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10 Cidade Foz do Iguaçu, segunda-feira, 16 de abril de 2018<br />
EDUCAÇÃO<br />
Leandro Mazzini<br />
Cerco ao Crime<br />
Especialistas dos Estados Unidos, Chile, Argentina e Brasil desembarcam<br />
hoje em Foz do Iguaçu para o maior evento na cidade que<br />
começa amanhã, sobre o crime de contrabando e pirataria. Com foco no<br />
debate de soluções, o Seminário Illegal Market - The Threat of Transnational<br />
Organized Crime in The Southern Cone (Mercado Ilegal - A Ameaça<br />
do Crime Organizado Transnacional no Cone Sul) vai reunir 40 jornais de<br />
5 países. Além de nomes da Receita Federal, PRF, PF e outras entidades,<br />
as estrelas do evento são os palestrantes Douglas Farah e Vanessa<br />
Newmann, de Washington DC, dois dos maiores especialistas do mundo<br />
em crimes de descaminho, contrabando e terrorismo.<br />
Ética na Pauta<br />
O evento é promovido pelo ETCO - Instituto Brasileiro de Ética<br />
Concorrencial, presidido por Edson Vismona, em parceria com ENE-<br />
COB - Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros,<br />
e tem a Coluna como media partner.<br />
Foz de Turistas<br />
O bureau de turismo de Foz do Iguaçu (PR) está comemorando.<br />
Pelo menos 11 voos internacionais diários que aterrissam na vizinha<br />
Puerto Iguazu, Argentina, serão redirecionados para a cidade turística<br />
brasileira a partir de semana que vem, por meses, devido à reforma no<br />
terminal hermano. É o dobro de voos que Foz já recebe diariamente. No<br />
entanto, o pequeno Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas<br />
(PR) não acompanha a pujança do turismo. São constantes os transtornos,<br />
já que o terminal oferece apenas duas esteiras aos milhares de<br />
turistas, além de constantes problemas no ar-condicionado.<br />
Infraero<br />
Procurada pela Coluna, a Infraero não se manifestou sobre os<br />
problemas no aeroporto de Foz até o fechamento desta edição.<br />
Negócio$<br />
Foz tem se tornado um pólo internacional de turismo de negócios.<br />
São mais de 10 grandes eventos por semana. A cidade é mais que<br />
Cataratas. Há parques temáticos e novos hotéis.<br />
Estado de Exceção<br />
O presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Wellington<br />
Leonardo da Silva, sustenta que o Brasil vive um estado de<br />
exceção. "Qualquer país do mundo, onde aqueles cujo papel fundamental<br />
é o de zelar pela observância dos preceitos constitucionais agem de<br />
maneira tendenciosa, vive um estado de exceção", afirma, ao criticar<br />
principalmente o Judiciário.<br />
Críticas<br />
Sobre as críticas isoladas de economistas à entidade, Wellington<br />
minimiza: "Eu defendo e aprecio a democracia de tal forma que pouco<br />
importa quando a crítica é exercida contra uma ou outra opinião".<br />
Segunda Instância<br />
Diante da impossibilidade de o Congresso votar Propostas de<br />
Emenda à Constituição (PEC), devido à intervenção no Rio, o senador<br />
tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apresentou projeto de lei (PLS<br />
147/2018) para tornar automática a prisão após decisão de segunda<br />
instância.<br />
Recursos<br />
Na justificativa do projeto, o tucano afirma que "os recursos às<br />
instâncias especial e extraordinária não podem obstaculizar o cumprimento<br />
da pena".<br />
Projeto incentiva a leitura e<br />
as artes nas escolas de Foz<br />
Estudantes participam de oficinas e atividades culturais gratuitas<br />
AI Guatá<br />
Reportagem<br />
Áurea Cunha<br />
Fotografias<br />
Iniciativa voltada a estudantes<br />
da rede estadual<br />
de educação promove a formação<br />
de leitores e incentiva<br />
a expressão e a circulação<br />
