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R E V I S T A<br />
Ciências:<br />
Magnética e Espírita<br />
<strong>8ª</strong> <strong>Edição</strong> - abril/maio de 2018<br />
Os Desafios do Aluno<br />
com o Transtorno do<br />
Espectro Autista (TEA)<br />
na Inclusão Escolar<br />
Criações Fluídicas<br />
Tratamento<br />
MAGNÉTICO!<br />
É bom para os outros.<br />
E para mim?<br />
XI EMME em Recife<br />
O encontro foi<br />
sucesso absoluto<br />
1
De suas entranhas vimos surgir poetas, dramaturgos, cantores, escritores, pintores,<br />
forrozeiros, bacamarteiros, artistas oriundos do seu folclore, de sua cultura. Todos<br />
tão verdadeiros - autênticos representantes do saber estanciano.<br />
Para o grande e inesquecível intelectual sergipano, o jornalista, escritor e historiador<br />
Luiz Antônio Barreto, que no mês de abril passado completou 6 anos de ausência,<br />
deixando órfãos toda classe de intelectuais de Sergipe, afirmava que “Estância é a<br />
Porta da Civilização”. Pois foi pela proximidade com o Rio Real, por onde a ocupação<br />
territorial começou em Sergipe. Estância mostrou-se um local apropriado para exercer,<br />
como exerceu influência em toda região sul do Estado.<br />
Estância, centro de influência reveladora de grandes talentos, dando a Sergipe<br />
– Severiano Cardoso – professor e escritor; Graccho Cardoso – militar republicano,<br />
político e governador do Estado; Gumercindo Bessa – jurista, pensador de farta argumentação,<br />
motivando a frase “à beça”, conquistada quando da demanda jurídica<br />
sobre o Acre, que de um lado envolveu Rui Barbosa, como advogado do Estado do<br />
Amazonas e do outro, pela imprensa, Gumercindo Bessa, indicado para advogar a<br />
causa dos acreanos.<br />
Agora em pleno despertar de uma nova era, estamos observando o florescer de<br />
novas estrelas que chegam para deixar o céu de Estância mais bonito e iluminado.<br />
Gratas revelações da cultura e do saber, que dão nova injeção de ânimo e incentivo intelectual,<br />
que através da literatura e de suas narrativas fabulosas, exercem influência<br />
no universo infantil.<br />
Dentro dessa nova fase, encontramos notáveis escritores-contadores de histórias<br />
como:<br />
· Telma Costa, escritora de grande ideal e cheia de histórias fantásticas, que<br />
através de seus textos criativos e altamente instrutivos, está atraindo a atenção dos<br />
dirigentes escolares que passaram a adotar suas obras nas grades curriculares de ensino,<br />
tais como – Ester e Serafim, Sementinha de Abóbora e Felicidade e Esperança.<br />
· Antenor Aguiar, que com sua peculiar capacidade de contar histórias espetaculares<br />
com o uso de uma narrativa fácil, cheia de suspense e sempre empolgante,<br />
contagia seu público infantil com as famosas histórias de fantasmas, mula sem cabeça,<br />
lobisomem e outros que povoam o imaginário do povo do sertão. Tudo isso levado<br />
para as crianças das escolas e hospitais, objetivando o despertar da mente de maneira<br />
positiva, sem jamais agredir o período lúdico infantil. Suas obras Causos de Visagens<br />
e Assombrações – Bastião, o defunto e o cemitério (livro 1), Dionísio, as almas penadas<br />
e a botija (livro 2) e o Pétalas – Coletânea de Amor, são demonstrações incontestes<br />
desse movimento.<br />
Além desses incríveis intelectuais, temos observado que existe uma mente iluminada<br />
que vem ao longo dos anos, fomentando e valorizando os escritores do Estado<br />
de Sergipe, gerando condições para que todos possam mostrar seu potencial cultural<br />
através das letras. Ele foi condecorado como cidadão estanciano, por indicação do<br />
vereador Dominguinhos (Jose Domingos M. Soares). Estamos falando do cearense<br />
Domingos Pascoal de Melo (membro da Academia Sergipana de Letras), que adotou<br />
Sergipe como sua segunda “Pátria”, onde aprendeu a amar e valorizar esse pequeno<br />
Estado, dando sua contribuição para o movimento literário de Estância, do mesmo<br />
modo que vem fazendo em todo Sergipe, ao incentivar a criação de Academias.<br />
Estância é terra fértil para o saber intelectual. Terra boa, terra de gente porreta<br />
e encantadora.<br />
Não dá para mensurar tanta riqueza.<br />
Estância! Patrimônio cultural do povo brasileiro, do nordeste - de Sergipe.<br />
Êta! Povo festeiro, que tem nas veias os folguedos que queima, chamando à todos<br />
para curtir com as chamas da alegria o seu São João, sua cultura e tradição com<br />
amor, fé e devoção.<br />
2 Parabéns por seus 170 anos de muito sucesso.<br />
Fone: 045 99917 8620<br />
poetamiguel@bol.com.br<br />
Face: Miguel das Neves
3
-<br />
DEPOIMENTOS<br />
Alô, Isaías!<br />
Comecei a ler a revista <strong>ATRAÇÃO</strong> e iniciei<br />
a leitura pelo seu “Magnetismo”. Para mim foi<br />
uma surpresa que se pudesse curar próstata<br />
e depressão através dele. Gostaria de saber<br />
mais sobre isto.<br />
Li também os benefícios do amor. Sei que<br />
o ódio só faz mal a quem o alimenta. Por isto,<br />
procuro seguir o que Jesus nos ensinou: perdoar.<br />
O Perdão foi outro artigo que li. Muito<br />
bons artigos: curtos, concisos e precisos.<br />
Para concluir, as Ideias Paralisantes, do<br />
grande amigo Pascoal, o incentivador dos que<br />
querem vencer, e o do outro grande amigo<br />
Saracura, aquele que procura mostrar a grandeza<br />
dos pequenos.<br />
Das próximas assentadas, lerei as edições<br />
de sua excelente revista, que já faz parte da<br />
minha agenda de leitura.<br />
Obrigado e um grande abraço de Vírman.<br />
Centro Histórico<br />
Tenho acompanhado a <strong>Revista</strong> Atração e<br />
gostaria de parabenizá-los pois os artigos<br />
são muito esclarecedores. Fiquei bastante<br />
impressionada com o artigo sobre o problema<br />
de próstata, onde o processo de cura<br />
se efetivou com a terapia do MAGNETISMO.<br />
Continuem com este lindo trabalho, que<br />
tanto bem faz para a humanidade.<br />
Um grande abraço à todos e todas.<br />
A <strong>Revista</strong> Atraçao tem um nicho que<br />
a torna única no estado de Sergipe e<br />
uma das poucas no Brasil, jovem e arrojada<br />
segue no segmento digital acompanhando<br />
as novas tendencias da sociedade<br />
sempre de maneira dinâmica envolvendo<br />
seus leitores com os mais variados assuntos<br />
