REVISTA LPD PROFESSOR 53_Jane.indd
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ANO 14 - N 0 <strong>53</strong><br />
I S S N: 1 8 0 7 - 4 2 2 7<br />
31581
Aprenda sobre o<br />
Apocalipse<br />
de forma clara<br />
e acessível<br />
1º TRIMESTRE<br />
MATERIAL DE APOIO<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
Neste livro, o autor traz<br />
luz ao entendimento<br />
de Apocalipse e transmite<br />
princípios de<br />
interpretação que<br />
esclarecerão ao leitor<br />
os temas principais<br />
desse livro profético,<br />
temas que costumam<br />
gerar muitas dúvidas.<br />
15,5 x 23cm | 240 págs.<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
São Paulo - Avenida Henry Ford, 1708 / 1712 – Mooca (11) 3345-4161 | 3101-4161<br />
Rio de <strong>Jane</strong>iro : Rua Honório Bicalho,102, Penha (21) 3888-4511 | (21) 2671-4290<br />
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Prezado professor,<br />
Nosso sentimento é de alegria e exultação no Senhor por oferecerlhe<br />
a Revista de nº <strong>53</strong> da Série Lições da Palavra de Deus, cujo tema<br />
é: Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética<br />
impressionante dos últimos tempos.<br />
Durante muitos anos, o estudo do Apocalipse vem sendo explicado<br />
por diversos conceitos, métodos de interpretação, correntes e perspectivas.<br />
Antes de tudo, porém, este livro profético e misterioso deve<br />
ser estudado em atitude de profunda oração, desprovida de ideias ou<br />
pensamentos pré-concebidos. O leitor deve estar totalmente aberto e<br />
submisso à iluminação e à revelação do Espírito Santo e ater-se unicamente<br />
às regras da Hermenêutica e da boa exegese bíblica, sempre<br />
buscando analisar o texto sagrado sem extremismos.<br />
É muito importante para quem estuda e ensina as verdades, os mistérios,<br />
as visões e as profecias relatadas no Apocalipse estabelecer, em<br />
relação à Hermenêutica utilizada, princípios de interpretação corretos<br />
e claros, pois isso resultará no entendimento da verdade da Palavra de<br />
Deus.<br />
Esta revista tem esse objetivo. Por meio de uma linguagem clara e<br />
acessível, o comentarista transmite princípios de interpretação que esclarecerão<br />
ao estudante da Palavra de Deus os temas principais desse<br />
livro profético, que costumam gerar muitas dúvidas.<br />
Que o Senhor nos abençoe.<br />
Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto,<br />
mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves<br />
da morte e do inferno. Escreve as coisas que tens visto, e as que<br />
são, e as que depois destas hão de acontecer.<br />
Apocalipse 1.17b-19<br />
Elba Alencar<br />
Diretora Executiva da Central Gospel
Pr. Joá Caitano<br />
Pastor missionário;<br />
Professor de Teologia;<br />
Pesquisador profético;<br />
Conferencista bíblico;<br />
Escatólogo cristão;<br />
Autor de várias obras.<br />
Presidente<br />
Silas Malafaia<br />
Vice-presidente<br />
Silas Malafaia Filho<br />
Diretora Executiva<br />
Elba Alencar<br />
Gerente Financeiro<br />
Talita Malafaia Silveira<br />
Marketing<br />
Flávia Andrade, Renata Gonçalves, Liérgina<br />
Martins, Fernando Lima e Pamella Caputi<br />
Capa, projeto gráfico e diagramação<br />
Eduardo Souza<br />
DEPARTAMENTO EDUCACIONAL<br />
Consultor da revista de jovens e<br />
adultos<br />
Gilmar Vieira Chaves<br />
Coordenadora das revistas infantis<br />
Albertina Lima Malafaia<br />
Coordenadora das revistas de<br />
adolescentes, jovens e adultos<br />
<strong>Jane</strong> Castelo Branco<br />
Fotos<br />
Shutterstock<br />
1º Trimestre/2018<br />
LOJA NO RIO DE JANEIRO<br />
Penha<br />
Rua Honório Bicalho, 102<br />
Penha – (21) 3888-4511 e (21) 2671-4290<br />
LOJA EM SÃO PAULO<br />
Rua Conde de Sarzedas, 22/24 - Loja 101<br />
Centro – São Paulo – SP – (11) 3105-2412<br />
TELEFONES<br />
Telemarketing<br />
(21) 2187-7000<br />
Atendimento a livreiros<br />
(21) 2187-7040 / 2187-7043<br />
Atendimento a igrejas<br />
(21) 2448-1209<br />
Serviço de Atendimento ao Consumidor<br />
(21) 2187-7028<br />
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Taquara - Rio de <strong>Jane</strong>iro - RJ<br />
Cep: 22713-001<br />
Tel.: (21) 2187 7000 | (21) 2598 2019<br />
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7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
A Volta do Senhor Jesus 4<br />
O Arrebatamento dos Salvos 12<br />
O Anticristo 19<br />
A Grande Tribulação 26<br />
As Duas Testemunhas do Final dos Tempos 33<br />
Os 144 Mil Selados de Deus 40<br />
O Cordeiro de Deus 47<br />
O Tribunal de Cristo 54<br />
As Bodas do Cordeiro 61<br />
Armagedom: O Confronto Final 68<br />
Mil Anos de Paz, Justiça e Prosperidade 75<br />
O Juízo do Trono Branco 82<br />
Dois Destinos Finais 89
Lição 1<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
A Volta do Senhor Jesus<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
João 14.1-3<br />
1 - Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.<br />
2 - Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo<br />
teria dito, pois vou preparar-vos lugar.<br />
3 - E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim<br />
mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.<br />
Apocalipse 22.12-17<br />
12 - E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um<br />
segundo a sua obra.<br />
13 - Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro.<br />
14 - Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do<br />
Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na<br />
cidade pelas portas.<br />
15 - Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os<br />
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.<br />
16 - Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas.<br />
Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã.<br />
17 - E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem<br />
tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.<br />
4 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
Sede vós também<br />
pacientes, fortalecei o<br />
vosso coração, porque<br />
já a vinda do Senhor<br />
está próxima.<br />
Tiago 5.8<br />
OBJETIVOS<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Mateus 24.37-39<br />
Como nos dias de Noé<br />
3ª feira – Apocalipse 1.4-7<br />
Todo olho contemplará a volta de Cristo<br />
4ª feira – Atos 1.1-11<br />
Os anjos proclamam o advento de Jesus<br />
5ª feira – Lucas 21.34-36<br />
Vigiando em todo o tempo<br />
6ª feira – Apocalipse 11.15-19<br />
O reinado eterno de Cristo<br />
Sábado – Mateus 25.1-13<br />
As virgens loucas e as prudentes<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
descrever, com fundamentação bíblica, as duas fases da<br />
vinda de Cristo;<br />
relatar, detalhadamente, a forma como o Senhor Jesus<br />
virá em Sua segunda vinda;<br />
anunciar para todas as pessoas, em todos os lugares, de<br />
todas as maneiras, o significado da morte de Jesus até que<br />
Ele volte.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
O trabalho do educador cristão é oferecer ao educando<br />
orientações para sua aprendizagem. Neste sentido, ele é alguém<br />
que aponta o caminho para que outros empreendam<br />
uma trajetória de conquista pessoal do conhecimento, porque<br />
ninguém pode aprender contra sua própria vontade ou<br />
se não o desejar. Desse modo, podemos afirmar que o educador<br />
não é aquele que ensina, mas sim aquele que desempenha<br />
o papel de orientador da aprendizagem (CHAVES, G.<br />
Central Gospel, 2012, p. 25).<br />
Neste primeiro encontro, promova uma campanha de leitura<br />
bíblica simultânea nos livros de Daniel e Apocalipse, pois<br />
em ambos os livros sagrados encontramos predições escatológicas.<br />
Diga à turma que um estudo aprofundado no Livro<br />
Daniel permite-nos compreender melhor as 70 semanas proféticas<br />
— pesquise gráficos ou tabelas que falem sobre este<br />
assunto; no decorrer das lições, apresente-os à turma, sempre<br />
que necessário.<br />
Boa aula!<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
5
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Desde o momento memorável em que Deus criou o mundo<br />
e tudo que nele existe com o poder maravilhoso de Sua palavra<br />
(Gn 1.1-25), formando também o ser humano com Suas<br />
próprias mãos, soprando nele o fôlego da vida (Gn 2.7), houve<br />
muitos dias importantes que se tornaram inesquecíveis na história<br />
da humanidade. Porém, desde a Queda (Gn 3.1-15), há<br />
grande expectativa no coração humano sobre o futuro que o<br />
aguarda.<br />
As Escrituras registram a volta do Senhor Jesus a este<br />
mundo. Este será um dos mais significativos e extraordinários<br />
eventos humanos. A importância dessa doutrina bíblica<br />
é avaliada pelo número de vezes em que aparece no<br />
texto sagrado e também pelos personagens a ela ligados.<br />
As promessas infalíveis e inconfundíveis sobre a vinda do<br />
Senhor são citadas 1.527 vezes no Antigo Testamento e 319<br />
vezes no Novo Testamento. Reis, sacerdotes, profetas, pessoas<br />
comuns, evangelistas, apóstolos e até anjos mencionam a<br />
vinda de Jesus a este mundo. Do mesmo modo, cerimônias,<br />
parábolas e ilustrações sinalizam fortemente que Jesus virá<br />
outra vez (Gn 3.15; Jd 14).<br />
Sobre este tema, instigante e desafiador, discorreremos nesta<br />
lição.<br />
1. A VERDADE BÍBLICA ACERCA DA VOLTA DO<br />
SENHOR JESUS<br />
Todas as profecias registradas no texto bíblico veterotestamentário<br />
sobre a primeira vinda do Senhor Jesus, descritas<br />
em seus mínimos detalhes, cumpriram-se literalmente de<br />
acordo com o planejamento do Deus todo-poderoso (Sl 16.10;<br />
At 2.22-32).<br />
A doutrina da volta do Senhor Jesus, de igual modo, tem<br />
fundamentos profundos na palavra profética, oferecendo certeza<br />
e segurança aos que creem no retorno do Senhor a este<br />
mundo.<br />
1.1. Duas etapas distintas<br />
A volta do Senhor Jesus se dará em duas etapas distintas,<br />
divididas em um período de sete anos. Precisamos deixar bem<br />
claro o que diz as Escrituras a esse respeito, evitando interpretações<br />
antibíblicas.<br />
6 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.1.1. Primeira etapa<br />
Na primeira etapa, acontecerá o Arrebatamento: o Senhor<br />
Jesus voltará para levar consigo todos quantos morreram<br />
salvos e todos os que estiverem vivos e preparados, ou seja,<br />
aqueles que estiverem, em vida, servindo-o fielmente (1 Ts<br />
4.15-18; Hb 9.28).<br />
Nesta etapa, a vinda do Senhor será invisível aos olhos do<br />
mundo, pois este não serve a Deus. Jesus virá nas nuvens e<br />
não pisará na terra; Ele será contemplado apenas pelos salvos<br />
— os mortos ressuscitados e os vivos que serão transformados,<br />
num momento, num abrir e fechar de olhos (1 Co<br />
15.52). Os dois grupos, juntos, irão ao encontro do Senhor e<br />
serão trasladados por Ele às mansões celestiais. A maioria dos<br />
salvos será composta de gentios (não judeus); estes subirão<br />
com Cristo nos ares (1 Ts 4.17,18).<br />
1.1.2. Segunda etapa<br />
A segunda etapa da volta de Cristo ao mundo, entretanto,<br />
acontecerá sete anos mais tarde, já no final da Grande Tribulação.<br />
Cristo voltará com poder e grande glória, acompanhado<br />
de todos os santos que subiram no<br />
Arrebatamento, isto é, com a Igreja<br />
glorificada, que passou pelas<br />
bodas do Cordeiro e pelo Tribunal<br />
de Cristo (Ap 19.7; 2 Co 5.10).<br />
Esta vinda do Senhor será<br />
contemplada por todos os habitantes<br />
da terra (Ap 1.7) — isto<br />
será possível, devido à tecnologia<br />
da comunicação e da informação,<br />
extremamente desenvolvida no final<br />
dos tempos (Dn 12.4). As palavras<br />
do Senhor fazem referência<br />
ao sinal que aparecerá no céu,<br />
reafirmando este vaticínio profético<br />
(Mt 24.30).<br />
Será um retorno majestoso,<br />
Somos alertados a levantar<br />
a cabeça para ver os sinais<br />
da figueira — a nação de<br />
Israel (Lc 21.28-31); o sinal<br />
das trevas — o pecado<br />
(Is 60.2); e, finalmente,<br />
o sinal da chuva — o<br />
derramamento do Espírito<br />
Santo (Jl 2.28). Esses<br />
sinais proféticos indicam o<br />
vitorioso retorno de Cristo<br />
(Jd 14,15).<br />
glorioso e revestido de poder. Sinais espantosos no céu, na<br />
terra e entre os seus habitantes — com destaque especial nos<br />
territórios habitados pelos judeus, descendentes de Abraão.<br />
1.2. O soar das trombetas<br />
No Antigo Testamento, observamos que as trombetas eram<br />
utilizadas nos ajuntamentos de Israel (Êx 19.13-19; Lv 25.9; 1<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
7
Sm 13.3; 2 Sm 2.28). No Novo Testamento, somos informados<br />
que, na segunda fase da vinda de Cristo, o clamor das trombetas<br />
será ouvido no céu, na terra, no inferno e em todos os<br />
lugares (Mt 24.31) — essas trombetas não são as sete trombetas<br />
de juízo, mencionadas no Apocalipse (Ap 8.6,7); também<br />
não se trata da trombeta do Arrebatamento, citada pelo<br />
apóstolo Paulo (1 Ts 4.16).<br />
1.3. Revelação<br />
Este termo é utilizado nos círculos teológicos para indicar<br />
o caráter público, transparente e visível da segunda etapa da<br />
volta de Jesus. Este evento apocalíptico é descrito, figurativamente,<br />
como um relâmpago que cobre todo o universo (Mt<br />
24.27). De acordo com as visões de João (Ap 19.11-16), o céu<br />
se abrirá, e dele surgirá um cavalo branco (não confundir esse<br />
cavalo com o cavalo branco descrito no capítulo seis de Apocalipse),<br />
cujo cavaleiro é a pessoa bendita do Senhor Jesus, o<br />
Fiel e Verdadeiro, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.<br />
2. COMO VIRÁ O SENHOR JESUS?<br />
A pessoa bendita do Senhor Jesus está presente em<br />
todo texto bíblico. No Gênesis, Ele é a semente da mulher (Gn<br />
3.15). No Êxodo, o cordeiro pascal (Gn 12.3-14). Em Levítico,<br />
nosso sumo sacerdote (Lv 16). Em Josué, o capitão da nossa<br />
salvação (Js 1.2). Em Salmos, o nosso Pastor (Sl 23). Nos livros<br />
de Provérbios e Eclesiastes, a nossa sabedoria. Em Isaías, o<br />
Príncipe da Paz (Is 9.6). Em Mateus, o Messias. Em Lucas, o Filho<br />
do Homem. Em Atos, o Espírito Santo. Nas três epístolas de<br />
João, o amor. Na carta de Judas, o Senhor vindo com os anjos<br />
e milhares dos seus santos.<br />
Mas, como virá o Senhor nos dias finais? As profecias bíblicas<br />
fornecem-nos, também, esta descrição.<br />
2.1. O Senhor Jesus virá como Noivo<br />
Isto ocorrerá durante a primeira etapa da volta do Senhor.<br />
Esta vinda não será virtual ou espiritual; também não será<br />
para juízo, destruição ou castigo sobre a humanidade. Ela<br />
atenderá à esperança da Noiva, a Igreja verdadeira que vem<br />
sendo edificada pelo Senhor Jesus durante a dispensação que<br />
estamos vivendo (dispensação da graça ou dispensação do<br />
Espírito Santo; conf. Mt 16.18). No capítulo 5 da Carta de Paulo<br />
aos Efésios, aliás, encontramos verdades maravilhosas a respeito<br />
do relacionamento presente e futuro entre o Senhor Jesus<br />
Cristo e Sua Igreja. Observe o quadro a seguir.<br />
8 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
FATOS BÍBLICOS SOBRE CRISTO E SUA IGREJA<br />
Cristo é o Cabeça da Igreja (Ef 5.23) Cristo é o Salvador da Igreja (Ef 5.23)<br />
A Igreja deve ser submissa a Cristo (Ef 5.24) Cristo deu-se a si mesmo por ela (Ef 5.25)<br />
Cristo santifica a Igreja (Ef 5.26) Cristo purifica a Igreja (Ef 5.26)<br />
Cristo receberá a Igreja para si mesmo (Ef 5.27) Cristo está tornando a Igreja gloriosa (Ef 5.27)<br />
Cristo está tornando a Igreja sem mácula (Ef 5.27) Cristo está tornando a Igreja perfeita (Ef 5.27)<br />
Cristo está tornando a Igreja santa (Ef 5.27) Cristo está tornando a Igreja irrepreensível (Ef 5.27)<br />
Cristo está alimentando a Igreja (Ef 5.29) Cristo está sustentando a Igreja (Ef 5.29)<br />
A Igreja é parte de Cristo (Ef 5.30-32) A Igreja é uma com Cristo (Ef 5 30-32)<br />
2.2. O Senhor Jesus virá como Juiz<br />
Diferentemente da primeira etapa<br />
da segunda vinda — quando Ele<br />
virá como um ladrão em oculto, invisível,<br />
surpreendendo a todos (2 Pe<br />
3.10) —, na segunda etapa, Cristo<br />
virá como um guerreiro preparado<br />
para a batalha final, acompanhado<br />
dos exércitos celestiais (Ap 19.11-<br />
14); dos santos (a Igreja glorificada;<br />
conf. Jd 14,15); e de um número incontável<br />
de anjos (Ap 5.11).<br />
Jesus voltará com as nuvens (literais;<br />
conf. Ap 1.7), em glória, no fim<br />
da Grande Tribulação, para estabelecer<br />
justiça sobre a terra. Ele voltará<br />
da mesma maneira como subiu, sendo<br />
contemplado por muitas pessoas,<br />
na presença dos anjos (At 1.9-12).<br />
2.2.1. O justo Juiz em ação<br />
A Igreja é comparada a<br />
uma noiva que está sendo<br />
preparada para o casamento<br />
com Cristo; e é o próprio<br />
Noivo quem se encarrega<br />
deste procedimento. Por<br />
meio da Palavra de Deus,<br />
Ele lava, purifica e santifica<br />
integralmente a Igreja, para,<br />
por fim, unir-se eternamente<br />
a ela (Ef 5.25-27).<br />
A volta do Senhor Jesus, em<br />
sua segunda etapa, será<br />
exatamente como a sua<br />
ascensão: real, corporal,<br />
literal e visível; os homens<br />
o verão novamente com os<br />
olhos da carne (Dn 7.13,14;<br />
Zc 14.1-5; Mt 24.29-31;<br />
25.31-46; 2 Ts 1.7-10;<br />
Ap 1.7; 19.11-21).<br />
Cristo virá na glória do Pai, juntamente<br />
com Seus anjos, para julgar<br />
e recompensar a cada um de acordo<br />
com as obras praticadas (Mt 16.27;<br />
Ap 22.11,12), pois foi constituído por<br />
Deus Juiz dos vivos e dos mortos (At<br />
10.42). Todas as nações serão reunidas<br />
diante de Cristo, que estará assentado<br />
no trono da Sua glória para julgar os homens (2 Co<br />
5.10). O justo Juiz fará justiça aos salvos e aos ímpios (repre-<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
9
sentados pelas figuras de ovelhas e bodes, respectivamente;<br />
conf. Mt 25.32,33).<br />
As sentenças serão proferidas, quando o Senhor Jesus declarar<br />
a razão da salvação dos justos e da condenação dos<br />
ímpios (Mt 25.31-46). Não haverá delação premiada, nem<br />
prorrogação de forma alguma. Nada permanecerá escondido,<br />
pois Ele trará à luz as coisas ocultas das trevas (1 Co 4.5).<br />
Os segredos de todas as pessoas serão julgados pelo Senhor<br />
Jesus, de forma imparcial, no dia pré-determinado por Deus,<br />
segundo a Sua vontade (Rm 2.15,16). De outra parte, todas<br />
as pessoas que praticaram boas obras receberão prêmios e<br />
galardões (1 Co 3.14).<br />
2.3. O Senhor Jesus virá como Rei<br />
As profecias mencionam claramente os três principais ofícios<br />
de Cristo: profeta (Mt 21.10,11); sacerdote (Hb 3.1; 7.26-<br />
28); e rei (Mt 2.1-6; 1 Tm 6.13-15).<br />
Em Seu ministério público, o Senhor Jesus atuou como profeta,<br />
ao transmitir ao povo as instruções divinas; e como sacerdote,<br />
ao oferecer-se como único mediador entre Deus e os<br />
homens (1 Tm 2.5). Quando voltar, na segunda fase, entretanto,<br />
Ele virá como Rei, e Seu reinado terá início na batalha<br />
do Armagedom, que continuará durante a dispensação real,<br />
conhecida como Milênio.<br />
Os judeus e todos os moradores de Jerusalém contemplarão<br />
o Senhor Jesus em forma corporal humana, pisando<br />
no monte das Oliveiras, que se partirá em duas porções (Zc<br />
14.4). Após a estrondosa vitória sobre o diabo, o Anticristo,<br />
o Falso Profeta, os demônios e todos os ímpios — bem como<br />
sobre os exércitos inimigos [que ultrapassam o número de 200<br />
milhões de soldados (Ap 9.16)] —, o Senhor Jesus estabelecerá<br />
o Seu reinado sobre a terra (Dn 2.44,45).<br />
3. ASPECTOS DA VINDA DO SENHOR JESUS<br />
Todos os que estudam a escatologia cristã destacam os<br />
diversos detalhes relacionados às duas fases da vinda de Jesus.<br />
Mais de uma vez, os discípulos ouviram o Senhor descrever,<br />
com minúcias, o que ocorrerá nos tempos do fim, exortando-os<br />
quanto à necessidade de estarem preparados.<br />
Através das profecias bíblicas, podemos visualizar como<br />
estará o mundo e seus habitantes nos aspectos político, social,<br />
científico, econômico e religioso; e podemos compreender<br />
o importante papel da nação de Israel nos dois períodos<br />
da volta de Cristo.<br />
10 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
3.1. O mistério da Hora<br />
Segundo as palavras bíblicas, ninguém, absolutamente ninguém<br />
— no céu, na terra, no inferno ou em qualquer outro lugar<br />
—, sabe o dia ou a hora em que Cristo voltará (Mt 24.36,37,42,44).<br />
Todos que tentaram determinar dia e hora para a segunda<br />
vinda do Senhor à terra foram envergonhados, desacreditados<br />
e, até, ridicularizados. Os sinais preditos nas Escrituras<br />
indicam que esse tempo aproxima-se com celeridade<br />
(Ap 2.16; 3.11; 16.15; 22.7,12,20); e Ele aparecerá de súbito,<br />
de repente, surpreendendo a humanidade e confirmando que<br />
ninguém conhece a agenda do Senhor. Estejamos prontos!<br />
3.2. Como devemos esperar<br />
Em primeiro lugar, devemos crer na vinda do Senhor de<br />
todo coração (1 Ts 4.14; 1 Co 1.8). Além disso, devemos estar<br />
vigilantes (Mt 24.45-47); orar continuamente (1 Pe 4.7); amar<br />
a volta de Jesus (2 Tm 4.8); anunciar Sua vinda em todos os<br />
lugares (2 Tm 4.1,2); observar, à luz da Bíblia, os sinais indicadores<br />
de Seu regresso (Mc 13.35; 2 Ts 2.1,3) e despertar<br />
nossa consciência, a todo instante, para o glorioso advento de<br />
Jesus (Rm 13.11; 2 Pe 1.13).<br />
CONCLUSÃO<br />
O samaritano que salvou o judeu semimorto na estrada<br />
para Jericó afirmou ao dono da pousada, para a qual o judeu<br />
fora levado, que voltaria por ele (Lc 10.35). Figurativamente,<br />
pode-se dizer que o bom samaritano é Jesus, pois, quando<br />
esteve neste mundo, encontrou-nos roubados, abusados, violentados,<br />
feridos e quase mortos na estrada da vida.<br />
O sempiterno Senhor desceu da Sua glória, chegou bem<br />
perto de cada um de nós e compadeceu-se de nosso estado<br />
lamentável, ligando a Sua alma e o Seu coração afável ao que<br />
restava de nossa amarga existência. Em Sua infinita misericórdia,<br />
Ele nos deu o Seu vinho (Mt 10.34) — simbolizado em<br />
Seu sangue puro e inocente derramado na cruz — e o Seu<br />
azeite — símbolo do Espírito Santo —; limpou nossas feridas;<br />
estancou o sangue que se esvaía; levantou-nos e levou-nos<br />
para a estalagem — a Sua Igreja —, onde estamos sendo cuidados<br />
na expressão maior do grande amor do Pai (Jo 3.16)!<br />
Jesus prometeu voltar para nos buscar. E isto vai acontecer!<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda:<br />
Como virá o Senhor Jesus nos dias finais?<br />
R.: Como Noivo, Juiz e Rei.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
11
Lição 2<br />
Aula dada em<br />
O Arrebatamento<br />
DIA MÊS ANO<br />
dos Salvos<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
1 Tessalonicenses 4.13-17<br />
13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem,<br />
para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.<br />
14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos<br />
que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.<br />
15 - Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos<br />
vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.<br />
16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo,<br />
e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão<br />
primeiro;<br />
17 - depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente<br />
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos<br />
sempre com o Senhor.<br />
1 Coríntios 15.52-55<br />
52 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta;<br />
porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e<br />
nós seremos transformados.<br />
<strong>53</strong> - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade<br />
e que isto que é mortal se revista da imortalidade.<br />
54 - E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto<br />
que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra<br />
que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.<br />
55 - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?<br />
12 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
E, se eu for e vos<br />
preparar lugar, virei<br />
outra vez e vos levarei<br />
para mim mesmo, para<br />
que, onde eu estiver,<br />
estejais vós também.<br />
João 14.3<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – 1 João 3.10-13<br />
Seremos semelhantes a Cristo<br />
3ª feira – 1 Tessalonicenses 4.13-18<br />
Os salvos reunidos com o Salvador<br />
4ª feira – João 5.24-29<br />
Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus<br />
5ª feira – 2 Coríntios 12.1-4<br />
Arrebatado até o terceiro céu<br />
6ª feira – Apocalipse 4<br />
João é um dos tipos dos arrebatados<br />
Sábado – Efésios 5.14<br />
Hora de despertarmos do sono<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
conhecer o significado do Arrebatamento; a relação entre<br />
Arrebatamento e Grande Tribulação e o grupo de pessoas<br />
que participará deste evento extraordinário;<br />
discorrer sobre os milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento;<br />
renovar a esperança de que o futuro será melhor para todos<br />
os que conhecem a Cristo como Salvador.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Como apoio didático, no tópico 1.4, apresente aos alunos o<br />
quadro a seguir.<br />
Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa? Observe<br />
cuidadosamente a comparação entre esses dois eventos.<br />
ARREBATAMENTO<br />
Jesus vem e permanece nos ares (1 Ts 4.16,17)<br />
Jesus vem buscar os santos (1 Ts 4.16,17)<br />
Cristo recebe a Esposa<br />
Jesus vem de forma inesperada e iminente<br />
Haverá um tempo de bênçãos e consolo<br />
(1 Ts 4.18)<br />
Vinculam-se os crentes (Jo 14.1-3; 1 Co 15.51-55;<br />
1 Ts 4.13-18)<br />
REVELAÇÃO<br />
Jesus vem e pisa na terra (Zc 14.4)<br />
Ele vem com os santos (1 Ts 3.13; Jd 14)<br />
Ele vem com a Esposa<br />
Os sinais predizem o evento (Mt 24.4-29)<br />
Haverá um tempo de destruição e juízos<br />
(2 Ts 2.8-12)<br />
Vincula-se a nação de Israel e as nações<br />
gentias (Mt 24.1-25,46)<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
13
ARREBATAMENTO<br />
Num abrir e fechar de olhos, só os salvos verão<br />
a Cristo (1 Co 15.52)<br />
Começa a Grande Tribulação<br />
Cristo vem como a resplandecente estrela da<br />
manhã (Ap 22.16)<br />
REVELAÇÃO<br />
O Senhor Jesus será visto por todo o mundo<br />
(Mt 24.27; Ap 1.7)<br />
Tem início a dispensação do Milênio<br />
Cristo vem como o sol da justiça (Ml 4.2)<br />
Boa aula!<br />
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Dentre os grandes temas registrados nos 66 livros da<br />
Bíblia, a doutrina do Arrebatamento destaca-se por sua importância,<br />
finalidade e papel que exercerá no plano perfeito<br />
determinado por Deus. O cenário profético assinala o Arrebatamento<br />
como o primeiro grande evento escatológico que<br />
dará início à contagem regressiva em sua parte final do fim<br />