cultural nas escolas de<br />
Foz do Iguaçu. O Festival<br />
Auê Literário é realizado<br />
pela Associação Guatá, em<br />
parceira com os estabelecimentos<br />
de ensino e professores,<br />
com o patrocínio da<br />
Itaipu Binacional.<br />
A cada semestre, duas<br />
instituições recebem as atividades<br />
do programa. Nesta<br />
primeira etapa, o projeto<br />
acontece nos colégios<br />
Gustavo Dobrandino da<br />
Silva e Flávio Warken. Mediadores<br />
de leitura e agentes<br />
culturais desenvolvem<br />
cursos, workshops, oficinas<br />
e outras atividades formativas<br />
durante encontros<br />
continuados.<br />
O objetivo é estimular a<br />
leitura e a produção cultural<br />
dos estudantes, por<br />
Oficinas estimulam a leitura e a criatividade<br />
Ação reúne oficinas e atividades culturais nas escolas<br />
meio de textos, poemas, vídeos,<br />
fotografias, artes e outras<br />
manifestações. Ao final<br />
do ciclo formativo, acontece<br />
em cada escola a mostra<br />
cultural Auê Literário, com<br />
as criações dos participantes<br />
do projeto elaboradas<br />
durante as oficinas, exposições,<br />
banca literária e<br />
apresentações artísticas.<br />
A estudante Lara Vitória<br />
Pereira, do Colégio<br />
Gustavo Dobrandino da<br />
Silva, destaca que as ações<br />
do projeto incentivam a criatividade<br />
e a leitura dos gêneros<br />
literários, como a expressão<br />
poética. "Vimos<br />
que a poesia está muito<br />
mais presente nas coisas do<br />
que a gente imagina. Tem<br />
poesia na música, por exemplo",<br />
aponta.<br />
Aluno do Colégio Flávio<br />
Warken, Leonardo Damacena<br />
de Oliveira conta que<br />
ficou surpreso com os materiais<br />
apresentados pelas<br />
mediadores de leitura durante<br />
os exercícios. "O que<br />
eu mais gostei foi da oficina<br />
em que descobri objetos<br />
que não conhecia, como a<br />
câmera fotográfica com filme,<br />
o carimbo antigo e o<br />
texto em braile", diz.<br />
Cultura e educação<br />
A professora Angela<br />
Moreira, do Colégio Gustavo<br />
Dobrandino da Silva, na<br />
Região Sul de Foz do Iguaçu,<br />
destaca a importância da<br />
relação da escola com os projetos<br />
sociais e culturais. "Os<br />
alunos conseguem desenvolver<br />
seus talentos de forma<br />
mais livre para criar, pois<br />
muitos deles fazem música,<br />
poesia, desenhos", frisa.<br />
Ela ressalta a conexão<br />
entre as atividades do Festival<br />
Auê Literário e os conteúdos<br />
curriculares. "Valorizamos<br />
a interdisciplinaridade<br />
e achamos que essas<br />
atividades lúdicas abrem<br />
novas fórmulas para o professor<br />
trabalhar a leitura, a<br />
poesia e arte", diz Angela<br />
Moreira. "A interação reforça<br />
os laços entre os alunos,<br />
e isso é muito importante<br />
para a escola", afirma.<br />
Escola e comunidade<br />
Para Fabiola Bomdia,<br />
diretora auxiliar do Colégio<br />
Flávio Warken, localizado<br />
na Vila C, na área norte da<br />
cidade, projetos culturais<br />
complementam os conteúdos<br />
básicos trabalhados na<br />
escola. "Muitas vezes, os<br />
conteúdos precisam de um<br />
olhar diferenciado para que<br />
os estudantes mergulhem à<br />
fundo no ambiente cultural<br />
dentro da escola", expõe.<br />
Segundo ela, a ação de<br />
leitura e de expressões realizada<br />
pela Associação<br />
Guatá aproxima a comunidade<br />
da escola e contribui<br />
para as práticas educativas.<br />
"A escola não pode ser uma<br />
ilha, desconectada da comunidade,<br />
tem que estar aberta<br />
para projetos como esse.<br />
É uma iniciativa que pode<br />
estimular novas práticas de<br />
aprendizado ou complementá-las",<br />
pontua.<br />
Mais informações:<br />
www.guata.com.br.