e informação. Acredito uma das maneiras<br />
mais legal de retribuir seu acesso<br />
é compartilhando com os familiares e<br />
amigos.<br />
Antonio de Oliveira Silva (Vírman)<br />
* Escritor e Membro da Academia Tobiense de Letras e Artes<br />
* Militar da Reserva do Exército Brasileiro<br />
* Formado em Medicina Veterinária pela UFBa<br />
* Membro Honorário da Academia Literária do<br />
Amplo Sertão Sergipano - ALAS<br />
Para que possamos enxergar como o magnetismo atua<br />
Campo de Einstein<br />
Conhecemos a gama das ondas, sabemos<br />
que a luz se desloca em feixes corpusculares<br />
que denominamos “fótons”, não ignoramos que<br />
o átomo é um remoinho de forças positivas e<br />
negativas, cujos potenciais variam com o número<br />
de elétrons ou partículas de força em torno<br />
do núcleo, informamo-nos de que a energia,<br />
ao condensar-se, surge como massa para<br />
transformar-se, depois, em energia; entretanto,<br />
o meio sutil em que os sistemas atômicos oscilam<br />
não pode ser equacionado com os nossos<br />
conhecimentos.<br />
4<br />
Mecanismos da Mediunidade<br />
Pelo espírito André Luiz<br />
Psicografia de : Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira<br />
Maria Adilma Pinto<br />
* Professora de História e Filosofia<br />
da rede pública estadual.<br />
Contadora de Histórias e Terapeuta Holística.<br />
Atua como voluntária no Movimento Popular de<br />
Saúde na região do Baixo São Francisco<br />
<strong>8ª</strong> <strong>Edição</strong> - abril /maio de 2018<br />
REVISTA<br />
O magnetismo de Deus em nossas vidas<br />
Diretora Responsável IVONETE SANTOS CONCEIÇÃO<br />
Editor ISAIAS MARINHO CONCEIÇÃO<br />
Revisor(a) VIVIANE JULIÃO<br />
Diagramação BERGSON MARINHO<br />
Carlos Barreto Junior<br />
Ass. Gestão Administrativa na Empresa<br />
DESO - N. Sra da Glória - SE<br />
É um veículo destinado a promover e fortalecer o Movimento<br />
Espírita, assim como levar a ciência Magnética ao conhecimento da<br />
humanidade em prol da saúde física e espiritual no cenário mundial.<br />
Visa também consolidar o intercâmbio doutrinário em favor da<br />
humanidade, resultante da união das duas ciências.<br />
Publicidade / Contato<br />
atracao.magnetismo.emrevista@gmail.com<br />
Fones: (79)99650.4887 VIVO<br />
(79)99152.1642 TIM
Porto - Portugal, local do próximo EMME<br />
Rua da Frente<br />
Pensamentos “engessados”<br />
Editorial<br />
Devemos entender que a vida é dinâmica. O mundo é dinâmico.<br />
Nada se perde, pois podemos e devemos observar as constantes renovações.<br />
Tudo conspira para o aprimoramento e o sucesso de todos e de<br />
tudo.<br />
Agora imaginemos a vida de uma pessoa, cujo aprendizado em<br />
determinada existência, consegue ultrapassar os limites do conhecimento<br />
e que por motivos desconhecidos desencarna “pré-maturamente”,<br />
com certeza, trará em sua próxima existência tudo aquilo que<br />
aprendera, dando-lhe condições para trabalhar mais e melhor.<br />
Dr. Paracelso, é um exemplo disso, quando retorna ao convívio<br />
humano como Samuel Hahnemann – o criador da Homeopatia, pois<br />
em uma de suas mensagens, o mesmo assina “Hahnemann – autrefois<br />
Paracelse” (outrora Paracelso).<br />
Não há erro, não há dúvidas. Só existe certeza do<br />
acúmulo de co-nhecimento que um dia servirá para o<br />
reencarnante e para os que dele dependerá, como<br />
elemento que contribuirá para o progresso de todos.<br />
Não podemos e não devemos viver engessados<br />
no pensamento e nas ações. O progresso não<br />
para. Sigamos firme sem parar – esse é o objetivo<br />
que todos devem proporcionar para si e para<br />
os outros. Esse é o compromisso de todos nós<br />
magnetizadores.<br />
Michele Félix *Licenciada em Geografia<br />
*Mestre em Geografia<br />
5
Abertura do XI EMME com<br />
Momento de Arte<br />
Até onde chegaremos?<br />
Mesa de Debates<br />
Por Isaias Marinho<br />
Até onde vai o Movimento do Magnetismo?<br />
Acreditamos que podemos crescer de maneira inimaginável, que podemos<br />
alcançar espaços que se adequem às ações magnéticas, desde que cada magnetizador<br />
possa somar de maneira positiva e decisiva.<br />
O traço arrojado dos magnetizadores pode ser uma característica desejada<br />
por muitos segmentos religiosos ou não. Na realidade, a agilidade e o “faro<br />
apurado do felino” também caíram de certa forma no perfil dos magnetizadores,<br />
Equipe Organizadora<br />
pois deles se espera a ligeireza e a sensibilidade<br />
aguçada para encontrar caminhos<br />
que possibilitem a sua consolidação.<br />
No momento em que se vê completados<br />
seu XI Encontro, os magnetizadores<br />
gozam de um prestígio maior do que se<br />
esperava. Mesmo assim, chega-se a conclusão<br />
que temos muito que caminhar<br />
para efetivação e consolidação de um ideal.<br />
Os perigos existem, as ameaças circundam<br />
o movimento, pois muitos que deveriam<br />
nos apoiar, continuam dentro de<br />
uma redoma tentando impedir o crescimento<br />
de uma ciência que é mencionada<br />
por Kardec.<br />
O importante, é que o magnetismo<br />
começa a sentir o efeito positivo através<br />
da valorização da saúde humana. Agora,<br />
cabe a cada um de nós tentar fazer muito<br />
mais do que podemos para que essa consolidação<br />
se torne real de uma vez por<br />
toda.<br />
6
DEMONSTRANDO RESULTADOS<br />
Possibilidades para a humanidade<br />
Fotos: Lourdinha Lisboa<br />
Jacob Melo<br />
Palavras de Jacob Melo<br />
Aplicando tal conceito ao que poderá ocorrer com o magnetismo,<br />
logo concluímos<br />
que a resposta à pergunta título é que ele vai exatamente<br />
para onde os magnetizadores o levarem. E quem seriam esses<br />
magnetizadores? Os que participamos de eventos como o<br />
EMME somos enormemente responsáveis pelos destinos do<br />
atual magnetismo, Daí a responsabilidade imensa que todos<br />
contraímos quando refletimos e deduzimos sobre o pouco<br />
que temos feito e o muito que ainda há para se fazer.<br />
Lembrei que há um mês o Governo Brasileiro, através<br />
de seu Ministério da Saúde, incluiu no rol dos instrumentos<br />
para atender ao público em geral, esse genérico título de “imposição<br />
de mãos”. Como ali – na relação anterior do próprio<br />