dos tempos. Nesta lição, compreenderemos a verdade bíblica<br />
acerca deste assunto essencial à fé cristã.<br />
Uma das questões polêmicas diz respeito à ocasião do Arrebatamento.<br />
Alguns grupos defendem que este evento ocorrerá<br />
no meio da Grande Tribulação; outros advogam que acontecerá<br />
após a Grande Tribulação. Entretanto, a maioria dos<br />
escatólogos, intérpretes das Escrituras, defende o ponto de<br />
vista pré-tribulacionista. Segundo eles, o Arrebatamento acontecerá<br />
antes da Grande Tribulação (Ap 4.1,2).<br />
1. QUATRO PERGUNTAS PRINCIPAIS<br />
Diversas perguntas são formuladas a respeito desta<br />
matéria. Uma das mais comuns declara que esta doutrina não<br />
é bíblica, porque a palavra arrebatamento não se encontra na<br />
Escritura. Em razão desta afirmativa — e de outras mais —,<br />
algumas pessoas tentam negar este importante evento determinado<br />
pelo Senhor.<br />
É bem verdade que a palavra arrebatamento não aparece<br />
na Bíblia com esse título; entretanto, a doutrina do Arrebatamento<br />
está clara e transparente em diversas porções do texto<br />
sagrado (Jo 14.1-3; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.17). Estas e outras<br />
passagens destacam o verbo grego harpadzo, que significa<br />
precisamente: arrebatar subitamente, agarrar, levantar, tirar<br />
com força, raptar.<br />
14 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.1. Qual o significado do Arrebatamento?<br />
De acordo com as sábias palavras de Paulo, o Arrebatamento<br />
é um mistério (1 Co 15.51). Ao abordar este assunto<br />
com a Igreja, o apóstolo faz-nos entender que suas declarações<br />
são fruto de uma revelação divina. A Teologia postula que<br />
o vocábulo mistério, na Bíblia, designa uma verdade parcialmente<br />
revelada. A Escritura, inclusive, afirma que as coisas encobertas<br />
(ocultas, indizíveis e de difícil compreensão) são para<br />
o Senhor (Dt 29.29).<br />
Arrebatamento será o rapto, o<br />
levantamento, a ascensão, a trasladação<br />
dos salvos, com corpos transformados<br />
e glorificados, quando a<br />
trombeta de Deus soar (1 Ts 4.16) —<br />
esse ressoar não se destina ao povo<br />
em geral, mas apenas aos mortos em<br />
Cristo e à Igreja militante. Será a grande<br />
convocação dos remidos do Senhor.<br />
Outro propósito maravilhoso do<br />
Arrebatamento será a transformação<br />
sobrenatural dos salvos vivos; estes<br />
não experimentarão a morte física.<br />
O Arrebatamento representa,<br />
acima de tudo, a volta do<br />
Senhor Jesus pela segunda<br />
vez ao mundo, cumprindo<br />
literalmente as profecias<br />
que declaram que os salvos<br />
escaparão da Grande<br />
Tribulação — esta virá com<br />
força total sobre a terra e<br />
seus moradores<br />
(Lc 21.36; Ap 6—18).<br />
1.2. Qual o lugar do Arrebatamento relacionado à<br />
Grande Tribulação?<br />
Não existe uma única e comum resposta a esta questão.<br />
Diversas correntes teológicas apresentam diferentes pontos<br />
de vista. As três principais são: pré-tribulacionista, mesotribulacionista<br />
e pós-tribulacionista.<br />
O ponto de vista aceito pela maioria dos especialistas nas<br />
profecias escatológicas é defendido na escola pré-tribulacionista.<br />
Os salvos, mortos, que ressuscitarão, e os vivos, salvos,<br />
que serão transformados, serão arrebatados antes da Grande<br />
Tribulação, que abrangerá o mundo inteiro. As principais provas<br />
bíblicas que fundamentam este ensino podem ser acessadas<br />
nos seguintes textos: Zacarias 14.4; João 14.1-3; 1 Tessalonicenses<br />
1.10; 4.16,17; 5.9; Apocalipse 4.1; 6—19.<br />
A escola mesotribulacionista coloca o Arrebatamento em<br />
meio à Tribulação. Segundo os defensores dessa corrente, a<br />
Igreja passará pelos primeiros três anos e meio da Tribulação<br />
e será arrebatada juntamente com os mártires (as duas testemunhas<br />
mencionadas em Apocalipse 11.3-12). Os mesotribulacionistas<br />
classificam a primeira metade da Tribulação, referida<br />
pelo Senhor Jesus, como princípio das dores (Mt 24.5-20),<br />
e os outros três anos e meio como grande aflição (Mt 24.21).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
15
Os pós-tribulacionistas afirmam que a Igreja passará os<br />
sete anos sofrendo os horrores da ira de Deus, manifestada<br />
nos terríveis juízos que castigarão a terra e seus moradores. A<br />
operação maligna dos demônios que invadirão o mundo nesta<br />
ocasião, causando catástrofes, destruições, terrores e abusos,<br />
terá como foco principal a Igreja, os salvos por Cristo Jesus (Mt<br />
13.24-30; 24.29-31,40,41).<br />
Cremos na doutrina pré-tribulacionista, baseada em provas<br />
bíblicas robustas e incontestáveis, as quais indicam claramente<br />
que o Arrebatamento ocorrerá antes do período tribulacional<br />
(Is 57.1,2).<br />
A Igreja verdadeira, com<br />
seus membros integrados e<br />
unidos como Noiva de Cristo,<br />
constituída de pessoas de<br />
todas as nacionalidades<br />
(inclusive judaica), será<br />
trasladada pelo Senhor<br />
desde a terra para as<br />
mansões celestiais<br />
(1 Ts 4.13-18).<br />
1.3. Quem participará do<br />
Arrebatamento?<br />
Todos os mortos, salvos por Cristo,<br />
serão trazidos pelo Senhor (ressuscitarão)<br />
e serão arrebatados. Todos os<br />
servos fiéis de Jesus que estiverem<br />
vivos serão transformados pelo poder<br />
de Deus e serão arrebatados juntamente<br />
com os que ressuscitaram.<br />
Os ímpios, de uma forma geral, não<br />
participarão deste evento glorioso<br />
(Ap 21.8; 22.15).<br />
1.4. Arrebatamento e Revelação significam a<br />
mesma coisa?<br />
Arrebatamento e Revelação são dois acontecimentos distintos<br />
que ocorrerão com uma diferença de sete anos entre<br />
um e outro. O Arrebatamento equivale ao Dia de Jesus Cristo,<br />
como identifica Paulo (Fp 1.6). A Revelação equivale ao Dia<br />
do Senhor, considerado como o dia da ira, da vingança (Jr<br />
46.10; Ez 30.2; Am 5.18; Sf 1.7,14,15).<br />
2. MILAGRES NO ARREBATAMENTO<br />
A narrativa bíblica registra em detalhes grandes milagres<br />
que ocorrerão durante o Arrebatamento; o principal deles<br />
será a presença divina do Senhor Jesus, que descerá do<br />
céu (1 Ts 4.16).<br />
2.1. Ressurreição<br />
A ressurreição dos mortos será um dos primeiros milagres:<br />
esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto<br />
no Antigo quanto no Novo Testamento (Sl 16.10; Jó 19.25-<br />
16 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
27; Is 26.19; Dn 12.2; Lc 14.14; Jo 5.21,28,29; At 2.24; Ap<br />
20.4-6,13).<br />
Quando o Senhor descer do céu na segunda vinda, o primeiro<br />
fato que ocorrerá será a ressurreição de todos os salvos<br />
(1 Ts 4.16) — conforme mencionado na lição anterior. Os<br />
crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, levantar-se-ão dos lugares<br />
em que foram enterrados, e a morte não terá mais poder<br />
sobre eles (Jo 5.28,29; Ap 1.18).<br />
É riquíssima a descrição do apóstolo Paulo sobre a ressurreição<br />
dos crentes salvos, mortos em Cristo. Paulo analisa os<br />
detalhes, os procedimentos, o tempo adequado e todas as implicações<br />
acerca dessa ressurreição, eliminando as dúvidas e<br />
questionamentos relacionados a esta matéria, essencialmente<br />
relevante (1 Co 15.42-55).<br />
2.2. Transformação<br />
Nos círculos teológicos, entende-se por milagre, a suspensão<br />
das leis naturais, ou seja, a cessação do poder natural-<br />
-humano para a atuação do poder sobrenatural-divino.<br />
O segundo grande milagre durante o processo do Arrebatamento<br />
será a transformação extraordinária dos crentes salvos,<br />
ressuscitados, e a dos crentes salvos que estiverem vivos.<br />
Este milagre obedecerá à seguinte ordem: (1) os salvos que<br />
dormem com Cristo, ou seja, cujos corpos estão mortos, receberão<br />
corpos vivos espirituais; (2) em seguida, os crentes salvos,<br />
vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais.<br />
O processo milagroso atua na mudança da corruptibilidade<br />
para a incorruptibilidade. Da mortalidade para a imortalidade.<br />
2.3. Glorificação<br />
Depois da ressurreição dos salvos em Cristo, da transformação<br />
dos dois grupos — dos que ressuscitarem e dos vivos<br />
salvos pelo Senhor —, acontecerá o<br />
milagre da glorificação.<br />
Merece destaque, neste tópico, o<br />
fato de que, para usufruir a eternidade<br />
com Deus, o corpo formado de<br />
carne e sangue será glorificado na<br />
condição de corpo espiritual, pois o<br />
corpo carnal — o homem terreno (1<br />
Co 15.47) — relaciona-se com o mundo<br />
físico (limitado ao tempo e ao espaço),<br />
enquanto o corpo espiritual<br />
— o homem celestial (1 Co 15.49) —<br />
relaciona-se com a eternidade.<br />
Como se dará o processo<br />
da glorificação do corpo dos<br />
salvos em Cristo? Observe<br />
as etapas citadas na Bíblia:<br />
salvação (Rm 8.24); adoção<br />
(Rm 8.23); justificação<br />
(Rm 8.30); santificação (2<br />
Co 7.1); redenção (Rm 8.23);<br />
libertação (Rm 8.21)<br />
e glorificação (Rm 8.17).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
17
3. FATOS ADICIONAIS<br />
Outros aspectos acerca do Arrebatamento aparecem no<br />
texto bíblico, fornecendo uma compreensão clara, sólida e satisfatória<br />
deste evento relacionado a todos os salvos.<br />
3.1. Figuras, tipos e símbolos<br />
Os personagens bíblicos que remontam o cenário do Arrebatamento<br />
são: Enoque, trasladado, levado por Deus (Gn 5.21-<br />
24); Noé e sua família, antes do Dilúvio (Gn 7.7); Ló, retirado<br />
de Sodoma e Gomorra (Gn 19.12-23); Elias, às margens do rio<br />
Jordão (2 Rs 2.6-11); o Senhor Jesus, em Jerusalém (At 1.9-11);<br />
Filipe, ao sair da água (At 8.39,40); Paulo, ao terceiro céu (2 Co<br />
12.1-4); João, na ilha de Patmos (Ap 1.9,10); as duas testemunhas,<br />
na Tribulação (Ap 11.11,12); e o Filho varão (Ap 12.1-5).<br />
3.2. Eis aqui vos digo um mistério<br />
Esta alocução paulina (1 Co 15.51a) alude a uma parte dos<br />
arrebatados que irá para o céu, sem passar pela morte física.<br />
Este ensinamento foi uma revelação que o Senhor entregou a<br />
Paulo para ser compartilhado nas igrejas como doutrina: haverá<br />
uma geração, composta de crentes fiéis, que será transformada,<br />
glorificada e preparada para o Arrebatamento, que<br />
acontecerá em uma fração de segundos. Esses salvos em Cristo<br />
não serão feridos pelo aguilhão da morte física (1 Co 15.55).<br />
CONCLUSÃO<br />
Quando tudo o que Deus determinou para o dia do Arrebatamento<br />
acontecer, o mundo inteiro testemunhará a veracidade<br />
da Palavra, e todos saberão que as promessas do Senhor<br />
são fiéis e verdadeiras (Js 21.45; 2 Co 1.20).<br />
Os que creem e aceitam Jesus como Salvador e Senhor de<br />
sua vida (At 16.31); os que guardam em obediência os mandamentos<br />
divinos (1 Tm 6.14); os que fazem parte da verdadeira<br />
Igreja (Ef 5.27); os que vivem em santidade (1 Ts 5.23); e os<br />
que esperam a salvação subirão ao encontro do Senhor nos<br />
ares e irão para o céu (1 Ts 4.16).<br />
Sejamos o povo do Arrebatamento!<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Considerando o que foi exposto nesta lição, responda:<br />
Quem participará do Arrebatamento?<br />
R.: Todos os mortos, salvos por Cristo, serão trazidos pelo Senhor<br />
(ressuscitarão) e serão arrebatados. Todos os servos<br />
fiéis de Jesus que estiverem vivos serão transformados pelo<br />
poder de Deus e serão arrebatados juntamente com os que<br />
ressuscitaram.<br />
18 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Lição 3<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
O Anticristo<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
2 Tessalonicenses 2.3-11<br />
3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem<br />
que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho<br />
da perdição,<br />
4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora;<br />
de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo<br />
parecer Deus.<br />
5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava<br />
convosco?<br />
6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja<br />
manifestado.<br />
7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste<br />
até que do meio seja tirado;<br />
8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro<br />
da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;<br />
9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e<br />
sinais, e prodígios de mentira,<br />
10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam<br />
o amor da verdade para se salvarem.<br />
11 - E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a<br />
mentira.<br />
1 João 2.18<br />
18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também<br />
agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é<br />
já a última hora.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
19
TEXTO ÁUREO<br />
E o Deus de paz<br />
esmagará em breve<br />
Satanás debaixo dos<br />
vossos pés. A graça<br />
de nosso Senhor Jesus<br />
Cristo seja convosco.<br />
Amém!<br />
Romanos 16.20<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Daniel 9.24-27<br />
O príncipe que há de vir<br />
3ª feira – Isaías 51.12-15<br />
O furor do angustiador<br />
4ª feira – Daniel 11.37-39<br />
Ao deus das fortalezas honrará<br />
5ª feira – Apocalipse 13.1-3<br />
A besta que sobe do mar<br />
6ª feira – 1 João 2.18-29<br />
O mentiroso e enganador<br />
Sábado – Apocalipse 19.11-21<br />
O destino final do Anticristo<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
identificar o verdadeiro e o falso messias, segundo as Sagradas<br />
Escrituras;<br />
compreender que as promessas de paz, segurança e<br />
prosperidade, propostas pelo Anticristo, não se cumprirão;<br />
concluir que, no final dos tempos o Senhor Jesus Cristo<br />
triunfará poderosamente sobre o Anticristo, lançando-o no<br />
lago de fogo ardente.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Como apoio didático, sugerimos que, no tópico 2.2, seja<br />
apresentado aos alunos um quadro contendo alguns fatos diretamente<br />
relacionados ao Anticristo.<br />
PRINCIPAIS EVENTOS RELACIONADOS AO ANTICRISTO<br />
Seu aparecimento se dará no fim da história de Israel (Dn<br />
8.17).<br />
Manifestar-se-á no começo do Dia do Senhor (2 Ts 2.1-3).<br />
Ascenderá ao poder, oferecendo paz e prosperidade a todos<br />
(Ap 6.2).<br />
Firmará e selará publicamente um pacto de paz com Israel<br />
(Dn 9.27).<br />
Na metade do seu governo, haverá uma morte violenta (Dn<br />
11.45; Ap 13.3).<br />
Descerá ao abismo e dele emergirá, mais tarde (Ap 17.8).<br />
Receberá vida após ser curado (Ap 13.11-14).<br />
O mundo inteiro, maravilhado, o seguirá (Ap 13.3).<br />
20 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Governará o mundo nos aspectos político, religioso e econômico<br />
(Ap 13.4-8,16-18).<br />
Pronunciará grandes blasfêmias contra Deus (Dn 7.8; Ap<br />
13.6).<br />
Será controlado totalmente pelo diabo (Ap 13.2-5).<br />
Matará publicamente as duas testemunhas (Ap 11.7).<br />
Perseguirá furiosamente o povo judeu (Dn 7.21,25; Ap 12.6).<br />
Convocará todas as nações para conquistar Jerusalém (Zc<br />
12.1,2; 14.1-3. Ap 16.16; 19.19).<br />
Invadirá Israel e profanará o templo reconstruído (Dn 9.27;<br />
11.41; 12.11; Mt 24.15; Ap 11.2).<br />
Assentar-se-á no templo para ser adorado como Deus (2 Ts<br />
2.4; Ap 13.4-8).<br />
Será proclamado como divino com grandes sinais e prodígios<br />
(2 Ts 2.9-12).<br />
Lutará contra Cristo na segunda fase da Sua vinda, na campanha<br />
militar do Armagedom. Será derrotado totalmente<br />
com todos os seus exércitos e forças malignas (Ap 19.19).<br />
Será lançado vivo no lago de fogo ardente (Dn 7.11; Ap<br />
19.20).<br />
Boa aula!<br />
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Ao dirigir-se ao rei Nabucodonosor, Daniel declarou que o<br />
Deus que está nos céus é o único que sabe; é o único que tem<br />
as respostas e o significado dos sonhos e das visões relacionados<br />
aos acontecimentos previstos para ocorrer no fim dos<br />
dias (Dn 2.28).<br />
Este mesmo princípio aplica-se, literalmente — em sua<br />
maioria —, às visões e revelações dadas a Daniel: muitas de<br />
suas profecias fazem referência direta<br />
ao Anticristo que governará o mundo<br />
durante sete anos (Dn 9.24-27).<br />
1. O SURGIMENTO DO<br />
ANTICRISTO<br />
A Escritura afirma que<br />
o Anticristo virá para<br />
representar o diabo (Ap<br />
13.2), assim como o Senhor<br />
Jesus veio a este mundo<br />
como representante do Deus<br />
eterno, todo-poderoso (Jo<br />
9.4).<br />
Imediatamente após a consumação<br />
da segunda vinda do Senhor<br />
Jesus e o arrebatamento dos salvos,<br />
de acordo com as profecias bíblicas,<br />
terá início o Dia do Senhor (Sf 1.15;<br />
Am 5.18-20; 2 Pe 3.10-13). Precisamente<br />
nesta ocasião, aparecerá o Anticristo para cumprir um<br />
papel importantíssimo, descrito no panorama profético dos<br />
dias finais. Esses dias serão os piores na vida do ser humano,<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
21
ainda que nos primeiros quarenta e dois meses tudo pareça<br />
transcorrer dentro da normalidade (Ap 13.5b).<br />
1.1. No começo do Dia do Senhor<br />
Escassez de alimentos; enfermidades múltiplas; desemprego;<br />
violência; roubos; crimes; terrorismo; ódio entre as nações;<br />
lutas acirradas entre as classes empresariais e trabalhadoras,<br />
entre professores e alunos, entre os poderes executivo, legislativo<br />
e judiciário; insegurança; liberação das drogas; destruição<br />
da família; anarquia e caos total: tais conjunturas serão<br />
observadas nos dias finais do ser humano.<br />
No fundo do poço, onde não há claridade, esperança ou<br />
motivação positiva, governantes mundiais, líderes e pessoas<br />
comuns — de todos os segmentos, áreas e grupos sociais —<br />
clamarão por alguém forte e carismático — vindo da terra, do<br />
céu ou do inferno —, com respostas e soluções urgentes para<br />
salvar a humanidade.<br />
Diante dessas ocorrências, no momento preestabelecido<br />
por Deus, surgirá o Anticristo, montado em um cavalo branco,<br />
com a mensagem da esperança, anunciando um novo tempo<br />
de prosperidade, felicidade e bênçãos (Ap 6.2).<br />
1.2. Paz para todos<br />
Procurando imitar a pessoa do Senhor Jesus, que veio como<br />
Príncipe da Paz (Is 9.6), o Anticristo começará o seu governo,<br />
apresentando um plano de paz universal em que não haverá<br />
guerras, rebeliões, manifestações ou confrontos em todos os níveis<br />
da sociedade. O medo, o terror, o assombro e a insegurança<br />
serão substituídos pela paz, alegria e felicidade. O sonho de cada<br />
pessoa será realizado na nova era prometida pelo Anticristo.<br />
Utilizando os meios de comunicação mais eficientes, poderosos<br />
e sofisticados, o Anticristo estabelecerá um concerto<br />
de paz com a nação de Israel — e outras nações inimigas —,<br />
concernente à disputa territorial. Como promotor e mediador,<br />
patrocinado oficialmente por seu governo, ele transmitirá uma<br />
mensagem ao mundo, anunciando que o seu objetivo é a paz e<br />
a prosperidade para todos, destituída de preconceitos ou discriminações<br />
(Dn 9.27).<br />
Com a grande boca que receberá do diabo, seus pronunciamentos<br />
serão impecáveis e notáveis; deste modo, persuadirá<br />
milhões de indivíduos em todos os lugares da terra (Ap 13.5).<br />
O Anticristo reconquistará a credibilidade e a confiança das<br />
massas populares, ultrapassando todos os créditos conferidos<br />
aos líderes postados nos anais da história universal.<br />
1.3. Problemas resolvidos<br />
Sete anos será o tempo do Anticristo como governante<br />
mundial, quando a última semana de anos mencionada nas<br />
Escrituras será cumprida, literalmente, em todas as suas ati-<br />
22 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
vidades. Este período (Tribulação e Grande Tribulação) será<br />
dividido em duas partes de três anos e meio cada uma.<br />
Na primeira etapa, o Anticristo aparecerá como um príncipe<br />
salvador, um eminente e confiável líder político, com ações<br />
visíveis e comprovadas publicamente. Emprego, saúde, educação,<br />
segurança e lazer serão bens intangíveis garantidos a todas<br />
as pessoas; dívidas contraídas, relacionadas à crise econômica,<br />
serão solucionadas. Por essas e outras iniciativas — inclusive no<br />
que tange à religiosidade (quando nada será proibido) —, o Anticristo<br />
será aceito e admirado pelas multidões, com um índice<br />
de aprovação jamais visto na história dos grandes líderes. Ele<br />
será um mito, com milhões de seguidores fanáticos, que o adorarão;<br />
estes estarão prontos, se necessário, a morrer por ele.<br />
2. TEMOS UM ESPECIALISTA<br />
Líderes, cientistas, autoridades nas áreas da educação,<br />
economia, habitação e segurança não têm soluções definitivas<br />
para o futuro da raça humana. Por essa razão, a incessante<br />
procura por especialistas, em todas as áreas, tornou-se uma<br />
realidade incontestável em nossos dias. Gastam-se milhões,<br />
produzindo e buscando, alguém superdotado, acima da média,<br />
para enfrentar e vencer os desafios que surgem a cada<br />
instante, tais como: terrorismo; violência urbana; fome; pandemias;<br />
ideologia de gênero; discriminação, dentre outros. E essa<br />
busca se intensificará nos dias finais.<br />
2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista<br />
Durante sete anos, o Anticristo será o foco, o centro, o catalisador,<br />
a figura mais proeminente em todo o mundo. Ele se<br />
destacará em diversas áreas. Vejamos a seguir.<br />
2.1.1. Na intelectualidade<br />
O mundo será impactado pelo acúmulo de conhecimentos<br />
do Anticristo, cuja mente brilhante terá domínio sobre o intelecto.<br />
Seus poderes de percepção, entendimento e aproveitamento<br />
das informações ultrapassarão qualquer capacidade<br />
cognitiva humana. Ele será inigualável (Dn 8.23).<br />
2.1.2. Na oratória<br />
O mundo será persuadido pelo encanto mágico das expressões<br />
e palavras inteligentes, brilhantes, emocionantes e<br />
convincentes do mais poderoso líder de todos os tempos (Dn<br />
11.36; Ap 13.2,6). O Anticristo será um orador acima da média.<br />
2.1.3. Na política<br />
O Anticristo surgirá do anonimato, trazendo coisas novas e<br />
soluções inovadoras. Nutrido do poder satânico, em um curto<br />
período de tempo, ele ocupará lugar proeminente no cenário<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
23
A profecia de Daniel destaca<br />
uma ponta pequena<br />
diante da qual três das<br />
pontas primeiras foram<br />
arrancadas (Dn 7.8). Esta<br />
é uma referência ao último<br />
governante da terra, que<br />
abaterá todos os que se<br />
colocarem em seu caminho<br />
(Ap 6.2; 13.2).<br />
A primeira besta<br />
(o Anticristo) e a segunda<br />
(o Falso Profeta) serão os<br />
diretores-executivos do<br />
maior e mais pernicioso<br />
sistema de engano<br />
conhecido na história<br />
da humanidade.<br />
político mundial. Sua habilidade diplomática,<br />
capacidade de articulação<br />
e astúcia deixarão admirados os especialistas<br />
das instituições políticas, fazendo-os<br />
concordar com as ações desse<br />
líder incomparável. Suas propostas<br />
serão seguidas de grandes sinais, que<br />
serão realizados publicamente por ele<br />
e pelo Falso Profeta — sobre o qual falaremos<br />
na próxima lição (tópico 2.3)<br />
—, diante de todos (Ap 13.5).<br />
2.1.4. Na economia<br />
O Anticristo será o comandante<br />
geral das nações, o dono da última<br />
palavra. É possível que ele estabeleça<br />
os preços de todos os produtos e<br />
serviços, fixando os lucros, juros, despesas<br />
e valores das ações públicas e<br />
privadas. Em seu governo, todas as<br />
ações mercantis serão nacionalizadas;<br />
nada escapará do seu controle.<br />
Nos últimos três anos e meio de sua<br />
administração (Grande Tribulação),<br />
ninguém poderá comprar ou vender<br />
sem sua permissão pessoal (Dn<br />
11.43; Ap 13.16,17).<br />
2.1.5. No âmbito militar<br />
Será fantástico e inovador, quase perfeito nas estratégias<br />
militares. O Anticristo será o chefe supremo das forças armadas<br />
de todo mundo. Em seu intento de derrotar o Senhor Jesus<br />
e as hostes celestiais, ele formará um poderoso exército,<br />
com 200 milhões de soldados supertreinados (Ap 9.16), que<br />
estará disposto a morrer por ele e por sua causa. O exército<br />
do Anticristo terá a mais eficiente, destrutiva e sofisticada<br />
máquina de guerra à sua disposição, desenvolvida com a mais<br />
alta tecnologia disponível no fim dos tempos.<br />
2.1.6. Na religiosidade<br />
Nenhum líder mundial conseguiu realizar o que o Anticristo<br />
fará durante o seu reinado de terror. Ele começará seu governo<br />
como um homem de bem, pacificador, jurisconsulto e perito<br />
em economia; ele dará tudo de si, como se fosse o maior interessado<br />
no bem-estar de todos. Entretanto, seu objetivo final<br />
será unir todo o sistema religioso para que todos o adorem, a<br />
despeito da religião que professem. João contempla a parceria<br />
entre os poderes político e religioso nos dias finais (Ap 17.1-3).<br />
24 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
2.2. O império do engano<br />
Assim como Satanás utilizou-se do engano, desde o início<br />
dos tempos, ele incorporará essa mesma estratégia no Anticristo<br />
no final desta era (2 Co 1.7). Observe o que a Escritura<br />
ressalta a respeito do império do engano.<br />
Jesus declarou que o diabo é o pai da mentira (Jo 8.44);<br />
esta, aliás, é sua arma principal (Ap 12.9).<br />
Jesus também disse que, nos últimos dias, surgirão em<br />
todo o mundo falsos cristos, falsos profetas, falsos apóstolos,<br />
falsos mestres, falsos doutores, falsas doutrinas, falsos<br />
espíritos, falsos testemunhos, falsos evangelhos, os quais<br />
desviarão milhões de seres humanos da verdade; se possível<br />
fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24.24).<br />
Paulo acrescentou que, nos últimos dias, espíritos imundos<br />
invadirão a terra, promoverão e implantarão o engano,<br />
levando as pessoas à mentira (1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-5,13).<br />
Por fim, Jesus exortou Seus discípulos acerca dos dias finais.<br />
Disse Ele: acautelai-vos, que ninguém vos engane (Mt 24.4).<br />
CONCLUSÃO<br />
Quando a apostasia alcançar proporções gigantescas,<br />
abrangendo o mundo inteiro, o Espírito Santo e a Igreja serão<br />
retirados da terra. Só então, haverá a manifestação do Anticristo<br />
(2 Ts 2.3-6), que será: revestido de poder satânico; referenciado<br />
por sua inteligência, carisma e liderança; e admirado<br />
pelas massas populares (Ap 13.3,4).<br />
O espírito demoníaco da besta — mencionado na Escritura<br />
como o espírito do Anticristo (1 Jo 4.3; 2.18) — já está operando<br />
no mundo. O poder desta força maligna espiritual foi-lhe conferido<br />
pelo dragão (o diabo). Essa força controlará a vida pública<br />
e privada de milhões de indivíduos (Ap 13.16,17), durante o<br />
governo do homem do pecado, o filho da perdição (2 Ts 2.3).<br />
