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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Índice:<br />
Nossos preços: página: 5.<br />
Livro de Abdias Nascimento: Há 40 anos, denunciava<br />
violência contra população negra do Brasil. Página 7.<br />
Guilherme Lopes: Se tornou o doutor mais jovem do<br />
Brasil. Página 11.<br />
160 livros essenciais da literatura mundial: Quais<br />
vocês já leram? Página 13.<br />
Professora Kiusam: Interpela MEC sobre o Ensino da<br />
História e Cultura Afro-Brasileira. Página 15.<br />
Imagens grátis: Em alta resolução 19 sites para<br />
conseguir. Página 17.<br />
12 livros imperdíveis: Para quem sonha ter a própria<br />
startup. Página 19.<br />
Livros e citações: Traz novidades sobre os últimos<br />
lançamentos de livros. Página 21.<br />
Alexandra Marques: Segredos da Descolonização de<br />
Angola. Página 23.<br />
50 Livros: que todo jovem deve ler. Página 25.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Escritor Ondjaki: Vence prêmio brasileiro de<br />
literatura para crianças e jovens. Página 27<br />
Algumas dicas: De Português. Página 29<br />
Um milhão de indígenas brasileiros: Buscam<br />
alternativas para sobreviver. Página 33<br />
Camila Pitanga: 'Ser brasileiro e negro é quase<br />
insustentável'. Página 37<br />
'Terra é prisão galáctica para os humanos': Diz<br />
pesquisador americano. Página 39.<br />
Andrew Sean Greer: Vence Pulitzer de ficção com<br />
romance "Less"'. Página 43.<br />
Top 5: Os cinco melhores livros do mês. Página: 45<br />
Vencedor do concurso do mês de <strong>maio</strong>: Foi a nossa<br />
leitora Flora Seraphim. Página 47.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Patrocinadores<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Há 40 anos, livro de Abdias Nascimento<br />
denunciava violência contra população negra do<br />
Brasil.<br />
Quarenta anos depois, o livro de Abdias Nascimento –<br />
uma obra de referência no debate étnico-racial – é<br />
relançado para denunciar a violência contra a<br />
população negra no Brasil.<br />
Falecido em 2011, aos 97 anos, Abdias deixou um<br />
legado de luta contra o racismo na literatura, na política<br />
e em muitos aspectos da sociedade brasileira. O ativista<br />
– que viveu exilado entre 68 e 81, durante a ditadura<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 7
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
militar – foi senador, deputado, escultor, ator e<br />
fundador do Teatro Experimental do Negro.<br />
Em <strong>2018</strong>, ‘O genocídio do negro brasileiro: processo<br />
de um racismo mascarado’, de Abdias Nascimento,<br />
completa 40 anos.<br />
Para denunciar a violência contra a população negra,<br />
uma marca persistente da sociedade brasileira, Elisa<br />
Larkin Nascimento – viúva de Abdias – relança o livro,<br />
escrito a partir de pesquisa apresentada na Nigéria em<br />
1977.<br />
“Esse texto, que foi banido do Festival Mundial de<br />
Arte e Cultura Negras, na Nigéria, falava da<br />
democracia racial como um mito e trazia à tona a<br />
constatação da situação de genocídio do negro<br />
brasileiro”, contou Elisa, diretora do Instituto de<br />
Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros (Ipeafro), ao<br />
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil<br />
(UNIC Rio).<br />
Na ocasião, a fala de Abdias, que questionava a ideia<br />
de que o Brasil experimentava uma plena e harmoniosa<br />
convivência racial, foi substituído pela palestra do<br />
professor Fernando A. A. Mourão, que defendia que o<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 8
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Brasil havia resolvido o problema do racismo, vivendo<br />
em uma sociedade de “democracia racial”.<br />
Apesar de ter sido proibido de participar como orador,<br />
Abdias não se calou. O seu texto foi publicado em<br />
inglês e distribuído aos participantes do colóquio.<br />