governo –já estava consignado o Reiki, parece bastante lógico<br />
que comesse novo procedimento incluso ficou aberto o campo<br />
para que o Magnetismo ali penetre de forma definitiva e<br />
pra valer. Então surge a pergunta: e o que nós iremos fazer<br />
para estar presentes?<br />
Lembrei que órgãos como o LAPICS, daqui de Natal, pertencente<br />
à Universidade Federal do RN, bem como a PICS,<br />
de Salvador - Bahia, os quais trabalham as chamadas Terapias<br />
Comple-mentares, já estão trabalhando no sentido de<br />
aproveitar essa inclusão, mas pouco vemos os magnetizadores<br />
se posicionarem no terreno ora aberto. E, à primeira<br />
vista, surgiu uma preocu-pação sobre como se credenciar<br />
pessoas para atuar em nessas “imposições” e não se deixar<br />
em aberto para que pessoas sem maiores conhecimentos se<br />
aventurem nesse mister. Parale-lamente logo despontaram<br />
alguns “puristas” que se preocuparam com a possibilidade<br />
de alguém querer ganhar dinheiro com isso, sem primeiro se<br />
voltarem para o grande benefício que tudo isso pode gerar,<br />
além da grande validação que o Magnetismo pode adquirir<br />
nos meios ditos oficiais. Palavras de Jacob - Transcrita do Jornal Vórtice<br />
A bandeira do EMME segue para Portugal<br />
Sala temática com Ana Vargas<br />
Sala temática com Marcela Colocci e Ivan<br />
Sala temática com João Francisco<br />
7
“Nesses momentos, eu<br />
me lembro de minha esposa<br />
que sempre disse<br />
para mim que eu sou um<br />
tanto fanático, por buscar<br />
primeiramente o TRATA-<br />
MENTO MAGNÉTICO (...).<br />
”<br />
Dentro do magnetismo, assim como na doutrina<br />
espírita e em outros segmentos, religioso<br />
ou não, existe algo peculiar que se adequa de<br />
maneira estampada na frase que nos serve de<br />
título. Boa parte só enxergam algo que possa<br />
trazer benefícios se for para os outros, menos<br />
para si próprio. Se for para si, o resultado tem<br />
que ser imediato – num estalar de dedos.<br />
Se é evangélico, observamos conselhos<br />
e julgamentos: “siga os mandamentos ou boa<br />
parte deles, para que você seja salvo”, mas esses<br />
“conselheiros” não fazem por onde seguir os<br />
mesmos preceitos.<br />
Ainda, dentro do campo evangélico, nota-se<br />
a presença de julgamentos – tipo: a igreja católica<br />
cobrava indulgências - prática do passado.<br />
Realmente, essa igreja fez muito isso, mas Martinho<br />
Lutero combateu essas e outras práticas e<br />
daí ter se originado a palavra – PROTESTANTES.<br />
Hoje, estamos observando essa mesma prática<br />
por parte dos próprios evangélicos de uma certa<br />
RAMIFICAÇÃO, onde se encontra vassouras ungidas<br />
para varrer o mal a peso de ouro e ou água<br />
do rio Jordão a preços absurdos. E por aí vai. Claro<br />
que não são todas as ramificações.<br />
Na Doutrina espírita, observamos pessoas<br />
com conselhos fáceis, fórmulas preparadas e<br />
“perfeitas”. Será?<br />
8<br />
Por Isaias Marinho<br />
Aracaju - SE<br />
Lembro-me de palestrantes que pregam<br />
uma coisa e fazem outra, dirigentes que aconselha<br />
uma coisa e fazem outra. Estudiosos espíritas<br />
que dizem conhecer a Doutrina codificada por<br />
Kardec, mas no entanto, se colocam contra Kardec<br />
e contra a obra de Deus. Mas essa colocação<br />
ou posicionamento só acontece enquanto a dor<br />
não bate a porta, pois no dia que o sofrimento<br />
chega e atinge a um filho querido, a esposa ou<br />
esposo, mudam totalmente o pensamento e as<br />
ações. É incrível como tudo acontece e se modifica<br />
da noite para o dia. Claro que alguém vai<br />
dizer – somos humanos e imperfeitos, portanto<br />
é natural que isso aconteça. Não estamos aqui<br />
exemplificando o comportamento de um leigo<br />
mas de um “pseudo sábio”.<br />
!?
ACREDITANDO NO QUE FAZ<br />
E nos resultados inquestionáveis<br />
Tratamento MAGNÉTICO!<br />
É bom para os outros.<br />
E para mim?<br />
Mas voltemos ao trabalhador do MAGNE-<br />
TISMO.<br />
Há trabalhador que estando doente, recorrem<br />
logo à medicina acadêmica por se sentir<br />
mais seguro e acreditando num resultado imediato<br />
e eficaz. Até ai, tudo natural. Mas quando<br />
nos deparamos com seareiros da prática magnética<br />
que vem estudando e participando de eventos<br />
como o EMME, para nós é algo inaceitável.<br />
Infelizmente é real. Essa insegurança, se assim<br />
podemos rotular, também acontece com pessoas<br />
que não participam do EMME.<br />
Nesses momentos, eu me lembro de minha<br />
esposa que sempre disse para mim que eu sou<br />
um tanto fanático, por buscar primeiramente o<br />
TRATAMENTO MAGNÉTICO e só depois de muita<br />
insistência da mesma, é que eu procuro a medicina<br />
acadêmica. Mas, sempre respondo: é através<br />
da minha fé em nosso Deus e na prática do magnetismo,<br />
que eu consigo obter os resultados que<br />
preciso – de fato os resultados positivos vem<br />
acontecendo.<br />
É só nos colocarmos no lugar das pessoas<br />
que buscam atendimento médico, marcando<br />
consultas e não conseguem atendimento imediato.<br />
E quando marcam, sempre é agendado para<br />
60, 90 dias ou mais. Isso se conseguir. Isto é: a<br />
pessoa pode morrer antes de ser atendida pela<br />
rede pública de Saúde. Mas graças a Deus nós temos<br />
o MAGNETISMO para nos ajudar a combater<br />
as enfermidades.<br />
Lembrei-me também de Haroldo Dutra (pa-<br />
lestrante espírita) em que o mesmo disse que um<br />
de seus colegas o rotulara de fanático, quando<br />
ele afirmara que Emmanuel (mentor espiritual<br />
de Chico Xavier) não erra. Isso se deu por conta<br />
de um artigo postado em uma revista famosa em<br />
relação a família irlandesa que fora morar nas<br />
terras novas da América do Norte, (...).<br />
O que falamos aqui sobre magnetizadores,<br />
é com base nas pessoas de nosso grupo de trabalho,<br />
porém, também acreditamos existir em<br />
outras instituições em diferentes Estados da<br />
Federação Brasileira.<br />
Nossos magnetizadores depois de mostrarem<br />
essa insegurança, fizemos ver, que precisamos<br />
acreditar no que fazemos, tanto para aqueles<br />
que aportam em nosso local de trabalho,<br />
como para nós mesmos.<br />
Consequentemente, depois de debates, orientações,<br />
“puxões de orelha” e reflexões, esses<br />