Assessorado diretamente pela segunda besta (o Falso Profeta),<br />
o Anticristo terá a sua marca — o seu logotipo, a sua<br />
senha, a sua legenda — postada na mão direita (ou na testa)<br />
de todos aqueles que o servirão (Ap 13.16-18).<br />
No final dos sete anos, ele será vencido e condenado, por<br />
ocasião da Revelação do Senhor Jesus na batalha do Armagedom,<br />
na segunda fase do retorno de Cristo (2 Ts 2.8).<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda:<br />
Em que momento da história humana terá início o Dia do<br />
Senhor (Sf 1.15; Am 5.18-20; 2 Pe 3.10-13)?<br />
R.: O Dia do Senhor, de acordo com as profecias bíblicas, terá<br />
início imediatamente após a consumação da segunda vida<br />
do Senhor Jesus e o arrebatamento dos salvos.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
25
Lição 4<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
A Grande Tribulação<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Mateus 24.21<br />
21 - Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio<br />
do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.<br />
Sofonias 1.14-18<br />
14 - O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz<br />
do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso.<br />
15 - Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de<br />
alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e<br />
de densas trevas,<br />
16 - dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres<br />
altas.<br />
17 - E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram<br />
contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne,<br />
como esterco.<br />
18 - Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor,<br />
mas, pelo fogo do seu zelo, toda esta terra será consumida, porque<br />
certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e<br />
apressada.<br />
Apocalipse 6.15-17<br />
15 - E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos,<br />
e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das<br />
montanhas<br />
16 - e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do<br />
rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro,<br />
17 - porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?<br />
26 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
Como guardaste a<br />
palavra da minha<br />
paciência, também eu<br />
te guardarei da hora<br />
da tentação que há<br />
de vir sobre todo o<br />
mundo, para tentar os<br />
que habitam na terra.<br />
Apocalipse 3.10<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Daniel 12<br />
Um tempo de terrível angústia<br />
3ª feira – Ezequiel 9<br />
O grande dia do furor do Senhor<br />
4ª feira – Lucas 21.25-33<br />
Sinais espantosos no céu e na terra<br />
5ª feira – Apocalipse 11.1-3<br />
Dois profetas especiais na Grande Tribulação<br />
6ª feira – Apocalipse 16<br />
As sete taças da ira de Deus<br />
Sábado – Marcos 13.24-31<br />
Os anjos ajuntarão os escolhidos de Deus<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
compreender que as tragédias da Grande Tribulação não<br />
serão, em sua maioria, figurativas, nem simbólicas;<br />
conhecer os protagonistas deste tempo escatológico;<br />
descrever os propósitos da Grande Tribulação.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Como apoio didático, sugerimos que, nos tópicos 2.2 e 2.3,<br />
seja apresentado aos alunos um quadro contendo fatos relacionados<br />
ao Anticristo e ao Falso Profeta, registrados nas Escrituras.<br />
DEZ IMPORTANTES FATOS REGISTRADOS NAS ESCRITURAS<br />
ACERCA DO ANTICRISTO ACERCA DO FALSO PROFETA<br />
A ponta pequena (Dn 7.8)<br />
A besta que subiu da terra (Ap 13.11)<br />
Um rei, feroz de cara (Dn 8.23) Dois chifres, semelhantes aos de um cordeiro (Ap 13.11)<br />
O príncipe que há de vir (Dn 9.26) O último precursor do Anticristo (Ap 13.12)<br />
O assolador (Dn 9.27)<br />
O assistente direto do Anticristo (Ap 13.12)<br />
O rei que fará sua vontade (Dn 11.36) Imitador dos profetas do Senhor (Ap 13.12)<br />
O pastor insensato (Zc 11.15) Terá a aparência de cordeiro e boca de dragão (Ap 13.11)<br />
O homem do pecado (2 Ts 2.3) Instrumento do diabo nos últimos dias (Ap 13.13)<br />
Induzirá os habitantes da terra a fazerem uma imagem à<br />
O filho da perdição (2 Ts 2.3)<br />
besta (Ap 13.14)<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
27
DEZ IMPORTANTES FATOS REGISTRADOS NAS ESCRITURAS<br />
ACERCA DO ANTICRISTO<br />
O cavaleiro do cavalo branco (Ap 6.2)<br />
A besta que sobe do mar (Ap 13.1-9)<br />
ACERCA DO FALSO PROFETA<br />
Obrigará as pessoas a colocarem a marca da besta<br />
(Ap 13.16)<br />
Será derrotado por Cristo e lançado no lago de fogo<br />
(Ap 19.20)<br />
Boa aula!<br />
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Conhecer o que o futuro nos reserva oferece-nos a oportunidade<br />
de preparação e de definição sobre onde passaremos<br />
a eternidade. Por essa razão, nesta lição, estudaremos este<br />
evento que ocupa a maior parte do livro das revelações proféticas<br />
(Ap 6—19); além disso, examinaremos vários textos<br />
proféticos do Antigo Testamento, que nos oferecem uma descrição<br />
abrangente, rica e esclarecedora acerca do que será,<br />
quando e como se dará o maior tempo de sofrimento na história<br />
da humanidade.<br />
1. EM QUE CONSISTIRÁ A GRANDE<br />
TRIBULAÇÃO?<br />
Segundo as profecias bíblicas, a Tribulação durará sete<br />
anos — período conhecido como a última das 70 Semanas<br />
Proféticas de Daniel (Dn 9.24; 12.1). Nesse tempo, toda a terra<br />
e seus habitantes experimentarão o caos absoluto e uma<br />
devastação sem precedentes, durante 2.520 dias.<br />
Conforme destacado na Lição 3 (tópico 1.3), esse período<br />
(Tribulação e Grande Tribulação) será dividido em duas partes<br />
de três anos e meio cada uma:<br />
a primeira etapa de três anos e meio — tempo, e tempos,<br />
e metade de um tempo (Dn 7.25; Ap 12.14); equivale a quarenta<br />
e dois meses (Ap 11.2; 13.5); igualmente a mil duzentos<br />
e sessenta dias (Ap 12.6) — é chamada na Bíblia de<br />
Tribulação e abrange os capítulos 6—9 do Apocalipse;<br />
a segunda etapa é denominada, no texto bíblico, de a<br />
Grande Tribulação e terá a mesma duração que a primeira<br />
(três anos e meio). Esta será a pior e mais terrível época<br />
na história da humanidade; depois dela, outra não será<br />
testemunhada por olhos humanos.<br />
28 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.1. Após o arrebatamento dos salvos<br />
No fim dos tempos, a contagem regressiva dos últimos<br />
dias começará após todos os salvos serem arrebatados pelo<br />
Senhor — conforme descrito na Lição 1 (tópico 1.1.1). Esse período<br />
indica o começo do período tribulacional.<br />
Quando a primeira etapa (Tribulação) tiver início, as pessoas<br />
estarão assustadas com os últimos acontecimentos, especialmente<br />
com o desaparecimento<br />
de milhões de indivíduos em todo<br />
o mundo. A ausência de familiares,<br />
amigos e conhecidos impactará desmesuradamente<br />
os que não tiverem<br />
sido arrebatados.<br />
Neste ponto, autoridades em todos<br />
os níveis da sociedade tentarão<br />
resolver celeremente os problemas<br />
causados pelo desaparecimento das<br />
pessoas. É possível imaginar o caos<br />
que se instalará em todos os lugares.<br />
O mundo enfrentará o desastre da<br />
paralisação de todos os segmentos sociais — das mais altas<br />
esferas, às mais humildes; dos bens e serviços mais elementares,<br />
aos mais específicos.<br />
Mesmo sofrendo, as pessoas procurarão adaptar-se às circunstâncias<br />
nesses primeiros três anos e meio. Será um tempo<br />
de muita dificuldade, mas suportável,<br />
o pior acontecerá na segunda etapa<br />
— na Grande Tribulação —, que ocorrerá<br />
nos próximos três anos e meio.<br />
1.2. Justiça e ira divina<br />
Conforme mencionado<br />
na Lição 3 (tópico 1.2), a<br />
assinatura de um pacto de<br />
paz, proteção e colaboração<br />
entre o governante mundial<br />
e a nação de Israel será um<br />
sinal profético da Tribulação<br />
que o mundo conhecerá<br />
(Dn 9.27).<br />
Na Bíblia, encontramos<br />
termos que descrevem o<br />
período da Grande Tribulação,<br />
tais como: ira, indignação,<br />
destruição, desolação, juízo,<br />
prova, trevas, sofrimento,<br />
ruína, escuridão, nuvens,<br />
aflição e negridão. Diversas<br />
expressões, aliás, referem-se<br />
a essa época como o tempo<br />
da angústia de Jacó; o dia<br />
de trevas; o dia da vingança<br />
de nosso Deus; aquele dia; o<br />
grande dia e Dia do Senhor.<br />
Deus manifestará Sua justiça, juízos,<br />
julgamentos e ira sobre toda a<br />
terra, através dos selos, das trombetas<br />
e das taças. Serão 21 juízos<br />
imediatos; alguns, simultâneos — especialmente<br />
na segunda etapa (na<br />
Grande Tribulação).<br />
Todos os termos utilizados na Escritura<br />
para fazer referência à Grande<br />
Tribulação indicam, essencialmente,<br />
ira, punição, condenação, castigo,<br />
julgamento e juízo divinos. No panorama<br />
profético, o Dia do Senhor, especificamente, focaliza os<br />
piores sofrimentos que ocorrerão durante a Grande Tribulação.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
29
2. QUEM SERÃO OS PROTAGONISTAS DESTE<br />
TEMPO ESCATOLÓGICO?<br />
É sabido que o diabo, o Anticristo e o Falso Profeta<br />
constituem a trindade satânica, mas o que acontecerá, no céu<br />
e na terra, durante a Grande Tribulação? Que papel cada um<br />
dos protagonistas mencionados no texto bíblico exercerá nesse<br />
período? De que maneira os fatos previstos para acontecer<br />
nos tempos do fim influenciarão a vida de cada ser humano?<br />
Vejamos a seguir.<br />
2.1. O diabo<br />
O diabo será um dos mais ativos personagens neste período<br />
— que antecederá sua derrocada final, bem como a de seu<br />
império maligno. Ele fará de tudo; investirá tudo; mobilizará,<br />
convocará, manipulará e tentará todas as pessoas; e utilizará<br />
todos os meios possíveis para arrastar milhões de seres<br />
humanos ao destino final que lhe está reservado — o lago de<br />
fogo ardente, o inferno, lugar real e literal de tormento eterno<br />
(Ap 20.10).<br />
2.2. O Anticristo<br />
Na opinião de ilustres eruditos da Bíblia, o Anticristo, depois<br />
do Senhor Jesus, é a figura mais importante nas profecias bíblicas<br />
e em toda a história humana. Ele será o governante mundial<br />
durante os sete anos da Tribulação.<br />
Um estudo detalhado acerca do tema permite-nos afirmar<br />
que João, no Livro do Apocalipse, refere-se ao Anticristo como<br />
rei; o apóstolo Paulo, por sua vez, descreve seu aspecto espiritual;<br />
e o profeta Daniel destaca o ponto de vista histórico<br />
relacionado a esta figura satânica. Mas, de onde ele virá?<br />
Qual será sua nacionalidade? Ele já<br />
As naturezas de Cristo<br />
e do Anticristo são<br />
completamente opostas.<br />
Passagens bíblicas<br />
mencionam o homem<br />
pecador (Lc 5.8) e o servo<br />
do pecado (Jo 8.34);<br />
todavia, a expressão<br />
homem do pecado é<br />
citada uma única vez<br />
nas Escrituras e se<br />
aplica exclusivamente ao<br />
Anticristo (2 Ts 2.3).<br />
está entre nós? Quanto tempo durará<br />
o seu domínio universal?<br />
2.2.1. O homem do pecado<br />
E expressão homem do pecado (2<br />
Ts 2.3) é uma das figuras atribuídas<br />
ao Anticristo. Ele fará tudo que estiver<br />
ao seu alcance para aborrecer e<br />
ofender a Deus, que é pleno em santidade.<br />
Deus é santo em tudo que é<br />
e faz (Is 6.3), enquanto o Anticristo é<br />
iníquo em tudo que é e faz (2 Ts 2.8).<br />
Como homem do pecado, o Anticristo,<br />
consciente e voluntariamente,<br />
entregar-se-á a tudo que é errado,<br />
nocivo e imundo, cumprindo o seu<br />
papel no cenário profético mundial.<br />
30 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
No aspecto espiritual-religioso, a oposição total que o Anticristo<br />
fará ao Senhor Jesus Cristo pode ser observada no<br />
quadro a seguir.<br />
CRISTO É...<br />
a verdade<br />
o santo<br />
o Varão de dores<br />
o Filho de Deus<br />
o mistério da santidade<br />
o purificador do templo<br />
o Cordeiro<br />
O ANTICRISTO É...<br />
a mentira<br />
o ímpio<br />
o homem do pecado<br />
o filho da perdição<br />
o mistério da iniquidade<br />
o profanador do templo<br />
a besta<br />
2.2.2. A vinda do Anticristo<br />
Nos dias em que o apóstolo João viveu, os cristãos ouviram<br />
falar sobre a vinda do Anticristo (1 Jo 2.18) e sobre o espírito<br />
do Anticristo que já estava no mundo (1 Jo 4.3).<br />
Comenta-se nos meios teológicos que o Anticristo poderá<br />
surgir, no panorama mundial, como um indivíduo muito importante<br />
no conflito do Oriente Médio entre árabes e judeus.<br />
Tal opinião tem como base as profecias que declaram que ele<br />
será um governante universal.<br />
Como poderoso negociador e articulador, o Anticristo se<br />
envolverá profundamente nas instituições e organizações políticas,<br />
tais como a União Europeia, o parlamento europeu, o<br />
Mercosul, a OEA (Organização dos Estados Americanos), a ONU<br />
(Organização das Nações Unidas), dentre outras.<br />
A marca, o sinal e a senha da primeira besta, o Anticristo,<br />
será um projeto mundial liderado pelo Falso Profeta na Grande<br />
Tribulação (Ap 13.16,17).<br />
2.3. O Falso Profeta<br />
O Falso Profeta será outro personagem importante durante<br />
a Grande Tribulação. Como assessor direto do Anticristo,<br />
suas atividades estarão subordinadas diretamente ao enganador,<br />
ao ímpio, ao opressor (Is 14.4). Ele é identificado na<br />
Bíblia como a outra besta (Ap 13.11). Ele controlará o maior<br />
e mais terrível sistema de apostasia religiosa de todos os tempos<br />
e promoverá a pior de todas as apostasias morais jamais<br />
existentes na história da humanidade.<br />
O Falso Profeta não buscará glória para si mesmo. Ele não<br />
será o foco, nem será alvo de culto ou adoração. Sua missão<br />
consistirá em dirigir toda a atenção do mundo para o Anticristo.<br />
Possuído pelo poder de Satanás, a outra besta realizará<br />
falsos milagres e falsos sinais, em proporções incríveis, levan-<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
31
do milhões de pessoas ao engano. Ele conduzirá as nações, os<br />
povos, as famílias e cada pessoa, individualmente, à adoração<br />
do Anticristo (Ap 13.11-15).<br />
2.4. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó<br />
Os judeus terão destaque entre os habitantes da terra no<br />
período tribulacional — um dos principais motivos está relacionado<br />
ao fato de os acontecimentos mais relevantes deste<br />
período transcorrer em Israel, no Oriente Médio.<br />
De acordo com as profecias, o povo judeu, neste tempo,<br />
será purificado pelo Senhor, a fim de preparar-se para sua<br />
restauração espiritual, política, social e geográfica. Esse tempo<br />
de dores para os filhos de Abraão é referenciado na Bíblia<br />
como a angústia de Jacó (Jr 30.4-7).<br />
2.5. Outros povos<br />
Nações gentias de todas as partes do mundo vivenciarão<br />
os horrores da Grande Tribulação. As pessoas que rejeitaram<br />
a Cristo e os ímpios (que deliberadamente escolheram servir ao<br />
diabo na prática desenfreada do pecado) serão alvos dos juízos<br />
divinos e serão castigados por toda maldade. Os povos que<br />
perseguiram o povo de Deus serão severamente punidos (Is<br />
13.11-13; Jl 3.2; Ob 15,16).<br />
CONCLUSÃO<br />
A Grande Tribulação será um período de sofrimento inigualável.<br />
As aflições desse tempo jamais foram vividas pelos<br />
homens em toda a sua história.<br />
A Grande Tribulação serve a alguns propósitos, dentre os<br />
quais se destacam:<br />
fazer com que Israel reconheça o Messias verdadeiro: Jesus<br />
Cristo, o Senhor (Ez 20.33-38; Mt 23.37-39);<br />
julgar as nações gentias pela tentativa de exterminar a nação<br />
de Israel e por seus abusos infames (Gn 12.3);<br />
permitir que os incrédulos experimentem pessoalmente a<br />
tristeza e o sofrimento perpetrados pelo império maligno<br />
— administrado por Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta;<br />
derramamento da ira de Deus sobre todos os que rejeitaram<br />
o evangelho (Ap 14.9-11).<br />
Ouçamos a voz das profecias!<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Qual será a grande missão do Falso Profeta, de acordo<br />
com o que foi exposto nesta lição?<br />
R.: O Falso Profeta não buscará glória para si mesmo. Ele não<br />
será o foco. Ele não será alvo de culto ou de adoração. Sua<br />
missão consistirá em dirigir toda a atenção do mundo para<br />
o Anticristo.<br />
32 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Lição 5<br />
Aula dada em<br />
As Duas Testemunhas<br />
DIA MÊS ANO<br />
do Final dos Tempos<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 11.3-12<br />
3 - E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos<br />
e sessenta dias, vestidas de pano de saco.<br />
4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus<br />
da terra.<br />
5 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará<br />
os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim<br />
seja morto.<br />
6 - Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua<br />
profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e<br />
para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.<br />
7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes<br />
fará guerra, e as vencerá, e as matará.<br />
8 - E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente,<br />
se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.<br />
9 - E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo<br />
morto por três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja<br />
posto em sepulcros.<br />
10 - E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão,<br />
e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas<br />
tinham atormentado os que habitam sobre a terra.<br />
11 - E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus,<br />
entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os<br />
que os viram.<br />
12 - E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao<br />
céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
33
TEXTO ÁUREO<br />
Vós sois as minhas<br />
testemunhas, diz o<br />
Senhor, e o meu servo, a<br />
quem escolhi; para que<br />
o saibas, e me creiais, e<br />
entendais que eu sou o<br />
mesmo, e que antes de<br />
mim deus nenhum se<br />
formou, e depois de mim<br />
nenhum haverá.<br />
Isaías 43.10<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira –1 Crônicas 16.15-22<br />
Não toqueis nos meus ungidos<br />
3ª feira – Mateus 5.14-16<br />
Resplandecendo como luz no mundo<br />
4ª feira – João 5.28,29<br />
A ressurreição da vida<br />
5ª feira – Atos 1.8-11<br />
Poder para testemunhar<br />
6ª feira – Atos 13.1-3<br />
Profetas na Igreja do Senhor<br />
Sábado – 1 Tessalonicenses 4.15-17<br />
Os salvos serão arrebatados<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
analisar a missão das duas testemunhas no contexto escatológico<br />
desta lição;<br />
conhecer as principais características do plano divino para<br />
uma vida de testemunho cristão fidedigno;<br />
conscientizar-se de que uma testemunha fiel e autêntica<br />
passa por perseguição ou até mesmo pela morte, como as<br />
duas testemunhas.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Nos dias que antecedem a sua aula, é impreterível que haja<br />
planejamento; portanto, pense em qual método você utilizará<br />
na condução do processo de ensino-aprendizagem.<br />
Um dos métodos mais utilizados em classe é o da preleção<br />
(ou exposição oral), que está centralizado na figura do professor<br />
— o que pode ser uma desvantagem —; todavia, se ele for<br />
empregado em alternância com outros, tornar-se-á mais funcional.<br />
Trabalhos em grupo e debates contribuem para uma<br />
aula mais clara e precisa, trazendo melhores resultados.<br />
A seguir, destacamos algumas sugestões para o uso do método<br />
expositivo:<br />
utilize-se de ilustrações para aclarar o tema;<br />
conheça seus ouvintes — isto favorece a adequação da linguagem<br />
para que eles sejam alcançados pelo tema;<br />
domine o assunto que será ministrado em classe;<br />
no final da aula, apresente uma síntese das ideias centrais<br />
da lição.<br />
34 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Adaptado de: CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 148-150.<br />
Boa aula!<br />
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Nesta lição, estudaremos duas personagens misteriosas,<br />
referidas no Livro do Apocalipse apenas como as duas testemunhas<br />
(Ap 11.3). O que se sabe a respeito dessas duas personalidades<br />
escatológicas é que elas estão ligadas ao tempo<br />
da Grande Tribulação, quando o Anticristo se voltará contra<br />
a nação de Israel, depois de profanar o templo (2 Ts 2.4; Ap<br />
11.1,2).<br />
Essas testemunhas profetizarão na cidade de Jerusalém e<br />
exercerão um ministério impactante e sobrenatural por 42 meses<br />
— 1.260 dias, ou três anos e meio. As duas testemunhas<br />
proclamarão uma nova etapa, um novo mundo, onde não haverá<br />
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Todos os<br />
que aceitarem o dom de Deus, permanecerem fiéis e guardarem<br />
os mandamentos do Senhor serão salvos e viverão felizes<br />
na presença do Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).<br />
Logo que terminarem a sua missão, as duas testemunhas<br />
serão mortas pela besta (Ap 11.7).<br />
1. DUAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS<br />
Muitas especulações foram feitas no decorrer da História,<br />
a respeito da identidade das duas testemunhas. Uma<br />
das correntes mais conhecidas defende que elas representam<br />
os dois Testamentos (Antigo e Novo). Outros estudiosos, no<br />
entanto, afirmam que elas podem retratar duas dispensações<br />
[como, por exemplo, Lei e Graça]. Outros comentaristas bíblicos,<br />
ainda, acreditam que podem ser Josué e Zorobabel (Zc<br />
4.3,12), ou João e Paulo (Jo 21.22,23; Fp 1.22-25), ou Enoque<br />
e Elias (Gn 5.24; 2 Rs 2.11), ou, talvez, dois pregadores — um<br />
judeu e outro gentio.<br />
Porém, a hipótese mais aceita pelos exegetas bíblicos, teólogos,<br />
comentaristas e estudantes da Bíblia versa que as duas<br />
testemunhas, provavelmente, serão Moisés e Elias (Dt 34.6;<br />
Lc 9.30,31; Jd 1.9).<br />
1.1. Testemunhas especiais<br />
Essas duas testemunhas encontram-se no meio da septuagésima<br />
semana das visões escatológicas de Daniel (Dn 9.24).<br />
Mesmo que este seja um período da falsa paz, em que haverá<br />
demonstrações de poder e muitos sinais, elas se levantarão<br />
contra o Anticristo — para fazer oposição ao seu governo au-<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
35
tocrático e diabólico — e tentarão libertar o mundo da cegueira<br />
espiritual, pois as pessoas, nesse período, o aclamarão<br />
como líder mundial e o adorarão, profanamente, como se fosse<br />
ele um deus (Is 14.13,14; 2 Ts 2.4).<br />
A coligação infernal — composta pelo Anticristo, pelo Falso<br />
Profeta, pelos demônios e pelas nações ímpias que rejeitam e<br />
blasfemam contra o Deus verdadeiro (Ap 16.9) — formará um<br />
único bloco maligno, que buscará a vitória pública, esmagadora<br />
e contundente do diabo e, por essa razão, se posicionará<br />
contra as duas testemunhas (Ap 11.3).<br />
As testemunhas são<br />
descritas como duas<br />
oliveiras e dois castiçais.<br />
[...] O princípio universal<br />
para essas e todas as outras<br />
testemunhas do Senhor é<br />
que o testemunho delas pela<br />
verdade não é por força,<br />
nem por violência, mas pelo<br />
Espírito do Senhor<br />
(Zc 4.6) (RADMACHER;<br />
ALLEN; HOUSE. Central<br />
Gospel, 2010b, p. 778).<br />
1.2. Castiçais e oliveiras<br />
No decurso de três anos e meio,<br />
despontará um fato que comprovará<br />
a origem divina das duas testemunhas,<br />
simbolizadas no Apocalipse<br />
como castiçais e oliveiras que estão<br />
diante do Deus da terra (Ap 11.4b).<br />
Como castiçais, elas refletirão a luz<br />
divina e iluminarão o mundo, envolto<br />
em trevas. Como oliveiras (árvore<br />
que produz azeitona, e de cujo fruto<br />
se extrai o azeite), representarão a<br />
unção do Espírito Santo. Ungidas,<br />
separadas e enviadas pelo Senhor<br />
todo-poderoso, as duas testemunhas<br />
serão instrumentos vivos da glória<br />
de Deus (Lc 4.18,19).<br />
1.3. Profetas na terra dos profetas<br />
As duas testemunhas proclamarão as palavras de Deus em<br />
Israel, terra dos profetas.<br />
Jerusalém, a cidade inesquecível, amada e reverenciada por<br />
judeus em todos os lugares do mundo, será o palco principal<br />
dos eventos mais importantes do tempo do fim. As testemunhas-profetas<br />
do Senhor exercerão suas atividades precisamente<br />
onde tudo começou e onde tudo terminará (Ap 11.8,9).<br />
O propósito divino para as duas testemunhas é o de que<br />
sirvam como vozes proféticas no tempo do fim. Elas alertarão<br />
as pessoas a buscarem o Senhor, enquanto houver oportunidade<br />
(Is 55.6); anunciarão as punições e bênçãos prometidas,<br />
quando os reinos forem do Cristo de Deus (Ap 11.15); profetizarão<br />
sobre a restauração espiritual, política, social e territorial<br />
de Israel, do remanescente que fugirá para o deserto (Ap<br />
12); e vaticinarão a derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap<br />
17.14; 19.11-21). As duas testemunhas exercerão seu ministério<br />
profético durante o tempo predeterminado pelo Senhor<br />
(Ap 11.3).<br />
36 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.4. Vestimenta significativa<br />
Os panos de saco (tecido grosseiro,<br />
fabricado com pelo de bode; conf.<br />
Ap 11.3) eram utilizados por aqueles<br />
que pranteavam — Jacó (Gn 37.34);<br />
Davi (2 Sm 3.31); Acabe (1 Rs 21.27);<br />
Ezequias (2 Rs 19.1). Esse tipo de vestimenta<br />
traduz humildade e modéstia,<br />
mas, ao mesmo tempo, indica tristeza,<br />
insatisfação e desconforto.<br />
Trajadas com tais vestes, as duas<br />
testemunhas, simbolicamente, manifestarão<br />
seu desagrado e discordância<br />
em relação à situação causada<br />
pelos agentes do mal.<br />
2. TESTEMUNHAS<br />
PODEROSAMENTE<br />
CAPACITADAS POR DEUS<br />
Para desenvolverem a sua missão,<br />
as duas testemunhas escatológicas<br />
receberão, de Deus, poder (Ap<br />
11.3) para enfrentar o governo do<br />
Anticristo, que opera por Satanás<br />
(Ap 13.2).<br />
Vejamos, portanto, como Deus as<br />
capacitará para enfrentar as forças<br />
das trevas (Ap 11.4).<br />
O Anticristo, finalmente,<br />
receberá permissão para<br />
matar as duas testemunhas.<br />
Porém, ela (a besta) não<br />
poderá matá-las, até<br />
que elas terminem o seu<br />
testemunho (WILLMINGTON,<br />
H. L. Central Gospel,<br />
2015a, p. 683).<br />
A aparência das duas<br />
testemunhas é peculiar;<br />
elas estarão vestidas de<br />
saco (Ap 11.3), simbologia<br />
que indica tristeza,<br />
humildade e lamento<br />
(Gn 37.34; 2 Sm 3.31).<br />
Elias e João Batista<br />
vestiram-se desta maneira<br />
