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JUNHO 2018 - Nº 242

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Directora: Sandra Ferreira | Sub-director: Armindo Alves | Ano: XXIV | Número <strong>242</strong> | Junho <strong>2018</strong> | Preço: Grátis | Periodicidade: Mensal<br />

A festa mais<br />

portuguesa da Suíça<br />

EINSIEDELN<br />

27ª peregrinação<br />

A 27° Peregrinação<br />

a Einsiedeln juntou<br />

milhares de Portugueses<br />

e de outros Países<br />

de Língua Portuguesa;<br />

Cabo Verde, Brasil e<br />

Angola numa demonstração<br />

de fé e devoção<br />

a Nossa Senhora de<br />

Fátima.<br />

EDITORIAL DIREITO COMUNIDADE<br />

Armindo Alves foi reeleito. CLZ renova<br />

direcção. Foi no passado dia<br />

18 de Maio.<br />

Indemnização aos passageiros dos<br />

transportes aéreos em caso de<br />

recusa de embarque e de cancelamento<br />

ou atraso...<br />

03 13 20<br />

Reforma - Quanto vou receber<br />

na reforma da AHV ?


É já em Maio que terá lugar uma<br />

das maiores peregrinações religiosas<br />

na Suíça,<br />

Dever de controlo dos pais sobre<br />

menores...<br />

A febre amarela é uma doença<br />

de natureza infecciosa, transmitida<br />

pelo mosquito...<br />

2 LUSITANO de Zurique<br />

Publicidade<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstr, 48<br />

8004 Zürich<br />

www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />

Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />

Cursos de alemão 076 332 08 34<br />

Direcção<br />

Futebol<br />

InCentro<br />

044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />

079 531 48 60 / gualterpereira84outlook.pt<br />

incentro@cldz.ch<br />

Publicidade 079 222 09 14/armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />

Rancho folclórico<br />

076 344 40 91 / rancho@cldz.ch<br />

Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />

Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />

Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />

Tel. Geral: 044 200 30 40<br />

Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />

Serviços sociais: 044 261 33 32<br />

Abertura de segunda a sexta-feira das<br />

08:30 às 14:30 horas<br />

Embaixada de Portugal<br />

Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />

Secção consular: 031 351 17 73<br />

Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />

Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />

Serviços municipais de informação para<br />

imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />

Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />

Tel.: 044 412 37 37<br />

Polícia 117<br />

Bombeiros 118<br />

Ambulância 144<br />

Intoxicações 145<br />

Rega 1414<br />

Edição anterior<br />

Directora: Sandra Ferreira | Sub-director: Armindo Alves | Ano: XXIV | Número 241 | Maio <strong>2018</strong> | Preço: Grátis | Periodicidade: Mensal<br />

SECHSELÄUTEN<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

esteve presente<br />

EDITORIAL DIREITO SAÚDE<br />

03 07 19<br />

“Sechseläuten”<br />

Tradição que já vem do<br />

século 16, onde os conselheiros<br />

das diversas<br />

confrarias decidiam<br />

que nos meses de<br />

Verão o horário de<br />

saída do trabalho seria<br />

uma hora mais tarde<br />

do que no horário<br />

de Inverno.<br />

Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />

Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />

Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />

Tel.: 044 <strong>242</strong> 06 40 7 044 <strong>242</strong> 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />

Horário de atendimento:<br />

- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />

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Editorial<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 3<br />

Sandra Ferreira<br />

Directora<br />

Cartão nº 12 A - CCPJ<br />

CLZ renova direcção<br />

Editorial<br />

No passado dia 18 de Maio, teve lugar a Assembleia Geral do Centro Lusitano<br />

de Zurique, apesar da esperança do presidente Armindo em que fossem<br />

apresentadas mais listas para a direcção, estas não se confirmaram, tendo<br />

ele renovado o seu mandato por mais dois anos. Contudo na direcção antiga<br />

nem todos poderão continuar ao dispor da colectividade, tendo entrado caras<br />

novas para a direcção. Pedro Nabais e Joaquim Silva, dois dos homens<br />

que durante décadas estiveram ligados ao CLZ, despediram-se desta associação<br />

com uma lágrima no canto do olho, mas estando felizes por haver<br />

ainda um bom grupo de trabalho que continue a apoiar e leve este trabalho<br />

de muitos anos para a frente. Fica o agradecimento da direcção a estes dois<br />

homens que muito serviram a comunidade e a família que é o CLZ.<br />

Assim a direcção do CLZ é constituída por:<br />

Presidente - Armindo Alves<br />

Presidente AG - Luís Varandas<br />

Secretaria AG - Magda Padela<br />

Vice-presidente - Susana Pereira<br />

Secretaria - Carina Gonçalves e Natacha D’Amore<br />

Tesoureiro - Domingos Pereira e Sérgio Padela<br />

Vogais - Gualter Pereira<br />

Sandra Alves<br />

Sandra Ferreira<br />

Pedro Nogueira<br />

José Miranda<br />

Paulo Costa<br />

Luís Gonçalves<br />

Jorge Soares<br />

Pedro Pereira<br />

Conselho fiscal - José Lopes, Jorge Rodrigues e David Padela<br />

Com esta direcção, na sua maioria renovada, o CLZ procura unir esforços<br />

para o trabalho e desafios que tem pela frente. O maior desafio, que terão<br />

ate ao final do próximo ano, será a procura de novas instalações para o CLZ,<br />

visto que por motivos de obras, terão até ao fim de 2019 para sair do local<br />

onde se encontra. Contudo a nova direcção esta pronta para unir forças e<br />

continuar a manter o sucesso desta casa, quer no desporto, na cultura, na<br />

informação e para a integração.<br />

EQUIPA EDITORIAL<br />

Directora<br />

Sandra Ferreira - nº CC 12 A<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

Sub-director<br />

Armindo Alves - nºCC 15 A<br />

armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />

Colaboração<br />

4 Cristina Fernandes Alves nº CC 16 A<br />

4 Maria José Bernardo nº CC 13 A<br />

4 Pedro Nabais nº CC 14 A<br />

4 Joana Araújo nº CC 11 A<br />

4 Jorge Rodrigues nº CC 17 A<br />

4 Jorge Macieira nº CC 28 A<br />

4 Maria dos Santos nº CC 27 A<br />

4 Daniel Bohren<br />

4 Zuila Messmer<br />

4 Domingos Pereira<br />

4 Carmindo de Carvalho<br />

4 Euclides Cavaco<br />

4 Carlos Matos Gomes<br />

4 Amílcar Malhó<br />

4 Cândido Abreu<br />

4 Costa Guimarães - Jornalista<br />

Nota: Os artigos assinados re fle ctem tão-somente<br />

a opinião dos seus autores e não vinculam necessariamente<br />

a Direcção desta Revista<br />

Publicidade:<br />

armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />

Tel.: 079 222 09 14<br />

Edição, composição<br />

e paginação<br />

Manuel Araújo -Jornalista 3000 A<br />

Braga – Portugal<br />

araujo@manuelaraujo.org<br />

Tel.:(+351) 912 410 333<br />

Impressão: DM Braga<br />

Tiragem: 2000 exemplares<br />

Periodicidade: Mensal<br />

Distribuição gratuita<br />

Apoios:<br />

Esta publicação não<br />

adopta nem respeita o<br />

(des)Acordo Ortográfico<br />

Propriedade<br />

& administração:<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstrasse 48<br />

8004 Zürich<br />

Tel.: 044 241 52 60<br />

Fax: 044 241 53 59<br />

Web: www.cldz.ch<br />

E-mail: info@cldz.eu


4 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

27° Peregrinação<br />

a Einsiedeln<br />

PEDRO NABAIS<br />

No dia 20 de Maio, de manhã cedo os<br />

organizadores puseram-se a caminho<br />

para que tudo estivesse pronto a horas<br />

programadas. Começava mais uma<br />

grande demonstração de fé e devoção<br />

à Nossa Senhora de Fátima, na que era<br />

também a 27° Peregrinação a Einsiedeln<br />

por milhares de Portugueses e de outros<br />

Países de Língua Portuguesa; Cabo Verde,<br />

Brasil e Angola.<br />

Adeus à Virgem.<br />

Depois foi tempo de as pessoas irem tomar a sua refeição algo<br />

que se tornava de difícil escolha, pois a oferta era grande. Ao<br />

lado do Mosteiro encontrava-se os tradicionais comes e bebes<br />

á Portuguesa onde também não faltava as tradicionais farturas<br />

e churros. Os diversos restaurantes aliciavam os portugueses<br />

com menus do nosso País, no teatro onde se ia realizar a tarde<br />

cultural também se serviam refeições onde o preço dos menus<br />

incluíam o preço para o espectáculo.<br />

Como tem vindo sendo habitual o andor de Nossa Senhora de<br />

Fátima foi ornamentado pelos membros da Missão Católica de<br />

Língua Portuguesa da Suíça Central-Luzerna, que bem cedo puseram<br />

mãos à obra, para que nada falhasse na tarefa de que<br />

estavam encarregados.<br />

Às 11h45m como estava programado teve inicio a procissão,<br />

que se dirigiu para o Mosteiro Beneditino, onde já se encontravam<br />

muitos fiéis que esperavam pela imagem de Nossa Senhora<br />

de Fátima. Ali esta foi recebida com os cânticos do grupo<br />

coral que era composto pelos jovens do grupo VOA de Zurique e<br />

grupo TALENTOS DE LUZERNA, orientados pelo Diácono Paulo<br />

Costa.<br />

Seguiu-se a Eucaristia que foi Presidida pelo Monsenhor Mário<br />

Rui de Oliveira da Diocese de Braga, que se encontra há 11<br />

anos em Roma, coadjuvado por sacerdotes das diversas Missões<br />

Católicas Portuguesas na Suíça. No fim da Eucaristia assistiu-se<br />

a um dos pontos altos da cerimónia com o cântico do<br />

A tarde cultural começou com o desfile dos Ranchos folclóricos<br />

em sentido inverso á procissão, desde o mosteiro até ao teatro<br />

da cidade onde começaram logo a actuar pois o programa era<br />

longo e muito apetecível.<br />

O Rancho Folclórico de Arbon e o Rancho de Centro Lusitano de<br />

Zurique presentearam as cercas de 800 pessoas que estavam<br />

presentes com belas actuações, onde nos foram apresentadas<br />

danças diversificadas do nosso folclore, não posso deixar de<br />

destacar os ranchos infantis de ambas as partes que encheram<br />

os corações dos presentes com as suas danças.<br />

Depois veio a atracção da tarde com a apresentação de Tiago<br />

Maroto que pôs o público a dançar quase durante duas horas,<br />

no meio do seu espectáculo teve a companhia de Aguiar para<br />

uma desgarrada típica Portuguesa. Os Nova Onda também foram<br />

chamados para encerrar mais uma grande tarde cultural<br />

que mais uma vez teve o Centro Lusitano de Zurique como organizador.


Comunidade<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 5<br />

Residentes no Estrangeiro<br />

QUAL É O BANCO QUE<br />

O LIGA A PORTUGAL?<br />

A Caixa, com certeza. Um Banco com 140 anos de história<br />

e uma vasta experiência na oferta de soluções financeiras<br />

adequadas a quem está longe.<br />

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A Caixa Geral de Depósitos S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.


6 LUSITANO de Zurique<br />

Breves da Emigração<br />

Carta aberta enviada ao Presidente<br />

da República<br />

Sindicato dos Professores nas Comunidades<br />

Lusíadas (SPCL), enviou uma<br />

carta aberta ou PR, sustentando que<br />

“os problemas e injustiças com que os<br />

professores em Portugal se debatem<br />

atingem também os docentes do Ensino<br />

Português no Estrangeiro (EPE),<br />

aqueles professores que, em vários<br />

países da Europa e na África do Sul,<br />

ensinam língua e cultura portuguesas<br />

aos filhos dos trabalhadores portugueses”.<br />

“Desde 2010, o Camões – Instituto da<br />

Cooperação e da Língua, que então assumiu<br />

a tutela do EPE, entendeu retirar<br />

a possibilidade de aprender e ensinar<br />

português como língua materna ou de<br />

origem, permitindo unicamente a vertente<br />

do português língua estrangeira, com<br />

manuais de carácter obrigatório e um<br />

processo de certificação destituído de importância<br />

real, pois unicamente atesta o<br />

nível de conhecimentos dos alunos como<br />

estrangeiros aprendentes do português”,<br />

referem. Para o sindicato, “os alunos, em<br />

grande maioria, não são estrangeiros”.<br />

“São as crianças e jovens filhos dos trabalhadores<br />

portugueses nas comunidades,<br />

que se orgulham da sua ascendência,<br />

da sua cultura e da sua língua de<br />

origem, que não desejam estudar como<br />

se fossem estrangeiros, mas sim como<br />

portugueses residentes fora do território<br />

nacional”, sublinhou o documento. Para<br />

além da “incompreensível imposição de<br />

poder apenas aprender português como<br />

língua estrangeira”, também à maior parte<br />

dos luso-descendentes é “imposto o pagamento<br />

da taxa de frequência, ‘a propina’,<br />

da qual os alunos estrangeiros, que<br />

também frequentam os cursos de português,<br />

se encontram isentos”.<br />

“Os professores do EPE são também<br />

discriminados negativamente no que respeita<br />

a um dos seus direitos básicos, nomeadamente<br />

o de se poderem candidatar<br />

a lugares docentes nas escolas em Portugal.<br />

Este é um direito importantíssimo,<br />

pois no EPE não existe carreira, sendo as<br />

colocações precárias e dependentes do<br />

número de alunos, que continua a diminuir<br />

sensivelmente”, indicou. Concluem<br />

os docentes que é “esta a situação real.<br />

No EPE, os lusodescendentes estão em<br />

situação de inferioridade relativamente<br />

aos alunos estrangeiros”.<br />

Oferta de emprego para emigrantes<br />

O Governo anunciou pela voz do Secretário<br />

de Estado das Comunidades Portuguesas,<br />

José Luís Carneiro, que está<br />

em desenvolvimento a criação de um<br />

instrumento de divulgação de ofertas<br />

de emprego e propostas de formação<br />

e qualificação profissional para os emigrantes.<br />

Este instrumento permitirá aos portugueses<br />

no estrangeiro terem conhecimento<br />

das ofertas de emprego em território nacional.<br />

Respondendo às necessidades dos<br />

cidadãos que residem em países onde se<br />

confrontam com dificuldades de emprego.<br />

“Portugal começa a ter necessidade de<br />

profissionais na hotelaria, restauração,<br />

construção civil, áreas de engenharia,<br />

áreas que têm vindo a ser identificadas<br />

necessidades da parte de várias empresas<br />

e investidores nacionais”, realçou o<br />

membro do Governo.


Breves da Emigração<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 7<br />

Conselheiros das Comunidades Portuguesas<br />

reconduzem direcção do<br />

Conselho Permanente<br />

A direcção do Conselho Permanente do<br />

Conselho das Comunidades Portuguesas<br />

(CP-CCP) foi hoje reconduzida para<br />

mais um mandato de um ano, numa votação<br />

com a oposição dos representantes<br />

da Europa.<br />

O conselho permanente é composto por<br />

12 membros -- quatro do conselho regional<br />

da Europa, três da América Central e<br />

do Sul, dois da América do Norte, dois de<br />

África e um da Oceânia e será liderado,<br />

pelo terceiro ano consecutivo, por Flávio<br />

Martins (Foto), como presidente; Nelson<br />

Ponta Garça na vice-presidência, e Manuel<br />

Coelho como secretário.<br />

A eleição decorreu, no terceiro e último dia<br />

da reunião anual do conselho permanente,<br />

que decorreu em Lisboa na Assembleia da<br />

República.<br />

A votação não foi, no entanto, unânime,<br />

com os conselheiros pela Europa a votarem<br />

contra.<br />

Português morreu na Prisão<br />

de Fresnes<br />

O Português V. Gonçalves, de 33 anos, que<br />

estava a cumprir pena na prisão de Fresnes,<br />

nos arredores de Paris foi encontrado inanimado<br />

e acabou por falecer no Hospital da la<br />

Pitié-Salpêtrière, oficialmente vítima de ataque<br />

cardíaco.<br />

Segundo o jornal Le Parisien, a mãe de V.<br />

Gonçalves, não acredita na versão oficial da<br />

morte do filho e vai levar o caso a tribunal<br />

porque diz que o filho foi assassinado com<br />

uma facada no coração. Alega que foi informada<br />

por “uma pessoa porque os detidos<br />

têm telefones e comunicam entre eles”. Diz-<br />

-se ainda que foi informada da morte do filho<br />

no domingo, antes mesmo da hora oficial da<br />

morte.<br />

A vítima, vivia em Bonneuil-sur-Marne, tinha<br />

sido condenado a um ano de prisão por ter sido<br />

apanhado a conduzir sem carta de condução e<br />

dentro de uma semana devia deixar a cadeia,<br />

a 15 de maio, alegadamente por bom comportamento.<br />

Será aberto um inquérito sobre a morte de V.<br />

Gonçalves, a autópsia vai ser realizada pelo<br />

Instituto de Medicina Legal de Paris, cujos resultados<br />

só deverão ser entregues dentro de seis<br />

meses. Arnaud Adélise, o advogado que representa<br />

a família, apresentou queixa no Tribunal<br />

de Créteil por homicídio involuntário contra desconhecidos.<br />

Dia da Língua Portuguesa e Cultura da<br />

CPLP nos Jardins da ONU, em Nova Iorque<br />

A 5 de Maio, os nove países com língua oficial portuguesa celebram<br />

o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade<br />

dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Foram cerca<br />

de 180 iniciativas, como colóquios, espectáculos ou cinema,<br />

assinalam este ano em 57 países o Dia da Língua Portuguesa<br />

e da Cultura da CPLP, com destaque para um encontro, no<br />

sábado, nos jardins das Nações Unidas.<br />

"É o dia que celebra a língua de 261 milhões de pessoas e das<br />

muito mais que a aprendem porque pensam que ela é útil como<br />

língua de comunicação, como língua de negócios, como língua<br />

literária e sempre como língua de cultura", afirmou esta segunda-feira<br />

o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto<br />

Santos Silva, durante a apresentação das celebrações, coordenadas<br />

pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.<br />

Entre as iniciativas, Santos Silva destacou a realização, "pelo seu<br />

simbolismo", no sábado, de várias "manifestações culturais, literárias,<br />

musicais", nos jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque,<br />

que resultam da "colaboração entre todas as missões permanentes<br />

de países de língua portuguesa junto da ONU".<br />

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8 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

