REVISTA AUGE - EDIÇÃO 27 - SAÚDE E BEM ESTAR

A busca de um consultório ou uma
clínica para um atendimento médico,
na maioria das vezes, é para tratar
um problema, uma doença, na
qual a pessoa se encontra em uma
situação de desconforto. Exatamente
por conta disso é necessário que
o ambiente proporcione segurança,
conforto e bem-estar. A decoração
do ambiente deve ser convidativa
para tornar a clínica o menos
impessoal possível para o paciente
e seu acompanhante.
Em uma clínica, a decoração deve
ser bem pensada, mas antes de
tudo, para alguns locais, é importante
que as normas para ambiente
de saúde sejam seguidas, como é o
caso da RDC-50, da Anvisa – Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.
Entretanto, mesmo com todas
estas exigências, torna-se possível
deixar sua clínica mais agradável.
Ao pensar em como transformar o
ambiente em um lugar agradável,
necessita-se ter claro qual perfil
de público e qual a mensagem a
clínica deseja transmitir.
Diagnosticar o perfil dos clientes
pode fazer toda a diferença, influenciando
diretamente no alcance de
mais pacientes. Uma clínica, por
exemplo, que tem em sua maioria,
um público idoso deve pensar em
um estilo de decor mais aconchegante,
sóbria e clássica; já uma
clínica de estética pede um ambiente
mais sofisticado, com materiais
contemporâneos. Enfim, entender
as necessidades do seu público
aproxima o estabelecimento ao
paciente e cria fidelidade, e esses
aspectos são obtidos por meio de
um bom briefing feito pelo arquiteto
ou design.
AS CORES, O ESTILO E A ILUMINAÇÃO SÃO PEÇAS
IMPORTANTES A SEREM ANALISADAS NESSE MOMENTO.
CORES:
ESTILO:
ILUMINAÇÃO:
SUA CLÍNICA ACOLHE
SEUS Pacientes?
22 . AUGE SAÚDE . EDIÇÃO 27 | 2018
De uma maneira geral, as cores
possuem qualidades específicas e
produzem efeitos diferenciados nas
pessoas, que podem ser calmantes,
repousantes, apaziguadores,
refrescantes, excitantes, irritantes.
Elas podem, ainda, provocar
bem-estar, aumentar ou diminuir
emoções, provocar alterações fisiológicas
e psíquicas. É possível ativar
essas sensações no paciente ao
entrar na clínica, antes mesmo do
atendimento. Cores suaves trazem
tranquilidade, ao passo que cores
mais fortes dão vida e animo. Cabe,
nesse momento, a análise desses
aspectos, sem nunca esquecer
d a h a r m o n i a v i s u a l d a s c o r e s .
O estilo deve ser adotado levando
em consideração dois extremos: o
público e modelo de trabalho do
profissional. É nesse aspecto que
o mesmo imprime sua marca no
imaginário do paciente. Tipo de
matérias e texturas vão falar muito
sobre o profissional que atende
um determinado local. Médicos
mais tradicionais, por exemplo,
que prezam pela elegância e
sofisticação, devem investir em
materiais nobres, como a madeira,
cores neutras e móveis mais
clássicos. Já médicos que atendem
o público mais jovem podem
buscar móveis mais retos, acabamentos
geométricos e materiais
mais descontraídos, sem perder a
leveza e sofisticação que qualquer
ambiente médico necessita.
É um elemento importantíssimo em
ambientes de saúde. A iluminação
deve ser confortável e aconchegante,
na qual o mais recomendado é a
chamada luz morna. Deve-se sempre
levar em consideração o não
ofuscamento da visão dos pacientes,
quando deitados em macas de
procedimentos, e também analisar
o tipo de atendimento para pensar
na iluminação mais recomendada.
Em um consultório de Psicologia,
por exemplo, é necessário uma luz
mais baixa e amena, pois a mesma
dará a sensação ao paciente de
mais conforto e acolhimento, já
que é uma situação em que se está
expondo emoções. Em um consultório
de procedimento estético, faz-se
necessário uma luz mais clara e
branca, para que o profissional consiga
diagnosticar o paciente com
mais clareza.
ITANA LEMOS - ARQUITETA E DESIGN DE INTERIORES
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