O livro, que aborda a violência e abusos contra a<br />
população negra, bem como o histórico da escravidão<br />
dos descendentes de africanos no Brasil, dialoga com a<br />
Década Internacional de Afrodescendentes (2015-<br />
2024), reconhecida pela comunidade internacional<br />
como grupo distinto cujos direitos humanos precisam<br />
ser promovidos e protegidos.<br />
O Brasil foi o país que mais recebeu africanos<br />
escravizados – cerca de 5 milhões dos 10 milhões que<br />
chegaram ao continente americano – durante os cerca<br />
de 350 anos de tráfico transatlântico, entre os séculos<br />
16 e 19. O Brasil também foi o último país das<br />
Américas a abolir a escravidão, em 1888.<br />
“Abdias argumentava que não era apenas a matança,<br />
mas a extinção dos valores <strong>culturais</strong> de um povo.<br />
Houve uma política de Estado de repressão às<br />
religiões de matrizes africanas, que foram o esteio das<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
expressões <strong>culturais</strong>. Hoje, temos uma situação<br />
caracterizada da continuação desse genocídio, a<br />
violência continua tendo motivação racista carrega o<br />
ódio racial e reforça estereótipos ligando a população<br />
negra à criminalidade”, lamenta a escritora.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
O doutor mais jovem do Brasil é negro e filho<br />
de pedreiro e costureira.<br />
Jovem negro de 26 anos, Guilherme Lopes se tornou o<br />
doutor mais jovem do Brasil. Filho de pedreiro e<br />
costureira, o universitário teve sua tese de doutorado<br />
em biologia aprovada pela UFPI, em Paranaíba, Piauí.<br />
Foi por meio da bolsa que Guilherme, natural de<br />
Piripiri, no Piauí, teve a oportunidade de passar um ano<br />
na Espanha aperfeiçoando sua pesquisa no<br />
Departamento de Farmacologia da Universidade de<br />
Sevilla.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Aluno de escola pública, o caminho de Guilherme<br />
Lopes foi pavimentado em função do ENEM e do<br />
PROUNI, facilitadores para que conseguisse bolsa de<br />
estudos no curso de Biomedicina da Faculdade<br />
Maurício de Nassau, na capital Teresina.<br />
Atualmente lecionando nas disciplinas de Farmácia e<br />
Enfermagem na Faculdade Chrisfapi, o jovem ressaltou<br />
o apoio para concluir o objetivo de se tornar Doutor.<br />
“Lancei-me ao novo, vivenciei o inesperado, saboreei o<br />
doce e o amargo, mas em todo o tempo o Todo<br />
Poderoso cuidou de mim”, declarou ao site Awebic.<br />
Jornalista: Kauê Vieira.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
160 livros essenciais da literatura mundial:<br />
Quais vocês já leram?<br />
“O mundo está cheio de livros fantásticos que ninguém<br />
lê.” – Umberto Eco.<br />
Não foi fácil escolher, mas aqui está uma lista com 160<br />
grandes títulos da literatura mundial, incluindo obras<br />
nacionais e latino-americanas.<br />
A lista apresentada pela <strong>Revista</strong> Prosa, Verso e Arte<br />
tem por objetivo tanto estimular a leitura dos clássicos,<br />
como incentivar que os leitores e leitoras produzam<br />
suas próprias listas. Então, diga-nos, quais destes<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 13
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
títulos você já leu, quais pretendem ler e quais outros<br />
você indicaria a leitura?!<br />
A lista completa dos livros você encontra no site<br />
<strong>Revista</strong> Prosa, Verso e Arte.<br />
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Breve lançamento!<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 14
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
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Professora Kiusam interpela MEC sobre o<br />
Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira.<br />
Pelo Cumprimento da Constituição Federal, do<br />
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), da Lei de<br />