incautos, tomaram nova postura e atitudes.<br />
A partir daí, conseguimos solucionar algumas<br />
enfermidades alojadas nos magnetizadores, obtendo<br />
a cura e o agradecimento dos mesmos por<br />
faze-los enxergar o que não conseguiam enxergar<br />
até então.<br />
É preciso ter fé e acreditar no seu próprio potencial<br />
e projeto – melhor dizendo – acreditar no<br />
que se faz para que o sucesso aconteça.<br />
Mas graças a Deus, a maioria está imbuída<br />
nesse propósito, e já se observa que estamos no<br />
caminho certo – tanto para os OUTROS e para<br />
NÓS mesmo.<br />
9
10
11
“Assim como cada<br />
pessoa é diferente uma<br />
da outra, cada pessoa<br />
com TEA também é<br />
diferente, ao focarmos<br />
em suas habilidades e<br />
não em seus limites,<br />
(...)<br />
”<br />
Falamos sobre autismo destacando os desafios<br />
do aluno com TEA na inserção escola com<br />
o objetivo refletir sobre desafios encontrados<br />
pelos alunos com TEA na escola. Destacamos<br />
que o autismo diz respeito a uma diferença no<br />
processo de constituição do sujeito, relacionada<br />
com desafios na interação social dos alunos<br />
no convívio escolar; na aprendizagem, na linguagem<br />
e na formação do professor.<br />
A linguagem é constituída por sinais que<br />
emitimos o tempo todo. As pessoas com autismo<br />
nem sempre avaliam as formas de comunicação.<br />
De acordo com Bosa (2007), os<br />
déficits de linguagem seriam consequência da<br />
incapacidade das crianças para se comunicarem<br />
com outras pessoas a respeito de estados<br />
mentais; os distúrbios no comportamento social<br />
refletiriam a dificuldade em dar um sentido<br />
ao que as pessoas pensam e ao modo como se<br />
comportam.<br />
Proporcionar às crianças com autismo<br />
oportunidades de conviver com outras da mesma<br />
faixa etária, possibilita o estímulo às suas<br />
capacidades interativas, impedindo o isolamento.<br />
Por Rita de Cácia S Souza 1<br />
Ana Manuela L de Santana 2<br />
Aracaju - SE<br />
Ensinar crianças com TEA, ainda é um desafio.<br />
Nos últimos dez anos, período em que a<br />
inclusão tenta se tornar realidade, com a publicação<br />
das leis e dada à necessidade de instituições<br />
que atendesse estes alunos, surge uma<br />
escola que ensina e ao mesmo tempo precisa<br />
de conhecimentos para fazer isso.<br />
TEA<br />
12
VISÍVEL REALIDADE<br />
Desafios no Processo de Inclusão<br />
OS DESAFIOS DO ALUNO COM<br />
TRANSTORNO DO ESPECTRO<br />
AUTISTA(TEA) NA INCLUSÃO ESCOLAR<br />
educare.foc@gmail.com<br />
Projeto Educare<br />
Contudo, educar uma criança autista é<br />
uma experiência que leva o professor a rever<br />
e questionar suas ideias sobre desenvolvimento,<br />
educação normalidade e competência<br />
profissional. Torna-se um desafio descrever<br />
um impacto dos primeiros contatos entre este<br />
professor e estas crianças tão desconhecidas<br />
e na maioria das vezes imprevisíveis (BERE-<br />
OHFF, 1991, s\p).<br />
“Proporcionar às crianças com autismo<br />
a conviverem, possibilitando o<br />
estímulo às suas capacidades interativas,<br />
impedindo o isolamento”.<br />
Observamos que ainda prevalece o sentimento<br />
de insegurança por parte dos docentes<br />
para trabalhar com o autismo. A falta de conhecimento,<br />
resultante de lacunas na formação<br />
inicial e continuada e, particularmente, percepções<br />
romantizadas do autista, como um ser preso<br />
a um mundo próprio e inacessível, parecem<br />
negativamente impactar a prática pedagógica.<br />
Apesar da relevância desses achados, é<br />
elementar o número de estudos que sintetizem<br />
esses resultados e que valorizem a perspectiva<br />
dos docentes como protagonistas da educação<br />
inclusiva.<br />
É preciso conhecer melhor esses alunos,<br />
ainda há muito a se aprender com eles e sobre<br />
eles. Assim como cada pessoa é diferente uma<br />
da outra, cada pessoa com TEA também é diferente,<br />
ao focarmos em suas habilidades e não<br />
em seus limites, descobrimos uma série de possibilidades,<br />
pois todos somos capazes!<br />
REFERÊNCIAS<br />
BEREOHFF, Ana Maria P. Autismo, uma<br />
visão multidisciplinar. São Paulo: GEPAPI, 1991.<br />
BOSA, C. A. Autismo: intervenções psicoeducativas.<br />
<strong>Revista</strong> Brasileira de Psiquiatria, 28,<br />
2007.<br />
1<br />
Pós-doutorado e doutorado em Educação pela UFBA, mestrado em<br />
Educação e graduação em Pedagogia pela UFS. Professora do Departamento de<br />
Educação e Programa de Pós-Graduação- PPGED/UFS. Membro da associação Brasileira<br />
de Pesquisadores em Educação Especial- SBPEE e líder do Núcleo de Estudo,<br />
Extensão e Pesquisa em Inclusão Educacional e Tecnologia Assistiva- Núpita/UFS.<br />
2<br />
Psicóloga, Especialista em Recursos Humanos pela Faculdade Integrada<br />
de Jacarepaguar e especialista em Psicopedagogia pela Faculdade Pio Décimo.<br />
Psicóloga dos colégios Dinâmico e Michelangelo. Professora da Faculdade Estácio<br />
de Sergipe. Responsável pelo Núcleo Psicopedagógico e pelo Projeto de Inclusão<br />
da Faculdade Estácio de Sergipe. Membro do Núpita/UFS<br />
13
“.. “O poder curativo estará,<br />
pois, na razão direta da<br />
pureza da substância inoculada;<br />
(...), quanto maior<br />
for, tanto mais abundante<br />
emissão fluídica provocará<br />
e tanto maior força de penetração<br />
dará ao fluido.<br />
”<br />
PESQUISAR:<br />
http://genmol.blogspot.com.br/2014/09/citoesqueleto.html<br />
Por João Francisco<br />
Natal - RN<br />
KARDEC, em A GÊNESE, no cap 14<br />
(13) “Os fluidos espirituais, que constituem um<br />
dos estados do fluido cósmico universal, são (...)<br />
a atmosfera dos seres espirituais; o elemento<br />
donde eles tiram os materiais sobre que operam”...<br />
Assim, podemos entender quando ele<br />
disse que “tudo está em tudo” (LE, 33).<br />
(14) “Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais,<br />
não manipulando-os como os homens<br />
manipulam os gases, mas empregando o pensamento<br />
e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento<br />
e a vontade são o que é a mão para o<br />
homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles<br />
fluidos tal ou qual direção, os aglomeram,<br />
combinam ou dispersam, organizam com eles<br />
