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Edição Março/Abril - 2018

Edição de Março/Abril 2018 da Revista Ferroviária

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entrevista<br />

Boas expectativas em Paranaguá<br />

Nos últimos sete anos, o Porto de<br />

Paranaguá colocou em prática uma série<br />

de melhorias com o objetivo de aumentar<br />

a capacidade de movimentação de cargas.<br />

O resultado disso foram recordes atrás de<br />

recordes. Em 2017, por exemplo, foram<br />

51,5 milhões de toneladas movimentadas,<br />

considerando cargas de importação e de<br />

exportação, segundo a Administração dos<br />

Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). O<br />

número representa um aumento de 14,2%<br />

em relação a 2016, quando foram operadas<br />

45,1 milhões de toneladas.<br />

O modal rodoviário responde por 80%<br />

das cargas transportadas até o porto.<br />

O trem movimenta 20% do volume –<br />

cerca de 9 milhões de toneladas/ano. No<br />

entanto, a chegada de vagões ao litoral de<br />

Paranaguá pode crescer consideravelmente<br />

caso vingue o projeto da Nova Ferroeste,<br />

que está dividida em dois trechos: um<br />

de 400 quilômetros, ligando o Porto de<br />

Paranaguá a Guarapuava (PR). O segundo,<br />

com aproximadamente 600 quilômetros, de<br />

Guarapuava até Dourados (MS), passando<br />

por Guaíra. O projeto cria um novo acesso ao<br />

Porto de Paranaguá, sem passar pela Malha<br />

Sul da Rumo.<br />

O diretor-presidente da Appa, Lourenço<br />

Fregonese, que acabou de assumir o cargo<br />

após Luiz Henrique Dividino pedir demissão,<br />

no fim de março, é um entusiasta da nova<br />

ferrovia. “Eu diria que com a construção da<br />

ferrovia no ramal Oeste e com a aplicação<br />

de melhorias no ramal Norte, podemos<br />

falar em elevar de 20% para 60, 70% essa<br />

participação. Inverteria a matriz”.<br />

Fregonese também falou sobre a chegada<br />

dos chineses ao Terminal de Contêineres<br />

de Paranaguá (TCP) e disse acreditar que<br />

a presença estrangeira no porto estimule<br />

investimentos privados na construção da nova<br />

ferrovia. A estatal chinesa China Merchants<br />

Port Holding (CMPorts) oficializou em fevereiro<br />

a compra de 90% do TCP, por R$ 2,9 bilhões.<br />

Lourenço Fregonese é formado em<br />

Direito e tem 16 anos de experiência na<br />

área portuária. Foi diretor empresarial da<br />

Appa de 1995 a 2002 e de 2011 a março<br />

de <strong>2018</strong>, trabalhando principalmente na<br />

aproximação e diálogo entre operadores<br />

portuários e arrendatários do porto<br />

paranaense. Além disso foi vereador em<br />

Paranaguá em 1988, presidente da Câmara<br />

de Vereadores do município e deputado<br />

estadual em 1991. Também já atuou como<br />

presidente do Instituto de Previdência de<br />

Curitiba de 2005 a 2008.<br />

Lourenço Fregonese<br />

Diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa)<br />

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REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Março</strong>/<strong>Abril</strong> DE <strong>2018</strong>

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