(2 Rs 1.8; Mt 3.4).<br />
2.1. O poder de Deus<br />
Deus declara que as duas testemunhas são dele (minhas;<br />
conf. Ap 11.3) e que as dotará de poder — como a Moisés e a<br />
Elias (Êx 7.19,20; Tg 5.17) —, a fim de que possam comprovar<br />
suas profecias e executar, em última instância, Seus planos<br />
eternos.<br />
Durante três anos e meio, as duas personagens escatológicas<br />
serão imbatíveis, poderosas e invencíveis. Como profetas,<br />
vaticinarão juízos divinos sobre seus inimigos (Ap 11.5)<br />
e sobre a Natureza (Ap 11.6), e seus vaticínios se cumprirão<br />
imediatamente — como aconteceu a Eliseu (2 Rs 5.27) e a Paulo<br />
(At 13.11).<br />
2.2. A manifestação do poder de Deus<br />
Obras maravilhosas, fruto do incomparável poder do Senhor,<br />
aparecem em todo texto bíblico. Lembremo-nos de algumas<br />
delas.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
37
Libertação de cativeiros — como ocorreu no Egito, após<br />
430 anos de escravidão (Êx 12.40,51) — e prisões — como<br />
aconteceu ao apóstolo Pedro (At 12.10).<br />
Aniquilação dos inimigos de Deus e de todos os que se<br />
levantam contra Sua obra — como aconteceu nos dias de<br />
Ezequias, rei de Judá (2 Rs 19.20-35).<br />
Provisão de alimentos — como aconteceu à viúva de Sarepta<br />
e a seu filho (1 Rs 17.14-16) e no ministério do Senhor<br />
Jesus (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14).<br />
Proteção de todo mal (doenças, desastres, ataques e tragédias)<br />
— como aconteceu ao patriarca Jacó (Gn 28.15;<br />
35.3).<br />
Assim como aconteceu no passado, nos tempos do fim, as<br />
duas testemunhas — investidas, revestidas e possuídas pelo<br />
poder de Deus — cumprirão integralmente a missão divina.<br />
3. QUATRO ETAPAS DA MISSÃO DAS<br />
TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS<br />
O ministério das duas testemunhas subdivide-se em<br />
quatro etapas: perseguição, morte, ressurreição e arrebatamento.<br />
Suas obras repercutirão no céu, no inferno, na terra<br />
— especialmente em Israel e nações vizinhas — e nas regiões<br />
celestiais.<br />
3.1. Perseguidas pelo império das trevas<br />
A Escritura narra o sofrimento, a perseguição e até a morte<br />
(martírio) dos que servem ao Senhor com fidelidade e incondicional<br />
retidão (Ez 3.25; Mt 10.16-18,21,22; Jo 15.20; 16.2; At<br />
14.22; 2 Tm 3.12).<br />
As duas testemunhas escatológicas não escaparão à perseguição<br />
feroz e cruel que se levantará por todos os lados,<br />
visando à sua destruição. Certamente, nesse tempo, os algozes<br />
desses servos de Deus utilizarão os recursos midiáticos<br />
e tecnológicos disponíveis para este fim. E a mensagem que<br />
propagarão será uma só: Eles são inimigos públicos do Estado,<br />
do sistema, do grande líder, das instituições e da família. São<br />
perigosos porque se utilizam de forças estranhas, místicas e assombrosas;<br />
por essa razão, precisam ser eliminados a qualquer<br />
custo.<br />
3.2. Mortas pela besta, o Anticristo<br />
Ao fim de três anos e meio, o ministério público das duas<br />
testemunhas terá fim. Neste momento, o Anticristo fará guerra<br />
aos santos (Dn 7.21) e os vencerá (Ap 11.7). Os habitantes<br />
da terra celebrarão a morte dos mensageiros de Deus e tro-<br />
38 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
carão presentes (Ap 11.9,10). Tudo isso acontecerá na cidade<br />
de Jerusalém, que é chamada, espiritualmente, de Sodoma e<br />
Egito, devido à sua apostasia e pecado (Ap 11.8).<br />
3.3. Ressuscitadas por Deus na praça de Jerusalém<br />
Em sinal de infâmia e desonra, homens de vários povos,<br />
e tribos, e línguas, e nações impedirão que as duas testemunhas<br />
sejam sepultadas. Todavia, após três dias e meio, os corpos<br />
jacentes na praça ouvirão a voz de Deus e ressuscitarão<br />
(Jo 5.25; Ap 11.11) — como aconteceu no vale de ossos secos,<br />
Deus trará à vida os seus servos (Ez 37.10). O impacto desse<br />
acontecimento confundirá o mundo.<br />
O texto bíblico diz ainda que, naquela ocasião, as pessoas<br />
testemunharão — seja pela televisão ou por quaisquer outros<br />
recursos midiáticos — o terremoto que abalará a cidade e tragará<br />
sete mil homens (Ap 11.13); e acrescenta que os sobreviventes,<br />
muito atemorizados, darão glória ao Deus do céu<br />
(Ap 11.13b).<br />
3.4. Arrebatadas aos céus<br />
Deus chamará as duas testemunhas ao céu, e elas subirão<br />
em uma nuvem, sob os olhares estupefatos dos seus perseguidores<br />
(Ap 11.12).<br />
Esse evento corrobora o arrebatamento dos mortos salvos,<br />
que ressuscitaram e foram arrebatados ao céu — juntamente<br />
com os salvos vivos transformados —, para encontrar-se com<br />
o Senhor Jesus (1 Ts 4.16-18).<br />
CONCLUSÃO<br />
Deus sempre apresenta ao mundo um testemunho, para<br />
que ninguém fique inescusável diante Dele — inclusive os homens<br />
cegos pelo Anticristo.<br />
Durante a Grande Tribulação, dois profetas do Senhor se<br />
levantarão entre os homens, dando mostras de Seu imenso<br />
poder para julgar o mundo, destruir Satanás e desmascarar o<br />
erro (Ap 11.3-6). Eles levarão ao reino do Anticristo — como<br />
Elias e Moisés levaram a Acabe e Faraó (1 Rs 18.17; Êx 9.1-<br />
9,14) — o desassossego e a perturbação.<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Por que Deus levantará duas testemunhas escatológicas<br />
no meio da Grande Tribulação?<br />
R.: Porque elas servirão de testemunho para o mundo. As<br />
duas testemunhas terão um ministério semelhante ao de<br />
Moisés e Elias: elas serão vozes proféticas nesse tempo<br />
(Ap 11.2-19).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
39
Lição 6<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
Os 144 Mil Selados<br />
de Deus<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 7.2-4<br />
2 - E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do<br />
Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado<br />
o poder de danificar a terra e o mar,<br />
3 - dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que<br />
hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus.<br />
4 - E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil<br />
assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.<br />
Apocalipse 14.1-5<br />
1 - E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento<br />
e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e<br />
o de seu Pai.<br />
2 - E ouvi uma voz do céu como a voz de muitas águas e como a voz de um<br />
grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua harpa.<br />
3 - E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro<br />
animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão<br />
os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.<br />
4 - Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são<br />
virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai.<br />
Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias<br />
para Deus e para o Cordeiro.<br />
5 - E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante<br />
do trono de Deus.<br />
40 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
E olhei, e eis que estava<br />
o Cordeiro sobre o monte<br />
Sião, e com ele cento e<br />
quarenta e quatro mil,<br />
que em sua testa tinham<br />
escrito o nome dele e o<br />
de seu Pai.<br />
Apocalipse 14.1<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Atos 13.1-5<br />
Servindo ao Senhor<br />
3ª feira – 1 Coríntios 6.10-20<br />
Comprados por bom preço<br />
4ª feira – 2 Coríntios 7.1-10<br />
Purifiquemo-nos de toda a imundícia<br />
5ª feira – Efésios 1.3-14<br />
Selados com o Espírito Santo<br />
6ª feira – 1 Timóteo 3.1-7<br />
Irrepreensível e exemplar<br />
Sábado – Apocalipse 22.3-7<br />
O nome de Deus escrito nas testas<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
conhecer as principais características do grupo seleto dos<br />
144 mil assinalados por Deus na Grande Tribulação;<br />
compreender que, em cada dispensação, Deus seleciona<br />
e sela um remanescente fiel para ser Seu agente na terra;<br />
aplicar as características espirituais do remanescente do<br />
Apocalipse em nossa vida cristã.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
É importante ressaltar que uma aula se dá antes, durante<br />
e depois do tempo estabelecido pela Escola Bíblica Dominical.<br />
O professor deve chegar, no mínimo, uma hora antes do<br />
encontro para preparar o layout da classe, ou seja, para fazer o<br />
devido posicionamento das cadeiras — tenha em mente que as<br />
formas de “U” e “V” permitem o livre trânsito entre os alunos.<br />
No momento da exposição do conteúdo, sugerimos que os<br />
alunos sejam organizados em pequenos grupos (de até seis<br />
pessoas).<br />
Ao final da ministração, um representante de cada grupo<br />
deverá escrever (na lousa ou no quadro) as características<br />
morais e espirituais mais impactantes desta lição.<br />
Ao orarem para finalizar a ministração, pergunte quem<br />
aceita o desafio de aplicar em sua vida o que aprendeu, durante<br />
a próxima semana.<br />
Boa aula!<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
41
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
No começo da Grande Tribulação, os anjos de Deus assinalarão<br />
o remanescente fiel de Israel — um grupo formado<br />
por 144 mil pessoas, descendentes da linhagem natural de<br />
Abraão (Gn 12.2), sendo 12 mil de cada tribo (Ap 7.4).<br />
Pela observação da cronologia bíblica (1 Ts 4.17; Ap 3.10),<br />
nesse período, a Igreja — linhagem espiritual (Gl 3.7,29) —<br />
já estará no céu para as bodas do Cordeiro e, logo a seguir,<br />
comparecerá diante do Tribunal de Cristo para receber recompensas<br />
e galardões (2 Co 5.10).<br />
No panorama profético, os 144 mil aparecerão na terra, no<br />
começo da última semana de Daniel (Dn 9.24). Eles confrontarão<br />
a trindade satânica e o mundo, declarando as verdades<br />
do Reino (Ap 17.17).<br />
1. IDENTIFICANDO OS 144 MIL<br />
Diversas teorias e opiniões especulativas surgiram no<br />
decorrer da História, na tentativa de apontar quem serão os<br />
144 mil, mencionados no Livro do Apocalipse; muitas delas<br />
contradizem o sentido correto da interpretação bíblica.<br />
Como mencionado anteriormente, os 144 mil não são a<br />
Igreja. O texto bíblico declara apenas que eles são servos do<br />
nosso Deus que devem ser assinalados (Ap 7.3).<br />
Alguns intérpretes das Escrituras entendem que estes poderão<br />
ser gentios (judeus espirituais), baseados no texto paulino<br />
que referencia Abraão como pai de todos (Rm 4.11). Os<br />
mais eruditos e fundamentalistas expositores das profecias<br />
bíblicas, no entanto, defendem o argumento de que os 144<br />
mil serão todos judeus legítimos, procedentes das 12 tribos de<br />
Israel (Ap 7.4-8) — 12 mil pessoas de cada tribo, perfazendo<br />
um total de 144 mil indivíduos.<br />
A melhor interpretação — feita por eruditos mestres bíblicos<br />
— assinala que os 144 mil são a semente da mulher<br />
vestida de sol (Ap 12.1), ou seja, Israel, que, no transcurso<br />
da história humana, foi perseguido, na intenção de impedir o<br />
nascimento do Messias (Ap 12.4).<br />
1.1. Começou com os judeus, terminará com eles<br />
Deus revelou-se a Abraão e lhe propôs uma aliança incondicional:<br />
ele seria o patriarca da nação de Israel, tanto física<br />
quanto espiritualmente.<br />
A iniciativa de formar um povo, a partir do qual nos seria<br />
trazido o Salvador, foi de Deus, não de Abraão (Gn 12.3).<br />
Esta é a razão de Ele não invalidar, não alterar e não deixar<br />
42 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
de cumprir os termos estabelecidos no pacto abraâmico, que<br />
consistia em:<br />
formar um povo, uma nação, para um propósito especial;<br />
escolher um líder para este projeto: Abraão;<br />
mostrar a Abraão o lugar específico do projeto;<br />
ordenar que ele saísse de sua terra e de sua parentela;<br />
garantir abençoá-lo e engrandecer o seu nome;<br />
torná-lo uma bênção;<br />
agir com reciprocidade em relação àqueles que viessem a<br />
conviver com o patriarca — abençoar os que o abençoassem<br />
e amaldiçoar os que o amaldiçoassem;<br />
assegurar que Abraão seria uma fonte de bênção para todas<br />
as famílias de terra.<br />
Quatrocentos e trinta anos depois, Deus chama e comissiona<br />
Moisés para libertar e conduzir o Seu povo ao cumprimento<br />
da promessa. Deus firma um pacto com os judeus<br />
(Israel), por intermédio de Moisés, mantendo os princípios da<br />
aliança abraâmica (Êx 19.5; Dt 7.6-9; 14.2).<br />
A nação de Israel é o receptáculo da revelação divina e<br />
do que é necessário ser e fazer para recebê-la (Jo 4.22). Nos<br />
dias finais, os judeus (144 mil), outra vez, serão instrumentos<br />
poderosos para abençoar todas as famílias da terra.<br />
2. ESCOLHIDOS POR DEUS PARA SEREM<br />
SELADOS<br />
Deus escolheu 144 mil, dentre o remanescente fiel.<br />
Sua escolha está relacionada ao estilo de vida desses representantes<br />
escatológicos dos judeus.<br />
Assim como o Senhor escolheu, Ele dotou o homem de livre-arbítrio,<br />
dando-lhe condições de decidir-se por uma vida<br />
de santificação (1 Ts 4.7). Em todo o texto bíblico, o próprio<br />
Deus alerta a humanidade sobre a importância de se fazer<br />
boas escolhas (Dt 30.19).<br />
2.1. Os critérios da escolha divina<br />
Deus escolheu a nação de Israel e declarou expressamente<br />
as razões de Sua escolha:<br />
amor — esta foi a razão primeira de sua eleição (Dt 7.8);<br />
lealdade — o Senhor cumpriria a promessa que fizera a<br />
Abraão (Dt 7.8);<br />
propriedade particular — Deus escolheu Israel para ser<br />
Sua herança (Sl 33.12), Seu reino sacerdotal e Seu povo<br />
santo (Êx 19.6; Is 62.12);<br />
reinado eterno — Deus escolheu Davi para ser rei de Israel<br />
(1 Sm 16.1-13), e nele firmou o Seu trono por todas as<br />
gerações (Sl 89.3,4; Lc 1.32);<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
43
santidade — Deus escolheu e escolhe os que têm um coração<br />
disposto a obedecer (At 13.22).<br />
O Todo-poderoso Senhor não escolhe pela aparência externa,<br />
mas pelo coração (Mt 5.8). Os padrões divinos são imutáveis.<br />
Ele continua escolhendo servos e servas fiéis para a Sua<br />
obra (Jo 15.16).<br />
2.2. Os 144 mil são selados<br />
A Escritura revela-nos que Deus assinalou (marcou, selou)<br />
pessoas para propósitos especiais. Vejamos:<br />
no Livro do Êxodo, lemos que, nas casas dos israelitas, o<br />
selo da proteção estava sobre os umbrais das portas, e, com<br />
ele, a garantia de vida ao filho primogênito (Êx 12.7,13);<br />
no Livro de Ezequiel, lemos que o sinal é a marca que garante<br />
proteção e preservação aos servos de Deus, a fim<br />
de que eles não sejam exterminados com os ímpios, por<br />
ocasião da manifestação de Seu julgamento (Ez 9.4-6);<br />
no Livro do Apocalipse, lemos que Cristo foi selado pelo<br />
Pai com um nome misterioso (Ap 19.12);<br />
no Evangelho de João, lemos que o Senhor Jesus foi selado<br />
para alimentar espiritualmente os Seus discípulos (Jo 6.27);<br />
na Carta aos Efésios, lemos que a Igreja é selada para o dia<br />
da redenção com o Espírito da promessa (Ef 1.13; 4.30).<br />
2.3. Benefícios para os selados<br />
Nos tempos do fim, os que forem selados receberão os privilégios<br />
concedidos pelo Cordeiro, a fim de que a missão divina<br />
se cumpra.<br />
Vejamos, portanto, na tabela a seguir, os benefícios que o<br />
selo do Senhor promoverá na vida dos 144 mil (Ap 7.4).<br />
Identificação<br />
Propriedade ou<br />
pertencimento<br />
Proteção<br />
Segurança<br />
Presença divina<br />
em todo o tempo<br />
O SELO PROMOVE<br />
Enquanto os moradores da terra serão identificados na mão direita ou na<br />
testa pela marca da besta (Ap 13.16-18), os 144 mil serão identificados<br />
pelo selo de Deus colocado na testa (Ap 7.3,4).<br />
O selo indicará que eles têm um dono a quem servem e obedecem.<br />
Nenhum deles morrerá, antes serão protegidos do Anticristo. Eles estarão<br />
em lugar seguro: no monte Sião (Ap 14.1-5).<br />
Os selados por Deus estarão seguros de qualquer mal. Em suas testas<br />
estará estampado o nome do Deus Vivo (Ap 7.2-4; 14.2), indicando que<br />
Ele estará presente com os 144 mil.<br />
Mesmo quando atravessarem a mais intensa crise — que afetará todas<br />
as áreas e níveis da sociedade —, os 144 mil (escolhidos e selados) terão<br />
a presença do Senhor garantida (Gn 28.13-15; Mt 28.20b).<br />
44 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
3. O CARÁTER DOS 144 MIL<br />
Na língua grega, a palavra caráter<br />
designa marca, imagem ou selo (incrustado<br />
em madeira, pedra ou metal).<br />
Caráter é, sobretudo, a soma total dos<br />
valores e crenças de um indivíduo. Essa<br />
soma reflete-se em seu comportamento<br />
e em suas ações.<br />
O caráter de uma pessoa é infinitamente<br />
mais importante do que sua<br />
reputação, pois, enquanto a reputação<br />
está relacionada àquilo que se fala<br />
dessa pessoa, o caráter traduz o que<br />
ela, de fato, é. O caráter, portanto, precisa<br />
ser mais bem cuidado, protegido<br />
e guardado do que a mais valiosa joia<br />
existente no mundo.<br />
Vejamos, nos tópicos subsequentes,<br />
o caráter desse remanescente de<br />
Israel.<br />
3.1. Virgens (incontaminados)<br />
Os 144 mil serão moral e espiritualmente<br />
puros — separados da corrupção<br />
da falsa religião dominante<br />
do Anticristo (Ap 14.4). Eles não aceitarão<br />
a sedução do homem do pecado<br />
(2 Ts 2.3), nem se submeterão ao<br />
sistema herético e imundo da grande<br />
prostituta, parceira aliada do Anticristo<br />
nos dias finais (Ap 17.1-3).<br />
3.2. Persistentes<br />
Os 144 mil estarão inteiramente<br />
dedicados ao serviço de Deus, mesmo<br />
durante os dias terríveis de trevas<br />
da Grande Tribulação. Eles seguirão<br />
o Cordeiro por onde Ele for (Ap 14.4),<br />
pois, nas trevas, os mandamentos divinos<br />
iluminarão o seu caminho (Sl<br />
119.105).<br />
3.3. Verdadeiros<br />
Eles serão irrepreensíveis diante<br />
do trono de Deus, não haverá engano<br />
em seus lábios, pois estarão cheios<br />
do Espírito da Verdade (Jo 16.13). O<br />
144 mil (Ap 7.4) parece um<br />
número quantitativamente<br />
reduzido, se comparado à<br />
descrição de Apocalipse<br />
7.9: uma multidão, a qual<br />
ninguém podia contar, de<br />
todas as nações, e tribos,<br />
e povos, e línguas [...].<br />
Entretanto, esses 144 mil<br />
têm uma missão específica<br />
dentro dos remanescentes<br />
de Israel, antes da<br />
conversão nacional<br />
(Rm 11.26).<br />
A palavra grega sōtēria<br />
(salvação, cujos<br />
significados relacionados<br />
são: salvar, resgatar e<br />
curar; veja sōizō) traduz<br />
várias palavras em<br />
hebraico. [...] Os eventos<br />
da salvação histórica<br />
antecipam o cumprimento<br />
escatológico (Is 43.1-3, 5-7)<br />
(ROTZ, C. Central Gospel,<br />
2015, p. 150,1).<br />
Os 144 mil proclamarão a<br />
glória do Senhor entre as<br />
nações nos tempos do fim<br />
(Is 66.19).<br />
Nesta era, devemos pregar<br />
as boas-novas de salvação<br />
aos perdidos, até que o<br />
Senhor Jesus venha buscar<br />
Sua Igreja (Jo 20.21).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
45
emanescente de Israel proclamará a única verdade salvadora,<br />
levando a cabo a missão que lhe será entregue.<br />
Observe as ações do Espírito, relacionadas aos 144 mil:<br />
Espírito da verdade, para esclarecer e santificar (Jo 14.17);<br />
Espírito de poder, para mover e operar (At 6.5,8);<br />
Espírito de amor, para integrar e intensificar (Cl 1.8);<br />
Espírito de vida, para reproduzir e frutificar (Gl 5.22,25);<br />
Espírito de liberdade, para acrescentar e purificar (Gl<br />
5.13,16);<br />
Espírito de sabedoria, para habilitar e qualificar (Êx 28.3);<br />
Espírito de juízo e ânimo, para potencializar e testificar<br />
(Mq 3.8).<br />
4. A TAREFA DOS 144 MIL<br />
A tarefa prioritária dos 144 mil judeus durante a<br />
Grande Tribulação será, sem dúvida, a proclamação do<br />
evangelho do Reino de Deus.<br />
O Senhor enviará, como Seu verdadeiro representante,<br />
um seleto e especial grupo, que testemunhará a todas as<br />
nações (Mt 24.14) e realizará uma grande colheita final (Ap<br />
7.9,14; 12.10,11).<br />
Na Tribulação, Deus não ficará sem o testemunho humano<br />
e celeste: juntamente com o sétimo anjo, os 144 mil anunciarão<br />
que os reinos da terra pertencem a Cristo e Ele reinará<br />
para todo o sempre (Ap 11.15).<br />
CONCLUSÃO<br />
Os 144 mil judeus que recebem o selo do Deus vivo exercerão<br />
seu ministério profético na fase mais intensa da Grande<br />
Tribulação; exatamente no olho do furacão, a saber: na terra<br />
de Israel.<br />
Eles iniciam seu ministério no capítulo sete do Apocalipse<br />
e, depois, reaparecem no capítulo catorze com o Cordeiro, no<br />
céu, no monte Sião.<br />
A profecia de João revela que junto do remanescente de<br />
Israel estará uma multidão incontável de salvos de todos os<br />
povos, fruto do grande trabalho missionário dos 144 mil.<br />
Glória a Deus!<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Quais são as características principais dos 144 mil do remanescente<br />
fiel de Deus e do Cordeiro?<br />
R.: Eles são incontaminados (virgens); irrepreensíveis; e servem<br />
a Deus no período mais sombrio da História (Ap 14.3; 17.1-3)<br />
como proclamadores do evangelho do Reino (Mt 24.14).<br />
46 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Lição 7<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
O Cordeiro de Deus<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 5.8-10<br />
8 - E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos<br />
prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de<br />
ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.<br />
9 - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de<br />
abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste<br />
para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;<br />
10 - e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a<br />
terra.<br />
Apocalipse 7.9-14<br />
9 - Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia<br />
contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam<br />
d iante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com<br />
palmas nas suas mãos;<br />
10 - e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está<br />
assentado no trono, e ao Cordeiro.<br />
11 - E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro<br />
animais; e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a<br />
Deus,<br />
12 - dizendo: Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra,<br />
e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!<br />
13 - E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes<br />
brancas, quem são e de onde vieram?<br />
14 - E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram<br />
de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue<br />
do Cordeiro.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
47
TEXTO ÁUREO<br />
No dia seguinte, João<br />
viu a Jesus, que vinha<br />
para ele, e disse: Eis<br />
o Cordeiro de Deus,<br />
que tira o pecado do<br />
mundo.<br />
João 1.29<br />
OBJETIVOS<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – 1 Pedro 1.13-19<br />
O Cordeiro incontaminado<br />
3ª feira – Apocalipse 14.1-5<br />
O Cordeiro e o remanescente fiel de Israel<br />
4ª feira – Apocalipse 12.11-17<br />
Vencedores pelo sangue do Cordeiro<br />
5ª feira – Apocalipse 19.7-9<br />
As bodas do Cordeiro<br />
6ª feira – Apocalipse 21.9-27<br />
Seu nome está no livro da vida do Cordeiro?<br />
Sábado – Apocalipse 22.1-5<br />
O trono e os servos do Cordeiro<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
conhecer os principais significados espirituais das lições<br />
extraídas da pessoa do Senhor Jesus Cristo como Cordeiro<br />
de Deus;<br />
sumariar o privilégio de ser a Igreja do Cordeiro e suas<br />
responsabilidades na perseverança da doutrina apostólica;<br />
compreender que o sangue do Cordeiro é uma arma espiritual<br />
nas batalhas da vida cristã contra o pecado, a morte<br />
e o império das trevas.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Ao iniciar a aula, faça uma breve revisão do conteúdo da<br />
lição anterior e, na introdução desta, busque organizá-la em<br />
etapas do processo de ensino-aprendizagem: logicidade, gradualidade<br />
e continuidade (Adaptado de: RODRIGUES, A. Didática<br />
Contemporânea, 2015, p. 77).<br />
Logicidade: crie uma sequência coerente, partindo dos elementos<br />
de mais fácil compreensão para os mais complexos.<br />
Gradualidade: exponha o conteúdo de forma sistemática,<br />
em etapas, mantendo a continuidade do assunto.<br />
Continuidade: facilite a apreensão do conteúdo para o aluno,<br />
já que a temática desta revista é considerada difícil por<br />
muitas pessoas, por se tratar de escatologia. Essa etapa<br />
visa a promover a maturidade e o crescimento discente e<br />
está estritamente relacionada às anteriores na transição<br />
dos saberes e ideias.<br />
Boa aula!<br />
48 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
No início do ministério terreno de Cristo, Ele é chamado<br />
por João Batista de o Cordeiro de Deus que tira o pecado do<br />
mundo (Jo 1.29). E essa tipologia é<br />
significativa para entendermos o plano<br />
de salvação para a humanidade.<br />
O nome Cordeiro é mencionado<br />
27 vezes no Apocalipse — de fato, nenhum<br />
outro livro da Bíblia (dentre os<br />
66 existentes) cita tantas vezes o termo<br />
[cordeiro] como este. Há grande<br />
significado e completude na pessoa<br />
do Senhor Jesus (Ap 5.6; 12.11).<br />
Apocalipse é o livro do Cordeiro<br />
(Ap 5.8,12,13)! Esta verdade não<br />
invalida — tampouco diminui — o<br />
valor que o Cordeiro tem em outros<br />
livros da Escritura (Jo 1.29,36; 1 Co<br />
5.7; 1 Pe 1.19). Pelo contrário, reafirma<br />
a importância do Seu sacrifício<br />
(Êx 12.5).<br />
1. A MORTE DO CORDEIRO<br />
O Sangue — isto é, a<br />
morte sacrificial — de<br />
Jesus Cristo aplacou a<br />
ira de Deus contra nós e<br />
assegurou-nos de que Seu<br />
tratamento para conosco<br />
será propício e favorável.<br />
Daqui por diante, em<br />
lugar de mostrar-se contra<br />
nós, Ele fará por nós, em<br />
nossa vida e experiência<br />
(PACKER apud BOICE,<br />
Central Gospel,<br />
2011a, p. 273).<br />
No Éden, Deus mata um animal e tira-lhe a pele para fazer<br />
vestes para Adão e Eva. Esta ação profética prefigurava a<br />
morte do Cordeiro de Deus, que morreria em lugar e em favor<br />
de toda humanidade (Ap 13.8).<br />
Em todas as dispensações — inocência, consciência, governo<br />
humano, patriarcal, graça e governo divino (ou Milênio) —,<br />
nota-se a figura e a presença do Cordeiro. Durante a dispensação<br />
da graça, Ele é gerado pelo Espírito Santo, no útero de<br />
uma virgem chamada Maria, cumprindo, assim, literalmente<br />
a profecia de Isaías (Is 7.14); neste mesmo livro, o profeta<br />
vaticina Seu sacrifício e morte em uma das mais expressivas<br />
passagens bíblicas (Is <strong>53</strong>.5-7).<br />