conjuntos que apresentam uma aparência, uma<br />
forma, uma coloração determinada; mudamlhes<br />
as propriedades, como um químico muda a<br />
dos gases ou de outros corpos, combinando-os<br />
segundo certas<br />
(15) “Sendo os fluidos o veículo do pensamento,<br />
14<br />
este atua sobre os fluidos como o som sobre o<br />
ar”; (...). “... há, nesses fluidos, ondas e raios de<br />
pensamentos, que se cruzam sem se confundirem,<br />
como há no ar ondas e raios sonoros”.<br />
... “(O Espírito) criando imagens fluídicas, o pensamento<br />
se reflete no envoltório perispirítico,<br />
como num espelho; toma nele corpo e aí de<br />
certo modo se fotografa”.<br />
Por analogia, o pensamento do Espírito cria, fluidicamente,<br />
os objetos que pretenda usar, assim<br />
como pode operar a mudança das propriedades<br />
da água, por obra da vontade.<br />
Nós, encarnados, podemos criar e aplicar procedimentos<br />
terapêuticos fluídicos para operarmos<br />
mudanças nas moléculas da água e, por<br />
conseguinte, nas do corpo humano.<br />
KARDEC, em LIVRO DOS MÉDIUNS, no cap VIII,<br />
item 131<br />
“... A mudança das propriedades da água, por<br />
obra da vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador,<br />
quase sempre assistido por outro Espírito.<br />
Ele opera uma transmutação por meio
VISÕES ENCOBERTAS<br />
Assuntos esquecidos. Por que?<br />
Criações Fluídicas<br />
do fluido magnético que (...) é a substância que<br />
mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento<br />
universal...”.<br />
“... Ora, desde que ele pode operar uma modificação<br />
nas propriedades da água, pode também<br />
produzir um fenômeno análogo com os fluidos<br />
do organismo, donde o efeito curativo da ação<br />
magnética, convenientemente dirigida”.<br />
(17)... Os fluidos, “sob o aspecto físico, são excitantes,<br />
calmantes, penetrantes, adstringentes,<br />
irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos,<br />
tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força<br />
de transmissão, de propulsão etc.”.<br />
(31) ... “O poder curativo estará, pois, na razão<br />
direta da pureza da substância inoculada; mas,<br />
depende também da energia da vontade que,<br />
quanto maior for, tanto mais abundante emissão<br />
fluídica provocará e tanto maior força de<br />
penetração dará ao fluido. (continua)<br />
... “Depende ainda das intenções daquele que<br />
deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito.<br />
Os fluidos que emanam de uma fonte impura<br />
são quais substâncias medicamentosas alteradas”.<br />
BÍBLIA KING JAMES (atualizada)<br />
Jesus, nosso guia e modelo, deixou-nos o<br />
seguinte ensinamento: “Curai os enfermos, ressuscitai<br />
os mortos, limpai os leprosos, expulsai<br />
os demônios; de graça recebestes, de graça dai”<br />
(Mateus, 10, 6 a 8).<br />
KARDEC, em A GÊNESE, no cap 14<br />
(17)... “Os fluidos não possuem qualidades sui<br />
generis, mas as que adquirem no meio onde se<br />
elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse<br />
meio”...<br />
KARDEC, O EVANGELHO, no cap 19, item 12<br />
“… o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou,<br />
por esses milagres mesmos, o que pode<br />
o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de<br />
querer e a certeza de que essa vontade pode obter<br />
satisfação”.<br />
15
Por Dra Norma A. de Oliveira¹<br />
Aracaju - SE<br />
A Psicologia Profunda tem destacado<br />
a importância da gratidão para a saúde e<br />
o bem estar. Diversos trabalhos científicos,<br />
nas últimas décadas, revelam que pessoas<br />
que sentem e expressam frequentemente<br />
a gratidão têm melhor qualidade de vida e<br />
bemestar, menores escores de depressão e<br />
estresse, e ao aumento das emoções positivas,<br />
como entusiasmo e inspiração,<br />
É a ciência contemporânea, consagrando<br />
o Mestre Jesus como precursor da<br />
medicina preventina e da psicologia da<br />
alma, uma vez que em uma das suas passagens,<br />
na cura dos dez leprosos, ele já pontuava<br />
a necessidade da gratidão. Vejamos<br />
a seguir:<br />
16<br />
Como por todos os lugares<br />
por onde ele passara, encontrava aflitos<br />
com doenças do corpo e da alma, na esperança<br />
das suas tão propagadas curas, entre<br />
um vilarejo e outro, no percurso de Efraim<br />
e depois para a Galileia, ele encontra dez<br />
leprosos. (João 11:54). Então, quando encontram<br />
Jesus, confiando em seus poderes<br />
milagrosos, eles gritam, mantendo distân-
O BEM ESTAR COMEÇA POR AQUI<br />
Reconhecendo e valorizando sempre<br />
OS BENEFÍCIOS DA GRATIDÃO<br />
Jesus como Precursor da<br />
Psicologia da Alma<br />
¹ Psiquiatra, Psicanalista Transpessoal e Terapeuta de Vidas Passadas; Mestre em Ciências da<br />
Saúde pela UFS (Universidade Federal de Sergipe); Graduada em Medicina pela UFS; Ex-diretora<br />
científica e vice-presidente da ASP – Associação Sergipana de Psiquiatria<br />
Foto: internet<br />
cia: “Jesus, Instrutor, tenha misericórdia de<br />
nós!.” Vendo os leprosos, Jesus, respeitando<br />
as Leis da época, ordena: “Vão se mostrar<br />
aos sacerdotes”; (Lucas 17:13, 14).<br />
Quando Jesus ordena que eles vão aos<br />
sacerdotes, antes das lesões desaparecerem,<br />
movidos pela fé, eles vão e são curados no<br />
caminho. Entretanto, um deles, sentindo-se<br />
profundamente grato, antes de ir ao sacerdote,<br />
volta para agradecer a Jesus, ajoelhandose<br />
aos seus pés e expressando sua gratidão<br />
em voz alta. E Jesus faz uma colocação interessante,<br />
dizendo aos que estão à sua volta:<br />
“Todos os dez foram purificados, não foram?<br />
Então, onde estão os outros nove? Nenhum<br />
deles voltou para dar glória a Deus, a não ser<br />
este homem de outra nação?” Jesus diz então<br />
ao samaritano: “Levante-se e vá. A sua fé<br />
fez você ficar bom. Lucas 17:17-19.<br />
Nesta intervenção, Jesus ressalta a necessidade<br />
de expressarmos a gratidão diante<br />
dos acontecimentos da vida e a associa à<br />
cura profunda, ao sinalizar para o samaritano<br />
que a fé dele o curou, deixando-nos, portanto,<br />
mais um princípio de estilo de vida, comprovado<br />
pela ciência nos dias atuais, que nos<br />
proporciona saúde, bem estar, paz e felicidade.