Diretrizes e Bases como Garantias para o Trato<br />
Pedagógico da Diversidade Étnico-Racial na Educação<br />
Brasileira.<br />
Com o objetivo de preparar ações judiciais<br />
emblemáticas que favoreçam a efetivação dos arts. 26A<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
e 79B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, os(as)<br />
signatários(as) da presente petição resolveram<br />
interpelar administrativamente o Ministério da<br />
Educação, requerendo as seguintes informações:<br />
Informações completas e detalhadas sobre dotação<br />
orçamentária, programas, ações, metas, indicadores e<br />
resultados da implementação dos artigos 26A e 79B da<br />
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.<br />
Informações sobre impacto e resultados da<br />
implementação dos arts. 26A e 79B no âmbito de todo<br />
o currículo escolar do ensino fundamental e médio,<br />
destacando especificamente o impacto nas disciplinas<br />
de história, literatura e educação artística, nos exatos<br />
termos do art. 26A, § 2º, da LDB;<br />
Informações sobre impacto e resultados da<br />
implementação dos arts. 26A e 79B nos<br />
estabelecimentos públicos de ensino fundamental e<br />
médio;<br />
Informações sobre impacto e resultados da<br />
implementação dos arts. 26A e 79B nos<br />
estabelecimentos privados de ensino fundamental e<br />
médio. Cenbrasil<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
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Para quem procura imagens gratuitas sem copyright,<br />
esses sites dão ótimas dicas. Além de visualizar<br />
fotografias belíssimas de todo tipo, você poderá usá-las<br />
sem nenhum problema, porque os autores liberaram o<br />
uso dessas imagens. Confira no site marketing de<br />
conteúdo. Vale a dica!<br />
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***<br />
12 livros imperdíveis para quem sonha ter a<br />
própria startup (empresas iniciantes).<br />
Mariana Fonseca.<br />
Dos livros clássicos aos nacionais, confira obras que<br />
dão lições valiosas sobre como criar negócios<br />
inovadores e escaláveis:<br />
Por isso, EXAME compilou algumas obras que falam<br />
sobre o cenário de startups, as características dos<br />
inovadores e a gestão de empreendimentos disruptivos.<br />
Os livros vão de clássicos do mundo do<br />
empreendedorismo até obras nacionais recentes.<br />
Confira, a seguir, 12 livros imperdíveis para quem<br />
sonha ter a própria startup: No site da revista Exame.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 19
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Livros e citações: Traz novidades sobre os<br />
últimos lançamentos de livros.<br />
O site traz novidades dos últimos lançamentos, dicas<br />
de novos títulos publicados para os amantes da leitura,<br />
com nomes famosos de grandes autores. Confira no<br />
site Livros e citações.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 21
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Segredos da Descolonização de Angola.<br />
De Alexandra Marques.<br />
Toda a verdade sobre o <strong>maio</strong>r tabu da presença<br />
portuguesa em África.<br />
Que segredos poderão ser revelados sobre a<br />
descolonização de Angola? O que terá sido discutido<br />
na ilha do Sal (em Setembro de 1974) entre Spínola e<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Mobutu sobre as condições de transferência do Poder<br />
para a FNLA? Que facilidades concedeu o almirante<br />
Rosa Coutinho aos Movimentos de Libertação ainda<br />
antes do Acordo do Alvor? Porque insiste Almeida<br />
Santos que as reuniões de Argel (em Novembro de<br />
1974) entre Melo Antunes e Agostinho Neto<br />
resultaram no guião da Penina? Porque quiseram os<br />
negociadores nacionais manter secreto o protocoloanexo<br />
ao Acordo que nunca foi divulgado? E que<br />
posição assumiram em relação aos bens imóveis dos<br />