1.1. O Cordeiro morreu por todos os pecadores<br />
A morte do Cordeiro foi uma demonstração plena e maravilhosa<br />
do amor de Deus em favor da humanidade (Rm 5.8;<br />
Cl 1.20). Nas palavras do apóstolo Paulo, esse amor é a expressão<br />
maior do próprio Cordeiro: e andai em amor, como<br />
também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em<br />
oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
49
Ao morrer voluntariamente na cruz pelos pecadores, o<br />
Cordeiro puro e incontaminado derramou o Seu sangue e, por<br />
meio deste, redimiu o homem dos seus pecados (Mt 26.28).<br />
A Sua morte atendeu à exigência da justiça divina (Hb 9.22).<br />
Deste modo, os ímpios — pecadores — são reconciliados com<br />
o Pai (Rm 5.8,10; Tt 2.14).<br />
Deus amou o mundo e deu o Seu Filho para morrer em favor<br />
de todos — povos, raças, tribos, línguas e nações (Jo 3.16).<br />
O Cordeiro santo morreu por toda humanidade, sem distinção<br />
(2 Co 5.15). Sua morte substitutiva propicia ao pecador arrependido<br />
a absolvição dos delitos cometidos (Is <strong>53</strong>.10-12).<br />
1.2. O Cordeiro morreu para dar vida aos que<br />
nele creem<br />
O filho pródigo, quando retornou à casa, maltrapilho, envergonhado<br />
e cabisbaixo, devido às decisões que tomara,<br />
ouviu a voz amorosa do pai: Mas era justo alegrarmo-nos e<br />
regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu;<br />
tinha-se perdido e foi achado (Lc 15.32).<br />
O homem foi criado imortal, mas, por ter desobedecido a<br />
uma ordem expressa de Deus, o pecado entrou no mundo e,<br />
com ele, a vergonha, o medo, a desordem e a expulsão do<br />
primeiro casal do jardim do Éden; todavia, a pior de todas as<br />
consequências foi a morte — espiritual e física (Rm 5.12).<br />
A morte vicária do Cordeiro revela, acima de tudo, a graça<br />
de Deus: Jesus desceu do céu e veio à terra, onde se encontravam<br />
os homens — mortos em delitos e pecados (Ef 2.1<br />
ARA) — para, por Seu infinito amor e misericórdia, vivificá-los<br />
juntamente com Ele (Ef 2.5).<br />
A morte do Cordeiro trouxe, ainda, vida abundante aos que<br />
aceitam a Cristo como Salvador (Jo 10.10). Tudo se torna novo<br />
na vida daquele que recebe a nova vida conquistada pelo Cordeiro<br />
de Deus que tira (mata) o pecado do mundo (Jo 1.29).<br />
Receber o Cordeiro — que ressuscitou e vive para sempre<br />
— e permanecer nele significa tornar-se uma nova criatura e<br />
implica adotar uma nova maneira de pensar, sentir e agir (2<br />
Co 5.17).<br />
1.3. O Cordeiro morreu para aproximar homens e<br />
mulheres de Deus<br />
Antes da morte vicária de Cristo na cruz, o ser humano<br />
encontrava-se totalmente perdido e longe de Deus. O pecado<br />
separa e distancia homens e mulheres do olhar do Altíssimo<br />
— nas palavras do profeta Isaías: vossos pecados encobrem o<br />
seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2).<br />
No plano espiritual, só existem duas classes de pessoas: as<br />
que estão perto de Deus e as que estão longe. Deus não deseja<br />
que ninguém, absolutamente ninguém, esteja distanciado dele<br />
e se perca, sem conhecer a verdade salvadora.<br />
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Estrada do Guerenguê, 1851<br />
Taquara - Rio de <strong>Jane</strong>iro - RJ<br />
CEP: 22713-001<br />
PEDIDOS: (21) 2187-7000<br />
www.editoracentralgospel.com<br />
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O que é o homem? De onde veio? Foi<br />
criado por Deus, ou evoluiu da matéria e<br />
de outras espécies menos complexas?<br />
Que aspectos da humanidade demonstram<br />
que o ser humano foi criado à imagem<br />
e semelhança de seu Criador? A Queda<br />
corrompeu essa imagem? O que implicou<br />
a obra salvífica de Cristo?<br />
Esses e outros pontos são abordados<br />
de forma sucinta e prática neste livro, em<br />
que se ressalta que o ser humano foi feito<br />
à imagem e semelhança do Criador, é coroa<br />
da criação, e alvo da obra salvífica de<br />
Cristo, que lhe assegurou a expiação dos<br />
pecados, religou-o a Deus e transformou-<br />
-o em nova criatura, para habitar em novos<br />
céus e nova terra, pela eternidade ao<br />
lado de seu Senhor e Salvador.<br />
internacional e pastor evangélico.<br />
ISBN: 978-85-7689-202-1<br />
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O Cordeiro veio salvar e buscar os que estavam perdidos,<br />
segundo a ótica e perspectiva humanas (Lc 19.10): os perdidos<br />
no deserto do mundo (Lc 15.4); os que se perderam<br />
dentro de casa (Lc 15.8); e também os perdidos que abandonaram<br />
a casa do Pai (Lc 15.32).<br />
Deus, provavelmente, matou<br />
2. A IGREJA DO CORDEIRO<br />
um cordeiro e daquele cordeiro<br />
Um dos principais objetivos obteve vestimentas de pele<br />
do nascimento do Cordeiro foi a para vestir a nudez tanto física<br />
fundação e edificação da Igreja:<br />
como espiritual de Adão e Eva<br />
Deus a projetou em Seu coração;<br />
fundou-a em Cristo; e inaugurou- (Gn 3.7), o que representa as<br />
-a pela ação do Espírito Santo no vestes de justiça que Jesus dá<br />
Pentecostes. Desde então, ela vem aos pecadores arrependidos<br />
sendo edificada, a cada dia (Mt (Rm 4.6; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21;<br />
16.18).<br />
Fp 3.9) (WILLMINGTON, H. L.<br />
No Livro do Apocalipse, a Igreja<br />
do Cordeiro ocupa dois capítulos inteiros,<br />
que somam um total de 51<br />
Central Gospel, 2015, p. 95).<br />
versículos (Ap 2; 3). Depois da família,<br />
a Igreja — que é constituída de pessoas redimidas, justificadas<br />
e santificadas pelo sangue do Cordeiro — ocupa posição<br />
privilegiada na sociedade.<br />
2.1. O Cordeiro é o Cabeça da Igreja<br />
Os membros da Igreja formam um corpo, cujo Cabeça (líder)<br />
é Cristo (Ef 5.23). O Senhor zela por sua manutenção, ou<br />
seja, Ele trabalha no sentido de fazê-la receber os benefícios<br />
outorgados pela unidade de seus membros, vindo, assim, a<br />
apropriar-se dos tesouros do conhecimento e da revelação.<br />
O Cabeça da Igreja — a quem todas as coisas estão sujeitas,<br />
inclusive as forças angelicais (Cl 2.10) — pode salvar o<br />
Corpo (Ef 5.22,23), pois é Senhor e Cristo (At 2.36). Em outras<br />
palavras: a Igreja cresce, frutifica e expande-se por meio do<br />
Cordeiro (Ef 1.22; 4.15).<br />
A FUNÇÃO DA CABEÇA E SEU SIMBOLISMO<br />
Na cabeça estão os olhos (Ap 1.14)<br />
Na cabeça está a boca (Mt 4.4)<br />
Na cabeça está a mente (1 Co 2.16)<br />
Da cabeça emana a autoridade sobre o corpo (Ef 1.22,23)<br />
A cabeça é a parte do corpo que recebe a coroa (Hb 2.9)<br />
A cabeça é a fonte de poder do corpo (Mt 28.18)<br />
Sobre a cabeça está a unção (At 10.38)<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
51
2.2. A Igreja do Cordeiro é perseverante<br />
A incipiente Igreja do Cordeiro dava os seus primeiros<br />
passos em Jerusalém (At 2.46). Conforme foi agregando novos<br />
membros, passou a reunir-se como corpo (Rm 12.4,5);<br />
família de Deus (1 Jo 3.1-10); e rebanho, conduzido por um<br />
único Pastor (Jo 10.16; 1 Pe 5.4). Com a direção do Espirito<br />
Santo, os novos conversos e cristãos viviam na doutrina dos<br />
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações<br />
(At 2.42).<br />
2.2.1. Na doutrina apostólica<br />
Alicerçada na Palavra, a Igreja primitiva conservava os<br />
princípios apostólicos, mantendo-se vigilante contra os falsos<br />
mestres enviados por Satanás (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 4.2); contra<br />
os falsos profetas (Mt 7.15,16; 2 Ts 2.3,9,10); e contra os caminhos<br />
falsos (Cl 2.18,23; Sl 119.118).<br />
A Igreja do Cordeiro retinha o ensino apostólico — a doutrina<br />
das Escrituras (2 Pe 1.21; 2 Tm 3.15-17) — relacionado à<br />
divindade de Cristo (Jo 1.1-3); à salvação pela graça (Ef 2.8);<br />
ao batismo em águas (Mt 28.19; At 10.47,48); ao batismo com<br />
o Espírito Santo (At 10.44-46); à Trindade divina (Mt 28.19);<br />
e à segunda vinda de Cristo (1 Ts 4.16,17).<br />
2.2.2. Nas orações<br />
Deus pode falar ao homem de várias maneiras, mas o homem<br />
tem na oração seu principal meio de comunicação com<br />
o Pai (Sl 6.9). A Igreja do Cordeiro revela sua perseverança<br />
quando ora em todo o tempo (1 Ts 5.17): pela manhã (Mc<br />
1.35); em ocasiões emergenciais (Jo 11.41,42); diante das<br />
tentações (Lc 22.41,42); em tempos de paz ou de guerra (Lc<br />
22.41,42); para demonstrar gratidão (Mt 11.25-27) ou interceder<br />
(Jo 17.1-26).<br />
2.2.3. Na comunhão e no partir do pão<br />
A Igreja do Cordeiro demonstra o amor ágape (Jo 13.34):<br />
no ser de Cristo; no estar em Cristo; no amar em Cristo; e na<br />
unidade em Cristo — Pai, Cordeiro e Igreja, todos em perfeita<br />
comunhão (Jo 17.21). Em unanimidade, em todos os lugares,<br />
a Igreja do Cordeiro vive com alegria e simplicidade (At 2.46).<br />
2.2.4. Na proclamação do evangelho<br />
A Igreja mantém-se perseverante, quando obedece ao<br />
mandato do Cordeiro (Mc 16.15), consciente de que o evangelho<br />
é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê<br />
52 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
(Rm 1.16). Assim, tenazmente, dedica-se ao evangelismo e às<br />
missões, ganhando para Cristo pessoas em todos os lugares,<br />
em todo o tempo, enquanto é dia (Jo 9.4).<br />
3. A GLÓRIA DO CORDEIRO<br />
João contemplou quatro seres celestiais e vinte e quatro<br />
anciãos ajoelhados diante do Cordeiro, com harpas e taças de<br />
ouro nas quais estavam depositadas<br />
as orações dos santos (Ap 5.8).<br />
Todos entoavam um novo cântico<br />
ao Senhor (Ap 5.9,10). Em seguida,<br />
uma forte e grande voz de milhões<br />
e milhões de anjos e de todos os<br />
que ali habitam declaravam a dignidade<br />
do Cordeiro (Ap 5.11,12).<br />
Tudo e todos no céu têm um único<br />
objetivo: render glórias ao Cordeiro<br />
por Sua dignidade (Ap 5.8-14),<br />
isto porque Ele venceu todos os Seus<br />
inimigos e recebeu outra vez a glória<br />
que era Dele (Jo 17.1-10).<br />
O Cordeiro santo (Ap 3.7), fiel<br />
(1 Ts 5.24), inocente (Mt 27.4), justo<br />
(At 22.14) e misericordioso (Hb<br />
2.17) é glorificado no céu, na terra<br />
e debaixo da terra (Fp 2.9,10),<br />
pelo que Ele é, não apenas pelo que Ele faz. E Ele virá outra<br />
vez para ser glorificado em Seus santos (2 Ts 1.10).<br />
CONCLUSÃO<br />
A morte do Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, é o maior e<br />
mais valioso evento na história humana. As profecias se cumpriram<br />
literalmente.<br />
O sangue inocente e poderoso que Cristo derramou na<br />
cruz foi suficiente para: satisfazer a justiça divina; redimir o<br />
homem da condenação do inferno; e conceder-lhe vida eterna,<br />
pela fé em Seu sacrifício (1 Jo 1.7; At 16.31).<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
A dignidade divina baseia-se<br />
nas seguintes realidades (Ap<br />
4.11):<br />
Ele é Criador de tudo quanto<br />
existe — causa primeira.<br />
Ele é o Preservador e<br />
sustentador da Criação.<br />
Ele é a causa final de todas<br />
as coisas — pelo prazer<br />
e vontade criou tudo.<br />
(Adaptado de: Bíblia de Estudo<br />
Matthew Henry. Central Gospel,<br />
2014, p. 2110).<br />
1. Qual é a importância da simbologia de Cristo como Cordeiro<br />
de Deus?<br />
R.: É importante porque representa a substituição e expiação<br />
do pecador diante de Deus (Jo 1.29).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
<strong>53</strong>
Lição 8<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
O Tribunal de Cristo<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
1 Coríntios 3.12-15<br />
12 - E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata,<br />
pedras preciosas, madeira, feno, palha,<br />
13 - a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque<br />
pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.<br />
14 - Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá<br />
galardão.<br />
15 - Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será<br />
salvo, todavia como pelo fogo.<br />
2 Coríntios 5.7-10<br />
7 - (Porque andamos por fé e não por vista.).<br />
8 - Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar<br />
com o Senhor.<br />
9 - Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes,<br />
quer ausentes.<br />
10 - Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que<br />
cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem<br />
ou mal.<br />
54 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
Mas tu, por que<br />
julgas teu irmão? Ou<br />
tu, também, por que<br />
desprezas teu irmão?<br />
Pois todos havemos<br />
de comparecer ante o<br />
tribunal de Cristo.<br />
Romanos 14.10<br />
OBJETIVOS<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – 1 Coríntios 4.1-5<br />
Despenseiros fiéis<br />
3ª feira – 1 Coríntios 9.22-27<br />
Coroa incorruptível<br />
4ª feira – Hebreus 11.24-27<br />
Buscava uma recompensa maior<br />
5ª feira – Hebreus 12.1-11<br />
Perseverança na trajetória<br />
6ª feira – Apocalipse 21.1-8<br />
O vencedor herdará todas as coisas<br />
Sábado – Apocalipse 22.6-12<br />
Galardão segundo a sua obra<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
estimular todos os cristãos a dedicarem-se, intensamente,<br />
às boas obras;<br />
desempenhar com excelência as obras que glorificam a<br />
Deus, com aproveitamento das oportunidades;<br />
conscientizar os crentes salvos que as recompensas, prêmios,<br />
galardões e coroas são destinados aos servos fiéis na<br />
eternidade.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Preparar a aula com antecedência revela o nível de dedicação<br />
e zelo de todo educador cristão. Quando o professor age<br />
desta maneira, os alunos absorvem melhor o conteúdo e, além<br />
disso, podem realizar novos exercícios, elaborar tarefas em<br />
casa, ou fazer uma redação sobre o tema apresentado. Esse<br />
conjunto de medidas melhora a organização do conteúdo e<br />
otimiza o tempo em sala de aula.<br />
Tenha em mente que uma aula não se restringe à quantidade<br />
de conhecimentos ou informações passadas; uma aula<br />
deve ser, acima de tudo, transformadora.<br />
A aprendizagem sempre será seguida de mudança de conduta<br />
[...]. Uma transformação sempre ocorre no nosso interior<br />
quando aprendemos algo novo [...]. O aprendizado resulta [...]<br />
na abertura de um leque imenso de oportunidades para que a<br />
pessoa, outrora relegada a uma existência sem sentido e deletéria,<br />
agora tenha diante de si um futuro promissor (CHAVES, G.<br />
Central Gospel, 2012, p. 58,9).<br />
Boa aula!<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
55
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Os julgamentos do Senhor foram estabelecidos tanto para<br />
o bem como para o mal. Do Gênesis ao Apocalipse, encontramos<br />
Sua perfeita justiça em ação. Após a Queda, no Éden, na<br />
condição de Juiz supremo, Deus declarou Seu primeiro juízo<br />
sobre a serpente, a mulher e a Terra (Gn 3.14-19).<br />
A linha dos juízos divinos percorre toda a Escritura e culmina<br />
na realização do último julgamento: o Juízo Final ou o Juízo<br />
do trono branco.<br />
As Escrituras destacam cinco juízos divinos que acontecerão<br />
no futuro: o juízo sobre Israel e as nações gentias, antes<br />
do Milênio (Mt 25.31-46); o juízo sobre os anjos, pela Igreja (1<br />
Co 6.3); o juízo sobre Satanás (Ap 20.3,10) e o juízo da humanidade<br />
perdida diante do trono branco (Ap 20.11-15).<br />
Nesta lição, estudaremos o juízo da Igreja ou o Tribunal de<br />
Cristo (2 Co 5.10).<br />
1. LUGAR E TEMPO DO JULGAMENTO<br />
Não encontramos na Bíblia a localização exata deste<br />
tribunal. Não há referência que indique um ponto específico;<br />
porém, acredita-se que este ocorrerá<br />
nas regiões celestiais (Ef 1.20; 2.6).<br />
Pode-se afirmar que não se dará na<br />
terra, pois, nesta época, os que dele<br />
participarão já terão sido arrebatados<br />
por Jesus para as moradas celestiais<br />
(Jo 14.2).<br />
Com certeza, será um lugar especial,<br />
preparado por Deus exclusivamente<br />
para avaliar as obras<br />
de todos os crentes. Para muitos,<br />
será uma cerimônia de premiação,<br />
de recompensas e galardões; todavia,<br />
para aqueles cujas obras forem<br />
queimadas, quando julgadas, será<br />
lugar de vergonha (1 Co 3.12-15).<br />
Acerca da ocasião, ocorrerá após o arrebatamento da<br />
Igreja, preenchendo o panorama profético dos últimos dias. A<br />
cronologia dos eventos escatológicos terá o seu cumprimento<br />
literal em todos os seus detalhes, da mesma forma como se<br />
cumpriram todos os vaticínios messiânicos na pessoa bendita<br />
do Senhor Jesus (Lc 24.44-48).<br />
Deus tem um propósito para<br />
cada cristão e as obras fazem<br />
parte desse plano. Contudo,<br />
nossa insensibilidade em<br />
relação aos planos divinos<br />
e nossa preguiça são tão<br />
grandes, que nós sempre<br />
tentamos escapar dessa<br />
obrigação (BOICE, J. Central<br />
Gospel, 2011, p. 435).<br />
56 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.1. O lugar está pronto<br />
A palavra tribunal remete a duas O Tribunal de Cristo será<br />
sentenças autoexcludentes: condenação<br />
e/ou absolvição. O Tribunal profético, que vai<br />
um evento escatológico,<br />
de Cristo, entretanto, é o lugar em<br />
ocorrer em um lugar<br />
que a justiça — relacionada ao serviço<br />
prestado ao Senhor — será feita.<br />
preparado por Deus,<br />
onde o Senhor Jesus<br />
Nesse lugar santo, todos os presentes<br />
estarão alegres e felizes.<br />
estará com Sua Igreja<br />
para julgar as obras<br />
A primeira razão da alegria devede<br />
cada um na terra<br />
-se ao fato de, no Tribunal de Cristo,<br />
só estarem os salvos e vitoriosos<br />
(CAITANO, J. Central<br />
desta vida. Nosso Salvador, como<br />
Gospel, 2010, p. 79).<br />
Ele mesmo predisse, será também o<br />
nosso Juiz (Jo 5.22). A segunda razão<br />
é que o Senhor Jesus, pessoalmente, dará aos servos fiéis os<br />
seus respectivos galardões (Ap 22.12). Significa dizer que o<br />
Tribunal de Cristo é um lugar de glória, festa e regozijo pela premiação<br />
que os santos receberão.<br />
1.2. A hora está marcada<br />
Não se sabe exatamente quando se dará esse evento escatológico,<br />
mas podemos ter a certeza de que ele se cumprirá<br />
no tempo determinado pelo Pai (At 1.7), como transcorreu<br />
em todos os outros acontecimentos proféticos. O que o cristão<br />
precisa saber é que, após o Arrebatamento, os fiéis irão com<br />
Cristo para o lugar desse julgamento, ou seja, para o Tribunal<br />
do seu Senhor (2 Co 5.10).<br />
Assim como não sabemos quando Jesus virá outra vez — o<br />
próprio Senhor comparou Sua segunda vinda à chegada de um<br />
ladrão, ou seja, ela se dará de forma inesperada (Mt 24.42-44)<br />
—, não sabemos a hora exata em que seremos julgados, só<br />
Ele sabe (Mc 13.35). Significa dizer que a vigilância é essencial<br />
ao crente.<br />
Para não sermos surpreendidos, devemos: vigiar; orar; pregar<br />
o evangelho; ganhar almas para Jesus; e guardar o que<br />
Dele temos recebido, servindo-o com fidelidade e integridade,<br />
para que ninguém, em absoluto, tome a coroa que Ele tem<br />
para nos dar naquele dia e lugar (Ap 3.11).<br />
1.3. Todos os cristãos comparecerão perante o<br />
Tribunal de Cristo<br />
Ao ensinar sobre o Tribunal de Cristo, o apóstolo Paulo<br />
referiu-se a um julgamento pelo qual a Igreja passará — ele<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
57
DE QUE MANEIRA OS FIÉIS<br />
SERVIRAM AO SENHOR<br />
PARA SEREM PREMIADOS?<br />
Com alegria (Sl 100.2)<br />
Com fervor (Rm 12.11)<br />
Com humildade (At 20.19)<br />
Com todo o coração (Js 22.5)<br />
Com lágrimas (At 20.19)<br />
Com temor (Dt 6.13)<br />
Com santidade (2 Cr 30.8)<br />
mesmo incluiu-se neste evento,<br />
quando disse: todos devemos comparecer<br />
ante o Tribunal de Cristo (2<br />
Co 5.10a).<br />
Todos os salvos, de todos os povos,<br />
tribos e nações; de todas as épocas<br />
e nacionalidades — homens, mulheres<br />
ou crianças — estarão nesse<br />
tribunal para serem recompensados.<br />
2. FINALIDADES DO<br />
TRIBUNAL DE CRISTO<br />
Antes de estudarmos sobre<br />
as finalidades do Tribunal de Cristo, precisamos estabelecer<br />
a diferença entre o julgamento que se dará diante do Tribunal<br />
de Cristo (2 Co 5.10) e o julgamento que acontecerá diante do<br />
trono branco (Ap 20.11-15).<br />
No Tribunal de Cristo, o foco não é a condenação eterna,<br />
mas, como dito anteriormente, a recompensa dos salvos.<br />
Logo, esse julgamento não está relacionado à salvação, mas às<br />
obras de cada crente, salvo.<br />
O crente recebe a salvação, com direito à vida eterna, no momento<br />
em que se encontra com Cristo, arrepende-se dos seus<br />
pecados e, pela fé, recebe-o como Salvador. Neste momento<br />
especial, ocorre o novo nascimento (Jo 3.36), ou seja, a salvação<br />
acontece agora, pela graça, mediante a fé (Jo 6.47; Ef 2.8,9).<br />
Quanto ao galardão, é algo que ocorrerá no futuro, precisamente<br />
diante desse tribunal (Rm 3.8). Nessa ocasião, não haverá<br />
memória de falhas ou pecados (Hb 10.17), mas as obras<br />
dos fiéis serão julgadas (1 Jo 4.17). Apesar de ninguém ser<br />
salvo pelas obras praticadas (Ef 2.9), seremos devidamente<br />
recompensados por elas (Cl 3.24).<br />
No trono branco, em contrapartida, se dará o Juízo Final.<br />
Ali, os pecadores serão sumariamente condenados (Ap<br />
20.11-15).<br />
2.1. Julgar as obras<br />
Pessoas não serão julgadas diante do Tribunal de Cristo:<br />
nem os santos, nem os ímpios. Nesse tribunal, os pecadores<br />
ímpios não estarão presentes, apenas a Igreja.<br />
O primeiro objetivo desse tribunal será julgar todas as<br />
obras praticadas pelos salvos, durante sua peregrinação na<br />
terra: o que fizeram; como fizeram; suas intenções, motivações<br />
e propósitos.<br />
58 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
As obras serão submetidas a julgamento, para fins de concessão<br />
de galardões ou recompensas pelo trabalho prestado<br />
ao Senhor.<br />
2.2. Recompensar os fiéis<br />
A segunda finalidade do Tribunal de Cristo será homenagear,<br />
honrar, recompensar, gratificar e galardoar todos os que<br />
tomaram sua cruz e carregaram-na por onde estiveram; todos<br />
os que receberam a semente, deixaram seus lares, sua<br />
zona de conforto, e saíram pelas cidades, vilas, aldeias e caminhos<br />
inóspitos, semeando a semente das boas-novas de<br />
Deus aos homens (Sl 126.6); todos os que ajudaram o pobre,<br />
socorreram os necessitados, levantaram os caídos, restauraram<br />
o caráter e edificaram o Corpo de Cristo; enfim, todos os<br />
que foram fiéis e trabalharam incansavelmente na obra do<br />
Senhor (Sl 41.1-3).<br />
3. JESUS VIRÁ COM RECOMPENSAS E<br />
GALARDÕES PARA OS FIÉIS<br />
E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo<br />
para dar a cada um segundo as suas obras (Ap 22.12). O Tribunal<br />
de Cristo será revestido de glória indescritível, pois o<br />
Senhor Jesus estará presente; visível, acessível, poderoso!<br />
Ele não enviará um anjo, nem um querubim, nem um serafim,<br />
nem um arcanjo. Ele disse: virei outra vez e vos levarei para<br />
mim mesmo (Jo 14.3), e Paulo confirmou: o mesmo Senhor<br />
descerá do céu (1 Ts 4.16).<br />
E o Senhor Jesus não virá com as mãos vazias. Aquelas<br />
benditas, santas e poderosas mãos que curaram os enfermos<br />
(Mc 1.41), levantaram os caídos, ressuscitaram os mortos (Lc<br />
7.14), receberam os pequeninos, fortaleceram os discípulos,<br />
partiram o pão e alimentaram milhões (Jo 6.11); aquelas<br />
mãos que não rejeitaram o madeiro, nem se esquivaram da<br />
maldição da cruz (Jo 19.71), mas, antes, entregaram-se voluntariamente<br />
ao furor dos cravos, salvando milhões de seres<br />
humanos (Zc 13.6); essas mesmas mãos coroarão o fiel, que<br />
trabalhou, fez o bem, exaltou e glorificou o Senhor (2 Tm 4.8).<br />
Enquanto as mãos de Jesus estiverem colocando o galardão<br />
sobre a cabeça do fiel, os céus irromperão em glórias, louvores<br />
e adoração (Sl 95.6).<br />
3.1. Coroas para os salvos<br />
O Rei dos reis e Senhor dos senhores, que recebeu uma<br />
coroa de espinhos por escárnio (Jo 19.2), agora, no Tribunal,<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
59
A firmeza se destaca em<br />
assumirmos um propósito<br />
específico na obra de<br />
Deus, não desistindo e<br />
nem voltando atrás, mas<br />
sendo perseverantes<br />
[...], servir a Deus não é<br />
um trabalho inútil. Todo<br />
serviço ao Reino de Deus<br />
gera resultados que, na<br />
maioria das vezes, só serão<br />
plenamente medidos na<br />
eternidade (MALAFAIA, S.<br />
Central Gospel, 2012, p.<br />
52,3).<br />
com muitos diademas sobre Sua<br />
cabeça (Ap 19.12), procederá à entrega<br />
dos prêmios e galardões, coroando<br />
pessoalmente todos os crentes<br />
fiéis.<br />
Eis as principais coroas dos salvos:<br />
a coroa da vida, para aqueles que<br />
viveram como mártires (Tg 1.12);<br />
a coroa da glória, para os pastores<br />
fiéis (1 Pe 5.4);<br />
a coroa da justiça, para os que<br />
amaram a vinda do Senhor (2 Tm<br />
4.7,8);<br />
a coroa da alegria, para os ganhadores<br />
de almas (1 Ts 2.19,20);<br />
a coroa da incorruptibilidade, para<br />
o autodomínio (1 Co 9.25-27).<br />
CONCLUSÃO<br />
Tudo o que fazemos dentro da vontade Deus — social, material<br />
ou espiritualmente —, a despeito de quantidade ou valor,<br />
será recompensado.<br />
As obras dos salvos aparecem na Bíblia como sendo de ouro,<br />
prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha (1 Co 3.11-15).<br />
As obras qualificadas como ouro, prata ou pedras preciosas receberão<br />
premiação; as que forem qualificadas como madeira,<br />
feno ou palha, todavia, apesar de não invalidarem a salvação,<br />
nem levarem o crente a sofrer o castigo de uma eternidade<br />
sem Deus, farão com que ele perca o seu galardão, já que não<br />
resultaram em valor duradouro.<br />
Todos nós recebemos do Senhor algum talento para ser<br />
investido em Sua obra; portanto, meus amados irmãos, sede<br />
firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor,<br />
sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co<br />
15.58). E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu<br />
tempo ceifaremos [no Tribunal de Cristo]; se não houvermos<br />
desfalecido (Gl 6.9).<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Quantos tipos de julgamentos são descritos nas Escrituras?<br />
R.: O juízo sobre Israel e as nações gentias, antes do Milênio<br />
(Mt 25.31-46); o juízo sobre os anjos, pela Igreja (1 Co 6.3);<br />
o juízo sobre Satanás (Ap 20.3,10); o juízo da humanidade<br />
perdida diante do trono branco (Ap 20.11-15); e o juízo da<br />
Igreja ou o Tribunal de Cristo (2 Co 5.10).<br />
60 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Lição 9<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
As Bodas do Cordeiro<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 19.7-10<br />
7 - Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são<br />