Iolanda Duarte:<br />

a mulher das farturas<br />

SANDRA FERREIRA<br />

De estrutura baixa, mas voz firme e que<br />

ressoa, Iolanda Duarte é uma presença<br />

forte em todas as festas Portuguesas<br />

na Suíça. Quer pela doçura das Farturas,<br />

pipocas ou algodão-doce, não há<br />

português que lhe passe despercebido<br />

e já o faz desde há 8 anos.<br />

Natural de Guimarães, hoje,<br />

por obra do amor que sempre<br />

a acompanha, tem casa<br />

e família em Castro Daire, de<br />

onde o marido é natural. Na<br />

Suíça está há 10 anos e vive<br />

em Kriens com o marido e um<br />

dos 3 filhos que tem.<br />

A paixão pelas festas e farturas<br />

não é de agora. Pode<br />

mesmo dizer-se que foi algo<br />

hereditário, pois desde pequena<br />

que Iolanda era presença<br />

assídua em todas as<br />

festas e romarias de Portugal.<br />

“Eu cresci nas festas e romarias<br />

de Portugal. Eu era a<br />

menina do “poço da morte” e<br />

“comecei com 20 anos a fazer<br />

isso”. E é com saudades que<br />

mostra as fotos desse tempo,<br />

em que num acto, à primeira<br />

vista perigoso, Iolanda pegava<br />

na sua motorizada e saltava<br />

com seu pai para a pista,<br />

no “poço da morte”.<br />

“Esta paixão vem do tempo<br />

dos meus avós e foi passando<br />

de geração em geração, sendo<br />

que as únicas que agora<br />

andamos nisto sou eu e a minha<br />

mãe. Os meus irmãos não<br />

quiseram festas e os meus<br />

filhos também não querem<br />

seguir as minhas pegadas”,<br />

conta Iolanda com um certo<br />

saudosismo pois não vê futuro<br />

para esta paixão familiar,<br />

que provavelmente terminará<br />

nas suas mãos.<br />

Iolanda está há 10 anos na<br />

Suíça. Veio para cá na ideia<br />

de apenas ganhar uns extras,<br />

na época de Inverno, mas<br />

apaixonou-se e acabou por<br />

ficar. “Como as festas em<br />

Portugal só dão na época de<br />

Verão, aproveitei e vim passar<br />

cá uns meses a trabalhar. Era<br />

para estar aqui de Novembro<br />

a Abril e depois voltar, mas<br />

conheci o meu marido e acabei<br />

por ficar. Comecei por trabalhar<br />

num Restaurante, depois<br />

fui para as limpezas, mas<br />

ainda tinha o bichinho das<br />

Farturas e então fui buscar as<br />

minhas coisas e comecei nisto”.<br />

E “já lá vão 8 anos a fritar<br />

Farturas e a deliciar os portugueses<br />

que tanto apreciam<br />

este doce tradicional.”<br />

Se lhe perguntarem qual o segredo<br />

das suas farturas, diz<br />

em tom maroto e terminando<br />

com uma grande gargalhada:<br />

“O segredo é a alma do negócio!”<br />

Um negócio que também deixa<br />

as suas feridas e cicatrizes.<br />

“Não é uma vida fácil, pois a<br />

gente apanha frio, chuva, calor<br />

e, muito pior, a estupidez<br />

de alguns clientes”, conta com<br />

uma certa mágoa. “Há clientes<br />

que não entendem que as<br />

coisas aqui são o dobro do<br />

preço que em Portugal e depois<br />

vem fazer-me comentários<br />

bastante desagradáveis”.<br />

Mas também existe o outro<br />

lado da moeda, e Iolanda<br />

criou através da sua paixão<br />

uma grande rede de clientes<br />

e amigos, até mesmo de concorrentes<br />

no negócio que encontram<br />

algo de especial nas<br />

suas farturas.<br />

Contudo as vendas já não são<br />

o que eram e Iolanda pretende<br />

regressar já no próximo<br />

ano a Portugal. Diz mesmo<br />

em tom cansado “jà são 46<br />

anos a viver em festas”.<br />

Saudades vai deixar do filho,<br />

que aqui fica, e dos clientes e<br />

amigos que fez ao longo destes<br />

anos, contudo esta mulher<br />

que não é de ficar parada<br />

termina a entrevista de forma<br />

positiva e diz : “Vou ficar mais<br />

um aninho a fazer farturas,<br />

aproveitem porque senão só<br />

em Portugal”.


Comunidades<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 9<br />

Dia da Língua Portuguesa e das<br />

Culturas Lusófonas em Genebra<br />

promovido pela Associação Laços<br />

O dia da Língua Portuguesa e das Culturas Lusófonas<br />

foi celebrado, no dia 5 de Maio, pelas<br />

Comunidades de Países de Língua Portuguesa<br />

(CPLP). Neste dia, procura-se desenvolver actividades<br />

que ajudem a promover a cultura e língua<br />

que une estas comunidades pelo mundo.<br />

DOMINGOS PEREIRA<br />

Foi com este objectivo que Associação Cultural Luso<br />

Suíça - Laços, em Genebra, celebrou na sala de espectáculos<br />

Libelules este dia, levando a cabo debates,<br />

apresentação de livros e seus autores, música,<br />

dança e gastronomia.<br />

“Esta iniciativa da Laços teve como objectivo principal promover a língua<br />

e cultura dos povos da lusofonia, mas também, que fosse uma oportunidade<br />

para as colectividades da (lusofonia) existentes em Genebra de divulgarem<br />

as suas actividades e de interagirem não só em torno da língua<br />

que os une, mas também nos interesses e necessidades comuns como<br />

os direitos cívicos, sociais e a sua participação dentro da comunidade de<br />

acolhimento,” referiu a directora cultural da Laços Ana Casanova.<br />

O programa iniciou com música popular portuguesa, seguindo da apresentação<br />

dos livros; Conto por Conto de Angela Mota (Brasil- GE), Ecos<br />

dos Afectos de Ana Casanova (Portugal-GE), Europa de Luísa Semedo<br />

(Portugal- F).<br />

Os debates realizaram-se em 3 painéis intitulados: Língua portuguesa<br />

Presente e Futuro, Participação Cívica e Social das Comunidades no<br />

País de acolhimento, Segunda Geração Participação na vida Social e Interação<br />

com o País de Origem. Com locução e moderação realizada pela<br />

conhecida jornalista e locutora Paula Machado da RDP internacional.<br />

Para responder as questões colocadas por Paula Machado e do público<br />

presente e apresentarem as suas opiniões sobre os temas citados, a Associação<br />

Laços convidou os Conselheiros das Comunidades Portuguesas<br />

(CCP) Iolanda Viegas (Reino-Unido) Luísa Semeado (França), Pedro<br />

Rúpio (Bélgica), Alfredo Stoffel (Alemanha), Domingos Pereira (Suíça).<br />

O programa contou ainda com a actuação dos Ranchos Alegrias do Norte,<br />

Sons de Portugal, Kilian e a sua Concertina, Grupo de dança Paradeise,<br />

Alexandra Brito com a apaixonante quizomba e terminou com Aerton<br />

Lopes e Barbara Carvalho com ritmos Afro-americanos.


10<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Entrevista<br />

José Alberto Vieira<br />

Carvalho Araújo<br />

José Alberto Vieira Carvalho Araújo de 36<br />

anos natural de Braga foi jogador dos SC<br />

Braga dos sub-14 até aos sub-19 que depois<br />

viu-se obrigado a abandonar como atleta<br />

devido a lesão e há nove anos que comanda<br />

equipas de formação no SC Braga.<br />

JORGE MACIEIRA<br />

Lusitano de Zurique — Treina<br />

uma equipa júnior que<br />

tem a particularidade de<br />

ser uma das equipas do<br />

campeonato nacional praticamente<br />

só a jogar com jovens<br />

portugueses...<br />

José Araújo - Isso foi uma<br />

resposta ao excesso de jogadores<br />

estrangeiros nas camadas<br />

jovens?<br />

Temos muito orgulho em potenciar<br />

atletas portugueses<br />

no entanto também temos de<br />

ter consciência que o futebol<br />

é universal!<br />

O nosso trabalho é desenvolver<br />

os atletas para que possam<br />

chegar às nossas equipas<br />

profissionais, sem descrição<br />

de raça, cor ou religião.<br />

Potenciar o jogador nacional,<br />

é algo que nos dá muita satisfação,<br />

mas também temos<br />

atletas estrangeiros na nossa<br />

equipa, que acrescentam muita<br />

qualidade...<br />

Ou seja, devemos sempre<br />

procurar a QUALIDADE, pois<br />

evoluímos mais em contextos<br />

de maior adversidade (como<br />

foi o caso deste torneio), e<br />

isso apenas se consegue com<br />

um grupo de atletas de grande<br />

valor. Maior competitividade<br />

interna, maior evolução de<br />

todo o grupo!<br />

E respondendo à questão,<br />

gostamos muito de trabalhar<br />

com atletas nacionais, mas<br />

gostamos ainda mais de trabalhar<br />

com bons atletas!<br />

Sabemos que o jogador português<br />

tem muita qualidade,<br />

e por isso, temos poucos estrangeiros...<br />

LZ — Qual é a sua formação<br />

académica como treinador?<br />

JA — Sou licenciado em Educação<br />

Física e Desporto pela<br />

UTAD (Universidade de Trás<br />

e Montes e Alto Douro), com<br />

especialização em futebol, o<br />

que me conferiu equivalência<br />

ao curso UEFA “C”.<br />

Mais tarde frequentei o curso<br />

UEFA “B” na AFB (Associação<br />

de Futebol de Braga), estando<br />

no presente momento a<br />

frequentar o curso UEFA “A”,<br />

ministrado pela FPF (Federação<br />

Portuguesa de Futebol).<br />

LZ — Como surgiu esse<br />

convite para se juntar ao SC<br />

Braga?<br />

JA — Fiz todo o meu percurso<br />

como atleta (formação) no<br />

Sporting Clube de Braga, dos<br />

U14 aos U19. Sendo um dos<br />

capitães de equipa da minha<br />

geração!<br />

Uma lesão fez com que abandonasse<br />

a prática da modalidade,<br />

tendo de imediato,<br />

enveredado pelos estudos.<br />

Estava na altura de ingressar<br />

na Universidade, e foi sem dúvida<br />

uma escolha fácil! Queria<br />

manter-me ligado ao futebol...<br />

Tirei o curso de Desporto,<br />

onde me especializei em Futebol!<br />

Estive algum tempo afastado<br />

do futebol, após terminar<br />

o curso, pois estive envolvido<br />

num projecto profissional<br />

muito ambicioso e aliciante, a<br />

construção de uma nova etapa<br />

de um colégio privado em<br />

Braga.<br />

No entanto o “bichinho” do futebol<br />

esteve sempre presente<br />

e foi com naturalidade que<br />

quando um ex-treinador (Lito)<br />

me convidou para o “ajudar”,<br />

não consegui dizer que não!<br />

O primeiro dia foi fantástico,<br />

sentir toda a nostalgia do<br />

tempo em que jogava, nunca<br />

mais consegui sair deste nosso<br />

grande clube!<br />

LZ — - Como avalia a participação<br />

no torneio Blues<br />

Star/Fifa Cup?<br />

JA — Um excelente torneio,<br />

muito bem organizado, com<br />

um grupo de equipas muito<br />

competitivas...<br />

Ficamos muito satisfeitos pelo<br />

convite que recebemos, pois<br />

acreditamos que são ambientes<br />

competitivos como estes<br />

que fazem evoluir, ainda mais,<br />

os nossos atletas!<br />

Sobre a nossa participação,<br />

temos de considerar muito positiva,<br />

não apenas pela classificação<br />

obtida, mas sobretudo<br />

pela experiência, aprendi-


zagem e evolução que proporcionou aos<br />

nossos atletas!<br />

Somos um grupo ambicioso, e naturalmente<br />

entramos em todas as competições<br />

para vencer, no entanto, temos consciência<br />

que a avaliação final, nunca pode recair<br />

apenas na classificação obtida. Definimos<br />

vários objectivos para este torneio e conseguimos<br />

alcançar praticamente todos!<br />

LZ — Sentiu-se acarinhado pela massa<br />

Bracarense e Portuguesa aqui na Suíça?<br />

JA — Sem dúvida nenhuma...<br />

Não estávamos à espera de tanto apoio e<br />

de tanto reconhecimento!<br />

Outro dos aspectos fantásticos deste torneio,<br />

o envolvimento e a aceitação da comunidade!<br />

É muito importante que os atletas percebam<br />

que o futebol é paixão por causa dos<br />

adeptos! É para eles que nós jogamos, e<br />

conseguir proporcionar (de alguma forma)<br />

um aproximar dos nossos emigrantes às<br />

suas raízes é um sentimento muito gratificante.<br />

Foi uma agradável surpresa!<br />

Desporto<br />

LZ — Actualmente em segundo lugar no<br />

apuramento de campeão, qual expectativa<br />

para o resto do campeonato?<br />

JA — Temos consciência do campeonato<br />

que estamos a fazer e de quais os objectivos<br />

a que nos propusemos atingir desde o<br />

início da época...<br />

Na formação acreditamos que o fundamental<br />

é a evolução dos nossos atletas em<br />

termos individuais, inseridos num contexto<br />

colectivo e nesse capítulo estamos muito<br />

satisfeitos com o trabalho desenvolvido!<br />

Naturalmente que o bom trabalho desenvolvido<br />

nos coloca em posição de destaque<br />

no campeonato, mas como sempre<br />

dissemos, existem outras equipas, com<br />

outros recursos, com mais e maior obrigação<br />

em conciliar a evolução dos atletas<br />

com a classificação obtida!<br />

Vamos manter a nossa forma de estar, o<br />

nosso foco no trabalho e no final iremos<br />

fazer contas, mas sempre com uma forte<br />

convicção que trabalhamos para potenciar<br />

os atletas e para os fazer chegar às nossas<br />

equipas profissionais!<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 11<br />

LZ — Tem alguma mensagem a deixar<br />

aos jovens que desejam chegar a jogadores?<br />

JA — A mensagem para todos os jovens<br />

que desejam chegar a jogador é muito simples<br />

dedicação e sacrifício!<br />

É fundamental que os jovens tenham consciência<br />

tudo o que implica ser um jogador<br />

de futebol profissional. Os sacrifícios que<br />

são necessários, as privações (na juventude)<br />

a que vão estar sujeitos, pois apenas<br />

os mentalmente preparados para tal, conseguiram<br />

lá chegar!<br />

Não é fácil, obriga a muito trabalho e sacrifício,<br />

mas como se costuma dizer, “quem<br />

corre por gosto, não cansa” logo se têm<br />

esse sonho, vão atrás dele!<br />

Nome completo:<br />

José Alberto Vieira Carvalho<br />

Araújo<br />

Idade:<br />

36<br />

Naturalidade:<br />

Braga, Portugal<br />

Quantos anos no Braga:<br />

Esta época é a 9ª ao serviço<br />

do SCB<br />

Financiamento<br />

para todos<br />

crédito pessoal<br />

a partir de<br />

4.8%*<br />

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* O prazo de reembolso é de 12 até 60 meses. A taxa anual efetiva (inclui as taxas e um seguro de crédito em caso de morte “CG24 Safe”) é entre 4.8% e 9.9% são calculados pela CreditGate24 (Schweiz) AG<br />

dependendo da sua solvabilidade. Exemplo representativo: para um financiamento pessoal de CHF 30’000 com uma mensalidade de 24 meses; taxa anual de encargos efetiva de 5.6% (Rating AA).<br />

mensalidade: CHF 1303 (reembolso, os juros e o seguro. A mensalidade indicada já inclui o valor correspondente ao prémio mensal de reembolso, custos de juros e do seguro). Custos de juros em total: CHF 1194,<br />

prêmio do seguro em total: CHF 91, custo total do crédito: CHF 31’735.Taxa (única) CG24: CHF 450 (este valor é deduzido ao financiamento da soma total do crédito solicitado), Aviso legal: a concessão de crédito<br />

é proibida caso conduza a um endividamento excessivo (Art.º 3.º da UWG (lei relativa à concorrência desleal)).


