pontificado.<br />
>>Luiz Rocha Neto<br />
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.