as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.<br />
8 - E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque<br />
o linho fino são as justiças dos santos.<br />
9 - E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à<br />
ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras<br />
de Deus.<br />
10 - E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças<br />
tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus;<br />
adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia<br />
2 Coríntios 11.2<br />
2 - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado<br />
para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber,<br />
a Cristo.<br />
Efésios 5.27<br />
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,<br />
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.<br />
Lucas 12.35-37<br />
35 - Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.<br />
36 - E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando<br />
houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam<br />
abrir-lhe.<br />
37 - Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar<br />
vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa,<br />
e, chegando-se, os servirá.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
61
TEXTO ÁUREO<br />
Regozijemo-nos,<br />
e alegremo-nos, e<br />
demos-lhe glória,<br />
porque vindas<br />
são as bodas do<br />
Cordeiro, e já a sua<br />
esposa se aprontou.<br />
Apocalipse 19.7<br />
OBJETIVOS<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Juízes 14.12-17<br />
Bodas celebradas por sete dias<br />
3ª feira – Cantares 2.1-4<br />
A sala do banquete<br />
4ª feira – Mateus 8.5-13<br />
Assentar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó<br />
5ª feira – Mateus 22.1-14<br />
Sem as vestes nupciais<br />
6ª feira – Mateus 25.1-6<br />
A chegada do esposo<br />
Sábado – Apocalipse 19.1-9<br />
Felizes são os convidados para as Bodas<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
compreender biblicamente que a Igreja é a Noiva de Cristo<br />
e se tornará a Esposa do Cordeiro;<br />
identificar, de acordo com a concepção bíblica, as características<br />
de uma noiva que espera a chegada do noivo;<br />
descrever o amor do Noivo e da Noiva, cujo clímax se dará<br />
na glória do maior casamento de todos os tempos.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Inicie a aula dividindo a lousa em duas partes: na parte<br />
direita, escreva casamento; na outra, preparativos. Use o método<br />
de perguntas e respostas.<br />
Dirija-se aos alunos, individualmente, e pergunte a cada<br />
um deles: qual a sua concepção de casamento. Oriente-os sobre<br />
o que a Bíblia diz acerca do assunto e, em seguida, sobre<br />
quais são os preparativos para esse grande dia.<br />
Selecione algumas respostas e escreva os conceitos na lousa;<br />
então, trabalhe-os no contexto da aula, fazendo uma analogia<br />
com as bodas do Cordeiro.<br />
Não é à toa que Jesus utilizou-se do método de perguntas,<br />
que também é chamado de método catequético. Por meio desse<br />
recurso, o professor pode avaliar o nível de interesse e o conhecimento<br />
da classe ou de um aluno em particular [...]. Com<br />
esse método, o Mestre conferia grande praticidade às Suas<br />
preleções e ensinava de modo enfático grandes verdades do<br />
Reino de Deus (CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 36,7).<br />
Boa aula!<br />
62 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Deus criou o homem e a mulher com Suas próprias mãos<br />
— como pessoas adultas — e uniu-os em santo matrimônio<br />
(Gn 2.24).<br />
No final dos tempos, após o Tribunal de Cristo, Deus celebrará<br />
outra união, como no início. Será o grande casamento:<br />
grande em amor, felicidade, alegria, significado, beleza, glória,<br />
louvor, reverência, mistério e santidade! Esse matrimônio<br />
chama-se as bodas do Cordeiro; nele, o Senhor Jesus será<br />
o Noivo, e a Igreja, a Noiva (Ap 19.7).<br />
1. CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO JUDAICO<br />
O casamento judaico era uma ocasião de grande júbilo<br />
familiar (Jr 33.11). Os nubentes usavam trajes especiais nesse<br />
dia (Is 61.10; Ez 16.9-13).<br />
A noiva usava um fino vestido, em<br />
geral adornado com joias e outros<br />
ornamentos (Sl 45.14,15; Is 61.10),<br />
e um véu (Gn 24.65; Ct 4.3), que era<br />
removido no aposento nupcial — isto<br />
explica a necessidade de Rebeca ter-<br />
-se coberto com véu na presença de<br />
Isaque, seu noivo (Gn 24.65), como<br />
também explica o fato de Labão ter<br />
encontrado certa facilidade para trocar<br />
Raquel por Leia, sua filha mais velha,<br />
na noite do casamento com Jacó<br />
(Gn 29.23-25). O noivo, por sua vez,<br />
geralmente trajava roupas finas e<br />
um diadema (Ct 3.11; Is 61.10).<br />
Em paralelo, a nação<br />
de Israel e a Igreja são<br />
comparadas a uma noiva,<br />
observando-se suas<br />
diferenças: (1) a nação de<br />
Israel é descrita como uma<br />
esposa imoral (Is 54.5,6;<br />
Ez 16.28; Os 2.2; 5.3;9.1);<br />
(2) a Igreja é descrita como<br />
uma noiva pura e virgem<br />
(2 Co 11.2) (Adaptado de:<br />
WILLMINGTON, H. L. Central<br />
Gospel, 2015b, p. 85).<br />
1.1. Procedimentos do jovem pretendente<br />
Segundo a tradição hebraica, na maior parte das vezes, o<br />
pai dizia ao seu filho com qual moça ele deveria se casar; de<br />
outra parte, a jovem teria o marido escolhido por seu pai (1<br />
Sm 18.17-28). Em outras ocasiões, no entanto, o rapaz poderia<br />
contrair matrimônio com a moça por quem se interessasse (Jz<br />
14.1-3). A partir de então, a proposta de casamento era feita<br />
— por meio de um contrato (legal e verdadeiro), no qual se estabeleciam<br />
os termos do acordo. O mais importante a ser considerado<br />
na transação era o preço que o noivo estava disposto<br />
a pagar para desposar aquela noiva em particular (Gn 34.12).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
63
Depois de firmado o contrato, o noivo pagava o valor estipulado<br />
e, depois, partia. Historiadores informam que o noivo<br />
deveria fazer um breve discurso à noiva, dizendo: eu vou preparar<br />
lugar para você (Jo 14.2). De volta à casa de seu pai, o<br />
noivo deveria construir para a noiva uma câmara nupcial, na<br />
qual passariam a lua de mel.<br />
Se alguém visse o noivo trabalhando para concluir sua<br />
câmara nupcial, e porventura lhe perguntasse quando seria<br />
o grande dia, ele deveria responder: só meu pai sabe<br />
(Mt 24.36).<br />
1.2. Deveres da noiva pretendida<br />
Nesse período, a noiva era considerada consagrada, separada<br />
e comprada por preço. Ela não poderia retirar o véu,<br />
símbolo do seu compromisso (Gn 24.65).<br />
A noiva estaria obrigada a esperar pacientemente pelo dia<br />
do matrimônio. Nesse ínterim — além de preparar o enxoval<br />
e organizar todas as coisas, até que o noivo viesse buscá-la —,<br />
a noiva deveria convocar suas irmãs, suas melhores amigas e<br />
todos aqueles que seguiriam com ela para as bodas.<br />
Segundo a tradição, a noiva deveria ter consigo uma lâmpada<br />
com azeite, para o caso de o noivo demorar a chegar, ou<br />
para o caso de ele chegar tarde da noite — ela deveria estar<br />
pronta para partir, assim que fosse solicitada, e isso poderia<br />
acontecer de um momento para o outro, sem prévio aviso (Mt<br />
25.6).<br />
A Noiva do Cordeiro ficará<br />
sete anos no céu, na casa<br />
do Pai, e depois virá. Desta<br />
vez, com seu Esposo, e<br />
todos conhecerão a mais<br />
formosa entre as mulheres<br />
(Ct 6.1; Jd 1.14).<br />
1.3. É chegada a hora das bodas<br />
Os amigos do noivo eram obrigados a dar um sinal à noiva,<br />
quando se aproximassem da casa dela, que poderia ser um<br />
grito: aí vem o esposo! (Mt 25.6) — ao ouvir o brado, ela saberia<br />
que a hora das bodas chegara.<br />
Ao se encontrarem, os nubentes entravam na câmara nupcial<br />
e trancavam a porta para consumar o casamento. Algum<br />
amigo ou parente ficava à porta, pelo lado de fora, para vigiá-<br />
-la, a fim de garantir que eles não seriam<br />
incomodados. Enquanto isso, o<br />
pai do noivo recebia os convidados<br />
para as bodas.<br />
Passados sete dias, os noivos saíam<br />
da câmara nupcial e eram anunciados<br />
por alguém que estivesse junto<br />
à porta (Gn 29.27,28; Jz 14.12; Jo<br />
2.2-10). Nesta ocasião, a noiva apresentava-se<br />
sem o véu, por já estar<br />
desposada.<br />
64 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
A aparição dos recém-casados na festa era celebrada com<br />
uma ceia em homenagem ao casal.<br />
2. O AMOR DO NOIVO E DA NOIVA<br />
A essência de todo e qualquer casamento reside na maior<br />
de todas as virtudes: o amor (1 Co 13.1-13). O amor é o vínculo<br />
da perfeição, pois reveste os cônjuges de afeto, misericórdia,<br />
bondade, humildade, mansidão e longanimidade (Cl 3.14) e reveste<br />
a união conjugal de beleza, força e estabilidade.<br />
O amor do Noivo pela Noiva é infinitamente superior ao<br />
amor storge (grego = amizade entre familiares); philia (grego<br />
= companheirismo) ou eros (grego = amor romântico ou<br />
sensual, associado à atração física, ao prazer e ao ato sexual<br />
propriamente dito).<br />
O amor de Cristo pela Igreja — Sua futura esposa — é ágape<br />
(grego = divino e puro).<br />
2.1. Características do amor do Noivo<br />
Agostinho disse que, no céu, o amor que recebermos de<br />
Deus para a nossa alma transbordará para nosso novo corpo<br />
ressurreto em uma torrente de prazer (KREEFT; TACELLI. Central<br />
Gospel, 2008, p. 418).<br />
O amor (ágape) do Noivo (Jesus) possui as seguintes características:<br />
sacrificial — porque Ele entregou-se, deu-se por sua Noiva,<br />
a Igreja (Ef 5.25);<br />
incondicional — porque não há qualquer exigência ou cobrança<br />
(Is <strong>53</strong>.7);<br />
intenso, robusto, crescente e edificante (Ef 4.16);<br />
provedor — porque Ele supre as necessidades da Noiva,<br />
em todas as áreas (Ef 5.29);<br />
purificador, com mensagens extraídas da Palavra divina<br />
(Ef 5.25,26b);<br />
eterno — maior do que o tempo, as circunstâncias, a Terra<br />
e tudo mais (Jo 13.1).<br />
2.2. Características do amor da Noiva<br />
A essência do amor da Noiva (Igreja) é o Espírito Santo, prefigurado<br />
no azeite, citado por Jesus na parábola das dez virgens<br />
(Mt 25.1-4). Significa dizer que o amor da Noiva é essencialmente<br />
consagrado, dirigido e orientado pela terceira pessoa da<br />
Trindade divina.<br />
O amor da Noiva, eleita pelo Cordeiro, é:<br />
santo e puro — porque ela não se conforma aos padrões<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
65
mundanos, que contaminam e corrompem aqueles que se<br />
deixam levar por eles (1 Jo 2.15,16);<br />
engrandecedor — porque a prepara, habilita e aperfeiçoa<br />
(Ef 5.27), até que ela esteja pronta para o encontro com o<br />
Noivo, a quem tanto ama e a quem prometeu fidelidade (Et<br />
2.12; 2 Co 11.2);<br />
paciente — porque a Noiva, submissa, espera, a chegada do<br />
Seu amado (Tg 5.7);<br />
pacífico, equilibrado e seguro — porque ela confia na promessa<br />
do seu Noivo: Ele voltará para buscá-la (Jo 14.1-3);<br />
diligente, dinâmico e operante — porque ela trabalha enquanto<br />
é dia, anunciando as virtudes do Seu amado, até que<br />
Ele venha (Jo 9.4; 1 Co 11.26);<br />
alerta — porque, até na escuridão da noite, ela está pronta,<br />
aguardando o Noivo, que poderá chegar de repente<br />
(Mt 25.6).<br />
3. A GRANDE FESTA DAS BODAS<br />
Nenhuma festa de casamento terrena pode ser comparada,<br />
sob qualquer aspecto, às bodas do Cordeiro. Todos os<br />
salvos e remidos, de todas as épocas e lugares, aguardam<br />
esse grande dia (Ap 19.7).<br />
3.1. Onde tudo acontecerá<br />
O céu foi criado e configurado por Deus para ser Sua morada<br />
(1 Rs 8.27,30; Is 63.15; 57.15) e para ser a morada eterna<br />
dos remidos (Hb 11.16). A grande festa das bodas do Cordeiro<br />
acontecerá nesse lugar de perfeição, onde não haverá mais<br />
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem noite<br />
(Ap 21.25); nem maldição (Ap 22.3); nem fome, sede ou calor<br />
excessivo (Ap 7.16); nem condenação (Jo 5.24), tampouco corrupção<br />
(1 Co 15.54; 1 Pe 1.4).<br />
A festa das bodas do Cordeiro acontecerá na Jerusalém celestial,<br />
a cidade do Deus vivo (Hb 12.22), exatamente na sala<br />
do trono de Deus, onde resplandece a luz perpétua e divinal,<br />
que o Noivo dará à Sua Noiva (Is 60.1-3,19,20).<br />
3.2. Vestimenta adequada<br />
A veste nupcial será o traje de todos os participantes escolhidos<br />
e convidados para o grande casamento — estas foram<br />
lavadas e alvejadas pelo sangue do Cordeiro (Ap 7.14; 22.14).<br />
O vestido da Noiva são os atos de justiça, representados<br />
como linho fino, puro e resplandecente (Ap 19.6-8) — como<br />
na parábola do grande rei que celebra as bodas do seu filho<br />
(Mt 22.1-12). Aqueles que não estiverem devidamente traja-<br />
66 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
dos, seguindo as exigências do evento, serão reconhecidos,<br />
confrontados e punidos (Mt 22.14).<br />
3.3. Convidados especiais<br />
Estarão presentes neste casamento<br />
o Pai, o Espírito Santo e todos os<br />
seres criados que habitam os céus (1<br />
Tm 5.21a). Somente os chamados terão<br />
acesso (Ap 19.9), conjuntamente<br />
com a Igreja Triunfante e os santos<br />
do Antigo Testamento (Mt 8.11; Lc<br />
14.15) — como disse o senhor Jesus,<br />
os amigos do Noivo (Jo 3.29).<br />
3.4. O tempo de cantar chegou!<br />
Nas bodas do Cordeiro, haverá<br />
grande alegria, celebração, júbilo, regozijo e felicidade (Ap<br />
5.11-14). Ao som de instrumentos preparados exclusivamente<br />
para este fim, em meio a cânticos e louvores, estarão o Noivo<br />
e a Noiva. Veja! O inverno passou; as chuvas acabaram e<br />
já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o tempo<br />
de cantar (Ct 2.11, 12 NVI).<br />
CONCLUSÃO<br />
A figura da Igreja como uma noiva que se prepara para<br />
contrair núpcias com o Senhor Jesus — para tornar-se a Esposa<br />
do Cordeiro — aparece em várias passagens bíblicas. Este<br />
é um dos mais relevantes símbolos neotestamentários, cujos<br />
significados são importantíssimos para todos os crentes salvos<br />
de todas as épocas.<br />
Nesta era — na dispensação da graça —, Deus, por intermédio<br />
do Seu Santo Espírito, tem-nos dado Sua unção, Sua<br />
Palavra e Seu poder para anunciarmos o evangelho ao mundo,<br />
até que o Noivo volte para o grande dia das bodas celestiais<br />
(Jo 14.1,2).<br />
Devemos estar disponíveis e cautelosos para o dia do enlace<br />
eterno com o Senhor Jesus (2 Co 11.2)<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
Veste significa fidelidade em<br />
fazer as boas obras. Essa<br />
vestimenta deve ser usada<br />
pelo crente e consiste de<br />
boas obras realizadas na<br />
dependência do Espírito<br />
Santo (RADMACHER; ALLEN;<br />
HOUSE. Central Gospel,<br />
2010b, p. 792).<br />
1. Por que a Bíblia descreve a Igreja como uma noiva que<br />
aguarda as bodas?<br />
R.: Porque se trata do relacionamento mais íntimo e duradouro,<br />
de acordo com os padrões bíblicos. A Noiva, pura e santa,<br />
aguarda com paciência, alegria e esperança, a consumação<br />
deste casamento na segunda vinda de nosso Senhor<br />
(Ap 17.7-9; 21.9).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
67
Lição 10<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
Armagedom:<br />
O Confronto Final<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 16.12-16<br />
12 - E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua<br />
água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.<br />
13 - E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi<br />
saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs,<br />
14 - porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao<br />
encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha,<br />
naquele grande Dia do Deus Todo-Poderoso.<br />
15 - (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda<br />
as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.)<br />
16 - E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.<br />
68 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
Estes combaterão<br />
contra o Cordeiro, e o<br />
Cordeiro os vencerá,<br />
porque é o Senhor<br />
dos senhores e o Rei<br />
dos reis; vencerão os<br />
que estão com ele,<br />
chamados, eleitos<br />
e fiéis.<br />
Apocalipse 17.14<br />
OBJETIVOS<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Daniel 9.24-27<br />
Virá o assolador<br />
3ª feira – Joel 3.9-14<br />
Porque o Dia do Senhor está perto<br />
4ª feira – Sofonias 1.14-18<br />
O grande Dia do Senhor<br />
5ª feira – Zacarias 14.1-4<br />
Todas as nações contra Jerusalém<br />
6ª feira – 2 Tessalonicenses 2.1-8<br />
O esplendor da sua vinda<br />
Sábado – Apocalipse 20.1-20<br />
E a besta foi presa<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
compreender a revelação bíblica acerca da batalha do Armagedom;<br />
verificar as etapas dessa batalha escatológica e suas consequências;<br />
conhecer as principais características da conversão de Israel,<br />
por ocasião dessa grande batalha escatológica.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Um estudo sintético (leitura geral de todos os textos) deverá<br />
ser acompanhado de um estudo analítico (exame profundo<br />
e detalhado de cada palavra ou expressão); a combinação de<br />
ambas as análises fornecerá um entendimento claro de todos<br />
os acontecimentos relacionados ao Armagedom.<br />
Além disso, esse evento serve de alerta à Igreja, para o que<br />
o futuro nos reserva no panorama profético (Ap 1.3).<br />
Para ampliar o conhecimento dos alunos, disponibilize, no<br />
início da aula, um quadro com outros nomes relacionados ao<br />
espaço escatológico, denominado Armagedom:<br />
NOMES RELACIONADOS AO ARMAGEDOM<br />
O lagar<br />
Lugar do julgamento divino<br />
Seara pronta para colheita<br />
Vale da Decisão<br />
REFERêNCIA BÍBLICA<br />
Is 63.1-6<br />
Jl 3.12<br />
Jl 3.13<br />
Jl 3.14<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
69
Nomes relacionados ao Armagedom<br />
O lagar da ira de Deus<br />
O lugar da ceia do grande Deus<br />
Referência bíblica<br />
Ap 19.15<br />
Ap 19.17<br />
Boa aula!<br />
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Nesta lição, conheceremos o que<br />
será, segundo a profecia bíblica, a<br />
Armagedom (hb. batalha do Armagedom, que revelará<br />
o Dia do Senhor ou o grande Dia<br />
Harmagedōn): a explicação<br />
mais comum é que o nome é<br />
do Deus Todo-poderoso, mencionado<br />
em Apocalipse 16.14 — na Escritura,<br />
esse evento escatológico rece-<br />
uma combinação do hebraico<br />
har (montanha, monte) e a be outros nomes: dia da vingança (Is<br />
cidade bíblica de Megido, 61.2); dia da angústia (Jr 16.19); dia<br />
que ficava no vale de Jezreel. da indignação (Ez 22.24); dia de ânsia,<br />
de alvoroço e de desolação, dia<br />
Sua localização estratégica<br />
de trevas e de escuridão, dia de nuvens<br />
e de densas trevas (Sf 1.15).<br />
tornou-a uma região de<br />
batalhas significativas ao longo A batalha do Armagedom — considerada<br />
a mais sangrenta de toda a<br />
da história israelita (ex: Jz<br />
5.19,20; 2 Cr 35.22) (ROTZ, C. História, quando sairá sangue do lagar<br />
até aos freios dos cavalos, pelo<br />
Central Gospel, 2015, p. 287).<br />
espaço de mil e seiscentos estádios<br />
(300km; conf. Ap 14.20) — é citada<br />
já no Antigo Testamento (Jl 3.9-12)<br />
e representa o ajuste entre Deus e Israel, visto que, por meio<br />
dela, o Anticristo será derrotado e, depois, lançado no lago de<br />
fogo e de enxofre (Ap 19.20).<br />
1. A VERDADE BÍBLICA SOBRE A BATALHA DO<br />
ARMAGEDOM<br />
Durante muitos anos, estudos, palestras, seminários e<br />
conferências especiais acerca do tema produziram provas pujantes,<br />
que comprovam a realidade da maior batalha de todos<br />
os tempos, que acontecerá no vale de Josafá, nas proximidades<br />
de Jerusalém (Jl 3.9-12).<br />
Os mais renomados e respeitados expositores da teologia<br />
cristã aceitam e defendem a doutrina do Armagedom, mormente<br />
em razão de haver fundamentação bíblica para este<br />
evento, que se dará nos dias do fim. As principais referências bíblicas<br />
relacionadas a esse evento escatológico são: Salmo 2.1-<br />
12; Isaías 34.1-16; 63.1-6; Joel 3.1-17; Zacarias 12.1-9; 14.1-15;<br />
Malaquias 4.1-5 e Apocalipse 14.14-20; 16.12-16; 19.19-21.<br />
70 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.1. O Testemunho profético<br />
Sobretudo no Antigo Testamento, encontramos diversas<br />
profecias relacionadas à batalha do Armagedom. Vejamos a<br />
seguir.<br />
1.1.1. Isaías<br />
O profeta Isaías faz referência ao Armagedom, pela apresentação<br />
de um guerreiro que vem de Edom, de Bozra, com<br />
as vestes manchadas de sangue; ele é glorioso, justo, imponente<br />
e poderoso para salvar os redimidos na batalha final (Is<br />
63.1-6).<br />
1.1.2. Jeremias<br />
O profeta das lágrimas tem a visão de homens com dores<br />
de parto e semblantes macilentos (pálidos, sem brilho, descorados)<br />
—; estes são os judeus sendo punidos, purificados<br />
e restaurados durante a campanha do Armagedom. Jeremias<br />
refere-se a este tempo inédito como aquele dia tão grande,<br />
que não houve outro semelhante, e denomina-o a angústia de<br />
Jacó (Jr 30.6,7).<br />
1.1.3. Zacarias<br />
Zacarias tem muito a dizer sobre o evento do Armagedom.<br />
Um dos maiores focos da sua profecia está na cidade de Jerusalém,<br />
que será reconquistada e purificada, e no povo de<br />
Israel, que será restabelecido (Zc 12.1-3; 13.1,2).<br />
2. PERSONAGENS NA BATALHA DO<br />
ARMAGEDOM<br />
Este é o evento que porá fim ao reino da mentira, para<br />
que o reino eterno, no qual a Igreja reinará com Cristo no Milênio,<br />
seja estabelecido. A trindade satânica se reunirá com<br />
um propósito infernal, mas será derrotada pelo Senhor Jesus,<br />
na segunda fase da segunda vinda (Ap 19.11-21).<br />
2.1. Satanás, nosso arqui-inimigo, e os demônios<br />
(Ap 13.2; 19.1-12)<br />
O fim de Satanás (Ap 13.2) e seu reino estão em contagem<br />
regressiva: esta é uma realidade que não se pode ignorar (Rm<br />
16.20). O diabo será o grande mentor e promotor da batalha<br />
do Armagedom; ele tentará estabelecer o seu reino de<br />
trevas em todo o mundo, mas não obterá êxito, porque já<br />
foi julgado (Jo 12.31; 16.11).<br />
Nesse tempo, Satanás possuirá plena e completamente o<br />
corpo de um homem — o Anticristo —, a fim de executar seus<br />
intentos malignos (Ap 13.2-5). Deus permitirá que ele tenha<br />
domínio e controle sobre os elementos da Natureza; assim,<br />
poderá realizar sinais, milagres e façanhas de engano e men-<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
71
tira (Ap 13.13-15). A vitória do inimigo será parcial sobre os<br />
judeus: muitos povos da terra o adorarão e servirão (Ap 13.7).<br />
2.1.1. Os demônios (Ap 9.1-12; 16.13,14)<br />
Todos os demônios e seres espirituais da maldade atuarão<br />
nesta grande batalha. Legiões e legiões de espíritos imundos,<br />
literalmente, invadirão o mundo inteiro, concentrando sua<br />
maior força e seus ataques atormentadores e mortíferos na<br />
campanha do Armagedom.<br />
Abadom (gr. Apoliom = exterminador), um poderoso superagente<br />
especial das hostes infernais, comandará um exército<br />
assombroso (Ap 9.1-11) — uma força combinada de elementos<br />
humanos, animais e demoníacos. Abadom e sua hoste subirão<br />
no abismo para atormentar os seres humanos durante cinco<br />
meses (Ap 9.5).<br />
2.2. O Anticristo, a primeira besta (Ap 13.1)<br />
Depois da pessoa bendita do<br />
Senhor Jesus Cristo, o personagem<br />
Geograficamente, o<br />
Anticristo obrigará todos os<br />
líderes mundiais, juntamente<br />
com os seus países, a<br />
estarem presentes no vale<br />
do Megido (Armagedom), nas<br />
planícies de Jezreel, cerca<br />
de 90km a noroeste<br />
de Jerusalém.<br />
mais conhecido e citado nos círculos<br />
teológicos, no cenário apocalíptico,<br />
é o Anticristo.<br />
Como estudamos na Lição 3,<br />
durante sete anos, o Anticristo<br />
será o grande líder mundial.<br />
Na primeira parte da última semana<br />
profética de Daniel — nos<br />
primeiros três anos e meio —,<br />
ele fascinará o mundo. A grande<br />
maioria dos habitantes da terra<br />
o adorará como um salvador<br />
mundial (Ap 13.4).<br />
2.2.1. As principais atividades do Anticristo<br />
No fim dos tempos, a primeira besta:<br />
será o maior e mais eficiente agente do diabo (Ap 13.2);<br />
governará o mundo nos aspectos políticos, econômicos e<br />
religiosos, durante três anos e meio (Ap 13.4-8; 16-18);<br />
firmará um tratado de paz com Israel na primeira parte da<br />
semana profética (Dn 9.27) — este será rompido, levando-o<br />
a declarar guerra à nação (Ap 13.4-8; 16-18);<br />
perseguirá implacavelmente os judeus (Dn 7.21,25; Ap<br />
12.6);<br />
matará as duas testemunhas (Ap 11.7);<br />
convocará todas as nações a atacar e conquistar Jerusalém,<br />
com 200 milhões de soldados (Zc 12.1,2; 14.1-3; Ap<br />
16.16; 19.16,19);<br />
após invadir e profanar o templo israelita, proclamar-se-á<br />
um deus (2 Ts 2.4);<br />
72 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
lutará contra o Senhor Jesus no seu regresso à terra (Ap<br />
19.19);<br />
na campanha militar do Armagedom, sofrerá uma derrota<br />
pública, esmagadora e total (Ap 19.20);<br />
depois de derrotado, será lançado no lago ardente de fogo<br />
e enxofre (Ap 19.19,20).<br />
2.3. O Falso Profeta, a segunda besta (Ap 13.11)<br />
Este personagem completa a trindade satânica, formada<br />
pelo dragão (antideus); pela primeira besta (Anticristo); e pela<br />
segunda besta (o Falso Profeta, o antiespírito santo).<br />
Com falsa aparência de cordeiro e linguagem de dragão<br />
(Ap 13.11), por meio de falsos sinais, o Falso Profeta enganará<br />
o mundo — os que não têm o selo do Cordeiro —, conduzindo-o<br />
à idolatria (Ap 10.14; 13.12,13; 20.4). Além disso,<br />
ele marcará os seguidores da primeira besta com o número<br />
666 (Ap 13.14-18; 19.20) — esse sinal é mais que um símbolo<br />
econômico, antes, trata-se de uma insígnia que separará os<br />
que servem e adoram a Jesus dos que adoram e servem ao<br />
Anticristo (Ap 13.16,17); os marcados receberão a perdição<br />
eterna e a separação de Deus (Ap 14.9-11; 16.2).<br />
2.4. Outros participantes na grande batalha<br />
Dentre outros personagens, seres espirituais, bestas e animais<br />
terão papéis importantes nesta batalha, que não deve<br />
ser confundida com a batalha de Gogue e Magogue, citada pelo<br />
profeta Ezequiel (Ez 38—39) — esta última ocorrerá após o Milênio,<br />
quando Satanás for solto para, novamente, enganar a humanidade<br />
(Ap 20.7-9). Vejamos a seguir:<br />
aves de rapina (Ap 19.17,18,21) — elas farão a limpeza da<br />
terra, preparando o mundo para o Milênio, que ocorrerá após<br />
o Armagedom;<br />
a nação de Israel e as nações gentias (Sl 2.1,2; Zc 14.2);<br />