12 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidades<br />

O preço das creches na Suíça<br />

é o mais caro no mundo<br />

Uma família na Suíça, que deseje<br />

colocar seu filho em tempo<br />

inteiro numa creche, vai custar-<br />

-lhe em média 60% do seu salário.<br />

Um valor que coloca a Suíça<br />

em primeiro lugar do ranking<br />

mundial. Mesmo - em alguns<br />

casos – com ajudas financeiras<br />

e reduções de impostos a factura<br />

final é ainda muito elevada.<br />

Estes números foram confirmados<br />

por instituições internacionais que<br />

colocam a Suíça a frente dos países<br />

da OCDE em termos de custos<br />

na guarda de crianças fora da<br />

família.<br />

Todos os países analisados concedem<br />

ajuda financeira directa e/<br />

ou reduções fiscais às famílias. O<br />

cálculo é realizado, subtraindo esses<br />

benefícios ao preço bruto das<br />

creches, e isto resulta num custo<br />

líquido de 30% do rendimento<br />

médio de uma família. Com estes<br />

valores finais a Suíça situa-se ainda<br />

nos primeiros lugares da tabela<br />

ficando a sua frente apenas os<br />

países anglo-saxónicos.<br />

As autoridades públicas subvencionam<br />

um número limitado de<br />

utentes, favorecendo as famílias<br />

mono-parentais ou aquelas com<br />

recursos financeiros limitados.<br />

Sendo quase 90% das creches do<br />

país são privadas e financiadas<br />

pelos pais.<br />

A Suíça possui assim um dos sistemas<br />

de cuidados infantis mais<br />

caros do mundo, com a procura<br />

muito superior à oferta. De acordo<br />

com uma pesquisa recente, a<br />

confederação não tem resposta<br />

para cerca de 20% das crianças<br />

em idade pré-escolar e escolar<br />

apesar das necessidades dos<br />

seus encarregados de educação<br />

de irem trabalhar.<br />

De mal a pior<br />

Na quarta-feira 16 de Maio, o<br />

Conselho Federal anunciou que<br />

iria retirar o seu apoio ao programa<br />

de estímulo para aumentar a<br />

disponibilidade de vagas em creches<br />

de todo o país, argumentando<br />

que a responsabilidade deve<br />

recair sobre cantões e municípios.<br />

Nos últimos 15 anos, o governo<br />

federal suíço criou 57.383 novas<br />

vagas em todo o país, investindo<br />

um total de 350 milhões de francos<br />

suíços na tentativa de diminuir<br />

a diferença entre oferta e a procura.<br />

A verdade é que a Suíça - mesmo<br />

com a somo supracitada - gasta<br />

por ano menos de 0,1% de seu<br />

produto interno bruto (PIB) no financiamento<br />

a infra-estruturas<br />

e subvenção a famílias, menos<br />

do que a maioria dos países europeus.<br />

Mas que por outro lado<br />

e para efeito, de comparação, a<br />

confederação Suíça gasta 0,8%<br />

do PIB do país com as forças-armadas.<br />

Fonte: agências


Comunidades<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 13<br />

Cem milhões de francos suíços<br />

para empréstimos pessoais<br />

Paul Baumgartner<br />

Products & Sales<br />

foto: © creditgate24.com<br />

Falámos com um dos<br />

nossos patrocinadores<br />

o Sr. Paul Baumgartner<br />

e quisemos<br />

conhecer a sua actividade<br />

e o que consiste<br />

o conceito “MarketplaceLender”.<br />

ARMINDO ALVES<br />

Lusitano de Zurique — Qual é a<br />

actividade do CreditGate24?<br />

Paul Baumgartner — O CreditGate24<br />

é um “marketplacelender”<br />

que empresta. Na plataforma<br />

online www.creditgate24.com,<br />

os mutuários (pessoas físicas e<br />

PMEs) podem fazer uma solicitação<br />

de maneira conveniente, fácil<br />

e rápida. A coisa especial sobre a<br />

plataforma é que nós colocamos<br />

os projectos de empréstimo em<br />

nossa plataforma após um exame<br />

minucioso. Os projectos de empréstimos<br />

são então financiados<br />

por investidores privados ou institucionais.<br />

Empréstimos estão disponíveis<br />

a partir de CHF 5000 a 3<br />

milhões e as taxas de juros variam<br />

entre 4,35% e 9,9%.<br />

LZ — Qual o público-alvo da<br />

vossa empresa?<br />

PB — Empréstimos pessoais típicos<br />

são necessários para financiar<br />

carros, habitação, educação,<br />

reformas e reescalonamento. Empréstimos<br />

típicos para PMEs são<br />

necessários para financiar liquidez,<br />

financiamento de projectos,<br />

activos circulantes, activos fixos<br />

ou reestruturação de dívidas.<br />

LZ — Qual o volume de negócios<br />

e qual perspectiva futura?<br />

PB — A CreditGate24 já emitiu<br />

1500 empréstimos com um<br />

volume de 100 milhões de francos<br />

suíços. Nesta semana ou na<br />

próxima semana (Junho de <strong>2018</strong>),<br />

haverá uma acção de 10% nos<br />

próximos 100 milhões de francos<br />

suíços para empréstimos pessoais<br />

(novos clientes ou clientes que aumentarão<br />

seus empréstimos<br />

LZ — Fale-nos sobre empréstimos<br />

imobiliários<br />

PB — Em termos de reformas,<br />

financiamento de pontes ou empréstimos<br />

imobiliários, podemos<br />

ajudar com as chamadas segundas<br />

hipotecas. Nosso especialista<br />

Daniel Costandaché terá prazer<br />

em aconselhá-lo. No momento,<br />

estamos prontos para encontrar<br />

uma solução para as primeiras hipotecas.<br />

Nós não oferecemos estes<br />

no momento.<br />

LZ — É um investimento atractivo?<br />

PB — Também oferecemos termos<br />

muito atractivos no lado do<br />

investidor. Um investidor pode estar<br />

connosco a partir de CHF 500,<br />

o valor é aberto no topo. O retorno<br />

médio para nós é entre 4-6%,<br />

dependendo da classificação que<br />

você investe. Este é certamente<br />

um retorno muito interessante no<br />

actual ambiente de interesse negativo.<br />

LZ — Vocês trabalham também<br />

com intermediários?<br />

PB — Sim, também trabalhamos<br />

com intermediários e fiduciários de<br />

empréstimos para pessoas físicas<br />

e empresas de pequeno e médio<br />

porte e oferecemos uma plataforma<br />

de corretagem on-line bastante<br />

simplificada. Você está convidado<br />

a perguntar-me directamente,<br />

se uma colaboração é desejada.<br />

LZ — Quanto à comunicação<br />

com os clientes, é apenas em<br />

alemão?<br />

PB — Nós temos três pessoas<br />

trabalhando em Português. Carla<br />

da Silva é o seu contacto directo.<br />

Ela é portuguesa e assessora de<br />

clientes. Sandra Gonçalves também<br />

é portuguesa, mas trabalha<br />

na contabilidade. Eu sou brasileiro<br />

e certamente poderia ajudar com<br />

qualquer pergunta.


14 LUSITANO de Zurique<br />

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Direito<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 15<br />

V<br />

Indemnização e a assistência aos passageiros dos<br />

transportes aéreos em caso de recusa de embarque<br />

e de cancelamento ou atraso considerável dos voos<br />

Daniel Bohren<br />

[Advogado]<br />

Tempo de férias é tempo de viajar. Viagens também trazem aborrecimentos, quando, por exemplo,<br />

as companhias de aviação não transportam os passageiros, por terem feito demasiadas reservas,<br />

anularem os voos ou os voos partirem com atraso. Nestes casos os passageiros têm direitos de acordo<br />

com o Regulamento sobre os Direitos de passageiros de transportes aéreos N.º 261/2004 da UE,<br />

quando partem de um país da UE ou da Suíça ou voam com uma companhia de aviação com sede na<br />

UE ou na Suíça para um país da UE ou para a Suíça:<br />

Quando a companhia de aviação fez demasiadas reservas, quer dizer vendeu lugares a mais e não pode<br />

agora transportar todos os passageiros, então procura primeiramente pessoas, que prescindam voluntariamente<br />

de embarcar. Quem prescinde voluntariamente pode pelo menos exigir o reembolso dos custos de<br />

voo dos trajectos ainda não efectuados, um voo de regresso gratuito para o primeiro aeroporto de partida<br />

ou a continuação do voo para o aeroporto de chegada tão rapidamente quanto possível. O passageiro pode<br />

naturalmente tentar negociar outras contrapartidas pela sua renúncia. Se não se encontrarem suficientes<br />

voluntários que prescindem do voo, então a companhia de aviação também pode recusar o embarque a passageiros individuais.<br />

Quem não pode voar involuntariamente, tem adicionalmente aos direitos mencionados (custos de reembolso, voo de regresso ou<br />

continuação da viagem) direito a refeições apropriadas e refrescos e – se for necessária uma pernoita – alojamento em hotel inclusive<br />

transferência para o hotel e de regresso ao aeroporto assim como as seguintes indemnizações globais:<br />

€ 125 / € 250 para um trajeto de voo ≤ 1.500 km<br />

€ 200 / € 400 num voo dentro da UE / CH com o trajeto de voo > 1.500 km<br />

ou fora da UE / CH com uma distância de voo > 1.500 km ≤<br />

3.500 km<br />

€ 300 / € 600 em todos os outros voos<br />

A indemnização mais baixa é então válida, quando foi oferecido um voo de substituição cuja hora de chegada se atrasa face ao<br />

horário previsto de voo não mais de (voos com trajecto curto vê acima), 3 (voos com tarjetas meios) respectivamente 4 horas (outros<br />

voos).<br />

No caso de cancelamento do voo os passageiros têm os mesmos direitos que os passageiros que involuntariamente não foram<br />

transportados. Não há, a saber, direito a indemnização global, quando<br />

• o cancelamento foi participada 2 semanas antes do voo planeado, ou<br />

• o cancelamento foi participada depois de 2 semanas antes do voo, mas com uma antecipação de pelo menos 7 dias e simultaneamente<br />

com a oferta de um voo de substituição, no qual a hora de partida é menor do que 2 horas antes e a hora de<br />

chegada não mais do que 4 horas mais tarde, ou<br />

• o cancelamento é participada com menos de 7 dias de antecedência, mas é proposto um voo de substituição que parte menos<br />

de 1 hora antes e a hora de chegada não é mais do que 2 horas mais tarde, do que a do voo marcado inicialmente.<br />

• a companhia de aviação pode comprovar que o cancelamento do voo é consequência de condições extraordinárias, que ela não<br />

podia evitar<br />

Com o atraso da hora de partida de menos de 2 horas (em voos de menos de 1.500 km) ou de menos de 3 horas (em voos dentro da<br />

UE de mais de 1.500 km e tais fora da UE com trajecto de voo entre 1.500 km e 3.500 km) ou atrasos de 4 horas (em todos os outros<br />

voos) os passageiros têm direito a refeições e refrescos apropriados. Se a hora de partida esperada é apenas no dia seguinte, então<br />

os passageiros também têm direito a alojamento num hotel inclusive transferência aeroporto-hotel, hotel-aeroporto. Se o atraso for<br />

maior do que 5 horas, os passageiros podem exigir os custos dos trajectos de voo ainda não efectuados e um voo gratuito para o<br />

primeiro aeroporto do local de partida, se a finalidade da viagem não puder ser realizada. Com atrasos não há aliás direito a uma<br />

indemnização global, se ao contrato de transporte for aplicável direito suíço. Tal é, regra geral, o caso, quando o passageiro do voo<br />

tem residência na Suíça e comprou o seu bilhete na Suíça. Para outros passageiros<br />

de voo, quer dizer, para aqueles com residência fora da Suíça, os atrasos da<br />

hora de chegada de mais de 3 horas são tratados como o cancelamento. Estes<br />

Tem perguntas que digam<br />

respeito ao direito?<br />

Envie a sua pergunta com a<br />

indicação “Lusitano” a:<br />

Bohren Rechtsanwalt,<br />

Postfach 229,<br />

8024 Zürich<br />

ou para: mail@dbohren.ch<br />

passageiros portanto também têm direito a uma indemnização global quando há<br />

atrasos.<br />

Se a recuas de embarque, o cancelamento ou atraso causar ao passageiro de<br />

voo um dano, este deve ser indemnizado adicionalmente pela companhia de<br />

aviação, de acordo com as estipulações do direito contratual. Tal também é válido<br />

para a bagagem, que chegue tarde demais ao destino. Os danos devido a<br />

atrasos de passageiros de voo têm no entanto um limite, a saber para os passageiros<br />

de € 4’950 e para bagagem em atraso de € 1’190.


16 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

Serviço de Diárias de Segunda a Sexta-Feira - 18 Frs tudo incluído - Aguardámos a sua visita


Saúde<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 17<br />

As unhas<br />

V Zuila Messmer<br />

O que as unhas revelam<br />

sobre a saúde<br />

Segundo à academia americana<br />

de dermatologia – AAD, as<br />

unhas podem reflectir o estado<br />

de saúde das pessoas. „ Certas<br />

alterações, como descoloração<br />

ou espessamento das mesmas<br />

podem sinalizar problemas renais,<br />

doenças hepáticas, cardíacas<br />

e pulmonares, bem como<br />

anemia e diabetes.”<br />

Como se vê, não se pode considerar<br />

apenas o lado estético das<br />

unhas, pois sua forma, textura e<br />

cor natural reflectem o interior<br />

do organismo.<br />

Por isso, caso perceba alguma<br />

alteração em suas características,<br />

como edema (inchaço),<br />

descoloração ou mudanças em<br />

sua forma ou espessura, consulte<br />

um dermatologista imediatamente,<br />

pois pode não ser significante,<br />

ou apenas consequência<br />

de algum problema já estalado,<br />

como é no caso da diabete, em<br />

que problemas nas unhas são<br />

comuns, mas também pode indicar<br />

problemas de saúde complexos,<br />

doenças crónicas, incluindo<br />

o cancro.<br />

Vejamos alguns sintomas<br />

que podem<br />

surgir nas unhas e o<br />

seu significado:<br />

Unhas Amarelas - Com o avanço<br />

da idade, o uso de unhas<br />

acrílicas, esmaltes e o hábito de<br />

fumar, elas podem amarelar. Se<br />

estão grossas e frias, a causa<br />

pode ser uma infecção fungicida.<br />

Não é comum unhas com<br />

tom amarelado estarem relacionadas<br />

com doença da tiróide,<br />

diabetes, psoríase ou doenças<br />

respiratórias (como a bronquite<br />

crónica).<br />

Unhas Secas, Rachadas ou<br />

Quebradiças – Certos factores<br />

no estilo de vida contribuem<br />

para essas características. O<br />

manuseio constante com água<br />

(lavando louças, limpando chão,<br />

fazendo natação e etc), bem<br />

como, produtos químicos (removedores<br />

de esmaltes, produtos<br />

de limpeza, desinfectantes) e<br />

ainda a baixa humidade na região<br />

em que se vive, influenciam<br />

sistematicamente na aquisição<br />

desses sintomas.<br />

Tais rachaduras e fragilidade<br />

também podem ser causados<br />

por uma infecção fungicida, por<br />

doença da tireóide (particularmente<br />

o hipotiroidismo), pela<br />

deficiência de vitaminas A, B<br />

biotina e C .<br />

Mudanças Digital - Isso acontece<br />

quando as pontas dos dedos<br />

se expandem e a unhas ficam<br />

curvada para baixo. Isso pode<br />

indicar baixo teor de oxigénio<br />

no sangue, portanto, associado<br />

à doenças pulmonares, mas<br />

também pode estar relacionado<br />

a doenças hepáticas, renais,<br />

cardíacas, doenças inflamatórias<br />

intestinais e HIV positivo<br />

(AIDS).<br />

Pontos Brancos - Pequenas<br />

manchas brancas nas unhas<br />

geralmente são resultados de<br />

traumatismos nas mesmas, portanto<br />

não há motivo de preocupação,<br />

pois desaparecerão a<br />

proporção que as unhas forem<br />

crescendo. Mas se continuam<br />

presentes, pode ser caso de infecção<br />

por fungo, necessitando<br />

tratá-las.<br />

Sulcos Horizontais - Dentro dessa<br />

classificação existe tipos diferentes,<br />

que tanto podem provir<br />

de um trauma como de uma<br />

doença grave com febre alta, tal<br />

como a escarlatina ou pneumonia.<br />

Na classificação de Sulcos<br />

de Beau (linhas de Beau) pode<br />

ter influência de uma diabete<br />

descontrolada, de uma doença<br />

circulatória, psoríase ou uma<br />

deficiência grave do componente<br />

zinco do organismo. No outro<br />

tipo denominado de Sulcos de<br />

Mees, o agente desencadeador<br />

é uma intoxicação por arsénico,<br />

por monóxido de carbono ou por<br />

doenças como a malária e a lepra<br />

Sulcos Verticais - A presença<br />

desses tipos de linhas nas<br />

unhas fazem parte do processo<br />

de envelhecimento normal do<br />

ser humano, inclusive podem se<br />

tornar cada vez mais proeminentes<br />

com o avanço da idade. Em<br />

alguns casos indica deficiências<br />

da vitamina B12 e magnésio.<br />

Unhas em Colher - Unhas que<br />

se curvam para cima com bordas<br />

semelhante à de uma colher,<br />

podem ser sinal de anemia<br />

(deficiência de ferro), ou de hemocromatose<br />

(excesso de absorção<br />

de ferro), doença cardíaca<br />

ou hipotiroidismo.<br />

Buracos - Se as unhas têm múltiplos<br />

buracos e amassos, pode<br />

indicar distúrbios do tecido conjuntivo<br />

(sistema de conexão do<br />

corpo), ou alopecia, uma doença<br />

auto-imune que causa perda de<br />

cabelo.<br />

Manchas Escuras - Manchas<br />

escuras ou crescimentos dolorosos<br />

da unha requer uma consulta<br />

médica imediata, pois pode<br />

ser causado por melanoma, a<br />

forma mais mortal de câncer de<br />

pele.<br />

Sugestões para o cuidado<br />

das unhas<br />

Nutrir as unhas de dentro para<br />

fora através de uma dieta adequada<br />

e protegê-las de uma exposição<br />

excessiva a água ou produtos<br />

químicos é fundamental.<br />

O uso de luvas de borracha e de<br />

outros materiais são úteis ao se<br />

realizar determinados trabalhos,<br />

como por exemplo, ao se lavar<br />

louças, roupas, limpar o chão,<br />

cuidar do jardim. Outro aspecto<br />

relevante é minimizar (ou eliminar)<br />

o uso do esmalte de unha,<br />

removedor de esmalte e unhas<br />

postiças. O polimento simples<br />

pode desenvolver um brilho<br />

agradável e suave nas unhas e<br />

nas mãos, sem ter de usar nenhum<br />

esmalte ou componente<br />

artificial e químico.<br />

Uma vantagem adicional é que<br />

isso pode realmente ajudar as<br />

unhas a respirar e crescer mais<br />

fortes por mais tempo, devido ao<br />

aumento da circulação, e também<br />

não terá que se preocupar<br />

com esmalte que está se tornando<br />

lascado e imperfeito.<br />

Se recomenda manter as unhas<br />

cortadas relativamente curtas,<br />

usando uma tesoura ou cortadores.<br />

Corte-as rectas dos lados e<br />

ligeiramente arredondadas no<br />

centro, isso ajudará a mantê-las<br />

fortes, afirmam os especialistas<br />

da AAD.<br />

Tanto as unhas como a pele<br />

se beneficiam com o uso de hidratante<br />

adicional, então faça<br />

uso regularmente de um pouco<br />

de óleo de coco nas mesmas.<br />

Além disso, evite tirar cutículas,<br />

pois isso pode danificar o leito<br />

das unhas. Lembre-se que, as<br />

unhas devem ser cortadas, não<br />

arrancadas, para evitar danificar<br />

o tecido vivo.<br />

Finalmente, se notar algum sintoma<br />

ou incomodo incomum,<br />

não tente encobri-los com esmaltes<br />

ou unhas artificiais indo<br />

apenas a manicures e pedicures.<br />

Consulte um profissional da<br />

saúde, com conhecimentos de<br />

causa, quem o ajudará à identificar<br />

a existência de problemas<br />

associados ou não.<br />

Roer unhas – Problemas,<br />

consequências<br />

e causas.<br />

Devido a complexidade do assunto,<br />

será abordado na próxima<br />

edição da revista Lusitano.<br />

Aguardem!