portugueses residentes no território? Qual o papel de<br />
Mário Soares enquanto Ministro dos Negócios<br />
Estrangeiros? Qual a razão do conflito entre a<br />
Coordenadora do Programa do MFA para Angola e o<br />
Alto Comissário Silva Cardoso?<br />
A venda no Wook.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 24
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
50 Livros: que todo jovem deve ler.<br />
Existem alguns livros essenciais para jovens que ainda<br />
estão formando as suas opiniões e valores. Vejam quais<br />
são: A leitura é uma das atividades que mais tem o<br />
poder de mudar opiniões e valores. Por isso, para<br />
jovens que ainda estão em processo de formação e<br />
conhecendo o mundo, existem alguns livros que podem<br />
ser importantes para o momento em que eles estão.<br />
Confira a lista de 50 obras que todo jovem deve ler e<br />
baixe algumas delas gratuitamente na Biblioteca do site<br />
Angola formativa.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 25
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Lançamento em breve!<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 26
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Ondjaki vence prêmio brasileiro de literatura<br />
para crianças e jovens.<br />
O livro A Bicicleta Que Tinha Bigodes, do autor<br />
angolano Ondjaki, foi escolhido pela Fundação<br />
Nacional do Livro Infantil e Juvenil brasileira como o<br />
melhor título destinado a crianças e jovens, relativo a<br />
2012. Esta obra já tinha sido distinguida em Portugal<br />
com o Prêmio Bissaya Barreto de Literatura para a<br />
Infância.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Ondjaki ficou satisfeito com esta nova distinção vinda<br />
do Brasil. “Fico contente. Por mim e por Angola.<br />
Ainda vivo essa fase de que partilho os meus prêmios<br />
com o meu país ou com as crianças do meu país. É a<br />
segunda vez que sou distinguido com este prêmio e a<br />
emoção é a mesma. Emoção e honra. É bonito ver um<br />
livro angolano chegar a outras culturas”, disse ao<br />
PÚBLICO via email, a partir de Angola.<br />
O livro pode ser adquirido no site do Amazon.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 28
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Algumas dicas de Português.<br />
O site da UOL nos traz essas dicas.<br />
Hoje vamos falar sobre dez dúvidas linguísticas<br />
frequentes entre nós. Certamente você vai se identificar<br />
e resolver alguns questionamentos que sempre<br />
insistiram em te acompanhar. São dicas simples, mas<br />
extremamente úteis para o seu dia a dia. Vamos lá?<br />
► Dica 1: Para mim fazer ou para que eu faça?<br />
Bom, para acabar de vez com a dúvida, basta pensar<br />
que mim é um pronome pessoal oblíquo, portanto, não<br />
pode exercer função de sujeito em uma oração. O mim<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 29
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
não faz nada, certo? O correto é passar a oração para o<br />
presente do subjuntivo: "para que eu faça" .<br />
► Dica 2: Menas ou menos?<br />
Essa é fácil, até porque a forma menas simplesmente<br />
não existe.<br />
► Dica 3: Como se diz, quatorze ou catorze?<br />
Você pode optar por qualquer uma das formas, pois<br />
ambas estão corretas.<br />
► Dica 4: São uma hora da tarde ou é uma hora da<br />
tarde?<br />
O verbo ser deve concordar com as horas, portanto, “é<br />
uma hora da tarde”, “são duas horas da tarde” e assim<br />
por diante. Lembre-se de que “são doze horas”, mas se<br />
for substituir o “doze horas” por “meio-dia”, então será<br />
“é meio-dia”.<br />
► Dica 5: Está fazendo zero graus ou está fazendo<br />
zero grau?<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 30
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Se o zero é singular, devemos, pois, atentar-nos à<br />
concordância. O correto é “zero grau”, no singular.<br />