“Esse mito é muito trabalhado<br />
na psicologia e<br />
na filosofia, justamente<br />
porque ele é recorrente<br />
entre nós, desde priscas<br />
eras do desenvolvimento<br />
humano.<br />
Por Dra. Telma Mª S. Machado¹<br />
Aracaju - SE<br />
”<br />
Entre os vários mitos interessantes, fontes<br />
de lições multidisciplinares, emerge a figura cruel<br />
e inflexível de Damastes, conhecido como Procusto,<br />
apelido esse que significa “o estirador”,<br />
termo decorrente de uma das suas crueldades.<br />
Diz a mitologia que Procusto morava perto<br />
da entrada de Eleusis e costumava atrair viajantes<br />
para a sua residência, oferecendo acomodação<br />
para passar a noite. Mas o que os visitantes ignoravam<br />
era que o “anfitrião” adequava o corpo<br />
das pessoas ao tamanho da cama oferecida, então:<br />
se a pessoa era menor do que a cama, ele<br />
a esticava até que atingisse o comprimento do<br />
leito; se a pessoa era maior do que o referido<br />
móvel, ele amputava o excesso, com o intuito de<br />
fazê-la caber na cama. Diz-se até que ele possuía<br />
outra cama escondida, de outro tamanho, para<br />
o caso de o hóspede ser do tamanho exato da<br />
primeira, o que o fazia levar o hóspede para o<br />
outro leito não coincidente com o tamanho do<br />
corpo, e assim ele prosseguia ora amputando,<br />
ora esticando.<br />
Esse mito é muito trabalhado na psicologia e<br />
na filosofia, justamente porque ele é recorrente<br />
entre nós, desde priscas eras do desenvolvimento<br />
humano.<br />
Procusto não suportava outra medida que<br />
não fosse a estabelecida pela arbitrariedade dele<br />
e isso nos remete à pulsão humana de medir os<br />
fatos pelas “verdades” que pretensiosamente e-<br />
lege. E isso dificulta os vários tipos de relacionamentos,<br />
dado que a intransigência e o descaso<br />
em procurar conhecer o que não é familiar ou o<br />
que não se adéqua a um padrão previamente estabelecido<br />
pelas crenças individuais são fontes<br />
de incontáveis conflitos.<br />
Seria bastante conveniente que antes de<br />
se tentar padronizar o outro à medida do nosso<br />
“leito”, houvesse uma sincera reflexão sobre esta<br />
frase do pai da psicologia analítica, o psiquiatra<br />
suíço Carl Gustav Jung (1875-1961): “o homem<br />
nasce original e morre cópia”.<br />
O fato é que raramente as diferenças são<br />
vistas como oportunidades de aprendizado,<br />
de captação de experiências, mas sim como<br />
ameaça à suposta segurança daquele que hiberna<br />
na posição de comodismo mental e comportamental,<br />
e esse medo paralisa o crescimento<br />
em nível psicológico, tal como, do ponto de vista<br />
biológico, o estado de estresse, que também é<br />
uma das manifestações do medo, e a falta de<br />
afeto, inibem o estado de crescimento, segundo<br />
explica o cientista Bruce Lipton , pesquisador da<br />
Universidade de Stanford, valendo-se de uma<br />
respeitável pesquisa da neurobióloga da Escola<br />
de Medicina de Harvard, Mary Carlson, através<br />
da qual se comprovou que quanto maior foi o<br />
estresse das crianças observadas no referido estudo,<br />
mais o nível de cortisol superou o padrão<br />
normal, e menor foi o desenvolvimento delas.<br />
A consciência de que todos estão mergulhados,<br />
conectados na dinâmica do magnet-
INDIVIDUALIDADE CONFLITANTE<br />
A luta entre a cópia e o original<br />
O leito de Procusto e a nossa<br />
intransigência<br />
¹ Delegada da ABRAME (Associação brasileira dos Magistrados Espíritas)<br />
em Sergipe, Diretora de Eventos da ALEESE e coordenadora de Estudos<br />
da FEES.<br />
ismo universal, leva ao entendimento de que<br />
um movimento contrário à harmonia vibra em<br />
direção de todos, e todos são vítimas, como, a-<br />
liás, compreendeu tão bem o poeta inglês John<br />
Donne (1571/2-1631), imortalizado em um dos<br />
mais inspiradores trechos da literatura mundial,<br />
no qual o conhecido escritor Hemingway foi buscar<br />
o título da sua festejada obra Por quem os<br />
sinos dobram. Embora essa frase conhecida do<br />
texto de John seja usada com mais frequência<br />
quando se deseja lamentar, em forma de homenagem,<br />
a partida de alguém, observa-se claramente<br />
que o poeta diz que os “sinos dobram”<br />
por cada ser humano que fica, pois fica menos<br />
“completo” com a morte de um deles, levandose<br />
em conta que cada um é parte integrante da<br />
humanidade:<br />
Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo;<br />
todo homem é um pedaço do continente, uma<br />
parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado<br />
pelo mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um<br />
promontório, como se fosse o solar dos teus amigos<br />
ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me<br />
diminui, porque sou parte do gênero humano, e por<br />
isso não me perguntes por quem os sinos dobram;<br />
eles dobram por ti .<br />
Assim, a cama de Procusto entre tantas representações<br />
que nos traz, há de ser vista também<br />
como uma perigosa armadilha de empobrecimento<br />
psicológico e espiritual, decorrente<br />
da intolerância para conhecer, interagir e refletir<br />
sobre o que não se considera familiar, o que se<br />
denomina de estranho, o que se define por não<br />
concordante. Mas o leito de Damastes também<br />
pode representar a acomodação frente à vida e<br />
aos valores pré-estabelecidos, segundo alerta a<br />
belíssima e fértil exortação de Jung:<br />
Ser “normal” é uma esplêndida ideia para os fracassados,<br />
para todos os que ainda não conseguiram<br />
sua adaptação. Mas para pessoas dotadas de uma<br />
capacidade bem maior do que a média, para quem<br />
jamais é difícil alcançar o sucesso e cumprir sua parte<br />
na obra do mundo, para essas pessoas, limitar-se a<br />
ser normal representa o leito do Procusto, o tédio insuportável,<br />
a esterilidade .<br />
Importa, então, jamais deixar Teseu (herói<br />
da mitologia que pôs fim às barbaridades de Procusto,<br />
aplicando-lhe pena idêntica à que ele aplicava<br />
aos seus desavisados hóspedes) adormecido<br />
dentro de cada um de nós, tendo em vista<br />
a tarefa árdua, porém necessária, de exterminar<br />
diuturnamente os Procustos insidiosos que dificultam<br />