18<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Comunidades<br />

“Vou daqui<br />

de coração<br />

cheio“<br />

Tiago Maroto<br />

Tiago Maroto é um<br />

jovem de 23 anos de<br />

idade, que muito cedo,<br />

com apenas 8 anos, tomou<br />

o gosto pela concertina<br />

e pelos cantares<br />

populares nomeadamente<br />

as cantigas<br />

PEDRO NABAIS á desgarrada. Esse<br />

gosto foi crescendo e<br />

desde os 11 anos até<br />

aos 17 participou em vários projectos<br />

musicais, sempre ligados á musica popular.<br />

Este ano ele esteve presente na tarde<br />

cultural da festa de Einsiedeln ao que<br />

no final deu esta pequena entrevista ao<br />

Lusitano de Zurique.<br />

Lusitano Zurique -Tiago, podes descrever<br />

qual o teu sentimento ao fim desta<br />

actuação?<br />

Tiago Maroto -De enorme gratidão em<br />

primeiro lugar, pois para mim foi um privilégio<br />

ter sido convidado através do Sr.<br />

Teixeira da Interkran e de toda a gente<br />

que estava envolvida nesta organização.<br />

Para mim foi um enorme prazer estar cá,<br />

primeira vez nesta festa, mas sem dúvida<br />

o público foi fantástico, a festa foi boa<br />

a malta estava animada e o objectivo foi<br />

cumprido.<br />

L.Z. - Como sabes, esta festa Portuguesa<br />

é composta por uma parte religiosa<br />

e outra cultural, houve alguma coisa<br />

que te marcou especialmente hoje?<br />

T.M. - Sim, a gente vem às nossas comunidades<br />

Portuguesas espalhadas pelo<br />

Mundo, seja aonde for já é um sentimento<br />

especial pois estamos a cantar para<br />

alguém que tem saudades de Portugal<br />

e que teve de ir para outro País diferente<br />

para ganhar a sua vida. Mas neste caso<br />

foi especial que, como católico que sou,<br />

que todos os Portugueses que aqui estão<br />

são e tem uma devoção enorme, a junção<br />

disso fez um momento fantástico e<br />

brilhante. Acho que foi mesmo fantástico<br />

quando cantei a canção de Nossa Senhora<br />

de Fátima, vi muita gente emocionada,<br />

claro que vou daqui de coração cheio.<br />

L.Z. -Valeu a pena cá vir?<br />

T.M. -Claro, claro vale sempre a pena.<br />

LZ- Queres deixar alguma mensagem<br />

para os nossos Emigrantes?<br />

T.M. - Para vocês que estão cá quero<br />

acima de tudo desejar uma boa viagem<br />

quando forem ao nosso País, o de todos<br />

nós e quando regressarem ao País de trabalho<br />

que tenham sempre uma boa viagem<br />

e que acima de tudo continuem com<br />

esta força, esta garra de espalharem a<br />

cultura Portuguesa pelo Mundo, porque<br />

Portugal é grande graças ás nossas comunidades<br />

Portuguesas, elas sim fazem<br />

com que o nosso País seja grande. É pequeno<br />

em espaço mas é grande na cultura<br />

e no Patriotismo.


Desporto<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 19<br />

80. Blue Stars<br />

- FIFA Youth Cup<br />

No passado dia<br />

9 e 10 de Maio<br />

realizou-se a<br />

80. Blue Stars/<br />

FIFA Youth Cup<br />

nos campos habituais,<br />

os campos<br />

de Buchlern,<br />

JORGE MACIEIRA<br />

com 10 equipas<br />

masculinas e<br />

com 6 equipas femininas.<br />

No torneio masculino participaram no<br />

grupo A o BSC Young Boys, S.C. Internacional,<br />

Espanyol Barcelona, 1. FC Köln e<br />

Grasshopper Club já no grupo B o Dinamo<br />

Zagreb, SC Braga, West Ham United,<br />

FC Zürich e FC Blue Stars. <br />

No torneio feminino, que foi uma das<br />

grandes novidades desta edição, participaram<br />

no grupo A o FC Zürich, Valencia<br />

CF e FC Blue Stars e já no grupo B<br />

o Grasshopper Club, BSC Young Boys e<br />

Inter Milano. <br />

O Dinamo Zagreb foi o vencedor do grupo<br />

B e o vencedor do torneio ao vencer o<br />

BSC Younh Boys, que foi o vencedor do<br />

grupo A, ao vencer na final por duas bolas<br />

a zero os suíços vindos de Bern. <br />

A equipa feminina vencedora do torneio<br />

feminino foi BSC Young Boys vencedor<br />

do grupo B e que venceu por uma bola a<br />

zero o Valencia CF por uma bola a zero<br />

na final. Como já é habitual, neste torneio<br />

conta sempre com uma equipa lusa<br />

que este ano foi o SC de Braga que acabou<br />

em segundo no grupo B ao empatar<br />

com o FC Zurich, perdendo com o Dinamo<br />

Zagreb e ganhando ao FC Blue Stars<br />

e ao West Ham United acabando com 7<br />

pontos. <br />

No jogo de 3º e 4º lugar contra o S.C. Internacional,<br />

segundo classificado do grupo<br />

A, o SC Braga perdeu por uma bola<br />

a zero ficando assim fora do podia em<br />

4 lugar. Foi um torneio que contou com<br />

muito público a assistir aos dois dias de<br />

torneio e com muito deste público português<br />

apoiar o SC de Braga.<br />

Na luta pela manutenção<br />

No passado dia 22 de Maio a<br />

equipa Sénior do Centro Lusitano<br />

de Zurique recebeu o<br />

FC Kilchberg-Rüschlikon, o<br />

penúltimo classificado, com o<br />

resultado a ficar no empate a<br />

uma bola.<br />

O Centro entrou forte em<br />

cima da equipa visitante com<br />

o domínio do jogo e aos 13'<br />

minutos estreou o marcado,<br />

com o golo do Michael e o remate<br />

colocado ao lado direito<br />

da baliza.<br />

O jogo chegou ao intervalo<br />

com o empate a uma bola.<br />

Na segunda com o aparecimento<br />

da chuva o jogo ficou<br />

mais quebrado e os visitantes<br />

empataram o desafio com<br />

uma bola metida nas costas<br />

da defesa.<br />

Com as alterações o Centro<br />

criou mais oportunidades que<br />

não conseguiram concretizar<br />

e chegar à vitória do jogo<br />

Nem a chuva afastou os<br />

apoiantes do Centro Lusitano<br />

de Zurique que não abandonaram<br />

a equipa na luta pela<br />

manutenção, faltando quatro<br />

finais para conseguirem o<br />

objectivo da época: a manutenção.


20<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Comunidades<br />

Quanto vou receber<br />

na reforma da AHV ?<br />

CARLOS LOPES<br />

Para obter uma<br />

reforma completa é<br />

necessário trabalhar<br />

44 Anos<br />

A quantia da reforma<br />

pode variar de<br />

acordo com seu<br />

salário em media<br />

dos anos de<br />

cotização.<br />

Exemplo:<br />

Se contribuiu sem nenhuma<br />

interrupção durante os 44<br />

anos e a media não excedeu<br />

os 14,100 francos. Recebe<br />

1.175 francos.<br />

Se contribuiu sem nenhuma<br />

interrupção durante 44 anos e<br />

com um salario igual ou superior<br />

a 84.600 francos. Recebe<br />

o pagamento máximo que<br />

é de 2.350 francos.<br />

A lei Suíça prevê que a reforma<br />

máxima não pode ser<br />

maior que o dobro da reforma<br />

mínima.<br />

Como calcular a reforma de<br />

um casal?<br />

A soma das reformas de um<br />

casal não pode ser superior<br />

a 150% da reforma individual<br />

máxima, ou seja 2.350<br />

x 150% = 3.525 francos por<br />

mês. Se seu calculo e superior<br />

será reduzido individualmente<br />

no casal ate atingir o<br />

valor de 3.525.<br />

Para mais informações:<br />

Carlos Lopes 079 400 76 35<br />

Vende-se<br />

Jornal<br />

Para mais informações contacte: manuel.araujo@protonmail.ch<br />

Título jornalístico regional do Minho activo há mais de duas décadas.<br />

Projecto operacional pronto a ir para as bancas “de um<br />

dia para o outro”. Há a possibilidade de o novo proprietário obter<br />

apoio comunitário para revitalizar e ampliar o actual projecto.


Opinião<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 21<br />

“Mundo cruel e distorcido”<br />

PEDRO BARROSO<br />

EMPAREDADOS<br />

EM CASA, HOJE,<br />

TEREMOS TALVEZ<br />

TUDO; MAS TAMBÉM<br />

TALVEZ O MAIS<br />

CONVIVIDO DOS<br />

QUOTIDIANOS DE<br />

SOLIDÃO E DAS<br />

NOITES NUNCA<br />

ACONTECIDAS.<br />

Dantes havia gente atrás dos<br />

olhos das pessoas. Íamos ao<br />

banco, ao mercado, ao quiosque<br />

e alguém nos respondia<br />

com um bom dia e aviava-nos<br />

cenouras, jornais ou créditos.<br />

Enfim, negociava-se conversando<br />

com alguém. E a cara<br />

dos outros era-nos importante<br />

referência.<br />

Dantes, o professor, com todos<br />

os defeitos e preferências, lacunas<br />

e méritos, era uma pessoa;<br />

hoje há ensino net proporcionando<br />

cursos inteiros, sem<br />

nunca vermos tal outrora imprescindível<br />

personagem.<br />

Dantes o senhor do talho dizia:<br />

“olá D.ª Fernanda como vai?<br />

Tenho aqui uma peça q vou encetar<br />

só para si.” E a manteiga<br />

vinha em tigelões, batida com<br />

mais ou menos sal, outra com<br />

alho e coentros; o atum estava<br />

na barrica e a dúzia de ovos<br />

levava sempre 13; por cortesia<br />

da D.ª Micas do lugar de hortaliças<br />

e assuntos afins, por a<br />

minha mãe ser cliente habitual.<br />

Numa sociedade onde os robots<br />

substituíram as pessoas,<br />

é notícia de hoje os carros sem<br />

condutor em aprovação, com<br />

rotas e vias já previstas de Mérida<br />

a Évora, e do Porto a Vigo.<br />

Dantes a música era feita por<br />

músicos; agora qualquer DJ<br />

encartado é um produtor de sucesso,<br />

fazendo uma base martelada<br />

e apondo uma espécie<br />

de melodia oculta, distorcida,<br />

de preferência alta e contundente<br />

para abanar o capacete;<br />

e um programa de computador<br />

- para quem saiba tais técnicas,<br />

claro - pode facilmente suprir<br />

orquestras inteiras.<br />

Em tudo - transacções bancárias,<br />

certidões, reservas hoteleiras,<br />

conversas de simpatia<br />

tornaram-se em bookings assépticos,<br />

onde não dá para pedirmos<br />

aquela cama verde que<br />

tanto apreciáramos na última<br />

vez, e o quarto com vista para<br />

a torre Eiffel, os Clérigos, ou<br />

talvez Cacilhas.<br />

Nos ticket lines compram-se<br />

bilhetes, sem falar com a senhora<br />

da bilheteira que nos disponibilizava<br />

as cadeiras F23 e<br />

F25 que tinham mais espaço<br />

para as pernas, mas ninguém<br />

sabia. E piscávamos-lhe o<br />

olho, agradecidos.<br />

Onde pára tudo isso? A cumplicidade?<br />

Todo esse exército<br />

de gente viva que comunicava<br />

connosco?<br />

Como testar o queijo, o presunto,<br />

ou a melancia, para saber<br />

se os queremos mesmo levar<br />

para casa? Como resolver, se<br />

do outro lado do balcão apenas<br />

existem pacotes de todos<br />

os formatos? Carnes frias empacotadas<br />

com um ar tristíssimo<br />

de estar ali e abertura fácil<br />

sempre dificílima?<br />

Como? - se a própria caixa<br />

virou balança automática, o<br />

boletineiro já não nos traz telegramas<br />

e os carregadores de<br />

piano viraram empresa?<br />

Emparedados em casa, hoje,<br />

teremos talvez tudo; mas também<br />

talvez o mais convivido<br />

dos quotidianos de solidão e<br />

das noites nunca acontecidas.<br />

Resta a arte, a opinião, a ruralidade,<br />

a cozinha tradicional, o<br />

artesanato, a florista talvez, o<br />

encontro acidental e meia dúzia<br />

de coisas que vossências<br />

edificantemente reunirão, para<br />

ainda vivermos o contraditório<br />

desespero de nos sentirmos<br />

culpados de menos modernidade.<br />

O toque e o sorriso. Por<br />

favor.<br />

Consideram-nos então uma<br />

espécie de velhos do Restelo<br />

da tecnologia e do tão complexo<br />

e inextricável simplex que<br />

inundou feroz e discriminatoriamente<br />

as nossas vidas. Seremos.<br />

Mas invadiram-nos, exploram-<br />

-nos, violam-nos.<br />

Até na intimidade, onde sites<br />

especializados, pagando bem,<br />

nos farão busca automática de<br />

parceira de olhos azuis, morena,<br />

1,63, professora, 87 68 87,<br />

agnóstica, sem filhos e com um<br />

certo gosto por... filatelismo.<br />

Onde iremos parar sem caras<br />

para olharmos? nem razões<br />

para dirimirmos? nem<br />

interlocutores para negociar o<br />

desconto? nem almas misericordiosas<br />

que nos instalem a<br />

ultima app ou o último upgrade<br />

que nos permitirá viver sem<br />

motorista? Sem carvoeiro?<br />

Sem marçano a levar o caixote<br />

de compras a casa? Sem a<br />

senhora da fava rica e dos caracóis<br />

a copo?<br />

Que mundo cruel e distorcido.<br />

Que servidão.<br />

É-me dramático comprar, sem<br />

ninguém do outro lado do balcão.<br />

Com um sorriso e voz. Caras<br />

e funções há, que desapareceram<br />

na voracidade de um<br />

mundo robótico, à velocidade<br />

de 2 gerações.<br />

Os frangos nascem hoje já depenados<br />

e amanhados, nas<br />

prateleiras e arcas congeladoras<br />

dos supermercados. Nunca<br />

viram chão. Sabemos. É<br />

mais prático e higiénico que as<br />

velhas lojas de criação.<br />

Mas as galinhas de antigamente<br />

não me sabiam como<br />

estas, a cartão prensado.<br />

Carros sem motorista?! Eu<br />

gosto tanto de guiar, ao fim da<br />

tarde, pelos campos floridos<br />

sem fim, em estradas lentas,<br />

contigo ao lado.<br />

Se me forçarem a entrar amanhã<br />

num carro sem volante, eu<br />

vou ficar assustadíssimo, confuso<br />

e deprimido. Avario.<br />

Não obrigado, senhores. Vou<br />

de comboio; se ainda houver<br />

tal coisa.