► Dica 6: Anexo ou em anexo?<br />
Dizer que algo está em anexo é o mesmo que dizer que<br />
algo está anexado, portanto, a palavra deve concordar<br />
com o substantivo a que se refere:<br />
Anexas seguem as promissórias.<br />
Anexo segue o recibo.<br />
Os documentos solicitados estão anexos.<br />
Em anexo é uma forma invariável, portanto, não vai<br />
para o feminino e nem para o plural:<br />
Em anexo, seguem as promissórias.<br />
Em anexo, segue o recibo.<br />
Em anexo, seguem os documentos solicitados.<br />
► Dica 7: Seje ou seja?<br />
Essa também é fácil, até porque não existe a forma<br />
seje, tampouco esteje. No presente do subjuntivo, os<br />
verbos ser e estar são seja, esteja e tenha.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
► Dica 8: Ela sempre quiz ou ela sempre quis?<br />
Lembre-se: quiz, com z, não existe! O certo é quis,<br />
pois o som /z/ na conjugação do verbo querer deve ser<br />
grafado com “s”: quisera, quiseram, quiseste, etc.<br />
► Dica 9: Houveram muitos desentendimentos ou<br />
houve muitos desentendimentos?<br />
Quando ao verbo haver for atribuído o sentido de<br />
existir ou acontecer, ele é impessoal, isto é, sem<br />
sujeito, portanto, só pode ser usado no singular. O<br />
correto é “houve muitos problemas”.<br />
► Dica 10: Degraus ou degrais?<br />
Só existe uma forma correta para o plural da palavra<br />
degrau e essa forma é degraus. A terminação -ais deve<br />
ser empregada apenas nas palavras terminadas em -al,<br />
como canais, animais, anuais etc. Uol.com.br<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 32
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Um milhão de indígenas brasileiros buscam<br />
alternativas para sobreviver.<br />
Há no Brasil, cerca de um milhão de indígenas de mais<br />
de 250 etnias distintas vivendo em 13,8% do território<br />
nacional. Em meio às ameaças de violência, riscos de<br />
perda de direitos em decorrência da pressão dos<br />
latifundiários, mineradoras e usinas, alguns povos<br />
indígenas lutam por mais autonomia, tentando<br />
conquistar, com a comercialização de seus produtos e<br />
com o turismo, alternativas para diminuir a<br />
dependência dos recursos cada vez mais escassos da<br />
Fundação Nacional do Índio (FUNAI).<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 33
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Alguns povos indígenas que tiveram suas terras<br />
homologadas têm conseguido bons resultados por meio<br />
da comercialização de seus produtos. Levantamento<br />
apresentado à Agência Brasil pelo Instituto<br />
Socioambiental (ISA) aponta que, somente na safra<br />
2017/<strong>2018</strong>, índios da etnia Kaiapó do Pará obtiveram<br />
cerca de R$ 1 milhão com a venda de 200 toneladas de<br />
castanha. Outros R$ 39 mil foram obtidos com a venda<br />
de sementes de cumaru, planta utilizada para a<br />
fabricação de medicamentos, aromas, bem como para<br />
indústria madeireira.<br />
A castanha rendeu aos Xipaya e Kuruaya, no Pará, R$<br />
450 mil, dinheiro obtido com a venda de 90 toneladas<br />
do produto. Cerca de 6 mil peças de artesanato oriundo<br />
das Terras Indígenas do Alto e do Médio Rio Negro<br />
renderam R$ 250 mil aos índios da região. Já os<br />
indígenas da TI Yanomami (Roraima e Amazonas)<br />
tiveram uma receita de R$ 77 mil com a venda de 253<br />
quilos de cogumelos.<br />
Os exemplos de produções financeiramente bemsucedidas<br />
abrangem também os Baniwa (AM), que<br />
venderam 2.183 potes de pimenta, que renderam R$<br />
46,3 mil. As 16 etnias que vivem no Parque do Xingu<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 34
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
obtiveram R$ 28,5 mil com a venda de 459 quilos de<br />
mel.<br />
O presidente da Funai, general Franklimberg Ribeiro<br />
Freitas, disse que cabe aos indígenas a escolha do<br />
modelo de desenvolvimento a ser adotado. “A FUNAI<br />