todas as tribos da terra (Ap 1.7);<br />
os anjos que acompanham o Senhor Jesus (Mt 24.29-31);<br />
a Esposa do Cordeiro, com os santos<br />
glorificados (Jd 1.14);<br />
os exércitos celestiais com vestes<br />
brancas (Ap 19.14);<br />
os cadáveres dos soldados (Ap 19.21).<br />
2.5. O Senhor Jesus, o Verbo<br />
Eterno (Ap 19.11-16)<br />
A maior e mais importante personalidade<br />
na batalha do Armagedom será<br />
o Senhor Jesus. Ele descerá sobre o<br />
monte das Oliveiras, e todo olho o verá<br />
(Ap 1.7), para: (1) vencer os exércitos<br />
A palavra traduzida como<br />
batalha, em Apocalipse<br />
16.14, é o vocábulo grego<br />
pólemos, que não indica<br />
uma única batalha, mas<br />
uma série de batalhas, em<br />
outras palavras, uma guerra<br />
(CAITANO, J. Central Gospel,<br />
2010, p. 168).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
73
do mal; (2) derrotar a trindade satânica; (3) julgar as nações;<br />
(4) ordenar a precipitação do Anticristo e do Falso Profeta no<br />
lago de fogo (Ap 19.20,21) e a prisão de Satanás no abismo<br />
(Ap 20.1-6); e (5) salvar Israel, que se converterá a Cristo,<br />
após testemunhar o acontecimento (Zc 14.1-5; Ap 1.7).<br />
3. O FINAL MARAVILHOSO<br />
Diversas passagens bíblicas versam sobre a realidade<br />
de o céu ter-se aberto diante dos homens (Ez 1.1,25-28; Mt<br />
3.16,17; Lc 3.21,22; At 7.56); no último livro da Bíblia, ele se<br />
abre diante dos olhos de João, que contempla o que foi preparado<br />
para o grande Dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16.14).<br />
Pode-se resumir a campanha do Armagedom com a seguinte<br />
expressão: O Senhor vencerá a guerra (Ap 19.19-21)! A Escritura<br />
utiliza expressões que traduzem a derrota do mal: sem<br />
mão, será quebrado (Dn 8.25); o Senhor desfará pelo assopro<br />
da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda (2 Ts 2.8).<br />
Todos os exércitos celestiais, vestidos de linho fino, branco<br />
e puro, e todos os soldados em prontidão militar, montados<br />
sobre cavalos brancos, esperam a ordem do Senhor Jesus<br />
para com Ele marchar ao encontro do inimigo, na missão de<br />
salvamento do povo de Deus (Ap 19.14).<br />
Se considerássemos apenas as forças militares de Israel e<br />
o poderio bélico das nações que irão contra Jerusalém para<br />
sitiá-la, invadi-la e conquistá-la, diríamos que Israel não tem<br />
chance de vencer tão terrível batalha; porém, esse confronto<br />
concluirá a vitória do Cordeiro de Deus sobre o mal (Is 49.26b;<br />
Ap 17.14): a trindade satânica e todas as hostes espirituais do<br />
inferno serão derrotadas no Dia do Senhor (Ap 19.20), e as<br />
aves se fartarão com a carne dos soldados mortos (Ap 20.21).<br />
CONCLUSÃO<br />
A palavra profética acerca da batalha do Armagedom é<br />
descrita como a ação do Poderoso de Jacó: Tu os esmigalharás<br />
com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso<br />
de oleiro (Sl 2.9; 132.2). Cristo, no final da Tribulação, retornará<br />
para livrar Israel; empreender uma conversão nacional<br />
(Is 4.3-6; Os 3.5; Rm 11.26,27); e inaugurar o Milênio (Ap<br />
20.4). A Igreja, então, reinará com Ele em glória (Ap 17.14).<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Qual é a diferença entre o Anticristo e o espírito do Anticristo?<br />
R.: O espírito do Anticristo diz respeito à ação demoníaca, promotora<br />
de heresias e imoralidades — a ideia de deificação<br />
do homem. Já o Anticristo, propriamente dito, é um personagem<br />
que aparecerá para liderar, pela força de Satanás,<br />
as nações do mundo na batalha do Armagedom.<br />
74 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Lição 11<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
Mil Anos de Paz,<br />
Justiça e Prosperidade<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 20.2-6<br />
2 - Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e<br />
amarrou-o por mil anos.<br />
3 - E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que<br />
mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois<br />
importa que seja solto por um pouco de tempo.<br />
4 - E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder<br />
de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho<br />
de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua<br />
imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram<br />
com Cristo durante mil anos.<br />
5 - Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram.<br />
Esta é a primeira ressurreição.<br />
6 - Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição;<br />
sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de<br />
Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.<br />
Isaías 11.6-9<br />
6 - E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e<br />
o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino<br />
pequeno os guiará.<br />
7 - A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão<br />
comerá palha como o boi.<br />
8 - E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado<br />
meterá a mão na cova do basilisco.<br />
9 - Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade,<br />
porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas<br />
cobrem o mar.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
75
TEXTO ÁUREO<br />
E o Senhor será<br />
rei sobre toda a<br />
terra; naquele<br />
dia, um será o<br />
Senhor, e um<br />
será o seu nome.<br />
Zacarias 14.9<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Isaías 32.14-20<br />
O efeito da justiça será a paz<br />
3ª feira – Ezequiel 47.1-12<br />
O rio do Milênio produz vida e saúde<br />
4ª feira – Joel 3.14-18<br />
Uma fonte da casa do Senhor<br />
5ª feira – Miqueias 4.2-7<br />
De Sião sairá a Lei, e a Palavra do Senhor, de Jerusalém<br />
6ª feira – Zacarias 6.12-15<br />
Ele mesmo edificará o templo do Senhor<br />
Sábado – Apocalipse 20.4<br />
Reinaram com Cristo durante mil anos<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
compreender as razões para a instauração do Milênio na<br />
terra;<br />
descrever as mudanças e/ou transformações feitas por<br />
Deus no mundo na dispensação milenial;<br />
entender que todos aqueles que têm fome e sede de justiça<br />
serão plenamente satisfeitos na dispensação milenial,<br />
em razão das transformações que ocorrerão na Terra.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Esta lição trata de um tema difícil, por ser escatológico; porém,<br />
com estudo e dedicação, é possível que os conteúdos fiquem<br />
claros para o aluno, se você, professor, compreender o<br />
assunto em questão. Busque enfatizar o que está reservado<br />
para a Igreja gloriosa e triunfante nesta dispensação: a última, e<br />
aquela que antecede a criação de novos céus e terra (Ap 21.1).<br />
Explique, sinteticamente, o significado da palavra dispensação,<br />
que quer dizer: economia ou administração, ou seja, o<br />
modo como Deus trata a humanidade (Cl 1.25).<br />
Aproveite para explicar quais são as dispensações bíblicas:<br />
inocência (Gn 2.7);<br />
consciência (Gn 3.24);<br />
governo humano (Gn 9.1);<br />
patriarcal ou familiar (Gn 12.1-3);<br />
lei ou mosaica (Êx 19.8);<br />
graça ou Igreja (Jo 1.17);<br />
milênio ou reino (Ef 1.10; Ap 20.4).<br />
76 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Enfatize as bênçãos no Milênio e a participação da Igreja na<br />
teocracia divina.<br />
Boa aula!<br />
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Desde a Queda, no Éden, os homens sonham com um tempo<br />
de paz, segurança e prosperidade, em que as ruas da cidade<br />
se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão<br />
(Zc 8.5), e em que todos poderão estar em perene comunhão<br />
com Deus, o eterno Criador (Tg 4.8).<br />
A humanidade sonha com uma nova era, em que as notícias<br />
de roubos, sequestros, fome, pestes, crimes hediondos,<br />
revoluções sanguinárias e guerras<br />
destruidoras serão substituídas por<br />
manchetes de altos índices de abundância,<br />
crescimento, estabilidade e<br />
tranquilidade entre todos os povos<br />
da terra (Mq 4.3).<br />
Com esperança, aguardamos o<br />
dia em que o trigo crescerá mais<br />
depressa do que poderá ser colhido,<br />
e as parreiras produzirão uvas<br />
mais depressa do que se poderá fazer<br />
vinho (Am 9.13 NTLH).<br />
Esse tempo de cumprimento de<br />
promessas (Gn 12.1-3; 17.8; 2 Sm<br />
7.12-16; Is 42.6), que desde o tempo<br />
antigo nunca houve, nem depois<br />
dele haverá pelos anos adiante, é<br />
maravilhosamente descrito na Bíblia<br />
como Milênio (Is 11.1-9).<br />
O Livro do Apocalipse é uma<br />
das principais fontes de<br />
escatologia ou estudo do fim<br />
dos tempos, e sua escatologia<br />
é consistente com o resto<br />
do Novo Testamento. Cada<br />
cristão pode ter a certeza<br />
da vida após a morte. Os<br />
cristãos também podem ter<br />
a certeza de sua ressurreição<br />
pessoal e da recompensa<br />
por uma vida justa vivida na<br />
terra (VARUGHESE, A. Central<br />
Gospel, 2012, p. 481).<br />
1. TEMPO DE MILAGRES E TRANSFORMAÇÕES<br />
Conforme destacado na Lição 2, entende-se por milagre<br />
a suspensão das leis naturais, para que as leis sobrenaturais<br />
interfiram no mundo físico. Isto significa que, diante da limitação<br />
humana, Deus intervém na linearidade presumível da<br />
Natureza, operando sinais e maravilhas (At 10.38; Hb 2.4).<br />
Quando Jesus esteve entre os homens pela primeira vez,<br />
Seus milagres manifestaram a glória do Pai (Jo 9.3; 11.4;<br />
At 10.38); o mesmo ocorrerá na dispensação milenial (no<br />
Milênio).<br />
Quando o Salvador comandar mil anos de paz, justiça e<br />
prosperidade, a humanidade testemunhará inúmeros milagres<br />
e profundas transformações para a glória de Deus (Is 65.17-25).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
77
1.1. Milagres na Natureza<br />
A Natureza será transformada pelo milagre da fertilidade;<br />
a Terra apresentará condições semelhantes às encontradas no<br />
Éden (Is 11.6-9): os lugares secos tornar-se-ão jardins verdejantes<br />
(Ez 34.26,27); a água será abundante (Is 30.25); a configuração<br />
geológica e hidrográfica do planeta será modificada<br />
(Is 2.2; Ez 47.8-12); a iluminação será suficiente (Is 30.26);<br />
e os frutos das árvores servirão de alimento, e suas folhas, de<br />
remédio (Ez 47.12).<br />
1.1.1. Milagres no mundo animal<br />
No Milênio, não haverá animais carnívoros, nem predadores,<br />
mas apenas herbívoros (Is 11.6-8). Como no princípio<br />
da Criação, as diferentes espécies coexistirão pacificamente.<br />
1.2. Milagres nos corpos físicos<br />
Não haverá deformidades físicas: os cegos terão os olhos<br />
abertos; os surdos ouvirão; os coxos saltarão; e o mudo poderá<br />
falar normalmente (Is 35.5,6; Zc 8.4).<br />
Some-se a isto a longevidade dos indivíduos (Is 65.20-22):<br />
a sobrevida humana aumentará consideravelmente, ultrapassando<br />
com facilidade os cem anos de existência; a morte chegará<br />
depois de longa velhice, porque as doenças serão removidas<br />
(Is 33.24; Ez 34.16).<br />
1.3. Milagres na vida material<br />
Este será um tempo de grande prosperidade econômica<br />
(Am 9.13-15): as pessoas terão o suficiente para viver confortavelmente,<br />
sem qualquer prejuízo; não haverá necessidade ou<br />
necessitados (Is 65.21,22; Jl 2.21-27). Os homens serão fartos,<br />
porque o Rei atenderá pessoalmente aos Seus súditos (Ap 21.4).<br />
1.4. Milagres na administração e governo<br />
No Milênio, a forma de administração será teocrática (governo<br />
de Deus). Aquele que tem o principado sobre os seus<br />
ombros, o Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade<br />
e Príncipe da Paz (Is 9.6), não permitirá qualquer tipo de<br />
ditadura, opressão ou manipulação (Is 14.3-6; Zc 9.11,12).<br />
Todos os povos desfrutarão de paz, segurança, justiça e compreensão<br />
(Is 11.13). Porém, apesar de tudo isso, como observou<br />
o Dr. René Pache: por mais belo que seja o Milênio, ele não<br />
será o céu (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015, p. 572).<br />
1.4.1. Milagres na vida militar<br />
Os profetas veterotestamentários vaticinaram que a justiça<br />
divina reinaria sobre a terra, e, consequentemente, a paz (Mq<br />
4.3; Os 2.18). A concórdia — individual e internacional — só<br />
será possível, porque os governos do mundo serão unificados<br />
em um único Reino: o de Cristo.<br />
78 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
1.5. Milagres na vida espiritual<br />
Um grande mover de Deus, o maior de todos os avivamentos,<br />
alcançará todo o mundo. O Espírito Santo será derramado<br />
abundantemente sobre os habitantes do reino milenar (Jl<br />
2.28), especialmente sobre os judeus das casas de Davi e Israel<br />
(Ez 39.29; Zc 12.10).<br />
Com a unificação do governo e a transformação militar,<br />
outro ponto importante será a unificação linguística nas relações<br />
interpessoais (Sf 3.19), o que possibilitará, acima de<br />
tudo, a adoração ao verdadeiro Deus e a Jesus Cristo, o Messias<br />
Regente (Is 66.17-23; Ml 1.11).<br />
2. A CAPITAL DO MILÊNIO<br />
O Milênio alcançará todos os povos, tribos e nações — desde<br />
os grandes centros até as áreas mais inóspitas do Globo. De<br />
Norte a Sul, de Leste a Oeste, todas<br />
as pessoas da terra serão abençoadas<br />
pelo Todo-poderoso (Gn 28.13-<br />
17). Todavia, a despeito do alcance<br />
universal deste evento escatológico,<br />
é preciso ressaltar que a capital do<br />
reino milenar será Jerusalém.<br />
A terra dos profetas, a cidade<br />
escolhida, amada e protegida por<br />
Deus (Zc 2.5), a cidade histórica<br />
e sagrada, tanto para os cristãos,<br />
como para os judeus e muçulmanos<br />
— sem a presença abominável<br />
do incircunciso e do impuro —, vestirá<br />
suas vestes santas, esplendorosas<br />
e intocadas, para ser coroada a<br />
capital do Milênio (Is 52.1,2).<br />
2.1. Seu valor histórico e religioso<br />
A alegoria da entronização —<br />
[...] os ressurretos reinam com<br />
Cristo durante mil anos (Ap<br />
20.6) e para todo sempre (Ap<br />
22.5). Aqueles perseguidos por<br />
sua fé seriam confortados para<br />
compreenderem que seu breve<br />
sofrimento de dez dias (Ap<br />
2.10) não pode ser comparado<br />
a sua exaltação por mil anos<br />
(ROTZ, C. Central Gospel,<br />
2015, p. 336).<br />
A história da humanidade estaria incompleta sem a presença<br />
da cidade de Jerusalém em seus registros. Seus filhos<br />
formam o povo escolhido do Senhor e foram estabelecidos por<br />
Ele como cabeça das nações (Dt 28.10,13).<br />
Todos os fatos, objetos e elementos relacionados a esse espaço<br />
geográfico singular são fonte inesgotável de estudo, pesquisa<br />
e comentário. Jerusalém, a terra santa, a cidade mais citada<br />
em todo texto bíblico (1 Sm 17.54; 2 Sm 5.7; 6.1-19; 24.25; 2<br />
Cr 3.1; Lc 2.22; Mt 21; 23.37; 24), atrai os olhares do mundo<br />
para si, não apenas por seu valor histórico, mas, sobretudo,<br />
por sua importância religiosa.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
79
Jerusalém está localizada na região noroeste do deserto de Judá<br />
FONTE: VARUGHESE, A. Central Gospel, 2012, p. 65.<br />
2.2. Sua posição estratégica<br />
Geograficamente, o Senhor estabeleceu a nação de Israel<br />
no centro do planeta. A partir de um simples olhar no mapa<br />
mundial, pode-se identificar a cidade de Jerusalém: ela está<br />
no coração dos povos. Deus cercou a cidade de altos montes<br />
protetores, tornando-a uma fortaleza natural (Sl 125.2).<br />
2.3. Sua importância espiritual<br />
O lugar mais sagrado do mundo, para o judeu, é Jerusalém.<br />
Durante o Milênio, a terra dos antigos profetas tornar-se-á a<br />
capital religiosa do mundo.<br />
Após o Armagedom, a cidade e o templo dos judeus serão<br />
restaurados, e os povos do mundo inteiro subirão a Jerusalém,<br />
todos os anos, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos<br />
(Zc 14.16).<br />
Jerusalém será chamada de trono do Senhor (Jr 3.17): um<br />
lugar de bênçãos para as nações gentílicas (Zc 8.22) e de<br />
honra para os judeus (Zc 8.23).<br />
3. PARTICIPANTES DO MILÊNIO<br />
As profecias bíblicas fazem-nos saber que os santos glorificados<br />
e os sobreviventes da Grande Tribulação participarão<br />
da dispensação milenial. A Escritura também nos dá ciência<br />
de que nenhum incrédulo participará dessa dispensação (Jr<br />
31.33,34; Ez 20.37; Jo 3.3).<br />
80 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Terá destaque, neste cenário, a<br />
nação de Israel, pela reedificação do<br />
tabernáculo de Davi (At 15.16), e pelo<br />
cumprimento literal da promessa que<br />
o Senhor fez a Abraão, o primeiro judeu:<br />
Em ti serão benditas todas as<br />
famílias da terra (Gn 12.1,2).<br />
3.1. Os crentes glorificados<br />
Participarão do Milênio todos os<br />
salvos — tanto do Antigo Testamento<br />
quanto do Novo Testamento — e<br />
os mártires de todas as eras — em<br />
especial os procedentes da Grande<br />
Tribulação —, com direitos a todas as<br />
bênçãos advindas dessa dispensação (Ap 20.4-6).<br />
Seremos, segundo a Escritura, reis e sacerdotes (Ap 1.6,10;<br />
11.15), e, por essa razão, reinaremos com Cristo sobre as nações<br />
(Ap 2.26-29).<br />
3.2. Os sobreviventes da Grande Tribulação<br />
Existirão outros tipos de corpos no Milênio, além dos<br />
glorificados (1 Co 15.51-<strong>53</strong>; Hb 11.35; Ap 20.5,6)? Segundo<br />
Harold Willmington (2015, p. 572), a resposta é sim, e esses<br />
serão os corpos não glorificados dos que sobreviveram<br />
ao cataclismo da Grande Tribulação; dos crentes judeus (Mt<br />
25.10); dos crentes gentios (Mt 25.34) e o dos filhos que nascerão<br />
durante o Milênio (Zc 8.5).<br />
Muitos dos nascidos durante o Milênio (Zc 8.5) podem decidir<br />
desobedecer a Deus e a Cristo; isto explica a razão de o<br />
Messias reinar com vara de ferro (Zc 14.17-19; Ap 2.27; 12.5;<br />
19.15) e o fato de haver uma rebelião final (a de Gogue e Magogue),<br />
quando Satanás for solto (Ap 20.7,8).<br />
CONCLUSÃO<br />
Apesar de alguns segmentos teológicos atribuírem um<br />
sentido figurativo à duração deste evento, as profecias bíblicas<br />
indicam claramente que o Milênio será um período de mil<br />
anos literais — cada ano, com 365 dias.<br />
No Milênio, Deus demonstrará, na terra, como será o céu.<br />
Jesus reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não<br />
terá fim (Lc 1.33).<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
O que acontecerá a Satanás<br />
no início do Milênio? Ele será<br />
aprisionado no abismo por<br />
um anjo, que o colocará em<br />
uma grande cadeia, isto é,<br />
em um local tenebroso, que<br />
limitará sua esfera de ação<br />
e influência maligna<br />
(Ap 20.1-3).<br />
1. De acordo com a lição de hoje, responda: Em quais esferas<br />
acontecerão milagres e transformações, na dispensação<br />
milenial?<br />
R.: Milagres na Natureza; nos corpos físicos; na vida material;<br />
na administração e governo; e na vida espiritual.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
81
Lição 12<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
O Juízo do Trono Branco<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Atos 17.30,31<br />
30 - Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora<br />
a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam,<br />
31 - porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o<br />
mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos,<br />
ressuscitando-o dos mortos.<br />
Apocalipse 20.11-15<br />
11 - E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de<br />
cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.<br />
12 - E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono,<br />
e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os<br />
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros,<br />
segundo as suas obras.<br />
13 - E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram<br />
os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas<br />
obras.<br />
14 - E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda<br />
morte.<br />
15 - E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago<br />
de fogo.<br />
82 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
TEXTO ÁUREO<br />
E os céus anunciarão a<br />
sua justiça, pois Deus<br />
mesmo é o Juiz.<br />
Salmo 50.6<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – 1 Samuel 24.8-12<br />
Julgue o Senhor<br />
3ª feira – Eclesiastes 3.16,17<br />
Deus julgará o justo e o ímpio<br />
4ª feira – Daniel 5.17-28<br />
Pesado foste na balança<br />
5ª feira – João 5.16-24<br />
Não entrará em condenação<br />
6ª feira – Romanos 2.1-16<br />
Julgar os segredos dos homens<br />
Sábado – Hebreus 12.12-23<br />
Deus, o Juiz de todos<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
saber que o juízo não é uma figura de linguagem; ao contrário,<br />
ele é real e vindouro;<br />
conscientizar-se de que o pecado afasta o homem de<br />
Deus e leva-o, mormente, ao inferno por toda a eternidade;<br />
compreender que a obediência aos mandamentos do Senhor<br />
Jesus livra-nos da condenação eterna.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Esta lição, que versa sobre o Juízo Final, foi elaborada com<br />
o objetivo de fazer seus alunos enriquecerem-se com um conteúdo<br />
teológico sadio e maduro. Esperamos que ao fim da exposição<br />
todos possam ser fortalecidos na fé em Cristo.<br />
Se possível, realize uma dinâmica de grupo para tratar dos<br />
seguintes temas: julgamento, tribunal, condenação e absolvição.<br />
Peça a quatro alunos para falarem, em 30 segundos, o<br />
que entendem a respeito do assunto. Esse recurso didático é<br />
bastante útil para ilustrar o argumento exposto e, ao mesmo<br />
tempo, provocar a conscientização dos alunos sobre o tipo de<br />
conduta que eles têm adotado em sua vida cristã.<br />
Faça desse momento uma experiência vívida, não apenas<br />
teórica. Ensine, no decorrer da dinâmica, que qualquer pessoa<br />
pode livrar-se do julgamento do grande trono branco, por meio<br />
de uma vida de dedicação a Cristo e santificação pessoal.<br />
Boa aula!<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
83
COMENTÁRIO<br />
Palavra introdutória<br />
Nas primeiras páginas da Bíblia, no Livro de Gênesis, temos<br />
uma clara descrição da Criação de Deus: todas as coisas eram<br />
boas e perfeitas. Nossos primeiros pais tinham livre acesso ao<br />
Paraíso, um lugar destinado à habitação do homem, que deveria<br />
ser conquistado e desfrutado pelo primeiro casal e seus<br />
respectivos descendentes (Gn 1.22).<br />
Não se sabe ao certo por quanto tempo Adão e Eva gozaram<br />
da exuberância do Éden e da tranquilidade proporcionada<br />
pela presença do Criador; fato é que a cena de absoluta perfeição<br />
foi alterada para a cena do juízo divino sobre a história<br />
humana. O homem, a mulher, a serpente e a Terra foram julgados<br />
pelo Senhor, e cada um recebeu sua respectiva sentença<br />
(Gn 3.14-24).<br />
Além deste primeiro e definitivo juízo divino, outros tantos<br />
são citados no texto bíblico. Observe:<br />
OUTROS JULGAMENTOS NA BÍBLIA<br />
Juízo do pecado deste mundo, que viria por meio da<br />
morte de Cristo<br />
O autojulgamento dos cristãos por toda a vida, para não<br />
sermos condenados com o mundo<br />
Julgamento de Israel por seus muitos séculos de rebelião<br />
Julgamento dos anjos, devido à rebelião contra Deus<br />
Julgamento das obras dos cristãos<br />
Julgamento das nações que estiverem vivas no segundo<br />
advento<br />
Julgamento dos ímpios mortos<br />
Referência bíblica<br />
Jo 12.31,32<br />
1 Co 11.31,32<br />
Ez 20.33-44<br />
2 Pe 2.4; Jd 6,7<br />
Rm 14.10; 2 Co 5.10,11<br />
Mt 25.31-46<br />
Ap 20.11-15; At 17.31; Rm 2.16<br />
Nesta lição, estudaremos o Juízo do grande trono branco,<br />
que marca o fim dos tempos e a consequente entrada no Estado<br />
Eterno — esse acontecimento foi anunciado por João nas<br />
últimas páginas da Bíblia.<br />
O vaticínio bíblico serve basicamente a dois propósitos: (1)<br />
convocar-nos ao estado de alerta, a fim de não sermos condenados<br />
naquela ocasião; (2) dizer às pessoas, como atalaias do<br />
Senhor, como elas poderão escapar da condenação eterna,<br />
que será promulgada neste evento escatológico (Ez 3.17-21).<br />
1. O GRANDE JULGAMENTO<br />
O texto bíblico, insistentemente, ressalta a grandiosidade<br />
de Deus. Observemos alguns aspectos da majestade divina,<br />
destacados no Livro dos Salmos, por exemplo: Deus é grande<br />
84 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
em bondade (Sl 31.19); justiça (Sl<br />
36.6); misericórdia (Sl 25.6); notoriedade<br />
(Sl 76.1); obras (Sl 92.5); glória<br />
O trono branco representa<br />
a pureza e a santidade<br />
(Sl 138.5); e poder (Sl 145.5).<br />
Tal como o salmista, o apóstolo<br />
utilizou a expressão grande tro-<br />
Deus, que o qualificam<br />
(Ap 20.11), atributos de<br />
no branco (Ap 20.11) para indicar a para julgar com justiça e<br />
imensidade da pessoa divina: o termo imparcialidade (CAITANO, J.<br />
grande alude ao tribunal que alcança<br />
os mortos, grandes e pequenos<br />
Central Gospel, 2010, p. 205).<br />
(Ap 20.12a NVI); o termo branco, por<br />
sua vez, revela que quem sobre o trono<br />
se assenta não é outro senão o perfeito e justo Juiz, como<br />
declarou o apóstolo Paulo: [...] aguardando a bem-aventurada<br />
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso<br />
Senhor Jesus Cristo (Tt 2.13).<br />
1.1. Quem estará diante do trono branco?<br />
Quem será julgado neste evento?<br />
Todas as pessoas, exceto os salvos<br />
em Cristo que foram arrebatados<br />
na primeira ressurreição. Estes não<br />
serão julgados (CAITANO, J. Central<br />
Gospel, 2010, p. 205).<br />
Além de tais pessoas — de todas<br />
as épocas e classes sociais, sejam<br />
grandes ou pequenas (At 17.31) —,<br />
estarão presentes neste juízo os anjos<br />
caídos que aderiram à rebelião<br />
satânica; estes receberão, individualmente,<br />
sua sentença final (Jd 6).<br />
O verbo julgar e palavras<br />
relacionadas a esse verbo,<br />
tais como julgamento, julgado,<br />
juízo, dentre outras correlatas,<br />
aparecem 263 vezes em<br />
ambos os Testamentos<br />
(Concordância Bíblica Joshua.<br />
Central Gospel, 2012b, p. 719).<br />
1.2. Falsos cristãos e falsos obreiros<br />
Segundo as palavras de Jesus, naquele Dia — no dia do<br />
Juízo Final —, falsos cristãos comparecerão diante do grande<br />
trono branco e tentarão escapar da condenação eterna. Tais<br />
pessoas argumentarão que serviram ao Senhor e agiram em<br />
Seu nome, e a confirmação de suas palavras estaria nos sinais<br />
e maravilhas que operaram entre os homens durante toda a<br />
vida. Cristo, no entanto, as chamará de praticantes da iniquidade,<br />
ou seja, elas não escaparão ao Juízo do trono branco (Mt<br />
7.22,23).<br />
1.2.1. A manifestação do fruto do Espírito<br />
Esses homens e mulheres, autodenominados cristãos, demonstraram<br />
os dons espirituais, contudo não manifestaram<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
85