22<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Actualidade<br />

C. D. das Aves “Craques do<br />

gorro” vencem Taça de Portugal<br />

V<br />

COSTA GUIMARÃES<br />

[jornalista] (*)<br />

ex-director do Jornal<br />

Correio do Minho<br />

Dois anos depois, o Clube Desportivo<br />

das Aves, da II Liga de futebol,<br />

com a entrada empresa Galaxy,<br />

sociedade anónima desportiva<br />

(SAD) do clube, após ascender ao<br />

escalão maior do futebol português<br />

bive um momento histórico,<br />

derivado da conquista da Taça de<br />

Portugal. O entusiasmo é tão forte<br />

como a grandeza deste clube multifacetado<br />

que movimenta centenas<br />

de jovens atletas de futebol,<br />

futsal e voleibol e se preparara<br />

para ter infra-estruturas que garantem<br />

a sua sustentabilidade.<br />

Em finais dos anos 60 o nome do CD<br />

Aves disparou para a ribalta, quando,<br />

pela primeira vez na sua história,<br />

recebeu o Sporting, um dos “grandes”<br />

do futebol nacional, em jogo<br />

dos 32 avos de final da Taça de Portugal,<br />

em 1968/69. A equipa avense<br />

destacou-se pela positiva e quando<br />

muitos pensavam que poderia sofrer<br />

uma goleada acabou por perder apenas<br />

por duas bolas a zero. <br />

De facto, “os clubes são obrigados,<br />

no mínimo, a ter 10 por cento das acções<br />

da SAD, mas os sócios do Aves<br />

exigiram que o clube ficasse com 30<br />

por cento”, explicou o presidente do<br />

clube, Armando Silva.<br />

O novo administrador da SAD, Luiz<br />

Andrade, garantiu que a empresa<br />

Galaxy pretende continuar o trabalho<br />

que a direção do Desportivo das<br />

Aves fez até aqui, acrescentando<br />

apenas o necessário para a estrutura<br />

poder crescer.<br />

Essa foi uma das prioridades da<br />

equipa da Galaxy, porque “não se<br />

podia esquecer o que eles fizeram<br />

até hoje, a começar pela manutenção<br />

dos funcionários.<br />

Este dirigente fez-se acompanhar<br />

Mário Braga, também da Galaxy,<br />

para colaborar com o diretor desportivo,<br />

Rafael Vieira, para aprofundar<br />

“a imagem e a parte externa” do<br />

clube.<br />

Depois de uma época estável, com<br />

Ulisses Morais que levou a equipa<br />

até ao sétimo lugar, o CD das Aves,<br />

com Ivo Vieira, vindo do Marítimo,<br />

subiu à I Liga, antes dos três anos<br />

traçados pela Galaxy, quando entrou<br />

no clube avense.<br />

Além da quantia investida na compra<br />

de 70 por cento das ações da SAD<br />

do Desportivo das Aves, a Galaxy<br />

pagou um valor superior a 300 mil<br />

euros às finanças e à segurança social,<br />

saldando as dívidas mais urgentes<br />

do emblema da II Liga.<br />

Além do investimento na equipa principal<br />

de futebol, a aposta da Galaxy<br />

passa também por potenciar a formação<br />

do clube e por construir um<br />

novo centro de estágio para o clube,<br />

cuja primeira pedra foi lançada em<br />

Setembro passado.<br />

“Fizemos um acordo com a junta de<br />

freguesia da Vila das Aves, que nos<br />

doou um terreno de 38 mil metros<br />

quadrados para construirmos no futuro<br />

um centro de estágio”, revelou o<br />

administrador da SAD.<br />

O dirigente máximo do emblema<br />

avense, Armando Silva, adiantou<br />

que essa ideia surgiu durante as negociações<br />

com a Galaxy, uma vez<br />

que a empresa mostrou a intenção<br />

de construir alguns campos de apoio<br />

para a formação.<br />

De facto, o passado dia 17 de Setembro<br />

de 2016, na presença de Joaquim<br />

Couto, edil de santo Tirso, de<br />

Pedro Proença, Presidente da Liga<br />

Portuguesa de Futebol, marcou o<br />

início da concretização do projeto da<br />

SAD avense, assim como representantes<br />

da Federação Portuguesa de<br />

Futebol e da Associação de Futebol<br />

do Porto.<br />

O empreendimento chama-se Calaxy<br />

Futebol Campus — Academia<br />

do CD Aves, é um investimento privado<br />

que surge das mãos da SAD,<br />

representada pelo Presidente do<br />

Conselho de Administração, Luiz<br />

Carlos de Andrade. Além dos postos<br />

de trabalhos que vai criar, promete<br />

ter um indiscutível impacto económico<br />

para a vila e para o concelho de<br />

Santo Tirso.<br />

Uma mais-valia para a formação<br />

avense, o Centro de Alto Rendimento<br />

é, também, o novo local de<br />

treinos e preparação de jogos da<br />

equipa principal e da equipa B do<br />

CD Aves. O principal propósito deste<br />

empreendimento é receber equipas<br />

estrangeiras que pretendam realizar<br />

estágio em Portugal. Vai estar equipado<br />

e pronto a receber jovens de<br />

todo o mundo para a adaptação ao<br />

futebol português.<br />

Naquele mesmo dia foi apresentado,<br />

também, o novo autocarro do clube,<br />

perante dezenas de avenses orgulhosos<br />

do progresso que o clube tem<br />

vindo a conhecer.<br />

O empreendimento em curso destina-se,<br />

não só apoiar os escalões<br />

da formação avense, mas também<br />

pretende alojar equipas estrangeiras<br />

para realizarem estágios, havendo já<br />

mesmo alguns pré-acordos estabelecidos.<br />

O investimento ronda os 3,5 milhões<br />

de euros e estima-se que as obras<br />

estejam concluídas no fim deste ano,<br />

sendo que as obras dos campos:<br />

dois de relva sintética e um de relva<br />

natural arrancam em primeiro.<br />

O MEO Kanal Desportivo das Aves<br />

foi lançado recentemente para o domínio<br />

público, disponível para quem<br />

tiver em sua casa este Operador de<br />

Rede e Serviços de Telecomunicações<br />

Móveis e Fixas.<br />

Se for esse o caso basta carregar no<br />

botão verde do comando e digitar o<br />

número “121930”, entrando de imediato<br />

no nosso canal de televisão,<br />

onde poderão encontrar um leque<br />

variado de vídeos, desde resumos<br />

de jogos, conferências de Imprensa,<br />

entrevistas, entre outros.<br />

Em estudo está a possibilidade de<br />

transmissão de jogos ou outros<br />

eventos em direto neste canal. Sempre<br />

que possível, o MEO Kanal do<br />

CD Aves está em destaque no dia e/<br />

ou dias antes do Direto, na área de<br />

destaques do MEO Kanal, o que permite<br />

que o mesmo seja acedido diretamente<br />

através do botão verde do<br />

comando, sem ser necessário digitar<br />

o numero do Kanal.<br />

Um pouco de história<br />

O CD Aves está localizado na Vila<br />

das Aves, concelho de Santo Tirso,<br />

uma terra que ganhou notoriedade<br />

um pouco por todo o país, fruto das<br />

três presenças do clube na primeira<br />

liga do futebol nacional.<br />

O Clube Desportivo das Aves foi fundado<br />

no dia 12 de Novembro do ano<br />

de 1930 por um grupo de amigos que<br />

regularmente se reunia na “Sapataria<br />

do Pedras”, junto ao mercado da<br />

Vila das Aves, na rua General Humberto<br />

Delgado. José Pedrosa Mendonça<br />

Balsemão, com apenas 22<br />

anos, foi o principal mentor da criação<br />

de um clube desportivo na freguesia<br />

de S. Miguel das Aves, ideia<br />

apoiada por António Pinto Lobão,<br />

José Castro Pedras, Joaquim Castro<br />

Pedras, António Ferreira da Silva<br />

Costa e Silvério Patrício Costa Cruz.<br />

A primeira sede — lê-se na história<br />

oficial do clube — foi instalada no<br />

rés-do-chão de um prédio na Rua<br />

Silva Araújo, onde atualmente está<br />

sedeada a Foto Aviz, possuindo bar<br />

e um bilhar com o intuito de reunir os<br />

associados do clube, sendo habitual<br />

a reunião de tofos para no domingo<br />

de Páscoa receber as três cruzes do<br />

compasso.<br />

Posteriormente, a sede transferiu-se<br />

para o antigo edifício da Casa-Pensão<br />

“A Primorosa das Aves”. Os fundadores<br />

do clube designaram como<br />

primeiro presidente da história o<br />

regedor Manuel Sousa Neto, sendo


Actualidade<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 23<br />

Benjamim Lemos o primeiro sócio,<br />

ficando ao mesmo tempo estipulado<br />

que os associados pagariam uma<br />

quota no valor de 25 tostões.<br />

A atividade futebolística iniciou-se<br />

na época 1931/32 através da criação<br />

da equipa de Honra e outra de<br />

Reservas, denominadas “Onze Vermelhos<br />

das Aves” por analogia com<br />

o nome que era atribuído à seleção<br />

belga de futebol na altura, “Onze<br />

Diabos Vermelhos”.<br />

Os também denominados “craques<br />

do gorro”, por usarem uns gorros na<br />

cabeça para proteção contra o frio,<br />

realizaram o primeiro jogo a 26 de<br />

abril de 1931, no Campo da Passarada,<br />

no Lugar da Tojela, frente à<br />

equipa do Negrelos Sport Club.<br />

Alguns jogadores desta equipa integraram,<br />

posteriormente, o plantel<br />

oficial do CD Aves, que realizou o<br />

primeiro encontro frente ao Sporting<br />

Club de Guimarães, a 13 de setembro<br />

de 1931, com o seguinte “onze”<br />

oficial: Gentil Pinheiro, Bernardino<br />

“Violento”, Zeca “Sapateiro”, “Jovim”,<br />

José Balsemão, Joaquim Balsemão,<br />

Eduardo Teixeira, Luciano Couto,<br />

Zeca “Freixieiro”, Pereira Lopes e<br />

João “Laró”.<br />

NOVO NOME EVITA<br />

“CONOTAÇÕES<br />

COMUNISTAS”<br />

Em 1932, o nome de “Os Onze Vermelhos<br />

das Aves” foi alterado para a<br />

denominação atual “Clube Desportivo<br />

das Aves”, por recomendação das<br />

autoridades oficiais da época, que<br />

alicerçaram a sua “sugestão” por<br />

entenderem que a designação inicial<br />

tinha “conotações comunistas”.<br />

Não foi porém esta a primeira designação<br />

oficial que o clube adoptou,<br />

pois, inicialmente, denominava-se<br />

de “Onze Vermelhos das Aves”. Sucede<br />

que pela alusão ao termo “vermelhos”,<br />

expressão naquela época<br />

conotada ao comunismo, foi determinado<br />

pelas autoridades a mudança<br />

do nome do clube.<br />

Na sequência de uma cisão no seio<br />

dos “Vermelhos”, em 1932 foi criado<br />

o “Sport Club Avisense” ou “O Clube<br />

dos Amarelos”, constituído por alguns<br />

elementos que não concordaram<br />

com a passagem do Campo da<br />

Passarada para o das Fontaínhas.<br />

O nome ficou a dever-se com a cor<br />

dos equipamentos e aos Bombeiros<br />

de Santo Tirso (Amarelos). O campo<br />

das Fontaínhas recebeu, posteriormente,<br />

o nome de Bernardino Gomes,<br />

uma forma de homenagear o<br />

saudoso avense que introduziu grandes<br />

benefícios no campo, cuja inauguração<br />

teve lugar a 19 de junho,<br />

com uma derrota, por 4-2, frente ao<br />

Majestic, de Ermesinde.<br />

O novo campo foi nessa altura, e antes<br />

do encontro, benzido pelo pároco<br />

Álvaro Guimarães. “O Clube dos<br />

Amarelos” passou a jogar no Campo<br />

da Bela Vista, no lugar de Quintão,<br />

propriedade de Armando Pinheiro<br />

de Carvalho Guimarães, que o cedia<br />

fora das épocas de cultivo.<br />

O recinto improvisado foi oficialmente<br />

inaugurado a 29 de abril de 1934,<br />

frente aos galegos do Desportivo<br />

Guardes, de La Guardia. Para a história<br />

do encontro ficou o registo da<br />

goleada por seis bolas a zero, e já<br />

na curta existência dos “amarelos”,<br />

ficou um outro resultado expressivo<br />

(7-0), mas, desta vez, diante dos rivais<br />

“vermelhos”, em jogo relativo ao<br />

campeonato concelhio, disputado<br />

a 4 de novembro de 1934. A 10 de<br />

março de 1935, no célebre jogo do<br />

“tira-teimas”, disputado em campo<br />

neutro, no Porto (Campo do Luso),<br />

os “vermelhos” derrotaram novamente<br />

os seus rivais por 3-0, originando,<br />

com isso, que apesar da<br />

inscrição no campeonato concelhio,<br />

a formação “amarela” não comparecesse<br />

aos jogos, acabando por se<br />

extinguir, culminado, assim, um curto,<br />

e pouco profícuo historial.<br />

A primeira participação em provas<br />

oficiais remonta à longínqua época<br />

1932/33, militando, na altura, no<br />

Campeonato Regional da II Divisão<br />

da Associação de Futebol do Porto,<br />

tendo-se sagrado dois anos mais<br />

tarde, e pela primeira vez, campeão<br />

concelhio.<br />

Na temporada seguinte, o fundo<br />

vermelho dos equipamentos recebeu<br />

as listas brancas na horizontal,<br />

para a partir de 1935 começarem a<br />

ser utilizadas as riscas na vertical. O<br />

emblema do clube foi idealizado pelo<br />

vizelense Eduardo Teixeira, que alinhava<br />

como extremo-direito na equipa<br />

dos “Vermelhos”.<br />

A partir da década de 40 começou a<br />

ascensão desportiva do clube, fruto<br />

do apoio de várias figuras ilustres<br />

da terra, consubstanciada em consecutivas<br />

subidas de divisão. As bodas<br />

de prata, assinaladas em 1955,<br />

durante a presidência de Hernâni<br />

Pereira Ferraz, conduziram a um assinalável<br />

aumento do número de sócios,<br />

com a curiosidade de, na altura,<br />

existirem apenas duas mulheres<br />

filiadas no clube.<br />

Nesse mesmo ano, a elevação de<br />

S. Miguel das Aves à categoria de<br />

vila e o nascimento do “Jornal das<br />

Aves” contribuíram para uma maior<br />

notoriedade do clube e consequente<br />

divulgação das suas atividades. O<br />

salto foi dado logo no ano seguinte<br />

com a subida à 1.ª Divisão Distrital<br />

do Porto e o grande propósito passava<br />

pela chegada à III Divisão Nacional,<br />

meta, entretanto, alcançada.<br />

Em finais dos anos 60 o nome do CD<br />

Aves disparou para a ribalta, quando,<br />

pela primeira vez na sua história,<br />

recebeu o Sporting, um dos “grandes”<br />

do futebol nacional, em jogo<br />

dos 32 avos de final da Taça de Portugal,<br />

em 1968/69. A equipa avense<br />

destacou-se pela positiva e quando<br />

muitos pensavam que poderia sofrer<br />

uma goleada acabou por perder apenas<br />

por duas bolas a zero.<br />

A história do CD Aves está marcada<br />

por vários feitos históricos, e o período<br />

entre as décadas de 70 e 80<br />

é bem elucidativo desse caminho<br />

de sucesso e, ao mesmo tempo,<br />

um motivo de orgulho de dirigentes,<br />

treinadores, atletas e associados. A<br />

época de 1972/73 fica para sempre<br />

assinalada no historial pela primeira<br />

subida à II Divisão Nacional, sob o<br />

comando técnico de Daniel Barreto<br />

e na presidência de Mário Augusto<br />

Ferreira Marques. Na década seguinte,<br />

o clube encontra o caminho<br />

dos seus maiores sucessos desportivos.<br />

ESTÁDIO CONSTRUÍDO<br />

EM 1981<br />

A 8 de Dezembro de 1981 inaugura o<br />

estádio, em 1983/84 sobe da III para<br />

a II Divisão Nacional, depois de vencer<br />

a Série A daquele escalão. Na<br />

temporada seguinte (1984/85) sagra-se<br />

Campeão Nacional da II Divisão,<br />

alcançando, assim, a tão deseja<br />

chegada ao mais alto patamar do<br />

futebol nacional, pelo comando do<br />

professor Neca, um nome para sempre<br />

ligado aos avenses pelo facto de<br />

ter pegado na equipa na III Divisão<br />

e, de sucesso em sucesso, chegou<br />

à I Divisão.<br />

Mais uma vez, foi pela mão de Neca,<br />

o clube voltou a atingir, por mais<br />

duas vezes, o escalão máximo do futebol<br />

nacional (1999/00 e 2005/06),<br />

acabando, contudo, por nunca conseguir<br />

a manutenção entre os “grandes”.<br />

Associados a estes feitos estiveram<br />

os dirigentes do Clube Armando<br />

Brandão de Almeida e António José<br />

Freitas.<br />

No dia 14 Julho 2015o Clube Desportivo<br />

das Aves anunciou Luiz Andrade,<br />

membro da empresa Galaxy,<br />

como administrador da Sociedade<br />

Anónima Desportiva (SAD). A empresa<br />

adquiriu 70 por cento do capital<br />

social da SAD pelo valor de 750<br />

mil euros, com o clube a ficar com<br />

a restante percentagem, por decisão<br />

dos associados. O modelo de SAD<br />

foi aprovado em Abril do mesmo<br />

ano, meses depois do Desportivo<br />

das Aves garantir um lugar na “liguilha”<br />

de acesso à I Liga, ao vencer em<br />

casa o Académico de Viseu (4-2) e<br />

acabar em terceiro do segundo escalão<br />

entre os elegíveis para subir.<br />

Acaba, contudo, por perder o acesso<br />

à I Liga, após o empate caseiro (0-0)<br />

diante dos castores e a derrota, por<br />

3-1, na Capital do Móvel.<br />

A edição 2011/2012 da Taça de<br />

Portugal foi histórica para o Clube<br />

Desportivo das Aves, já que foi igualada<br />

a melhor prestação de sempre<br />

da equipa Avense na prova; atingiu<br />

os quartos-de-final tal como em<br />

1993/1994. O Aves entrou em prova<br />

na 2ª Eliminatória, batendo o Estrela<br />

de Vendas Novas (II Divisão Zona<br />

Sul) por 2-0, fora de casa. Os golos<br />

desta partida foram marcados por<br />

João Pedro e Pires. Na 3ª Eliminatória,<br />

o Aves venceu tranquilamente<br />

em casa o Infesta por 4-0 (dois golos<br />

de Fonseca e dois golos de Quinaz).<br />

Já em 2011, oO Clube Desportivo<br />

das Aves chegara à segunda fase<br />

de grupos da Taça da Liga, vencendo<br />

por duas vezes equipas do principal<br />

escalão (Liga ZON Sagres), o<br />

Portimonense e o Olhanense. Foi<br />

eliminado da Taça da Liga apenas<br />

no último jogo da segunda fase de<br />

grupos frente à equipa que acabou<br />

por vencer o torneio, o Sport Lisboa<br />

e Benfica.<br />

O dia 15 Maio de 2004 é outro dia<br />

importante na vida do CD Aves: o<br />

Pavilhão do Clube Desportivo das<br />

Aves foi inaugurado. Perante um calor<br />

intenso e com uma boa moldura<br />

humana nas bancadas. O presidente<br />

Joaquim Pereira fica assim ligado a<br />

um espaço para o futsal e o voleibol,<br />

diversificando as modalidades do<br />

clube.<br />

<br />

Longe ia a inauguração do “Campo<br />

das Fontainhas”, que posteriormente<br />

recebeu o nome de “Campo Bernardino<br />

Gomes” que provocou uma<br />

cisão na equipa, surgindo o Sport<br />

Clube Avisense, equipa formada pelos<br />

atletas que pretendiam continuar<br />

a jogar no Campo da Tojela. Este<br />

clube, conhecido pelos ‘Amarelos’<br />

extinguiu-se em 1935.