o amadurecimento. Eis, portanto, um dos<br />
maiores desafios, qual seja, não permitir que o<br />
ego insuflado e manipulador encolha ou estique<br />
sentimentos e posturas milimetricamente destinadas<br />
à manutenção do seu domínio e satisfação,<br />
e assim provocando um adensamento cada<br />
vez maior da sombra que nos povoa, distanciando-nos<br />
da claridade a que somos destinados, afinal,<br />
como disse o Cristo, nosso Modelo e Guia<br />
(conforme nos lembra a questão 625 de O Livro dos<br />
Espíritos), “sois deuses”, “que brilhe a vossa luz!”.<br />
1 LIPTON, Bruce. A biologia da crença. Tradução Yma Vick. São Paulo : Butterfly, 2007, p. 215.<br />
2 Trecho de “Meditação” nº 17.<br />
3 Texto retirado de http://www.luzdafloresta.com.br/despertar.html. Acesso em 30/03/2012.<br />
.<br />
19
Por Silvan Aragão<br />
Aracaju - SE<br />
5. Fase de Transição<br />
A presente geração, a nossa, vê a Terra<br />
deixar a categoria de Mundo de Provas e Expiações<br />
e adentrar à de Mundo de Regeneração. É a<br />
Fase de Transição, com características peculiares,<br />
os “sinais dos tempos”.<br />
Dois fenômenos, digamos assim, são<br />
notórios: os contrastes morais e as alterações físicas.<br />
Nunca se viu tanta drogadição, sexo desvairado,<br />
corrupção, violência gratuita, crimes<br />
hediondos. A dor atinge níveis insuportáveis e a<br />
loucura tem caráter pandêmico, ao lado dos transtornos<br />
depressivos. Mas também nunca se teve<br />
notícia de tantas atividades beneficentes, religiosas<br />
ou não, organizações em defesa dos direitos<br />
humanos, dos animais e do meio ambiente, revoluções<br />
sociais etc. São agitações morais. Quanto<br />
às alterações físicas, oportunamente trataremos<br />
delas.<br />
Kardec, em A Gênese, cap. XVIII, referese<br />
à chegada desse tempo de transformações de<br />
alcance universal, para regeneração da humanidade.<br />
Divaldo Franco, em vídeo, diz que Joana<br />
de Ângelis, sua mentora espiritual, lhe revelou,<br />
nos anos 1990, que este milênio será celebrizado<br />
neste século por grandes tumultos até à sua<br />
primeira metade, mas ele ficará célebre na história<br />
da evolução do planeta porque será o século do<br />
amor, da religião, da arte, da beleza, da fraternidade.<br />
Em 1938, Emmanuel, através de Chico Xavier,<br />
ditou o livro “A Caminho da Luz”, e do cap.<br />
XXV destacamos: “São chegados os tempos em<br />
que as forças do mal serão compelidas a abandonar<br />
as suas derradeiras posições de domínio nos<br />
ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos<br />
são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz,<br />
apressando a realização dos vaticínios sombrios<br />
que pesam sobre o seu império perecível.” Fica<br />
a advertência aos médiuns e dirigentes espíritas.<br />
A Fase de Transição deverá estar concluída<br />
por volta de 2.057, segundo Emmanuel revelou a<br />
Chico Xavier. Trata-se, portanto, do fim do mundo<br />
moral, dessa Terra de tantas dores e injustiças,<br />
reino do orgulho e do egoísmo, para surgimento<br />
de uma “nova Jerusalém”, conforme previsto em<br />
diversas profecias (N.T., hindus, maias, sumérios,<br />
hoppy, etc).
PROCESSO DE MUDANÇA<br />
O progresso, nescessidade indiscutível<br />
UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA<br />
5 - Fase de Transição<br />
6 - Flagelos Destruidores<br />
Nossa conduta e nossos pensamentos podem atenuar<br />
a natural turbulência dessa fase. Busquemos,<br />
então, a nossa espiritualização, certos de<br />
que Jesus está no leme de nossa embarcação e<br />
nos levará a porto seguro.<br />
6. Flagelos Destruidores<br />
No artigo anterior enfocamos as transformações<br />
morais porque passa nosso Planeta nessa<br />
sua fase de transição para Mundo de Regeneração,<br />
e prometemos oportunamente tratar das<br />
suas transformações físicas, o que fazemos agora.<br />
Todavia, sugerimos aos amigos leitores, antes,<br />
lerem nosso artigo intitulado “Os Ciclos” (nº 2)<br />
Sabemos que o nosso é um planeta jovem,<br />
ainda em formação, de forma que os cataclismos<br />
são naturais, embora cada vez mais tênues à<br />
medida que o planeta envelhece e evolui moralmente,<br />
pois o progresso físico guarda correlação<br />
direta com o avanço espiritual. Ocorre que, antigamente,<br />
porque a população era menor e mais<br />
esparsa, os cataclismos matavam menos pessoas,<br />
além do que as notícias mal passavam dos muros<br />
da aldeia.<br />
A Doutrina Espírita revela-nos que os flagelos<br />
destruidores nada mais são do que transformações<br />
úteis (vide questão 728 de O Livro dos<br />
Espíritos), pois nada morre. Eles fazem com que<br />
a humanidade progrida mais depressa (idem,<br />
737), já que a destruição é necessária para a regeneração<br />
moral dos Espíritos. Assim, além de<br />
melhorarem fisicamente o planeta (normalmente<br />
afetam a inclinação do seu eixo), apreçam a retirada<br />
de Espíritos reiteradamente maus para orbes<br />
mais atrasados, processo simbolicamente conhecido<br />
por “separação dos bodes das ovelhas”, “do<br />
joio do trigo”. Vale ressaltar que nem todas as<br />
vítimas diretas de tais desastres são Espíritos em<br />
processo de expurgo.<br />
“Os abalos sísmicos não são simples acidentes<br />
da Natureza. O mundo não está sob a direção<br />
de forças cegas. As comoções do globo são<br />
instrumentos de provações coletivas, ríspidas e<br />
penosas. Nesses cataclismos, a multidão resgata<br />
igualmente os seus crimes de outrora e cada elemento<br />
integrante da mesma quita-se do pretérito<br />
na pauta dos débitos individuais” esclarece-nos<br />
Emmanuel, ex Mentor de Chico Xavier, no Livro O<br />
Consolador, questão 88. Já no livro Na Era do Espírito,<br />
o Espírito Herculano Pires, também através<br />
de Chico Xavier, no capítulo “Presente de Natal”,<br />
revela-nos que “os Ministros do Senhor estão cooperando<br />
para que alcancemos a segurança, com<br />
a estabilidade precisa, para que o planeta seja<br />
realmente promovido a mundo de paz e felicidade<br />
para todos os seus habitantes.”<br />
Façamos, então, dos Flagelos Destruidores ocasião<br />
de exercitarmos a inteligência, mostrarmos<br />