deve apoiá-los para atingir seus objetivos”, afirmou à<br />
Agência Brasil. “Em diversas regiões, os índios estão<br />
produzindo visando à comercialização de seus produtos<br />
ou mesmo serviços, como o turismo ecológico. Essas<br />
experiências mostram que a extração sustentável, a<br />
comercialização de produtos e o turismo podem ajudar<br />
a ampliar o desenvolvimento das Terras Indígenas”,<br />
disse o presidente do órgão indigenista.<br />
Franklimberg destacou que entre as etnias que<br />
produzem e avançam na comercialização de produtos e<br />
serviços estão os Kaiapós do Pará. “Eles produzem<br />
toneladas de castanha e agora reivindicam máquinas<br />
para beneficiar o produto”, ressaltou. “Há também o<br />
cultivo e a venda de camarão, pelos Potiguara da<br />
Paraíba, que está bastante avançada. Tem até a lavoura<br />
de soja dos Pareci, no Mato Grosso”.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 35
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
O presidente da Funai acrescentou ainda que: “No caso<br />
do minério e dos recursos hídricos, é preciso ainda<br />
normatizar e regulamentar essas atividades, o que cabe<br />
ao Congresso Nacional fazer”.<br />
Para o antropólogo e professor da Universidade de<br />
Brasília Stephen Baines, os indígenas são preteridos na<br />
relação com os empresários e donos de terras. “Há uma<br />
desproporção absurda no Legislativo brasileiro a favor<br />
daqueles que querem o retrocesso dos direitos dos<br />
povos indígenas, previstos na Constituição de 1988 e<br />
na legislação internacional”, disse à Agência Brasil.<br />
Ultimo minuto.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 36
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
Camila Pitanga: 'Ser brasileiro e negro é quase<br />
insustentável'.<br />
A atriz afirmou estar gritando por união em um país<br />
onde jovens negros parecem ter um alvo em suas<br />
testas.<br />
Camila Pitanga, 40, escreveu sobre a violência contra a<br />
população negra em um artigo publicado na revista<br />
Cosmopolitan de abril.<br />
A atriz afirmou estar gritando por união em um país<br />
onde jovens negros parecem ter um alvo em suas<br />
testas. Pitanga lembrou a vereadora Marielle Franco<br />
(PSOL), morta a tiros no Rio de Janeiro, dizendo que<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 37
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
ela jamais será silenciada. Ela e o motorista, Anderson<br />
Gomes, foram assassinados no dia 14 de março, em<br />
uma ação que a polícia acredita ter sido premeditada.<br />
"A única mão que o Estado brasileiro estendeu à<br />
população negra, até o momento, é a que nos açoita.<br />
No meu país a cor da pele determina quem tem três<br />
vezes mais chance de ser assassinado", disse Camila.<br />
Ela ainda afirmou que não relativiza a vida dos<br />
brancos, mas os lembra de que a vida do negro também<br />
importa.<br />
"Ser brasileiro é exaustivo para todos nós. Ser<br />
brasileiro e negro é quase insustentável", finalizou a<br />
atriz. Com informações da Folha press.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 38
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
***<br />
'Terra é prisão galáctica para os humanos': Diz<br />
pesquisador americano.<br />
O pesquisador apontou para as dificuldades do parto<br />
como evidência de que os humanos são do mundo<br />
alienígena.<br />
Há muitos cientistas que compartilham a teoria da<br />
panspermia, segundo a qual a vida no nosso planeta foi<br />
trazida por meteoritos, asteroides e outros corpos<br />
celestes. Ellis Silver, pesquisador da raça humana,<br />
afirma que nossa origem não provém da Terra, mas<br />
sim, do mundo extraterrestre, informou no portal online<br />
Daily Star.<br />
<strong>Raízes</strong> <strong>culturais</strong> Página 39
<strong>Revista</strong> <strong>Raízes</strong> Culturais <strong>2018</strong><br />