24 LUSITANO de Zurique<br />

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Óbito<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 25<br />

Henrique Moura:<br />

bracarense e minhoto de corpo com alma<br />

V COSTA GUIMARÃES<br />

[jornalista] (*)<br />

ex-director do Jornal<br />

Correio do Minho<br />

Começo por citar Vítor Sousa,<br />

ex-vice-presidente da Câmara<br />

Municipal de Braga, afirmando<br />

que Henrique Moura é — foi é<br />

passado — “verdadeiramente<br />

um amigo. Hoje ficamos todos<br />

mais pobres”.<br />

calabro de João Casanova.<br />

Para trás ficava uma longa carreira<br />

de Técnico Especialista<br />

Postal nos CTT, após concluir<br />

os seus estudos no seu “Sá de<br />

Miranda”.<br />

Henrique Moura é um homem<br />

da política, poucos a serviram<br />

como ele e nunca dela se serviu,<br />

devido ao seu carácter, dignidade<br />

e verticalidade. São valores<br />

que fizeram com que conquistasse<br />

amigos e respeito em todos<br />

os quadrantes.<br />

Bonacheirão e sorridente, não<br />

O “Braga à Mesa”, foi organizado<br />

pelo seu pelouro das Actividades<br />

Económicas e Turismo,<br />

em quatro fins-de-semana, com<br />

cardápios do que de melhor se<br />

faz na região ao nível da gastronomia<br />

e enologia regionais, com<br />

a adesão de oito museus que<br />

ofereceram aos clientes 50% de<br />

desconto no acesso mais três<br />

núcleos museológicos de acesso<br />

livre.<br />

Precisamente há dez anos,<br />

Henrique Moura travou uma das<br />

suas maiores batalhas — sem<br />

apoio de Francisco Sampaio,<br />

no Alto Minho: com ele, Braga<br />

rismo do Norte, porque “faz desaparecer<br />

o Minho como marca<br />

turística”.<br />

As regiões de turismo “foram<br />

criadas e financiadas pelas autarquias”<br />

e só a estas cabe decidir<br />

a sua eventual extinção.<br />

Mais, a criação da Região de Turismo<br />

do Norte privilegia, financeiramente,<br />

o desenvolvimento<br />

turístico do Douro, em prejuízo<br />

dos restantes destinos turísticos<br />

da região, caso do Minho. O<br />

tempo veio dar-lhe razão antes<br />

do tempo.<br />

Era um homem íntegro e com-<br />

Também podemos afirmar que<br />

é um farol de comportamento<br />

socialista e humanista. Bastava<br />

lembrar os anos – muitos – em<br />

que foi o presidente da Associação<br />

de Festas de S. João, roteiro<br />

excelso e singular da cultura<br />

popular de Braga (como a foto<br />

de Hugo Delgado evoca).<br />

Mas, deixem que vos diga — por<br />

experiência própria — é um Homem<br />

íntegro, leal e servidor da<br />

causa pública.<br />

(Declaração de interesses: foi<br />

presidente do Conselho de Administração<br />

da Editora Correio<br />

do Minho quando iniciava o meu<br />

serviço de chefe de redacção e<br />

depois Director do jornal Correio<br />

do Minho, desde 1991 até 2007,<br />

iniciando um período de estabilidade<br />

maior).<br />

Então, Henrique Moura era vereador<br />

da Câmara Municipal,<br />

liderada por Mesquita Machado,<br />

com os vereadores Basílio<br />

Abrantes, José Gomes, Neto<br />

Gouveia, Nuno Alpoim e Maria<br />

do Céu de Sousa Fernandes.<br />

Depois, deste mandato, foi eleito<br />

pelos seus pares autarcas<br />

para a presidência da Região<br />

de Turismo Verde Minho, salva<br />

da extinção por outro socialista<br />

Gomes dos Santos, após o des-<br />

foi um político grande porque é<br />

um Homem, com um amor e orgulho<br />

incondicional pelas filhas<br />

e netos aos quais não poupava<br />

um momento para os estimular.<br />

Uma das suas últimas iniciativas<br />

— agora copiosamente copiadas<br />

— foi a adesão de 47 restaurantes<br />

ao “Braga à Mesa”, para<br />

promover a gastronomia regional,<br />

misturando-lhe uma pi(men)<br />

tada de cultura, para responder<br />

a quebras de 50% na restauração,<br />

no auge da crise económica<br />

que atingiu Portugal.<br />

Nessa altura, já era ex-presidente<br />

da Região de Turismo Verde<br />

Minho mas membro da comissão<br />

instaladora da nova estrutura<br />

para o turismo do Porto e<br />

Norte de Portugal, mas queria<br />

responder a violentos decréscimos<br />

no ramo da restauração.<br />

e o Minho sofreram uma pesada<br />

derrota, com a agravante de<br />

ser perpetrada por um governo<br />

socialista.<br />

O Minho assistiu, em 2008, à<br />

extinção das duas comissões<br />

regionais de turismo — a Verde<br />

Minho e a Alto Minho —, no<br />

âmbito da proposta da CCDRN<br />

para a criação da Região de Turismo<br />

do Norte.<br />

Esta estratégia, contudo, divide<br />

os actuais responsáveis minhotos.<br />

Henrique Moura defende a<br />

criação de uma Região de Turismo<br />

do Minho, mas Francisco<br />

Sampaio, do Alto Minho, aplaude<br />

a estratégia da CCDRN de<br />

uma região única no Norte do<br />

país.<br />

Henrique Moura condenou a<br />

criação da uma Região de Tu-<br />

petente, que se destacou dignamente<br />

nos cargos públicos que<br />

desempenhou. Adepto incondicional<br />

do Sporting de Braga, era<br />

um militante do PS que dizia o<br />

que pensava, coerentemente.<br />

O Henrique foi traído pelo coração,<br />

mas Braga perde um leal cidadão<br />

inconformado. A Família<br />

perde um pai e um avô babado!<br />

“A minha neta Ana Alexandra<br />

terminou hoje o Mestrado em<br />

Psicologia, parabéns minha<br />

doçura linda e que tenhas um<br />

futuro muito, muito risonho, tu<br />

mereces ser feliz!” — escrevia<br />

Henrique Moura num dos últimos<br />

posts do Facebook.<br />

Agora, desejo que sejas feliz,<br />

mereces, por tudo o que fizeste<br />

por mim e pelos bracarenses.


26<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Publicidade<br />

A propósito da morte de<br />

António Arnaud<br />

Pedro Barroso<br />

António Arnaud foi um homem exemplar, um cidadão,<br />

um mestre solidário, um despojado e modesto criador<br />

da protecção na saúde para todos.<br />

Um homem de bem, probo, lutador, generoso, inteligente<br />

e discreto.<br />

Assim se constrói o templo dos verdadeiros ilustres, os<br />

que não buscam louros ou prebendas públicas, mas sabedoria<br />

interior, paz de consciência na sua busca interior<br />

- e gostam de compartilhá-la.<br />

Sei que um dia expressou a um amigo comum, algum<br />

apreço por mim. Mas nunca falamos. Ficou adiado esse<br />

momento.<br />

Nada mais lhe digo, portanto; um dia conversaremos,<br />

tranquilos, à sombra do choupal; sobre a vida, a morte e<br />

o ideal de perfeição e conhecimento.<br />

Essa a maior inquietação duma vida. Procurar que valha<br />

a pena. Para lá das palavras, tantas vezes vãs.<br />

Tentar ser justo. Estender a mão. Ser um irmão maior.<br />

Obrigado.


Ensino <strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 27<br />

Unterstützt durch das Kantonale Integrationsprogramm<br />

und die Integrationsförderung der Stadt Zürich.<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

SETEMBRO <strong>2018</strong><br />

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Zuila Messmer 079 560 85 09 Birmensdorferstrasse 48 *<br />

8004 Zürich<br />

*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon


28<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Opinião<br />

(Só) a bola e a relva<br />

ANTÓNIO M. RIBEIRO (UHF)<br />

de uma reserva em estado bruto de guerreiros<br />

da bola. Não foi em Gaza, foi em Alcochete.<br />

A democracia está de rastos. O<br />

“menino de ouro” ia ganhando uma segunda<br />

maioria; o presidente-adepto reforçou,<br />

há umas semanas, o seu poder com mais<br />

de 90% dos votos; Maduro promete hoje<br />

um reforço financeiro a quem votar nas<br />

presidenciais de domingo; Erdogan limpou<br />

da vida pública e encarcerou milhares de<br />

juízes, professores, jornalistas, polícias e<br />

militares (já se esqueceram?), e todos chegaram<br />

lá pelo voto. Do que eu gosto é da<br />

bola a correr sobre a relva verde. (Tinha<br />

prometido falar de futebol na segunda, mal<br />

sabia eu onde isto ia parar)<br />

Quando ontem o meu irmão me telefonou,<br />

ia a tarde a mais de meio,<br />

com a notícia do ataque ao centro de<br />

estágios do Sporting em Alcochete,<br />

lembrei-me da outra vez em que ele,<br />

manhã cedo, me ligava insistentemente<br />

para descobrir – incrédulo –<br />

o ataque em directo a Nova Iorque<br />

com aviões comerciais.<br />

Liguei o tablet à TV Vodafone e continuei<br />

a trabalhar, (de novo) incrédulo<br />

com as imagens que íam sendo libertadas.<br />

Fui ouvindo uma série de comentadores<br />

repetirem alertas fundamentais<br />

para a paz no futebol, e os lugares-<br />

-comuns que ficam de serviço nestas<br />

alturas.Era expectável, digo eu hoje.<br />

E tenho-o dito para os meus amigos<br />

do Sporting desde que o falangista<br />

se tornou presidente.Declaração de<br />

interesses: sou do Benfica, mas o<br />

Benfica não me cega. Duas sínteses<br />

definem a minha posição no jogo da<br />

bola: a) Se o futebol serve para nos<br />

dividir, então não serve para nada;<br />

b) Sem adversários não há vencedores.<br />

O meu pai ensinou-me uma<br />

terceira verdade: Glória aos vencedores,<br />

Honra aos vencidos.Mas há<br />

quem queira exterminar os da outra<br />

cor. É nisto que se vem tornando o<br />

discurso, e agora a prática, do futebol,<br />

um futebol a raiar a mediocridade:<br />

veja-se o comportamento<br />

dos nossos fora das fronteiras (nem<br />

vale a pena falar do meu clube este<br />

ano). E quando a mediocridade enche<br />

o peito dos adeptos – já tivemos<br />

um “menino de ouro” que nos trouxe<br />

à terceira bancarrota – vale tudo. E<br />

valeu. Quantos dos meus amigos se<br />

foram calando com as promessas<br />

do presidente-adepto. Chegámos<br />

aqui. A par do paraíso turístico, somos<br />

hoje notícia em todo o mundo<br />

por protegermos a espontaneidade


Opinião<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 29<br />

A forma especifica de urrar<br />

identifica a sua pertença aos<br />

donos<br />

Quando a bestialidade alienante do jogo da bola culmina no terrorismo, ouço o Presidente da<br />

República dizer que se sente vexado com a imagem de Portugal no exterior e o Primeiro-Ministro<br />

a prometer a criação de uma comissão contra a violência no desporto. Desporto?<br />

FRANCISCO ONETO (*)<br />

Professor de Antropologia no ISCTE<br />

Mas desde quando o culto da violência e<br />

do ódio que grassa nestas associações de<br />

malfeitores é compaginável com a ideia de<br />

desporto? Alguém já viu o espectáculo da<br />

entrada para os recintos nos jogos “importantes”?<br />

Já olharam bem para as massas<br />

de “adeptos”, destas empresas mono-coloridas<br />

a que eufemisticamente chamam<br />

“clubes desportivos”? Trata-se, desde há<br />

muitos, muitos anos, de viveiros de criminosos,<br />

neo-nazis, corruptos e ladrões,<br />

apoiados por teias de interesses e negócios<br />

obscuros que colonizaram a comunicação<br />

social… “até ao pus”, como muito<br />

bem disse o Presidente da Assembleia da<br />

República.<br />

É vê-los, todos em passo de corrida, escoltados<br />

em gaiola pela polícia de choque<br />

que os protege da sanha sanguinária dos<br />

serviçais do clube inimigo. Houve vários<br />

esfaqueamentos entre estes “desportistas”<br />

nos últimos anos, assim como destruição<br />

de património público, corte de auto-estradas,<br />

apedrejamentos de autocarros, etc. E<br />

lá vão eles, cantando, rindo e arrotando,<br />

exibindo triunfalmente os símbolos da imbecilidade<br />

colectiva que, pela cor e pela<br />

associação a formas específicas de urrar,<br />

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identificam a sua pertença aos donos. Os<br />

responsáveis e cúmplices desta tão popular<br />

e exacerbada forma de estupidez agonística,<br />

acordaram agora para o problema<br />

do terrorismo de que são os promotores.<br />

À legião de psicopatas e de inúteis que<br />

medram neste meio – que vale o que vale<br />

não por ser desporto, mas por ser negócio<br />

– tivemos há uns anos de pagar com os<br />

nossos impostos os faustosos estádios de<br />

um qualquer campeonato não sei de quê,<br />

temos de os aturar em intermináveis demonstrações<br />

de cretinismo e abjecta verborreia<br />

à abertura dos telejornais, temos<br />

de os ouvir a toda a hora nos cafés, nas<br />

escolas e nos locais de trabalho, e ainda<br />

querem que toleremos como natural a<br />

existência de claques?<br />

A arruaça permanente, a constante<br />

agressão física e verbal, o culto da<br />

violência e do ódio, a estupidificação<br />

dos quotidianos, a lavagem ao cérebro<br />

dos pais aos filhos…? E o pior –<br />

como mostrava um canal de televisão<br />

há pouco – é que, com os recentes<br />

episódios de terrorismo, os activos do<br />

tal clube estão a desvalorizar. O holandês<br />

vale 19 milhões, mas a cabeça<br />

partida vai baixar-lhe o preço. Que<br />

pena!…<br />

É tão bom ir ao futebol em família, ter<br />

um deus-animal, tipo leão, águia… e<br />

ser solidário com os valores da pátria<br />

e do patriarcado! Por isso, é melhor<br />

que o Primeiro-Ministro crie mesmo a<br />

tal comissão, mas que não lhe chame<br />

da “violência no desporto” e sim<br />

da “violência no futebol”. São coisas<br />

diferentes.<br />

Fascismo é mesmo só no futebol!…<br />

(*) JornalTornado.pt


30<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Culinária<br />

Tigres na grelha<br />

Os camarões são um alimento<br />

com proteínas de alta<br />

qualidade e várias vitaminas<br />

e minerais importantes. São<br />

baixos em calorias e não<br />

contém carboidratos.<br />

Ingredientes necessários<br />

Sal grosso q.b<br />

10 camarões<br />

Malaguetas para decorar<br />

Ingredientes para o Molho<br />

2 colheres de sopa de manteiga<br />

2 dentes de alho<br />

3 malagueta<br />

1 dl de vinho branco<br />

sal q.b<br />

2 limas<br />

pimenta<br />

1 ramo de salsa<br />

Preparação<br />

Comece por abrir os camarões<br />

ao meio, com a ajuda de uma<br />

faca de serrilha.<br />

De seguida, tempere os camarões<br />

com sal grosso e leve a<br />

grelhar numa chapa. Retire e<br />

reserve.<br />

Entretanto, prepare o molho.<br />

Para tal, deve refogar os alhos<br />

picados na manteiga, regue<br />

com o vinho branco e junte a<br />

malagueta. Deixe levantar fervura.<br />

Depois, retire a malagueta e<br />

acrescente uma lima em pedaços.<br />

Tempere com sal e pimenta<br />

e junte a salsa.<br />

Coloque tudo num copo misturador<br />

e triture com a varinha<br />

mágica.<br />

Disponha os camarões numa<br />

travessa e regue-os com parte<br />

do molho. Num outro recipiente<br />

coloque o restante molho.<br />

Decore os camarões com a<br />

restante lima e malaguetas.<br />

“Sabores da Mesa” na<br />

obra de Miguel Torga<br />

Jornal dos Sabores<br />

Dos sabores de Minas Gerais, no Brasil, à realidade cultural transmontana,<br />

um livro que inclui receitas.<br />

Este livro é o convite a uma visita gastronómica à obra de Miguel Torga.<br />

Investigação meticulosa de Dina de Sousa permite-nos acompanhar a<br />

evolução deste escritor desde a infância à adolescência. A influência<br />

marcante do Brasil, dos sabores de Minas Gerais que registou na memória,<br />

à realidade cultural transmontana que habita as suas personagens<br />

e nos permite vislumbrar a sobriedade deste escritor, homem de<br />

hábitos que na vivência coimbrã aprofundou afetos e a quem a força da<br />

terra e o amor ao país é permanentemente celebrado.<br />

As referências ou alusões alimentares ao longo da sua vasta obra –<br />

Diários, Contos, Portugal, A Criação do Mundo, etc – são o testemunho<br />

do seu sentido de partilha e da importância convívio no quotidiano.<br />

As receitas associam o prazer da mesa aos lugares preferidos do escritor<br />

Miguel Torga.<br />

A autora, Dina de Sousa, já foi distinguida por Gourmand World<br />

CookBook com o prémio Best Culinary History Book atribuído à obra<br />

Arte Doceira de Coimbra – Conventos e Tradições – Receituários (Séculos<br />

XVII-XX), e membro de DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia.<br />

