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jornal março edição 3

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CULTURA INFORMAÇÃO & ESPORTES<br />

“Manual de autodefesa intelectual”<br />

critica as mistificações do senso comum<br />

Selecionado para compor a Mostra 201 8 do Festival de Curitiba, espetáculo ironiza crendices contemporâneas e propõe reflexões filosóficas<br />

Após três temporadas seguidas em São Paulo, a Kiwi Companhia de Teatro apresenta o espetáculo “Manual de autodefesa intelectual” nos<br />

dias 28 e 29 de <strong>março</strong>, no SESC da Esquina, durante a Mostra 201 8 da 27ª <strong>edição</strong> do Festival de Curitiba.<br />

Com roteiro e direção assinados por Fernando Kinas, o trabalho cênico aborda um conjunto de temas relacionado às mistificações e<br />

crendices contemporâneas, representadas no palco sob diferentes perspectivas e vocabulários: a numerologia, o horóscopo, o pensamento<br />

circular, a mídia empresarial, o surgimento da publicidade moderna, as religiões e as teorias da conspiração.<br />

Ao sugerir que uma parte expressiva da população organiza suas vidas a partir de simplificações da realidade, o roteiro convida à reflexão<br />

nos âmbitos sociais e filosóficos, lançando mão de ideias e conhecimentos consagrados, mas muitas vezes esquecidos. Um exemplo é a<br />

referência direta ao pensamento de René Descartes (1 596-1 650) - considerado o pai do racionalismo -, que é mobilizado em contraposição<br />

a situações cotidianas, em que a irreflexão é notadamente perpetuada.<br />

“A confusão frequente entre opinião e conhecimento; os erros oriundos do pensamento circular e das relações inexistentes de causa e efeito;<br />

a presença ostensiva da fé no cotidiano; a tendência a aceitar premissas falsas como verdadeiras; a ausência da verificação das fontes; a<br />

aceitação passiva de argumentos de autoridade, entre outros procedimentos baseados na intuição, na mídia hegemônica e nas experiências<br />

imediatas e pessoais criam um ambiente propício ao engano e ao erro”, resume o diretor do espetáculo, o catarinense Fernando Kinas.<br />

As questões são postas não somente por meio das palavras, mas também em linguagens menos convencionais, como coreografias, vídeos,<br />

música ao vivo e até números de mágica. “Manual de autodefesa intelectual” utiliza recursos do teatro documentário, dando sequência às<br />

pesquisas recentes do grupo com a linguagem narrativa, assim como em “Fome.doc”, “Material Bond” e “Morro como um país”. Por este<br />

último trabalho a atriz Fernanda Azevedo, que faz parte do elenco de “Manual”, recebeu o Prêmio Shell de melhor atriz.<br />

Apresentadores, patrocinadores e apoiadores<br />

O Festival de Curitiba tem parceiros fundamentais para sua realização e é apresentado pela Cielo, com patrocínio da Vivo, Denso do Brasil,<br />

Uninter, Copel Telecom, Sanepar, Governo do Estado, Ebanx, Tradener Comercialização de Energia e GRASP. O aplicativo de mobilidade<br />

oficial do Festival de Curitiba é Uber.<br />

Os eventos simultâneos – Guritiba, MishMash e Risorama -, igualmente, contam com o apoio de parceiros importantes para levar a arte,<br />

cultura e entretenimento ao público.<br />

O Guritiba é apresentado por Perkins Motores, Mili, Parati e Unimed Curitiba, com patrocínio da Caterpillar e New Holland e apoio da

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