paciência e resignação à vontade de Deus, e ensejo<br />
para a prática da caridade e da solidariedade.<br />
21
Por Domingos Pascoal¹<br />
Aracaju - SE<br />
22<br />
Chegando a casa, o homem é abordado pelo<br />
filho que, todo alegre e feliz, indaga. ─ Pai, eu queria...<br />
Nem completa a frase e tem logo a resposta<br />
─ Filho, deixe pelo menos eu chegar, vai!... Pouco<br />
tempo depois, ele procura o pai novamente e, de<br />
igual modo, é impedido de continuar, pois escuta<br />
e, em tom alterado, mais uma reprimenda. - Filho,<br />
deixe seu pai tomar o café... Após o café e mais<br />
alguns minutos, o filho tenta, mais uma vez, um<br />
diálogo, porém, meio temeroso, dessa feita com<br />
voz baixinha, se arrisca. ─ Pai!... O pai, já muito<br />
irritado, responde. Ô menino chato! Não vê que<br />
assisto à novela? Não me atrapalhe. Vá brincar.<br />
Compro os melhores brinquedos, dou-lhe computador<br />
e vídeo games, não lhe falta nada e você<br />
ainda só pensa em me perturbar? Não posso nem<br />
assistir a um programa sossegado!... O filho, triste<br />
e decepcionado, com a autoestima arrastando<br />
no chão, se retira aos prantos, tranca-se no seu<br />
pequeno mundo, enterra-se entre os lençóis e<br />
chora... O pai continua vendo a novela. Porém,<br />
no intervalo, enquanto vai à geladeira pegar mais<br />
uma cerveja, é tocado pela consciência. Arrependido,<br />
corre ao quarto do filho para tentar remendar<br />
o grande rasgo que fez na alma daquela<br />
criança. ─ E aí, filhão, o que você queria dizer mesmo?<br />
─ Pai, quanto custa uma hora do seu tempo?<br />
─ Sei lá, filho.Que pergunta boba! - Diga, insistiu<br />
o filho curioso. ─ Olha, uns cinco reais. ─ Pai, o<br />
senhor me dá um real? ─ Claro, meu filho, está<br />
aqui o que você pediu. Pronto, imaginou o pai,<br />
está resolvido o problema. Ele só estava precisando<br />
de um real. Mas não era bem assim. Naquele<br />
momento, o menino abre uma gavetinha, tira de<br />
lá quatro reais, junta ao real recebido do pai e diz.<br />
─ Pai, amanhã o senhor me vende uma hora do<br />
seu tempo?<br />
(Autor desconhecido).<br />
É verdade. Depois queremos filhos vencedores,<br />
de sucesso, corajosos, empreendedores.<br />
Será que assim eles se tornarão naquilo que idealizamos?<br />
Com a autoestima “elevada” dessa<br />
maneira, fica difícil para não dizer impossível.<br />
Mas, nós não percebemos o mal que estamos<br />
fazendo a eles. Nós não percebemos que lhe dar<br />
atenção é muito mais importante do que novelas<br />
a que assistimos e até os riquíssimos brinquedos<br />
com que os presenteamos.<br />
Bem, o pior ainda é que isso não acontece<br />
somente em relação aos filhos, o que, convenhamos,<br />
já representaria um mal irreparável.<br />
Esse comportamento permeia todas as nossas
ENXERGAR COMO SE DEVE<br />
Aumenta a fonte de amor<br />
Vemos não vendo<br />
¹ Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de<br />
Pessoas, Advogado, Jornalista e ocupante da cadeira nº 17 da Academia<br />
Sergipana de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE<br />
relações interpessoais. Temos uma facilidade<br />
muito grande de olhar sem ver, de experimentar<br />
sem perceber, de agir sem sentir. De tanto ver,<br />
banalizamos o olhar. Vemos não vendo. Tente,<br />
a partir deste momento, ver o que você via sem<br />
ver, experimentar o que experimentava sem perceber,<br />
agir como agia sem sentir. Por exemplo:<br />
você tem observado a beleza que o cerca? O<br />
verde das plantas, o colorido das flores, a cor da<br />
sua casa, as pessoas ao seu lado, o local onde você<br />
mora, o seu trabalho, a sua cidade, o seu bairro,<br />
o seu prédio?... Parece que não. Não é mesmo?<br />
A vida passou e você ficou mais velho. Trabalhou,<br />
trabalhou e não viu o tempo passar. Assusta-se<br />
agora, pois percebe que não usufruiu dos<br />
passos que a existência ofereceu. Você viu, sem<br />
ver. Passou sem perceber. Pense um pouquinho<br />
sobre a pessoa ao seu lado, o seu cônjuge. Você<br />
lhe tem dado a atenção merecida, ou age como<br />
o pai mencionado na historinha narrada em páginas<br />
anteriores? E seus pais, onde estão, são vivos?<br />
E aquele carinho com eles onde está? Você<br />
já parou para observar a felicidade deles quando<br />
você manifesta gratidão pelo muito que fizeram<br />
por você? Você nem imagina como isso é importante<br />
para eles. Pense no quanto custam essas<br />
palavras de agradecimento! Será que não está<br />
negando uma coisa tão pequena para você, mas<br />
de um benefício tão grande para eles? Você tem<br />
negado isso? Enfim, o tratamento a eles dispensado<br />
corresponde àquele que você espera receber<br />
de seu filho, quando chegar a sua vez?<br />
É incrível, amigo, mas nós não percebemos<br />
que somos uma fonte inesgotável de amor,<br />
de carinho, de agradecimento. O pior é que, às<br />
vezes, quando percebemos, não serve mais para<br />
nada.<br />
Sabe por que você não tem feito nada disso?<br />
Por força do hábito, e “o hábito cega”, como diz<br />
o Professor Marins. E o mau hábito cega muito<br />
mais, completaria eu. Pois bem, sabendo disso,<br />
vamos cultivar bons hábitos. Vamos ver, a partir<br />
de hoje, aquilo que vemos, não vendo, repito.<br />
Mude, seja mais humilde com os seus, dê-lhes<br />
mais atenção, converse mais com eles, abraceos,<br />
de vez em quando, mesmo sem ser em<br />
comemoração a nada; simplesmente porque deu<br />
vontade. Abrace, beije, diga palavras bonitas,<br />
faça a sua parte e assim, você, em pouco tempo,<br />
vai perceber o quanto é querido também. Essa<br />
sua mudança vai desencadear uma corrente tão<br />
forte, tão forte, que você vai se assustar. Experimente<br />
mudar.<br />
Ah! Eu não vou fazer isso não. Sei lá como<br />
será a receptividade. Será que não vão me entender<br />
mal? Amigo, faça. Faça e se prepare para<br />
o melhor. Faça e faça logo, sabe por quê? Porque<br />
não podemos esperar muito para fazer o que<br />
tem de ser feito. O tempo é passageiro da esperança.<br />
Se só esperarmos, talvez, quando tudo já<br />
estiver definitivamente resolvido, não possamos<br />
mais dizer nem fazer nada. Só lamentar.<br />
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