Edição: Colares Editora<br />

Colecção Gastronomia<br />

Preço: €18,50<br />

Colaboração:<br />

Amílcar Malhó


Carneiro<br />

Este é um momento do ano importante<br />

para decisões em assuntos financeiros e<br />

também na definição de prioridades materiais.<br />

Evite que o consumismo desequilibre<br />

planos nestes temas. Período importante<br />

para mudança de postura nas relações,<br />

principalmente em sociedades que possua<br />

e também junto a quem tem maior vínculo<br />

afectivo. É propenso a reorganizar planos<br />

que envolvam estudos, viagens ou actividade<br />

que programou.<br />

Touro<br />

Com o Sol no seu signo, começa o ano<br />

novo astrológico pessoal, o que favorece<br />

decisões e reconhecimento nos seus objectivos.<br />

Tendências a lidar com revisões<br />

antes de dar rumo em metas. Dobrar a<br />

atenção a impulsos em temas materiais<br />

será essencial. Retomar relações e conversas<br />

com vínculos especiais fará muito bem<br />

durante o período. Até mesmo algumas relações<br />

mais difíceis são propensas a serem<br />

retomadas para entendimento. Momento<br />

especial para reconhecimento nas questões<br />

profissionais.<br />

Gémeos<br />

Este é um momento do ano propenso a<br />

desgastes e certa introspecção, especialmente<br />

antes do aniversário. Regente do<br />

seu signo, Mercúrio retoma movimento<br />

directo no início de Junho, um período especial<br />

para revisões em temas materiais,<br />

estudos e trabalho. Ocasiões de lazer, terapia,<br />

crenças e espiritualidade ajudarão<br />

a recarregar energias. Atente-se para não<br />

ser radical na comunicação, principalmente<br />

com amizades ou grupos que tenha vínculo.<br />

Evite intervir mais do que deve em<br />

assuntos do par ou se portar de maneira<br />

individualista na vida amorosa.<br />

Caranguejo<br />

Está mais propenso a envolver-se em situações<br />

ligadas a grupos, especialmente<br />

no trabalho ou causa especial. Algumas<br />

variações marcarão o ambiente de trabalho,<br />

área a qual tomará dedicação para<br />

revisar assuntos e lidar com ajustes. São<br />

maiores as tendências para retomar contacto<br />

com amizades e costumes especiais<br />

com pessoas que tem consideração. Aliás,<br />

é um momento para melhor percepção da<br />

conduta junto dos amigos em geral. Um<br />

Horóscopo<br />

cuidado com o corpo e a saúde será mais<br />

frequente.<br />

Leão<br />

São maiores as chances de lidar com novas<br />

metas e responsabilidades na área profissional.<br />

Há tendências para divergências de<br />

pensamento no trabalho, o que pode ser<br />

amenizado se agir com diplomacia e paciência<br />

diante das relações. Propensões<br />

a retomar temas associados a amigos e<br />

também relacionados a grupos, vínculos<br />

capazes de proporcionar mudança de postura<br />

significativa na condução de certos<br />

assuntos. Período com mais chances para<br />

retomar momentos sociais e diversões que<br />

há tempos não desfruta.<br />

Virgem<br />

Propensões a mudar costumes que preza<br />

ou mesmo lidar com inovações que precisará<br />

aceitar no seu quotidiano e mesmo<br />

no trabalho. Uma lentidão será frequente<br />

na resolução de assuntos profissionais<br />

e materiais ao longo do período mensal.<br />

Tendências a decisões importantes envolvendo<br />

interesses a longo prazo. Momento<br />

para retomar conhecimentos e actividades<br />

culturais que tragam prazer.<br />

Balança<br />

Este é um momento do ano em que pesquisas<br />

serão importantes diante de assuntos<br />

financeiros ou que envolva qualquer<br />

parceria material e de negócios. Há<br />

tendências a contratempos nas finanças e<br />

necessidade de ajustes com planos que as<br />

envolvam. Temas profissionais recomendam<br />

mais observação e estratégia antes<br />

de decisões para interesses a longo prazo.<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 31<br />