o fruto do Espírito — precisamos lembrar-nos sempre disto:<br />
dons, sem fruto, não garantem a salvação eterna.<br />
Tais pessoas supostamente conheceram a Deus, mas não<br />
foram conhecidas por Ele (Lc 13.27); utilizaram-se do nome<br />
de Cristo, mas aceitaram a proposta satânica de praticar a desobediência<br />
(Gn 3.5); produziram ações contrárias à vontade<br />
de Deus; foram amantes do dinheiro (1 Tm 6.10); adoraram a si<br />
mesmas; buscaram para si admiradores e estiveram cercadas<br />
de discípulos que não seguem a Cristo (2 Tm 3.1-5).<br />
1.3. A ressurreição de Cristo e o Juízo Final<br />
A ressurreição de Jesus é o fundamento da nossa fé (1 Co<br />
15.14). Observemos os testemunhos deste milagre incomparável:<br />
o testemunho da Palavra (Sl 16.10; Jo 11.25; 1 Co 6.14);<br />
o testemunho da Natureza (Mt 28.2);<br />
o testemunho do túmulo vazio (Mc 16.8);<br />
o testemunho dos anjos (Lc 24.4-7);<br />
o testemunho das mulheres (Lc 24.1);<br />
o testemunho dos discípulos (Mt 28.9; Mc 16.9; Lc 24.15,36;<br />
Jo 20.19; 21.1,14).<br />
Assim como nosso Salvador ressuscitou, todos os homens<br />
ressuscitarão para serem julgados por Ele (At 17.31; 1 Co<br />
15.1-23): uns para a salvação, na primeira ressureição; outros<br />
para a condenação, após o Milênio (Ap 20.5).<br />
2. A PRESTAÇÃO DE CONTAS<br />
Todos os homens, de todos os tempos e lugares, terão<br />
de prestar contas a Deus, seja diante do Tribunal de Cristo<br />
(2 Co 5.10), seja diante do trono branco (Ap 20.11-15). Essa<br />
prestação de contas evidenciará a trajetória terrena de cada<br />
um de nós.<br />
O sábio Salomão, inspirado por Deus, já havia dito: [...] há<br />
tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo<br />
de arrancar o que se plantou (Ec 3.2). Porque Deus há de<br />
trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer<br />
seja bom, quer seja mau (Ec 12.14).<br />
2.1. O registro dos livros<br />
No texto bíblico, são mencionados os seguintes tipos de livro:<br />
o livro da redenção (Ap 5.1); o livro das lágrimas (Sl 56.8);<br />
o livro das palavras (Mt 12.36,37); o livro da consciência (Rm<br />
2.15,16); o livro da natureza (Rm 1.25-27); o livro das escolhas<br />
(Js 24.15); o livro do Senhor (Is 34.16); o livro do concerto (2 Rs<br />
23.2); o livro de Deus (Sl 139.16); e o livro da vida (Sl 69.28).<br />
86 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Os livros terão um papel essencial<br />
no Juízo do trono branco.<br />
As recompensas são para cujos<br />
O mais importante deles é o livro<br />
da vida, no qual estarão escritos os<br />
nomes estão escritos no livro<br />
nomes dos salvos. Observe: da vida (Ap 3.5; 20.12; 21.27).<br />
Paulo, ao escrever aos filipenses, Pela divina graça, o Cordeiro<br />
mencionou as mulheres que trabalharam<br />
com ele no evangelho, povo, tribo e nação (Ap 5.9,10;<br />
morreu para redimir cada<br />
Clemente e os outros cooperadores,<br />
cujos nomes estão no livro as pessoas são responsáveis<br />
20.15; 21.27); no entanto,<br />
da vida (Fp 4.3).<br />
por suas escolhas, como<br />
No Livro do Apocalipse, João, em<br />
enfatizado pelo conteúdo de<br />
várias passagens, igualmente,<br />
outro conjunto de livros<br />
fez menção a esse livro (Ap 3.5;<br />
13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27). (Ap 20.12-13) (ROTZ, C.<br />
O livro das obras (2 Co 5.10 Central Gospel, 2015, p. 52).<br />
NVI), tão importante quanto o da<br />
vida, também será aberto no dia<br />
do Juízo. Grande parte dos comentaristas bíblicos afirma que<br />
cada pessoa tem um livro específico; nele, todos os nossos atos<br />
e pensamentos — exatamente da forma como os concebemos<br />
— estão sendo registrados e jamais serão apagados ou esquecidos<br />
(Is 65.6).<br />
2.2. Fazer o bem<br />
A recomendação paulina é extremamente relevante e pode<br />
ser parafraseada da seguinte maneira: façamos o bem e não<br />
olhemos a quem (Gl 6.9). Nunca deixemos de praticar o que é<br />
bom, direito, honesto, puro e cuja finalidade seja beneficiar,<br />
levantar, encorajar e ajudar aqueles que cruzarem o nosso<br />
caminho.<br />
O tempo para a prática de boas obras — que serão julgadas<br />
no Juízo do trono branco — é agora (Gl 6.10; Jo 9.4). Cada<br />
um de nós deve ser ensinável, ou seja, ter o coração aberto e<br />
disposto a aprender, com o Senhor, a contar o tempo de sua<br />
existência (Sl 90.12).<br />
3. O ÚLTIMO JULGAMENTO<br />
O dia do fim é uma realidade que não pode ser ignorada<br />
— o próprio Senhor Jesus anunciou que esse tempo chegaria<br />
(Mt 24.1-14):<br />
Diante dessa realidade bíblica, precisamos considerar com<br />
muita seriedade e responsabilidade alguns fatos sobre o Juízo<br />
do trono branco — o derradeiro julgamento estabelecido<br />
no plano divino —, que ocorrerá nos últimos dias da história<br />
humana. Vejamos:<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
87
será universal, e todos, obrigatoriamente, estarão de pé<br />
diante do trono do juízo (Ap 20.12);<br />
o Senhor Jesus, junto com o Pai, procederá o julgamento<br />
(Jo 5.22,27);<br />
os mortos ressuscitados, grandes e pequenos, serão julgados<br />
(Ap 20.12);<br />
haverá um veredito final, inapelável e inafiançável, para os<br />
julgados;<br />
o destino dos condenados será a segunda morte, ou seja, o<br />
espírito separa-se de Deus eternamente (Ap 20.15).<br />
CONCLUSÃO<br />
O apóstolo João viu um grande trono branco; essa visão,<br />
por si só, deveria levar-nos a refletir sobre nossa caminhada<br />
cristã. O trono é grande, para fazer-nos lembrar de quão ilimitado<br />
é o poder de julgamento do Altíssimo; ele é branco,<br />
para não nos deixar esquecer de que a justiça divina é perfeita<br />
(Sl 96.10).<br />
Matthew Henry disse que ninguém é tão mau que não tenha<br />
algum talento para apresentar a Deus, e ninguém é tão<br />
grandioso para evitar a jurisdição do grande trono branco.<br />
Mantenhamos nossos olhos fixos em Cristo Jesus, autor e<br />
consumador da nossa fé (Hb 12.2); apeguemo-nos até o fim<br />
à confiança que tivemos no princípio (Hb 3.14); sejamos fiéis<br />
até a morte, para recebermos do Senhor a coroa da vida (Ap<br />
2.10); e, por último, mas não menos importante, não nos cansemos<br />
de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não<br />
houvermos desfalecido (Gl 6.9).<br />
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO<br />
1. Quem estará diante do trono branco?<br />
R.: Todas as pessoas, exceto os salvos em Cristo que foram<br />
arrebatados na primeira ressurreição.<br />
2. Quais aspectos estão relacionados ao julgamento do trono<br />
branco?<br />
R.: (1) Julgamento pelas obras praticadas: Os mortos foram julgados<br />
de acordo com o que tinham feito, segundo o que<br />
estava registrado nos livros (Ap 20.12d NVI). (2) Julgamento<br />
pelo fato de não ter o nome registrado no livro da vida<br />
— esse último aspecto está relacionado à prova final do<br />
juízo, destituído de equívocos ou primazias — Se o nome de<br />
alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado<br />
no lago de fogo (Ap 20.15 NVI).<br />
88 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Lição 13<br />
Aula dada em<br />
DIA MÊS ANO<br />
Dois Destinos Finais<br />
TEXTO BÍBLICO BÁSICO<br />
Apocalipse 4.1,2<br />
1 - Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e<br />
a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe<br />
aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.<br />
2 - E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no<br />
céu, e um assentado sobre o trono.<br />
Mateus 6.19-21<br />
19 - Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem,<br />
e onde os ladrões minam e roubam.<br />
20 - Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem,<br />
e onde os ladrões não minam, nem roubam.<br />
21 - Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.<br />
Salmo 9.17<br />
17 - Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem<br />
de Deus.<br />
Oseias 13.14<br />
14 - Eu os remirei da violência do inferno e os resgatarei da morte; onde<br />
estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O<br />
arrependimento será escondido de meus olhos.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
89
TEXTO ÁUREO<br />
Porque sabemos<br />
que, se a nossa<br />
casa terrestre deste<br />
tabernáculo se<br />
desfizer, temos de<br />
Deus um edifício,<br />
uma casa não feita<br />
por mãos, eterna,<br />
nos céus.<br />
2 Coríntios 5.1<br />
SUBSÍDIOS PARA<br />
O ESTUDO DIÁRIO<br />
2ª feira – Jó 17<br />
Até os ferrolhos do inferno<br />
3ª feira – Mateus 6.19-24<br />
Tesouros permanentes no céu<br />
4ª feira – Mateus 25.14-30<br />
Pranto e ranger de dentes<br />
5ª feira – João 14.1-3<br />
Na casa do meu Pai há muitas moradas<br />
6ª feira – 1 Pedro 1.3-9<br />
Guardada nos céus para vós<br />
Sábado – Apocalipse 1.17-20<br />
E tenho as chaves da morte e do inferno<br />
OBJETIVOS<br />
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:<br />
compreender, pelas Sagradas Escrituras, que só existem<br />
dois destinos reservados ao homem na eternidade, céu ou<br />
inferno — não há outra opção;<br />
alertar o maior número de pessoas possível (familiares,<br />
amigos e conhecidos) acerca da realidade do inferno e de<br />
seus tormentos eternos;<br />
decidir firmemente, aqui e agora, pelo céu como seu destino<br />
final, mediante a confissão de Cristo como Salvador.<br />
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS<br />
Caro professor,<br />
Nos dias atuais, o educador (cristão ou secular) não deve<br />
prender-se a uma única fonte de informação. Isto não quer<br />
dizer que se deve abandonar o conteúdo da revista, preparada<br />
com grande zelo e esmero pelo comentarista; também<br />
não significa que se deve apenas ler o conteúdo da revista em<br />
classe, pois esse ato costuma ser traduzido como falta de consideração<br />
pelos alunos, que nutrem grande expectativa pela<br />
exposição do professor.<br />
Eis aí a importância e necessidade de o educador preparar-<br />
-se para ministrar a aula. As observações apontadas pelo Pr.<br />
Gilmar Vieira Chaves são bastante oportunas. Disse ele: O professor<br />
deve ministrar a sua aula, considerando os tópicos da<br />
revista e as ideias principais dos parágrafos de cada tópico.<br />
90 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
Contudo, não deve ficar restrito apenas a o que as revistas<br />
trazem. É preciso ter discernimento e coragem para pesquisar<br />
e ir — com responsabilidade — além do que está no material<br />
didático (CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 142).<br />
Boa aula!<br />
Palavra introdutória<br />
Os números possuem elevada importância na Escritura,<br />
tanto que, entre os 66 livros que a compõem, um deles recebeu<br />
o título de Números — o quarto volume da Bíblia, com 36<br />
capítulos, 1.288 versículos e 32.889 palavras.<br />
O número dois, aliás, aparece abundantemente no texto<br />
sagrado. Observe:<br />
duas portas (Mt 7.13,14);<br />
dois caminhos (Mt 7.13,14);<br />
duas árvores (Mt 7.18);<br />
dois senhores (Lc 16.13);<br />
dois alicerces (Mt 7.24-27);<br />
dois salteadores (Mc 15.27);<br />
duas mulheres (Lc 10.38-42);<br />
dois filhos (Lc 15.11-32);<br />
duas escolhas (Js 24.14-16);<br />
dois destinos (Jr 21.8).<br />
O final da História segue na mesma toada: apenas dois destinos<br />
aguardam a humanidade; não há uma terceira via. Desde<br />
a criação do homem, essas duas vias<br />
foram claramente estabelecidas:<br />
vida ou morte; céu ou inferno; luz<br />
ou trevas; tormento ou gozo eterno.<br />
Escolher entre uma dessas veredas<br />
é questão pessoal e intransferível.<br />
Por mais íntima, profunda e intensa<br />
que seja a relação entre duas<br />
ou mais pessoas, absolutamente<br />
ninguém pode decidir o destino de<br />
outrem; portanto, escolha corretamente<br />
o seu destino (Dt 30.19).<br />
Vamos conhecer uns aos<br />
outros no céu? Certamente!<br />
Como seres espirituais,<br />
haverá uma percepção<br />
espiritual entre todos os<br />
salvos [...]. Saberemos,<br />
no espírito, quem somos<br />
(CAITANO, J. Central Gospel,<br />
2010, p. 191).<br />
1. O CÉU É UM LUGAR REAL<br />
A palavra céu aparece mais de 500 vezes no texto bíblico,<br />
e pode ser entendida como: espaço indefinido em que se<br />
movem todos os astros; o ar, a atmosfera; região habitada por<br />
Deus e os anjos.<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
91
O salmista disse que a Palavra da Verdade, para sempre,<br />
está firmada nos céus (Sl 119.89 NVI). Isto nos leva à compreensão<br />
de que todo estudo sobre o céu começa no Eterno,<br />
continua com Ele e termina Nele. O Altíssimo é Seu único<br />
Criador (Gn 1.1) e também Seu único dono (Dt 10.14).<br />
Todos os que desejam, no fim dos tempos, habitar a morada<br />
celestial, obrigatória e invariavelmente, precisam estar<br />
conscientes desta realidade.<br />
1.1. Habitantes do céu<br />
Além do Deus soberano, santo e todo-poderoso que governa<br />
tudo e todos (1 Tm 6.15,16), no céu, está o Senhor Jesus, que<br />
vive à Sua destra (At 1.11; Cl 3.1; Hb 12.2). E, juntamente<br />
com o Pai e o Filho, está o Espírito Santo (Ap 14.13).<br />
Talvez alguém se pergunte: Ora, se o Espírito Santo está<br />
nos céus, como poderia estar na terra também? A resposta<br />
parece simples: de fato, Ele está em ambos os lugares ao mesmo<br />
tempo, porque é Deus — os atributos do Pai pertencem ao<br />
Filho e ao Consolador de igual modo. Um desses atributos é a<br />
onipresença, ou seja, a capacidade de fazer-se real em todos<br />
os espaços simultaneamente: no céu, na terra e em cada crente<br />
fiel, inclusive (1 Co 6.19).<br />
Além da santíssima Trindade, nos céus, estão os anjos: E<br />
olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais,<br />
e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e<br />
milhares de milhares (Ap 5.11). Além de servirem os cristãos<br />
como espíritos ministradores (Hb 1.14), os anjos adoram o<br />
Criador (Hb 1.6).<br />
1.2. Tronos no céu<br />
Os registros bíblicos mencionam vários tronos no céu,<br />
sempre indicando um símbolo de dignidade e poder soberano.<br />
Na visão apocalíptica, João contemplou 24 tronos magníficos<br />
ao redor do trono principal (trono de Deus), nos quais<br />
se assentavam 24 anciãos, com vestes brancas e com coroas<br />
áureas sobre suas cabeças (Ap 4.4).<br />
Vinte e quatro pode significar dois conjuntos de anciãos,<br />
representando o antigo (doze tribos) e o novo Israel (doze<br />
apóstolos), ou as horas em um dia e a divisão de turnos de<br />
oração, ou os autores dos livros do Antigo Testamento (ROTZ,<br />
C. Central Gospel, 2015, p. 115).<br />
1.2.1. O trono de Deus<br />
Dentre todos os tronos que aparecem na Bíblia, este é o mais<br />
importante (Sl 11.4). Por diversas vezes, a Palavra de Deus menciona<br />
que o Senhor Eterno está assentado em Seu trono (Sl<br />
47.8; 113.5; Is 6.1; Ap 7.10,15), e João indica o local em que<br />
92 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
esse trono está posto: no céu (Ap<br />
4.2; 5.13; 19.1,4; 21.1,5).<br />
Destacamos, a seguir, algumas<br />
características desse trono incomparável:<br />
o trono de Deus é alto e sublime<br />
(Is 6.1);<br />
o trono de Deus é poderoso (1 Rs<br />
22.19);<br />
o trono de Deus é santo (Sl 47.8);<br />
o trono de Deus se parece com<br />
chamas de fogo (Dn 7.9);<br />
o trono de Deus é chamado de<br />
trono da graça (Hb 4.16);<br />
o trono de Deus também é chamado<br />
de trono da Majestade (Hb<br />
8.1);<br />
diante do trono eterno estão os<br />
sete Espíritos de Deus (Ap 4.5).<br />
O Apocalipse é o texto<br />
mais importante do<br />
Novo Testamento para a<br />
compreensão da liturgia<br />
cristã e sua relação com a<br />
História [...]. Num mundo<br />
onde as forças do mal se<br />
opõem à Igreja, os hinos<br />
do Apocalipse expressam<br />
a resistência dos santos<br />
ao mal, celebrando e<br />
antecipando a vitória de<br />
Deus (ROTZ, C. Central<br />
Gospel, 2015, p. 52).<br />
1.3. Céus abertos<br />
Quando os céus estão abertos, algo acontece! O maior rei<br />
de Israel, Davi, declarou que os céus manifestam a glória de Deus<br />
(Sl 19.1); Isaías, o profeta messiânico, revelou que o céu é o trono<br />
de Deus (Is 66.1); Asafe, ministro de louvor no Antigo Testamento,<br />
afirmou que os céus anunciarão a justiça de Deus (Sl 50.6);<br />
Ageu, profeta cujo nome significa festivo, proclamou que Deus<br />
faz tremer os céus (Ag 2.6).<br />
Do mesmo modo, Estevão, o primeiro mártir cristão, viu os<br />
céus abertos e Cristo Jesus, de pé, aguardando por ele (At<br />
7.55,56). No rio Jordão, em Seu batismo, Jesus contemplou os<br />
céus abertos e o Espírito de Deus descendo sobre Ele. Naquele<br />
instante, o Senhor ouviu a voz do Pai declarar para todo o<br />
Cosmo ouvir: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo<br />
(Mt 3.16,17).<br />
2. A VERDADE BÍBLICA ACERCA DO INFERNO<br />
O teólogo Finis Jennings Dake discorre, com riqueza de detalhes,<br />
acerca do inferno: Hades, no grego, o mundo invisível<br />
dos espíritos, equivalente ao hebraico sheol (Sl 9.17) — por vezes<br />
traduzido como inferno —, aparece uma dezena de vezes no<br />
Novo Testamento (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31;<br />
Ap 1.18; 6.8; 20.13,14).<br />
Na língua grega, basanos [indo ao mais profundo e terrível<br />
nível de tortura ou sofrimento]; basanizo [torturar; estar sofrendo<br />
(Mt 8.6,29; Mc 5.7; Lc 8.28; Ap 9.5; 11.10; 14.10; 20.10)]; basa-<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
93
nismos [tortura (Ap 14.11)]; e odunao [o estado de luto, tristeza<br />
e sofrimento (Lc 16.24,25)] são palavras usadas para indicar<br />
o presente e eterno inferno (sheol, hades e gehenna).<br />
No texto bíblico, o inferno é relatado como:<br />
um lugar de trevas, onde as pessoas permanecerão na escuridão<br />
eterna (Mt 8.12);<br />
um lugar onde o fogo — que representa a ira de Deus punindo<br />
os ímpios — nunca se apagará (Is 33.14);<br />
um lugar de aflições e angústias indescritíveis, onde o bicho<br />
que não morre é o remorso eterno (Mc 9.43,48);<br />
uma prisão eterna (Mt 5.25,26).<br />
Originalmente, havia duas<br />
sessões do Hades, uma<br />
para os salvos e outra para<br />
os perdidos. A sessão dos<br />
salvos é, às vezes, chamada<br />
de Paraíso (Lc 23.43);<br />
outras vezes, é chamada de<br />
seio de Abraão (Lc 16.22)<br />
(WILLMINGTON, H. L. Central<br />
Gospel, 2015, p. 596).<br />
2.1. O Senhor Jesus e o inferno<br />
Mesmo com a crescente incredulidade<br />
acerca da existência do inferno<br />
na pós-modernidade, não podemos<br />
nos esquecer de que o Senhor<br />
Jesus, por várias vezes, referiu-se ao<br />
inferno como um lugar real de tormentos<br />
(Lc 16.23), criado por Deus<br />
para punir o diabo, os demônios e,<br />
consequentemente, os ímpios que<br />
se esquecem de Deus (Sl 9.17).<br />
2.2. O inferno aguarda seus<br />
moradores eternos<br />
Quem habitará essa morada eterna<br />
de sofrimento, tristeza e, acima de tudo, separação de Deus?<br />
A maldição infernal está destinada a todos que rejeitarem<br />
o dom de Deus em Cristo Jesus (Mt 25.41; Rm 6.23). Serão<br />
eles:<br />
os falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.24);<br />
os homens e mulheres infiéis (Mt 24.48-51);<br />
os tímidos, os incrédulos, os abomináveis e os homicidas<br />
(Ap 21.8);<br />
os fornicadores e os feiticeiros (Ap 21.8);<br />
os idólatras e todos os mentirosos (Ap 21.8);<br />
os injustos, obstinados, os ímpios e pecadores (1 Tm 1.9);<br />
os que se esquecem de Deus (Sl 9.17).<br />
3. ESCOLHA O SEU DESTINO FINAL AQUI<br />
E AGORA<br />
Apesar de Deus poder controlar nossas escolhas, Ele não<br />
o faz. O Criador dotou-nos de livre-arbítrio, ou seja, da capacidade<br />
94 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
de decidir o que ser ou fazer. Nossa consciência, a voz interior da<br />
alma, avisa-nos o que acontece, sem, contudo, determinar o que<br />
devemos escolher.<br />
Em sendo assim, enquanto estamos aqui, agora, devemos escolher<br />
o céu como nosso destino final (Jo 3.16-18).<br />
3.1. Os cidadãos do céu serão recompensados<br />
Diversas passagens bíblicas corroboram o ensinamento sobre<br />
a distribuição de galardões aos fiéis, no Dia de Cristo (Sl<br />
58.11; 62.12; Is 40.10; 62.11; Mt 6.1,2; 10.42; Lc 6.35; 1 Co<br />
3.8,14; Hb 10.35,36; 11.6; 2 Jo 1.8; Ap 2.23; 11.18). Quando o<br />
Senhor Jesus apresentar ao Pai a Esposa do Cordeiro (a Igreja),<br />
haverá uma grande festa no céu, a celebração da vitória, a<br />
distribuição das recompensas.<br />
3.2. Como garantir o céu como destino final?<br />
Esses são os passos para garantir o céu como destino final,<br />
percorra-os e garanta já o seu futuro:<br />
reconhecer que é pecador (Rm 3.23-26);<br />
arrepender-se dos seus pecados (Mc 1.15; At 2.38);<br />
crer e confessar Jesus como seu Salvador e aceitá-lo como<br />
Senhor (At 16.31; Rm 10.9,10).<br />
CONCLUSÃO<br />
A doutrina do destino e estado final de todos os homens<br />
encontra-se claramente registrada na Bíblia. Um dos mais<br />
perfeitos exemplos foi narrado pelo Senhor Jesus, na parábola<br />
do homem rico e de um mendigo chamado Lázaro (Lc<br />
16.19-31).<br />
Diante da verdade bíblica sobre os dois destinos finais,<br />
devemos atender ao clamor do profeta boiadeiro, que disse:<br />
Prepara-te [...] para te encontrares com o teu Deus (Am<br />
4.12). (Am 4.12).<br />
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO<br />
1. Quais são os dois destinos finais e eternos possíveis aos<br />
homens? Como escapar do inferno?<br />
R.: Os dois destinos finais e eternos possíveis aos homens são:<br />
o céu para os justos, e o inferno para os injustos. Todo homem<br />
pode escapar do inferno, se: reconhecer que é pecador<br />
(Rm 3.23-26); arrepender-se dos seus pecados (Mc<br />
1.15; At 2.38); crer e confessar Jesus como seu Salvador e<br />
aceitá-lo como Senhor (At 16.31; Rm 10.9,10).<br />
Grandes temas do Apocalipse — Uma perspectiva profética impressionante dos últimos tempos<br />
95
Bíblia Sagrada. Almeida Revista e Corrigida. São Paulo: Sociedade Bíblica do<br />
Brasil, 2009.<br />
______. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central<br />
Gospel, 2014.<br />
______. Português. Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo: Sociedade Bíblia do<br />
Brasil, 2001.<br />
______. Português. Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Rio de <strong>Jane</strong>iro:<br />
Central Gospel, 2005.<br />
______. The Ryrie Study Bible. Chicago: The Moody Bible Institute, 1976.<br />
BOICE, James M. Fundamentos da Fé Cristã. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central Gospel,<br />
2011.<br />
Concordância Bíblica Abreviada. São Paulo: Editora Vida, 2003.<br />
CAITANO, Joá: Apocalipse, os Mistérios Revelados. São Paulo: Editora Geográfica,<br />
2006.<br />
______. Os Mistérios do Apocalipse. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central Gospel, 2010.<br />
______. Escatologia Revelação do Futuro. Belém do Pará: Editora Boas Novas,<br />
2016.<br />
CHAVES, Gilmar. Educação Cristã: Uma Jornada para Toda a Vida. Rio de<br />
<strong>Jane</strong>iro: Central Gospel, 2012.<br />
HAGER, J. The Beginning of the End [O Começo do Fim]. Editora Caribe, 1996.<br />
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de <strong>Jane</strong>iro:<br />
Objetiva, 2009.<br />
KAMPEN, Robert Van. The Sign [O Sinal]. New Publishers, 1996.<br />
KREEFT; Peter; TACELLI, Ronald K. Manual de Defesa da Fé. Rio de <strong>Jane</strong>iro:<br />
Central Gospel, 2008.<br />
STRONG, J. The Strongest Strong’s Exhaustive Concordance of the Bible.<br />
Grand Rapids, MI: Zondervan, 2001.<br />
LOCKER. H. Apocalipse, o Drama dos Séculos. São Paulo: Editora Vida, 1992.<br />
MALAFAIA, Silas. Renovação Espiritual é Fundamental. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central<br />
Gospel, 2012.<br />
MURDOCK, Mike. Manual sobre o Espírito Santo. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central<br />
Gospel, 2007.<br />
OLIVEIRA, Oseias Gomes. Concordância Bíblica Exaustiva Joshua, Vol. 2. Rio<br />
de <strong>Jane</strong>iro: Central Gospel, 2012.<br />
RADMACHER, Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE, H. Wayne (ed.). O Novo<br />
Comentário Bíblico. 2 Vol. AT e NT. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central Gospel, 2010.<br />
RODRIGUES, Alex (et al). Didática Contemporânea: A Hora da Virada. Rio de<br />
<strong>Jane</strong>iro: Abrindo Página, 2015.<br />
ROTZ, Carol. Novo Comentário Bíblico Beacon: Apocalipse. Rio de <strong>Jane</strong>iro:<br />
Central Gospel, 2016.<br />
VARUGHESE, Alex (ed.). Descobrindo a Bíblia. Rio de <strong>Jane</strong>iro: Central Gospel,<br />
2013.<br />
WALVOORD, John F. Armageddon, Oil and Terror [Armagedom, Óleo e Terror].<br />
Illinois: Tyndale House Publishers, 2007.<br />
WILLMINGTON, H. Guia de Willmington para a Bíblia. 2 Vol. Rio de <strong>Jane</strong>iro:<br />
Central Gospel, 2015.<br />
96 Lições da Palavra de Deus <strong>PROFESSOR</strong> <strong>53</strong>
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Rio de <strong>Jane</strong>iro : Rua Honório Bicalho, 102 – Penha (21) 3888-4511 | (21) 2671-4290
LANÇAMENTOS QUE VOCÊ<br />
PRECISA TER EM CASA.<br />
Busca Sagrada - Não se case<br />
até ler este livro!<br />
15x23 cm | 224 páginas<br />
Neste livro, o autor transformará<br />
a maneira como você olha para<br />
os relacionamentos românticos.<br />
Start para o bem-estar:<br />
#TodoDiaÉUmNovoComeço<br />
15,5x23 cm | 176 páginas<br />
Experimente uma vida mais saudável<br />
com a medicina para o bem-estar.<br />
Liderança Relacional<br />
15,5x23 cm | 264 páginas<br />
Um livro valioso para quem<br />
está em posição de liderança.<br />
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produtos com um REVENDEDOR<br />
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Esta Bíblia reúne ajudas especiais para todos os que pregam o evangelho ou exercem algum cargo de liderança<br />
na Igreja. Ela disponibiliza os tesouros que têm sido utilizados ao longo de 66 anos por um pregador<br />
que começou seu ministério aos 11 anos de idade, e que tem sido usado por Deus como a mais eloquente<br />
voz do pentecostalismo brasileiro.<br />
Além de oito estudos especiais para pregadores, o leitor encontrará nesta Bíblia quatro categorias<br />
de ajuda para a<br />
ESBOÇOS: Centenas de esboços de mensagens que o Senhor tem dado ao seu autor ao longo<br />
de seus 66 anos atuando como pregador da Palavra de Deus.<br />
CURIOSIDADES: São todos os diamantes que o autor tem encontrado dentro da arca de<br />
tesouros da Bíblia.<br />
NOTAS: É uma curiosidade enriquecida, expandida.<br />
SEMENTES: Em vez de meramente construir um esboço completo com sua visão particular,<br />
seus conhecimentos bíblicos, sua cultura geral, suas experiências e estilo de pregador, o pastor<br />
Geziel criou mais de 1.700 sementes que levarão o leitor que está manuseando esta Bíblia a<br />
utilizar seu próprio estilo na preparação do seu sermão.<br />
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