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02 Opinião Foz do Iguaçu, segunda-feira, 14 de maio de 2018<br />
Índice<br />
Página 1 até 40<br />
EDITORIAL E COLUNA 2<br />
CIDADE 3<br />
POLÍTICA 4<br />
POLÍTICA 5<br />
BICO DO CORVO 6<br />
CIDADE 7<br />
CAMPANA/CIDADE 8<br />
CIDADE 9<br />
GERAL 10<br />
GERAL 11<br />
REGIÃO 12<br />
GERAL 13<br />
NACIONAL 14<br />
NACIONAL 15<br />
NACIONAL 16<br />
COTIDIANO 17 A 24<br />
SAÚDE 25 A 30<br />
PET ANIMAL 31<br />
CLASSIFICADOS 32<br />
EDITAL 33<br />
RESIDENCIAL SAN MARINO 34<br />
POLÍCIA 35<br />
ESPORTE 36 A 40<br />
Editorial<br />
Paraguai está em festa hoje<br />
Nossos vizinhos paraguaios estão de folga hoje e amanhã. Eles pararam para comemorar os<br />
207 anos de independência conquistada, oficialmente, após uma reunião, a portas fechadas,<br />
que começou na noite do dia 14 de maio de 1811 e terminou já entrada a madrugada do dia 15.<br />
Naquela madrugada movimentada, os líderes da revolta contra o domínio da Espanha caminharam<br />
muito. O dia amanheceu com o governador Velasco, sem poder, mas, graças ao talento<br />
paraguaio para a negociação, ao lado dos rebeldes — incluindo o oficial Pedro Juan Caballero,<br />
hoje nome de uma cidade gêmea de fronteira, ao lado de Ponta Porã (MS), Brasil.<br />
A mudança de poder foi anunciada ao povo logo após o Sol nascer. Nascia o Paraguai. Hoje,<br />
na Praça dos Heróis, em Assunção, os professores Blas Antonio Servín Bernal e Nicolás Masloff<br />
estarão à frente de um evento cujos principais atores serão um telescópio Schmidt-Cassegrain<br />
e o céu (se não chover). O evento se chama "Observando a noite do 14/15 de maio".<br />
Haverá uma projeção para mostrar ao público como estava o céu e as constelações na época da<br />
independência do Paraguai.<br />
Em frente ao Panteão dos Heróis, na mesma praça, haverá gente andando vestida com<br />
roupas da época. Serão atores, artistas percorrendo um circuito central em ruas famosas como<br />
a Estrella e Palma. E ainda na mesma noite ocorrerá a Serenata à Pátria, desta vez na Praça<br />
Uruguaia, no coração da Assunção Histórica. A festa prosseguirá com apresentações teatrais e<br />
culturais, além de shows de dezenas de organizações em diferentes cidades do país.<br />
Amanhã (15) continuam as apresentações, desta vez em homenagem às mães. Na prática,<br />
os dois dias de feriado significam que o comércio estará fechado. Os paraguaios estão deslocando-se<br />
para passar a terça-feira com as mamães.<br />
Dos países que se encontram nas Três Fronteiras, Brasil, Paraguai e Argentina, só o Brasil<br />
ainda não chegou ao bicentenário da Independência. O nosso Grito do Ipiranga completará<br />
200 anos em 2022. Seremos os calouros do clube.<br />
Eu leio o Gazeta Diário<br />
O empresário<br />
Vanderlei<br />
Pocahy, da<br />
WAP Digital,<br />
é leitor do<br />
Gazeta Diário<br />
extrapau<br />
pauta<br />
Itamaraty vai<br />
pedir acesso a<br />
documentos da<br />
CIA sobre<br />
ditadura militar<br />
O Ministério das Relações<br />
Exteriores vai pedir ao governo<br />
dos Estados Unidos a liberação<br />
dos documentos produzidos<br />
pela Agência Central de Inteligência<br />
(CIA, sigla em inglês)<br />
sobre a ditadura civil-militar no<br />
Brasil. O ministro das Relações<br />
Exteriores, Aloysio Nunes, instruiu<br />
a embaixada brasileira em<br />
Washington, nos EUA, a solicitar<br />
a liberação completa dos registros<br />
sobre esse tema.<br />
A medida é em resposta à<br />
solicitação do Instituto Vladimir<br />
Herzog, que enviou uma carta<br />
na última sexta-feira (11) ao<br />
Itamaraty pedindo que o governo<br />
federal a liberação dos documentos<br />
que registram a participação<br />
de agentes do Estado<br />
brasileiro em ações de tortura<br />
ou assassinato de opositores do<br />
regime.<br />
A carta é assinada por Ivo<br />
Herzog, filho do jornalista Vladimir<br />
Herzog, morto durante a<br />
ditadura. Na época, o Exército<br />
divulgou a versão de que o jornalista<br />
teria cometido suicídio<br />
na prisão.<br />
Documentos que vieram a<br />
público, na semana passada,<br />
mostram novos fatos sobre a<br />
participação do Estado na execução<br />
e tortura de opositores da<br />
ditadura. De acordo com registros<br />
da CIA, os generais Ernesto<br />
Geisel, presidente do Brasil à<br />
época, e João Figueiredo, então<br />
diretor do Serviço Nacional de<br />
Informações (SNI), e que assumiu<br />
a Presidência da República<br />
depois de Geisel, sabiam e concordaram<br />
com execução sumária<br />
de "inimigos" da ditadura<br />
militar no Brasil.<br />
Também participaram da<br />
reunião em que Geisel foi informado<br />
da política de execução os<br />
generais Milton Tavares de<br />
Souza, então comandante do<br />
Centro de Inteligência do Exército<br />
(CIE), e seu sucessor, Confúcio<br />
Avelino.<br />
Datado de 11 de abril de<br />
1974, o documento, assinado<br />
pelo então diretor da CIA, Willian<br />
Colby, e endereçado ao então<br />
secretário de Estado dos EUA,<br />
Henry Kissinger, diz que Geisel<br />
foi informado, logo após assumir<br />
a Presidência da morte de<br />
104 pessoas opositoras da ditadura<br />
no ano anterior.<br />
O informe relata ainda que<br />
após ser informado, Geisel<br />
manteve a autorização para<br />
execuções sumárias, adotada<br />
durante o governo do presidente<br />
Emílio Garrastazu Médici<br />
(1969-1974). Geisel teria feito<br />
a ressalva de que os assassinatos<br />
só ocorressem em "casos<br />
excepcionais" e envolvendo<br />
"subversivos perigosos". (Luciano<br />
Nascimento — repórter da<br />
Agência Brasil)