Escorpião<br />

Vivemos o período do Sol em Touro, seu<br />

signo oposto, o que recomendará atenção<br />

com decisões em conjunto ou que reflictam<br />

junto a outras pessoas. Evite se doar<br />

mais do que deve a problemas e questões<br />

de quem convive. Momento do ano para<br />

repensar parcerias, sejam elas profissionais<br />

ou de negócios. A reaproximação de<br />

pessoas ou mesmo de vínculos sociais são<br />

tendências durante este período. Temas<br />

materiais terão chances para novos rumos<br />

ou lentidão em alguma decisão. Mudanças<br />

de ritmo em sua rotina e cuidados extras<br />

à saúde serão mais frequentes. Na vida<br />

afectiva, propensões a rever posturas, retomar<br />

assuntos e ter nova etapa em situações<br />

a dois.<br />

Sagitário<br />

Variações no ritmo de sua rotina são propensas<br />

no período mensal, o que recomenda<br />

atenção especial com desgastes físicos<br />

e mentais. Valorizar hábitos simples fará<br />

diferença para recompor energias. Será<br />

mais frequente envolvimento com novas<br />

metas, desafios e trato sobre parcerias<br />

em temas profissionais. Marte ingressa<br />

em Gémeos, seu signo oposto, condição<br />

importante para conversas mais francas e<br />

atenção dobrada para não querer resolver<br />

assuntos de maneira individualista, especialmente<br />

relacionados a quem tem vínculo<br />

afectivo.<br />

Capricórnio<br />

Tendências a dosar situações de envolvimento<br />

social com algumas reclusões. Compensar<br />

desgastes com mais ocasiões de<br />

lazer e diversões que há tempos não aproveita<br />

será bem-vindo. Época para recompor<br />

energias com cuidados ao corpo, atenção<br />

a estudos, momentos “zen”, terapias e<br />

temas espirituais. Momento para revisões<br />

e criatividade nas decisões profissionais,<br />

bem como em actividades autónomas.<br />

Aquário<br />

Momento do ano para esclarecer antigos<br />

assuntos e tomada de decisões com base<br />

em algo que deu certo no passado, especialmente<br />

no trabalho. Período em que<br />

nostalgias e lembranças são propensas a<br />

trocá-los, principalmente junto aos familiares,<br />

com os quais dedicará atenção especial.<br />

A retomada de vínculos com grupos,<br />

amigos e pessoas também marcará este<br />

período, bem como uma alteração de sua<br />

parte na postura diante de algumas destas<br />

relações.<br />

Peixes<br />

O empenho a estudos e a actividades culturais<br />

será mais frequente e pode alternar<br />

sua rotina neste período mensal. A comunicação<br />

e a troca de ideias serão fundamentais<br />

nas relações de trabalho, mesmo<br />

que para isso tenha que ignorar divergências.<br />

Atente-se com boatos e seja paciente<br />

com a lentidão de alguns assuntos, ainda<br />

que a ansiedade por decidir algo seja grande.<br />

Papéis, documentos e escritos tomarão<br />

empenho para ajustes e revisões em interesses<br />

materiais.<br />

Curiosidade sobre<br />

o signo deste mês<br />

Gémeos<br />

Como um Geminiano, você provavelmente já<br />

está ciente de sua incrível capacidade de aprender<br />

rapidamente, adaptar-se e trocar ideias sobre<br />

qualquer assunto ou em qualquer meio social,<br />

como um verdadeiro camaleão. Mas talvez<br />

você ainda não saiba que os geminianos são o signo<br />

com mais possibilidades de ganhar prémios<br />

pelas suas capacidades intelectuais. “Geminianos<br />

são óptimos em pensar através das regras e,<br />

com ou sem alguma relação a isso, os que mais<br />

vencem o Prémio Nobel em percentagem são Geminianos<br />

“, diz Donna Stellhorn.<br />

RECOLHA: JOANA ARAÚJO


32<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Tecnologia<br />

VJOANA ARAÚJO (*)<br />

Controle o smartphone<br />

ou o tablet do seu filho<br />

A aplicação de controlo parental acaba de ser disponibilizada<br />

também em Portugal.<br />

Depois de ter começado por ser disponibilizada<br />

nos Estados Unidos, a Family Link chega agora<br />

a um conjunto de mais de 30 países, e nomeadamente<br />

a Portugal. A aplicação de controlo<br />

parental da gigante tecnológica permite-lhe criar<br />

uma conta Google para a criança que funciona<br />

como se fosse a sua, com acesso à maioria dos<br />

serviços Google, e que o ajuda a definir algumas<br />

regras digitais básicas.<br />

Permite, por exemplo, aprovar ou bloquear as<br />

aplicações que os mais novos pretendam transferir<br />

da Play Store e controlar quanto tempo estes<br />

passam nas respectivas aplicações favoritas,<br />

através de relatórios semanais ou mensais.<br />

Pode também definir limites diários para o tempo<br />

de utilização, assim como bloquear os dispositivos<br />

remotamente quando for hora de dormir ou<br />

achar que é o momento de fazer uma pausa.<br />

Para utilizar a Family Link, o telefone ou tablet<br />

da criança tem de ser Android. A lista de dispositivos<br />

compatíveis pode ser consultada em http://<br />

families.google.com/familylink/. Além disso é<br />

preciso criar uma conta Google. Do lado do adulto<br />

também é necessário existir um dispositivo<br />

compatível, Android ou iOS, assim como uma<br />

conta Google própria.<br />

A Google Family Link está disponível para o sistema<br />

operativo móvel da Google e da Apple.<br />

TEK Sapo<br />

Curiosidades<br />

sobre o seu smartphone<br />

O telemóvel era ainda há pouco tempo um dispositivo que apenas<br />

servia para receber e fazer chamadas. Hoje ele é muito<br />

mais que isso. Eis alguns dados curiosos que talvez desconhecia<br />

sobre o seu smartphone.<br />

Despertador<br />

Quando foi a última vez que colocou<br />

um relógio como despertador?<br />

Exacto. Não se lembra,<br />

pois não? Acredita-se que cerca<br />

de 60% dos utilizadores de smartphone<br />

os usem como despertadores.<br />

Smartphone em todo<br />

o lado…<br />

De acordo com um estudo realizado<br />

em 2013 pela harris interactive,<br />

cerca de 20% do jovens<br />

norte-americanos admitem já ter<br />

usado o smartphone durante relações<br />

sexuais.<br />

Começar de novo<br />

Quando o primeiro iphone foi revelado<br />

em 2007 por Steve Jobs,<br />

a Google já estaria secretamente<br />

a trabalhar num desenvolvimento<br />

de um smartphone durante dois<br />

anos. Assim que viram o anúncio<br />

de Jobs, a equipa decidiu começar<br />

do zero.<br />

Aumento em apenas<br />

2 anos<br />

Contudo, em 2013, uma pesquisa<br />

realizada através da aplicação<br />

locket, mostrou que em média as<br />

pessoas olhavam para o telemóvel<br />

cerca de 110 por dia.<br />

Faixa para os viciados<br />

Na cidade chinesa de Chongqing,<br />

existe uma faixa especial para todos<br />

aqueles que querem andar<br />

com o telemóvel na mão.<br />

Mudar de operador<br />

é mais fácil<br />

A Autoridade Nacional de<br />

Comunicações aprovou as<br />

alterações ao regulamento<br />

de portabilidade para simplificar<br />

os processos de mudança<br />

de operador de telecomunicações.<br />

Cerca de um quinto dos pedidos<br />

são rejeitados pelos operadores.<br />

As elevadas taxas de<br />

rejeição de pedidos de portabilidade<br />

são, segundo a Anacom,<br />

um dos temas que motiva<br />

mais reclamações e que<br />

tem conduzido à instauração<br />

de processos de contra-ordenação<br />

e aplicação de coimas.<br />

As novas regras têm como<br />

objectivo tornar os processos<br />

de mudança de operador,<br />

mantendo o mesmo número,<br />

“mais rápidos e mais seguros”,<br />

nomeadamente através de um<br />

código de validação.<br />

A portabilidade passa a ter de<br />

ser feita no prazo de um dia<br />

útil a contar da entrega do pedido<br />

e acabaram as gravações<br />

de aviso.<br />

(*) com Agências/TEKSapo


Livros<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 33<br />

“Nó Cego”<br />

Um dos mais importantes romances sobre a guerra colonial foi reeditado<br />

CARLOS MATOS GOMES (*)<br />

(*) Coronel de Cavalaria.<br />

Condecorado com<br />

as medalhas de Cruz<br />

de Guerra de 1ª e de<br />

2ª Classe. Pertenceu à<br />

primeira Comissão Coordenadora<br />

do Movimento<br />

dos Capitães na<br />

Guiné. Foi membro da<br />

Assembleia do MFA. É<br />

escritor.<br />

O romance teve a primeira edição<br />

em 1983, na Bertrand, pela<br />

mão da editora Maria da Piedade<br />

Ferreira.<br />

Foi várias vezes reeditado e<br />

passou à categoria de clássico<br />

da literatura portuguesa<br />

do período da guerra colonial,<br />

embora tenha sido sempre um<br />

romance à margem das instituições<br />

oficiais – António-Pedro<br />

de Vasconcelos não conseguiu<br />

apoios institucionais para o<br />

adaptar ao cinema e não consta<br />

do Plano Nacional de Leitura,<br />

por exemplo.<br />

O romance vale por si e marca<br />

um período decisivo da história<br />

que merece ser estudado e conhecido.<br />

A geração da guerra e as gerações<br />

que se seguiram têm de<br />

novo o Nó Cego disponível. -<br />

Carlos Vale Ferraz<br />

O AUTOR<br />

Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário<br />

de Carlos de Matos Gomes, nasceu a 24<br />

de julho de 1946, em Vila Nova da Barquinha.<br />

Foi oficial do Exército, tendo cumprido<br />

comissões em Angola, Moçambique e Guiné.<br />

Algumas das suas obras foram adaptadas<br />

ao cinema e à televisão, e colaborou<br />

com Maria de Medeiros no argumento<br />

do filme Capitães de Abril. É investigador<br />

de História Contemporânea de Portugal.<br />

Publicou, como Carlos de Matos Gomes<br />

e em coautoria com Aniceto Afonso, os livros<br />

Guerra Colonial, Os Anos da Guerra<br />

Colonial e Portugal e a Grande Guerra. No<br />

catálogo da Porto Editora figuram os seus<br />

romances A Última Viúva de África (2017)<br />

e Nó Cego (1.ª ed. 1982), agora reeditado,<br />

uma obra de referência obrigatória na ficção<br />

portuguesa sobre a guerra colonial.<br />

Nota de imprensa da Porto<br />

Editora<br />

Um dos mais importantes<br />

romances sobre a guerra colonial<br />

Nó Cego, de Carlos Vale Ferraz, com nova edição a 17 de Maio.<br />

A Porto Editora publica a 17 de maio uma nova edição do livro<br />

Nó Cego, primeiro romance de Carlos Vale Ferraz e livro de culto<br />

de uma geração que esteve envolvida na guerra colonial e que, a<br />

partir dela, entrou em rutura com o regime português da ditadura.<br />

Nó Cego é um romance que simultaneamente participa do documento<br />

e do monumento, do poderoso testemunho e da excelente<br />

literatura. E sobre ele conversarão o autor, António-Pedro Vasconcelos<br />

e João de Melo na sessão de lançamento que se realiza<br />

a 19 de junho, pelas 18:30, na livraria Ferin, em Lisboa.<br />

A ação da narrativa gira em torno de uma companhia de comandos,<br />

jovens voluntários na mais violenta unidade das Forças Armadas,<br />

provenientes de todos os estratos da sociedade portuguesa.<br />

Como explica o professor Rui de Azevedo Teixeira, as razões<br />

desta «servidão voluntária […] vão desde o desejo de se testar<br />

em coragem e resistência física e psíquica ao perdão jurídico de<br />

crimes cometidos, desde problemas sentimentais e familiares ao<br />

sentido do dever e ao amor pátrio, desde a pura procura da barbárie<br />

e da morte — quer como matador quer como disfarçado suicida<br />

— à busca de um grupo de que se possa orgulhar e chamar<br />

“seu”».<br />

SINOPSE<br />

Objecto de estudo e de atenção nos meios universitários, Nó<br />

Cego é hoje um clássico da literatura portuguesa e sobretudo um<br />

grande e poderoso romance dos nossos dias, essencial para as<br />

atuais gerações de portugueses viverem esse período crucial da<br />

nossa História que foram os anos da guerra colonial e o fim do<br />

regime de ditadura, bem como para conhecer os dramas, as angústias,<br />

as alegrias e as tristezas da geração que fez a guerra e<br />

que a terminou, abrindo Portugal à modernidade.<br />

Mantendo a estrutura da obra tal como originalmente publicada,<br />

Carlos Vale Ferraz intensificou a narrativa, dotando o texto de<br />

uma linguagem mais depurada, com as situações<br />

mais definidas na sua complexidade, por<br />

forma a que o leitor se sinta mais bem situado<br />

dentro da ação. E é assim que Nó Cego<br />

participa simultaneamente do documento e do<br />

monumento, do poderoso testemunho e da excelente<br />

literatura.<br />

SOBRE O LIVRO<br />

«Nó Cego é, sem dúvida, um romance que<br />

permite ao leitor viver, vicariamente, aventuras<br />

diversas — é um livro eminentemente lisible.<br />

Daí o seu sucesso popular e o facto de<br />

se ter tornado num livro de culto entre certas<br />

camadas de ex-combatentes. Mas o romance<br />

realista Nó Cego não se esgota na sua “lisibilidade”,<br />

no carácter chão e no ritmo febril de<br />

uma história que nunca deserta da realidade<br />

— Nó Cego, como objeto ficcional, não se esvazia<br />

se lhe tirarmos o seu poder de nos fazer<br />

ver os Comandos no mato e de nos fazer<br />

sentir o bedum dos seus corpos. Uma leitura<br />

exigente, ativa, revelará a sua essencial camada<br />

metafórica, as suas qualidades de texto<br />

(também) scriptible.<br />

[…] Nó Cego é não só um romance de aventuras,<br />

corrido, fácil, amigo do leitor, como é literalmente sofisticado,<br />

com um fundo falso onde esconde uma soberba macrometáfora.»<br />

Rui de Azevedo Teixeira<br />

«Um fresco sobre a guerra colonial e um requiem sobre os soldados<br />

portugueses.»<br />

António-Pedro Vasconcelos<br />

«Magnífico e algo avassalador.»<br />

João de Melo<br />

«Infinitamente próximo do real.»<br />

General Sousa Menezes


34 LUSITANO de Zurique<br />

Medicina alternativa<br />

Alfazema<br />

ALFAZEMA<br />

(Lavandula officinalis)<br />

MEDICINA alternativa<br />

Alfazema<br />

Combate a falta de apetite e até mesmo<br />

insónia. A alfazema também é benéfica<br />

para quem sofre de cistite e inflamação<br />

na bexiga. As folhas de alfazema são utilizadas<br />

no preparo de remédios que combatem<br />

a conjuntivite. Já as suas flores são<br />

utilizadas nos remédios para bronquite,<br />

tosse, queimaduras e enxaqueca.<br />

Alho<br />

Muito conhecido e apreciado, o alho<br />

reduz o colesterol alto, actuando como um<br />

antisséptico e expectorante natural. Além<br />

disso, o seu consumo aumenta a imunidade<br />

e alivia os problemas circulatórios.<br />

O alimento é rico em vitaminas A, C, B1<br />

e B2, além de ser fonte de minerais como<br />

o iodo e o enxofre. Segundo pesquisas<br />

recentes, o alho ainda é um anti-cancerígeno<br />

poderoso, quando consumido cru.<br />

Mas é importante estar atento. Há pessoas<br />

que podem ser alérgicas ao alho.<br />

Ele também não deve ser usado por quem<br />

sofre de gastrite, úlcera, hipoglicemia ou<br />

pressão baixa.<br />

Carqueja<br />

É uma óptima opção para quando a refeição<br />

pesada cai mal, contribuindo para<br />

o aumento da produção de bile. Contribui<br />

na redução da taxa de açúcar no nosso<br />

sangue, além dela ser fonte de propriedades<br />

anti-úlcera e anti-inflamatórias, contribuindo<br />

no tratamento de artrites.<br />

Erva-cidreira<br />

O chá de erva-cidreira é excelente no<br />

combate de gases e cólicas, além de ser<br />

um relaxante natural, pois a planta possui<br />

efeito calmante, graças aos seus óleos<br />

essenciais. Outros benefícios garantidos<br />

com o seu uso são o poder analgésico e<br />

anti-espasmódico, além de ser um bom<br />

combatente da herpes labial.<br />

Arnica<br />

Um excelente remédio para hematomas<br />

e manchas roxas. Contribui para<br />

o alívio das dores. A planta contribui na<br />

remoção de coágulos e manchas. Problemas<br />

de pele, como a furunculose e a<br />

acne, também são tratados com a arnica.<br />

Gota, tendinites e dores reumáticas também<br />

são aliviadas com o uso da planta.<br />

Camomila<br />

Ela é utilizada com a finalidade de<br />

diminuir cólicas, agindo ainda como um<br />

anti-inflamatório natural. As flores da camomila<br />

ainda garantem substâncias emolientes,<br />

que ajudam a pele a se manter<br />

hidratada. A planta também é utilizada<br />

como tónico digestivo, facilitando assim<br />

a eliminação dos gases e estimulando o<br />

apetite.<br />

Cravo-da-Índia<br />

O seu óleo é utilizado como analgésico<br />

na odontologia, e também como anti-séptico.<br />

Além disso, o óleo é fonte de<br />

eugenol, conseguindo assim deter a inflamação<br />

das mucosas e combater os inchaços.<br />

Há indícios de que a planta possua<br />

ainda uma acção anticoagulante, impedindo<br />

que as plaquetas se agreguem.<br />

Calêndula<br />

Oferece benefícios à pele. Contribui<br />

para a regularização da menstruação e<br />

ameniza as cólicas.<br />

Alcachofra<br />

Óptima para recomposição dos sais<br />

minerais no nosso organismo. Além disso,<br />

ela é um bom antioxidante para o fígado.<br />

É indicada para pessoas diabéticas, bem<br />

como quem sofre de afecções urinárias,<br />

obesidade, hipertensão, arteriosclerose e<br />

reumatismo.<br />

ATENÇÃO:<br />

Estas informações são meramente informativas<br />

e não devem ser usadas para diagnosticar, tratar,<br />

curar ou prevenir qualquer doença e muito<br />

menos substituir cuidados médicos adequados.<br />

COOORDENAÇÃO E RECOLHA:<br />

JOANA ARAÚJO


ADIVINHAS<br />

Passatempo<br />

SUDOKU<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 35<br />

S o l u ç õ o<br />

15- Poucos gostam de o ver<br />

Quando anda em casa à solta<br />

Porque só faz é roer<br />

O que encontra à sua volta.<br />

17- Sou um mestre na ciência<br />

Meu saber é muito rico<br />

Tudo dou, mas em essência<br />

Com tudo na mesma fico.<br />

18 -Tem um nome de pessoa<br />

E também de capital<br />

Ferramenta e sem ser Côa<br />

É um rio de Portugal.<br />

19 - Pensando diga depois<br />

Que espécie d’analogia<br />

Existe entre um par de bois<br />

Médicos e freguesia?<br />

20 -Sem ter nada de café<br />

Ou qualquer bebida fina<br />

Diga-nos lá o que é<br />

Que mais cheira a cafeína?<br />

S o l u ç õ o<br />

16 – Rato<br />

17 – Livro<br />

18 – Lima<br />

19 – Junta<br />

20 – Nariz<br />

CRUZADAS


36<br />

LUSITANO de Zurique<br />

HUMOR - quem não sabe rir, não sabe viver!<br />

O espanhol<br />

Viajavam no mesmo compartimento<br />

de um comboio, um português, um<br />

espanhol, uma loira espectacular e uma<br />

gorda enorme. Depois de uns minutos de<br />

viagem, o comboio passa por um túnel<br />

e ouve-se uma chapada. Ao saírem do<br />

túnel, o espanhol tinha um vermelhão na<br />

cara.<br />

A loira espectacular pensou: ... este filho<br />

da mãe do espanhol queria-me apalpar,<br />

enganou-se, apalpou a gorda e ela deulhe<br />

uma chapada.<br />

A gorda enorme pensou: ... o filho da<br />

mãe do espanhol apalpou a loira e ela<br />

mandou-lhe uma chapada.<br />

O espanhol pensou: ... este sacana do<br />

português apalpou a loira, ela enganouse<br />

e mandou-me uma chapada.<br />

E o português pensou: ... oxalá venha<br />

outro túnel para poder mandar mais uma<br />

chapada ao cabrão do espanhol...<br />

Nautrágio<br />

Um transatlântico começa a afundar-se.<br />

Diz o comandante:<br />

- As mulheres vão para o bote da<br />

esquerda! Os homens vão para o bote<br />

da direita!<br />

Ouve-se uma vozinha lá do fundo:<br />

- Então e eu?! Morro afogado?<br />

O bêbado chega a casa<br />

cambaleando. Mal encontra a porta.<br />

Entra, dá uma mijada e fala com a<br />

mulher que estava no quarto:<br />

- Querida, acho que a nossa casa-debanho<br />

está assombrada.<br />

- Porquê, querido? -- pergunta a mulher.<br />

- Não acreditas que quando eu abri a<br />

porta, a luz acendeu-se sozinha.<br />

Depois, quando a fechei, ela apagouse.<br />

Deve ter alguma assombração!<br />

- Oh não!!! Mijáste no frigorifico outra<br />

vez!!!!<br />

Classe<br />

Duas senhoras da alta sociedade foram<br />

fazer um safari. Lá no meio da selva,<br />

vêem um nativo a ser engolido por um<br />

crocodilo. Vira-se uma para a outra:<br />

- Ai rica, isto é chiquérrimo. Aqui até os<br />

sacos cama são ‘Lacoste’!<br />

Sonambulismo<br />

- Como é que vai o teu marido com as<br />

crises de sonambulismo dele?<br />

- Já está curado.<br />

- Como assim curado? Que remédio lhe<br />

deste?<br />

- Despedi a empregada...<br />

Viagem<br />

- Para a semana vou a Paris!<br />

- Levas a tua mulher?<br />

- Por acaso se fores à Madeira levas<br />

bananas?<br />

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Juniores<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 37<br />

Para<br />

colorir<br />

SUGESTÃO DE LEITURA<br />

A neurociência é um dos campos de pesquisa mais apaixonantes<br />

da atualidade.<br />

A vida secreta da mente é um passeio pelo cérebro e pelo<br />

pensamento, para entendermos o que somos, como forjamos<br />

ideias nos nossos primeiros dias de vida, como modelamos as<br />

nossas decisões, como sonhamos e como imaginamos.<br />

Também tenta esclarecer por que sentimos certas emoções em<br />

relação aos outros, como eles podem ter influência sobre nós,<br />

e como o cérebro se transforma, mudando aos poucos nossa<br />

natureza.<br />

Durante vinte anos de pesquisa, o premiado neurocientista e<br />

físico Mariano Sigman cultivou uma visão interdisciplinar sobre o<br />

tema. Ele baseia-se em pesquisas de física, linguística, psicologia,<br />

educação, matemática, entre outros.<br />

in Google Books<br />

Nelson S. Lima<br />

COOORDENAÇÃO: JOANA ARAÚJO


38<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Poesia<br />

CARMINDO DE<br />

CARVALHO<br />

https://www.facebook.com/<br />

carmindo.carvalho<br />

Porcaria a que chamam informação<br />

Notícia não é o esforço heróico das margens<br />

que sustem a força da água.<br />

Notícia é a fúria da água que transbordou, alagou,<br />

arrastou, destruiu e num ápice muito levou.<br />

Notícia não é a arte da natureza que criou , bordou<br />

e coloriu um jardim.<br />

Notícia é a tempestade que destruiu esse mesmo<br />

jardim.<br />

Notícia não é a fartura, é a fome.<br />

Notícia não é a paz , é a guerra.<br />

Notícia não é doar uma tonelada de feijão .<br />

Notícia é roubar um quilo de pão.<br />

Notícia não é amar , é odiar.<br />

Notícia não é ser benfeitor ,é ser malfeitor.<br />

Notícia não é fazer e praticar o bem e<br />

ser louvado.<br />

Notícia é fazer e praticar o mal , ser<br />

aplaudido e não ser condenado.<br />

Notícia não é o dar nem pouco nem muito<br />

sangue.<br />

Notícia é o fazer muito , muito sangue.<br />

Notícia não é , com a arte e bondade criar . É o<br />

destruir com maldade e ruindade<br />

Notícia não é evitar a desgraça, é com ela fazer<br />

negócio e lucrar.<br />

Notícia não é aquele que segurou um que escorregou<br />

, é aquele que caiu e se espatifou .<br />

Notícia não é Teatro, Cinema, Dança, é casas<br />

dos segredos e outras charopadas , próprias<br />

para entreter mentes atrofiadas , cérebros mentecaptos<br />

e castrados.<br />

Que estas minhas palavras que relatam e gritam<br />

esta minha raiva incontida não sejam Poesia<br />

nem notícia , pois bem aceito de boa vontade<br />

, melhor assim.<br />

Notícia não seria se eu partisse a antena da Tv. ,<br />

rodasse o botão e desligasse a telefonia.<br />

Notícia seria se eu me passasse dos carretos e<br />

com todas as letras mandasse toda esta porcaria<br />

a que chamam informação para um sítio que<br />

eu bem sei .<br />

Abril de 2013<br />

V<br />

CHICO BENTO<br />

Dällikon - Suíça<br />

www.facebook.com/chico.<br />

bento.98<br />

Mãe, tábua de salvação<br />

Ó minha mãe, minha mãe<br />

Que um dia me deste a vida<br />

Entre outras jóias serás<br />

Para mim, a mais querida<br />

Ó minha mãe, minha mãe<br />

Rosa que deste o ser<br />

Nem na vida, nem depois<br />

Eu te poderei esquecer<br />

Ó minha mãe, minha mãe<br />

Já te não tenho ao lado<br />

Por essa razão eu digo<br />

Que me sinto desamparado<br />

Ó minha mãe, minha mãe<br />

Os teus conselhos recordo<br />

E quanta vezes ó mãe<br />

Choro por ti quando acordo<br />

Refrão<br />

Ó minha querida mãezinha<br />

Ó meu sorriso profundo<br />

Quem tiver a mãe ao lado<br />

Tem alegria no mundo<br />

Tem alegria tem tudo<br />

Só tristeza é que não<br />

Porque ao ter sua mãezinha<br />

Tem tábua de salvação.<br />

Chico Bento


Poesia<br />

<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 39<br />

EUCLIDES CAVACO<br />

WWW.EUCLIDESCAVACO.COM<br />

www.facebook.com/<br />

euclides.cavaco<br />

Internet<br />

No mundo da internet<br />

Há coisas boas e más<br />

Quem por bem nela se mete<br />

Muita ajuda a todos traz.<br />

Maravilhosa invenção<br />

Que veio o mundo mudar<br />

Veloz comunicação<br />

De utilidade sem par.<br />

Podemos através dela<br />

Fazer novas amizades<br />

É como que uma janela<br />

Espreitando as novidades.<br />

Faz-se nela transacções<br />

Reencontra conhecidos<br />

Concretizam-se uniões<br />

Entre esposas e maridos.<br />

Meio de consulta e ciência<br />

Ensino e mais benefícios<br />

Mas por gente sem prudência<br />

Para fins menos propícios.<br />

O valor lhe seja dado<br />

Com mérito mais profundo<br />

Por ter tão aproximado<br />

Os povos de todo o mundo.<br />

<strong>JUNHO</strong><br />

Datas Comemorativas de <strong>2018</strong><br />

01 SEX Dia Mundial da Criança<br />

01 SEX Dia de São Justino<br />

02 SÁB Dia Internacional da Prostituta<br />

04 SEG Dia Int. das Crianças Vítimas de Agressão<br />

05 TER Dia de São Bonifácio<br />

05 TER Dia Mundial do Ambiente<br />

06 QUA Dia de São Marcelino<br />

06 QUA Dia de São Norberto<br />

08 SEX Dia Mundial dos Oceanos<br />

09 SÁB Dia Internacional dos Arquivos<br />

09 SÁB Dia de São José de Anchieta<br />

10 DOM Dia de Portugal<br />

10 DOM Dia do Chá Gelado<br />

11 SEG Dia de São Barnabé<br />

12 TER Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil<br />

12 TER Dia de Santo Onofre<br />

13 QUA Dia de Santo António<br />

14 QUI Dia Mundial do Dador de Sangue<br />

15 SEX Dia Mundial do Vento<br />

15 SEX Dia de Santa Germana<br />

15 SEX Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra<br />

a Pessoa Idosa<br />

16 SÁB Dia Internacional da Criança Africana<br />

17 DOM Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação<br />

17 DOM Dia de São Manuel<br />

18 SEG Dia Internacional do Sushi<br />

18 SEG Dia Internacional do Piquenique<br />

18 SEG Dia Internacional do Pânico<br />

18 SEG Dia de Osana<br />

18 SEG Dia do Orgulho Autista<br />

19 TER Dia Mundial de Consciência Sobre Doença Falciforme<br />

19 TER Dia de São Romualdo<br />

20 QUA Dia Mundial do Refugiado<br />

20 QUA Dia do Relógio do Sol<br />

20 QUA Dia Mundial da Produtividade<br />

21 QUI Dia Mundial do Yoga<br />

21 QUI Dia Europeu da Música<br />

21 QUI Dia Mundial da Girafa<br />

21 QUI Dia Humanista Mundial<br />

23 SÁB Véspera de São João<br />

23 SÁB Dia Olímpico<br />

23 SÁB Dia de São José Cafasso<br />

23 SÁB Dia das Nações Unidas para o Serviço Público<br />

23 SÁB Dia Internacional das Viúvas<br />

24 DOM Dia de São João<br />

24 DOM Dia Nacional do Cigano<br />

25 SEG Dia de São Guilherme<br />

25 SEG Dia Mundial do Vitiligo<br />

25 SEG Dia do Marinheiro<br />

26 TER Dia Internacional de Apoio às Vitimas de Tortura<br />

26 TER Dia Int. da Luta Contra o Uso e Tráfico Ilícito de Drogas<br />

26 TER Dia de São Josemaría Escrivá<br />

27 QUA Dia dos Trabalhadores Industriais Mundiais<br />

28 QUI Dia Internacional do Piercing Corporal<br />

29 SEX Dia de São Pedro<br />

29 SEX Dia de São Paulo<br />

29 SEX Dia Internacional da Lama<br />

29 SEX Dia do Papa<br />

30 SÁB Dia Mundial das Redes Sociais


ART Jornal Lusitano Zurique 210x148mm_2.pdf 1 03/11/17 14:52<br />

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a opção: “ordem de pagamento com o boletim vermelho”.<br />

Preencher todos os campos conforme o vale de correio vermelho<br />

fornecido pelos escritórios de representação.<br />

Correio<br />

Utilizando o Impresso (Vale de correio vermelho)<br />

Boletim/Vale vermelho requisitado através dos escritórios<br />

de representação de Genebra ou Zurique e entregue com<br />

a Ordem de Pagamento ao seu Banco na Suíça<br />

(preferencialmente no PostFinance) para concretizar<br />

o pagamento.<br />

Boletim vermelho<br />

(fornecido pelos escritórios de representação<br />

de Genebra ou Zurique)<br />

+<br />

Ordem de pagamento<br />

(fornecido pelo seu banco suíço ou Postfinance)<br />

+<br />

Envelope<br />

(fornecido pelo seu banco suíço ou Postfinance)<br />

Envio por correio para o seu banco suíço<br />

ou Postfinance<br />

Pelas regras em vigor é obrigatória a identificação do ordenante, IBAN e morada<br />

do beneficiário realizando-se a transferência para débito em conta. Interdita<br />

a utilização de numerários (cash).<br />

A utilização do ST (Serviço Transferências) apesar de permitir custos reduzidos não<br />

dispensa a consulta do preçário em santandertotta.pt, com as condições de cada<br />

entidade bancária na Suíça e em Portugal.<br />

Escritório de Representação de Genebra<br />

Rue de Genève 134, C.P. 156 | 1226 Thônex - Genève | Tel. 022 348 47 64<br />

Escritório de Representação de Zurique<br />

Badenerstrasse 382, Postfach 687 | 8040 Zürich | Tel. 043 243 81 21<br />

Não esquecer:<br />

conta do Banco Santander Totta (30-175563-2)<br />

IBAN, nome e morada do beneficiário

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