Em seu livro intitulado de "Humanos não são da<br />
Terra", o autor assinalou que a raça humana teve suas<br />
origens fora da Terra, citando várias evidências para<br />
argumentar sua afirmação. De acordo com Silver,<br />
existem muitas diferenças entre os humanos e outras<br />
espécies da Terra, o que levou o cientista a chegar a<br />
sua conclusão quanto a nossa verdadeira origem.<br />
Silver destaca o fato de os humanos serem muito<br />
sensíveis à luz do sol — algo a que outras espécies são<br />
imunes. O pesquisador assinalou que os répteis são<br />
capazes de regular sua temperatura quando expostos à<br />
luz do sul, enquanto permanecer por um período longo<br />
sob o sol causa tonturas e insolação nos seres humanos.<br />
"Provavelmente, a humanidade é a espécie mais<br />
avançada em nosso planeta, sendo incrivelmente mal<br />
preparada e inadaptada para o ambiente terrestre:<br />
incapaz de suportar o Sol, com forte repugnância à<br />
comida natural e com um nível ridiculamente alto de<br />
doenças crônicas, e assim por diante", argumentou<br />
Silver em seu livro, citando pela edição.<br />
O pesquisador apontou também para as dificuldades do<br />
parto como outra evidência de que os humanos são do<br />
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mundo alienígena. Além disso, o pesquisador indicou<br />
que problemas frequentes de muitas pessoas com as<br />
costas também são uma prova de que somos de um<br />
planeta com uma gravidade muito menor.<br />
Mas então, o que levou os extraterrestres a escolher<br />
nosso planeta? Ellis Silver propôs várias teorias<br />
respondendo a esta pergunta. Segundo ele, a Terra<br />
pode representar um tipo de prisão galáctica, o que<br />
explica nossa natureza violenta como espécie.<br />
"A Terra pode ser um planeta-prisão, já que parecemos<br />
ser uma espécie naturalmente violenta e estamos aqui<br />
até aprendermos a nos comportar", concluiu Silver.<br />
Com informações do Sputnik Brasil.<br />
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***<br />
Andrew Sean Greer: Vence Pulitzer de ficção<br />
com romance "Less"'.<br />
O livro narra à vida de Arthur Less, um romancista<br />
fracassado, que sai da cidade para fugir ao casamento<br />
do seu ex-namorado.<br />
O escritor norte-americano Andrew Sean Greer venceu<br />
o Prêmio Pulitzer de ficção com o romance "Less",<br />
sobre as aventuras de um idoso homossexual.<br />
Considerado pelo júri um livro generoso, musical e<br />
expansivo, sobre a velhice e o amor.<br />
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Top 5: Os cinco melhores livros do mês.<br />
1- Extraterrestres - Andreia Camargo – <strong>2018</strong>.<br />
2- O Homem Mais Inteligente da História _<br />
Augusto Cury _ 2016<br />
3- Um Conto de Duas Cidades_ Charles<br />
Dickens _ 1859<br />
4- 1984 _ George Orwell _ 1949<br />
5- Uma Breve História do Tempo _ Stephen<br />
Hawking _ 1988<br />
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***<br />
Vencedor do concurso do mês de <strong>maio</strong>.<br />
Você manda uma resenha de três reportagens da revista<br />
e concorre a divulgação do seu trabalho. Qualquer tipo<br />
de trabalho ligado à cultura em geral: espetáculos,<br />
livros, poesias, etc.<br />
A vencedora foi: Flora Seraphim que nos enviou um<br />
poema para que apreciássemos.<br />
Obrigada pela participação e parabéns Flora Seraphim<br />
Vida<br />
A vida tem seus encantos e desencantos<br />
Que com o passar do tempo,<br />
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De forma lenta e vagarosa,<br />
Vai perdendo o brilho,<br />
A essência.<br />
Sem que percebamos<br />
É forte,<br />
Porém singela.<br />
Nada é o bastante!<br />
Tudo é na medida certa!<br />
Não existe sofrer demais,<br />
Nem amar de menos.<br />
Existe simplesmente viver!<br />
Autora: Flora Seraphim<br />
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